Augusto dos Anjos
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BibliografiaAugusto de Carvalho Rodrigues dos Anjos
• Cruz do espirito santo, 20 de abril de 1884
• Leopoldina, 12 novembro de 1914• Poeta desde os 7 anos• Bacharel em direito (faculdade de
direito do Recife)• Cristão• Mundo = tragédia, morte,
desigualdade...• Livro “EU” 1912
Influências• Herbert Spencer, teria aprendido a incapacidade de se
conhecer a essência das coisas e compreendido a evolução da natureza e da humanidade;
• Ernst Haeckel, teria absorvido o conceito da monera como princípio da vida, e de que a morte e a vida são um puro fato químico;
• Arthur Schopenhauer, o teria inspirado a perceber que o aniquilamento da vontade própria seria a única saída para o ser humano;
• Bíblia ao qual, também, não contestava sua essência espiritualista, usando-a para contrapor, de forma poeticamente agressiva, os pensamentos remanescentes, em principal os ideais iluministas/materialistas.
Características • Visão materialista da existência
• Pessimismo
• Vocábulo cientificista
• Temática da morte
• Grotesco
• Pré-modernista, mas identificado muitas vezes como simbolista ou Parnasiano.
Versos Íntimos• Vês! Ninguém assistiu ao
formidávelEnterro de tua última quimera.Somente a Ingratidão - esta pantera -Foi tua companheira inseparável!
Acostuma-te à lama que te espera!O Homem, que, nesta terra miserável,Mora, entre feras, sente inevitávelNecessidade de também ser fera.
Toma um fósforo. Acende teu cigarro!O beijo, amigo, é a véspera do escarro,A mão que afaga é a mesma que apedreja.
Se a alguém causa inda pena a tua chaga,Apedreja essa mão vil que te afaga,Escarra nessa boca que te beija!
O caixão Fantástico
• Célere ia o caixão, e, nele, inclusas,Cinzas, caixas cranianas, cartilagensOriundas, como os sonhos dos selvagens,De aberratórias abstrações abstrusas!
Nesse caixão iam, talvez as Musas,Talvez meu Pai! HoffmânnicasvisagensEnchiam meu encéfalo de imagensAs mais contraditórias e confusas!
A energia monística do Mundo,À meia-noite, penetrava fundoNo meu fenomenal cérebro cheio...
Era tarde! Fazia multo frio.Na rua apenas o caixão sombrioIa continuando o seu passeio!
Amor e crença Sabes que é Deus? Esse infinito e santoSer que preside e rege os outros seres,Que os encantos e a força dos poderesReúne tudo em si, num só encanto?
Esse mistério eterno e sacrossanto,Essa sublime adoração do crente,Esse manto de amor doce e clementeQue lava as dores e que enxuga o pranto?
Ah! Se queres saber a sua grandezaEstende o teu olhar à Natureza,Fita a cúpula do Céu santa e infinita!
Deus é o Templo do Bem. Na altura imensa,O amor é a hóstia que bendiz a crença,Ama, pois, crê em Deus e... sê bendita!