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CURSO ON-LINE GESTO DE PESSOAS OFICIAL - ABIN PROFESSOR: FLVIO SPOSTO
1www.pontodosconcursos.com.br
Aula 1 Gesto de Pessoas nas Organizaes
Preparatrio para Abin
Oficial Tcnico de Inteligncia
rea de Administrao
Aula 1 Gesto de Pessoas nas Organizaes . 1
Comportamento organizacional .
2
1. Relaes indivduo/organizao .3
2. Motivao..5
2.1. Teorias de condicionamento .6
2.2. Teoria da Hierarquia das Necessidades de Maslow............................................................................. 7
2.3. A Teoria ERC de Alderfer . . 12
2.4. A Teoria dos Dois Fatores de Herzberg . . 14
2.5. Teoria de McClelland . . 17
2.6. A Teoria da Determinao de Metas de Edwin Locke . . 18
2.7. Teoria da eqidade . . 20
2.8. Teoria da expectativa (ou expectncia) de Victor Vroom . . 21
2.9. Teorias X e Y de McGregor . . 24
3. Liderana. Natureza da liderana. . . 26
3.1. Teoria dos traos . . 26
3.2. Estilos de liderana e situaes de trabalho. . . 28
3.3. Teoria dos enfoques situacionais ou contingencial . . 29
3.4. Liderana carismtica, transformacional e transacional . . 34
4. Exerccios. . 35
5. Gabarito . . 46
Ol a todos e a todas!
Hoje iniciamos, oficialmente, o curso de Gesto de Pessoas em
Organizaes Teoria e exerccios, preparatrio para o concurso da
Abin.
Na aula de hoje, estudaremos os seguintes tpicos:
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CURSO ON-LINE GESTO DE PESSOAS OFICIAL - ABIN PROFESSOR: FLVIO SPOSTO
III GESTO DE PESSOAS NAS ORGANIZAES. 3 Comportamento
organizacional: relaes indivduo/organizao, motivao, liderana,
Todos prontos? No podemos perder tempo, vamos ao contedo!
Comportamento organizacional
A organizao possui aspectos formalmente definidos, como a
estrutura organizacional, as normas e resolues, os lderes
formalmente designados pela administrao.
As pessoas, porm, so complexas, pouco previsveis, e seus
comportamentos so influenciados por uma infinidade de variveis.
difcil, portanto, formalizar todos os elementos do comportamento
humano. As pessoas possuem subjetividade e isso ir influenciar na
maneira com que pensam e agem na organizao.
este o objeto de estudo do comportamento organizacional: a
dinmica da organizao e suas influncias sobre o comportamento
humano. Com o estudo sistemtico do comportamento humano nas
organizaes, podemos identificar elementos que influenciam tal
comportamento. As organizaes investem nisso porque querem
promover comportamentos positivos, querem promover o bom
desempenho.
Entre as principais variveis estudadas neste campo da
administrao, podemos citar temas como motivao, liderana,
trabalho em equipe, comunicao e gesto de conflitos. Acima de
tudo, estes temas so muito cobrados em concursos, ento temos
que conhec-los em profundidade.
No contexto organizacional, modificando tais variveis, podemos
direcionar o comportamento humano rumo a padres desejveis, de
forma a obter o desempenho desejado e alcanar melhores
resultados.
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Item 1 (Cespe / Serpro 2005) Uma vez que o comportamento
humano multideterminado, a busca de explicaes para
comportamentos organizacionais deve ser realizada levantando
informaes de diversos possveis preditores.
Item certo. O comportamento humano multideterminado, e
estudaremos, aqui, algumas das variveis que o influenciam e que
so tema do nosso edital.
1. Relaes indivduo/organizao
Desde criana, ns, enquanto indivduos, estabelecemos relaes
com inmeras organizaes. Todas estas relaes so recprocas nas
relaes profissionais. Por exemplo, se temos um vnculo
empregatcio, esperamos uma relao que inclua recompensa salarial
justa, polticas de gesto de pessoas adequadas, oportunidades de
desenvolvimento e crescimento na carreira etc. A organizao, por
sua vez, espera que trabalhemos de maneira adequada, com um
desempenho capaz de melhorar os resultados organizacionais (e os
lucros, caso estejamos em uma organizao privada).
Os objetivos individuais e organizacionais so particulares e
decorrentes de tal relao. Se a organizao tem objetivos
abrangentes, tal como o lucro, o indivduo tem objetivos especficos,
tais como o salrio adequado. Existe, nesse caso, uma relao de
troca, e a gesto de pessoas parte fundamental nesta troca. So as
polticas de gesto de pessoas que iro garantir que, para ambas as
partes, as relaes sejam satisfatrias.
Do ponto de vista individual, fundamental que estas trocas sejam
vistas como justas, pois isto ir influenciar na motivao, no
desempenho, na satisfao e no comprometimento da pessoa com a
organizao. Vejamos um exemplo disso em uma prova do Cespe:
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Item 2 (Cespe / Anvisa 2004) O relacionamento indivduo-
organizao marcado por trocas e reciprocidades. Percepes
individuais favorveis acerca da reciprocidade do relacionamento
indivduo-organizao esto associadas positivamente a satisfao e
comprometimento afetivo no trabalho.
Item certo. Percepes favorveis tero uma srie de conseqncias
positivas para o indivduo. Este item nos trouxe dois conceitos
pertinentes relao entre indivduo e organizao: o de satisfao e
o de comprometimento.
Em linhas gerais, podemos entender satisfao com o trabalho como
um estado psicolgico positivo, favorvel, ao trabalho em si.
Inmeros estudos tm comprovado que a satisfao dos funcionrios
com o trabalho traz diversos benefcios para a organizao, tais como
diminuio da rotatividade e absentesmo e melhoria do desempenho.
Entender este fenmeno, e adotar aes para promover a satisfao,
uma prioridade importante de qualquer organizao.
Vejamos uma figura que pode nos ajudar a entender este tema1:
esquerda, temos as variveis antecedentes da satisfao:
caractersticas individuais e condies de trabalho. Ou seja, a
1 Extrada de Psicologia, Organizaes e Trabalho no Brasil, p. 305.
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satisfao no trabalho depende de como o indivduo percebe estas
duas condies. direita, temos as conseqncias da satisfao, e ao
centro temos variveis correlatas satisfao.
Comprometimento organizacional, por sua vez, o nome dado ao
vnculo entre o trabalhador e a organizao. Ele fortemente
estudado porque h relaes entre o comprometimento e a expresso
de comportamentos desejados.
Item de prova:
Item 3 (Cespe / Banco da Amaznia 2006) O comprometimento
organizacional diz respeito ao vnculo do indivduo com o seu
trabalho. O estudo desse fenmeno revela uma multiplicidade de
tipos de comprometimento com o trabalho, o emprego, a carreira, a
equipe, o sindicato e com a organizao.
Item certo. O tipo de comprometimento influenciar o tipo de vnculo
do indivduo com a organizao.
2. Motivao.
Motivao so processos psquicos internos ao indivduo que o
impulsionam para a ao. Assim, o entendimento de tal fenmeno
essencial para o sucesso organizacional, j que a motivao tem
reflexo direto no desempenho. No contexto pblico, em que so
poucos e de difcil aplicao os mecanismos de punio de servidores
que no apresentam bom comportamento, a promoo da motivao
fundamental para o alcance de resultados.
Existem dezenas, talvez centenas, de teorias a respeito da motivao
humana. Algumas, porm, so consagradas e costumam ser cobradas
em concursos. Veremos, abaixo, que teorias so estas.
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2.1. Teorias de condicionamento
A teoria do reflexo condicionado surge com o russo Ivan Pavlov
(1849-1936). Pavlov realizou famosos experimentos com ces.
Nestes experimentos, havia estmulos sonoros, tais como o soar de
um sino, associados a estmulos na alimentao dos animais.
Posteriormente, observou-se que os ces passavam a salivar
simplesmente com determinados estmulos sonoros, mesmo que a
alimentao no fosse ocorrer. Destes experimentos, concluiu-se que
alguns comportamentos decorriam de estmulos condicionados.
Frederic Skinner (1904-1990), psiclogo americano, foi fortemente
influenciado pelos estudos de Pavlov e tambm realizou experimentos
com animais. Skinner considerado o pai da psicologia
comportamentalista, ou behaviorista, que advoga que o
comportamento humano decorre, fundamentalmente, do binmio
estmulo-resposta.
Segundo esta teoria, construda com base em experimentos
cientficos e de base relativamente mecnica, o ser humano
fortemente influenciado pelo ambiente. As pessoas identificariam
estmulos do ambiente com determinadas conseqncias, positivas,
ou negativas, e, assim, aprenderiam a agir de acordo com tais
estmulos.
Vejamos dois itens de prova que ilustram este contedo:
Item 4 (Cespe / CNPQ 2003) A aplicao gerencial da teoria de
Skinner evidencia-se na busca de modificao do comportamento
humano por meio do reforo positivo ou negativo, tendo em vista
que, na teoria do condicionamento, o comportamento influenciado
pelo ambiente.
Item certo. A teoria de Skinner pode ter aplicaes no contexto
organizacional. Para comportamentos humanos desejveis, a
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organizao promoveria reforos positivos, e, para comportamentos
indesejveis, haveria reforos negativos. Assim, as pessoas ficariam
condicionadas a repetir bons comportamentos e a evitar
comportamentos indesejveis.
Item 5 (Cespe / TJBA 2003) Compreendendo a motivao a partir da
teoria do condicionamento e do reforo operante, os gerentes buscam
aumentar a probabilidade de os comportamentos serem mantidos, a
partir de reforos positivos, como o reconhecimento e as promoes.
Item certo. Mais um item de prova que abordou a teoria
comportamentalista, ou teoria do condicionamento e reforo
operante, como denominou o Cespe. Se o gerente entender a
motivao humana como derivada do condicionamento e de reforos
positivos e negativos, ir utilizar reforos positivos, tais como
promoes, recompensas financeiras e elogios, para tentar que as
pessoas repitam comportamentos positivos, e ir utilizar reforos
negativos, tais como punies administrativas e sanes salariais,
para criar nas pessoas um condicionamento que evita
comportamentos negativos.
Para concluir, ressalto que as teorias do condicionamento so alvo de
fortes crticas. So criticadas por serem muito mecnicas, simplistas
e, acima de tudo, so criticadas com argumentos de base tica. O
prprio Cespe j fez a seguinte afirmativa:
Item 6 (Cespe / TRE-AL 2004) A questo tica constitui um fator de
crtica teoria motivacional abordada por Skinner.
Item certo, conforme acabamos de ver.
2.2. Teoria da Hierarquia das Necessidades de Maslow
Esta , provavelmente, a mais famosa das teorias da motivao. A
maioria das pessoas que j fez provas de concurso nas reas de
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Administrao, Recursos Humanos ou Gesto de Pessoas j viu itens
que abordavam esta teoria.
Abraham Maslow foi um psiclogo dos EUA que, nas dcadas de 40-50,
formulou uma teoria que organiza nossos desejos em cinco
grandes categorias: necessidades fisiolgicas, necessidades de
segurana, necessidades sociais e de amor, necessidades de auto-
estima e necessidades de auto-realizao. Para Maslow, a motivao
algo constante, infinito e complexo encontrado em todos os seres
humanos2.
De acordo com a hierarquia das necessidades de Maslow, estas
categorias que vimos so dadas de forma crescente. O indivduo s
ter necessidades de segurana aps suprir suas necessidades
fisiolgicas. Ele s ter necessidades sociais se suprir as necessidades
de segurana. Ele s ter necessidades de auto-estima se suprir as
necessidades sociais e s ter necessidades de auto-realizao se
suprir as necessidades de auto-estima. Ou seja, existe uma
hierarquia entre estas necessidades, e o indivduo s sente as
necessidades mais altas na hierarquia aps satisfazer aquelas que
ocupam uma posio mais baixa na hierarquia.
Vamos ver quais so as cinco categorias de necessidades humanas,
segundo Maslow?
Necessidades fisiolgicas: so aquelas de menor valor na pirmide, e referem-se s necessidades imediatas do
organismo. Incluem fome, sede, necessidade de respirar, inclui
a necessidade biolgica de reproduo (sexo) etc. fcil
entender isto. Uma pessoa que est passando fome estar
motivada para procurar comida ou para ter amigos e compor
uma pera? Obviamente, esta pessoa ir procurar comida.
2 2 FleFl euury,ry , MMa ariari a TerTe reezzaa ((orgor g..)).. AAss pep esssoaso ass nan a orgor gaanni izaza oo.. EEdditoit orra Ga Geentent e,, 202 00022,, pp. 2. 5125 1
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Somente aps ter a fome saciada ela ir tomar aes que
contemplem necessidades de nvel mais alto na hierarquia;
Necessidades de segurana: aps suprir as necessidades do primeiro nvel, o indivduo ir preocupar-se com a sua
segurana. Ir querer um abrigo, um local em que no esteja
ameaado por perigos imediatos, no seja perseguido, enfim,
que possa viver de maneira segura. Tambm est relacionada a
ter um salrio e uma certa estabilidade na vida;
Necessidades sociais e de amor: com a garantia das condies bsicas de sobrevivncia, a pessoa ir buscar interaes
significativas com outras pessoas. Estas interaes podem ser
formas de amor, de amizade, filhos, famlia e outras relaes
sociais;
Necessidades de estima e de ego: so necessidades que o indivduo tem de ter uma imagem positiva e estvel de si
mesmo (auto-estima) e perante outras pessoas, principalmente
aquelas prximas a ele;
Necessidades de auto-realizao: so aquelas relacionadas expresso plena do potencial do indivduo. Para a expresso
desta necessidade, todas as anteriores precisam estar
satisfeitas.
A pirmide abaixo representa esta teoria:
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Em relao a esta teoria, temos que saber, ainda, que ela foi criada
no por expresso de testes e experimentos empricos, e sim de
forma dedutiva por seu autor. O prprio Maslow, quando ficou mais
velho, apontou diversas limitaes desta teoria, e apresentou
algumas idias para aperfeio-la. Alguns testes e experimentos
cientficos mostraram que esta teoria tem pouco potencial para
prever o comportamento de indivduos. Mesmo assim, esta teoria
continua sendo muito estudada, e, acima de tudo, continua caindo
muito nos concursos no Brasil! por isso que temos que conhec-la.
Vamos ver alguns exerccios do Cespe para fixarmos este contedo?
Item 7 (Cespe / TJBA 2003) A teoria da hierarquia das necessidades
constitui uma das principais teorias da motivao e tem como um de
seus pontos positivos o fato de se apoiar intensamente em pesquisa
emprica. Maslow, alm de ter fornecido substanciao emprica para
a sua teoria, acreditava que, medida que necessidades de baixa
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ordem fossem atendidas, as necessidades de alta ordem tornar-se-
iam dominantes.
Item errado. Se cair um item assim na prova, espero que vocs
gastem poucos segundos para perceber o erro e que todos vocs
acertem. Neste caso, o erro est na afirmao de que a teoria da
hierarquia das necessidades, formulada por Maslow, foi fortemente
baseada em pesquisas empricas. Na verdade, a teoria foi formulada
por Maslow de maneira dedutiva, e at hoje praticamente no h
estudos que confirmem os pressupostos desta teoria.
Item 8 (Cespe / MCT 2004) Necessidades buscadas pelos indivduos
na organizao no so, de acordo com Maslow, organizadas de
modo hierarquicamente seqencial.
Item errado. A culpa do no, na segunda linha. Sem ele, a
afirmativa do item seria correta.
Item 9 (Cespe / Serpro 2005) No quarto nvel da hierarquia de
Maslow necessidade de estima esto as necessidades de amor,
afeio e de relacionamento com outras pessoas.
Item errado. Que saco, n? Temos, sim, que decorar os cinco
nveis, pois eles j foram cobrados em muitas provas de concurso. Ao
invs de simplesmente decorar, tentem entender a relao entre os
nveis e ver que eles esto estruturados de maneira lgica. O item
errado porque as necessidades de amor, afeio e de relacionamento
com outras pessoas esto no terceiro nvel, no no quarto. Apesar de
ser fundamental entender o contedo e ser capaz de relacion-lo com
outros contedos, ressalto que, neste caso, infelizmente, decorar o
contedo tambm importante.
Item 10 (Cespe / UEPA 2008) Segundo Maslow, em sua teoria sobre
a hierarquia das necessidades, diversas categorias de necessidades
podem manifestar-se simultaneamente.
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Item errado. Conforme vimos, as necessidades, para Maslow, tm
uma ordem de predominncia, e no se manifestam de maneira
simultnea.
2.3. A Teoria ERC de Alderfer
A sigla ERC refere-se aos trs nveis de motivao previstos por esta
teoria: Existncia, Relacionamento e Crescimento. Em ingls, esta
teoria conhecida como ERG (Existence, Relatedness and Growth).
Clayton Alderfer foi um psiclogo americano que se interessou pela
teoria de Maslow e adaptou-a Ele enquadrou, dentro das categorias
ERC, as cinco necessidades da hierarquia de Maslow. Ou seja,
segundo a teoria de Alderfer, a Existncia abrange as necessidades
de primeira ordem de Maslow, que so as necessidades fisiolgicas e
de segurana.
Alderfer dividiu a necessidade de quarto nvel de Maslow (estima) em
duas partes: o componente externo da estima (social) e o
componente interno da estima (auto-estima). Assim, no nvel
Relacionamento, ele incluiu as necessidades sociais e o componente
externo da estima.
Finalmente, no nvel Crescimento, Alderfer incluiu a auto-estima e a
necessidade de auto-realizao.
O quadro abaixo representa a adaptao que Cleyton Alderfer fez na
teoria das necessidades de Maslow para criar a teoria ERC:
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Percebam que o quarto nvel da hierarquia de Maslow divido em
dois na teoria de Alderfer. Existem, ainda, duas outras diferenas
fundamentais entre as duas teorias.
A primeira diferena refere-se simultaneidade nas necessidades.
Vimos, no tpico anterior, que, para Maslow, as necessidades no
podem ser simultneas. Para Alderfer, porm, as necessidades de
todos os nveis podem existir de maneira simultnea e complexa.
A segunda diferena refere-se a um componente de regresso das
necessidades. Para Alderfer, quando uma necessidade de nvel mais
alto no atendida, o indivduo aumenta a necessidade dos nveis
mais baixos.
Vamos ver alguns exemplos de provas?
Item 11 (Cespe / Ministrio da Cincia e Tecnologia 2004) Segundo
a teoria de motivao ERC de Alderfer, mais de uma necessidade
pode ativar o comportamento ao mesmo tempo.
Item certo. Esta uma das diferenas entre a teoria de Maslow e a
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de Alderfer. Enquanto para Maslow as necessidades superiores s so
ativadas quando as de menor nvel so satisfeitas, para Alderfer as
necessidades podem ser simultneas.
Item 12 (Cespe / Cearportos 2004) A teoria ERG (necessidades
existenciais, de relacionamento e de crescimento) de Alderfer busca
aperfeioar a teoria das necessidades humanas de Maslow e adaptla
para o entendimento das necessidades das pessoas no trabalho.
Item certo. Percebam que a prova fez meno sigla em ingls
(ERG).
2.4. A Teoria dos Dois Fatores de Herzberg
Ao contrrio de Maslow, Frederick Herberg elaborou sua teoria por
meio de pesquisas cientficas, realizadas com entrevistas para
investigar desejos e motivaes. Herzberg descobriu que h dois
grandes blocos de necessidade humanas: os fatores de higiene
(extrnsecos) e os fatores motivacionais (intrnsecos).
Os fatores de higiene, tambm chamados insatisfacientes, so
fatores extrnsecos, ou exteriores ao trabalho. Para Herzberg, eles
podem causar a insatisfao e desmotivao se no atendidos, mas,
se atendidos, no necessariamente causaro a motivao. Entre estes
fatores, esto os seguintes: segurana, status, relaes de poder,
vida pessoal, salrio, condies de trabalho, superviso, poltica e
administrao da empresa3.
Os fatores motivadores, tambm chamados satisfacientes, so os
fatores intrnsecos, internos ao trabalho. Estes fatores podem causar
a satisfao e a motivao. Entre eles, esto os seguintes:
crescimento, progresso, responsabilidade, o prprio trabalho, o
reconhecimento e a realizao4.
3 Fleury, Maria Tereza (org.). As pessoas na organizao. Editora Gente, 2002, p. 254. 4 Fleury, Maria Tereza (org.). As pessoas na organizao. Editora Gente, 2002, p. 254.
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Percebam que a principal sutileza desta teoria refere-se ao fato de
que aes organizacionais que contemplem apenas os fatores de
higiene no iro causar motivao. Veja que salrio est entre os
fatores de higiene. Ento, se a organizao der um salrio enorme,
isto ir criar uma no-insatisfao, mas no ir, necessariamente,
criar uma satisfao. Para criar a satisfao e a motivao, a
organizao precisa atribuir ao indivduo trabalhos estimulantes,
possibilidades de ascenso na carreira, de sentimento de
desenvolvimento, de responsabilidade etc.
Tnia Casado nos mostra uma comparao entre as teorias de
Maslow, Alderfer e Herzberg5:
Maslow Alderfer Herzberg
Auto-realizao Crescimento Fatores motivacionais
Estima Relacionamento
Fatores higinicos Sociais
Segurana Existncia
Fisiolgicas
A teoria dos dois fatores de Herzberg relativamente simples, mas
tambm bastante cobrada em concursos. Vamos ver alguns
exemplos de itens do Cespe?
Item 13 (Cespe / SAAE 2003) Os dois fatores da teoria de Herzberg,
os higinicos e os de motivao, esto relacionados insatisfao e
satisfao no trabalho, respectivamente.
Item correto. Prestem ateno nesta sutileza: os fatores higinicos
so aqueles que, se no atendidos, causam a insatisfao, enquanto
os fatores de motivao so aqueles que, se no atendidos, causam a
no-satisfao. Os fatores higinicos, se atendidos, causam a no
5 Fleury, Maria Tereza (org.). As pessoas na organizao. Editora Gente, 2002, p. 254, p. 254.
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insatisfao, enquanto os fatores de motivao, se atendidos, causam
a satisfao. Parece complicado, parece um jogo de palavras, n?
Mas leia de novo, que no to difcil quanto parece.
Item 14 (Cespe / Serpro 2005) De acordo com a teoria dos dois
fatores de Herzberg, so considerados exemplos de fatores
higinicos: salrio, superviso, relacionamento com colegas de
trabalho e polticas organizacionais. Esses fatores promovem a
motivao para o trabalho.
Item errado. Conforme vimos, os fatores higinicos no provocam a
motivao, apesar de, se no forem atendidos, provocarem a
desmotivao, a insatisfao.
Item 15 (Cespe / UEPA 2008) Segundo a Teoria de Hezberg (teoria
dos dois fatores), um servidor pblico pode estar satisfeito na funo
que desenvolve, a despeito do salrio recebido.
Item certo. Este item mais do que polmico, mas j foi cobrado
pelo Cespe mais de uma vez, ento olho aberto! O salrio tem a ver
com fatores higinicos (exteriores ao trabalho). Os fatores higinicos
no promovem a satisfao. Esta promovida pelos fatores
motivacionais, intrnsecos, ligados ao trabalho. Assim, mesmo com
um salrio medocre, o servidor poderia estar satisfeito e motivado,
se executasse tarefas desafiadoras, que proporcionem crescimento
profissional, autonomia etc.
Item 16 (Cespe / INSS 2008) De acordo com a teoria bifatorial de
Herzberg, os fatores higinicos so intrnsecos ao trabalho e so os
responsveis pela motivao e pela satisfao no trabalho.
Item errado. Os fatores higinicos so extrnsecos ao trabalho, e no
causam motivao e satisfao.
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2.5. Teoria de McClelland
David McClelland (1917-1998), psiclogo americano, tambm
formulou uma teoria motivacional baseada em necessidades. Ao
contrrio de Maslow, porm, as necessidades desta abordagem no
so dispostas de forma hierrquica, e sim se interrelacionam e se
manifestam em diferentes intensidades, de acordo com
caractersticas psicolgicas e com os processos de socializao por
que passou o indivduo.
Para McClelland, h trs tipos de necessidades humanas:
Necessidade de realizao: Busca de sucesso profissional, autonomia,
realizao de trabalhos interessantes.
Necessidade de poder: Busca de influncia, poder, status.
Necessidade de afiliao: Foco na promoo dos relacionamentos
interpessoais. Investe nas relaes, mesmo em detrimento de
interesses pessoais.
Estas necessidades se manifestam de maneira interrelacionada e
complexa. Assim, a teoria traz uma possibilidade maior de aplicao
que a de Maslow. A organizao pode, por exemplo, identificar os
nveis de necessidades existentes em cada posio da organizao e
promover necessidades que auxiliem no trabalho. Se, neste modelo,
espera-se que os lderes apresentem alta necessidade de poder
(vontade de exercitar a influncia sobre outros indivduos), pode ser
interessante mapear esta necessidade e focaliz-la para influncias
relevantes para o desempenho organizacional.
Estas teorias que vimos at agora podem ser ditas teorias da
motivao de contedo esttico. Estas teorias tratam do contedo do
que efetivamente motiva as pessoas. Estes modelos tambm so
chamados de estticos, porque observam apenas um (ou poucos)
ponto(s) no tempo, e assim so orientados para o passado ou para o
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presente6. As teorias da expectativa, da determinao de metas e da
equidade, que veremos a seguir, por sua vez, so consideradas
teorias do processo motivacional.
2.6. A Teoria da Determinao de Metas de Edwin Locke
Quando voc vai estudar, voc estuda sem rumo, sem objetivos? No.
Para nos motivarmos, precisamos de objetivos concretos, de metas.
Isso se aplica tambm realidade organizacional. O trabalhador
precisa conhecer objetivos, diretrizes e metas, para agir de forma a
alcan-las. O papel do gestor, portanto, ser o de definir e clarificar
metas para seus liderados, o que os far empregar determinado
esforo na sua consecuo7.
Outro princpio importante desta teoria a participao do
trabalhador na definio das metas. O trabalhador ir ficar mais
motivado para alcanar metas que ele ajudou a definir. Elas no
podem, portanto, ser impostas: devem ser construdas
conjuntamente, entre o lder e os liderados.
As metas devem tambm ter como requisito a clareza. Elas precisam
ser compreendidas pelo trabalhador para que ele possa agir no
sentido de alcan-las.
Em relao dificuldade das metas, elas no podem ser muito fceis,
nem muito difceis. Elas tm que ser desafiadoras, mas seu alcance
tem que ser possvel. Metas muito fceis ou impossveis no iro
gerar motivao.
Esta teoria tem muitas implicaes quanto gesto do desempenho
humano. Um dos pontos o feedback: ao determinar uma meta, o
gerente tem que dar ao profissional um feedback, um retorno, em
relao ao alcance ou no das metas. Alm disso, necessrio que a
6 Bowditch, James L. Buono, Anthony F. Elementos de comportamento organizacional. Pioneira Thompson Learning, 2004, p. 41. 7 Fleury, Maria Tereza (org.). As pessoas na organizao. Editora Gente, 2002, p. 255.
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pessoa possa fazer, sozinha, um acompanhamento de como est
indo, de quais metas est conseguindo alcanar, de forma que possa
adaptar comportamentos no rumo desejado.
Esta teoria tem aplicaes na chamada Administrao por Objetivos
(APO), forma de organizar o trabalho na qual lder e liderado acordam
os objetivos em funo dos quais o liderado ir trabalhar.
Seguimos, agora, com trs itens do Cespe para exemplificar como
este contedo pode ser cobrado em situaes reais de prova.
Item 17 (Cespe / TCU 2007) As metas de trabalho definidas para os
funcionrios devem ser de baixa complexidade para que eles no
sintam receio de conseguir alcanar o que foi estabelecido.
Item errado. Metas muito fceis podem causar a desmotivao. As
metas devem ser alcanveis, mas no podem ser de complexidade
muito baixa ou muito fceis.
Item 18 (Cespe / TRE-AL 2004) No existe relao entre o
desempenho e a motivao do indivduo e o estabelecimento de
metas nas organizaes.
Item errado. Conforme vimos, a motivao do indivduo no trabalho
est relacionada forma com que as metas so estabelecidas, e isto
tem relao com o desempenho no trabalho.
Item 19 (Cespe / Cmara dos Deputados 2003) A administrao por
objetivos (APO) um exemplo da aplicao da teoria de
determinao de metas e, como componentes bsicos, conta com a
especificidade de meta, a tomada de deciso unilateral, um perodo
de tempo explcito e feedback sobre o desempenho.
Item errado. Cuidado com os itens que comeam com uma afirmativa
correta e introduzem algo incorreto no meio ou no final! De fato,
conforme vimos, a APO um exemplo da aplicao da teoria da
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determinao de metas. O erro do item est na expresso tomada
de deciso unilateral. Conforme vimos, as metas tm que ser
pactuadas, combinadas.
2.7. Teoria da eqidade
Trata-se de teoria relativamente nova, segundo a qual a motivao
est diretamente relacionada percepo que o indivduo tem a
respeito da justia de sua situao profissional. tambm conhecida
como teoria da comparao social.
O grau de eqidade definido em termos da razo entre a entrega
individual (o esforo, por exemplo) e a recompensa, comparada a
uma relao similar para outra pessoa que seja relevante em termos
de comparao8. Ou seja, o trabalhador faz entregas para a
organizao, e, em troca, recebe recompensas. O mesmo vale para
outros trabalhadores. normal que eles se comparem com seus
pares. A eqidade ser maior se os empregados acharem que esto
sendo recompensados de maneira justa, em relao forma com que
seus pares esto sendo recompensados.
Assim, O tema central [desta] teoria motivacional que o maior
determinante do desempenho e da satisfao no trabalho o grau de
eqidade ou iniqidade percebido na situao profissional9.
Caso o indivduo tenha uma percepo de que no h eqidade, ele
poder ficar desmotivado ou insatisfeito, e isto ter reflexos em sua
forma de se relacionar com a organizao e com ela contribuir. Em
ltima instncia, ele poderia, inclusive, pedir demisso.
Entre os autores que colaboraram para a elaborao desta teoria,
podemos citar Adams, Festinger e Lawler.
Vamos ver alguns itens de prova?
8 Fleury, Maria Tereza (org.). As pessoas na organizao. Editora Gente, 2002, p. 255. 9 Fleury, Maria Tereza (org.). As pessoas na organizao. Editora Gente, 2002, p. 255.
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Item 20 (Cespe / TJDFT 2008) Segundo a teoria da eqidade de
Adams, as pessoas so motivadas a alcanar uma situao de justia
ou igualdade em suas relaes com outras pessoas e com as
organizaes onde trabalham. Essa procura pela igualdade inclui o
uso de mecanismos como mudana nas contribuies que o indivduo
oferece organizao e abandono temporrio ou definitivo da
situao.
Item certo. Est de acordo com o que acabamos de estudar.
Item 21 (Cespe / SGA SEDF 2003) Segundo a teoria da eqidade,
a motivao de um empregado reduz o absentesmo quando as
comparaes entre os seus insumos e resultados se equivalem aos
insumos e resultados dos outros empregados.
Item certo. Absentesmo tem a ver com faltas e atrasos das pessoas
em uma organizao. Um trabalhador desmotivado ou insatisfeito ir
faltar mais e se atrasar mais em seu trabalho. Por este item,
aprendemos que, se no houver percepo de eqidade, o
absentesmo pode aumentar, enquanto, se houver percepo de
eqidade, haver diminuio do absentesmo.
2.8. Teoria da expectativa (ou expectncia) de Victor Vroom
Esta teoria construda em funo da relao entre trs variveis:
Valncia, fora (instrumentalidade) e expectativa, referentes a um
determinado objetivo.
Valncia, ou valor, a orientao afetiva em direo a resultados
particulares. Pode-se traduzi-la como a preferncia em direo, ou
no, a determinados objetivos. Valncia positiva atrai o
comportamento em sua direo, valncia zero indiferente e valncia
negativa algo que o indivduo prefere no buscar10. Em outras
palavras, a valncia tem a ver com o desejo do indivduo em relao
10 Fleury, Maria Tereza (org.). As pessoas na organizao. Editora Gente, 2002, p. 256.
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a determinado resultado. No caso de valncia positiva, o resultado
pode ser uma recompensa ou algo que o indivduo deseja. Valncia
negativa um evento que o indivduo no quer que ocorra.
Expectativa o grau de probabilidade que o indivduo atribui a
determinado evento, em funo da relao entre o esforo que vai
ser despendido no evento e o resultado que se busca alcanar.
Fora, ou instrumentalidade, por sua vez, o grau de energia que o
indivduo ir ter que gastar em sua ao para alcanar o objetivo.
Parece complicado, n? Mas no no, pessoal. Vamos ver um
exemplo pra esclarecer esta teoria, que apenas expressa uma relao
motivao ou ao em um contexto de trabalho. Se o indivduo quer
muito alguma coisa (uma promoo, por exemplo), pode-se dizer que
esta promoo tem alta valncia. Para conseguir esta promoo, ele
vai ter que trabalhar mais, vai ter que abrir mo de uma srie de
coisas da sua vida, vai ter que colocar energia nestas aes (fora).
Ao tomar a deciso de se dedicar a isto ou no, ele vai levar em
considerao a probabilidade (expectativa) de alcanar a promoo
(alta valncia). Ficou mais claro com este exemplo?
Esta relao pode ser expressa pela frmula matemtica M = E x I x
V, onde M motivao, e expectativa, i instrumentalidade e v
valncia.
Vamos ver alguns exerccios do Cespe para facilitar a nossa
compreenso desta teoria.
Item 22 (Cespe / Terracap 2004) A teoria motivacional da
expectativa de Vroom concebe a motivao como uma fora de
natureza emocional e consciente, que ativada no momento em que
um indivduo levado a escolher entre diversos cursos de ao. A
escolha seria funo de trs variveis: valncia, expectativa e
instrumentalidade.
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Item certo. O item traz dois elementos novos para ns: esta teoria
de natureza emocional e consciente. Quando o indivduo tem que
tomar uma determinada deciso, no contexto organizacional, ele
relaciona trs variveis: valncia (grau de desejo do alcance de
alguma coisa), expectativa (probabilidade) e instrumentalidade
(quantidade de energia que ele vai ter que gastar).
Mais um item que diz a mesma coisa:
Item 23 (Cespe / SGA-SE-DF 2002) O absentesmo est
intrinsecamente ligado motivao, e a teoria da expectncia prev a
motivao como um resultado da expectativa, da instrumentalidade e
da valncia.
Item certo. Absentesmo est ligado s faltas e atrasos dos
funcionrios. O item, cujo gabarito correto, apresentou, ainda, a
teoria da expectncia, na qual a motivao resultado da relao
entre trs variveis: expectativa, instrumentalidade e valncia.
Agora comparem os dois itens acima com o item abaixo:
Item 24 (Cespe / STF 2008) No enfoque comportamental na
administrao, de acordo com a teoria da expectativa, acredita-se
que o esforo produz o desempenho e este, o resultado, ao qual as
pessoas atribuem valores. Desse modo, a motivao estaria assim
representada: motivao = expectativa (de que o esforo produz o
resultado) valor atribudo ao resultado.
Pela lgica, seramos convencidos a marcar errado. Gabarito
provisrio: certo. Mas como? Que maldade. Acabamos de estudar
que, na teoria da expectativa, a motivao dada em funo da
frmula M = E x I x V. Agora vem um item que diz que a frmula M
= E x V e o gabarito vem certo. A verdade que h as duas
frmulas. O prprio Antonio Maximiano apresenta a frmula utilizada
pelo Cespe neste item do STF. Vejam o que diz o Maximiano, de onde
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o item aparentemente foi copiado, a respeito deste assunto:
De acordo com a teoria da expectativa, a motivao funo da
crena de que possvel alcanar um resultado, multiplicada pelo
valor atribudo ao resultado:
Motivao = Expectativa (crena de que o esforo produz o resultado)
x valor atribudo ao resultado.
A teoria da expectativa procura explicar a cadeia de causas e efeitos
que liga o esforo inicial ao resultado ou recompensa final. Os
componentes principais da teoria da expectativa so os seguintes: o
valor dos resultados, a associao entre o desempenho e a
recompensa e a associao entre o esforo e o desempenho11.
A formulao do item muito parecida com o incio da citao acima.
Para a prova, portanto, ambas as frmulas esto certas.
Mais um item antes de fecharmos este assunto:
Item 25 (Cespe / TRE-RS 2003) De acordo com a teoria da
expectativa, um empregado estar motivado a aplicar alto nvel de
esforo quando ele acreditar que esse esforo levar a uma boa
avaliao de desempenho e no que essa avaliao levar a
determinadas recompensas.
Item errado. A motivao no necessariamente tem a ver com a
avaliao de desempenho. Ela tem a ver com a relao entre a
valncia (que pode ser uma recompensa), a expectativa e a fora.
2.9. Teorias X e Y de McGregor
O psiclogo americano Douglas McGregor (1906-1964) afirmava que
havia duas abordagens principais de motivao e liderana: as teorias
X e Y.
11 Maximiano, Teoria Geral da Administrao, p. 253.
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A teoria X apresentava uma viso negativa da natureza humana:
pressupunha que os indivduos so naturalmente preguiosos, no
gostam de trabalhar, precisam ser guiados, orientados e controlados
para realizarem a contento os trabalhos. o famoso chicote, pessoal.
Esta teoria resulta em prticas gerenciais autoritrias.
A teoria Y o oposto: diz que os indivduos so auto-motivados,
gostam de assumir desafios e responsabilidades e iro contribuir
criativamente para o processo se tiverem suficientes oportunidades
de participao.
Vejam estas teorias, nas palavras do Cespe:
Item 26 (Cespe / Anvisa 2004) A famosa teoria de McGregor supe
dois tipos de concepo sobre a natureza da relao homem-trabalho.
A primeira, denominada teoria X, apia-se em trs princpios: o
homem tem averso ao trabalho; precisa ser controlado e punido
para que se esforce no trabalho e cumpra os objetivos
organizacionais; evita responsabilidades, pois est interessado
apenas na sua prpria segurana pessoal e financeira. A teoria Y, por
outro lado, baseia-se em viso mais otimista da relao homem-
trabalho. O indivduo, segundo essa teoria, quer desenvolver-se,
procura responsabilidades, capaz de autodirigir-se e de colocar a
sua criatividade a servio da organizao.
Item certo. Explicao bastante instrutiva a respeito destas teorias.
Mais um item a este respeito:
Item 27 (Cespe / Cmara dos Deputados 2003) McGregor prope
duas vises distintas de seres humanos: uma negativa, a chamada de
teoria y e outra positiva, a teoria x. De acordo com a teoria y,
empregados no gostam de trabalho, evitam responsabilidades e, por
isso, devem ser coagidos para atingirem as metas. De acordo com a
teoria x, uma pessoa comum pode aceitar responsabilidades, os
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empregados podem ver o trabalho como sendo algo to natural
quanto o lazer, e as pessoas exercitariam auto-orientao e
autocontrole se estivessem comprometidas com os objetivos
organizacionais.
Item errado. O erro do item foi a inverso das descries das teorias
X e Y.
3. Liderana. Natureza da liderana.
Liderana um fenmeno de natureza social, existente nas mais
diferentes situaes sociais. Seja em um grupo de crianas na escola,
seja em uma equipe esportiva, seja em uma equipe formalmente
constituda na organizao, sempre h pessoas que assumem a
liderana e que so reconhecidas como lderes pelas outras pessoas.
No estudo de organizaes, que o que nos interessa, a liderana
tambm se manifesta, seja institucionalmente, por pessoas colocadas
formalmente em cargos de chefia e liderana, seja de forma
espontnea, por pessoas que, por diferentes razes e em diferentes
contextos, assumem o papel de lder.
O conceito de liderana guarda grande semelhana com o conceito de
poder. A liderana pode ser entendida como o exerccio, a utilizao,
do poder.
Lembram que, quando estudamos a motivao, vimos que existem
diferentes maneiras de compreend-la? O mesmo vale para a
liderana. Existem diferentes teorias da liderana, e vamos, agora,
ver quais so as principais, as que podem ser objeto de
questionamento no nosso concurso.
3.1. Teoria dos traos
Trata-se de teoria mais antiga, segundo a qual a liderana dada por
caractersticas inatas do indivduo. Bryman, citado por Ana Limogi-
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Frana e Eliete Arellano 12, cita trs grandes tipos de traos que
influenciam a liderana:
Fatores fsicos. Tem a ver com caractersticas fsicas dos indivduos,
tais como peso, altura, formato dos olhos, formato do queixo, tipo de
voz;
Habilidades: inteligncia, fluncia verbal, escolaridade e
conhecimento so tidos como caractersticas facilitadoras da
liderana. Em princpio, quando algum tem habilidade de se
comunicar ou informar, h maior possibilidade de que atraia a
ateno;
Aspectos da personalidade: moderao, introverso, extroverso,
dominncia, ajustamento pessoal, autoconfiana, sensibilidade
interpessoal e controle emocional so as caractersticas mais atuantes
na aceitao ou no de um lder.
inegvel que estes fatores exercem, de fato, influncia na
liderana. Possivelmente um indivduo extrovertido ter uma
probabilidade maior de assumir um papel de liderana do que um
indivduo excessivamente tmido. Talvez um indivduo alto e com voz
grossa chame mais ateno do que um indivduo baixo e com voz
fina. Esta teoria tem, porm, inmeras limitaes. Mahatma Gandhi,
o grande lder pacifista da ndia, citado como contra-exemplo da
teoria dos traos.
O que se sabe hoje que a liderana influenciada por diferentes
variveis, inclusive contexto em que ocorre, objetivo do lder,
caractersticas do grupo liderado etc. Sabe-se que os fatores fsicos
no so irrelevantes, mas no determinantes. Sabe-se, tambm, que
as habilidades podem ser treinadas e diversos aspectos da
12 As pessoas na organizao, p. 263.
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personalidade e traos comportamentais podem ser ajustados e
praticados.
Item 28. (Cespe / INSS 2008) A liderana exercida em decorrncia
de qualidades natas do lder denominada liderana liberal.
Item errado. A teoria que diz que a liderana exercida em razo de
qualidades natas do lder denominada teoria dos traos.
3.2. Estilos de liderana e situaes de trabalho.
As teorias mais utilizadas de liderana so aquelas que relacionam os
estilos de liderana com determinadas situaes de trabalho.
Provavelmente a teoria mais famosa dos estilos de liderana aquela
que fala da liderana autocrtica, liderana liberal e liderana
democrtica.
Liderana autocrtica aquela em que as decises so tomadas
unicamente pelo lder, sem a participao da equipe. O lder
autocrtico decide sozinho quais so as metas e objetivos e quais as
maneiras de alcan-los.
A liderana liberal, ou laissez-faire, aquela que praticamente no
conta com a participao do lder. Neste estilo de liderana, a equipe
tem total autonomia para decidir quais so os objetivos e as metas e
como eles sero alcanados.
Na liderana democrtica, o lder estimula na equipe os
comportamentos desejados. Apesar de a equipe gozar de relativa
autonomia e de decidir coletivamente, o lder encoraja e estimula a
tomada de deciso, e orienta os membros da equipe. Como a equipe
participa da tomada de deciso, ela se reconhece nas metas e
objetivos, e possivelmente ir se sentir mais motivada para alcan-
los.
Alguns itens de prova:
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Item 29 (Cespe / DFTRANS 2008) A liderana autocrtica tem como
foco a automatizao dos processos de trabalho e o
compartilhamento das decises com os membros da equipe.
Item errado. Liderana autocrtica aquela em que as decises so
tomadas unicamente pelo chefe, ou seja, no so compartilhadas.
Alm disso, no tem nenhuma relao com automatizao de
processos de trabalho.
Item 30 (Cespe / INSS 2008) Na liderana democrtica, a equipe
tem total liberdade para tomar decises e a interveno do lder
mnima.
Item errado. O estilo de liderana em que a equipe tem total
liberdade a liderana liberal, ou laissez-faire.
Algum poderia se perguntar: qual o melhor estilo de liderana? A
verdade que no existe melhor estilo. Para decidir que estilo usar,
temos que avaliar o contexto, o objetivo, o tipo de equipe.
Certamente, em uma situao de guerra, um batalho do exrcito
tem que funcionar com uma liderana autocrtica. Se houvesse
liderana liberal, provavelmente ele seria esmagado pelo inimigo. Em
certos contextos, como em organizaes pblicas, em que a equipe
suficiente madura, melhor implementar a liderana democrtica.
3.3. Teoria dos enfoques situacionais ou contingencial
A liderana deve ser compreendida de acordo com a situao de
trabalho, ou contexto em que ocorre, ou seja, deve-se considerar
caractersticas do lder, dos seguidores e da situao. No existe,
portanto, um estilo de liderana dado previamente e qu seja
superior aos demais, o que vai determinar o melhor estilo a ser
adotado pelo lder a situao. Em relao a este aspecto, temos as
teorias situacionais de liderana.
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Item 31 (Cespe / PGE-PA 2006) Liderana no pode ser imposta
pela organizao, pois se trata de um atributo que depende apenas
das caractersticas do lder.
Hoje em dia, sabemos que a liderana no depende apenas das
caractersticas dos lderes. Ela depende, tambm, do contexto, das
caractersticas dos liderados e do objetivo a ser alcanado. Alm
disso, ela pode sim ser imposta, j que as chefias so
institucionalmente determinadas pela organizao, mesmo que as
pessoas no concordem. Item, portanto, errado.
Existem diferentes teorias situacionais. Uma delas a teoria de
Fiedler, que prope que o desempenho do grupo depende da
combinao entre o estilo do lder de interagir com seus seguidores e
o grau em que a situao d controle e influncia ao lder13. Assim,
a eficcia do lder seria determinada pela interao da orientao do
empregado com trs variveis situacionais bsicas que influenciam a
favorabilidade de uma situao para um lder:
Relaes entre lder e membros do grupo: relacionamento pessoal que o lder tem com os membros do grupo, em termos
de confiana e respeito;
Estrutura da tarefa: definio das metas das tarefas, procedimentos e orientaes no grupo; e
Posio de poder do lder: grau de poder e influncia que um lder tem sobre seus subordinados.
Com base em estudos empricos, Fiedler constatou que, quando a
situao geral era muito favorvel (boas relaes lder-membros,
tarefa estruturada, forte influncia do lder) ou muito desfavorvel
(relaes lder-membros ruins, tarefa no estruturada, posio pouco
influente), o estilo de liderana mais eficaz era o autoritrio. No
entanto, quando a situao se caracterizava por favorabilidade
13 As pessoas na organizao, p. 265.
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mediana (por exemplo: boas relaes entre lder e membros, mas
tarefa pouco estruturada e pouca influncia do lder), o estilo mais
eficaz era o democrtico14.
Questo de prova:
Item 32 (Cespe / TRE-RS 2003) De acordo com o modelo
contingencial desenvolvido por Fiedler, o lder eficaz aquele que
possui caractersticas especiais que o distinguem dos seus liderados,
o que se denomina teoria dos traos.
Item errado. Com base no que acabamos de estudar, este item era
fcil, n? O modelo contingencial desenvolvido por Fiedler centrado
na situao. O item descreve a teoria dos traos, segundo a qual o
melhor lder tem traos inatos que o fazem ser um bom lder.
Vamos ver, agora a teoria situacional mais famosa. a teoria de
Hersey e Blanchard. Esta teoria melhor compreendida com base na
figura abaixo15:
14 Gil, p. 225-226. 15 Figura extrada de www.scielo.br/img/revistas/rlae/v6n1/13924f1.gif.
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A teoria construda com base em quatro estgios da maturidade do
liderado. Percebam que, na parte de baixo do grfico, vemos o M1,
M2, M3 e M4, que so os quatro estgios de maturidade por que
passa um indivduo na organizao. Dependendo do estgio de
maturidade dos liderados, o lder deve adotar um estilo de
relacionamento diferente.
Na parte de cima da figura, temos um grfico com dois eixos. O eixo
horizontal a orientao tarefa, ou comportamento de tarefa. O
eixo vertical o comportamento de relacionamento.
O primeiro estgio o determinar (E1). Nele, o chefe/lder deve se
concentrar no trabalho, na tarefa. Trata-se de equipe que no possui
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maturidade (M1) suficiente para tomar decises sozinha, ou seja, o
prprio lder que distribui as tarefas e determina como elas sero
feitas. Entenda que, no grfico, este estgio tem orientao baixa ao
relacionamento e alta tarefa.
No segundo estgio, o lder deve persuadir (E2). Neste estgio, o
lder deve ter nfase tanto na tarefa como nas pessoas, no
relacionamento. As pessoas j conhecem os trabalhos, mas ainda no
tem maturidade suficiente para assumi-los sozinhas.
O terceiro estgio denominado compartilhar (E3). As pessoas j
conhecem bastante do trabalho e j tem vontade de tomar decises
sozinhas. Nesta fase, o lder e a equipe tomam as decises juntos.
O quarto e ltimo estgio o delegar (E4). Nele, o liderado j tem
maturidade suficiente para tomar as decises sozinho (M4), ou seja,
o lder delega ao liderado as decises a respeito de como, onde e
quando os trabalhos sero realizados. Neste quadrante, a orientao
baixa tanto para a tarefa quanto para os relacionamentos.
Conseguiram entender os quatro quadrantes (quadrados) do grfico
(E1, E2, E3 e E4)? Este contedo no fcil, mas costuma ser muito
cobrado em provas de administrao e de RH/Gesto de Pessoas.
Item 33 (Cespe / Terracap 2004) Com relao a liderana
situacional, de Hersey e Blanchard, correto afirmar que so
enfatizados especialmente os seguidores.
Item certo. Segundo a teoria da liderana situacional de Hersey e
Blanchard, a liderana deve ser escolhida com base na maturidade
dos seguidores.
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3.4. Liderana carismtica, transformacional e transacional
Os assuntos deste tpico tm sido menos cobrados em provas de
concursos, mas j foram cobrados pelo Cespe, ento trago aqui tal
tpico para evitar surpresas.
A liderana carismtica est associada ao carisma [...]. Entre as
caractersticas do lder carismtico, House aponta confiana nos
seguidores e a similaridade de crenas. Os liderados apresentam
aceitao incondicional dos lderes, obedincia espontnea,
envolvimento emocional com a misso, alto nvel de desempenho e
crena na capacidade de contribuio.
Na liderana transformacional, de acordo com Burns (1978), lderes e
seguidores elevam um ao outro a nveis mais altos de moralidade e
motivao. Esse tipo de influncia aumenta o grau de conscientizao
e envolvimento e ativa a busca da auto-realizao.
Na liderana transacional, o processo compreendido como a
ocorrncia de transaes mutuamente gratificantes entre lderes e
seguidores em determinado contexto situacional. O lder transacional
guia seus seguidores na direo das metas e esclarece as exigncias
de papel e da tarefa16.
Vamos nos aprofundar nesse ponto sobre a liderana transacional e a
liderana transformacional a partir dos ensinamentos de
Vasconcelos17:
"A liderana transacional caracteriza-se pela troca no duradoura
entre o lder e o liderado. Essa liderana marcada pelo
comportamento condicionado, no qual um indivduo aceita seguir um
lder porque este tem os meios para viabilizar essa troca, seja ela por
meio de remunerao, da influncia poltica etc. No processo de
16 As pessoas, p. 266-267.
17 Vasconcelos, Isabela F. Gouveia de. Mascarenhas, Andr Ofenhejm. Organizaes em aprendizagem. So Paulo: Thomson Learning, 2007.
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liderana transacional, o seguidor aceita as ordens do lder por uma
questo de poder formal. O lder geralmente consegue a submisso
das pessoas s suas idias devido a esse poder formal e
prerrogativa da recompensa ou da punio. A relao de troca entre o
lder e o seguidor desaparece no momento em que aquele no pode
mais recompensar ou punir os liderados."
"A liderana transformacional o processo segundo o qual o lder
influencia na definio da realidade dos liderados e caracteriza-se
pela articulao da experincia e dos significados compartilhados pelo
grupo social de modo a viabilizar determinados modos de ao. O
lder transformacional assume a complexidade de motivaes e de
interesses que caracteriza os indivduos e procura motivos potenciais
entre seus seguidores. Em um processo de liderana trasnformacional
o lder no necessita de sua autoridade formal para conseguir a
adeso de seus liderados. Os vnculos entre os dois tornam-se mais
prximos daqueles tipicamente afetivos, o que faz com que o liderado
siga o lder voluntariamente."
4. Exerccios
Vamos ao melhor simulado, que so os exerccios? Os 33 primeiros
itens so itens de provas recentes do Cespe (deste ano e do ano
passado), enquanto os demais da lista so os itens que vimos ao
longo da aula.
Aproveitem as listas de exerccios ao final de cada aula para praticar
a resoluo de questes! So mini-simulados, que podem ser o
melhor parmetro para vocs saberem como esto em cada disciplina
e quais tpicos precisam de maior ateno de vocs.
Preparados?
Item 1. A teoria motivacional da equidade reconhece que os
indivduos julgam a quantidade absoluta de suas recompensas
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organizacionais, no s pelos seus esforos, mas tambm pela
recompensa obtida pelos outros em face dos insumos por eles
empregados.
Item 2. Considere que um gestor de pesquisas de determinado
rgo governamental da rea de sade, em vez de se esforar para
solucionar problemas e definir novas metas mais desafiadoras,
idealiza ser influente e controlar os outros integrantes da sua
unidade. A sua preferncia atuar em situaes competitivas
voltadas para o status, e ele se preocupa mais com o prestgio
decorrente dos resultados e da influncia sobre os outros. Com base
na teoria das necessidades de McClelland, esse indivduo possui a
necessidade de afiliao como a mais preponderante.
Item 3. A motivao de um indivduo inserido em uma organizao
tem relao direta com a intensidade de esforos que ele emprega,
por isso indivduos motivados geram resultados favorveis para a
organizao.
(Cespe / Detran 2009) Julgue os itens a seguir, acerca de motivao
e satisfao no trabalho.
Item 4. Polticas da empresa, salrios e condies de trabalho so
fatores higinicos ou de satisfao no trabalho. Esses pressupostos
esto de acordo com a teoria desenvolvida por McGregor,
denominada teoria Y.
Item 5. Valncia, na teoria da expectncia de Vroom, est
relacionada fora de atrao de um resultado almejado por um
indivduo.
Item 6. Na abordagem motivacional de estabelecimento de metas,
h um ciclo motivacional que inclui valores pessoais, as prprias
metas, os feedbacks provenientes da auto-avaliao e da avaliao
de gerencial e o desempenho das aes relacionadas s metas.
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Item 7. (Cespe / Detran 2009) Segundo a teoria da contingncia de
Fiedler, a liderana est atrelada pessoa do lder e situao.
Item 8. (Cespe / TCU 2009) O administrador pblico, buscando atuar
alinhado com um estilo de liderana pautado em pressupostos de
motivao propostos por Maslow, deve assegurar, como primeiro
aspecto que motivar o seu subordinado, a garantia de atendimento
das necessidades que geram o comprometimento e a satisfao do
grupo no trabalho.
Item 9. (Cespe / TCU 2009) Considerando a teoria dos dois fatores
de Hezberg, existem duas formas de motivar os empregados: uma
pautada em uma ao mais dura, voltada apenas para aspectos
financeiros (fator X), e outra mais participativa, voltada para
aspectos de socializao (fator Y).
Item 10. (Cespe / MPS 2010) A teoria de Maslow cita as
necessidades humanas como uma pirmide, fazendo um paralelo com
uma hierarquia. Na base dessa pirmide, encontram-se as
necessidades bsicas ou fisiolgicas e o pressuposto : uma
necessidade, em qualquer ponto da hierarquia, precisa ser atendida
antes que a necessidade do nvel seguinte se manifeste.
Item 11. (Cespe / Embasa 2010) De acordo com as teorias
motivacionais, as necessidades variam de indivduo para indivduo e
produzem diferentes padres de comportamento. Geralmente, esto
relacionados a um desejo e(ou) direcionados a um objetivo.
Item 12. (Cespe / Embasa 2010) Uma necessidade satisfeita no
motivadora de comportamento, pois apenas necessidades no
satisfeitas influenciam o comportamento, embora duas necessidades
possam, conjuntamente, orientar a ao das pessoas, fato que
enfraquece a ideia de hierarquia de necessidades.
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Item 13. (Cespe / TRT 17 Regio 2009) Na teoria motivacional de
Vroom, expectncia ou expectativa o componente da fora
motivacional relacionado ao valor que o indivduo atribui s
consequncias de uma ao.
Item 14. (Cespe / TRT 17 Regio 2009) Segundo a teoria
motivacional de McClelland, h trs tipos de necessidades humanas:
o poder, a afiliao e a realizao.
Item 15. (Cespe / TRE PR 2009) Segundo a teoria de motivao
humana, de Herzberg, as pessoas no podem subir para o prximo
nvel de necessidade at que os nveis abaixo sejam preenchidos.
(Cespe / Banco da Amaznia 2010) Julgue os itens subsequentes,
relativos motivao e liderana.
Item 16. Se o gerente de uma agncia bancria com 35 funcionrios
do quadro, 10 terceirizados e 5 estagirios adotar uma postura nica
como forma de motivar seus colaboradores, essa conduta estar de
acordo com os pressupostos da teoria de Maslow.
Item 17. A preocupao do gerente de uma agncia bancria com a
salubridade do ambiente de trabalho identifica-se com os aspectos
motivacionais propostos na teoria de Herzberg.
Item 18. A implantao de um novo plano de remunerao que
contemple um aumento substancial no salrio dos colaboradores de
uma organizao vai ao encontro dos fatores extrnsecos propostos
na teoria de Herzberg.
Item 19. A adoo de um controle rigoroso por parte de um gerente
sobre seus colaboradores, por entender que estes so desmotivados
e dependem de uma liderana forte, identifica-se com os
pressupostos da teoria X proposta por Douglas McGregor.
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Item 20. Na atualidade, inexiste situao que comporte a aplicao
da liderana autocrtica no mbito de uma organizao, pois essa
uma teoria sem aplicabilidade prtica.
Item 21. (Cespe / Banco da Amaznia 2010) Segundo o modelo
contingencial de liderana de Fiedler, a relao entre lder e liderados
diz respeito camaradagem e preocupao pessoal do lder com
seus liderados.
(Cespe / FUB 2009) Acerca da motivao e da liderana nas
organizaes, julgue os itens seguintes.
Item 22. A motivao exige a descoberta e o entendimento das
necessidades e dos desejos dos empregados para que os
comportamentos sejam canalizados em direo ao desempenho das
atividades.
Item 23. Metas eficazes necessitam no apenas serem
compreendidas, como tambm aceitas.
Item 24. Liderana o processo de influenciar e apoiar outras
pessoas para que elas trabalhem entusiasticamente para a obteno
de determinados objetivos.
Item 25. Uma liderana bem sucedida depende mais dos traos
pessoais do que de comportamentos, habilidades e aes
apropriados.
Item 26. Os lderes participativos abordam alguns empregados e
pedem suas contribuies antes de tomarem as decises, sem, no
entanto, descentralizarem a autoridade.
Item 27. (Cespe / FUB 2009) Liderana no tem influncia nas
relaes interpessoais exercidas em determinada situao, mas
dirigida por meio do processo da comunicao humana consecuo
de um ou de diversos objetivos especficos.
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Item 28. (Cespe / FUB 2009) Estilos de liderana referem-se aos
estilos de comportamento do lder em relao aos seus subordinados,
isto , maneiras pelas quais o lder orienta sua conduta. H trs
estilos de liderana: autoritria, liberal e democrtica.
Item 29. (Cespe / MPS 2010) O estilo de liderana adotado por uma
organizao influi direta e indiretamente em seus resultados. No caso
da liderana orientada para tarefas, a autocracia e o autoritarismo
so caractersticas marcantes. J no estilo de liderana voltado para
as pessoas, as caractersticas so democracia e participao dos
funcionrios.
(Cespe / Embasa 2010) Liderana a influncia interpessoal exercida
em determinada situao e dirigida, por meio do processo da
comunicao humana, consecuo de um ou de diversos objetivos
especficos. Com relao s teorias de liderana, julgue os prximos
itens.
Item 30. A teoria dos traos de personalidade baseia-se no
pressuposto de que certos indivduos possuem uma combinao de
diversos traos de personalidade, que, ao serem analisados,
permitem que sejam identificados lderes potenciais.
Item 31. Segundo essas teorias, os estilos de liderana podem ser
classificados em autoritrio, liberal e democrtico.
Item 32. (Cespe / ANAC 2009) Douglas MacGregor desenvolveu as
teorias X e Y. Segundo tal conceituao, a teoria X parte do
pressuposto de que as pessoas teriam averso ao trabalho e
responsabilidade, preferindo ser dirigidas, demandando, portanto, um
tipo de liderana que privilegia o controle, ao passo que o
pressuposto da teoria Y seria de que as pessoas so criativas, tm
propenso a gostar do trabalho e, portanto, rendem melhor quando
submetidas a um tipo de liderana que incentive a motivao e a
perspectiva de valorizao profissional e pessoal.
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Item 33. (Cespe / MS 2009) O modelo de liderana situacional
proposto por Hersey e Blanchard, integrante da abordagem
comportamental, vincula a competncia e a motivao como
elementos importantes do processo de liderana, alm de reconhecer
que a maturidade dos subordinados define o comportamento do lder
mais orientado para a tarefa ou para o relacionamento.
Item 34. (Cespe / Serpro 2005) Uma vez que o comportamento
humano multideterminado, a busca de explicaes para
comportamentos organizacionais deve ser realizada levantando
informaes de diversos possveis preditores.
Item 35. (Cespe / Anvisa 2004) O relacionamento indivduo-
organizao marcado por trocas e reciprocidades. Percepes
individuais favorveis acerca da reciprocidade do relacionamento
indivduo-organizao esto associadas positivamente a satisfao e
comprometimento afetivo no trabalho.
Item 36. (Cespe / Banco da Amaznia 2006) O comprometimento
organizacional diz respeito ao vnculo do indivduo com o seu
trabalho. O estudo desse fenmeno revela uma multiplicidade de
tipos de comprometimento com o trabalho, o emprego, a carreira, a
equipe, o sindicato e com a organizao.
Item 37. (Cespe / CNPQ 2003) A aplicao gerencial da teoria de
Skinner evidencia-se na busca de modificao do comportamento
humano por meio do reforo positivo ou negativo, tendo em vista
que, na teoria do condicionamento, o comportamento influenciado
pelo ambiente.
Item 38. (Cespe / TJBA 2003) Compreendendo a motivao a partir
da teoria do condicionamento e do reforo operante, os gerentes
buscam aumentar a probabilidade de os comportamentos serem
mantidos, a partir de reforos positivos, como o reconhecimento e as
promoes.
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Item 39. (Cespe / TRE-AL 2004) A questo tica constitui um fator
de crtica teoria motivacional abordada por Skinner.
Item 40. (Cespe / TJBA 2003) A teoria da hierarquia das
necessidades constitui uma das principais teorias da motivao e tem
como um de seus pontos positivos o fato de se apoiar intensamente
em pesquisa emprica. Maslow, alm de ter fornecido substanciao
emprica para a sua teoria, acreditava que, medida que
necessidades de baixa ordem fossem atendidas, as necessidades de
alta ordem tornar-se-iam dominantes.
Item 41. (Cespe / MCT 2004) Necessidades buscadas pelos
indivduos na organizao no so, de acordo com Maslow,
organizadas de modo hierarquicamente seqencial.
Item 42. (Cespe / Serpro 2005) No quarto nvel da hierarquia de
Maslow necessidade de estima esto as necessidades de amor,
afeio e de relacionamento com outras pessoas.
Item 43. (Cespe / UEPA 2008) Segundo Maslow, em sua teoria sobre
a hierarquia das necessidades, diversas categorias de necessidades
podem manifestar-se simultaneamente.
Item 44. (Cespe / Ministrio da Cincia e Tecnologia 2004) Segundo
a teoria de motivao ERC de Alderfer, mais de uma necessidade
pode ativar o comportamento ao mesmo tempo.
Item 45. (Cespe / Cearportos 2004) A teoria ERG (necessidades
existenciais, de relacionamento e de crescimento) de Alderfer busca
aperfeioar a teoria das necessidades humanas de Maslow e adapt-
la para o entendimento das necessidades das pessoas no trabalho.
Item 46. (Cespe / SAAE 2003) Os dois fatores da teoria de
Herzberg, os higinicos e os de motivao, esto relacionados
insatisfao e satisfao no trabalho, respectivamente.
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Item 47. (Cespe / Serpro 2005) De acordo com a teoria dos dois
fatores de Herzberg, so considerados exemplos de fatores
higinicos: salrio, superviso, relacionamento com colegas de
trabalho e polticas organizacionais. Esses fatores promovem a
motivao para o trabalho.
Item 48. (Cespe / UEPA 2008) Segundo a Teoria de Hezberg (teoria
dos dois fatores), um servidor pblico pode estar satisfeito na funo
que desenvolve, a despeito do salrio recebido.
Item 49. (Cespe / INSS 2008) De acordo com a teoria bifatorial de
Herzberg, os fatores higinicos so intrnsecos ao trabalho e so os
responsveis pela motivao e pela satisfao no trabalho.
Item 50. (Cespe / TCU 2007) As metas de trabalho definidas para os
funcionrios devem ser de baixa complexidade para que eles no
sintam receio de conseguir alcanar o que foi estabelecido.
Item 51. (Cespe / TRE-AL 2004) No existe relao entre o
desempenho e a motivao do indivduo e o estabelecimento de
metas nas organizaes.
Item 52. (Cespe / Cmara dos Deputados 2003) A administrao por
objetivos (APO) um exemplo da aplicao da teoria de
determinao de metas e, como componentes bsicos, conta com a
especificidade de meta, a tomada de deciso unilateral, um perodo
de tempo explcito e feedback sobre o desempenho.
Item 53. (Cespe / TJDFT 2008) Segundo a teoria da eqidade de
Adams, as pessoas so motivadas a alcanar uma situao de justia
ou igualdade em suas relaes com outras pessoas e com as
organizaes onde trabalham. Essa procura pela igualdade inclui o
uso de mecanismos como mudana nas contribuies que o indivduo
oferece organizao e abandono temporrio ou definitivo da
situao.
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Item 54. (Cespe / SGA SEDF 2003) Segundo a teoria da eqidade,
a motivao de um empregado reduz o absentesmo quando as
comparaes entre os seus insumos e resultados se equivalem aos
insumos e resultados dos outros empregados.
Item 55. (Cespe / Terracap 2004) A teoria motivacional da
expectativa de Vroom concebe a motivao como uma fora de
natureza emocional e consciente, que ativada no momento em que
um indivduo levado a escolher entre diversos cursos de ao. A
escolha seria funo de trs variveis: valncia, expectativa e
instrumentalidade.
Item 56. (Cespe / SGA-SE-DF 2002) O absentesmo est
intrinsecamente ligado motivao, e a teoria da expectncia prev a
motivao como um resultado da expectativa, da instrumentalidade e
da valncia.
Item 57. (Cespe / STF 2008) No enfoque comportamental na
administrao, de acordo com a teoria da expectativa, acredita-se
que o esforo produz o desempenho e este, o resultado, ao qual as
pessoas atribuem valores. Desse modo, a motivao estaria assim
representada: motivao = expectativa (de que o esforo produz o
resultado) valor atribudo ao resultado.
Item 58. (Cespe / TRE-RS 2003) De acordo com a teoria da
expectativa, um empregado estar motivado a aplicar alto nvel de
esforo quando ele acreditar que esse esforo levar a uma boa
avaliao de desempenho e no que essa avaliao levar a
determinadas recompensas.
Item 59. (Cespe / Anvisa 2004) A famosa teoria de McGregor supe
dois tipos de concepo sobre a natureza da relao homem-trabalho.
A primeira, denominada teoria X, apia-se em trs princpios: o
homem tem averso ao trabalho; precisa ser controlado e punido
para que se esforce no trabalho e cumpra os objetivos
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organizacionais; evita responsabilidades, pois est interessado
apenas na sua prpria segurana pessoal e financeira. A teoria Y, por
outro lado, baseia-se em viso mais otimista da relao homem-
trabalho. O indivduo, segundo essa teoria, quer desenvolver-se,
procura responsabilidades, capaz de autodirigir-se e de colocar a
sua criatividade a servio da organizao.
Item 60. (Cespe / Cmara dos Deputados 2003) McGregor prope
duas vises distintas de seres humanos: uma negativa, a chamada de
teoria y e outra positiva, a teoria x. De acordo com a teoria y,
empregados no gostam de trabalho, evitam responsabilidades e, por
isso, devem ser coagidos para atingirem as metas. De acordo com a
teoria x, uma pessoa comum pode aceitar responsabilidades, os
empregados podem ver o trabalho como sendo algo to natural
quanto o lazer, e as pessoas exercitariam auto-orientao e
autocontrole se estivessem comprometidas com os objetivos
organizacionais.
Item 61. (Cespe / INSS 2008) A liderana exercida em decorrncia
de qualidades natas do lder denominada liderana liberal.
Item 62. (Cespe / DFTRANS 2008) A liderana autocrtica tem como
foco a automatizao dos processos de trabalho e o
compartilhamento das decises com os membros da equipe.
Item 63. (Cespe / INSS 2008) Na liderana democrtica, a equipe
tem total liberdade para tomar decises e a interveno do lder
mnima.
Item 64. (Cespe / PGE-PA 2006) Liderana no pode ser imposta
pela organizao, pois se trata de um atributo que depende apenas
das caractersticas do lder.
Item 65. (Cespe / TRE-RS 2003) De acordo com o modelo
contingencial desenvolvido por Fiedler, o lder eficaz aquele que
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possui caractersticas especiais que o distinguem dos seus liderados,
o que se denomina teoria dos traos.
Item 66. (Cespe / Terracap 2004) Com relao a liderana
situacional, de Hersey e Blanchard, correto afirmar que so
enfatizados especialmente os seguidores.
5. Gabarito
1. Item certo. A teoria da equidade uma teoria motivacional focada
em uma comparao feita pelo indivduo. Ele compara os esforos
que emprega e resultados que alcana com as recompensas que
recebe da organizao, mas tambm compara isso com os esforos e
resultados de outros trabalhadores e com as recompensas que esses
outros trabalhadores recebem. A motivao dele, de acordo com esta
teoria, varia conforme a percepo de justia resultante de tal
comparao.
2. Item errado. A teoria das necessidades de McClelland prev que h
trs tipos de necessidades humanas: necessidade de realizao,
necessidade de poder e necessidade de afiliao. A situao descrita
no item refere-se a um indivduo em que prepondera a necessidade
de poder. Ele est continuamente preocupado com poder, status,
influenciar os outros. A necessidade de afiliao, por outro lado,
aquela em que o indivduo investe em seus relacionamentos
interpessoais.
3. Item errado. O item correto at a palavra emprega. O erro est
em afirmar que indivduos motivados geram resultados favorveis.
Isso desmentido quando, por exemplo, um indivduo altamente
motivado e com orientaes incorretas gera muitos resultados
medocres. Outro exemplo seria o indivduo que est motivado para
inovar, mas no recebe suporte organizacional ou apoio para faz-lo.
A motivao um dos requisitos para o bom desempenho, mas h
outros, como o planejamento das atividades a serem realizadas, as
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competncias necessrias, apoio organizacional para alcanar o
resultado, disponibilidade dos recursos necessrios etc.
4. Item errado. A teoria desenvolvida por McGregor denominada
teoria Y diz que o indivduo automotivado e o gestor deve investir
em pressupostos como descentralizao, autonomia, promoo da
inovao e das competncias (nada a ver com os pressupostos
descritos!). O incio do item tambm est errado, pois os fatores
higinicos so ditos de insatisfao (isso na teoria Bifatorial de
Herzberg).
5. Item certo. Valncia o ato em que o indivduo julga, inclusive
positiva ou negativamente, os resultados que decorrero de uma
ao.
6. Item certo. Ele faz referncia ao ciclo da motivao proveniente da
abordagem do estabelecimento de metas de Locke. Com os valores,
desejos e crenas individuais, sero estabelecidas as metas
(objetivos). Em seguida, sero realizadas as aes e ser alcanado
um desempenho. Os resultados podero ou no gerar satisfao. A
seguir, h a etapa de feedback (retroalimentao do sistema), que
pode envolver avaliao gerencial ou mesmo autoavaliao.
7. Item certo. A teoria de Fiedler uma das abordagens
contingenciais ou situacionais da liderana.
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8. Item errado. A teoria das necessidades de Maslow diz que
deveriam ser atendidas as necessidades do menor nvel no
satisfeito. Como os nveis de necessidades no se manifestam
simultaneamente, necessrio atender primeiro as necessidades
fisiolgicas, depois as de segurana, as sociais, as de estima e
finalmente as de autorealizao.
9. Item errado. A abordagem das teorias X e Y descritas no item
remetem teoria de McGregor, no de Herzberg. A teoria bifatorial
de Herzberg ope fatores higinicos (insatisfacientes e exteriores ao
trabalho) com fatores de satisfao ou intrnsecos ao trabalho.
10. Item certo. Segundo a teoria de Maslow, temos uma pirmide em
que, na base, estariam as necessidades fisiolgicas, depois as de
segurana, as sociais, as de estima e finalmente as de autorealizao.
No poderiam, segundo tal abordagem, dois nveis se manifestar ao
mesmo tempo. Assim, para um ponto na hierarquia se manifestar,
necessrio que o ponto anterior esteja atendido.
11. Item certo. As necessidades so variadas e resultam em
diferentes comportamentos. Na preparao para o concurso, por
exemplo, alguns podem ter nimo para estudar todos os dias,
enquanto outros ficam desanimados e nem estudam todo dia. No
caso das teorias da motivao, elas prevem que o nvel de
motivao tem forte relao com um desejo ou objetivo.
12. Item certo. A teoria da hierarquia das necessidades de Maslow
sofre fortes crticas e possui pouca aplicao na realidade
organizacional. Sabemos que duas necessidades diferentes podem
orientar uma mesma ao, fato que contesta o pressuposto de
Maslow de que dois nveis de necessidades diferentes no podem se
manifestar ao mesmo tempo.
13. Item errado. O valor que o indivduo atribui s conseqncias de
uma ao o componente denominado valncia. A expectncia a
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capacidade de visualizar, antecipadamente, a relao entre esforos e
resultados. Envolve a probabilidade que o indivduo atribui ao
resultado realmente suceder o esforo.
14. Item certo. Quando prepondera a necessidade de realizao, o
indivduo busca sucesso pessoal, alcance de resultados e
investimento para crescer profissionalmente e ganhar autonomia.
15. Item errado. A teoria descrita no item a da hierarquia das
necessidades de Maslow.
16. Item errado. Caso o referido gerente adotasse os pressupostos da
teoria de Maslow, ele deveria buscar descobrir em qual nvel de
necessidades (fisiolgicas, de segurana, de relacionamento, estima e
realizao) cada categoria e cada indivduo est. Para cada nvel de
necessidades seria estabelecida uma postura. No referido exemplo,
perfeitamente possvel imaginar que h categorias que ganham
menos, esto em uma situao profissional diferente e, pelo quadro
de referncia de Maslow, teriam necessidades diferentes.
17. Item errado. Na teoria de Herzberg, os aspectos motivacionais
so aqueles instrnsecos ou interiores ao trabalho. Aspectos de
salubridade so exteriores ou higinicos.
18. Item certo. Os fatores extrnsecos so aqueles exteriores ao
trabalho, tal como o salrio.
19. Item certo. A teoria X aquela que v as pessoas como
desmotivadas, preguiosas, avessas ao trabalho. o famoso chicote:
segundo esta abordagem, os gerentes devem adotar controles rgidos
e uma liderana forte.
20. Item errado. Hoje em dia, sabemos que a aplicao do estilo de
liderana depende da situao. A liderana autocrtica, aquela
centralizada no lder e em que no h participao dos liderados nas
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decises, ainda est presente em importantes processos, por
exemplo nas decises militares.
21. Item errado. Este modelo diz que o desempenho resulta da
relao entre a situao, o controle que o lder tem sobre ela e o
estilo de liderana adotado.
22. Item certo. As teorias da motivao nada mais so do que o
reconhecimento, por parte da organizao, da importncia do
comportamento humano. Sabe-se que as pessoas so influenciadas
por inmeros fatores, inclusive subjetivos, e as teorias da motivao
buscam entender as necessidades e desejos e as formas de
direcion-las ao desempenho desejado.
23. Item certo. Um dos pressupostos da teoria da determinao de
metas que as metas devem ser aceitas pelos colaboradores, e no
simplesmente impostas pela chefia.
24. Item certo. Liderana o exerccio da influncia sobre outras
pessoas. Na organizao, queremos estruturar um sistema de
liderana que favorea comportamentos desejados para o alcance de
objetivos e metas.
25. Item errado. A concepo de que a liderana depende de traos
pessoais denominada teoria dos traos. Hoje em dia sabe-se que tal
teoria est errada e a liderana depende de inmeros fatores do lder
e dos liderados, bem como de cada situao.
26. Item errado. O lder, quando busca ser participativo, deve
descentralizar a autoridade, dar autonomia e capacidade de deciso
s pessoas.
27. Item errado. Item confuso, n? Logo no incio poderamos ver
que o gabarito errado, pois obviamente a liderana tem influncia
importante nas relaes interpessoais e nos conflitos em uma
organizao.
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28. Item certo. Este era fcil, vimos em aula estes estilos de
liderana.
29. Item certo. Na liderana orientada para as tarefas h menos
participao dos liderado. Por outro lado, na liderana orientada para
as pessoas o lder escuta os membros da equipe e h efetiva
participao das pessoas nos processos.
30. Item certo. Teoria dos traos uma teoria ultrapassada, segundo
a qual existem traos de personalidade e caractersticas inatas que
levam a uma melhor liderana. Assim, para identificar os lderes
potenciais, bastaria analisar o conjunto ou estoque de traos dos
candidatos.
31. Item certo. De novo os trs estilos de liderana, vocs tm que
entend-los E decor-los!
32. Item certo. MacGregor desenvolveu as teorias X e Y. Segundo a
teoria X, o indivduo preguioso e naturalmente avesso ao trabalho,
o que exige controle e direo da liderana. A teoria Y, por sua vez,
considera que os indivduos so automotivados e buscam o
crescimento e desenvolvimento profissional, o que sugere que a
liderana deve valorizar o crescimento pessoal e profissional e a
autonomia das pessoas.
33. Item errado. O modelo de liderana situacional uma abordagem
contingencial (e no comportamental) e considera maturidade dos
subordinados, mas no considera competncia ou motivao no
processo de liderana.
34. Item certo. Item visto em aula.
35. Item certo. Item visto em aula.
36. Item certo. Item visto em aula.
37. Item certo. Item visto em aula.
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38. Item certo. Item visto em aula.
39. Item certo. Item visto em aula.