Aula 01 Tse Cespe

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  PORTUGUÊS PARA O TSE PROFESSOR: DÉCIO TERROR Prof. Décio Terror www.pontodosconcursos.com.br  Olá! Aula 1 Olá, pessoal! Nossa intenção neste curso é transmitir a você o conteúdo necessário para a prova e mostrar a necessidade do assunto com questões anteriores da banca CESPE, para que não haja nenhuma surpresa na hora da prova. Com isso, é natural o número de páginas ser grande, e isso favorece você; pois necessitamos aprofundar em alguns tópicos e praticar nas questões, para estarmos prontos para atingirmos o nível que o concurso exige. Como falei no início da aula demonstrativa, sua participação é muito importante para melhorar o material didático e o aprofundamento da matéria. Lembre-se de que, quando estudamos para concurso, ninguém quer ficar  “expert” em Português, quer é PASSAR no concurso, e a ferramenta desse trabalho é nosso esforço conjunto; por isso SEMPRE estou disponível para tirar as dúvidas da aula. Fico LIGADO direto no fórum para prestar qualquer ajuda e não fique receoso (receosa) em perguntar, pois isso faz parte da aula e ajuda na sua dinâmica. Outra coisa importante é o local em que estudamos: se for escolhido um lugar que propicie interpelação de outras pessoas, tirando a sua atenção, mesmo que de vez em quando, isso não traz benefícios ao seu estudo. Então, pense o seguinte: local de estudo deve ser claro e SILENCIOSO. Ah! Cuidado com a postura ao sentar-se, pois isso pode derrubar seu entusiasmo. Ninguém consegue estudar se passar a ter uma dor na coluna, correto? Siga uma rotina, escolha dias certos para estudar nossa matéria, horários fixos ajudam a nossa disciplina intelectual. E concurseiro que não tem disciplina, organização e persistência não passa. Vamos trabalhar nesta aula as bases da oração e do período e sua implicação na regência, na concordância e na pontuação. Tudo vai ser visto de acordo com o edital e iremos aprofundar SOMENTE naquilo que cai em prova. Veremos alguns tópicos que serão resgatados em outras aulas, para o aprofundamento necessário. A sintaxe é tema extenso e vamos aplicá-la quanto a seu emprego, NUCA COMO DECOREBA, OK???!!!!! Mas o que é sintaxe?  Português TSE (banca CESPE) (teoria e questões comentadas) 1

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PORTUGUS PARA O TSE PROFESSOR: DCIO TERROR

Portugus TSE (banca CESPE)(teoria e questes comentadas)Ol!

Aula 1Ol, pessoal! Nossa inteno neste curso transmitir a voc o contedo necessrio para a prova e mostrar a necessidade do assunto com questes anteriores da banca CESPE, para que no haja nenhuma surpresa na hora da prova. Com isso, natural o nmero de pginas ser grande, e isso favorece voc; pois necessitamos aprofundar em alguns tpicos e praticar nas questes, para estarmos prontos para atingirmos o nvel que o concurso exige. Como falei no incio da aula demonstrativa, sua participao muito importante para melhorar o material didtico e o aprofundamento da matria. Lembre-se de que, quando estudamos para concurso, ningum quer ficar expert em Portugus, quer PASSAR no concurso, e a ferramenta desse trabalho nosso esforo conjunto; por isso SEMPRE estou disponvel para tirar as dvidas da aula. Fico LIGADO direto no frum para prestar qualquer ajuda e no fique receoso (receosa) em perguntar, pois isso faz parte da aula e ajuda na sua dinmica. Outra coisa importante o local em que estudamos: se for escolhido um lugar que propicie interpelao de outras pessoas, tirando a sua ateno, mesmo que de vez em quando, isso no traz benefcios ao seu estudo. Ento, pense o seguinte: local de estudo deve ser claro e SILENCIOSO. Ah! Cuidado com a postura ao sentar-se, pois isso pode derrubar seu entusiasmo. Ningum consegue estudar se passar a ter uma dor na coluna, correto? Siga uma rotina, escolha dias certos para estudar nossa matria, horrios fixos ajudam a nossa disciplina intelectual. E concurseiro que no tem disciplina, organizao e persistncia no passa. Vamos trabalhar nesta aula as bases da orao e do perodo e sua implicao na regncia, na concordncia e na pontuao. Tudo vai ser visto de acordo com o edital e iremos aprofundar SOMENTE naquilo que cai em prova. Veremos alguns tpicos que sero resgatados em outras aulas, para o aprofundamento necessrio. A sintaxe tema extenso e vamos aplic-la quanto a seu emprego, NUCA COMO DECOREBA, OK???!!!!! Mas o que sintaxe?

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PORTUGUS PARA O TSE PROFESSOR: DCIO TERROR A sintaxe trabalha a relao das palavras dentro de uma orao. Nesta aula, veremos a sua estrutura e o emprego de cada termo. Cabe-nos entender basicamente que uma orao deve ter um verbo e este verbo normalmente se flexiona de acordo com o sujeito (de quem se fala) e relaciona-se com o predicado (o que se fala), de acordo com a transitividade. Veja o esquema abaixo para que fique tudo bem claro. Pautemo-nos na estrutura SVO (sujeitoverbocomplemento), a qual no admite separao por vrgula: 1. O candidato 2. 3. 4. 5. 6. sujeito realizou duvidou enviou tem viajou. estava a prova. do gabarito. recursos banca examinadora. certeza de sua aprovao. tranquilo. predicado

Toda vez que fazemos uma anlise sinttica, devemos nos basear no verbo. A partir dele, reconhecemos os outros termos da orao. No se quer aqui que voc decore todos os termos da orao, basta entend-los, pois a banca CESPE cobra a funcionalidade dos termos e veremos como cai a seguir. Veja os verbos elencados nos exemplos. Todos eles esto no singular. Isso ocorreu porque eles dizem respeito a um termo, que o sujeito (O candidato). Se ele est no singular, natural que o verbo tambm esteja. J que o verbo se flexiona de acordo com o sujeito, a gramtica d o nome a isso de concordncia verbal. H um captulo que trata s deste assunto em qualquer gramtica por a. Ns aprofundaremos este assunto na prxima aula. Agora, resta apenas entender que um verbo se flexiona de acordo com o sujeito. Concordncia verbal 1. O candidato 2. 3. 4. 5. 6. sujeito realizou duvidou enviou tem viajou. estava a prova. do gabarito. recursos banca examinadora. certeza de sua aprovao. tranquilo. predicado

Vimos, simplificadamente, a relao do sujeito com o verbo, chamada de concordncia verbal. Veja agora a relao do verbo dentro do predicado. Nas frases de 1 a 4, os verbos realizou, duvidou, enviou e tem necessitam dos vocbulos posteriores para terem sentido na orao, por exemplo: realizou o qu?, duvidou de qu?, enviou o qu? a quem?, tem o qu?2

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PORTUGUS PARA O TSE PROFESSOR: DCIO TERROR Assim, voc vai notar que eles dependem dos termos subsequentes para terem sentido. Isso ocorre porque o sentido deve transitar do verbo para o complemento. Por isso falamos que o verbo transitivo. Sozinho, no consegue transmitir todo o sentido, necessitando de um complemento. Dessa forma, os termos a prova, do gabarito, recursos, banca examinadora e certeza completam o sentido destes verbos. Para facilitar o entendimento, podemos dizer que a preposio seria um obstculo. Havendo uma preposio, o trnsito indireto. Retirando-se a preposio, o trnsito livre, direto. Ento observe o verbo realizou. Ele no exige preposio. Assim, o termo que vem em seguida seu complemento verbal direto. J o complemento do verbo duvidou indireto, pois o trnsito est dificultado (indireto) tendo em vista a preposio de. J que, na frase 1, h complemento verbal direto, o verbo realizou chamado de transitivo direto (VTD). Na frase 2, como h preposio exigida pelo verbo duvidou, diz-se que este verbo transitivo indireto (VTI) e seu complemento indireto. Na frase 3, h dois complementos exigidos pelo verbo: um(direto) e outro(indireto). A gramtica d o nome a todo complemento verbal de objeto, por isso o complemento verbal direto o objeto direto (OD) e o complemento verbal indireto o objeto indireto(OI). J que entendemos que a transitividade uma exigncia do verbo, pois necessita de um complemento verbal, a gramtica d o nome a este processo de Regncia, pois ele exige, rege o complemento. Se um verbo que exige, natural que a regncia seja verbal. H um captulo na gramtica que trabalha s isso: Regncia Verbal (reconhecimento da transitividade do verbo), a qual veremos na aula 3. Mas agora cabe apenas entender a estrutura abaixo. Veja: Regncia Verbal 1. O candidato 2. 3. realizou a prova. VTD + OD duvidou do gabarito. VTI + OI enviou recursos VTDI + OD +

banca examinadora. OI

sujeito

predicado

Mas no s o verbo que pode ser transitivo. Nome tambm pode ter transitividade. Nomes como certeza, obedincia, dvida, longe, perto, fiel, etc so chamados de transitivos porque necessitam de um complemento para terem sentido. Algum tem certeza de algo, dvida de algo, obedincia a algum ou a algo. Algum mora perto de outra pessoa ou longe dela. Algum fiel a algo ou a algum. Estes nomes exigem transitividade, com isso h um complemento, o qual chamado de complemento nominal (CN).3

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PORTUGUS PARA O TSE PROFESSOR: DCIO TERROR Logicamente, h contextos em que o complemento no estar explcito na frase; por exemplo, se queremos dizer que algum reside muito distante, podemos dizer que ele mora longe. Neste caso o nome longe deixou de ser transitivo, no exigiu o complemento nominal, pois este ficou implcito. Por isso no devemos decorar, mas entender o contexto, a funcionalidade. Se o complemento no est explcito, no temos de identific-lo. Falamos que o nome exige complemento, mas tudo depende do contexto. Vimos que a regncia verbal trata basicamente do complemento do verbo. Se h um nome que exige complemento, ento temos a Regncia Nominal. Veja a frase 4: Regncia Nominal 4. O candidato tem VTD certeza + OD + de sua aprovao. CN

sujeito

predicado

Note que o verbo tem transitivo direto e certeza o objeto direto. A expresso de sua aprovao no complementa o verbo, ele complementa o nome certeza: certeza de sua aprovao. O estudo da Regncia Nominal, na realidade, realizado para descobrirmos quais preposies iniciam o complemento nominal. Ento atente quanto diferena da orao 3 (VTDI + OD + OI) para a 4 (VTD + OD + CN). Agora, vamos orao 5. Note que o verbo viajou no exige nenhum complemento verbal. Ento no h transitividade. Se quisermos uma estrutura posterior, naturalmente inseriremos uma ou mais circunstncias. A essas circunstncias damos o nome de adjunto adverbial. Poderamos dizer que o candidato viajou a algum lugar, em determinado momento, o modo como viajou, a causa da viagem. Tudo isso so circunstncias, as quais possuem o valor de lugar, tempo, modo e causa. Essas so as circunstncias bsicas, mas h mais e veremos isso adiante. Ento veja como ficaria: O candidato viajou para So Paulo ontem confortavelmente a trabalho.sujeito VI Adj Adv lugar Adj Adv tempo Adj Adv modo Adj Adv causa

O adjunto adverbial no ocorre s com verbo intransitivo, ele pode aparecer junto a qualquer verbo. Por exemplo, nas frases 1 a 3, poderamos inserir o adjunto adverbial de tempo ontem. Na frase 4, poderamos inserir o adjunto adverbial de causa: devido a seu estudo. Essas 5 frases possuem verbos com transitividade (VTD, VTI, VTDI) e sem transitividade (VI). Toda vez que, na orao, ocorrerem esses tipos verbais, dizemos que eles so os ncleos (palavra mais importante) do predicado, assim teremos os Predicados Verbais, com a seguinte estrutura:

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PORTUGUS PARA O TSE PROFESSOR: DCIO TERROR VTD + OD VTI + OI VTDI + OD + OI VI Esse o esquema bsico, mas nada impede de haver adjunto adverbial e complemento nominal em todos eles. Falta apenas um tipo de verbo: o de ligao. Veja a frase 6: O candidato estava tranquilo. O termo tranquilo caracteriza o sujeito O candidato, por isso se flexiona de acordo com ele. O verbo estava serve para ligar esta caracterstica ao sujeito, por isso chamado de verbo de ligao, e o termo que caracteriza o sujeito chamado de predicativo. O predicativo serve normalmente para caracterizar o sujeito e por isso se flexiona com ele. Se o sujeito fosse candidata, naturalmente o predicativo seria tranquila". A essa flexo de um predicativo em relao ao sujeito damos o nome de Concordncia Nominal. Na gramtica, h um captulo s para a concordncia nominal, e a flexo do predicativo em relao ao sujeito um dos pontos principais, mas isso ser aprofundado na prxima aula. O predicativo sempre ser ncleo do predicado, por causa disso seu predicado chamado de Predicado Nominal, com a seguinte estrutura: Predicado Nominal = VL + predicativo O predicativo no ocorre somente no predicado nominal, ele tambm pode fazer parte do predicado verbo-nominal; mas isso assunto para outra aula. Por enquanto, importante entender a seguinte estrutura:Concordncia verbal Regncia verbal

Predicado verbal =

1. O candidato 2. 3.

realizou a prova. VTD + OD duvidou do gabarito. VTI + OI enviou recursos banca examinadora. VTDI + OD + OIRegncia nominal

Predicado Verbal

4. 5. 6.

tem certeza VTD + OD viajou. VI estava tranquilo. VL + predicativoConcordncia nominal

de sua aprovao. + CN Predicado Nominal

sujeito

predicado5

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(Mdico Perito INSS / 2009 / nvel superior) Questo 1 Fragmento do texto: O episdio transformou, no perodo de 10 a 16 de novembro de 1904, a recm-reconstruda cidade do Rio de Janeiro em uma praa de guerra, onde foram erguidas barricadas e ocorreram confrontos generalizados. Questo: A expresso confrontos generalizados desempenha a funo sinttica de complemento de ocorreram. Resposta: E Comentrio: A banca quis induzir o candidato a pensar que confrontos generalizados fosse objeto direto, mas no . O verbo ocorreram (algo ocorre) intransitivo e essa expresso sujeito, por isso o verbo est no plural. (Mdico Perito INSS / 2009 / nvel superior) Questo 2 Questo: Julgue a frase quanto correo gramatical: O fato de haver vacinao compulsria, foi apenas mais um dos elementos para que a populao do Rio, insatisfeita com o bota-abaixo e insuflada pela imprensa, se revoltasse. Resposta: E Comentrio: Perceba que a vrgula antes do verbo foi separou o sujeito do seu predicado. Por isso h erro gramatical. Questo 3 (TRE - PA / 2007 / nvel superior) Fragmento do texto: A justia eleitoral mineira mantm o projeto Justia Eleitoral na Escola, voltado para crianas e adolescentes... Questo: O trecho o projeto Justia Eleitoral na Escola completa o sentido do verbo manter. Resposta: C Comentrio: Note que o verbo mantm possui sujeito (A justia eleitoral mineira). Esse verbo transitivo direto (algum mantm algo), ento o termo o projeto Justia Eleitoral na Escola o objeto direto. Como sabemos que o objeto direto serve para completar o sentido do verbo (VTD), a afirmativa est correta. Questo 4 (TRE - PA / 2007 / nvel superior) Fragmento do texto: A justia eleitoral mineira mantm o projeto Justia Eleitoral na Escola, voltado para crianas e adolescentes, com o objetivo de contribuir para a conscientizao acerca da importncia do voto e de suas consequncias no campo da participao democrtica e da construo da cidadania. Questo: A passagem acerca da importncia do voto e de suas consequncias completa o sentido de objetivo. Resposta: E Comentrio: A banca quis induzir o candidato a pensar que essa passagem fosse complemento nominal do substantivo objetivo; mas, na realidade, oProf. Dcio Terror www.pontodosconcursos.com.br6

PORTUGUS PARA O TSE PROFESSOR: DCIO TERROR substantivo conscientizao que exige tal complemento.

(INCA / 2010 ) Questo 5 Fragmento do texto: No Brasil, o Sistema nico de Sade (SUS) presta atendimento universal e gratuito a 160 milhes de brasileiros que no tm planos de sade privados. Questo: No trecho a 160 milhes de brasileiros, a preposio a exigida devido regncia de atendimento. Resposta: C Comentrio: Perceba que realmente o substantivo atendimento que exige o complemento nominal. Os adjetivos universal e gratuito so apenas caractersticas deste substantivo e no exigem preposio. (Tribunal de Justia - BA / 2005 / nvel superior) Questo 6 Fragmento do texto: Nesse contexto, as previses, liberais ou marxistas, do fim dos estados ou das economias nacionais, ou mesmo da formao de algum tipo de federao cosmopolita e pacfica, so utopias, com toda a dignidade das utopias que partem de argumentos ticos e expectativas generosas, mas so ideias ou projetos que no tm nenhum apoio objetivo na anlise da lgica e da histria passada do sistema mundial. Questo: Pela presena das preposies, correto afirmar que os elementos da lgica, da histria passada e do sistema mundial tm a mesma funo sinttica no perodo, pois complementam a palavra anlise. Resposta: E Comentrio: O vocbulo anlise um substantivo abstrato, pois foi gerado a partir de um verbo. Diz-se nesses casos que o nome de uma ao. Observemos o trecho com esse vocbulo voltando a ser um verbo: ... em analisar a lgica e a histria passada do sistema mundial. O verbo analisar transitivo direto e exige o complemento verbal direto composto a lgica e a histria passada do sistema mundial. Para a gramtica, todo OBJETO COMPLEMENTO VERBAL. Assim, ao transformar o verbo analisar em substantivo abstrato anlise, como est no texto, o que era complemento verbal composto tornou-se complemento nominal composto (da lgica e da histria passada do sistema mundial). Os ncleos desse complemento so lgica e histria e possuem as preposies de, exigidas pelo nome anlise. Os artigos a (que esto em contrao com as preposies de, resultando em da) e as expresses passada e do sistema mundial so apenas termos que caracterizam os seus ncleos respectivos. Eles so chamados de adjuntos adnominais, os quais sero vistos adiante em nossa aula. Portanto, do sistema mundial no complemento nominal, como os outros dois termos. Por isso a afirmativa est errada. Questo 7 (Tribunal de Contas - TO / 2009 / nvel superior) Questo: No trecho Meu pai era um homem bonito com muitas namoradas, o sintagma um homem bonito com muitas namoradas complementa o sentido do verbo. Resposta: EProf. Dcio Terror www.pontodosconcursos.com.br7

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Comentrio: O sintagma um homem bonito com muitas namoradas no complementa o sentido do verbo por no ser complemento verbal (objeto direto ou indireto), na realidade ele caracteriza o sujeito Meu pai, por ser o predicativo do sujeito. Vimos os termos bsicos da orao. Entendemos a funcionalidade de cada um. Percebemos que, entre sujeito, verbo, complementos (verbais e nominais) e predicativo, no h vrgula. Atente ao fato de que os objetos direto e indireto servem para completar o sentido do verbo e o complemento nominal serve para completar o sentido do nome. Lembre-se tambm de que o predicativo existe para caracterizar o sujeito. Todos esses termos sero aprofundados nas prximas duas aulas, por isso no se preocupe se voc no conseguiu diferenci-los totalmente. Bom, agora, vamos trabalhar o aposto. Esse termo muito importante no tocante pontuao. Aposto um termo que amplia, explica, desenvolve ou resume o contedo de outro termo. O termo a que o aposto se refere pode desempenhar qualquer funo sinttica. Observe: Nossa terra, o Brasil, carece de polticas sociais srias e consequentes. Nessa orao, nossa terra o sujeito, e o Brasil aposto desse sujeito, pois amplia e especifica o contedo do termo a que se refere. O aposto mais uma funo substantiva da orao, tendo como ncleo um substantivo, um pronome, um numeral substantivo ou uma palavra substantivada. O aposto classifica-se em: I explicativo O aposto explicativo destacado por pausas, podendo ser representadas por vrgulas, dois-pontos, travesses e at por parnteses. Pode vir precedido de expresses explicativas do tipo: a saber, isto , quer dizer etc. Raquel, contadora da firma, est viajando. S queria algo: apoio. Um trabalho tua monografia foi premiado. A ABIN (Agncia Brasileira de Inteligncia) foi criada em 1999. II - enumerativo ou distributivo

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PORTUGUS PARA O TSE PROFESSOR: DCIO TERROR O aposto enumerativo uma sequncia de elementos usada para desenvolver uma ideia anterior. separado por dois-pontos, e cada um dos elementos enumerados separado por vrgula, como visto na aula passada (nas enumeraes). Se houver apenas dois elementos enumerados, eles podem ser separados tambm pela conjuno e. Veja: Ganhei dois presentes: uma joia especial e um livro raro. Suas reivindicaes incluam muitas coisas: melhor salrio, melhores condies de trabalho, assistncia mdica extensiva a familiares. III - resumitivo ou recapitulativo O aposto resumitivo (ou recapitulativo) usado para resumir termos anteriores. representado, geralmente, por um pronome indefinido. Glria, poder, dinheiro, tudo passa. O sujeito composto glria, poder, dinheiro resumido pelo pronome indefinido tudo, por isso o verbo concorda com o aposto, portanto, verbo no singular. Note que este tipo de aposto separado por vrgula do termo anterior. IV - especificativo ou apelativo O aposto especificativo, que no pede sinais de pontuao, indica o nome de algum ou de algo dito anteriormente. O compositor Chico Buarque tambm um excelente escritor. O estado cortado pelo rio So Francisco. Observao: O aposto tambm pode se referir a uma orao: Esforcei-me bastante, o que causou muita alegria em todos. Palavras como o, coisa, fato etc. podem referir-se a toda uma orao. Nestes casos, obrigatoriamente haver separao por vrgula. Questo 8 (Tribunal Regional do Trabalho - RJ / 2008 / nvel mdio) Fragmento do texto: Em outra frente, a Campanha Global de Ao contra a Pobreza uma aliana internacional de sindicatos, grupos comunitrios, religiosos e organizaes que trabalham pelo fim das desigualdades anuncia a mobilizao anual do movimento Levante-se e Faa a Sua Parte, uma ao mundial no dia Internacional pela Erradicao da Pobreza. Questo: A substituio dos travesses por vrgulas prejudica a correo gramatical do perodo. Resposta: E Comentrio: Toda a estrutura entre travesses o aposto explicativo, o qual pode ser tambm separado por dupla vrgula e por parnteses. Como foi dito que prejudica a correo gramatical, a afirmativa est errada. (Polcia Federal / 2004 / nvel mdio) Questo 9 Fragmento do texto: O discurso pretende impor essa ideia como caminho nico para o desenvolvimento das naes, sejam elas ricas ou pobres. NaProf. Dcio Terror www.pontodosconcursos.com.br9

PORTUGUS PARA O TSE PROFESSOR: DCIO TERROR prtica hoje mais do que ontem , o mercado uma via de mo nica: livre para os pases ricos e pleno de barreiras e restries s naes emergentes.

Questo: O termo que sucede o sinal de dois-pontos tem a funo de introduzir uma enumerao de elementos caracterizadores de mercado, que justificam porque este considerado via de mo nica. Resposta: C Comentrio: O aposto enumerativo normalmente usado para, alm de enumerar, explicar termo anterior. O aposto livre para os pases ricos e pleno de barreiras e restries s naes emergentes textualmente tem a inteno de retomar mercado, enumerando caractersticas que justifiquem considerlo uma via de mo nica. Por isso a afirmativa est correta. Questo 10 (Tribunal de Contas - TO / 2009 / nvel superior) Fragmento do texto: As cincias humanas e sociais contemporneas exprimem essas necessidades da sociedade capitalista, ou seja, desse sujeito abstrato, mediante duas vises: a universalidade naturalista, deduzida de disciplinas como a neurocincia ou a gentica, e a diversidade do culturalismo emprico. Questo: No trecho mediante duas vises: a universalidade naturalista, deduzida de disciplinas como a neurocincia ou a gentica, e a diversidade do culturalismo emprico, o emprego dos dois-pontos introduz uma citao. Resposta: E Comentrio: No h uma citao, mas uma enumerao, pois a universalidade naturalista e a diversidade do culturalismo emprico aposto enumerativo, por isso h o uso de dois-pontos. Outro termo importante o vocativo, pois implica diretamente o uso de vrgula. Vocativo O nome vocativo nos faz pensar em vrias palavras ligadas ideia de chamar, atrair a ateno: evocar, convocar, evocao, vocao. Vocativo justamente o nome do termo sinttico que serve para nomear um interlocutor a quem se dirige a palavra. um termo independente: no faz parte do sujeito nem do predicado, possui valor exclamativo, muitas vezes confundido com o aposto, pois exige vrgulas. Pode aparecer em posies variadas na frase. Mrcia, pegue o seu exemplar. Veja, menina, aquela rvore. Estamos aqui, papai. Nessas oraes, os termos destacados so vocativos: indicam e nomeiam o interlocutor a quem se est dirigindo a palavra. Ele fica separado por vrgula justamente para evitar confundi-lo com o sujeito.

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PORTUGUS PARA O TSE PROFESSOR: DCIO TERROR Bom, vimos os termos bsicos de uma orao, os quais no podem ser separados por vrgula, alm do aposto e do vocativo, os quais so termos acessrios e, na prova, basicamente se cobra o uso da vrgula.

Tambm vimos na aula anterior que, se no enunciado h apenas um verbo, naturalmente temos apenas uma orao; porm, se inserirmos mais um verbo, obviamente teremos duas oraes. justamente isso que veremos agora. Devemos perceber que os termos sujeito, objeto direto, objeto indireto e complemento nominal so termos eminentemente substantivos. Isso quer dizer que seus ncleos devem ser substantivos ou palavras de valor substantivo. Os termos predicativo e aposto podem ter ncleos substantivos ou adjetivos, mas cabe agora falarmos apenas de seu valor substantivo. Por exemplo, isso um pronome. Por possuir valor substantivo, pode ocupar as funes sintticas faladas anteriormente. Veja: Isso lindo. (Isso = sujeito) Vi isso. (isso = OD) Sei disso. (disso = OI) Sou obediente a isso. (a isso = CN) Ela isso. (isso = predicativo) S quero uma coisa: isso. (isso = aposto) Um macete para sabermos se a palavra tem valor substantivo troc-la pelo pronome demonstrativo substantivo ISSO. No sempre que d certo com o aposto, mas ele tem uma estrutura bem caracterstica. E por que isso importante? Quando os termos sujeito, objeto direto, objeto indireto, complemento nominal, predicativo e aposto (de valor substantivo) recebem um verbo, transformam-se numa orao subordinada substantiva.

Perodo composto por subordinao substantivaCom base nas frases abaixo, observe os termos em negrito e suas funes sintticas. Quando o termo recebe um verbo, vira uma orao. Veja: 1 Era indispensvelVL +

teu regresso.

predicativo (sujeito simples) perodo simples (orao absoluta)

Era indispensvel 2VL + predicativo orao principal

que tu regressasses.Suj + VI orao subordinada substantiva subjetiva perodo composto

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Era indispensvel tu regressares.VL + predicativo orao principal Suj + VI orao subordinada substantiva subjetiva (reduzida de infinitivo) perodo composto

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PORTUGUS PARA O TSE PROFESSOR: DCIO TERROR Na frase 1, temos apenas uma orao (perodo simples), pois h apenas um verbo: Era. Esse verbo de ligao, seguido do predicativo indispensvel e o sujeito teu regresso.

Na frase 2, o ento sujeito teu regresso recebeu um verbo e foi modificado para que tu regressasses. Assim, h duas oraes (perodo composto). Note que esta orao recentemente formada no produz sentido sozinha; por isso a chamamos de subordinada. Ela considerada substantiva por ter sido gerada de um termo substantivo. Para se reforar isso, podemos troc-la pelo pronome isso. Veja: Isso era indispensvel. O pronome isso continua na funo de sujeito, ento a orao sublinhada ter a funo de sujeito da orao principal. Note que a orao subordinada substantiva ser sempre o termo que falta na orao principal. Confirme isso na frase 2: na orao principal s h (VL + predicativo), falta o sujeito, que toda a orao posterior. Esta orao chamada de desenvolvida, pois possui conjuno (integrante que) e o verbo est conjugado em tempo e modo verbal (regressasses). Na frase 3, a orao sublinhada perdeu a conjuno integrante que e isso fez com que reduzssemos a quantidade de vocbulos da orao. Assim, o verbo que se encontrava conjugado passou a uma forma infinitiva. Por esse motivo, dizemos que a orao sublinhada na frase reduzida de infinitivo. Essa denominao completa voc no precisa decorar, basta entender o processo, a estrutura. A banca CESPE no pergunta o nome, mas quer saber o emprego disso. Seguem agora outras estruturas em que o termo, ao receber o verbo, passa a ser uma orao subordinada substantiva. Note que, se o objeto indireto e o complemento nominal (os quais so termos iniciados por preposio) recebem o verbo, naturalmente vo continuar com a preposio antecedendo-os. Na ata da reunio constava a presena deles. (Isso constava na ata da reunio)adjunto adverbial de lugar + VI +

sujeito

Na ata da reunio constava que eles estivessem presentes.orao principal + orao subordinada substantiva subjetiva

Na ata da reunio constava eles estarem presentes.orao principal + orao subordinada substantiva subjetiva reduzida de infinitivo

Foi anunciado o aumento do preo dos combustveis. (Isso foi anunciado)locuo verbal +

sujeito orao subordinada substantiva subjetiva

Foi anunciado que o preo dos combustveis aumentar.orao principal +

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PORTUGUS PARA O TSE PROFESSOR: DCIO TERROR Foi anunciado ontem aumentar o preo dos combustveis.orao principal + orao subordinada substantiva subjetiva reduzida de infinitivo

As oraes subordinadas substantivas subjetivas so tambm denominadas de sujeito oracional. Vale lembrar que o verbo da orao principal que tem como sujeito a orao subordinada substantiva subjetiva deve ficar sempre na terceira pessoa do singular. Assim, mesmo que haja vocbulos no plural no sujeito oracional, a orao principal permanecer com o verbo no singular. Veja que o verbo constava no se flexionou no plural, mesmo o sujeito oracional possuindo vocbulos no plural. Agora veremos os complementos verbais. Perceba que na orao principal, o verbo possui sujeito, transitivo direto ou indireto e necessita de um complemento, o qual ser toda a orao posterior. Economistas previram um aumento no desemprego.sujeito (Economistas previram isso.)

+

VTD +

objeto direto

Economistas previram que o desemprego aumentaria.orao principalorao principal +

+ orao subordinada substantiva objetiva diretaorao subordinada substantiva objetiva direta reduzida de infinitivo

Economistas previram aumentar o desemprego.

Teus amigos confiam em tua vitria. (Teus amigos confiam nisso.)sujeito

+

VTI ++

objeto indiretoorao subordinada substantiva objetiva indireta orao subordinada substantiva objetiva indireta reduzida de infinitivo

Teus amigos confiam em que tu vencers.orao principal

Teus amigos confiam em venceres.orao principal +

Voc notou que a orao subordinada substantiva objetiva indireta est precedida da preposio em? Isso importante. Agora veremos a completiva nominal. Perceba que no o verbo que exige o complemento, mas o nome. Teus paissujeito +

estavamVL

certos

de tua volta. (Teus pais estavam certos disso.)

+ predicativo + complemento nominal+ + orao subordinada substantiva completiva nominal orao subordinada substantiva completiva nominal reduzida de infinitivo

Teus pais estavam certos de que tu voltarias.orao principal orao principal

Teus pais estavam certos de voltares.

Note que a orao predicativa transmite a caracterstica do sujeito. Nossa maior preocupao era a chuva.sujeito

+

VL + predicativo13

Nossa maior preocupao era que chovesse.Prof. Dcio Terror www.pontodosconcursos.com.br

PORTUGUS PARA O TSE PROFESSOR: DCIO TERRORorao principal + orao subordinada substantiva predicativa

Nossa maior preocupao era chover.orao principal + orao subordinada substantiva predicativa reduzida de infinitivo

Todas as oraes at aqui elencadas puderam ser substitudas pela palavra ISSO. Apenas a orao apositiva no transmite coerncia com essa troca; porm, observe que a banca no cobra o nome, mas pergunta se os dois pontos marcam o incio de um aposto ou se marcam o incio de um esclarecimento, desenvolvimento de uma palavra anterior. Veja: Todos defendiam esta ideia: a desapropriao do prdio.sujeito +

VTD +

objeto direto+

+

aposto

Todos defendiam esta ideia: que o prdio fosse desapropriado.orao principal orao subordinada substantiva apositiva

Todos defendiam esta ideia: o prdio ser desapropriado.orao principal + orao subordinada substantiva apositiva reduzida de infinitivo

Agora que j vimos todas as oraes substantivas, vem a pergunta: Por que temos de identificar esse tipo de orao? Porque... a) excetuando o aposto, vimos que esses termos substantivos no so separados por vrgula, portanto tambm no podemos separar a orao subordinada substantiva de sua orao principal por vrgula; b) quando esse tipo de orao tiver a funo de sujeito, objeto direto e predicativo, no deve haver uso de preposio antecedendo-os; c) a conjuno que as inicia chamada integrante (que, se), a qual no possui valor semntico, nem funo sinttica; d) quando houver orao subordinada substantiva subjetiva (sujeito oracional), o verbo da orao principal sempre ficar na terceira pessoa do singular. Outra coisa importante!!! A conjuno integrante que geralmente expressa certeza: Diga que comeou o trabalho. A conjuno integrante se geralmente expressa dvida: Diga se comeou o trabalho. (Tribunal de Contas - TO / 2009 / nvel superior) Questo 11 Fragmento do texto: fcil, hoje em dia, confundir as limitaes crescentes impostas ao Estado-nao com a construo de um espao de livre circulao dos indivduos, promovido pelo movimento desembaraado de mercadorias e capitais. Questo: O trecho confundir as limitaes crescentes impostas ao Estadonao com a construo de um espao de livre circulao dos indivduos, promovido pelo movimento desembaraado de mercadorias e capitais exerce a funo sinttica de sujeito. Resposta: CProf. Dcio Terror www.pontodosconcursos.com.br14

PORTUGUS PARA O TSE PROFESSOR: DCIO TERROR Comentrio: A orao principal fcil, hoje em dia, constituda de verbo de ligao , predicativo fcil e adjunto adverbial de tempo hoje em dia. Na sequncia, ocorreu a orao subordinada substantiva subjetiva reduzida de infinitivo. (Tribunal de Justia - BA / 2005 / nvel superior) Questo 12 Fragmento do texto: No h dvida de que, no incio do sculo XXI, os Estados Unidos da Amrica chegaram mais perto do que nunca da possibilidade de constituio de um imprio mundial. Questo: O emprego da preposio de em No h dvida de que justificase pela regncia da forma verbal h. Resposta: E Comentrio: O verbo h transitivo direto e seu objeto direto o substantivo dvida. Este substantivo possui transitividade e necessita do complemento nominal de que, no incio do sculo XXI, os Estados Unidos da Amrica chegaram mais perto do que nunca da possibilidade de constituio de um imprio mundial. Assim, a preposio de liga-se ao substantivo dvida, e no ao verbo. Questo 13 (Procurador Federal - AGU / 2002 / nvel superior) Fragmento do texto: A minha firme convico que, se no fizermos todos os dias novos e maiores esforos para tornar o nosso solo perfeitamente livre, se no tivermos sempre presente a ideia de que a escravido a causa principal de todos os nossos vcios, defeitos, perigos e fraquezas nacionais, o prazo que ainda tem de durao legal calculadas todas as influncias que lhe esto precipitando o desfecho ser assinalado por sintomas crescentes de dissoluo social. Questo: A substituio do trecho A minha firme convico que por A minha firme convico a de que estaria em desacordo com as exigncias de formalidade da norma culta escrita. Resposta: E Comentrio: A substituio no provoca desacordo com a norma culta, poishaveria apenas a mudana sinttica de uma orao predicativa para uma completiva nominal. Ao se inserir o artigo a aps o verbo de ligao , naturalmente se subentende o substantivo convico no novo termo. O artigo a ocupa a funo sinttica de predicativo, o qual passa a exigir a preposio de, justamente por imposio desse substantivo subentendido. Veja a estrutura:A minha firme convico que (...) o prazo (...) ser assinalado por sintomas crescentes de dissoluo socialsujeito orao principalVL CI

sujeito

locuo verbal agente da passiva orao subordinada substantiva predicativa perodo composto

...A minha firme convico a de que VL * CI sujeito orao principal(...)

o prazo sujeito

(...)

ser assinalado por sintomas crescentes de dissoluo social locuo verbal agente da passiva

orao subordinada substantiva completiva nominal perodo composto

* predicativo (a = a convico) Vimos, no incio da aula, os termos da orao e as oraes subordinadas substantivas, que provm da maioria destes termos. Agora veremos as oraes subordinadas adjetivas.Prof. Dcio Terror www.pontodosconcursos.com.br15

PORTUGUS PARA O TSE PROFESSOR: DCIO TERROR

Perodo composto por subordinao adjetivaAs oraes subordinadas adjetivas tm esse nome porque equivalem a um adjetivo. Em termos sintticos, essas oraes exercem a funo que normalmente cabe a um adjetivo (a de um adjunto adnominal ou aposto explicativo). O adjunto adnominal termo do qual ainda no falamos, mas basta ns entendermos o seguinte: todo termo da orao possui no mnimo um vocbulo, o qual chamamos de ncleo. Por vezes, esse ncleo vem antecipado ou seguido de outros vocbulos de valor adjetivo, os quais passam funo de adjunto adnominal. Perceba isso no exemplo abaixo. O objeto direto o termo gente mentirosa. O ncleo o substantivo gente e o adjunto adnominal mentirosa, o qual serve para caracterizar o ncleo. DetestoVTD

gentencleo do OD

mentirosa.Adj Adn

objeto direto perodo simples

Detesto

gente

que mente.

orao principal Or Sub Adjetiva perodo composto

Na primeira construo, o adjetivo mentirosa adjunto adnominal, o qual caracteriza o ncleo do objeto direto gente. Ao se inserir um verbo nesta funo adjetiva, naturalmente haver uma orao de mesmo valor. Por isso passa a ser uma orao subordinada adjetiva. A conexo entre a orao subordinada adjetiva e a orao principal feita pelo pronome relativo que. Esse vocbulo no pode ser confundido com a conjuno integrante que, vista anteriormente, a qual inicia uma orao subordinada substantiva. Portanto vamos s formas de se evitar o erro: 1. Detesto mentiras. 1. Detesto que mintam.a) O vocbulo mentiras um substantivo. Quando substitudo por verbo, passa a fazer parte de uma orao subordinada substantiva. b) mentiras ncleo do objeto direto do verbo Detesto, por isso que mintam orao subordinada substantiva objetiva direta da orao principal Detesto. c) O vocbulo que uma conjuno Prof. Dcio Terror

2. Detesto gente mentirosa. 2. Detesto gente que mente.a) O vocbulo mentirosa um adjetivo. Quando substitudo por um verbo, passa a fazer parte de uma orao adjetiva. b) mentirosa adjunto adnominal e restringe o ncleo do objeto direto. c) No h coeso em se substituir a orao que mente pelo vocbulo isso. Veja: Detesto gente isso. Por isso no orao substantiva. O16

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PORTUGUS PARA O TSE PROFESSOR: DCIO TERRORintegrante e toda a orao a partir desse vocbulo pode ser substituda pelo vocbulo isso, para a confirmao de ser orao substantiva. (Detesto isso.) segundo passo substituir o que por o qual e suas variaes, para confirmar se pronome relativo iniciando orao adjetiva. Veja: Detesto gente a qual mente.

No perodo Detesto gente que mente, desenvolvem-se duas ideias, relacionadas palavra gente: a primeira a de que eu a detesto e a segunda a de que ela mente. Assim: Detesto gente. Gente mente.VTD + OD Suj + VI

que o vocbulo gente est se repetindo Entendendo-se desnecessariamente, pode-se inserir no lugar desse vocbulo repetido o pronome relativo que ou a qual. Gente est na funo de sujeito, ento o pronome que ou a qual tambm ocupa a funo de sujeito. Veja: Detesto gente.Gente mente. Detesto gente que mente. Detesto gente a qual mente.

sujeito Visando ao que pode ser exigido pela banca CESPE, muitas vezes se v questo que pede para substituir um vocbulo por outro, permanecendo o sentido e a gramaticalidade. Neste caso, se a banca pedisse para substituirmos gente por pessoas, permaneceria a semntica, mesmo um estando no singular e o outro no plural. Mas essa substituio implicaria mudana na concordncia do verbo mente, que deveria flexionar-se no plural, haja vista que o pronome relativo que sujeito e retomaria pessoas. Assim: Detesto pessoas que mentem.VTD + objeto direto orao principal Suj + V. intransitivo orao Sub Adjetiva

Outras vezes a banca CESPE cobra simplesmente a ateno voltada ao contexto para identificar o referente. Por exemplo:1. Conheci o dono daquela empresa de cosmticos que demitiu duzentos funcionrios. 2. Conheci o dono daquela empresa de cosmticos que exportou para a Europa. 3. Conheci o dono daquela empresa de cosmticos que embelezam as mulheres.

Na frase 1, o pronome relativo que retomou o substantivo dono, pois se entende que quem demite o dono; na frase 2, foi retomado o substantivo empresa, pois mais adequado dizer que a exportao feita pela empresa e no pelo dono. Na frase 3, a concordncia feita no plural, porque o pronome relativo retomou cosmticos, que tambm est no plural. Isso muito cobrado na prova. Muita ateno.

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PORTUGUS PARA O TSE PROFESSOR: DCIO TERROR Uma forma de isso ficar mais claro substituir o pronome que pelo pronome relativo o qual e suas variaes, tpica questo do CESPE. Assim, na frase 1 seria o qual, na 2 a qual e na 3 os quais.

Questo 14 (Tribunal Regional Eleitoral - RS / 2006 / nvel mdio ) Fragmento do texto: O primeiro cdigo eleitoral a viger no Brasil chamavase Ordenaes do Reino, as quais foram elaboradas em Portugal no fim da Idade Mdia e utilizadas at 1828. Questo: A substituio da estrutura as quais foram elaboradas (...) e utilizadas por o qual foi elaborado (...) e utilizado altera as relaes de concordncia sem provocar prejuzo para a coerncia e a correo gramatical do perodo. Resposta: C Comentrio As expresses O primeiro cdigo eleitoral a viger no Brasil e Ordenaes do Reino so sinnimas contextuais por causa do vocbulo chamava-se, o qual mostra que o nome desse primeiro cdigo Ordenaes do Reino. Logo, as quais foram elaboradas (...) e utilizadas... concordam com Ordenaes do Reino, mas poderiam se flexionar no singular e masculino para concordar com O primeiro cdigo eleitoral a viger no Brasil. Por isso h a possibilidade da substituio: O primeiro cdigo eleitoral a viger no Brasil chamava-se Ordenaes do Reino, as quais foram elaboradas em Portugal no fim da Idade Mdia e utilizadas at 1828. O primeiro cdigo eleitoral a viger no Brasil chamava-se Ordenaes do Reino, o qual foi elaborado em Portugal no fim da Idade Mdia e utilizado at 1828. No veremos nesta aula quais so os pronomes relativos e suas funes sintticas. Isso ser visto na aula 3, quando aprofundarmos a regncia verbal e nominal. Vamos trabalhar agora a pontuao nestas oraes. A pontuao e a classificao das oraes adjetivas Para entendermos a pontuao referente a termos necessrio sabermos a diferena entre dois tipos de adjetivo. adjetivos,

Adjetivo explicativo: aquele que denota qualidade essencial do ser, caracterstica inerente, ou seja, qualidade que no pode ser retirada do substantivo. Por exemplo, todo homem mortal, todo fogo quente, todo leite branco, ento mortal, quente e branco so adjetivos explicativos, em relao a homem, fogo e leite. Adjetivo restritivo: o adjetivo que denota qualidade adicionada ao ser, ou seja, qualidade que pode ser retirada do substantivo. Por exemplo, nem todo homem inteligente, nem todo fogo alto, nem todo leite enriquecido, ento inteligente, alto e enriquecido so adjetivos restritivos, em relao a homem, fogo e leite.mortal quente branco

explicativo18

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PORTUGUS PARA O TSE PROFESSOR: DCIO TERRORhomem inteligente fogo alto leite enriquecido

restritivo

Quando o adjetivo estiver imediatamente aps o substantivo qualificado por ele, teremos o seguinte: se ele for adjetivo explicativo, dever estar entre vrgulas e funcionar sintaticamente como aposto explicativo; se for adjetivo restritivo, no poder estar entre vrgulas e funcionar como adjunto adnominal. Por exemplo: O homem, mortal, age como um ser imortal. Nessa frase, mortal adjetivo explicativo, pois indica uma qualidade essencial do substantivo, por isso est entre vrgulas e sua funo sinttica a de aposto explicativo. J na frase O homem inteligente l mais., inteligente adjetivo restritivo, pois se entende que nem todo homem l muito, por isso no est entre vrgulas e sua funo sinttica a de adjunto adnominal. Assim, o adjetivo pode ter o valor restritivo (especifica o sentido do termo antecedente, individualizando-o) e explicativo (reala um detalhe ou amplifica caractersticas bsicas sobre o antecedente, que j se encontra suficientemente definido). Como aprofundamento disso, vejamos o adjetivo inteligente. 1. O homem, inteligente, dobra sua capacidade cognitiva atravs dos sculos. 2. O homem inteligente no joga lixo no cho. Na frase 1, esse adjetivo possui valor bsico do homem: ser pensante, que raciocina. Essa a condio bsica para que ele possa ter a capacidade cognitiva e ento atravs dos sculos ter a possibilidade de isso ser ampliado. Esse adjetivo est entre vrgulas para marcar o valor explicativo e com isso h a funo sinttica de aposto explicativo. Na frase 2, esse mesmo adjetivo possui valor semntico diferente, pois se sabe que nem todos os homens deixam de jogar o lixo no cho. Ento esse no um princpio s do poder de raciocnio, mas da virtude, da educao. Assim, inteligente, neste caso, o homem educado. Como sabemos que nem todos so educados, h certamente um valor restritivo. Por isso esse vocbulo no est separado por vrgulas e cumpre a funo sinttica de adjunto adnominal. Portanto, se o aposto explicativo recebe um verbo, tornar-se- uma orao subordinada adjetiva explicativa. Se o adjunto adnominal recebe um verbo, tornar-se- orao subordinada adjetiva restritiva. O uso de vrgula continua da mesma forma que nos termos da orao ditos anteriormente. Veja: O homem, inteligente, dobra sua capacidade cognitiva atravs dos sculos.sujeitoaposto explicativo

VTD

+ objeto direto perodo simples

+

adjunto adverbial de tempo

O homem, que inteligente, dobra sua capacidade cognitiva atravs dos sculos.orao subordinada adjetiva explicativa orao principal perodo composto

O homemAdj Adn + ncleo

inteligenteadjunto adnominal

no joga lixo no cho.Adj Adv negao VTD OD Adj Adv lugar

sujeito simples

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PORTUGUS PARA O TSE PROFESSOR: DCIO TERRORperodo simples

O homem

que inteligente

no joga lixo no cho.

orao subordinada adjetiva restritiva orao principal perodo composto

Portanto, dependendo do uso da vrgula numa orao adjetiva, haver mudana de sentido. Em determinados momentos, a vrgula poder ser inserida ou retirada, isso far com que a orao mude o sentido, mas no quer dizer que haver incoerncia com os argumentos do texto. Exemplo: Anglica, encontrei seu irmo que mora em Paris. Anglica, encontrei seu irmo, que mora em Paris. Uma forma prtica de se enxergar melhor a restrio subentendendo a expresso somente aquele que. Assim, no primeiro perodo, observa-se que somente o irmo de Anglica o qual mora em Paris foi encontrado por mim, os outros irmos dela no foram citados no contexto. Portanto, sem vrgulas, entende-se que ela tem mais de um irmo. J no segundo perodo, entende-se que a caracterstica bsica de irmo de Anglica ser morador de Paris, pois ele o nico irmo. Veja outros: O curso possui oitocentos alunos que faro a prova da OAB. O curso possui oitocentos alunos, que faro a prova da OAB. No primeiro perodo, entende-se que somente oitocentos alunos do curso faro a prova da OAB, os outros no. Ento o curso possui mais de oitocentos alunos. No segundo perodo, percebe-se que todo o efetivo discente do curso far a prova da OAB. E sua totalidade de oitocentos alunos. Escolha a joia de que goste. Escolha a joia, de que gosta. No primeiro perodo, algum foi convidado a escolher uma joia ainda no apreciada, conhecida pela felizarda. Aquela da qual gostar poder ser escolhida. Ao passo que, no segundo perodo, a pessoa presenteada j conhecia a joia e j gostava dela, por isso passou a haver a caracterstica explicativa. Outro ponto importante. Se o aposto explicativo pode ser separado por vrgulas, travesses e parnteses; o mesmo vai ocorrer com a orao subordinada adjetiva explicativa. (Polcia Federal / 2004 / nvel mdio) Questo 15 Fragmento do texto: Do final de setembro aos primeiros dias de outubro, ficou muito claro que estamos assistindo a algo absolutamente novo e fantstico: o surgimento de uma entidade governante anglo-sax. Questo: Preservam-se as relaes semnticas do texto e sua correo gramatical ao se substituir o sinal de dois-pontos por vrgula seguida do termoProf. Dcio Terror www.pontodosconcursos.com.br20

PORTUGUS PARA O TSE PROFESSOR: DCIO TERROR que . Resposta: C

Comentrio: Os dois-pontos iniciam um aposto explicativo, o qual pode ser tambm iniciado por vrgula. Ao se inserir a expresso que , a banca queria a percepo do candidato quanto possibilidade de transformao de aposto explicativo em orao subordinada adjetiva explicativa. Por isso a afirmativa est correta. Questo 16 (INCA / 2010 / nvel mdio ) Fragmento do texto: Nos anos 90 do sculo passado, o pas derrotou a inflao que corroa salrios, causava instabilidade poltica e irracionalidade econmica. Questo: A substituio do travesso por vrgula, em derrotou a inflao que corroa salrios, prejudica a correo gramatical do perodo. Resposta: E Comentrio: H uma estrutura de duas oraes subordinadas adjetivas explicativas coordenadas entre si. Como esta estrutura est no final do perodo, h apenas um travesso, o qual pode ser substitudo por vrgula. O erro na questo dizer que haver prejuzo com esta substituio. Lembre-se: a estrutura explicativa pode ser separada por vrgulas, travesses e parnteses. (INCA / 2010 / nvel mdio) Questo 17 Fragmento do texto: Sua metodologia simples por meio de conversas frequentes com a famlia, o voluntrio receita cuidados bsicos para evitar que a criana morra por falta de conhecimento, como os hbitos de higiene, a administrao do soro caseiro e a adoo da farinha de multimistura na alimentao, que se tornou uma soluo simples e emblemtica contra a desnutrio. Questo: O trecho que se tornou uma soluo simples e emblemtica contra a desnutrio est precedido por vrgula porque se trata de um trecho com funo restritiva. Resposta: E Comentrio: O erro est na palavra restritiva, pois a vrgula sinaliza que h orao subordinada adjetiva explicativa. (Agente educacional - ES / 2010 / nvel mdio) Questo 18 Fragmento do texto: Para o Brasil, a influncia mais direta deu-se por meio das exportaes de commodities, que cresceram a ponto de a China ter-se tornado, em 2009, o maior mercado para as empresas brasileiras. Questo: O emprego de vrgula logo aps commodities justifica-se por isolar orao explicativa subsequente. Resposta: C Comentrio: Nota-se que h pronome relativo, pois se pode substituir que por as quais. Assim se confirma que h orao subordinada adjetiva. Pelo usoProf. Dcio Terror www.pontodosconcursos.com.br21

PORTUGUS PARA O TSE PROFESSOR: DCIO TERROR da vrgula antes do que, sabe-se que explicativa. Questo 19 (Agente educacional - ES / 2010 / nvel mdio) Fragmento do texto: O Brasil deve investir em pesquisa e desenvolvimento, para alcanar nveis mais altos de produtividade e de competitividade e desenvolver produtos inovadores que ampliem ou criem mercados com rapidez.

Questo: O trecho que ampliem ou criem mercados com rapidez tem natureza restritiva. Resposta: C Comentrio: Nota-se que h pronome relativo, pois se pode substituir que por os quais. Assim se confirma que h orao subordinada adjetiva. Por no haver vrgula antes do que, sabe-se que restritiva. Questo 20 (Tribunal de Justia - BA / 2005 / nvel superior) Fragmento do texto: Nesse contexto, as previses, liberais ou marxistas, do fim dos estados ou das economias nacionais, ou mesmo da formao de algum tipo de federao cosmopolita e pacfica, so utopias, com toda a dignidade das utopias que partem de argumentos ticos e expectativas generosas, mas so ideias ou projetos que no tm nenhum apoio objetivo na anlise da lgica e da histria passada do sistema mundial. Questo: A insero de uma vrgula logo aps a expresso dignidade das utopias mantm as mesmas relaes sintticas e a informao original do perodo. Resposta: E Comentrio: Primeiro se deve ter certeza de que h orao adjetiva. Para isso, basta substituir o que por as quais e se verifica que permanece a coerncia. Assim, a insero ou retirada de vrgula obrigatoriamente muda o sentido da orao subordinada adjetiva, ento isso mudaria a informao original do perodo no texto, alm de mudar tambm a relao sinttica, pois, com a vrgula, deixaria de ser orao subordinada adjetiva restritiva para ser orao subordinada adjetiva explicativa. Questo 21 (Cia de Saneamento Bsico - ES / 2006 / nvel superior) Fragmento do texto: Considerando as recentes tcnicas, os meios e os problemas que envolvem os crimes de informtica e a ao de percia criminal sobre evidncias de delitos dessa natureza, vimos sugerir a adoo de protocolos para coleta, manipulao, exame e preparao do laudo pericial, visando integridade da prova e sua aceitao perante a justia. Questo: A orao que envolvem os crimes de informtica (...) natureza atribui sentido restritivo aos substantivos tcnicas, meios e problemas. Resposta: C Comentrio: Esta afirmativa engloba pelo menos dois conhecimentos: que palavra(s) (so) retomada(s) pelo pronome relativo e como diferenciar restrio de explicao. Primeiro, h de se observar a funo sinttica do pronome relativo que. Ele est na funo de sujeito e, por retomar nomes no plural, leva oProf. Dcio Terror www.pontodosconcursos.com.br22

PORTUGUS PARA O TSE PROFESSOR: DCIO TERROR verbo envolvem para o plural. Como recurso de coeso, deve-se agora saber se esse vocbulo realmente retoma os substantivos tcnicas, meios e problemas, os quais estariam implcitos no sujeito que. Assim, poderamos entender: as recentes tcnicas, os meios e os problemas (...) envolvem os crimes de informtica e a ao de percia criminal sobre evidncias de delitos dessa natureza. H de se observar, ento, que no apenas o ltimo substantivo que est sendo caracterizado pela orao adjetiva (como muitos candidatos entenderam, poca desta prova, e entraram com recursos, os quais foram indeferidos). Por fim, esta caracterizao restritiva, porque a orao adjetiva no est separada por vrgula. Por tudo isso, a afirmativa est correta. Questo 22 (Tribunal Regional Eleitoral - MA / 2006 / nvel superior) Texto: Para que a democracia seja efetiva, necessrio que as pessoas se sintam ligadas aos seus concidados e que essa ligao se manifeste por meio de um conjunto de organizaes e instituies extramercado. Uma cultura poltica atuante precisa de grupos comunitrios, bibliotecas, escolas pblicas, associaes de moradores, cooperativas, locais para reunies pblicas, associaes voluntrias e sindicatos que propiciem formas de comunicao, encontro e interao entre os concidados. A democracia neoliberal, com sua ideia de mercado ber alles, nunca leva em conta essa atuao. Em vez de cidados, ela produz consumidores. Em vez de comunidades, produz shopping centers. O que sobra uma sociedade atomizada, de pessoas sem compromisso, desmoralizadas e socialmente impotentes. Em suma, o neoliberalismo o inimigo primeiro e imediato da verdadeira democracia participativa, no apenas nos Estados Unidos, mas em todo o planeta, e assim continuar no futuro previsvel. Questo: A forma verbal subjuntiva propiciem poderia ser substituda, sem prejuzo da coerncia do texto e da correo gramatical, pela forma indicativa propiciam, desde que fosse empregada a vrgula antes do conector que. Resposta: C Comentrio: A orao adjetiva que propiciem formas de comunicao no vem antecipada de vrgula por ser uma caracterstica restritiva do substantivo sindicatos (somente aqueles sindicatos que propiciem formas de comunicao). Porm, ao lermos o conjunto do texto, percebemos que o autor tem uma viso categrica contra o neoliberalismo; assim no seria de se estranhar que ele considerasse que todas as organizaes citadas no texto propiciam formas de comunicao. Portanto a troca dos tempos verbais faria permanecer a coerncia. Mas isso implicaria erro gramatical, se no houvesse a insero da vrgula; pois no texto original a orao adjetiva restritiva (deixa-se subentendido que nem todas as organizaes citadas no texto propiciam formas de comunicao). Com a substituio do tempo e modo verbais, a caracterstica de propiciar formas de comunicao passa a ser bsica destas organizaes, isto , na viso do autor todas elas transmitem formas de comunicao, encontro e interao entre os concidados. Isso exige a insero da vrgula para tornar essa orao adjetiva explicativa. Perceba queProf. Dcio Terror www.pontodosconcursos.com.br23

PORTUGUS PARA O TSE PROFESSOR: DCIO TERROR o verbo deixa de transmitir uma hiptese (presente do subjuntivo) para transmitir uma certeza (presente do indicativo). Observe, tambm, que na questo afirma-se que a troca e a insero da vrgula preservariam a coerncia e a correo gramatical. Isso est correto. Ficaria errado s se fosse afirmado que preservaria o sentido, pois a semntica mudou (de valor restritivo para explicativo).

As oraes reduzidas e desenvolvidas Quando so introduzidas por um pronome relativo e apresentam verbo conjugado em modo e tempo verbal, as oraes subordinadas adjetivas so chamadas desenvolvidas. Alm delas, existem as oraes subordinadas adjetivas reduzidas, que no so introduzidas por pronome relativo (podem ser introduzidas por preposio) e apresentam o verbo numa das formas nominais (infinitivo, gerndio ou particpio). Ele foi o primeiro aluno que se apresentou. Ele foi o primeiro aluno a se apresentar. No primeiro perodo, h uma orao subordinada adjetiva desenvolvida, j que introduzida pelo pronome relativo que e apresenta verbo conjugado no pretrito perfeito do indicativo. No segundo, h uma orao subordinada adjetiva reduzida de infinitivo: no h pronome relativo e seu verbo est no infinitivo. Questo 23 (Tribunal Regional Eleitoral - RS / 2006 / nvel mdio ) Fragmento do texto: O primeiro cdigo eleitoral a viger no Brasil chamavase Ordenaes do Reino, as quais foram elaboradas em Portugal no fim da Idade Mdia e utilizadas at 1828. Questo: Para que o perodo mantenha-se gramaticalmente correto; ao se substituir a forma verbal viger por vigorar, necessrio substituir tambm a preposio que a antecede. Resposta: E Comentrio: A orao a viger no Brasil subordinada adjetiva reduzida de infinitivo e por isso recebe a preposio a. Note que se poderia substituir essa orao reduzida pela desenvolvida que vigeu no Brasil, sem alterao semntica. Tanto o verbo viger quanto vigorar admitem a preposio a para que possa dar origem a essa estrutura reduzida. Por no ser necessria a substituio da preposio, a questo est errada. Ei, d uma continuaremos... parada agora, tome um cafezinho! Daqui a pouco

Bom, agora que j voltamos, vamos l! Recapitulando...24

Prof. Dcio Terror

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PORTUGUS PARA O TSE PROFESSOR: DCIO TERROR At agora, vimos os termos bsicos da orao e entendemos que no se pode separ-los por vrgula. Vimos tambm que o sujeito, OD e predicativo no so antecipados por preposio. Alm disso, estudamos o vocativo e o aposto tendo em vista a sua pontuao. Em seguida, vimos que o termo adjetivo pode ter dois valores semnticos (restrio e explicao). Quando esses termos recebem verbo, naturalmente viram oraes adjetivas. Agora falta falarmos dos termos adverbiais, principalmente no que diz respeito ao sentido e pontuao. Veja: A estrutura adverbial Vimos no incio da aula que o verbo intransitivo no exige complemento verbal, mas pode necessitar de adjunto adverbial para transmitir uma circunstncia. Veja: Adoeci. Fui praia.verbo intransitivo adjunto adverbial de lugar predicado verbal

Na realidade, h dois tipos de verbos intransitivos. O primeiro diz respeito quele que no exige nenhum termo que complemente seu sentido, como Adoeci.; Juvenal morreu.; Um vendaval ocorreu.. Esses verbos no necessitam de termo que os complete. Esse tipo de intransitividade mostra que o verbo por si s j transmite o sentido necessrio; podendo o autor acrescentar termos acessrios para transmitir mais clareza ou ser mais pontual no sentido, por exemplo: Adoeci por causa do mal tempo.; Juvenal morreu anteontem. e Um vendaval ocorreu aqui.. Por outro lado, existe a intransitividade que necessita de um termo que produza sentido. Se algum diz que vai, tem que dizer que vai a algum lugar. Se algum diz que voltou, tem que continuar a fala mostrando de onde voltou. Por isso muita gente confunde esse tipo de intransitividade com a transitividade indireta; mas h uma diferena muito grande, pois o termo que completa o sentido deste tipo de intransitividade transmite normalmente circunstncias de lugar ou modo. Veja: Vou a So Paulo. Vim de Manaus. Estou bem. O objeto indireto apenas completa o sentido do verbo, ele no transmite valores circunstanciais de lugar ou de modo, sentidos que so demonstrados nos vocbulos a So Paulo, de Manaus e bem. Quando se quer saber se h circunstncia de lugar ou modo, faz-se a pergunta Onde?, Como?, respectivamente. Assim, importante notarmos os valores dos adjuntos adverbiais, que so demonstrados em sua maioria no uso das preposies, as quais sero enfatizadas a seguir. Didaticamente, podemos dividir o adjunto adverbial em dois tipos: Adjunto adverbial solto: O problema ocorreu naquela tarde de sbado.Prof. Dcio Terror www.pontodosconcursos.com.br25

PORTUGUS PARA O TSE PROFESSOR: DCIO TERROR Eu estou bem. Adjunto adverbial preso: Eu estou em So Paulo. Eu vim de So Paulo. Caro aluno, esta diviso dos adjuntos adverbiais apenas didtica, no cobrada em prova dessa forma, mas entendermos isso importante para a pontuao. Veja que no comum vermos vrgula separando adjuntos adverbiais presos, como as trs ltimas frases. J com o adjunto adverbial solto, natural podermos inserir a vrgula. Veja: O problema ocorreu, naquela tarde de sbado.

Assim, o adjunto adverbial o termo que modifica o verbo, o adjetivo ou o advrbio, atribuindo-lhes uma circunstncia qualquer. Abaixo listei para voc o nome da palavra (morfologia) e a funo que esta palavra desempenha na orao (sintaxe).morfologiaartigo + substantivo

verbo

advrbio de intensidade

Ossintaxe

atletas

correram muito.verbo intransitivo adjunto adverbial de intensidade

adj adn + ncleo sujeito

predicado verbal perodo simplesverbo + advrbio de intensidade adjetivo

morfologia

pronome + substantivo

Seu projetoadj adn + ncleo sintaxe sujeito

muito

interessante.Predicativo do sujeito

VL + adj adverbial de intensidade

predicado nominal perodo simplesverbo + advrbio de intensidade advrbio

morfologia

artigo + substantivo

Osintaxe

time

jogou muitoVI + adj adverbial de intensidade

mal.adjunto adverbial de modo

adj adn + ncleo

sujeito

predicado verbal perodo simples

Observaes: a) O adjunto adverbial pode ser representado por um advrbio, uma locuo adverbial ou um pronome relativo (que ser visto na aula 3). Deixei o embrulho aqui. (advrbio) noite conversaremos. (locuo adverbial) A empresa onde trabalhei faliu. (pronome relativo) b) Pode ocorrer elipse da preposio antes de adjuntos adverbiais de tempo e modo:Prof. Dcio Terror www.pontodosconcursos.com.br26

PORTUGUS PARA O TSE PROFESSOR: DCIO TERROR Aquela noite, ela no veio. (Naquela noite) Domingo ela estar aqui. Ouvidos atentos, aproximei-me da porta. (De ouvidos atentos) Principais valores das locues adverbiais, a

(No domingo)

depender

da

preposio e das locues prepositivas nocionais: 1. assunto: de: falar de futebol. sobre: conversar sobre poltica; falar sobre futebol. quanto a: No nos expressamos quanto fatalidade do acidente.

2. causa: a: morrer fome; acordar aos gritos das crianas; voltar a pedido dos amigos. ante: Ante os protestos, recuou da deciso. (Perceba que no h preposioa aps ante. Diz-se ante a, ante o, e no *ante , *ante ao.)

com: assustar-se com o trovo; ficar pobre com a inflao. de: morrer de fome; tremer de medo; chorar de saudade. devido a: Encontrou seu futuro, devido a muito esforo. diante de: Diante de tais ofertas, no pude deixar de comprar. em consequncia de: Em consequncia de seu estudo eficaz, passou em primeiro lugar. em face de: O que o salvou, em face do perigo, foi sua habitual calma.(em virtude de)

face a: Face a tantos perigos, resolveu voltar. graas a: Graas ao estudo, passou no concurso. por: encontrar algum por uma coincidncia; foi preso por vadiagem Esta preposio tambm pode ser entendida como em favor de: morrer pela ptria; lutar pela liberdade; falar pelo ru. No deixa de possuir valor causal. 3. companhia: com: ir ao cinema com algum; regressar com amigos. 4. concesso (contraste, oposio) apesar de: Foi praia apesar do temporal. Obs.: Ocorre quando h uma oposio em relao ao verbo. No se vai, normalmente, praia em dia de temporal. com: Com mais de 80 anos, ainda tem planos para o futuro. malgrado: Malgrado a chuva, fomos ao passeio. 5. condio: Sem: Sem o emprstimo, no construiremos a casa. 6. conformidade: a: puxar ao pai; escrever ao modo clssico; sair me. conforme: Agiu conforme a situao. por: tocar pela partitura; copiar pelo original.Prof. Dcio Terror www.pontodosconcursos.com.br27

PORTUGUS PARA O TSE PROFESSOR: DCIO TERROR 7. lugar: a: (destino - em correlao com a preposio de): de Santos a Guaruj; daqui a Salvador. Obs.: Usa-se indiferentemente /na pgina. Ex.: A notcia est /na pgina 28 do jornal. Usa-se ainda a pginas, mas no as pginas ou s pginas. Ex.: A notcia est a pginas 28 do jornal. ante: A verdade est ante nossos olhos; at: indica o limite, o trmino de movimento, e, acompanhando substantivo com artigo (definido ou indefinido), pode vir ou no seguida da preposio a: Caminharam at a entrada do estacionamento. ou Caminharam at entrada do estacionamento.

de: (relao de origem): vir de Madri. desde: dormir desde l at c. em: (esttico): ficar em casa; o jantar est na mesa. Observao: O uso da preposio em com verbos ou expresses de movimento caracteriza coloquialidade (o que deve ser evitado na norma culta): chegar em casa, ir no supermercado, voltar na escola, levar as crianas na praia, dar um pulo na farmcia, etc. O correto : chegar a casa; ir ao supermercado; voltar escola; levar as crianas praia; ir farmcia. defronte: Ela mora defronte igreja. em frente a: Em frente escola estava ele. entre: Os Pireneus esto entre a Frana e a Espanha; ficar entre os aprovados. para: ir para Madri; apontar o dedo para o cu. perante: (posio em frente); perante o juiz, negou o crime. (No useperante a: perante a Deus, perante ao juiz, etc.)

por: ir por Bauru, morar por aqui. sob: (posio inferior): ficar sob o viaduto. sobre: (posio superior): o avio caiu sobre uma lavoura de arroz; flutuar sobre as ondas; (direo): ir sobre o adversrio. trs: no portugus atual, a preposio trs no usada isoladamente; atua, sempre, como parte de outras expresses: nas locues adverbiais para trs e por trs (ficar para trs, chegar por trs) e na locuo prepositiva por trs de (ficar por trs do muro). 8. meio: de: Iremos de navio. em: pagar em cheque; indenizar em aes. por: ler pelo rascunho; ir por terra; levar pela mo; contar pelos dedos; enviar pelo Correio; mandar um recado por algum. 9. modo: a: bife milanesa; jogar Tel Santana.Prof. Dcio Terror www.pontodosconcursos.com.br28

PORTUGUS PARA O TSE PROFESSOR: DCIO TERROR com: andar com cuidado; tratar com carinho. de: olhar algum de frente, ficar de p. em: ir em turma, em bando, em pessoa; escrever em francs. por: proceder chamada de alunos por ordem alfabtica; saber por alto o que aconteceu. sem: indica a relao de ausncia ou desacompanhamento: estar sem dinheiro; sob: sair sob pretexto no convincente. 10. tempo: com: (simultaneidade): o povo canta, com os soldados, o Hino Nacional; com o tempo os frutos amadurecem.

de: dormir de dia, estudar de tarde, perambular de noite; de pequenino que se torce o pepino. desde: desde ontem estou assim. em: fazer a viagem em quatro horas; o fogo destruiu o edifcio em minutos, no ano 2000. entre: ela vir entre dez e onze horas. para: ter gua para dois dias apenas; para o ano irei a Salvador; l para o final de dezembro viajaremos. por: estarei l pelo Natal; viver por muitos anos; brincar s pela manh. sob: houve muito progresso no Brasil sob D. Pedro II. Muitas vezes, numa locuo, a preposio a pode ser trocada por outra, sem que isso acarrete prejuzo de construo ou de significado. Eis alguns exemplos: /com exceo de, a/em meu ver, a/com muito custo, em frente a/de, rente a/com, /na falta de, a/em favor de, em torno a/de, junto a/com/de. (Polcia Federal / 2004 / nvel mdio) Questo 24 Fragmento do texto: Por que iluso de modernidade? (...) porque a modernidade, ao invs de aumentar a riqueza bruta dessas naes, induziu enormes transferncias para fora com o movimento de capitais externos que sugavam a renda regional. Questo: No perodo em que ocorre, o conectivo ao invs de estabelece relaes semnticas de concesso e de restrio, e pode ser substitudo por apesar de, sem prejuzo para a coerncia e a correo gramatical do texto. Resposta: E Comentrio: Note a substituio pedida na questo e compare: 1. ...a modernidade, ao invs de aumentar a riqueza bruta dessas naes, induziu enormes transferncias para fora com o movimento de capitais externos que sugavam a renda regional. 2. ...a modernidade, apesar de aumentar a riqueza bruta dessas naes, induziu enormes transferncias para fora com o movimento de capitais externos que sugavam a renda regional. No texto original, a locuo prepositiva ao invs de traduz a ideia deProf. Dcio Terror www.pontodosconcursos.com.br29

PORTUGUS PARA O TSE PROFESSOR: DCIO TERROR que a modernidade no aumentou a riqueza bruta, apenas induziu a enormes transferncias. J, com a substituio, apesar de traduz a ideia de que a modernidade aumentou a riqueza (o que seria um contraste) e tambm induziu enormes transferncias. Assim, haveria mudana de sentido, incoerncia e por isso incorreo gramatical. Questo 25 (Tribunal Regional do Trabalho - RJ / 2008 / nvel superior) Fragmento do texto: Seja como for, todas as realidades e as fantasias s podem tomar forma por meio da escrita, na qual exterioridade e interioridade, mundo e ego, experincia e fantasia aparecem compostos pela mesma matria verbal... Questo: Pode-se substituir a expresso sublinhada pela palavra apresentada entre parnteses e isso no provocaria erro gramatical ou alterao no sentido do texto:

todas as realidades e as fantasias s podem tomar forma por meio da escrita (perante) Resposta: E Comentrio: A locuo prepositiva por meio da inicia adjunto adverbial de meio; j perante transmite valor de posicionamento (lugar). No se pode substituir um pelo outro. Questo 26 (Oficial de Chancelaria - MRE / 2008 / nvel superior) Questo: Julgue a frase a seguir quanto correo gramatical: Foi feita, finalmente, uma faxina no escritrio a nvel de material de consumo. Resposta: E Comentrio: A expresso a nvel de viciosa. O substantivo nvel no possui o valor de relativo a, a respeito de, como vulgarmente utilizado (Falei a nvel de problema social). Seus valores basicamente so: Elevao relativa de uma linha ou de um plano horizontal: O nvel das guas subiu. Padro, qualidade, gabarito: bairro residencial de alto nvel. Altura relativa numa escala de valores: nvel econmico; nvel de disciplina. No contexto, o ideal retirar essa expresso viciosa, fazendo os ajustes a depender do sentido: Foi feita, finalmente, uma faxina no escritrio com material de consumo. Foi feita, finalmente, uma faxina de material de consumo no escritrio. (INCA / 2010 / nvel superior ) Questo 27 Fragmento do texto: A realidade atual vem exigindo dos pesquisadores envolvidos com a temtica da sade maiores esforos para compreender as mudanas recentes... Questo: A organizao das ideias no texto mostra que realidade atual constitui a circunstncia de tempo em que a temtica da sade est sendo considerada; por isso, mantm-se as relaes entre os argumentos e a correo gramatical ao se iniciar o texto com Na realidade atual. Resposta: E Comentrio: De acordo com a observao da letra (B), vista anteriormente, algumas vezes h omisso da preposio em um adjunto adverbial de tempo.Prof. Dcio Terror www.pontodosconcursos.com.br30

PORTUGUS PARA O TSE PROFESSOR: DCIO TERROR Mas a expresso A realidade atual sujeito na orao em que est inserida, por esse motivo no transmite circunstncia de tempo (pois isso papel do adjunto adverbial), nem pode ser antecedida de preposio. (Tribunal de Justia SE / 2006 / nvel superior) Questo 28 Fragmento do texto: O Instituto de Registro Imobilirio do Brasil (IRIB), seo de So Paulo, em parceria com o Colgio Notarial do Brasil, tambm seo de So Paulo, e com o apoio da Corregedoria-Geral da Justia de So Paulo, congrega esforos para promover e realizar seminrios de direito notarial e registral no estado, visando o aperfeioamento tcnico de notrios e registradores e a reciclagem de prepostos e profissionais que atuam na rea. Questo: As expresses em parceria e com o apoio exercem a funo sinttica de adjunto adverbial de companhia e, por isso, podem ser substitudas, sem prejuzo do sentido, por juntamente.

Resposta: E Comentrio: As expresses em parceria e com o apoio no exercem sozinhas a funo sinttica de adjunto adverbial de companhia. As expresses pospostas fazem parte desses termos ( em parceria com o Colgio Notarial do Brasil; com o apoio da Corregedoria-Geral da Justia de So Paulo). O segundo desses dois termos, apesar de no transmitir o valor de companhia explicitamente, tendo em vista o substantivo apoio (circunstncia de modo), pode, implicitamente, transmitir esta ideia. At aqui j vimos que a questo est errada. Ratifica-se o erro, porque o vocbulo juntamente no substitui adequadamente a expresso com o apoio, pois necessitaria da mudana da preposio de para com: juntamente com. (Cia de Saneamento Bsico - ES / 2006 / nvel superior) Questo 29 Fragmento do texto: Sem o trabalho dos peritos, a investigao policial fica restrita coleta de depoimentos e ao concurso de informantes, o que limita suas possibilidades e torna perigosamente decisivos os interrogatrios dos suspeitos. No tempo de hackers, de criminosos organizados com armamentos poderosos e equipamentos sofisticados, indispensvel dotar a polcia do apoio cientfico e tcnico mais avanado possvel. O princpio estruturante de um departamento de percia competente a descentralizao com integrao sistmica. Sua construo, por prudncia, economia e realismo, dever obedecer a um plano modular, de modo que novos laboratrios se incorporem, sucessivamente, de acordo com o desenvolvimento do processo de implantao e com os resultados do impacto da demanda sobre os servios oferecidos pelas universidades conveniadas. Questo: O conectivo de acordo com introduz argumento que est em conformidade com as ideias expressas no pargrafo anterior. Resposta: E Comentrio: Note que a locuo prepositiva de acordo com inicia adjunto adverbial de conformidade em relao ao verbo de sua orao ...de modo que novos laboratrios se incorporem sucessivamente.... Para que pudesse introduzir argumento que est em conformidade com o pargrafo anterior,Prof. Dcio Terror www.pontodosconcursos.com.br31

PORTUGUS PARA O TSE PROFESSOR: DCIO TERROR deveria iniciar o segundo pargrafo da seguinte forma: De acordo com isso, o princpio estruturante... Assim, o pronome demonstrativo isso retomaria o pargrafo anterior e o argumento ficaria em conformidade realmente com o pargrafo anterior. (Polcia Federal / 2004 / nvel mdio) Questo 30 Fragmento do texto: Primeiro, a modernidade no agregou ao mundo do bem-estar a populao pobre; ao contrrio, em pases que no conheciam graves desigualdades, como a Argentina e o Uruguai, a desigualdade floresceu, aproximando-os de Brasil e Venezuela. Questo: A preposio em (em pases que) de uso opcional, motivo por que a sua retirada no prejudica a coerncia e a correo gramatical do texto. Resposta: E

Comentrio: A preposio em obrigatria. Veja toda a estrutura: ...em pases que no conheciam graves desigualdades, como a Argentina e o Uruguai, a desigualdade floresceu... Os termos intercalados so orao subordinada adjetiva restritiva (por isso no est separada por vrgula) e termo exemplificativo (dupla vrgula obrigatria). Sobra, portanto, a orao principal: em pases a desigualdade floresceu, em que em pases adjunto adverbial de lugar, e a preposio em obrigatria. Vimos os valores semnticos dos adjuntos adverbiais, agora veremos a pontuao.

Pontuao interna com adjunto adverbial solto marcante nos adjuntos adverbiais a sua mobilidade posicional, pois este termo pode movimentar-se para o incio, para o meio ou para o fim da orao. Essa mobilidade percebida nos termos soltos, os quais no so exigidos pelo verbo, mas apenas ampliam o contexto com a circunstncia. Isso notado principalmente nos advrbios de lugar, tempo e modo; nos advrbios que modificam toda a orao (e no somente um termo); e nas locues adverbiais: O custo de vida bem alto em Braslia. Em Braslia, o custo de vida bem alto. O custo de vida, em Braslia, bem alto. O custo de vida bem alto, em Braslia. Prefeitos de vrias cidades foram a Braslia. A Braslia prefeitos de vrias cidades foram. Prefeitos de vrias cidades a Braslia foram.Esta locuo adverbial de lugar exigida pelo verbo, por isso no se considera termo solto, ela pode se mover na orao, mas no recebe vrgula. Esta locuo adverbial de lugar no exigida pelo verbo, por isso se considera um termo solto, o qual pode receber vrgula. Compare com a seguinte.

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Os advrbios referem-se a 32 toda a orao.

PORTUGUS PARA O TSE PROFESSOR: DCIO TERROR Naturalmente, voc j percebeu o problema. Sim, eu sei. Quando a locuo adverbial solta for de grande extenso e estiver antecipada da orao ou no meio dela, a vrgula ser obrigatria. Se estiver no final, a vrgula ser facultativa. Antes da ltima rodada, o time j se dizia campeo. O time, antes da ltima rodada, j se dizia campeo. O time j se dizia, antes da ltima rodada, campeo. O time j se dizia campeo, antes da ltima rodada. O time j se dizia campeo antes da ltima rodada.

Questo 31 (INCA / 2010 / nvel mdio) Questo: O emprego de vrgula aps anos, em Nos prximos anos, a questo da melhoria da qualidade do ensino deve ser uma obrigao dos governantes, justifica-se por isolar termo adverbial, com noo de tempo, deslocado do final para o comeo do perodo. Resposta: C Comentrio: Note que Nos prximos anos adjunto adverbial de tempo e est antecipado em sua orao; por isso ocorre vrgula. Questo 32 (Agente educacional - ES / 2010 / nvel mdio) Fragmento do texto: O Cinema Novo, a partir de 1954, inspirou-se no Neorrealismo da Itlia e na Nouvelle Vague da Frana. Questo: O emprego de vrgula logo aps Novo justifica-se por isolar aposto explicativo. Resposta: E Comentrio: No h aposto explicativo, o adjunto adverbial de tempo a partir de 1954, o qual se encontra intercalado, que impe o uso de vrgulas. Questo 33 (Agente de Polcia Civil - ES / 2009 / nvel mdio) Fragmento do texto: Se nos dedicarmos a ensinar aos mais novos, em famlia e na escola, que, para conviver, preciso ter considerao com o outro, relevar e fazer concesses, eles aprendero melhor a controlar seus impulsos em favor do equilbrio da vida em grupo. Questo: A expresso em famlia e na escola, juntamente com as vrgulas que a intercalam, poderia ser transposta, sem prejuzo da correo gramatical e sem alterao do sentido original, para as seguintes posies dentro do perodo: ou imediatamente aps a palavra dedicarmos, ou imediatamente aps a palavra ensinar. Resposta: C Comentrio: A locuo adverbial em famlia e na escola acrescenta estrutura verbal dedicarmos a ensinar a circunstncia de lugar, por isso esta locuo pode se posicionar imediatamente depois do primeiro verbo eProf. Dcio Terror www.pontodosconcursos.com.br33

PORTUGUS PARA O TSE PROFESSOR: DCIO TERROR imediatamente depois do segundo, sem modificar o sentido original. Isso ratifica o que vimos sobre a locuo adverbial solta. (Tribunal Regional Eleitoral - MA / 2006 / nvel superior) Questo 34 Questo: Julgue a frase seguinte quanto pontuao: Promotores representantes da Associao do Ministrio Pblico do Estado do Maranho (AMPEM), vo propor Controladoria-Geral da Unio (CGU) a realizao de convnio no projeto Contas na Mo. Nascido h cinco anos, o projeto tem como objetivo, formar comits de cidadania para fiscalizar contas pblicas em estados e municpios. Resposta: E Comentrio: A vrgula antes de vo propor est errada porque se encontra entre sujeito e predicado. A expresso como objetivo ou fica entre vrgulas, ou no poder haver nenhuma vrgula (por ser adjunto adverbial de pequena extenso).

(Tribunal Regional do Trabalho - RJ / 2008 / nvel mdio) Questo 35 Fragmento do texto: Em outra frente, a Campanha Global de Ao contra a Pobreza uma aliana internacional de sindicatos, grupos comunitrios, religiosos e organizaes que trabalham pelo fim das desigualdades anuncia a mobilizao anual do movimento Levante-se e Faa a Sua Parte, uma ao mundial no dia Internacional pela Erradicao da Pobreza. Questo: O emprego de vrgula logo aps frente justifica-se por isolar adjunto adverbial anteposto. Resposta: C Comentrio: O adjunto adverbial Em outra frente encontra-se antecipado, por isso est separado por vrgula. Questo 36 (Tribunal Regional do Trabalho - RJ / 2008 / nvel mdio) Fragmento do texto: No momento em que as Naes Unidas promovem reunio de alto nvel para revitalizar os Objetivos de Desenvolvimento do Milnio e a nao mais poderosa do mundo busca o caminho para enfrentar a bancarrota de meia dzia de empresas com US$ 900 bilhes, milhares de organizaes no-governamentais esto lanando a campanha Em Meu Nome, que destinada a mobilizar a cidadania contra a pobreza. Questo: Sem prejuzo para a correo gramatical e para o sentido original do texto, o termo com US$ 900 bilhes poderia ocupar, entre vrgulas, a posio imediatamente aps a preposio para(linha 3). Resposta: C Comentrio: Apenas houve o deslocamento do adjunto adverbial de meio (ou quantidade) com US$ 900 bilhes, o qual se encontra no final da orao e passa a ficar intercalado aps a preposio que inicia sua orao. Veja:...para enfrentar a bancarrota de meia dzia de empresas com US$ 900 bilhes... ...para, com US$ 900 bilhes, enfrentar a bancarrota de meia dzia de empresas...

J vimos as oraes subordinadas substantivas e as adjetivas. Vimos que elas partiram de um termo da orao. Da mesma forma, quando o adjunto adverbial recebe um verbo, transforma-se em orao subordinada adverbial.Prof. Dcio Terror www.pontodosconcursos.com.br34

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Perodo composto por subordinao adverbialvrgula facultativa

O candidatosujeito

passou no concurso,VTI objeto indireto

devido ao seu esforo no estudo.

adjunto adverbial de causa predicado verbal perodo simplesvrgula facultativa

O candidatosujeito

passou no concurso,VTI

porque se esforou no estudo.

objeto indireto VTI + objeto indireto predicado verbal predicado verbal orao principal orao subordinada adverbial causal perodo composto

Tanto o adjunto adverbial quanto a orao adverbial podem deslocar-se para o incio ou para o meio da estrutura principal. E, com isso, a vrgula ser empregada conforme foi visto nos adjuntos adverbiais de grande extenso. Assim, via de regra, a orao subordinada adverbial, quando posposta orao principal, ser iniciada por vrgula facultativamente. Mas, se for antecipada ou intercalada, receber vrgula ou vrgulas obrigatoriamente. Observe:vrgula obrigatria

Devido ao seu esforo no estudo,adjunto adverbial de causa

o candidato

passouVTI

no concursoobjeto indireto

sujeito predicado verbal perodo simplesvrgula obrigatria

Porque se esforou no estudo,VTI

o candidato

passouVTI

no concurso

+ objeto indireto sujeito predicado verbal orao subordinada adverbial causal perodo composto vrgulas obrigatrias

objeto indireto predicado verbal orao principal

O candidato,sujeito

devido ao seu esforo no estudo,adjunto adverbial de causa predicado verbal perodo simples vrgulas obrigatrias

passouVTI

no concurso.objeto indireto

O candidato,sujeito

porque se esforou no estudo,VTI + objeto indireto predicado verbal

passouVTI

no concurso35

objeto indireto predicado verbal

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PORTUGUS PARA O TSE PROFESSOR: DCIO TERRORorao subordinada adverbial causal orao principal perodo composto

Assim como foi visto nas oraes substantivas e adjetivas, as oraes podem ser reduzidas. Isso ocorre porque a conjuno excluda e o verbo deixa de ser conjugado em modo e tempo verbal e passa a uma das formas nominais: infinitivo, gerndio, particpio. Por se esforar muito nos estudos, o candidato passou no concurso.orao subordinada adverbial causal reduzida de infinitivo + orao principal

(INCA / 2010 / nvel superior ) Questo 37 Fragmento do texto: Ao estabelecer a obrigatoriedade na realizao dos exames pr-admissional, peridico e demissional do trabalhador, criou recursos mdico-periciais voltados identificao do nexo da causalidade entre os danos sofridos e a ocupao desempenhada.

Questo: A vrgula logo depois de trabalhador opcional e sua retirada preservaria a correo gramatical do texto, pois os trs termos da enumerao que ela tem funo de marcar j esto separados pela conjuno e: exames pr-admissional, peridico e demissional do trabalhador. Resposta: E Comentrio: A vrgula aps trabalhador obrigatria, por haver a antecipao da orao subordinada adverbial causal (ou temporal) reduzida de infinitivo Ao estabelecer a obrigatoriedade na realizao dos exames pradmissional, peridico e demissional do trabalhador. Os trs termos enumerados no interferem no motivo desta vrgula. (Mdico perito INSS / 2009 / nvel superior) Questo 38 Questo: Julgue a frase quanto correo gramatical: O povo por estar insatisfeito com o bota-abaixo e influenciado pela imprensa se revoltou contra a vacina. Resposta: E Comentrio: H oraes subordinadas adverbiais causais reduzidas de infinitivo e esto coordenadas entre si com a conjuno e. Como essas oraes esto intercaladas orao principal O povo se revoltou contra a vacina, deve haver vrgula aps o substantivo povo e depois de imprensa. (Tribunal Regional Eleitoral - MA / 2006 / nvel superior) Questo 39 Fragmento do texto: Para que a democracia seja efetiva, necessrio que as pessoas se sintam ligadas aos seus concidados e que essa ligao se manifeste por meio de um conjunto de organizaes e instituies extramercado. Questo: Caso a orao adverbial que inicia o texto estivesse imediatamente aps a expresso necessrio, no haveria necessidade de emprego da vrgula, visto que estaria restabelecida a ordem direta do perodo. Resposta: E Comentrio: Se a orao adverbial final Para que a democracia seja efetiva fosse colocada aps a orao necessrio, precisaria ficar entre vrgulas, pois estaria entre uma orao principal e uma orao subordinadaProf. Dcio Terror www.pontodosconcursos.com.br36

PORTUGUS PARA O TSE PROFESSOR: DCIO TERROR substantiva. Veja: necessrio, para que a democracia seja efetiva, que as pessoas se sintam ligadas aos concidados... Vrios so os valores circunstanciais adverbais. Eles basicamente se dividem em 9. das oraes subordinadas

Causais: exprimem causa, motivo, razo. Esta orao faz parte da estrutura causa-consequncia, em que a origem ocorre temporalmente antes. E a consequncia, por ser o resultado, ocorre depois. As principais conjunes causais so: porque, pois, que, como (quando a orao adverbial estiver antecipada), j que, visto que, desde que, uma vez que, porquanto, na medida em que, que, etc: A mulher gritou porque teve medo. Como fazia frio, fechou as janelas.

J que me pediram, vou continuar. Uma vez que desfruta de bons pensamentos, realiza boas atitudes. Observaes: I - A conjuno se tambm pode transmitir valor de causa a oraes que funcionam como base ou ponto de partida de um raciocnio, em construes como: Se o estudo o princpio do concurseiro, imprescindvel a organizao de seu material de estudo. II - Vimos na aula anterior que as conjunes porque, porquanto e pois podem ser coordenativas explicativas. Nesta, percebemos que elas tambm podem ser causais. A banca CESPE no pergunta qual a diferena entre elas, apenas pede a troca das conjunes. Questo 40 (Tribunal Regional Eleitoral - RS / 2005 / nvel mdio) Fragmento do texto: As eleies para a assembleia constituinte realizaramse aps a Proclamao da Independncia e, em 25 de maro de 1824, D. Pedro I outorgou ao povo brasileiro sua primeira Constituio poltica. Questo: Aps a data 25 de maro de 1824 subentende-se uma relao sinttica representada pela conjuno porque. Resposta: E Comentrio: As eleies para a assembleia constituinte realizaram-se aps a Proclamao da Independncia e, em 25 de maro de 1824, D. Pedro I outorgou ao povo brasileiro sua primeira Constituio poltica. A relao entre as oraes desse perodo de coordenao aditiva (observe a conjuno e em destaque). Ao se subentender, ou explicitar a conjuno porque aps 25 de maro de 1824, j haveria erro pois a vrgula que se encontra aps 1824 ficaria aps a conjuno porque. Alm disso, ela iniciaria, dentro da orao coordenada sindtica aditiva, uma relao subordinativa adverbial causal, mas faltaria a orao principal, vcio chamado de truncamento sinttico. Veja como ficaria: As eleies para a assembleia constituinte realizaram-se aps aProf. Dcio Terror www.pontodosconcursos.com.br37

PORTUGUS PARA O TSE PROFESSOR: DCIO TERROR Proclamao da Independncia e, em 25 de maro de 1824 porque, D. Pedro I outorgou ao povo brasileiro sua primeira Constituio poltica... No h, portanto, possibilidade de se subentender a conjuno porque aps 1824. Questo 41 (Caixa Econmica Federal / 2010 / nvel mdio ) Fragmento do texto: Entre os integrantes dos BRICs, o Brasil o que tem, de longe, o maior mercado de azeite: o consumo dever atingir 50.000 toneladas em 2010. Como o pas tem forte influncia espanhola, italiana e portuguesa (os mais importantes produtores mundiais), o hbito de usar o leo em pizzas e saladas mais comum do que nos outros do grupo e as empresas do ramo praticamente no mudam suas tticas de venda no mercado brasileiro. Questo: A conjuno Como introduz orao que expressa um fato que est em conformidade com a ideia apresentada no perodo que a antecede.

Resposta: E Comentrio: Esse vocbulo transmite valor de causa em relao orao que a sucede. Veja: J que (Porque, Uma vez que) o pas tem forte influncia espanhola, italiana e portuguesa (os mais importantes produtores mundiais), o hbito de usar o leo em pizzas e saladas mais comum do que nos outros do grupo... Consecutivas: Na relao causa-consequncia, o processo verbal da consequncia ocorre aps o da causa, e suas conjunes exprimem um efeito, um resultado e aparecem de duas formas: