Aula 03 - Parte 01 - Conhecimentos Específicos
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Aula 03 - Parte 1
Conhecimentos Específicos p/ Técnico Administrativo - Secretaria de Saúde-DF
Professores: Arthur Lima, Felipe Petrachini, Herbert Almeida
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Administração de Recursos Materiais e Arquivologia para Secretaria de Saúde do Distrito Federal
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AULA 01 – Manutenção, planejamento, controle e movimentação de estoques de mercadorias e(ou)
materiais; inventário (de materiais e físico); armazenamento e movimentação de mercadorias e(ou)
materiais - Parte 1
SUMÁRIO PÁGINA
Sumário
3. Gestão de Estoques .................................................................................... 2
3.1 Políticas de Estoque .............................................................................. 5
3.2 Métodos de Previsão da Demanda ........................................................ 7
3.3 Determinação dos Níveis de Estoque .................................................. 11
3.4 Reposição de Estoques ....................................................................... 16
3.4.1 Níveis de Estoque – Tempo de Ressuprimento e Estoque de
Segurança ......................................................................................................... 16
3.5 Rotatividade ou giro dos estoques ....................................................... 19
3.6 Nível de Serviço (nível de atendimento) .............................................. 22
3.7 Economicidade na Função Suprimento - Lote Econômico de Compra 26
3.7.1 Custos ........................................................................................... 26
3.7.2 Lote Econômico de Compra .......................................................... 30
3.8 Controle de Estoques .......................................................................... 31
3.9 Métodos de avaliação de estoques ...................................................... 47
3.10 Sistemas de Estocagem .................................................................... 52
3.11 Tipos de Estoque ............................................................................... 53
4. Classificação ABC ..................................................................................... 56
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4.1 Metodologia de cálculo da curva ABC ................................................. 56
Dúvidas comuns sobre os pontos desta Aula ................................................ 65
Questões Comentadas .................................................................................. 74
Questões Propostas (Sem Comentários) .................................................... 130
Bem vindo ao resto do curso :P. É com grande prazer que descubro que você
resolveu confiar em mim para alcançar sua aprovação. Neste caso, farei por
merecer tamanha honra :D.
Está na hora da dor de cabeça :P.
Muito bem, essa é a primeira parte da Aula 01. Resolvi dividir a aula pois o
tema de estoque é bastante extenso, contudo, conhecer esta parte da disciplina
ajudará (e muito) a entender os temas de armazenamento e movimentação de
materiais.
Não fosse isto, para que você consiga entender o real significado de
"Controle de Estoques", terá de entender alguns conceitos anteriores.
Fique tranquilo, você está comigo!
A propósito, como eu havia comentado, questões do IADES sobre
Administração de Materiais são escassas, então, caso eu encontre alguma que sirva
para esta nossa Aula 03, colocarei direto nas questões comentadas, na Parte 2 da
Aula 01.
3. Gestão de Estoques
Para que servem os estoques? E como se administra um estoque?
Os estoques servem para armazenar os materiais enquanto estes não são
necessários ao processo produtivo. A gestão do estoque poderá assumir várias
formas de acordo com o tipo de produção da empresa.
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Ao falar sobre a gestão de estoques, Chiavenato afirma que: “No sistema de
gestão por encomenda, é quase sempre o produto que permanece imóvel, enquanto
tudo o mais gira em ao redor dele.” Esta produção por encomenda e baseada em
uma solicitação dos clientes, ou seja, o produto somente é produzido após o cliente
ter solicitado.
Seria simples para a administração de estoques se tudo se resumisse a
produção por encomenda, não é mesmo? MAS A REALIDADE NÃO É ASSIM.
Lembra o que eu falei sobre o setor financeiro da empresa? Se dependesse deles, a
empresa esperaria um pedido de 100 unidades para comprar matéria prima para
somente 100 unidades, fabricar estes produtos e entregá-los, sempre com o
estoque zerado.
Mas nem sempre é possível fazer desse jeito, pois existe também a
produção em lotes (onde se produz quantidades limitadas de determinado produto
por vez, por isto o nome “em lotes”) e a produção contínua (onde o produto e
produzido sem paralisações e por um período longo de tempo).
Nestes dois modos de produção, a atenção se volta para o sistema produtivo
(que foi apresentado na aula passada), porque nestes casos, diferentemente do que
ocorre na produção por encomenda, a produção não para nunca, não podendo,
deste modo, faltar materiais indispensáveis a ela.
É neste momento é que a figura dos estoques será importante.
Os estoques irão garantir a continuidade da produção.
O estoque garante o abastecimento de materiais à empresa, de forma que
atrasos no fornecimento ou sazonalidades (eventos que alteram a demanda de
materiais sensivelmente de tempos em tempos) no suprimento não prejudicarão a
produção.
O estudo de estoques visa, basicamente, impedir que haja
desabastecimento tanto de matérias-primas e semiacabados dentro da fábrica,
bem como de produtos acabados no momento em que os clientes fazem o pedido.
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Imagine uma fábrica grande como a Nestlé. Se o Carrefour pedir 100 caixas
de pudim de chocolate para daqui 10 dias, certamente a fábrica, se iniciar a
produção hoje, conseguirá entregar o pedido. Mas imagine que a Nestlé tenha no
seu portfólio mais de 300 produtos diferentes e que haja 2000 pedidos por semana,
para serem entregues em poucos dias, como é que a empresa irá honrar esses
pedidos se começar a produzir hoje? Provavelmente irá falhar miseravelmente.
E como podemos conceituar o estoque?
Quem melhor para definir isso do que uma banca de concursos né:
Informação CESPE (2005/TRT 16ª Região): “Estoque é toda porção
armazenada de mercadoria, ou seja, aquilo que é reservado para ser utilizado
em tempo oportuno.”
O estoque total de uma empresa é a soma, a composição, de todos os
elementos apresentados na aula passada. Relembrando: matérias-primas,
materiais em processamento, materiais semiacabados, matérias acabados,
produtos acabados. Relembrar é viver:
Estes materiais estão armazenados para serem utilizados em momento
oportuno. Seguindo definição, agora da doutrina:
Materias-primas
Materiais em processamento
Materiais semiacabados
Materiais acabados ou componentes
Produtos acabados
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“O estoque constitui todo o sortimento de materiais que a empresa possui e
utiliza no processo de produção de seus produtos e serviços.” 1
Gestão do estoque é o gerenciamento, a própria administração, voltada
aos materiais estocados.
Antes de passarmos para o próximo ponto, vamos lembrar o que a
Administração de Recursos Materiais busca controlar:
Agora começa a brincadeira :P.
3.1 Políticas de Estoque
Você acabou de ler que os estoques existem para garantir a continuidade da
produção.
Entretanto, organizar o estoque não envolve apenas a análise de quanto
material a empresa precisará para determinado período, mas também o contexto
em que ela está inserida.
Por exemplo: uma empresa que opera em um mercado acometido por uma
forte inflação terá de levar em consideração não só a sua própria produção, mas a
constante revisão de preços dos produtos e matérias primas no mercado, bem como
1 Chiavenato, Idalberto. Administração de Materiais, ed. Campus, pág. 67.
Dentro de um processo produtivo, a Administração de Materias (AM) precisa controlar:
A Quantidade Evitar a falta ou o
excesso de materiais
O TempoMomento em que os
materias estarão disponíveis
A Localização Disponibilidade no
tempo certo
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a retração do consumo de seus próprios produtos. E, no final das contas, pode ser
que o lucro sobre as vendas realizadas termine por não superar o custo de
reposição do estoque, resultando em desastre!
Pois bem, para isto existem as políticas de estoque.
No entender de DIAS:
“A administração deverá determinar ao departamento de materiais o
programa de objetivos a serem atingidos, isto é, estabelecer certos padrões que
sirvam de guia aos programadores e controladores, e também de critérios para
medir o desempenho para medir desempenho do departamento.”.
Veja que, no meio de sua frase, DIAS já explica o que é política de estoque: o
programa de objetivos a serem atingidos. Políticas de estoque são metas, ideais,
propósitos, que a administração fixa e que o departamento de materiais deve
atingir.
Veja algumas metas importantes a serem fixadas e atingidas:
Metas quanto a tempo de entrega dos
produtos
Definição do número de depósitos e almoxarifados
Níveis de flutuação dos estoques, para que
atendam períodos de alta ou baixa na
demanda
Tolerância à especulação com os estoques (comprar mais em períodos de baixa ou em maior
quantidade para obter desconto)
Definição da Rotatividade dos
estoques
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Todos os exemplos acima tem a mesma razão de ser: o que a Administração
espera dos setores envolvidos com os materiais e como deseja que o fluxo de
materiais opere.
Desta forma, qualquer alternativa que trate de objetivos a serem atingidos
tem enorme potencial para enquadrar-se na definição.
3.2 Métodos de Previsão da Demanda
As empresas, embora não possam adivinhar como funcionará a demanda de
materiais no futuro, ainda assim, tentarão. E do mesmo modo que é impossível
descobrir com exatidão o número de materiais que serão demandados, também não
se trata de exercício de premonição.
Existem algumas variantes que podem ser levadas em consideração, a fim
de tentar se aproximar do valor real de materiais a ser consumidos no futuro.
Estas variantes podem ser divididas em dois grupos principais:
Variáveis Quantitativas:
São chamadas assim pois levam em consideração fatores que podem ser
numericamente quantificados. Exemplos:
- Evolução das vendas em períodos anteriores;
- Variáveis ligadas diretamente às vendas;
- Variáveis de fácil previsão ligadas às vendas, entre as quais, a renda do
mercado consumidor, crescimento da população, e outras que sua imaginação se
permitir pensar.
- Variáveis Qualitativas:
Estas levam em conta experiência dos profissionais envolvidos na produção,
baseando-se em opiniões. Como estes profissionais estão envolvidos com alguma
fase da produção, não se trata de mero palpite ou “chute” desprovido de
compromisso com a realidade. Temos como exemplos:
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- Opinião de gerentes;
- Opinião de vendedores;
- Opinião de compradores;
- Pesquisas de mercado (que normalmente sintetizam as opiniões dos
compradores).
Dito isto, as técnicas mais comuns de previsão de consumo são as seguintes:
- Explicação: Faz uso de regras estatísticas, explicando porque se acredita
que o consumo será daquela determinada forma. Como fará uso de dados
quantitativos para fazer esta análise, diz-se que este tipo de técnica tem natureza
quantitativa.
- Projeção: Através das vendas anteriores, busca-se tentar prever o
consumo de épocas posteriores, acreditando-se que o futuro buscará imitar o
passado, dele não se afastando. Também é uma técnica quantitativa.
- Predileção: Aqui se busca, através da experiência dos envolvidos na
produção, dimensionar o consumo dos novos períodos. É um método baseado
principalmente na opinião dos envolvidos na produção, e assim sendo, é uma
técnica qualitativa.
As técnicas quantitativas são também chamadas matemáticas (não se
importam com opiniões, apenas com números), ao passo que as técnicas
qualitativas são chamadas de não-matemáticas.
Mas não fiquemos por aí. Também devemos estudar os modelos de evolução
do consumo. Aqui já adianto a vocês que são modelos muito melhor estudados em
disciplinas de exatas, mas você tem de sair daqui pelo menos conhecendo os três
principais modelos de evolução:
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O modelo acima é o mais fácil de ser identificado. É o modelo de evolução
horizontal de consumo. Note que, embora o consumo oscile ao longo do tempo,
não há tendência de crescimento no mesmo, sempre oscilando em torno de uma
quantidade fixa de materiais consumidos. A linha pontilhada representa tendência
constante, ou invariável.
Segundo participante :P. Agora estamos diante do Modelo de Evolução de
Consumo Sujeito a Tendência. O nome é grande, mas não justifica pânico algum.
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Antes de qualquer coisa, definamos tendência, segundo os grandes sábios
ancestrais: tendência é força pela qual um corpo é levado a mover-se em direção a
alguma coisa.
Nos nossos gráficos, a tal força é o consumo, ou ascendente, ou
descendente, o que provocará oscilação no gráfico. Observem o exemplo acima:
por mais que o consumo se reduza, ele não chega a ficar tão baixo quanto a queda
do período anterior, o que é uma excelente pista para identificarmos o gráfico.
Mas lembre-se: isto é só uma pista! O que define este modelo é a existência de uma
força que impulsione a linha do gráfico, para baixo, ou para cima, de maneira
constante e gradual.
Agora conheça o monstrengo. Nosso terceiro modelo é o que talvez te traga
mais dificuldades. Mas o tio ta aqui pra isso. Nome do monstro: Modelo de
Evolução Sazonal de Consumo.
Primeiro: até agora eu estava usando 50 unidades como exemplo, sempre.
Agora, inventei de utilizar um tal de 50+25%. Porque fiz isso!!?? Porque este é o
primeiro indicativo deste modelo. A sazonalidade se apresenta com desvios de
ao menos 25% em torno do consumo médio.
Mas este nem é o ponto mais importante. A sazonalidade é caracterizada
pela oscilação regular e condicionada a determinadas causas.
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Para que não fique tão nebuloso, tome este exemplo: é normal, e
perfeitamente justificável que as vendas de cobertores elétricos aumentem
vertigionsamente nos meses de inverno, em relação aos meses de verão.
Alias, quase ninguém estava comprando cobertores elétricos durante o
verão, de maneira que, quando o inverno vem, as compras sobem para muito além
dos tais 25%. Mas este frenesi de vendas não vai durar muito, e assim que o
inverno acabar, haverá novo decréscimo no consumo. E isto tende a ocorrer
ciclicamente, afinal, todo ano tem inverno :P.
3.3 Determinação dos Níveis de Estoque
É fundamental que uma empresa possa dimensionar seus estoques e assim
estabelecer níveis de estoque adequados (entenda-se, nem ter itens em excesso
nem em número insuficiente).
Daqui para frente, vamos trabalhar com esta hipotética tabela de unidades
consumidas:
2014 Mês Unidades
Janeiro 300 Fevereiro 370
Março 420 Abril 460 Maio 480
Junho 490 Julho 510
Agosto 560 Setembro 580 Outubro 580
Novembro 570 Dezembro 560
Pois bem: a empresa tem de chegar a uma conclusão de qual seria o nível
adequado de estoque. Entretanto, como ela pode fazê-lo?
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Imagino que um dos motivos de você estar lendo o curso agora é porque
gostaria de poder ir ao mercado todos os meses e abastecer a geladeira, sem ter
usar cheques voadores na praça, em razão de deliberação de seu patrão, o qual, as
cinco da tarde de uma sexta feira, decidiu que seus serviços não são mais
necessários :P. To certo?
Entretanto, você ainda vai ao mercado. Como é que você sabe quantos
quilos de arroz, feijão, carne, tomate, banana e uma infinidade de outros itens você
terá que comprar? Aposto que você planeja! Vê quanto arroz foi consumido no mês
passado (consumo do último período), se estamos no mês de dezembro (que
devido ao incremento sazonal de consumo, vai precisar de uma geladeira mais
cheia) e por aí vai.
Mas essas coisas que você faz já foram estudas e documentadas!
E seu examinador já leu os livros que documentaram e estudaram esse
planejamento :P.
Nós vamos trabalhar com os métodos mais comuns de previsão, analisando
suas vantagens e desvantagens.
Comecemos.
Consumo do último período: Este método é bastante simples, consiste em
se analisar a demanda (ou consumo) do período imediatamente anterior e,
baseando nisto, prever-se o consumo do próximo período.
Veja que esta previsão é bastante simples, mas estará sujeita às mais
diversas sazonalidades, além de haver grandes possibilidades da demanda
prevista, tendo por base o período anterior, não se refletir na demanda efetiva.
No exemplo da nossa tabela (página 11), se fosse solicitada a previsão de
consumo para julho de 2007 utilizando o método do consumo do último período,
a previsão seria de 490 unidades (o que corresponde ao consumo do último
período, no caso junho de 2007). E o sujeito estaria errado! :P
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Este método é o responsável por você errar a compra de mercado em
dezembro baseando-se no consumo de novembro. Dezembro é Natal, e você não
compra chester todo o mês, nem castanhas, nem pernil, e aliás, nem presentes :P.
Média Móvel: Este método não tem como base um único período, mas sim a
média de consumo de mais de um período anterior.
Parece mais razoável? De fato! Mas tudo tem seu preço :P
“As desvantagens residem no fato de que as médias móveis são
influenciadas por valores extremos e de que os períodos mais antigos têm o
mesmo peso dos atuais.” 2 (grifos nossos)
Influência de valores extremos no cálculo da média móvel:
O valor muito alto de um determinado período influencia para mais o
resultado final, superestimando a demanda.
O valor muito baixo de um determinado período influencia para
menos o resultado final, subestimando a demanda.
Vamos tomar a tabela anterior como exemplo. Imagine que o examinador
solicitasse o consumo do mês de janeiro de 2008, com base na média móvel para
cinco períodos:
+ૡ+ૡ+ૠ+ = 570
Neste exemplo não houve nenhuma influencia porque não há valores
extremos. Todos os valores são muito próximos uns dos outros.
2 Chiavenato, Idalberto. Administração de Materiais, ed. Campus, pág. 74.
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Agora, imagine que no mês de setembro o consumo tenha sido de apenas
100 unidades: ++ૡ+ૠ+ = 474
Nesta segunda situação, o mês de setembro, por apresentar um valor
extremo, influenciou para menos o resultado final. Deste modo, a demanda pode
estar subestimada.
É inerente ao funcionamento da média que isso aconteça, sendo uma
desvantagem do método.
Média móvel ponderada: Neste método busca-se reduzir os problemas do
método anterior (a presença de valores extremos e os períodos mais antigos de
tempo), esta ponderação é feita atribuindo-se pesos diferentes para períodos de
tempo diferentes, ficando os períodos mais recentes com maior peso.
Vamos atribuir pesos maiores aos períodos mais recentes no nosso exemplo
anterior:
(× ) + (× ૡ) + (× ૡ) + (× ૠ) + ( × ) = ,
Cuidado aqui: se você atribuiu pesos aos fatores, deve cuidar para que o
denominador da fração seja igual ao número de "pesos" totais. No nosso caso, foi 5
+ 4 + 3 + 2 + 1 = 15
Média móvel exponencialmente ponderada: Já aviso que este tópico foi
cobrado tão poucas vezes pela CESPE (e falo do CESPE porque não vi mais
nenhuma banca ter coragem de cobrar este conteúdo :P) que eu quase sou capaz
de recomendar que você pule esta parte. Entretanto, eu preciso ministrá-la :P. Veja
só:
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É uma fórmula tão pouco cobrada, que mesmo quando é, não nos é
solicitado que façamos o cálculo. Mas você está aqui, então, observe: = െ + ࢻ כ ൫െ െ ,െ ൯, ࢻ
Tenso né? Por isso, não se costuma exigir esta fórmula em prova, apenas o
entendimento dela. Vamos aos parâmetros ݐܥ – Previsão de consumo para o próximo período ݐܥെ1 – Previsão de consumo para o período passado ݐܥെ1 – Consumo efetivo no período passado ߙ – Coeficiente de ajustamento
ou mais claro:
Próxima Previsão = Previsão anterior + Constante de amortecimento * Erro
de Previsão
Só por curiosidade, alfa costuma apresentar valor entre 0,1 e 0,3.
O que você precisa saber desta fórmula? O que Dias já disse em suas obras:
Apenas três valores são necessários para gerar a previsão do próximo
período:
- Previsão do último período;
- Consumo ocorrido no último período;
- Constante que determina o valor ou ponderação dada aos valores mais
recentes.
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E a única pergunta do CESPE (alias, a única questão “at all” que conheço
envolvendo este assunto):
CESPE - 2008 - TST - Técnico Judiciário - Área Administrativa Caso essa
empresa tivesse empregado o método da média móvel com ponderação
exponencial para previsão do seu consumo em janeiro de 2008, os dados de janeiro
a dezembro de 2007 teriam sido utilizados nesse cálculo.
Comentários: A questão utiliza a seguinte sentença: “os dados de janeiro a
dezembro de 2007 teriam sido utilizados nesse cálculo”.
Dá para afirmar isto com certeza? Não! A fórmula teria dado certo apenas
com aquelas três variantes que citamos.
Por esta razão o item está errado.
3.4 Reposição de Estoques
3.4.1 Níveis de Estoque Ȃ Tempo de Ressuprimento e Estoque de Segurança
Seria muito bom se possível fazer previsões que informassem a demanda
com precisão, no entanto, pelas mais diversas incertezas, na prática isto não é
possível.
Diante da imprevisibilidade é necessário se determinar um estoque adicional,
um estoque de garantia, para que a empresa possa amortecer efeitos de
acontecimentos não previstos quando estes ocorrerem.
Você se recorda do diagrama da página 04. O item precisa estar na
quantidade certa, na hora certa e no local certo. Uma forma de se permitir que isto
aconteça e também de se proteger o sistema produtivo é tendo estoques de
segurança.
O estoque de segurança é o estoque mínimo que uma empresa deve
dispor, estando intimamente ligado à demanda e velocidade de reposição de
um determinado material, que poderão se apresentar da forma de demanda e
reposição fixas ou variáveis.
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É natural que todo sistema de produção esteja sujeito a
contingências (situações não previstas, eventualidades), mas por meio de
estoques de segurança uma empresa pode se proteger, reduzindo, por
consequência, este risco.
Na figura a seguir temos dois gráficos: o primeiro apresentando estoque
mínimo (20 unidades), já no segundo temos a ruptura do dente de serra, justamente
por não haver estoque mínimo.
Observe a linha pontilhada. É justamente a linha pontilhada que indica a
ruptura do gráfico dente de serra.
A área da figura pontilhada no gráfico debaixo mostra o quanto a empresa
precisou do estoque naquele período, e por consequência, o quanto deixou de
ganhar com sua produção.
Tempo de Reposição (Tempo de Ressuprimento)
O tempo de reposição é o tempo que se gasta desde a constatação da
necessidade de se adquirir um material e a sua efetiva chegada ao almoxarifado da
empresa.
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Para fins meramente didáticos, costuma-se dividir este tempo em três partes
mais evidentes:
a) emissão do pedido: tempo que leva desde a emissão do pedido de
compra até ele chegar ao fornecedor;
b) preparação do pedido: tempo que leva desde o fornecedor fabricar os
produtos, separar os produtos, emitir faturamento até deixá-los em condições de
serem transportados;
c) transporte: tempo que leva da saída do fornecedor até o recebimento pela
empresa dos materiais encomendados.
Ponto de pedido
É o momento que, quando atingido, provoca um novo pedido de compra, em
função do consumo médio, do tempo de reposição e do estoque mínimo. É definido
pela seguinte equação:
Ponto do pedido (PP) = Consumo Médio X Tempo de Reposição +
Estoque Mínimo. Segue o quadro dos itens da fórmula:
Item da Fórmula Definição
Ponto de Pedido (PP)
Quantidade de um determinado produto em estoque que, sempre que atingida, deve
gerar um novo pedido de compra. Com esta quantidade, a empresa deve ser capaz de
continuar a produzir até que os novos produtos encomendados cheguem
Tempo de Reposição
Tempo que se gasta desde a constatação da necessidade de se adquirir um material e a
sua efetiva chegada ao almoxarifado da empresa. Pode ser chamado também de
Lead Time. Aqui deve ser levado em consideração o tempo e processamento do
pedido, providencias do fornecedor e o próprio recebimento pela empresa
Estoque Mínimo ou
de Segurança (ES)
Estoque adicional, a margem de segurança que a empresa tem para se proteger de
atrasos na reposição, ou aumentos imprevistos no consumo
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Consumo Médio Quantidade de produto consumido por
unidade de tempo pela empresa. Por isso multiplicamos pelo tempo de reposição.
Basta aplicar a fórmula, encaixando os dados dos enunciados com os
conceitos acima. Tranquilo.
Já alerto: as expressões “ponto de pedido” e “ponto de ressuprimento” são
tratadas como sinônimas na maior parte dos livros sobre o assunto. Mas, em uma
única questão, pude notar que a banca fez a seguinte diferenciação:
PONTO DE PEDIDO – Nível de controle frente ao saldo em estoque
monitorado. Quando a quantidade em estoque diminui chegando ao limite ou abaixo
dele, adota-se ação para reabastecimento do estoque. O ponto de pedido é
determinado a partir do lead time de entrega do Fornecedor e estoque de
segurança.
PONTO DE RESSUPRIMENTO - Quantidade determinada para que
ocorra o acionamento da solicitação do Pedido de Compra. Também
determinado "Estoque Mínimo".
Diferenças nestas duas definições? O ponto de ressuprimento trabalharia
exclusivamente com a variável “quantidade em estoque”. Se o ponto de
ressuprimento for dez unidades, e este for o nível do estoque, hora de comprar.
O Ponto de Pedido, por sua vez, levaria em consideração “quanto tempo o fornecedor leva para entregar o material”, devendo a compra ser realizada
quando a empresa constatar que precisará do material daqui a x dias, e que o
fornecedor também leva estes mesmos x dias para entregar o material.
Fique atento!
3.5 Rotatividade ou giro dos estoques
Um ponto importante que é cobrado em concursos é a rotatividade de
estoques, esta nada mais é do que uma avaliação que é feita comparando dois
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números do processo produtivo: o do estoque e o do custo de vendas em período
(valor consumido). Assim podemos ter:
Rotatividade = Custo de Vendas / Estoque Médio.
Exemplificando:
Imagine uma empresa que teve um custo anual de vendas de R$100.000 e
investimento em estoques de R$ 50.000. A rotatividade dos estoques é dada por –--
R = Custo de Vendas / Estoque Médio
= ., $., $
Ou seja, o estoque da empresa gira 2 (duas) vezes no ano.
IMPORTANTE: “Quanto maior for o número da rotatividade, melhor será a
administração logística da empresa, menores serão seus custos e maior será a sua
competitividade.”
Lembre-se de que estocar implica imobilizar capital. Se a rotatividade é alta,
significa que a empresa consegue operar com um estoque menor, e assim, terá
mais dinheiro disponível para investir em outros locais.
Professor: e se eu não tiver nem o valor do Custo de Vendas, nem do
Estoque Médio? A banca me informou apenas o consumo do período e o estoque!
Essa é a maravilha de dominar o conceito :P. Veja: desde que você respeite
o raciocínio, dá para usar outras variáveis.
A princípio, a melhor maneira de se calcular a rotatividade dos estoques seria
trabalhar com o número de unidades de determinado material em estoque, e com o
estoque máximo possível de ser estocado.
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Se só cabem 10 sacos de arroz em um almoxarifado, e nós vendemos 20,
20/10 = 2, e assim, o estoque de sacos de arroz girou duas vezes. Esta é a maneira
mais simples de compreender o próprio conceito de rotatividade, afinal, vemos o
saco de arroz sair do almoxarifado e outro entrar.
Só que, quase sempre, não dá para trabalhar com esse conceito "físico" de
rotatividade. Queremos uma avaliação geral da rotatividade, e mais importante do
que o saco de arroz em si, é seu valor expresso em termos monetários.
Ademais, se ao invés de sacos de arroz, tivéssemos também sacos de feijão,
de soja, de farinha e o que quer que fosse, tudo junto, calcular a rotatividade
trabalhando com o conceito de "unidade" tornar-se-ia inútil. Sabendo disso,
resolveram converter "unidades" em "valor monetário".
O estoque comporta "R$ 10,00" em mercadorias, e foi vendido "R$ 20,00" em
mercadorias. Assim, 20/10 = 2, e novamente, o estoque girou 2 vezes. Todavia, o
estoque máximo não é muito útil para o cálculo da rotatividade. Não importa muito
"quantas mercadorias cabem no estoque", mas, muito melhor seria "quantas
mercadorias ESTIVERAM no estoque" neste tempo.
Entretanto, a posição do estoque não é fixa, e assim, oscila ao longo de
determinado período. Convencionou-se, então, trabalhar com o conceito de
"estoque médio", pois corresponderia ao número de unidades em estoque de
determinado conjunto de materiais ao longo de terminado período, e isto expresso
não em unidades, mas sim em "valores monetários", por conta do que expliquei
anteriormente (farinha, feijão, arroz e soja :P). Assim, se for para responder
secamente, toda vez que a fórmula faz menção a "estoques" sem especificar do que
está falando, presuma que a banca está tratando do "estoque médio"
Na outra ponta da fórmula (falamos do estoque médio), qual seja, a do
número de unidades efetivamente vendidas (que você já sabe que deve ser
expresso em unidades monetárias), temos um outro problema: as vezes, não
sabemos quantas unidades foram consumidas pelo estoque em determinado
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momento. Se soubéssemos, maravilha, pegamos o valor consumido, e dividimos
pelo estoque médio e BOOM, resposta. Agora, se esta informação não te é dada,
como é que você pode achar a resposta?
Já que não conseguimos olhar a ponta do consumo de unidades de material
expressada em valores monetários, podemos tentar olhar a ponta de saída, qual
seja, a de venda. Afinal, a venda só existe porque o consumo ocorreu
anteriormente.
Seja flexível e a banca não vai conseguir puxar seu tapete :P
Existe ainda outro conceito que seria recomendável que você tivesse na
cabeça: antigiro ou “taxa de cobertura”.
Taxa de Cobertura, ou Antigiro, segundo DIAS, é o período de tempo em que
um dado estoque é capaz de atender à demanda da empresa. Seu cálculo é feito da
seguinte forma:
Antigiro = Estoque Médio/Consumo.
É simples: Fechamos a porta da empresa, não deixamos material algum
entrar e esperamos para ver quanto tempo a empresa sobreviverá assim.
Basicamente: queremos saber quanto tempo, em caso de um desastre, a
empresa é capaz de sobreviver e manter sua produção, ou por quanto tempo está
“coberta” em um ambiente de completa ausência de ressuprimento
São conceitos complementares: a giro de estoques indica o número de
renovações do estoque, ao passo que o antigiro demonstra por quanto tempo o
estoque da empresa sobrevive se não houver mais nenhuma renovação.
3.6 Nível de Serviço (nível de atendimento)
Determina se o estoque foi ou não eficaz para atender as requisições dos
setores de produção. Relaciona deste modo o número de requisições atendidas
com o número de requisições efetuadas:
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íݒݎ ݒç =º ݏݑݍçõݏݐ ݏº ݏݑݍçõݏݑݐ ݏ
Um nível de serviço perfeito será igual a 1.
Mas, pode ser que sua prova queira uma abordagem mais profunda do Nível
de Serviço. E neste caso, meu caro, vem teoria :P.
Nos primórdios, as empresas estavam interessadas apenas em cumprir suas
obrigações contratuais com seus clientes. Restaurantes somente estavam
interessados em produzir comida e entregar a comida a você. O táxi se
comprometia apenas a levar você de um lado a outro da cidade. Você
encomendava 200 brigadeiros na padaria, e recebia 200 brigadeiros.
Parece ser suficiente, não é mesmo? Você tem na mão aquilo que pagou.
Mas suponha que o garçom do restaurante te trate mal, e seu prato seja colocado
na sua mesa mais ou menos uma hora e meia depois de você ter entrado no
restaurante.
Suponha que o taxista, a fim de engordar o taxímetro, leve você do ponto A
ao ponto B passando antes por absolutamente todas as letras do alfabeto, até que
você chega no ponto final, 4 horas e meia depois, e de quebra, ele já avisa que está
sem troco.
Mais ainda: você, logo depois de fazer o pedido de 200 brigadeiros, liga para
a padaria perguntando se pode acrescentar mais 50, e que não se incomoda em
pagar a diferença. Imagine que você receba como resposta: Você pediu 200, então
200 serão, e nem mais um brigadeiro a mais! (fora o fato de ter se dirigido a você
sem o uso do pronome de tratamento “Senhor”).
Notou a diferença? Você não quer somente o bem ou serviço, você quer o
bem ou serviço de maneira ágil, sendo bem atendido, e notando o cuidado e
desvelo da instituição para com você cliente!
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Pois bem, a evolução do mercado gerou nas empresas uma nova
preocupação: como propiciar um nível de serviço elevado a seus clientes?
A partir daí, buscou-se identificar e quantificar fatores necessários para um
nível de serviço compatível com as exigências de mercado. A doutrina aponta
alguns exemplos, tais como:
- Prazo de execução e respectivo nível de confiabilidade;
- Tempo de processamento de tarefas;
-Disponibilidade de pessoal e dos equipamentos solicitados;
- Facilidade em sanar erros e falhas;
- Agilidade e precisão em fornecer informações sobre os serviços em
processamento;
- Agilidade e precisão no rastreamento de cargas em processamento ou
em trânsito;
- Agilidade no atendimento de reclamações e no encaminhamento de
soluções; estrutura tarifária fácil de entender e simples de aplicar.
Costuma-se cobrar três aspectos do Nível de Serviço:
- Atendimento: este aspecto diz respeito à capacidade que possui a
empresa em atender às demandas de seus clientes. Consiste em dar ao cliente não
só aquilo que ele contratou, mas a capacidade também de prestar informações
rapidamente a respeito da posição ou andamento da entrega.
- Pontualidade: Esse é fácil :P. Consiste em ser capaz de entregar o objeto
contratado dentro do prazo combinado.
- Flexibilidade: É a capacidade de corrigir falhas, atender reclamações e
fazer pequenas correções nos parâmetros do produto ou serviço, sem comprometer
a logística da empresa.
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Uma empresa que se preocupa com estes itens tem mais chances de cativar
você, não acha? É por isto que o tema “Nível de Serviço” se tornou tão caro às
instituições (e bancas de concurso também :P).
Pois bem, os fatores que compõem o nível de serviço costumam ser divididos
em três categorias, conforme o momento em que as variáveis atuam em relação à
transação desenvolvida entre cliente e empresa. Muito enrolado? Então
acompanhe.
O primeiro grupo de elementos compõe o que se convencionou chamar de
elementos pré-transação. Obviamente, são fatores anteriores a qualquer
relacionamento com o cliente.
Por conta desta característica, os elementos pré-transação representam as
políticas da empresa, ou em outras palavras, representam regras que a empresa
buscará seguir em todas as contratações que fizer.
Exemplos: fixação do prazo em que as mercadorias devem se entregues,
procedimentos a serem adotados em caso de perda da mercadoria, política de
devolução de produtos, regras para aceitação de determinada modalidade de
pagamento, entre várias outras opções.
O que tem de ficar claro é que os elementos pré-transação refletem a
postura da empresa antes de qualquer cliente se relacionar com ela. Uma boa
política de nível de serviço busca evitar a criação de falsas expectativas em seus
clientes. Desta forma, todos sabem o que esperar da empresa.
Passando adiante, temos os elementos de transação. Estes elementos
representam quais resultados foram obtidos com a entrega do produto ao
cliente. Conseguiu-se fazer a entrega no prazo? A mercadoria chegou sem
avarias? A mercadoria que chegou ao cliente foi a solicitada?
Aqui se costuma observar se as ordens de encomendas de mercadorias
foram preenchidas corretamente, se o meio de transporte utilizado era
adequado para a entrega, se aquele vaso Ming caríssimo não chegou dividido em
três pedaços na mão do cliente.
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Por fim, temos os elementos pós-transação. Eles estão relacionados a
devoluções, solicitações e reclamações que os clientes possam ter com
relação ao objeto contratado. Embora sejam todas considerações posteriores à
entrega, nem preciso dizer que o ideal é que a política da empresa já tenha todos os
procedimentos previstos.
Pois bem, todas estas variáveis compõem o nível de serviço. Simples deste
jeito!
3.7 Economicidade na Função Suprimento - Lote Econômico de
Compra
3.7.1 Custos
Pois bem, se você já vai ver o tópico "Lote Econômico de Compra", e
descobrirá que existe um volume ideal de determinado material que a organização
pode adquirir.
Só para apresentar o assunto, a fórmula que veremos a seguir é a seguinte: 2ܥܧܮ = .ܦ.2 ܥ
Sendo que:
LEC = Lote Econômico de Compra
D = demanda no período (em unidades)
P = custo unitário do pedido
C = custo unitário de armazenagem
Esta fórmula, acredite você ou não, é uma equação de segundo grau. Como
sei disso? Ela segue o modelo geral: 2ݔ + ݔ + = 0
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Não que seja do meu interesse confundir você com noções de matemática,
mas acredito que vai ficar bem mais fácil entender os custos depois dessa
explicação.
Se eu passar o Lote Econômico de Compra para "o outro lado" da equação,
ela vai igualar a zero, e o nosso coeficiente 2ݔ vai assumir valor negativo.
Passando para o plano cartesiano, essa equação de 2º grau forma uma
parábola "invertida", com um único valor máximo (topo da parábola), razão pela qual
o Lote Econômico de Compra assume apenas um único valor "ótimo".
O gráfico decorrente desta equação assume o seguinte formato:
Como você pode observar, existe um valor máximo para a equação (o ponto
mais alto alcançado pela linha vermelha). É justamente isto que o LEC se propõe a
identificar. Mas ainda não vou falar sobre isso :P
Pois bem, qual a razão disso tudo?
É que existem alguns custos que não oscilam em função da quantidade
demandada, produzida ou estocada pela organização. Outros, inclusive, diminuem à
medida que o número de unidades produzidas ou demandadas aumenta.
Entretanto, embora esse raciocínio dê a falsa ilusão de "quanto mais, melhor",
lembre-se que estocar é custo, havendo limites para o aproveitamento de
"pechinchas". É isso que veremos agora.
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Os custos, na disciplina de Administração de Recursos Materiais, são
divididos em três categorias:
- Custos fixos (ou independentes)
- Custos de carregamento (diretamente proporcionais)
- Custos inversamente proporcionais
Falemos dos três.
Os custos fixos são aqueles que não variam com a quantidade de itens
estocados. Se a empresa estiver com o estoque zerado, ou se estiver abarrotada
de itens armazenados, estes custos serão sempre os mesmos. Pense aqui no
aluguel do prédio onde os produtos são estocados: o dono do imóvel não quer saber
se o prédio está cheio de mercadorias ou de ar, ele quer receber o valor pactuado.
Em uma aula de contabilidade de custos, eu diria que a apropriação destes
custos nas mercadorias dependeria do volume de mercadorias em estoque, já que
com mais mercadorias, eu posso ratear este custo fixo um pouquinho em cada
produto, ao invés de apropriá-lo integralmente em único item, ou amargar o prejuízo
nos casos em que não tenho mercadoria no estoque. Mas como não é aula de
contabilidade, lembre-se: o custo fixo não varia com a quantidade de itens de
estoque. O valor a ser pago por ele é sempre o mesmo.
Os custos diretamente proporcionais (de carregamento) são aqueles
que aumentam na medida em que aumentam os itens em estoque. Quanto mais
itens eu tiver no estoque, maiores serão estes custos. Se eu tenho mais produtos,
preciso de mais espaço para guardá-los, mais prateleiras no almoxarifado, mais
gente para vigiar o local contra roubos. Os exemplos são infinitos, então, ao olhar a
questão, veja se a variação de determinado fator provocaria um aumento no custo
da empresa.
E para acabar, os custos inversamente proporcionais são aqueles que
diminuem à medida que o número de itens no estoque aumenta (sim, isso
também é possível).
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Quer um exemplo? Eu pago meus funcionários em dia, eu já tenho os
computadores na empresa, mas eles consomem energia e já pago a conta de
telefone.
Quando o dono da empresa ordena a requisição de novos pedidos, esse
funcionário vai usar o computador para pesquisar na internet e pegar o telefone para
solicitar a quantidade de itens. Concorda comigo que não há diferença no dispêndio
desses recursos se ele marcar 1 unidade ou 1000? Entretanto, como eu já gastei
com conta de luz e telefone e salário, este gasto tem de ser direcionado para as
mercadorias (o dono da empresa não quer prejuízo). Se ele comprou só um item,
este custo de estoque vai todo para este item, mas se comprou 1000, é possível
ratear a despesa, e assim, o custo de estoque diminuiu.
E tem mais uma possibilidade. Comprar no atacado dá desconto. Se eu
compro vários itens, é bem provável que eu vá pagar menos por cada item
individualmente (experimentem fazer compras em um mercado atacadista, é
sensacional ver isso funcionar :P).
Como os custos fixos são, por definição, invariáveis, uma produção com
poucos itens fará com que cada produto sofra um rateio maior destes custos, ao
passo que, com mais itens, cada produto tem de suportar uma parcela menor do
custo. Qualquer dúvida, estou no fórum para isso.
Professor: os custos inversamente proporcionais não seriam custos fixos por
definição? Afinal, tanto a conta telefônica como o aluguel do prédio são pagos
independentemente da produção, não havendo diferença prática entre os exemplos.
Sim, meu caro aluno, é uma observação pertinente. Contudo,
doutrinariamente, os custos inversamente proporcionais estão ligados diretamente à
obtenção dos materiais. A linha telefônica foi utilizada diretamente para solicitar
materiais para o estoque, ao passo que o aluguel do prédio não tem essa
característica. Aliás, os "custos de obtenção de materiais" são os frequentemente
citados como exemplos de custos inversamente proporcionais.
Para fins de prova, sugiro que fique bastante atento a essa peculiaridade.
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3.7.2 Lote Econômico de Compra
O lote econômico de compra, como o próprio nome remete, consiste no
cálculo do lote otimizado de compra para determinado produto (Ex: matéria-prima).
Por otimizado, você deve entender: lote de compra com a melhor
combinação entre o custo de armazenagem do produto e o custo do pedido,
para certa demanda. Não entendeu coisa alguma? :P. Acompanhe, caro aluno:
Lembra o que eu falei sobre custos fixos, diretamente proporcionais e
inversamente proporcionais? Tenha-os em mente nos próximos passos.
Por exemplo, na fabricação de camisetas do Atibaia Futebol Clube, uma das
matérias-primas é o tecido do manto sagrado. Supondo que o fornecedor faça a
entrega de um rolo de tecido e cobre R$200 de frete. No entanto, se a organização
pedir cinco rolos, o fornecedor cobraria (neste exemplo) o mesmo frete.
Então o que compensa mais, a organização solicitar: um rolo ou cinco rolos?
Aparentemente, compensaria pedir os cinco rolos de uma vez, não?
A resposta é “depende”.
Não podemos nos esquecer da máxima da Administração de Materiais:
“estoque parado é dinheiro parado”. Isto quer dizer que se a organização comprar
muitos rolos, é possível que, com isso, deixe dinheiro parado, que poderia circular
para propósitos mais importantes, sobretudo geração de mais dinheiro.
Então, para que todas as variantes encontrem o seu equilíbrio, devemos
inseri-las na fórmula que vou mostrar a vocês. 2ܥܧܮ = .ܦ.2 ܥ
Sendo que:
LEC = Lote Econômico de Compra
D = demanda no período (em unidades)
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P = custo unitário do pedido
C = custo unitário de armazenagem
Observação Importante: o custo unitário do pedido engloba todos os custos
nos quais a organização incorrerá ao comprar o produto, excluído o custo do próprio
material (que já se encontra representado na variante D). Pagou seguro? Custo
unitário do pedido! Frete? Custo unitário do pedido! Escolta armada? Custo unitário
do pedido :P
3.8 Controle de Estoques
Ok, a empresa já planejou quanto de estoque de cada item pretende ter. Mas
planejamento é só uma ideia. Precisamos verificar se aquilo que foi planejado está
se realizando. Em outras palavras, a empresa precisa controlar seu estoque para ter
certeza de que este se manter nos níveis pretendidos.
A doutrina identifica quatro métodos principais de controle de estoques (o
Just in Time não é propriamente um método de controle de estoques, como
veremos mais à frente):
1 – Sistema de duas gavetas
2 – Sistema dos máximos-mínimos
3 – Sistema das reposições periódicas
4 – Planejamento das necessidades materiais (MRP e MRPII)
5 - Just in Time
Comecemos:
Sistema de duas gavetas: É o método mais simples de controle de
estoques, e você já verá a razão.
Imagine duas gavetas (é dessa ideia que vem o nome do método). Na gaveta
A eu guardarei uma quantidade de itens suficiente para atender o consumo do
período planejado. Toda vez que o almoxarifado precisa enviar itens ao processo
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produtivo, ele retirará os itens requisitados desta gaveta A, até que ela fique
completamente vazia.
Quando a gaveta A ficar completamente vazia, o almoxarifado enviará ao
setor de compras um pedido com uma nova quantidade de itens, para satisfazer as
necessidades do próximo período.
Enquanto se aguarda a chegada dos novos materiais (para encher a
gaveta A de novo), toda vez que o almoxarifado receber uma solicitação de
materiais, ele enviará materiais que estavam acondicionados na gaveta B, de
maneira que o abastecimento não fica prejudicado. A gaveta B contém uma
quantidade de materiais suficiente para atender a demanda durante o tempo
necessário à reposição do estoque, adicionado do estoque de segurança.
Assim sendo, a gaveta B é o estoque de reserva, e mais, se você lembrar-
se do gráfico dente de serra, o estoque de segurança.
Quando o material solicitado do setor de compras for entregue no
almoxarifado, se reporá o material da gaveta B de novo, e o resto do material irá
para a gaveta A, recomeçando o ciclo.
Se a separação entre as gavetas não for física (se eu não tiver, realmente,
duas gavetas no almoxarifado), o sistema será chamado de estoque mínimo,
havendo "separação" entre uma "gaveta" e outra apenas na ficha de estoque.
O sistema de duas gavetas é ideal para controlar os itens da Classe C,
devido a grande variedade de itens de pequeno valor que compôem esta classe
(tais como porcas, arruelas, parafusos, e o que mais você achar que deve ir em uma
gaveta :P), sendo encontrado principalmente no comércio varejista de pequeno
porte.
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Sistema dos máximos-mínimos:
Também conhecido por sistema de quantidades fixas. A empresa pode se
utilizar deste método em situações em que for muito difícil determinar o consumo de
maneira precisa, ou ainda, em casos nos quais ocorreu variação no tempo de
reposição.
Só relembrando: tempo de reposição é o tempo gasto desde o momento
em que se verificou a necessidade de repor o estoque até a chegada do
material fornecido no almoxarifado da empresa.
E no que consiste este sistema? A empresa estimará seus estoques
máximos e mínimos para todos os itens que desejar manter em estoque, em
função de sua expectativa de consumo para aquele determinado período. O estoque
oscilará entre estes limites (máximo e mínimo).
A partir daí, calculamos o Ponto de Pedido. Você já viu este tópico na parte
de Níveis de Estoque, e é essencialmente a mesma coisa aqui:
Ponto do pedido (PP) = Consumo médio do material X Tempo de
Reposição do material + Estoque Mínimo do material.
Segue o quadro dos itens da fórmula:
Item da Fórmula Definição
Ponto de Pedido (PP)
Quantidade de um determinado produto em estoque que, sempre que atingida, deve
gerar um novo pedido de compra. Com esta quantidade, a empresa deve ser capaz de
continuar a produzir até que os novos produtos encomendados cheguem
Gaveta A (estoque normal de
atendimento)
Gaveta B (estoque reserva + estoque de
segurança)
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Tempo de Reposição
Tempo que se gasta desde a constatação da necessidade de se adquirir um material e a
sua efetiva chegada ao almoxarifado da empresa. Pode ser chamado também de
Lead Time. Aqui deve ser levado em consideração o tempo e processamento do
pedido, providencias do fornecedor e o próprio recebimento pela empresa
Estoque Mínimo ou de Segurança
(ES)
Estoque adicional, a margem de segurança que a empresa tem para se proteger de
atrasos na reposição, ou aumentos imprevistos no consumo
Consumo Médio Quantidade de produto consumido por
unidade de tempo pela empresa. Por isso multiplicamos pelo tempo de reposição.
Lembre-se apenas de que as unidades utilizadas na fórmula devem ser
sempre as mesmas. Se o enunciado falar em dias em uma parte e anos em outra,
você terá de converter essas unidades de medida para uma delas. Se falar em
arrobas e quilos, mesma coisa e assim por diante.
O Estoque Mínimo já foi conceituado na tabela, mas não falamos do Estoque
Máximo. O estoque máximo é simplesmente a soma do Estoque Mínimo com o Lote
de Compra. E o lote de compra, intuitivamente, é a quantidade de material adquirida
pelo setor de compras, a mando do almoxarifado. É também a quantidade máxima
de itens que a empresa pretende ter em estoque.
E a fórmula é bem simples:
Estoque Máximo = Estoque Mínimo + Lote de Compra
E não por acaso, o gráfico do consumo de materiais ao longo do tempo
seguindo essa metodologia forma a nossa curva dente de serra:
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Só retomando rapidamente: olhando o gráfico, eu consigo concluir que não
há estoque mínimo de material (pois o ressuprimento só ocorre quando o estoque
chega a zero), e o estoque máximo é 140, já que a empresa adquire o material até
este patamar, além de o ponto máximo do gráfico nunca ultrapassar este valor.
O Lote de compra é simplesmente um valor menos o outro: no nosso
caso, 140 unidades.
O ponto de pedido é calculado segundo a fórmula que já mostrei a vocês,
deixando o gráfico muito próximo da figura abaixo:
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Fonte: Chiavenato, Idalberto
Sistema das reposições periódicas
A premissa deste método consiste em fazer pedidos de preposição dos
materiais em um intervalo de tempo pré-estabelecido para cada item. Desta
forma, cada item possui seu período de reposição, sempre em ciclos iguais,
chamados de “períodos de reposição”.
A quantidade de material solicitada é igual à demanda do próximo período de
tempo. Tal como o sistema dos Máximos-Mínimos, é também baseado em um
estoque mínimo, que previne o consumo acima do normal, ou ainda, eventuais
atrasos nas entregas.
Não tem muito segredo: a empresa compra uma determinada quantia de
materiais necessária para satisfazer suas necessidades a cada 15 dias, dois meses,
seis meses, um ano, e assim por diante. O ciclo de tempo é sempre igual.
Veja o gráfico:
Só esclarecendo: PR neste gráfico é o Ponto de Reposição (o mesmo que
Ponto de Pedido). Q equivale a quantidade de material em estoque e T é o decorrer
do tempo. Veja que os intervalos em T são sempre iguais.
Planejamento das necessidades materiais (MRP E MRP II):
Este é o sistema mais complexo a ser estudado aqui. A sigla em inglês
significa Material Requirements Plannings. Alias, se compararem este tópico da
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aula com os capítulos dedicados a este tema na literatura, vão ter certeza de que o
que fiz aqui é uma simplificação do método.
Para elaborar este método e aplica-lo sobre os estoques da empresa, deve-
se partir da previsão de vendas. A princípio, queremos produzir o mesmo número
de unidades que pretendemos vender. Quero vender 10, produzirei 10.
Entretanto, a empresa já possui alguns materiais estocados, de maneira que
devo subtraí-los da previsão e assim, obter o valor da previsão líquida de vendas.
E faz sentido, a empresa não precisará produzir todos os produtos previstos para
venda, vez que alguns deles já estão estocados no depósito, prontos para ser
entregues.
Se quero vender 10, mas já tenho 2 em estoque, então, em verdade, só
precisarei produzir 8.
É com base na previsão líquida de vendas que a empresa elabora o
planejamento. E aqui a coisa começa a ficar interessante :P.
A empresa elaborará um programa de produção, e a partir deste
programa serão feitos os pedidos de compra e abastecimento do almoxarifado.
Em linhas gerais, pegamos a programação de produção e se multiplica
pela lista de materiais, resultando nas necessidades (brutas) de materiais. Veja
o esquema abaixo:
Fonte: Chiavenato, Idalberto
Muito bem, o que isto quer dizer?
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Primeiro: A Previsão de Vendas menos o Estoque de Produtos Acabados
no Depósito corresponde à nossa Previsão Lìquida de Vendas. É a quantidade de
Produtos Acabados que devemos produzir para atender à nossa demanda.
Só que cada Produto Acabado é uma composição de materiais diferentes.
Para cada produto produzido (e essa redundância é importante), temos outros
tantos materiais envolvidos.
Pense em um veículo. Precisamos de x undiades de vidro (para as janelas),
tantas toneladas de aço (para o chassis), mais sei lá quantas toneladas de borracha
(para os pneus). Então, para cada "w" unidades de carros a serem produzidas para
atenderem à previsão líquida de vendas, preciso de "x" unidadades do material "A",
"y" unidades do material "B" e "z" unidades do material "C".
Veja que é uma conta de multiplicação (como sugere o quadro acima).
Feito tudo isto, teremos finalmente uma lista de Necessidade de Materiais,
que é o que devemos comprar para suprir a produção.
Só que, para isto tudo funcionar, precisamos entender o produto final a ser
fabricado de maneira a conhecermos qual a real necessidade de material da
empresa.
No exemplo utilizado anteriormente, o carro é composto de uma infinidade de
peças que precisam ser todas adquiridas ou fabricadas, a fim de ao final, a empresa
ter um veículo pronto.
Neste momento surge o “gráfico de explosão do produto” ou ainda a
“árvore de estrutura do produto”. Estes gráficos discriminam todos os materiais
constitutivos do produto, em suas quantidades e qualidades. Não se importe tanto
com a aparência ou estrutura dele, o importante é que o gráfico possua todos os
itens necessários à fabricação do produto final. Veja um exemplo:
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Neste esquema em árvore, podemos entender como o Produto X é
produzido. Precisamos de 1 unidade do material A e de 2 unidades do material B
para sermos capazes de produzi-lo.
Entretanto, para produzir o material A, precisaremos de duas unidades do
material C e três undiades do Material D para fabricar esse componente.
Espero que não tenha se esquecido do que estamos falando:
X (1 unidade)
A (1 unidade)
C (2 unidades) D (3 unidades)
B (2 unidades)
E (1 unidade)
Nível 0
Nível 1
Nível 2
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Naquele nosso exemplo, C, D e E provavelmente são matérias primas dos
componentes A e B, os quais servem para produzir o produto acabado X.
E agora você está pronto para sorver o gráfico completo:
Este quadro abrange tudo que você precisa saber para dominar o tema de
MRP para fins de prova (ou iniciar seus estudos em MRP para fins de doutorado :P).
As primeiras linhas você já conhece. Resta explicar a última delas.
Precisar de 10 e comprar 10 é operar sem estoque de segurança. Talvez a
empresa não goste disso :P. Por outro lado, pode ser que percamos parte do
material, justamente em função de como funciona o processo produtivo. Em uma
Materias-primas
Materiais em processamento
Materiais semiacabados
Materiais acabados ou componentes
Produtos acabados
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tecelagem, é comum que tenhamos retalhos que não possam ser aproveitados,
decorrentes do corte dos tecidos.
Ora, se eu preciso de 10, mas quero operar com um estoque de segurança
de 2 e já sei que vou perder mais 1 em função da produção (refugo), preciso
comprar, na verdade, 13 unidades daquele material.
E, por fim, eu já tenho alguns produtos acabados no estoque. Não preciso de
material para produzi-los pois eles próprios já estão em condições de serem
vendidos.
Por outro lado, as Ordens de Compra expedidas (OC expedidas)
corresponderm a materiais que já foram comprados e estão a caminho da
empresa. Obviamente, eles não estão no estoque ainda, mas não posso
desconsiderar o fato de que estão a caminho, de tal forma que não é necessário
fazer sua compra novamente. Por isso eles são subtraídos das "Necessidades
Brutas", a fim de apurarmos justamente as necessidades líquidas (auqilo que
realmente precisamos comprar).
Tudo isso se aplica somente ao estoque. Quando estendemos o conceito não
só para o estoque, mas para a empresa como um todo, temos o MRPII. A estratégia
de estocagem não abrangerá somente as necessidades do setor produtivo, mas
fará parte também do planejamento financeiro e operacional.
Com a extensão das preocupações do método MRP, para o MRP II, este
inspirou a origem a sistemas de gestão integrada, conhecidos por ERP (Enterprise
Resource Planning).
O ERP é um sistema construído com recursos da informática (para quem não
pegou a ideia ainda, é um programa de computador como qualquer outro :P). Sua
função é obter informações a respeito de TODAS as funções da empresa,
monitorando materiais, compras, programação de produção, estoques de produtos
acabados e absolutamente qualquer outra informação relevante para a tomada de
decisões.
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Ele é um sistema que tudo observa, e exibe ao seu usuário todas as
informações que transitam pela empresa. Saiu alguma coisa do estoque? O ERP
vê? A produção está engasgada em algum lugar? O ERP vê. Saiu um pedido do
departamento de compras? O todo poderoso ERP está assistindo :P.
Enfim, são programas desenvolvidos para permitir uma visão integrada
das informações que circulam dentro da empresa e das potenciais
informações que circulam pela empresa (GONÇALVES, 2010).
Aliás, aquele mesmo doutrinador consegue simplificar em uma frase o ponto
forte o ponto fraco dos programas de ERP:
"São excelentes para dizerem aos gerentes o que está acontecendo,
mas não têm capacidade de assinalar o que poderá acontecer". Cabe ao
usuário trabalhar as informações fornecidas.
E como nem tudo é doutrina, a Fundação Carlos Chagas citou este método,
em uma assertiva considerada verdadeira:
Segundo Saldanha (2006), o controle adequado de estoques se torna
fundamental: ... é preciso prever situações para que não haja excessos, faltas, nem
deterioração dos materiais estocados.
Sobre controle de estoques considere:
I. executar controle sobre os estoques e inventários periódicos,
preferencialmente utilizando um sistema integrado de informações ERP.
[...]
Just in Time (Kanban)
O Just-in-time (JIT) é um sistema ativo, que tem como uma de suas filosofias
(objetivos) a eliminação do desperdício, dentre outras coisas, pela produção sem
estoques.
É um sistema de produção que prega que nada deve ser produzido,
comprado ou transportado, antes (ou depois) da hora certa. Nesse sistema, a
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organização só produzirá para atender o que foi demandado, comprará matérias-
primas apenas no momento em que elas forem necessárias e entregará no prazo
que o consumidor solicitou.
Segundo Marco Aurélio P. Dias3: “Nos processos produtivos, os estoques
criam independência entre as fases, ou seja, os problemas que surgem em uma não
interferem na outra. Na filosofia Just-in-time, ao contrário, os estoques são
“personas non grata” por razões obvias: primeiro porque ocupam espaço e segundo porque custa dinheiro.”
No sistema JIT há um controle recíproco entre fases do processo
produtivo, isto porque um erro em uma fase “1” será percebido ao trazer
repercussões em uma fase “2”. Assim, quem estiver trabalhando nesta fase ”2”
comunicará a ocorrência para que se busque a sua resolução.
Neste sentido, a identificação de falhas é vista como uma importante fonte de
informação para evitar a sua repetição4. Perceba que no JIT há uma
interdependência entre as operações. A partir do momento em que se opera sem
estoque, estamos suscetíveis a desabastecimento. E não falo apenas de matéria
prima, é possível que haja desabastecimento de produtos semiacabados ao longo
do processo, justamente porque a produção apresentou falhas bem no meio do
processo.
Imagine uma fábrica de bonecas com duas fases de produção: grudar a
cabeça de borracha no corpo de borracha e grudar membros ao material
semiacabado anterior (a cabeça junta ao tronco).
Se estamos operando sem estoque de nenhuma natureza, se ocorrer
qualquer problema e o setor que gruda cabeças não conseguir fazer isto a contento,
3 Dias, Marco Aurélio P., Administração de Materiais: princípios, conceitos e
gestão, Ed. Atlas, 6ª ed., pág. 132.
4 Dias, Marco Aurélio P., Administração de Materiais: princípios, conceitos e
gestão, Ed. Atlas, 6ª ed.
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a fase seguinte, que não possui estoque de semiacabados "bonecas sem braços e
pernas" também não conseguirá produzir.
Por isto eu disse no começo da aula: "O estudo de estoques visa,
basicamente, impedir que haja desabastecimento tanto de matérias-primas e
semiacabados dentro da fábrica, bem como de produtos acabados no momento
em que os clientes fazem o pedido."
Essa é a grande armadilha com a qual tem de conviver o Just in time: a
produção tem de ser precisa, pois a ausência de estoques não permite qualquer
falha.
Mas não fiquemos só em teoria. Veja este exemplo de aplicação do just-in-
time dado por Gonçalves5 (a Doutrina as vezes tem exemplos que eu mesmo não
conseguiria fazer melhor):
“Um exemplo aqui no Brasil é a fabrica da Volkswagen, situada na cidade de Resende, no Estado do Rio de Janeiro. No mesmo terreno, situam-se as instalações dos fornecedores
de peças. Após recebido o pedido, a VW de imediato solicita aos fornecedores as peças
necessárias, no que prontamente é atendida. Nesse caso, todos os processos são realizados
em tempo bem menor do que em outros métodos de produção. Também há uma economia no
tempo e no custo do transporte entre fornecedor e a empresa solicitante.”
Fonte: Paulo Sérgio Gonçalves, Administração de Materiais, Ed. Campus 2010, 3ª ed. pág. 228.
Você já deve ter percebido que não é exatamente um sistema de controle de
estoque, porque a ideia do Justi in Time é justamente eliminá-lo do processo
produtivo da empresa. Mas, sendo tratado enquanto sistema de controle de
estoque, pode ser cobrado na sua prova.
Quanto ao Kanban, consiste em um sistema de cartões e painéis visuais,
que busca auxiliar na busca da filosofia do "Just-in-time", tanto na produção quanto
na administração de estoques.
5 Gonçalves, Paulo Sérgio, Administração de Materiais, Ed. Campus 2010, 3ª ed.
pág. 228.
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O sistema é simples, mas muito eficiente. Através do controle de cartões
coloridos, a organização conseguirá direcionar a produção e o consumo de
materiais na fábrica, de modo que haja o máximo de sincronização entre o que é
produzido e o que é solicitado de material.
Há como introduzir esquemas de prioridades e até programar "set-ups"
(parada de manutenção a fim de adaptar alguma máquina para produzir outro
produto).
Com o advento do Kanban, os estoques intermediários (semiacabados e
matérias-primas para operações intermediárias) foram bastante enxugados, pois o
sistema busca produzir apenas o que é necessário e, consequentemente, requisitar
materiais em número suficiente apenas para atender à produção (leia-se: nada de
formar estoques!)
O Kanban é uma ferramenta para que se atinja o "just-in-time" quanto a
produzir e comprar na hora certa, sem desperdícios, nem estoques desnecessários.
Atualmente, muitas empresas têm os estoques "abertos" aos fornecedores e
clientes. Assim, cada organização pode visualizar o quanto de materiais seus
parceiros tem disponível consigo, o que já lhes permite antecipar a necessidade de
seus clientes, produzindo no tempo certo para que o estoque deles seja reposto.
Olha como é simples e, ao mesmo tempo, elegante:
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Neste exemplo, temos o funcionamento de um quadro KANBAN. Os cartões
coloridos indicam a urgência na reposição para um dado material.
Começamos com 10 unidades. Nas etapas 1 a 3 está tudo certo, as 4
uinidades consumidas não demandam qualquer atitude da empresa.
À medida que as etapas foram sendo superadas, a empresa consumiu os
materiais e alguém foi lá no quadro e retirou os cartões verdes, até que chegamos
na etapa 4, temos os cartões amarelos.
Passou a ser necessária alguma resposta da empresa (provavelmente emitir
uma ordem de compra para que o fornecedor entregue outras unidades do material)
Por fim, os cartões vermelhos indicam "segurança", ou seja, que já
começamos a invadir as últimas unidades do estoque. Se a empresa adota o JIT,
isso não será preocupação, pois terá comprado apenas os materiais necessários, e,
ao final da etapa 6, a empresa realmente não poderia ter nenhum material
sobrando.
Por outro lado, se a empresa trabalha, por exemplo, com o sistema de Ponto
de Pedido, é bem provável que já tenha entrado no estoque de segurança quando
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atingiu os cartõs vermelhos. É tudo uma questão de interpretação e análise da
situação que te foi coloada.
E sempre bom lembrar: não são regras fixas. Cada empresa faz o quadro da
maneira que achar mais conveniente. O importante é você conhecer o
funcionamento do quadro.
3.9 Métodos de avaliação de estoques
A chamada avaliação financeira de estoques é feita por alguns métodos,
pensando em prova serão apresentados três deles: Custo Médio; Método “PEPS”
(Primeiro a Entrar, Primeiro a Sair); “UEPS” (Último a Entrar, Primeiro a Sair).
Veja a ficha estoque abaixo:
Ficha de Estoque
Item X
Descrição: xxxxxxxxxxxxx
Classificação: xxxxxxxxxxxxxx
Localização: xxxxxxxxxxxxxxxxx
Data Entradas
Custo
Unitário
(entrada)
Saídas Saldos
01/01/2014 0
10/01/2014 5 R$ 1,00 0 5
11/01/2014 0 3 2
18/01/2014 10 R$ 0,80 0 12
20/01/2014 0 11 1
25/01/2014 15 R$ 0,60 0 16
31/01/2014 0 12 4
E já posso te dar uma dica de ouro aqui: se for trabalhar com o PEPS e
o UEPS, trabalhe diretamente com o número de itens, deixando o cálculo de
custos (valores) para o final.
Você já vai entender o porquê.
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Vejamos os métodos primeiro:
Custo Médio
É a avaliação mais utilizada. O custo unitário é determinado pela média
aritmética encontrada da soma de todos os custos dividida pelo número total de
unidades existentes no estoque em um dado momento. Calma que eu já explico.
Vamos trabalhar com nossa ficha de estoque hipotética (página anterior):
Momento 1. Em 10/01/2009 o custo unitário é de R$ 1,00 e o total é de R$
5,00 (5 unidades).
Momento 2. Em 11/01/2009 o total passou a ser 2 unidades e um total de R$
2,00 (2*R$1,00).
Momento 3. Em 18/01/2009 tivemos entrada de 10 mercadorias a R$ 0,80
(total R$ 8,00). Portanto:
O custo passa a ser R$0,83.
Momento 4. Em 20/01/2009 tivemos saídas de 11 itens a R$=0,83 cada (total
R$9,14). Saldo, uma unidade a R$ 0,83.
Momento 5. Em 25/01/2009 tivemos entrada de 15 mercadorias a R$ 0,6
(total R$ 9,00). Portanto:
Assim, devemos calcular o custo médio das unidades em estoque a cada
nova entrada de mercadorias.
Pode parecer mais fácil de falar do que fazer, mas se você tiver paciência, vai
encontrar as respostas sem problemas.
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Agora teremos de falar dos métodos PEPS e UEPS.
Nestes métodos, consideraremos os preços de entrada dos respectivos
materiais quando formos registrar a sua saída. A adoção de um ou outro método
traz repercussões significativas em períodos inflacionários e deflacionários.
Na resolução de questões que envolvem estes dois métodos, cada unidade
fica estocada pelo seu valor de entrada (não é feito nenhuma média de valores).
Por isso mesmo, facilita bastante se você conseguir imaginar que aquele item
específico, o primeiro (PEPS) ou o último (UEPS), é o que está saindo de estoque.
PEPS
Veja o histórico abaixo.
Quando há saídas de estoque, é como se as unidades mais antigas que
entraram em estoque (logicamente, com seus respectivos custos) seriam as
primeiras a sair.
Deste modo, na terceira linha (03/03/2014) ocorreu a saída de 4 unidades a
R$ 1,00 cada (valor das primeira que entrou) e restaria 1 unidade no valor de R$
1,00 e outras 3 unidades no valor de R$1,50, totalizando 4 unidades em estoque.
Na quarta linha (05/04/12) teriam saído 2 unidades do estoque, dentre as
quais aquela que ainda restava de R$ 1,00 e uma outra, no valor de R$1,50.
Restaria 2 unidades ao final, cada uma no valor de R$ 1,50.
Data Entrada Custo Unitário Saída Saldo
01/01/2014 5 R$ 1,00 5 03/02/2014 3 R$ 1,50 8 03/03/2014 4 4 05/04/2014 2 2
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Veja que você poderia ter facilitado muito a sua vida:
Tivemos 8 entradas e 6 saídas de materiais. Assim, temos duas 2 unidades
remanescentes no estoque ao final do dia 05/04/2014. Como estamos utilizando o
método PEPS, as unidades que sobraram tem de ser as últimas a entrar, de onde
concluímos que temos R$ 3,00 em estoque ao final do período.
UEPS
É o raciocínio inverso do PEPS, e assim, você deverá seguir a ordem inversa
do histórico de entrada.
As saídas de estoques são contabilizadas de acordo com as últimas
entradas. Por isso, a sua análise deve ser sempre de “baixo pra cima”. Vamos
utilizar o mesmo exemplo:
Observando o exemplo, na linha 3 (03/03/2014) tivemos saída de 4 unidades
do estoque.
Quais materiais saíram? Todos os materiais que custavam R$ 1,50 (pois só
tínhamos 3 deles e eles foram os últimos a entrar no estoque) e mais 1 unidade de
material avaliada R$ 1,00
No período 4 (05/04/2014) tivemos saída de 2 unidades de material do
estoque a R$ 1,00 e restam ainda 2 unidades, também a R$ 1,00 cada. Assim,
temos R$ 2,00 de materiais ainda em estoque.
Porque a diferença de um método para outro? Você já pode ir pensando
agora, mas eu responderei esta questão no tópico "dúvidas frequentes", ainda nesta
aula :P.
Data Entrada Custo Unitário Saída Saldo
01/01/2014 5 R$ 1,00 5 03/02/2014 3 R$ 1,50 8 03/03/2014 4 4 05/04/2014 2 2
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OBS: O método UEPS não é permitido pela legislação brasileira. Mas é
importante você saber como trabalhar com ele (já que nossas provas serão de ARM
e não de contabilidade :P)
Custo de Reposição: Em teoria, este seria o método mais "correto" para
avaliação de estoques, vez que calcula exatamente o valor do item que sai do
estoque pelo custo de sua aquisição no mercado. É como se eu pudesse comprar
um item igual a ele com o valor do material que acabou de sair do estoque.
Entretanto, o método do custo de reposição só é funcional para itens de
alto valor agregado (por exemplo, carros em uma concessionária).
Isso tem uma explicação bem simples: é inviável ficar catalogando o preço de
aquisição de 30 mil lapis adquiridos em mais de uma centena de oportunidades e
descontar exatamente aquele valor (R$ 0,30, R$ 0,35, R$ 0,52 entre outras das
infinitas possibilidades de preço pelo qual eu posso adqurir um lápis).
Nestes casos existem os métodos PEPS, UEPS e Custo Médio, que embora
não sejam precisos, chegam em um resultado muito próximo com um dispêndio
muito menor de tempo. E tempo também é dinheiro.
FEFO: Não se supreenda se esta coisa horrorosa brotar na sua prova do
nada. Apareceu certa vez em uma questão do CESPE, e depois, nunca mais em
lugar nenhum (e sim, isto inclui a sua banca :P). A sigla significa First-Expire, First
Out, ou Primeiro a Expirar, Primeiro a Sair.
O First Expire, First Out segue uma metodologia própria: as mercadorias
que tenham prazo de validade mais próximo de expirar são as que primeiro devem
ser postas pra fora em uma venda.
Assim sendo, caso a empresa tenha um lote de bandejas de iogurte para
vencer em 29/04/2013 e outro lote para 29/06/2013, dará saída das unidades que
vencem mais cedo, independentemente da data de aquisição das mesmas.
Não, isso não é um método de avaliação do estoque, mas foi tratado como tal
naquela oportunidade :P. Coisas que as bancas inventam...
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3.10 Sistemas de Estocagem
Já pensou em como lidar com aquela infinidade de materiais de vem e vão do
almoxarifado, praticamente a todo momento?
Já imaginou onde é que você vai guardar tanta coisa, de tal forma que você
conseguirá, em um momento posterior, localizar o que te foi solicitado e, assim,
permitir que a produção da empresa continue incessantemente a produzir o que
quer que ela produza?
Da mesma forma que você deve ter bolado um mecanismo, ou melhor, um
sistema, para cumprir o cronograma do edital e estudar tudo que há para ser visto,
as empresas precisam estabelecer um sistema de estocagem, a fim de armazenar
os materiais de forma correta.
Felizmente, a doutrina sistematizou décadas de avanço na teoria da
Administração e as bancas de concurso compactaram tudo isso em dois grandes
sistemas que costumam cobrar em provas:
Falaremos do sistema de estocagem fixa e o sistema de estocagem livre.
Na estocagem fixa os materiais ficam sempre em um mesmo local (daí o
nome que resolveram dar a este sistema.)
Por outro lado, na estocagem livre os materiais são colocados nos
espaços físicos que estiverem disponíveis.
A principal vantagem de uma estocagem fixa é a facilidade de localização
do material quando o mesmo é demandado pelo setor produtivo, o que
Sistemas de estocagem
Fixa Livre
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No entanto, no caso de estocagem fixa pode haver um desperdício de
espaços.
Imagine o seguinte: eu tenho diversas prateleiras no meu almoxarifado, cada
uma com o nome do produto (no mais das vezes, o tipo de produto) que é
armazenado ali.
Enquanto a etiqueta estiver lá, eu só vou guardar aquele tipo de produto
naquele espaço.
Não me interessa se a prateleira está vazia e eu tenho vários produtos para
os quais não há lugar disponível para seu armazenamento (pelo fato de, digamos,
suas respectivas prateleiras estarem cheias), aquela prateleira fica vazia até que
chegue um material daquele tipo.
Embora isso pareça ruim, no momento em que o setor produtivo precisar de
algum material, o responsável pelo almoxarifado só terá de ir ao corredor daquele
material e pegar o que é necessário. Afinal ali só são guardados materiais daquele
tipo em particular.
A vantagem da estocagem livre é justamente a contrária: o
aproveitamento de todos os espaços existentes, já que o material novo vai ser
armazenado onde quer que haja espaço para ele.
Entretanto, isso implica na existência de sistema rigoroso de controle, pois,
do contrário, o material vai ficar “perdido” nas prateleiras.
Importante: Alguns materiais denominados de estocagem especial,
mesmo no sistema de estocagem livre, serão armazenados em locais fixos.
Por exemplo, um material inflamável deve ser armazenado em local específico e
não em qualquer lugar. É uma exceção.
3.11 Tipos de Estoque
Segue um pequeno glossário sobre os tipos de estoque mais solicitados em
prova. Mas farei algo mais interessante dessa vez: ao invés da definição doutrinária,
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vou utilizar definições fornecidas pelas bancas (de questões tidas por corretas,
obviamente :P) ao invés da definição doutrinária.
Vamos lá:
Estoque de Segurança: Este estoque destina-se a cobrir flutuações
aleatórias e imprevisíveis da demanda, bem como tempos de entrega maiores do
que o esperado (lead time).
Preste bem atenção no trecho grifado: o estoque de segurança cobre uma
demanda que não foi prevista pela empresa ou serve para suprir a demanda por
materiais em caso de atraso na entrega dos materiais pelo fornecedor. Enfim, tudo
aquilo que não podia ser previsto em termos de demanda e suprimento é atendido
pelo estoque de segurança.
Estoque de Transporte: Também denominado "estoque em trânsito",
corresponde ao estoque que está em movimento, fora das dependências da
empresa.
Mas como isso? O estoque não tem de ficar paradinho ali, esperando a
demanda do setor produtivo ou do cliente final? Sim, mas existe uma situação na
qual o estoque em trânsito é perfeitamente justificável e aparece bastante: a
transferência de materiais do Armazém Geral para outros armazéns dispersos de
propriedade também da empresa. O estoque não está nem na origem, nem no
destino, e sim circulando por aí, mas ainda é propriedade da empresa.
E por que raios ela quereria fazer isto?
Pode ser que seja interessante manter um estoque próximo a determinada
região, próximo, por exemplo, de uma filial, ou de uma região com grande número
de clientes. Se o material ou produto final for solicitado naquela região, poderá ser
atendido pelo armazém mais próximo, ao invés do armazém geral (provavelmente
bem distante daquela região).
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Estoque de Tamanho do Lote: Já se viu em uma liquidação? Não passou
pela sua cabeça aproveitar aquele precinho especial, ainda que isso tivesse por
consequência comprar mais do que você precisa naquele momento?
Acredite você ou não, empresas também fazem isto. O Estoque de Tamanho
do Lote busca obter vantagens decorrentes de descontos ou ainda, reduzir
despesas de transportes e outros custos. Obviamente, existem limites para a
constituição deste tipo de estoque, como você deve ser capaz de supor quando
lembrar da fórmula do Lote Econômico de Compra.
Estoque de Antecipação: Se o estoque de segurança buscava atender a
demandas imprevisíveis, o estoque de antecipação se presta ao atendimento de
uma demanda futura conhecida, ou ao menos previsível do ponto de vista da
empresa.
Pode ser formado para atender à demanda de picos de vendas, decorrentes,
por exemplo, de promoções, ou ainda, de datas comemorativas (Natal, dia dos pais,
das mães, das crianças, dos namorados, entre tantas outras datas que todo mundo
sabe quando ocorrerão :P).
Estoque Compensatório: Este estoque costuma ser formado para a
garantia de melhores preços em cenários nos quais há oscilação demasiada
dos mesmos.
A empresa não compra exatamente porque o preço está bom, ou porque
precisará do material, mas porque sabe que amanhã aquele bem pode estar sendo
vendido por um preço muito diferente.
Se hoje ela compra por R$ 30,00, amanhã pode ser que possa comprar por
R$ 5,00 ou por R$ 200,00, tamanha é a flutuação. Ficar totalmente à mercê da
flutuação detona qualquer planejamento, razão pela qual, às vezes, é melhor fazer a
compra do material e garantir aquele valor. Pode não ser o mais barato, mas ao
menos está garantido.
Os melhores exemplos, infelizmente, estão na bolsa de valores. Quando tiver
um minutinho, procure "opções" ou qualquer outro derivativo e veja porque uma
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empresa algumas vezes está disposta a fazer a compra de um material que talvez
estivesse bem mais barato no mês seguinte :P.
4. Classificação ABC
Já tivemos a introdução deste tema na Aula 00. Não é necessário ver tudo de
novo :P. Só que aquilo foi apenas a introdução. Sinto que você está preparado para
algo mais... interessante :P (ou ao menos, a banca vai cobrar o assunto como se
você fosse um especialista na área).
Fique tranquilo pois só parece complicado. Na verdade, é um dos assuntos
mais interessantes da nossa disciplina.
4.1 Metodologia de cálculo da curva ABC
Hora de desvendar, junto com vocês, a construção e interpretação da Curva
ABC, que é a manifestação gráfica da classificação anterior.
Você deve se lembrar que a classificação ABC atribui importância diferente
aos materiais. E o faz baseando-se em uma realidade: existem materiais em
estoque que são mais importantes do que outros materiais.
Aliás, é razoável esperar que, por exemplo, 20% dos itens em estoque
acabem respondendo por um custo de 80% do mesmo.
Também devo lembrá-lo de que ESTOQUE É CUSTO.
O setor financeiro de uma empresa se pudesse, não permitiria que um único
lápis fosse armazenado. Pior, só deixaria o dono da empresa comprar outro lápis
quando aquele que estou usando já estivesse no talo. Neste momento, ele sairia
correndo na papelaria mais próxima e compraria um novo, que já deveria começar a
ser utilizado de imediatamente.
Mas você já leu na aula passada que essa situação “ideal” não é possível,
vez que a empresa talvez não possa esperar nem um instante sequer por outro
lápis, ou pior, a papelaria pode estar fechada quando chegar a hora de comprar o
item.
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Dessa forma, estocamos para nos proteger das flutuações externas
(disponibilidade do item em mercado, preços crescentes em períodos inflacionários,
entre outras possibilidades).
E já que a empresa tem de estocar, e que estocar representa um custo
para ela, é melhor que o faça de maneira inteligente.´
É com esses olhos que você deve olhar para a curva ABC.
Identificaremos itens que justificam atenção redobrada na sua
administração e itens que, embora não possam ser esquecidos, podem sofrer
um “relaxamento” em seu controle.
Pois bem, agora vem a parte não tão legal: essa curva é matematicamente
determinável.
Sim, tem uma fórmula para isso, e não, você não precisará saber para a
prova :P. Entretanto, vai ter de saber como construir a curva.
É um tema longo e cheio de detalhes, mas se conseguir entender a
metodologia utilizada aqui, será capaz de resolver quaisquer exercícios que utilizem
este tipo de gráfico, e ainda, como bônus, conseguirá descartar alternativas
esdrúxulas, que fogem ao conceito da curva. Vamos lá:
Material Preço
Unitário
Consumo do
período em
Unidades
Valor do
Consumo Total
Colocação em
nível de
Importância
A 1 10.000 10.000 8
B 12 10.200 122.400 2
C 3 90.000 270.000 1
D 6 4.500 27.000 4
E 10 7.000 70.000 3
F 1200 20 24.000 6
G 0,6 42.000 25.200 5
H 28 800 22.400 7
I 4 1.800 7.200 10
J 60 130 7.800 9
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Essa tabela é composta de dados brutos, sem qualquer classificação. No pior
cenário, é diante dela que o examinador vai te colocar na frente. Lógico que
nenhuma banca vai colocar tantos itens, mas se você aprender por aqui, vai saber
fazer qualquer uma que aparecer.
Alias, você acaba de aprender algo, só de olhar para essa tabela zoneada: O
preço unitário dos itens não tem quase nenhuma importância para classificá-lo na
categoria A, B ou C.
Como os itens do estoque de uma grande empresa dificilmente podem
ser agrupados em uma única categoria, temos de usar o denominador comum de
toda a civilização ocidental: o dinheiro $$$$.
Mas atenção! Não utilizamos o custo unitário de cada item, e sim, o valor
do consumo total. De tal forma, a importância assumida por cada material na
Classificação ABC é dada pela combinação de:
Custo Unitário x Quantidade de Material em Estoque
Veja que interessante: o item que ficou em primeiro lugar (item C) tem
custo unitário insignificante quando comparado ao custo unitário do item F,
por exemplo.
Ainda assim, como a empresa comprou, naquele período, 10.200 unidades
do material C, o que faz com que seu Consumo Total expresso em valores
monetários corresponda a grande percentual do valor imobilizado em estoque.
Se ainda está difícil de entender, procure imaginar o seguinte: imagine uma
borracha que custe R$1,00. Baratinha, fácil de achar, inofensiva à organização de
qualquer empresa. Agora, imagine que a demanda de borrachas de determinada
empresa é... hum, vejamos, 3 milhões de borrachas por mês.
É lógico que o gestor do estoque não vai poder sair na hora do almoço para ir
à papelaria do lado para comprar 3 milhões de borracha. Pelo volume demandado
(e, portanto, por conta do consumo total), este item se tornou crítico, devendo a
empresa se atentar ao seu estoque e controlá-lo mais de perto.
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Voltando à tabela, agora seria hora de organizá-la de acordo com a
importância dos itens:
Material Preço
Unitário
Consumo do
período em
Unidades
Valor do
Consumo Total
Colocação em
nível de
Importância
C 3 90.000 270.000 1
B 12 10.200 122.400 2
E 10 7.000 70.000 3
D 6 4.500 27.000 4
G 0,6 42.000 25.200 5
F 1200 20 24.000 6
H 28 800 22.400 7
A 1 10.000 10.000 8
J 60 130 7.800 9
I 4 1.800 7.200 10
Bem mais palatável. Só de olhar para essa tabela, já sei que os itens que
provavelmente comporão a classificação A serão os itens C e B, e com um pouco
de sorte, o item E, mas com certeza C e B, e nunca, em hipótese alguma, o item I,
ou o item J.
Se você já estudou estatística, deve ter ouvido falar de frequência
acumulada, se não estudou, vai descobrir o que é na próxima tabela:
Material Preço
Unitário
Consumo do
período em
Unidades
Valor do
Consumo Total
Colocação em
nível de
Importância
Valor do
Consumo
Acumulado
Porcentagem
Acumulada
C 3 90.000 270.000 1 270.000 46%
B 12 10.200 122.400 2 392.400 67%
E 10 7.000 70.000 3 462.400 79%
D 6 4.500 27.000 4 489.400 83%
G 0,6 42.000 25.200 5 514.600 88%
F 1200 20 24.000 6 538.600 92%
H 28 800 22.400 7 561.000 95%
A 1 10.000 10.000 8 571.000 97%
J 60 130 7.800 9 578.800 98%
I 4 1.800 7.200 10 586.000 100%
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Dessa vez, organizamos os dados de maneira que, para cada linha da coluna
“Porcentagem Acumulada” e do "Valor do Consumo Acumulado", assuma o
valor total de todos os itens anteriores.
Melhor dizendo: o "Valor do Consumo Acumulado" do item C e será o
"Valor do Consumo Total" relativo a somente o item C.
O "Valor do Consumo Acumulado" do item B, será a soma do "Valor do
Consumo Total" dos itens B e C.
No caso do item E, será a soma dos dados obtidos em C, B e E, e assim por
diante.
Primeira conclusão que você tira dessa tabela: os itens C e B, sozinhos,
respondem por 67% do valor imobilizado em estoque. Por esta razão, tais itens
devem receber atenção especial do Administrador.
Segunda conclusão: Caso acrescentemos os itens E e D às nossas
conclusões, teremos invejáveis 83% dos valores imobilizados em estoque
concentrados nesse grupo, contra 17% referente a todo o resto. Seria um baita tiro
no pé tratar todos os itens igualmente depois de analisar esses dados.
Mas não para por aí!
De posse dos dados da última tabela, veja o gráfico que pode ser montado:
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Fonte: Dias, Marcos Aurélio P.
Sim, ele é um monstrengo que parece não fazer sentido.
Mas faz!
Veja como a reta correspondente ao material C é bem inclinada. Isto ocorre
porque poucas unidades do material C (não confundir com classe C)
respondem por grande parte dos valores (por isso a reta tende a 90º com eixo X).
Não, essa conclusão entre parênteses não é vital para você entender o
funcionamento do gráfico (ajudaria muito, mas não é vital :P).
A conclusão que você deve guardar é que, pelo fato de o item "C" responder
por grande parte do valor imobilizado em estoque, nesta parte do gráfico a linha
tende a ficar o mais “em pé” possível.
Por outro lado, se eu pegar o item "I", a linha nesse ponto já está quase
“deitada”, simplesmente porque uma infinidade desses itens não é capaz de alterar
sensivelmente o valor imobilizado em estoque.
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Mas ainda não acabou. Esse gráfico é muito bonito (fui privado dessas coisas
durante a faculdade de Direito), mas ainda não é a curva ABC.
Felizmente, este gráfico é o último passo para desenhar a curva ABC.
Recordemos o item anterior da aula:
Classe A: Itens mais importantes e em menor número
(Quantidade em geral, em torno de 20% dos itens).
Classe B:Itens em situação intermediária(30% dos itens).
Classe C: Itens menos importantes e em maior número
(Quantidade no geral, em torno de 50% dos itens).
Vamos seguir o que ele propôs:
Classe A: 20% dos itens, que, no nosso caso, correspondem a 67% do valor
do estoque.
Classe B: 30% dos itens, que, no nosso caso, correspondem a 21% do valor
do estoque.
Classe C: 50% dos itens, que, no nosso caso, correspondem a 12% do valor
do estoque.
Podemos finalmente traçar a curva ABC:
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Fonte: Dias, Marcos Aurélio P.
E aí está a coroação de seus esforços! Meus parabéns! :P
Pronto, você conheceu toda a metodologia envolvida no cálculo da curva
ABC, mas será que sabe o que o gráfico pode te revelar?
Olhe para ele agora e compare com o gráfico anterior.
Os itens F, H, A, J e I compõe a Classe C.
Para os itens da Classe C, dado seu baixo valor relativo (relativamente
aos outros itens), não se justifica a implementação de controles de estoque
muito precisos, pois acabariam sendo muito caros.
Por outro lado, os itens que estão na classe A (C e B), devem sofrer um
rigoroso controle. E os itens E, D e G, que ficaram na classe B, devem ficar no
meio termo.
E existem outras conclusões que podem ser cobradas pela banca.
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Já dissemos que manter um estoque é algo custoso. Também dissemos que
os itens da classe A são pouco numerosos, mas respondem por grande parte do
custo do estoque.
Ora, para os itens da classe A, devemos manter o menor estoque de
segurança possível. Isso ocorre porque esses itens são muito caros, e cada
centavo que a empresa deixa imobilizado em um item desses sem uso, é um
centavo a menos que ela poderia estar utilizando para gerar vários centavos a mais
com alguma outra coisa :P.
Por outro lado, manter um estoque grande de itens da classe C PODE ser
um bom negócio. Esses itens respondem por uma fração muito pequena do custo
dos estoques, de maneira que não é tão custoso acumulá-los, ainda que eles
venham a ficar sem uso.
Concluindo: um estoque grande de itens da Classe C não é tão oneroso
para empresa, podendo se manter um estoque de segurança bem maior do
que o utilizado para a Classe A.
Vamos simplificar os passos (e juro que é a última vez que vou falar de curva
ABC) para que você possa fazer os exercícios que envolvam cálculos sozinhos (na
eventualidade de eles surgirem):
- Pegue os dados do enunciado e monte uma tabela (gente, por favor,
isso é pra ser rápido, então, não precisa ficar enfeitando);
- Construa o gráfico seguindo a metodologia que eu expliquei aqui:
separe os itens com consumo relativo maior em cima, e vá descendo
conforme os custos relativos caiam. Depois separe mais ou menos nas
porcentagens do quadro: 50%, 30% e 20% dos itens da tabela que você
montou.
- Interpretar :P.
Da pra tirar um monte de conclusões da curva ABC, entre as quais as que
coloquei na página anterior. As que mais interessam para a prova dizem respeito à
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importância do item, e da ligação que seu custo tem com o estoque de segurança a
ser mantido pela empresa.
Uma dica que aprendi fazendo a FUVEST: você não é um
supercomputador e nem tem tempo para escrever um tratado sobre o assunto
das questões.
Não fique desesperado quando ver uma questão dessas. Sua
concorrência tem a mesma dificuldade que você.
Simplifique ao máximo seus passos. Tabelas feias feitas no rodapé da folha,
e mais importante: se as alternativas mostram resultados muito distantes uns dos
outros, ARREDONDE OS NÚMEROS para outros mais fáceis de trabalhar.
69,00000587434 é 69, e se bobear, até 70 :P se isso for facilitar minha vida.
Dúvidas comuns sobre os pontos desta Aula
1 - Professor, minha cabeça quase deu um nó depois que parei pra
pensar num detalhe da Curva ABC: sempre se lê que os itens da Classe A, por
ex, são os mais importantes (maior valor financeiro imobilizado no estoque,
certo, ok) e em menor quantidade (aqui o bicho pega!).
Pois no exemplo dado naquela tabelinha (pág. 37, aula 01) o material C
(enquadrado como CLASSE A) tem o seu consumo em 90.000 unidades, ou
seja, quantidade MUITO maior do que o material F ou H... Quando se fala que
a Classe A representa 20% dos itens quer dizer que entre 10 (100%) tipos de
materiais estocados, 2 (20%) tipos de materiais responderão pelo maior valor
financeiro.
Você conseguiu captar a minha angústia? :)
Dá um nó na cabeça da pessoa.
Resposta: Sim, e sua angústia é partilhada por outros alunos :P. Vou facilitar
as coisas para você.
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Situação 1 - Você está resolvendo uma questão puramente conceitual da
Curva ABC. Neste caso, pelo próprio funcionamento do conceito, é perfeitamente
normal que os itens da Classe A estejam em menor quantidade que os demais.
Situação 2 - Você está construindo a curva ABC. Aqui, para conseguir montar
a curva, você PRECISA considerar, AO MESMO TEMPO, as variantes volume e
preço, devendo a comparação ser feita com base na multiplicação dois 2. Isso se dá
pelo fato de que devemos reduzir tudo a dinheiro para a análise da curva fazer
sentido. Quando pensamos em insignificância, devemos ter em conta o valor
monetário do conjunto de itens.
Não há conflito entre as duas proposições, o problema é que para facilitar a
assimilação do conceito (e me adequar às questões das bancas), acabei criando
estes dois mundos estanques: a teoria da curva ABC, que você vê na Aula 00 e a
metodologia de cálculo, na Aula 01.
Veja se faz sentido o que vou dizer: é perfeitamente normal que itens de
maior custo existam em menor quantidade nas empresas. Elas procurarão formar
menos estoques deles, vez que são, individualmente e pelo seu conjunto, muito
custosos, ao passo que itens mais baratos podem ser estocados em grandes
quantidades sem aumentar sensivelmente o custo deles.
Por outro lado, se quisermos construir a curva, precisamos igualar todos os
itens, que em verdade, tem características diferentes. Assim sendo, trazemos tudo a
um denominador comum: dinheiro. Mas uma análise verdadeiramente útil no campo
empresarial envolve conhecer o gasto como um todo, e não dos itens
individualmente. Já que os itens provocarão despesas pelo seu todo, olhamos a
questão por este prisma (valor total do consumo).
2 - Professor, não entendi muito a média móvel ponderada. Daria para
explicar de novo? Obrigado.
Resposta: Vamos simplificar os números. Imagine-se em um país com um
índice de inflação elevado, onde o preço do material aumente R$ 1,00 por mês. E
você não tem nenhum estoque deste material.
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Em janeiro, o material custa 1,00, e você compra 10 unidades: seu estoque,
portanto, possui 10 unidades do produto, totalizando R$ 10,00 em materiais.
Em fevereiro, o material custa 2,00, e você só precisou comprar 5 unidades
do produto, logo, gastou mais R$ 10,00: Agora seu estoque vale 20,00 e você
possui 15 mercadorias em estoque.
A cada novo acréscimo de mercadorias no estoque, você precisa calcular a
média ponderada do valor do material. Seria a seguinte ideia: se eu tivesse de
comprar o mesmo número de unidades do produto que tenho hoje no estoque, e
elas tivessem o mesmo preço, quanto custaria cada unidade.
No nosso exemplo, você tem 15 unidades em estoque e o valor total de R$
20,00. Assim sendo, a média móvel ponderada dos materiais dirá que cada produto
em estoque seu custa R$ 1,33 cada, pois (1*10 + 2*5)/15 = 1,33.
Quando você for vender estes materiais (ou agregar seu custo no produto),
você deve considerar que cada material custou R$ 1,33, pois essa é a média móvel
ponderada do período. Não 1,00, como o primeiro lote comprado, nem 1,50, como o
segundo, mas a média ponderada deles = R$ 1,33. A média ponderada se chama
móvel pois a cada novo acréscimo de materiais, ela se deslocará, para espelhar o
novo preço do material.
3 - Professor, poderia me explicar melhor quais fatores são
responsáveis por classificar um material como critico. Pois percebi que
diferentes fatores como periculosidade ou alto valor econômico atribuem tal
característica. Fiquei meio confusa.
Resposta: São dois fatores igualmente válidos para definir um material como
crítico. Crítico é aquilo que não pode dar errado, de jeito nenhum, e tem grande
propensão a dar errado :P. Itens inflamáveis, por exemplo, tem propensão a explodir
e nós não queremos que eles explodam. Itens de alto valor econômico tendem a ser
roubados, e se o forem, vão trazer enormes prejuízos para a empresa.
Um item crítico, portanto, é um item que em virtude alguma característica
inerente a ele, faz com que ele mereça uma atenção mais que especial. E essa
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característica pode ser qualquer uma. Procure imaginar o tamanho do desastre se
algo der errado com este material crítico. Normalmente estaremos falando de uma
catástrofe (tanto empresarial quanto global) se algo der errado.
Exemplo final: um lápis, e 50 kg de plutônio ativado. Se eu perder ou quebrar
o lápis, está tudo bem, se eu perder 50 kg de plutônio ativado, vai ser ruim, se eu
explodir 50 kg de plutônio ativado inadvertidamente, bem, digamos que ninguém
mais vai ter de prestar concurso público na vida, e vai precisar achar outro planeta
para morar :P.
Por isso o plutônio é crítico, e o lápis não :P
Por outro lado, existe mais uma característica explorada pela doutrina (vista
na aula anterior):
Material crítico é um material cuja demanda não é previsível, e cuja
decisão de estocar baseia-se no risco que a empresa corre caso tais materiais
não estejam disponíveis no momento em que forem necessários.
E vou mais longe: "material crítico" e material crítico não são a mesma
coisa (embora alguns materiais críticos sejam críticos justamente por suas
características potencialmente desastrosas). A primeira é uma expressão utilizada
na doutrina para definir materiais de demanda não previsível e sujeitos a risco
decorrente de sua não estocagem, pelos mais diversos fatores estudados na aula
anterior. Por outro lado, material crítico, entendendo-se por crítico adjetivo com
significado de "decisivo", "perigoso", "potencialmente problemático" ou outras
expressões afins.
E lógico que essa explicação só faz sentido com cores :P.
4 - Professor, é a primeira vez que estudo essa matéria então vou ficar te
enchendo de pergunta, rs
Não entendi muito a relação entre lucro e o custo da mercadoria
vendida em momentos inflacionários ou deflacionários. Nem qual dos
métodos ( UEPS ou PEPS) são mais indicados em cada um desses períodos.
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Resposta: Manda ver minha filha! Vamos ver se consigo te explicar de
maneiram mais direta. Determinada custa hoje 1,00. No mês 2, 2,00, no mês 3, 3,00
e assim por diante. Estamos agora em um cenário de inflação galopante, o que é
excelente para alcançarmos as conclusões que precisamos.
A empresa compra sempre 100 unidades do bem por mês. Neste caso, eis os
gastos nos quais ela incorre:
Mês 1 - R$ 100,00
Mês 2 - R$ 200,00
Mês 3 - R$ 300,00
Ela está gastando cada vez mais para comprar o mesmo número de itens.
Então, a cada mês que passa, cada item individualmente falando fica mais caro.
Veja só:
Mês 1 - R$ 100,00 por 100 itens -> R$ 1,00 cada
Mês 2 - R$ 200,00 por 100 itens -> R$ 2,00 cada
Mês 3 - R$ 300,00 por 100 itens -> R$ 3,00 cada
Quando a mercadoria final saí do depósito e chega no cliente, concorda que
nem todo o preço pago por ela é lucro? Que ela custou alguma coisa?
Se a mercadoria sai por R$ 1000,00 do depósito, esses R$ 1000,00 inteiros
não são lucro. Tem o que foi gasto pra produzir a mercadoria, nosso Custo da
Mercadoria Vendida, ou CMV, o qual deve ser subtraído do valor bruto, para
chegarmos ao lucro. Se vendi por R$ 1000,00 e gastei R$ 100,00, meu lucro é R$
900,00.
E agora vem a mágica: dependendo do método que utilizarmos, este CMV
vai ter valor maior ou menor.
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Se, por exemplo, utilizando o método UEPS, eu vendesse uma mercadoria
que empregasse 100 unidades de material por R$ 1000,00, eu consideraria que os
itens que entraram por último no estoque compuseram o bem. Desta foram, 100
unidades de R$ 3,00 cada compõe um CMV de R$ 300,00, deixando nossa
empresa com R$ 700,00 de lucro.
Por outro lado, se utilizarmos o método PEPS, consideraríamos as unidades
mais antigas no estoque, que no caso, custam R$ 1,00 cada, totalizando um CMV
de R$ 100,00 e um lucro de R$ 900,00.
E agora vem a mágica fisco-contábil (Deus salve os concursos de fiscal): Se
eu utilizar o método UEPS em uma economia inflacionária, vou apurar CMV maior e
lucro bruto menor, gerando um pagamento de Imposto de Renda menor.
Por outro lado, se eu utilizar o método PEPS em uma economia inflacionária,
vou apurar um CMV menor e um lucro bruto maior, gerando uma base de cálculo de
Imposto de Renda maior.
As questões de concurso perguntam qual método mais vantajoso no sentido
de qual deles gera menos Imposto a recolher, o que já vimos, em uma economia
inflacionária, é o UEPS.
E só por curiosidade, a Receita Federal sabe muito bem disto, e não permite
a utilização do método UEPS para fins tributários. Quem quiser controlar o estoque
pelo método UEPS tem de manter um controle paralelo com outro método, para
atender ao Fisco.
5- Professor, Sobre Média Móvel Ponderada Exponencial (sei que é difícil de
cair na prova mas vamos lá):
Por que esse método não deve ser utilizado quando o padrão de consumo
contém somente variações aleatórias em torno da média constante, ou quando o
padrão de consumo tiver tendência decrescente ou crescente ou for cíclico?
Resposta: Você abriu a caixa de Pandora :P. Isto é estatística pura aplicada,
e, atendendo a seu desejo, aí vai o tijolo :P.
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A Média Móvel Ponderada Exponencialmente foi construída com um
propósito adicional: prever a aleatoriedade. Mágico! Significa que a fórmula
considera que parte da alteração do consumo foi devida a uma ou mais causas
conhecidas e previsíveis, e a outra parte se deveu a causas aleatórias.
Suponha que tivéssemos previsto um consumo de 10, mas que, na realidade,
o consumo foi de 8. Ok?
Pois bem, quando fizermos a nova previsão, caso acreditemos que o
consumo do próximo período será 10, concluiremos forçosamente que a alteração
de 10 para 8 ocorreu somente pela ação de variáveis aleatórias (afinal, nós estamos
mantendo nosso palpite anterior de 10, é improvável que o aleatório vá acontecer de
novo daquele jeito). Entretanto, se acreditarmos que o próximo consumo será
também de 8, estaremos pensando conosco: esta alteração se deveu somente pela
queda do consumo, sem participação de variáveis aleatórias. E aqui vem a grande
sacada: o método da média móvel ponderada exponencialmente considera que
apenas parte da variação se deve a mudança de padrão do consumo, sendo o resto
variação aleatória.
No nosso exemplo, como erramos por 2 unidades o consumo real, se
consideramos que 50% da variação é decorrente de aleatoriedade, nossa nova
previsão será de 9, pois a queda de 10 para 9 foi devido a alteração no padrão de
consumo, e a queda de 9 para 8 se deveu a causas aleatórias.
Respondendo sua pergunta agora:
Não deve ser utilizado quando o padrão de consumo contém somente
variações aleatórias: O método precisa de uma variação real no consumo para
funcionar, do contrário, não vai acusar alterações jamais. No nosso exemplo, ele
sempre vai apostar em 10, pois acredita que toda alteração é inexplicável. Enfim, vai
zoar o brinquedo.
Quando o padrão de consumo tiver tendência decrescente ou crescente: A
tendência crescente vai dificultar bastante a aplicação da fórmula, pois dificilmente
conseguiremos estipular um valor fixo de alteração de consumo, afinal de contas, o
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consumo em si está sempre mudando e, pior, sem a variável aleatória, que dá todo
o charme da média móvel exponencialmente ponderada. E nem precisamos utilizar
esta fórmula dolorosamente complicada num exemplo destes: a tendência crescente
ou decrescente pode ser apurada algebricamente, com um gráfico cartesiano.
Cíclico: Novamente, este tipo de movimentação dos dados não será
detectada pela fórmula, afinal, o fato de os dados se comportarem ciclicamente
acaba tirando deles a aleatoriedade, o ponto alto da fórmula.
E claro que o que fiz acima foi uma aproximação bastante simplificada do
método e de suas conclusões, mas acredito que deva ter clareado sua mente!
6 - Bom dia, professor...Em primeiro lugar gostaria de dizer que estou
gostando e aprendendo muito com as suas aulas, a sua metodologia é
maravilhosa.
Pergunta: Em relação a questão 08 da pág.62 da aula 01, ela fala sobre
a análise ABC. Fiquei em dúvida , pois a resposta da mesma é a letra e,que diz
que todas as respostas estão verdadeiras...Entretanto, gostaria que o senhor
me esclarecesse sobre a letra a pois diz exatamente assim:
a) Aos itens mais importantes de todos, segundo a ótica do valor ou da
quantidade, dá-se a denominação de itens classe A.
Em relação a isso entendi que a questão considera que os itens A são
os mais importantes tanto em relação ao valor quanto em relação á
quantidade e diante do que estudei ,não concordo, pois os itens A não são
somente os mais importantes em relação ao valor??? Eles não são os que
existem em menor quantidade no estoque?? E por que a questão diz (
segundo a ótica do valor ou da quantidade) isso não estaria errada classificar
desta forma???
Resposta: Calma minha cara, calma! :P
Quando apresento o tema da Classificação ABC a vocês na Aula 00, estou
preocupado em fazê-los compreender o início do raciocínio. De fato, itens da Classe
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A tendem a existir em menor quantidade e tendem a concentrar maior valor dentro
do estoque com poucas unidades.
Já na Aula 01, quando ensino a vocês o método do cálculo da Curva, vocês
já estão prontos para algo mais. Pense comigo no seguinte exemplo:
- Existe uma peça na empresa cujo valor unitário de compra é de R$ 0,01.
Exatamente! Um único centavo é capaz de ser trocado por uma dessas peças. O
problema é a quantidade de peças necessárias a esta empresa: nada menos do que
400 bilhões de unidades do aludido material. Embora o valor unitário fosse,
originalmente, insignificante, o número assustador de unidades necessárias fez com
que este item, sozinho, concentrasse 4 bilhões de reais no estoque, promovendo-o,
indiscutivelmente à Classe A.
Se você voltar no capítulo da metodologia de cálculo, vai ver que eu digo: o
valor a ser considerado na curva não é o unitário, mas sim o do consumo do
período. E o consumo do período não é nada mais do que:
Custo Unitário x Unidades Demandadas.
Por esta razão, quando o enunciado diz que a ótica a ser adotada é a de
quantidade E valor, ele está, de fato, correto. Qualquer destas variáveis pode fazer
com que o consumo do período assuma proporções assustadoras.
Certo? Se não resolveu, pergunte de novo! (e quantas vezes achar melhor)
Pois bem, acabamos por aqui. Agora você verá um grupo de questões
comentadas, para ver como o assunto costuma aparecer em prova. Temos inclusive
questões recentíssimas, para provar para você que o assunto não só é simples,
como não tem muito que inventar.
Grande abraço.
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Questões Comentadas
1. CESGRANRIO - ANP - 2008 A produção de bens requer o
processamento de elementos que serão transformados em bens finais ou produto
acabado. O petróleo, por exemplo, passa por diversos processos até sua utilização
final por indústrias e lares. Esses elementos que originam e desencadeiam todo o
processo de transformação recebem o nome de
a) matéria em processamento.
b) matéria em acabamento.
c) matéria-prima.
d) matéria acabada.
e) matéria semi-acabada.
Comentário: Pode haver certa dúvida quanto a escolher “matéria-prima” e
“matéria semiacabada”, mas o próprio enunciado se refere a elementos que “...
originam e desencadeiam todo o processo...”.
Pois bem, se os elementos é que dão origem ao processo, então estamos
falando dos elementos mais básicos que alimentam a produção, ou seja, as
matérias-primas, a primeira coisa a aparecer em nosso processo produtivo.
Letra c)
Materias-primas
Materiais em processamento
Materiais semiacabados
Materiais acabados ou componentes
Produtos acabados
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2. ESAF - 2013 - DNIT Considerando a metodologia ABC de administração
dos estoques, assinale a opção incorreta.
a) Uma das aplicações da metodologia é a utilização da curva como
parâmetro de informação sobre a necessidade de aquisição de mercadorias.
b) Na avaliação dos resultados da Curva, pode se identificar o giro dos itens
e o nível de lucratividade.
c) A classificação por meio da curva ABC permite a identificação dos itens de
maior importância que são normalmente de maior número.
d) A curva ABC também pode ser utilizada para a definição de políticas de
vendas e o estabelecimento de prioridades.
e) A análise da curva ABC permite a definição dos recursos financeiros
investidos na aquisição de estoques.
Comentários: Tranquilíssima. A primeira coisa que vemos na definição da
classificação ABC (acredito que irá se lembrar dos gráficos):
Classe A: Itens mais importantes e em menor número
(Quantidade em geral, em torno de 20% dos itens).
Classe B:Itens em situação intermediária(30% dos itens).
Classe C: Itens menos importantes e em maior número
(Quantidade, no geral, em torno de 50% dos itens).
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O tio já explicou isso hoje: Itens de maior importância são itens existentes
em menor número. A classificação é construída segundo essa premissa, e tem
como propósito identificar os materiais que, por concentrarem grande parte do
investimento da organização em alguns poucos itens, devem receber atenção
redobrada pelo administrador de materiais.
Letra c)
3. ESAF - DNIT - 2013 Um administrador que montar a curva ABC do seu
estoque. Recebe do seu gerente uma planilha na qual constam os valores de
investimento mensal acumulado de cada item conforme a tabela abaixo. Classifique
os itens da curva ABC, considerando os parâmetros A=72%, B=17% e C=10%.
Assinale a opção correta.
a) A - A - A - A - A - B - B - C - C - C
b) A - A - B - B - B - B - C - C - C - C
c) A - A - B - B - B - C - C - C - C - C
d) A - A - A - B - B - B - C - C - C - C
Classe A. Representam poucos itens em estoque, mas são mais importantes, porque repondem pelo maior custo monetário.
Classe B Quantidade média de itens, grau médio de importância.
Classe C. Maior número de itens, mas de pouca significância financeira.
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e) A - A - A - A - A - A - A - B - B - C
Comentário: Sensacional quando a banca dá aquela mãozinha né :P. A
ESAF já colocou os valores que ela deseja utilizar para a classificação ABC. Basta a
você seguir à risca o que ela quer.
Como vimos na aula, este é um gráfico de frequência acumulada. Nos
exercícios de curva ABC, os itens mais importantes (que representam investimento
total mais significativo e concentrado em poucos itens) ficam logo no começo do
tabela.
Vamos ao enunciado: a classificação A será dada aos itens que representem
até 72% do investimento acumulado. Isto é exatamente a frequência acumulada até
o item 2.
Logo, os itens 1 e 2 pertencem à classificação A, o que nos deixa, já de cara,
com duas alternativas para chutar: letras b) e c).
Mas você não precisa chutar (só se for preguiçoso :P).
A próxima classificação corresponderá aos próximos 17%.
Faça as contas: Já temos 72% de investimento acumulado pertencentes à
Classe A.
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Se somarmos mais 17% da Classe B, teremos 90%.
Então, a frequência acumulada de 89% é a nossa próxima fronteira. Os itens
3, 4 e 5 quando somados aos itens 1 e 2 respondem por 89% do investimento
mensal acumulado. É o que estávamos procurando!
Assim, os itens 3, 4 e 5 pertencem à Classe B, e o restante à Classe C.
Letra c)
4. CESPE - DETRAN-ES - 2010. No estoque de matéria-prima, armazenam-
se os itens produzidos que ainda não foram vendidos.
Comentário – No estoque de matérias primas estão os materiais recebidos
pelos fornecedores e que, no momento adequado, serão utilizados para produção
de mercadorias. Os produtos acabados (produzidos) ficam armazenados no
depósito.
Além do mais, a matéria prima é justamente o que ainda vai ser utilizado na
produção, e não a própria produção em si. A proposição do enunciado é um
despropósito! :P
Item Errado.
5. CESPE - ABIN - 2010. No sistema de estocagem livre, apenas os
materiais de estocagens especiais são armazenados em local fixo.
Comentário – No sistema de estocagem livre os materiais são armazenados
sem que se determine locais específicos para isto (vai pondo onde tiver espaço), a
exceção é para o caso de materiais que demandam uma armazenagem em local
fixo, a exemplo dos materiais inflamáveis.
Importante: Alguns materiais denominados de estocagem especial,
mesmo no sistema de estocagem livre, serão armazenados em locais fixos.
Por exemplo, um material inflamável deve ser armazenado em local específico e
não em qualquer lugar. É uma exceção.
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Item Certo.
6. CESPE - FUNESA - 2009. Para o sistema de estocagem livre, a melhor
opção de reabastecimento é o sistema de reposição periódica, que consiste em
disparar o processo de compra quando o estoque de um certo material atinge um
nível previamente determinado.
Comentário – O sistema de estocagem livre dificulta o controle de
estoque de certo material específico, pois os materiais estão dispostos livremente
conforme os espaços físicos que vão ficando disponíveis.
Além disso, a reposição periódica, como o próprio nome diz, consiste em
efetuar reposições em intervalos regulares de tempo, independentemente da análise
do seu de estoque do material a ser reposto.
Item Errado.
7. CESPE - FUNESA - 2009 A forma centralizada é sempre mais vantajosa
que a forma descentralizada, à medida que facilita o controle sobre os itens do
estoque e a execução de inventários.
Comentário – O sistema de estoque centralizado terá vantagens, mas
também terá desvantagem em relação ao sistema descentralizado.
Embora o sistema centralizado facilite o controle e a execução de inventários,
o sistema descentralizado tem, por exemplo, a vantagem de colocar os estoques
mais próximos do local em que serão demandados, algo bastante importante para
empresas que possuem filiais.
Item Errado.
8 CESPE - TJ-SC - 2011 A “Análise ABC” é uma das formas mais usuais de
se examinar estoques. Sobre a Análise ABC é correto afirmar:
a) Aos itens mais importantes de todos, segundo a ótica do valor ou
quantidade, dá-se a denominação itens classe A.
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b) Não existe forma totalmente aceita de dizer qual o percentual do total dos
itens que pertencem à classe A, B, ou C.
c) Aos itens menos importantes de todos, segundo a ótica do valor ou
quantidade, dá-se a denominação itens classe C.
d) Consiste na verificação, em certo espaço de tempo, do consumo do
estoque, em valor monetário ou quantidade.
e) Todas as afirmativas estão corretas.
Comentário: Ótima questão para revisar a matéria, embora também seja
uma ótima questão para recorrer. Acredite ou não, todos os conceitos apresentados
nas alternativas estão corretos.
Já falamos que os itens da classe A tem importância destacada na
metodologia ABC.
Também estudamos que, embora exista um parâmetro que possamos utilizar
para calcular os percentuais dos itens, o usuário do método é livre para escolher a
porcentagem que lhe é mais útil dentro de seu contexto empresarial.
Obviamente, o usuário não deve subverter os objetivos da curva (poucos
itens devem corresponder à maior parte do valor do estoque)
Os itens da Classe C de fato tem menor importância na classificação.
Pelo que eu expliquei na metodologia de calculo da curva, ao desenhar a
curva, você precisará verificar durante um período o consumo do estoque, o seu
valor e a quantidade dos itens. Assim, todas as alternativas estão corretas.
Letra e)
9 CESPE - TJ-AL - 2012 Ao se classificar um almoxarifado com base na
classificação ABC, os itens mais volumosos e que agregam pouco resultado para a
organização devem ser incluídos na(s) classe(s)
a) A e C.
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b) B e C
c) A.
d) B.
e) C.
Comentário: Já deu para sacar que as bancas não são muito criativas :P.
Neste caso, a banca copiou, sem medo nem vergonha alguma, a definição
dos itens da Classe C: itens muito volumosos e que agregam pouco resultado para
a organização. Não dá nem para comentar :P.
Letra e)
10. CESPE - DETRAN-ES - 2010. O alto giro dos estoques é comumente
visto como um fator positivo na administração de materiais.
Comentário: Vamos relembrar da Fórmula
= é
Quanto maior for o giro de estoques de uma empresa, melhor o
aproveitamento de seus recursos, e assim, melhor a sua situação patrimonial.
Repare na fórmula: o item "Estoque Médio" é o denominador da fórmula, ou
seja, quanto menor o valor assumido por ele, maior o resultado final (na fórmula, o
"giro do estoque"), assim, "Rotatividade" assume valor maior quando "Estoque
Médio" assumir valor menor.
Ou seja: a empresa está imobilizando pouco capital em seus estoques,
dispondo de mais recursos livres para aplicar em outras coisas.
Item Certo.
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11. CESPE - MPS - 2010 O método da média móvel ponderada, utilizado
para previsão de consumo, atribui pesos iguais aos valores referentes aos períodos
de consumo.
Comentário: Exatamente o contrário do que eu falei.
Média móvel ponderada: Neste método busca-se reduzir os problemas do
método anterior (a presença de valores extremos e os períodos mais antigos de
tempo), esta ponderação é feita atribuindo-se pesos diferentes para períodos de
tempo diferentes, ficando os períodos mais recentes com maior peso.
Vamos atribuir pesos maiores aos períodos mais recentes, mais ou menos
como fizemos em aula:
(× ) + (× ૡ) + (× ૡ) + (× ૠ) + ( × ) = ,
Item Errado.
CESPE - ANTAQ - 2009. A respeito de administração de materiais, julgue os
itens subsequentes.
12. CESPE - ANTAQ - 2009 UEPS (último que entra primeiro que sai) e
PEPS (primeiro que entra primeiro que sai) são métodos utilizados para realização
de uma avaliação de estoques.
Comentário: Questão sem maiores dificuldades de resolução. A banca
poderia tentar confundir os métodos de previsão de consumo com avaliação de
estoques, por exemplo.
Os métodos do Custo Médio, PEPS, UEPS, Custo de Reposição, entre
outros, são métodos de avaliação de estoques, na medida em que permitem aferir o
valor que se encontra imobilizado em estoque em um dado momento.
Item Certo.
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13 CESPE - TJ-RO – 2012 O gestor de materiais que pretenda adotar um
sistema de controle de estoques utilizando cartões ou etiquetas de modo a eliminar
os estoques deverá adotar
a) o sistema de máximos e mínimos.
b) o sistema de revisões periódicas.
c) just in time/Kaban.
d) manufacturing resource planning (MRP).
e) o sistema de duas gavetas.
Comentário: O CESPE pisa na bola :P. Questão anulada meus caros. Mas
também excelente oportunidade de revisitar conceitos.
Cartões e etiquetas normalmente querem significar uma só coisa: KANBAN!
Kanban, consiste em um sistema de cartões e painéis visuais, que busca
auxiliar na busca da filosofia do "Just-in-time", tanto na produção quanto na
administração de estoques.
O sistema é simples, mas muito eficiente. Através do controle de cartões
coloridos, a organização conseguirá direcionar a produção e o consumo de
materiais na fábrica, de modo que haja o máximo de sincronização entre o que é
produzido e o que é solicitado de material.
Há como introduzir esquemas de prioridades e até programar "set-ups"
(parada de manutenção a fim de adaptar alguma máquina para produzir outro
produto).
Com o advento do Kanban, os estoques intermediários (semiacabados e
matérias-primas para operações intermediárias) foram bastante enxugados, pois o
sistema busca produzir apenas o que é necessário e, consequentemente, requisitar
materiais em número suficiente apenas para atender à produção (leia-se: nada de
formar estoques!)
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O Kanban é uma ferramenta para que se atinja o "just-in-time" quanto a
produzir e comprar na hora certa, sem desperdícios, nem estoques desnecessários.
Atualmente, muitas empresas têm os estoques "abertos" aos fornecedores e
clientes. Assim, cada organização pode visualizar o quanto de materiais seus
parceiros tem disponível consigo, o que já lhes permite antecipar a necessidade de
seus clientes, produzindo no tempo certo para que o estoque deles seja reposto.
Olha como é simples e, ao mesmo tempo, elegante:
O sistema é simples, mas muito eficiente. Através do controle de cartões
coloridos, a organização conseguirá direcionar a produção e o consumo de
materiais na fábrica, de modo que haja o máximo de sincronização entre o que é
produzido e o que é solicitado de material.
O Kanban é uma ferramenta para que se atinja o "just-in-time" quanto a
produzir e comprar na hora certa, sem desperdícios, nem estoques desnecessários.
Assim, a letra c) estaria correta, em tese.
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Mas, para variar, a questão um pequeno deslize: não é Kaban, e sim,
Kanban.
Isso, aparentemente, dada a ira justificável de nossos colegas concurseiros,
foi suficiente para anular a questão.
Item anulado.
CESPE - FHS-ES - 2009. Com relação a administração de materiais, julgue
os itens.
14 CESPE - FHS-ES - 2009. A forma centralizada de estocagem é sempre
mais vantajosa do que a forma descentralizada, à medida que facilita o controle
sobre os itens do estoque e a execução de inventários.
Comentário – Na administração de matérias as formas e metodologias
apresentarão vantagens e desvantagens.
É um erro afirmar que algo sempre será mais vantajoso.
Item Errado.
15 CESPE - FHS-ES - 2009. São funções dos estoques: garantir o
abastecimento de materiais à empresa, neutralizando eventuais atrasos no
fornecimento ou sazonalidades no suprimento, e proporcionar economia de escala.
Comentário: Relembrar é viver:
Os estoques irão garantir a continuidade da produção.
O estoque garante o abastecimento de materiais à empresa, de forma que
atrasos no fornecimento ou sazonalidades (eventos que alteram a demanda de
materiais sensivelmente de tempos em tempos) no suprimento não prejudicarão a
produção.
O estudo de estoques visa, basicamente, impedir que haja
desabastecimento tanto de matérias-primas e semiacabados dentro da fábrica,
bem como de produtos acabados no momento em que os clientes fazem o pedido.
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O enunciado simplesmente disse o que eu disse, de um outro jeito :P.
Item Certo.
16 - FCC - TCE-PR - 2011 - Administrativa Dados, em R$, da Cia. Comercial
ABC, relativos ao exercício encerrado em 31-12-2010:
O índice de rotação de estoques da companhia foi, em 2010, igual a
a) 5,0.
b) 4,5.
c) 5,5.
d) 5,2.
e) 4,0.
Comentário: Vamos aplicar a fórmula:
= é
Opa! Professor, a questão não veio redondinha, cadê os “estoques”?
Meu caro, você tem o Estoque Inicial, e você tem o Estoque Final, que mais
você poderia querer? :P
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Brincadeira, mas como o enunciado fornece estas informações, podemos
descobrir “Estoque Médio”, calculado por uma fórmula bem simples:
(Estoque Inicial + Estoque Final)
2
Aplicando esta fórmula, teremos a média do estoque para o período, o que
nos permitirá calcular a rotatividade dos estoques.
EI + EF = 350.000,00 -> EM = 175.000,00
Voltando para nossa inicial:
= é
Coloquemos os valores: = ૠ.ૠ. =
Ou seja, o estoque “girou” quatro vezes naquele ano.
Letra e)
17 CESPE - FHS-ES - 2009 O giro dos estoques é representado pela razão
entre o valor consumido no período pelo valor do estoque médio no período e mede
quantas vezes, por unidade de tempo, o estoque se renovou.
Comentário: A rotatividade de estoques, esta nada mais é do que uma
avaliação que é feita comparando dois números do processo produtivo: o do
estoque médio e o do custo de vendas em período (valor consumido).
Lembra-se da fórmula?
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= é
Professor, você falou "Custo de Vendas". O enunciado disse "Valor
Consumido". Não tá errado não?
Eu disse a você que a banca pode fornecer outras variáveis, e você ainda
assim pode achar a resposta. Poderíamos calcular a Rotatividade também assim:
= é ó
Ou assim:
= í
Ou ainda assim:
= é
Respeitando a estrutura e os objetivos da fórmula, tudo é possível!
Item Certo.
18- FCC - METRÔ-SP - 2008 Nos anos de 2006 e de 2007, respectivamente,
a em presa AlfaMetro obteve os seguintes resultados de produção:
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Analisando os dados da AlfaMetro, a produtividade de
a) 2006 é 50% menor que a de 2007.
b) 2006 é 50% maior que a de 2007.
c) 2006 é menor que a de 2007.
d) 2006 é maior que a de 2007.
e) 2006 é igual a de 2007.
Comentário: Questãozinha de matemática pura :P.
Ser produtivo é ser capaz de fazer mais com menos.
E menos aqui pode ser tanto em termos de pessoal (uma fábrica que produz
100 peças por hora com 20 funcionários é mais produtiva do que uma que faça a
mesma coisa com 30) como em horas gastas (uma fábrica que leva uma hora para
produzir 100 peças com 20 funcionários é mais produtiva do que uma que leve 2
horas nas mesmas condições).
Felizmente, a tabela já estabelece o padrão a ser utilizado: Unidades por
Homens/Hora. Utilizaremos essa.
Para que consigamos abordar a questão da maneira mais objetiva possível, é
necessário obtermos os “coeficientes de produtividade” (relaxa, isto é só um termo
que acabei de criar para designar o resultado da divisão do número de unidades
pelo número de homens/hora) :P.
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ANO 1T 2T 3T 4T Totais
2006 10 12,5 13,04348 12,272727 12
2007 10 10 11,42857 16,666667 12
Bem mais fácil de visualizar. E pelo amor de Deus: tudo que eu fiz até agora
foi dividir o número de unidades de cada trimestre pelo número de homens/hora. Só
isso!
Agora é fácil julgar as alternativas:
a) 2006 é 50% menor que a de 2007 – Errado, em termos totais, a
produtividades em manteve a mesma ao longo do ano 2006 e 2007, conforme
vemos o mesmo resultado (12) na Coluna “Totais”.
b) 2006 é 50% maior que a de 2007. – Errado, pelo mesmo motivo da
alternativa a).
c) 2006 é menor que a de 2007 e d) 2006 é maior que a de 2007 – Idem
E só resta a alternativa e)
e) 2006 é igual a de 2007. – Exato, pelos mesmos motivos expostos na
alternativa a).
Alternativa a)
19. CESGRANRIO - BACEN - 2010 Uma empresa que usa o modelo de
reposição contínua na gestão de estoques tem um consumo médio de um item em
estoque de 1.000 unidades por mês e mantém um estoque de segurança de 100
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unidades. Supondo que o prazo de entrega, após a colocação do pedido, é de 10
dias úteis, que as compras são feitas em lotes de 5.000, e considerando 20 dias
úteis por mês, qual é a quantidade do ponto de pedido?
a) 50
b) 500
c) 600
d) 1.000
e) 5.000
Comentário: Olha lá todas as variantes da fórmula de “Ponto de Pedido”.
Aliás, você se lembra quais são?
Ponto do pedido (PP) = Consumo médio do material X Tempo de
Reposição do material + Estoque Mínimo do material.
Segue o quadro dos itens da fórmula:
Item da Fórmula Definição
Ponto de Pedido (PP)
Quantidade de um determinado produto em estoque que, sempre que atingida, deve
gerar um novo pedido de compra. Com esta quantidade, a empresa deve ser capaz de
continuar a produzir até que os novos produtos encomendados cheguem
Tempo de Reposição
Tempo que se gasta desde a constatação da necessidade de se adquirir um material e a
sua efetiva chegada ao almoxarifado da empresa. Pode ser chamado também de
Lead Time. Aqui deve ser levado em consideração o tempo e processamento do
pedido, providencias do fornecedor e o próprio recebimento pela empresa
Estoque Mínimo ou de Segurança
(ES)
Estoque adicional, a margem de segurança que a empresa tem para se proteger de
atrasos na reposição, ou aumentos imprevistos no consumo
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Consumo Médio Quantidade de produto consumido por
unidade de tempo pela empresa. Por isso multiplicamos pelo tempo de reposição.
Pela fórmula, logo temos a noção de que, ao fazermos um pedido, se a
empresa utiliza o estoque de segurança, este deve ser considerado dentro do
pedido, já que ela toma precaução para evitar imprevistos no ressuprimento.
A questão nos forneceu todos os dados para resolver a questão:
Consumo médio mensal: 1.000 unidades
Estoque de Segurança: 100 unidades
Tempo de reposição: 10 dias úteis
1 mês = 20 dias úteis
Antes de prosseguirmos, devemos prestar atenção às unidades de tempo.
Cuidado para não misturar mês com dias. Veja como ficaria da forma errada:
PP = ES + (Cm x Tr)
PP = (100 unidades) + [(1000 unidades/mês) x (10 dias úteis)]
PP = 100 + 10.000
PP = 10.100 unidades (ERRADO)
Agora, não esquecendo de utilizar as mesmas unidades (ou só mês ou só
dia).
Lembre-se: nosso mês nessa assertiva tem 20 dias úteis. Assim, 10 dias
úteis são exatamente a metade de um mês, ou, 0,5 mês
PP = 100 + 1000 * 0,5
PP = 100 + 500
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PP = 600 unidades
Letra c)
20 - FCC - 2009 - MPE-SE - Analista do Ministério Público –
Especialidade Administração O estoque médio mensal de um determinado item é
de 3.000 unidades. São consumidas mensalmente 1.000 unidades. A taxa de
cobertura desse item é igual a
a) 3.
b) 9,33.
c) 6,33.
d) 6.
e) 0,33.
Comentário: Taxa de Cobertura, ou Antigiro, segundo DIAS, é o período de
tempo em que um dado estoque é capaz de atender à demanda da empresa. Seu
cálculo é feito da seguinte forma: Estoque Médio/Consumo. É simples, a gente
fecha a porta da empresa, não deixa material nenhum entrar e espera para ver
quanto tempo ela leva para consumir tudo.
Basicamente, queremos saber quanto tempo, em caso de um desastre, a
empresa é capaz de sobreviver e manter sua produção, ou por quanto tempo está
“coberta”.
3000 unidades por mês
1000 unidades efetivamente consumidas
3000/1000 = 3.
Desta forma, a empresa é capaz de sobreviver 3 meses com seu estoque
sem qualquer reabastecimento.
Letra a)
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21. CESPE - TST - 2008 Com base nos conceitos e aplicações relacionados
à administração de recursos materiais, julgue o item a seguir.
Para trabalhar com estoque mínimo, é fundamental conhecer o tempo de
reposição, que começa com a constatação da necessidade de reposição e termina
com a entrega do material, compreendendo o ciclo de produção do fornecedor.
Comentário:
Olha o pedaço do quadro de novo:
Tempo de Reposição
Tempo que se gasta desde a constatação da necessidade de se adquirir um material e a
sua efetiva chegada ao almoxarifado da empresa. Pode ser chamado também de
Lead Time. Aqui deve ser levado em consideração o tempo e processamento do
pedido, providencias do fornecedor e o próprio recebimento pela empresa
E é desse jeito mesmo que o CESPE ensinou: começa com a constatação
da necessidade de reposição e termina com a entrega do material, compreendendo
o ciclo de produção do fornecedor.
Item Certo
22. CESPE - CAMARA DOS DEPUTADOS DE ALAGOAS - 2012 Julgue o
item seguinte, relativo à classificação de materiais, gestão de estoques e compras.
Em períodos inflacionários elevados e duradouros, o método de avaliação de
estoques mais indicado é o PEPS (FIFO).
Comentário: questão excelente para concurso de Fiscal :P. Quando o
enunciado sugere que haveria um método “mais indicado”, está querendo que você
aponte o método que, se adotado, resulte em maior Custo de Mercadoria Vendida e
menor Lucro apurado pela empresa.
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Relaxa que isto é só uma artimanha contábil :P. A empresa não está tendo
menos lucro, apenas apurando menos lucro, e assim, recolhendo menos
Imposto de Renda.
Os períodos inflacionários de preços são caracterizados por épocas na qual o
preço das mercadorias aumenta ao longo do tempo
Veja a tabela abaixo:
No dia 01/01/2014, compramos mercadorias por R$ 1,00, e no dia
03/02/2014, por R$ 1,50.
Vamos supor (e vou simplificar bastante a coisa aqui) que minha organização
venda 2 unidades do referido bem.
Se adotarmos o método PEPS, o custo da mercadoria vendida (CMV, que no
nosso exemplo, será tão somente o custo de entrada do bem) será de R$ 2,00 (pois
estaria vendendo as primeiras unidades do estoque). Porém, se adotarmos o
método UEPS, a organização venderá as unidades mais recentes, apurando CMV
de R$ 3,00.
Quando a empresa for fechar o balanço, ela fará:
Vendas – Custo da Mercadoria Vendida = Lucro apurado na operação.
Como o Imposto de Renda incide sobre o acréscimo patrimonial, se a
empresa utilizar o método UEPS, estará aumentando o valor do CMV na equação, e
assim, reduzindo a carga tributária.
Data Entrada Custo Unitário Saída Saldo
01/01/2014 5 R$ 1,00 5 03/02/2014 3 R$ 1,50 8 03/03/2014 4 4 05/04/2014 2 2
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Por curiosidade: a Receita Federal conhece o efeito da aplicação do UEPS
em economias inflacionárias (como a brasileira) e já veda a utilização deste critério.
Entretanto, como estamos em ARM e a questão só quer saber de teoria, o método
PEPS não é o mais adequado e é o que basta :P.
Item Errado.
23. CESPE - CAMARA DOS DEPUTADOS DE ALAGOAS - 2012 Considere
que um item de determinado estoque seja consumido na média de 15 unidades por
mês e que o tempo de reposição desse item seja de dois meses. Nessa situação
hipotética, dada a necessidade de se garantir o estoque mínimo para dois meses de
consumo, o ponto de pedido será igual a 60.
Comentário: Apliquemos a fórmula meus caros:
Ponto do pedido (PP) = Consumo médio do material X Tempo de
Reposição do material + Estoque Mínimo do material.
Para
Consumo Médio = 15 por mês
Tempo de Reposição = 02 meses (unidade de tempo igual a do consumo
médio, então, não há necessidade de conversão)
Estoque Mínimo = o enunciado quer margem de dois meses. Como se
consomem 15 unidades por mês, o estoque mínimo precisa ser de 30 unidades.
PP = 15 x 2 + 30 = 60 unidades
Tranquilíssimo.
Item Certo
CESPE - TJ TRE RJ - 2012 Acerca da administração de recursos materiais e
patrimoniais, julgue o item a seguir.
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24. CESPE - TJ TRE RJ - 2012 Para a construção da curva ABC dos itens de
estoque, são necessários os seguintes dados: os consumos dos itens e os
respectivos preços de aquisição ou preços médios devidamente corrigidos para uma
mesma data.
Comentário: Já falamos da curva ABC na aula, e até de seu detalhamento.
Preste atenção ao que foi necessário: precisávamos saber o preço de
aquisição dos itens e seu consumo (para estabelecer a importância relativa de cada
item, considerando seus totais).
Agora o que talvez você não soubesse, e vai descobrir agora: se não for
viável apurar o preço de aquisição de cada item individualmente, utilizamos o preço
médio. Imagine se fossemos apurar o custo unitário de cada um dos 500.000
parafusos adquiridos pela organização desde 1999. Seria uma zona :P.
Alias, mencionei isso lá em cima: os métodos PEPS, UEPS e Custo Médio
existem justamente para chegarmos em uma aproximação do preço do item, sem
tanto esforço.
Item Certo.
25. CESPE - TJ TRE RJ - 2012 O sistema de duas gavetas para controle de
estoques é um método simplificado do sistema de reposições periódicas.
Comentário: Não confundamos as coisas.
O sistema das reposições periódicas, como nós já vimos em aula, busca
estabelecer intervalos temporais rigorosamente iguais entre as reposições.
O sistema das duas gavetas é um método bem mais simples, que
simplesmente enche duas gavetas de materiais e, assim que a primeira esvazia,
começamos a pegar materiais da segunda :P
(Professores de cursinho tem de ver as coisas com um pouco mais de
singeleza, se achou que fui muito simples aqui, pode voltar no tópico da aula que
está BEM mais completo).
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Olha aqui:
Reposições Periódicas
Duas Gavetas
Item Errado.
26. CESPE - TJ TRE RJ - 2012 Os materiais processados ao longo das
diversas seções que compõem o processo produtivo da empresa são denominados
matérias-primas.
Comentário: Lembrai-vos das definições da Aula 00:
Matérias-primas – são aqueles materiais que normalmente são obtidos dos
chamados fornecedores, são aqueles materiais básicos e necessários para o
processo produtivo, seu volume está diretamente ligado à quantidade de
produtos acabados.
Materiais em processamento – São aqueles que já não são mais
matérias-primas, mas que ainda não são um produto acabado, são materiais que
Gaveta A (estoque normal de
atendimento)
Gaveta B (estoque reserva + estoque de
segurança)
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ainda estão sendo utilizados na confecção de produtos, estão em uma fase
intermediária, e desta forma, já não se encontram no almoxarifado.
Materiais semiacabados – São aqueles que estão em um estágio um
pouco mais avançado do que os materiais em processamento, estão
parcialmente acabados, faltam poucas etapas do processo produtivo para
tornarem-se produtos acabados.
Materiais acabados (ou componentes) – São peças isoladas que serão
componentes do produto final.
Produtos acabados –São aqueles que já passaram por todo processo
produtivo, estão prontos e acabados. São os produtos que são oferecidos aos
clientes.
A partir do momento que o material entra na cadeia produtiva da empresa,
para fins de ARM, ele não é mais matéria-prima, podendo corresponder a qualquer
um dos três estágios seguintes: Materiais em processamento, Materiais
semiacabados ou Materiais acabados (Componentes)
Item Errado
27. CESPE - TRE RJ - 2012 A respeito de estocagem, distribuição e
transporte de materiais, julgue o item que se segue.
Uma empresa necessita estocar 30.000 caixas de determinado item
em pallets. Considerando-se que cada pallet comporte apenas 50 caixas e que cada
posição do almoxarifado possua dois pallets, é correto afirmar que serão
necessárias 300 posições para a estocagem das caixas.
Comentário: Eu bem que podia ter colocado esta questão na aula seguinte.
Mas acredito que você está com a cabeça fresca com números nesta aula (e
provavelmente só nessa :P).
É pura conta meu filho:
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Cada pallet comporta 50 caixas e eu tenho 30.000 delas. Vamos descobrir
quantos pallets preciso:
30.000/50 = 600 pallets.
Muito bem. Chamaremos de “posições” o espaço ocupado no chão pelas
pilhas (desconsiderando o espaço aéreo). Por exemplo: se eu pudesse empilhar os
600 pallets em uma única pilha, eles ocupariam a mesma posição.
Pena que eu não posso :P. Conforme o enunciado especificou, cada posição
comporta dois pallets:
600/2 = 300 posições.
Item Certo.
28. CESGRANRIO - BACEN - 2010 O departamento de administração de
materiais de uma empresa recebeu 5.000 requisições no ano de 2009, sendo que
cada requisição teve uma média de 1,8 itens. Sabendo que 7.650 itens foram
entregues dentro do prazo, qual foi o nível de serviço de atendimento do
departamento, em percentual?
(Obs: use arredondamento para uma casa decimal)
a) 90,0%
b) 85,0%
c) 80,0%
d) 65,4%
e) 55,5%
Comentário: Mais uma questão de pura matemática. Se a organização foi
demandada em 5.000 requisições no ano, e cada requisição teve média de 1,8
itens, então, no total foram (5.000 x 1,8 itens) = 9.000 itens requisitados.
Vamos à fórmula vista em aula:
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íݒݎ ݒç =º ݏݑݍçõݏݐ ݏº ݏݑݍçõݏݑݐ ݏ
Se 7.650 itens foram entregues no prazo, então são 7.650 do total de 9.000,
o que dá a razão de (7.650 / 9.000) = 0,85 ou 85%.
Letra b)
29 - CESPE - SERPRO - 2013 Os computadores armazenados de forma
improdutiva durante seis meses em um depósito são caracterizados como estoque.
Comentário: Cuidado com pegadinhas como esta.
Seu professor caiu nela da primeira vez que fez esta prova, e já alerta que
você também poderá cair :P.
Pense no estoque. Tudo que está estocado está, de certa maneira,
armazenado de forma improdutiva. São materiais que não estão sendo utilizados no
processo produtivo, e assim, por definição, não estão sendo aproveitados. É da
natureza do estoque ser improdutivo, pois, como vimos na Aula 00 e 01, o Diretor
Financeiro está desesperado para eliminá-lo.
Item Certo
30. CESPE - ANATEL - 2009. Há relação diretamente proporcional entre o
custo de armazenagem e a quantidade de produtos existente em estoque. No
entanto, quando o estoque estiver zerado, ainda assim haverá um mínimo de custo
de armazenagem.
Comentário – O espaço físico ocioso de uma empresa e o maquinário de
movimentação de materiais geram custos de manutenção, deste modo, mesmo
que o estoque esteja zerado haverá um custo mínimo de armazenagem.
Aliás, o custo de armazenagem corresponde a um custo diretamente
proporcional à quantidade de materiais estocada, entretanto, o aluguel das
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instalações, corresponde a um custo fixo. Por isso se diz que mesmo com estoque
zerado, ainda há um custo mínimo com o qual se deve arcar.
Item Certo.
31 FGV - CAERN - 2010 Uma das qualidades do JIT é
a) o aumento gradual dos estoques
b) sempre produzir mais que a demanda
c) poder se adaptar facilmente à produção diversificada de produtos
d) a otimização de todo o sistema de manufatura.
e) poder criar lead times cada vez mais extensos.
Comentário: Jogo rápido!
O JIT busca diminuí-los a zero, e isto só será possível com a otimização de
todo o sistema de manufatura. Do contrário, a ineficiência combinada à ausência de
estoques para cobrir falhas de suprimento será um completo desastre
Letra d)
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CESPE - MPU - 2013 Com base no gráfico acima, que ilustra a curva ABC do
almoxarifado de determinada empresa, julgue os próximos itens.
32 CESPE - MPU - 2013 Na figura, a curva ABC representa uma situação em
que não há nenhuma concentração.
Comentário: Questão típica de interpretação de gráfico.
Para ficar mais fácil de visualizar, vou inventar algumas medidas neste
mesmo gráfico, para que você entenda o conceito de “concentração”:
Não fico bonito, mas também não era esse o objetivo :P.
Bom, observe que o deslocamento da curva ao longo do eixo X não
consegue nem mesmo beirar as 10 unidades de material sem que antes o eixo Y
tenha atingido 70 unidades de valor, avançando quase verticalmente.
Isto indica que pouquíssimos itens (no nosso exemplo, menos de 10
unidades) concentram quase todo o valor de estoque (mais de 70 unidades de
valor), o que contraria a conclusão do enunciado sobre a ausência de concentração.
Era esta conclusão que o enunciado queria que você alcançasse.
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Item Errado.
33 CESPE - MPU - 2013 Infere-se corretamente do gráfico que o valor
financeiro unitário dos itens de classe A é pelo menos dez vezes superior ao valor
unitário dos itens de classe C.
Comentário: O gráfico, embora apresente os eixos valor e número de itens,
não apresenta quaisquer valores unitários para estas medidas. Já ficaria difícil
inferir qualquer coisa do gráfico sem valores unitários para comparar.
Mas tem mais um ponto interessante: a curva ABC é construída com base
em valores totais de consumo, não unitários, razão pela qual o dado "valor unitário"
não aparece no gráfico, e jamais poderia ser deduzido a partir dele.
Item Errado.
34 CESPE - MPU - 2013 A ordenação correta dos itens na abscissa do
gráfico em questão, da esquerda para a direita, é a seguinte: itens da classe C,
seguidos dos itens da classe B e, finalmente, os itens da classe A.
Comentário: Não né meu caro? :P. Este gráfico foi construído seguindo a
metodologia da Curva ABC, vista em aula. E é justamente por seguir esta
metodologia que a curva tem este desenho (começa vertical, e vai se tornando
gradualmente uma linha horizontal).
Isto indica que os primeiros itens a aparecerem no gráfico são os itens da
Classe A (muito deslocamento no eixo vertical e pouco no eixo horizontal),
avançando-se para os itens da Classe B e, ao final, os da Classe C.
Item Errado.
35 - CESPE - SERPRO - 2013 O ponto de compra de chips de uma empresa
de computadores é determinado pelo momento em que o estoque de chips atinge a
quantidade mínima no estoque, devendo-se acionar, assim, o almoxarife para
solicitar o envio de uma nova remessa.
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Comentário: Ponto de Pedido é o momento que, quando atingido, provoca
um novo pedido de compra, em função do consumo médio, do tempo de reposição
e do estoque mínimo. É definido pela seguinte equação:
Ponto do pedido (PP) = Consumo médio do material X Tempo de
Reposição do material + Estoque Mínimo do material.
Segue o quadro dos itens da fórmula:
Item da Fórmula Definição
Ponto de Pedido (PP)
Quantidade de um determinado produto em estoque que, sempre que atingida, deve
gerar um novo pedido de compra. Com esta quantidade, a empresa deve ser capaz de
continuar a produzir até que os novos produtos encomendados cheguem
Tempo de Reposição
Tempo que se gasta desde a constatação da necessidade de se adquirir um material e a
sua efetiva chegada ao almoxarifado da empresa. Pode ser chamado também de
Lead Time. Aqui deve ser levado em consideração o tempo e processamento do
pedido, providencias do fornecedor e o próprio recebimento pela empresa
Estoque Mínimo ou de Segurança
(ES)
Estoque adicional, a margem de segurança que a empresa tem para se proteger de
atrasos na reposição, ou aumentos imprevistos no consumo
Consumo Médio Quantidade de produto consumido por
unidade de tempo pela empresa. Por isso multiplicamos pelo tempo de reposição.
Só tem um problema: a gente poderia até tentar resolver esta questão, mas
ela foi anulada pela banca :P
Veja a justificativa:
"Entende-se que "estoque mínimo" e "ponto de compra, de pedido ou
de ressuprimento" são momentos diferentes, fato que diverge do gabarito
anteriormente divulgado. Dessa forma, opta-se pela alteração do gabarito.".
A justificativa da banca está no aspecto conceitual dos termos.
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De fato, o termo “estoque mínimo” já tem uma definição própria na matéria e,
no entender da banca, não era uma expressão que poderia ter sido utilizada como
sinônimo de Ponto de Pedido, embora, de fato, o ponto de pedido costuma ocorrer
quando o estoque atinge um nível mínimo pré-definido.
Item Errado.
36 - CESPE - SERPRO - 2013 O almoxarife deverá calcular a quantidade de
prateleiras e o espaço físico requerido no almoxarifado com base no estoque
máximo.
Comentário: Imagine se a empresa resolve, do nada, adquirir um super lote
de plutônio a preço promocional no mercado negro. O almoxarife, se utilizasse
qualquer critério que não o estoque máximo na arrumação do almoxarifado, se veria
sem espaço para guardar os materiais, mesmo que, em tese, o dito local tivesse
como armazená-los se fosse melhor organizado.
Por estas razões, nosso nobre almoxarife deve ter em mente sempre o
estoque máximo (salvo determinação em contrário da empresa) suportado pelo
almoxarifado.
Era nisso que eu acreditava, entretanto, o CESPE não compartilha meu
ponto de vista :P.
A questão gerou bastante polêmica, entretanto, agora que temos o resultado
dos recursos em mãos, não compensa mais ficar brigando (embora eu deixe
consignado meus protestos :P). O raciocínio da banca levou em consideração que
precisamos analisar vários fatores para fixar o número de prateleiras em um
almoxarifado, e não apenas o estoque máximo.
Talvez o tamanho das embalagens recomende menos prateleiras, só que
prateleiras maiores, a quantidade de material que costuma transitar pelo
almoxarifado não chega próximo do estoque total em tese, enfim, o ponto de vista
da banca (que devemos aprender a utilizar), é que o cálculo não deve levar em
conta o estoque máximo, mas um conjunto vasto de variantes que influenciam no
cálculo.
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Eu também não estou feliz, mas fazer o que né :P
Item Errado
CESPE - MPU - 2013 Considerando a tabela acima, que ilustra o perfil de
reposição de determinado item de consumo, julgue os itens que se seguem.
37 CESPE - MPU - 2013 O método de reposição utilizado é ideal para itens
de alto valor de compra, de consumo excessivamente variável e de fácil reposição.
Comentário: Está na hora de você pensar como gestor. Observando a
tabela, notamos que toda vez que surge a necessidade de aquisição de materiais, a
empresa compra exatamente o número de unidades necessárias, e nenhuma única
unidade a mais, de maneira a não formar estoque de uma semana para outra.
Por que raios uma empresa se arriscaria a comprar apenas o que precisa,
operando sempre sem estoque.
Das duas uma: ou isto não é um risco, ou o risco compensa os custos. E o
enunciado nos inundou de hipóteses para ambos os lados :P.
Estoque é custo. Isto já sabemos. Tenha isto em mente quando analisarmos
os próximos itens:
- Item de alto valor de compra: o material é simplesmente muito caro.
Desta forma, ao efetuarmos sua compra, estaremos imobilizando boa parte
do capital, que poderia ser utilizado para outros investimentos.
Agora, imagine comprar um item caríssimo para encostá-lo no estoque
durante alguns meses. O dinheiro gasto nele poderia ter sido gasto em outras
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coisas, gerando receita, e poderíamos ter deixado para comprar o item apenas
quando precisássemos dele;
- Consumo excessivamente variado: Ok, o item pode ser caro, mas talvez eu
faça uso constante e previsível dele, o que justifica uma compra um pouco maior. O
enunciado já me tira esta possibilidade :P. Se o consumo é variado, como vou saber
se realmente preciso daquele item estocado. Vou usar amanhã? Mês que vem?
Nunca? E esta indefinição significa dinheiro parado por tempo indeterminado, o que
é um pecado :P.
- Fácil reposição: Tá vai, é caro, não sei quando vou precisar, mas o produto
é difícil pacas de achar no mercado, então, talvez quando eu precisar dele, não terei
onde comprar.
Mas o CESPE estava de muito bom humor: o item é de fácil reposição.
Porque, meu Deus, você, gestor de materiais de uma empresa, estocará um item,
imobilizando capital, se, quando precisar dele, só terá de ir na banquinha da esquina
fazer a compra, ou ligar para um dos 400 fornecedores disponíveis que farão a
entrega no dia seguinte, em qualquer quantidade demandada, por uma pechincha?
Novamente, estamos jogando dinheiro na Grande Fornalha.
Item Certo.
38 CESPE - MPU - 2013 Sendo o item em questão matéria-prima e
supondo-se que, nas semanas 1 e 2, o valor unitário de aquisição do item tenha
sido de R$ 2.000,00 e, na semana 4, de R$ 2.200,00, então o valor do estoque
desse item na semana 4, antes do processamento do material, terá sido de R$
17.600,00.
Comentários: Peguemos a tabela de novo:
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Olha só, sua banca podia ter sido cruel, e não foi. Questãozinha de
matemática tranquila:
Semana 1: 30x2000 = 60.000 -> Hein!? Já ia levar rasteira :P. A empresa
consome os materiais na mesma semana, deixando saldo 0 no estoque. Então,
o correto seria:
Semana 1: 0x2000 = 0
Semana 2: Mesma coisa, os materiais não duram o suficiente para chegar na
semana 4, assim -> 0x2000=0
Semana 4: Preste atenção agora: a avaliação do estoque é feita antes do
processamento dos materiais na semana 4.
Ou seja, os itens adquiridos nesta semana ainda estão em estoque, logo:
8x2200 = 17.600
Item Certo.
39 CESPE - MPU - 2013 A metodologia utilizada para a reposição do item em
questão é o sistema de revisões periódicas.
Comentário: Voltemos aos conceitos:
Sistema das reposições periódicas:
A premissa deste método consiste em fazer pedidos de preposição dos
materiais em um intervalo de tempo pré-estabelecido para cada item.
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Desta forma, cada item possui seu período de reposição, sempre em ciclos
de tempo iguais, chamados de “períodos de reposição”.
Segundo a tabela, a empresa não está fazendo isto!
Ela compra os materiais segundo a demanda da própria semana, sem
estabelecer um intervalo de tempo para as aquisições.
Na semana 3, por exemplo, a empresa não efetuou compras, justamente
porque não precisava do material.
Isto vai contra o conceito de reposições periódicas.
Item Errado.
Com base nos quadros acima, julgue os itens que se seguem.
40 CESPE - MINISTERIO DA INTEGRAÇÃO - 2013 Os itens pertencentes à
classe C contribuem com 9,93% do valor monetário total dos estoques.
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Comentário: Respire fundo, caro aluno, e comece pela divisão dos materiais
na tabela entre as classes A, B e C. Seu examinador já fez a bondade de organizar
os itens em ordem decrescente de consumo anual, e ainda te deu de presente uma
tabela de valor financeiro acumulado.
Não bastasse isto, ainda disse quantos itens devem compor cada classe.
Presentaço!
Olhemos o Quadro II. Ele nos diz que 1 item deve compor a classe A, 2 deles
devem compor a classe B, e 11 (os demais), a classe C.
Dividindo tudo, teremos isto:
Basta somar agora as porcentagens dos itens na Classe C, para ver se o tal
bate com os 9,93% afirmados pelo enunciado.
1,87 + 1,83 + 1,67 + 1,37 + 1,10 + 0,73 + 0,58 + 0,27 + 0,18 + 0,08 + 0,05 = 9,73
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Ou, pra quem não gosta de perder tempo, já que as outras classes tem
menos elementos, poderíamos ter feito isto: െ ሺ,ૡ + , + ,ሻ = ,ૠ
Já que tudo somado dá 100%, se retiramos as classes que não nos
interessam, o que sobrar é justamente a classe C.
Enfim, 9,73% não foi o proposto pela assertiva.
Item Errado.
41 CESPE - MINISTERIO DA INTEGRAÇÃO - 2013 O gráfico de Pareto
representativo da curva ABC será formulado a partir da transferência dos resultados
da coluna D sobre um plano cartesiano.
Comentário: Puxe na memória o que foi visto em aula, com nossa hipotética
curva ABC:
Material Preço
Unitário
Consumo do
período em
Unidades
Valor do
Consumo Total
Colocação em
nível de
Importância
Valor do
Consumo
Acumulado
Porcentagem
Acumulada
C 3 90.000 270.000 1 270.000 46%
B 12 10.200 122.400 2 392.400 67%
E 10 7.000 70.000 3 462.400 79%
D 6 4.500 27.000 4 489.400 83%
G 0,6 42.000 25.200 5 514.600 88%
F 1200 20 24.000 6 538.600 92%
H 28 800 22.400 7 561.000 95%
A 1 10.000 10.000 8 571.000 97%
J 60 130 7.800 9 578.800 98%
I 4 1.800 7.200 10 586.000 100%
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Fonte: Dias, Marcos Aurélio P.
Escolhi a tabela da aula, pois ela é mais fácil de visualizar. Observe que o
gráfico é construído a partir da coluna “Valor do Consumo Acumulado”, e não da
coluna “Consumo Anual”.
Isto tem uma razão de ser: cada reta que representa um item na curva deve
começar exatamente de onde outra terminou, e não diretamente do eixo x (se fosse
assim, teríamos um monte de palitinhos saindo do chão, mas o desenho não
formaria uma curva :P).
Por exemplo, a reta do item B sai exatamente do ponto 270.000, justamente
onde acabou a reta do item C. A reta do item E saiu exatamente do ponto 392.400
no eixo y, que, não por coincidência, é onde acaba a reta do item B. E assim por
diante.
Da mesma forma opera qualquer Curva ABC, inclusive a do nosso
enunciado. Ela deverá ser construída a partir da coluna “valor financeiro acumulado”
(Coluna E), e não da coluna “valor financeiro” (Coluna D).
Item Errado.
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42 CESPE - MINISTERIO DA INTEGRAÇÃO - 2013 Os itens de classe A
serão obrigatoriamente submetidos ao sistema dos máximos-mínimos de gestão
dos estoques.
Comentário: Obrigar o emprego de determinado método sem olhar para as
particularidades da empresa e do material costuma indicar uma alternativa errada.
Neste caso, bastaria pensar em um exemplo que desmentisse a alternativa.
Pensemos em itens da Classe A que sejam, ao mesmo tempo extremamente caros,
de consumo não previsível e de fácil obtenção no mercado.
O suprimento de tais itens pelo sistema dos máximos-mínimos
provavelmente acabará em desastre, pois o ideal, nestes casos, é que este material
seja adquirido apenas quando necessário, nas exatas quantidades demandadas, e
que não haja absolutamente nenhum estoque do mesmo.
Item Errado.
43 CESPE - MINISTERIO DA INTEGRAÇÃO - 2013 A agulha para anestesia
é item da classe A.
Comentário: Do jeitinho que vimos na tabela classificação que fizemos:
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As agulhas para anestesia figuram na Classe A, por representarem o maior
consumo anual em valores financeiros da entidade. E, pelo parâmetro da tabela,
apenas um item pode figurar nesta classe.
Item Certo
44 - CESPE – TRT17 – 2013 De acordo com a classificação ABC, os itens
são identificados conforme sua importância relativa.
Comentário: Começamos muito bem. Para quem não se lembra da
Classificação ABC, aí vai uma revisão:
Classe A: Itens mais importantes e em menor número
(Quantidade em geral, em torno de 20% dos itens).
Classe B:Itens em situação intermediária(30% dos itens).
Classe C: Itens menos importantes e em maior número
(Quantidade no geral, em torno de 50% dos itens).
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Agora, veja que interessante: para que um item seja da Classe A, ele precisa
estar no grupo dos 20% de itens mais importantes do estoque. Mas, ele só será um
item “mais importante” se houver outro item tido como “menos importante”.
De tal forma que a classificação de um item depende da importância deste
item com relação a outro item daquele mesmo estoque.
Só haverá A se houver B e se houver C, não trabalhando a classificação ABC
com a importância absoluta do item (o item é importante), mas sim com a
importância relativa (alguns itens são mais importantes que outros itens)
Item Certo.
45 - CESPE – TRT17 – 2013 Os estoques são previstos conforme a
necessidade de consumo dos itens e cabe à administração determinar sua
rotatividade.
Comentário: Esta assertiva prova que o Administrador de Materiais não é a
estrela do show, e sim o cara que levanta a cortina :P. A decisão sobre o que
comprar levará em conta as necessidades da produção, muito pouco podendo
influir nosso amigo nesta tarefa.
Contudo, caberá ao gestor decidir sobre como comprar, e no caso
específico do enunciado, como estocar.
Ao afirmar que cabe à administração determinar a rotatividade dos estoques,
está se atribuindo a ela decidir sobre os níveis dos estoques (manter mais materiais
parados, em prol da segurança, ou menos materiais parados, em prol da
mobilização do capital).
Só refrescando: a rotatividade dos estoques diz respeito ao número de
renovações experimentadas pelo estoque em um determinado período, o que, por
sua vez, indicará se a empresa estocou muitos materiais (havendo menor
rotatividade) ou poucos materiais (com maior rotatividade).
Item Certo.
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46 - CESGRANRIO - 2013 - BNDES - Uma empresa utiliza o Lote Econômico
de Compra (LEC) para repor o estoque de uma das suas peças cuja demanda anual
é de 90.000 unidades.
Se o custo de colocação de um pedido é de R$ 4.000,00, e o custo de
manutenção de estoques é de R$ 20,00 por peça por ano, qual é o LEC utilizado?
a) 30
b) 60
c) 4.243
d) 6.000
e) 12.000
Comentário: Simples aplicação da fórmula que vimos no curso: 2ܥܧܮ = .ܦ.2 ܥ
Sendo que:
LEC = Lote Econômico de Compra
D = demanda no período (em unidades)
P = custo unitário do pedido
C = custo unitário de armazenagem
Então temos: 2ܥܧܮ = 2.90000.4000
20 = 60002
= ܥܧܮ 6000
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Letra d)
47 - CESGRANRIO – 2012 - PETROBRAS Uma empresa adota uma linha
de produção onde existem dois postos de trabalho A e B, e o fluxo de produção é de
A para B. Sabe-se que o posto de trabalho B retira, no posto de trabalho A, os
componentes necessários para atender ao que lhe está sendo demandado.
Esse método de produção adotado é o denominado
a) Material Requeriment Planning
b) Capacity Requeriments Planning
c) Just in time
d) Processo de Produção Empurrada
e) Fordismo Tradicional
Comentário: Que coisa bonita :P. O fluxo da produção sai de A para B, e B
retira tudo de que precisa de A para atender às requisições que lhe são feitas.
Reparou em uma coisa?
Está TUDO saindo de A, não tem estoque em lugar nenhum.
“A” precisa ter produzido sua parte para que “B” tenha como se abastecer.
Isto é o Just in Time!
Segundo Marco Aurélio P. Dias6: “Nos processos produtivos, os estoques
criam independência entre as fases, ou seja, os problemas que surgem em uma não
interferem na outra. Na filosofia Just-in-time, ao contrário, os estoques são
“personas non grata” por razões obvias: primeiro porque ocupam espaço e
segundo porque custa dinheiro.”
6 Dias, Marco Aurélio P., Administração de Materiais: princípios, conceitos e
gestão, Ed. Atlas, 6ª ed., pág. 132.
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No sistema JIT há um controle recíproco entre fases do processo
produtivo, isto porque um erro em uma fase “1” será percebido ao trazer
repercussões em uma fase “2”. Assim, quem estiver trabalhando nesta fase ”2”
comunicará a ocorrência para que se busque a sua resolução.
Neste sentido, a identificação de falhas é vista como uma importante fonte de
informação para evitar a sua repetição7. Perceba que no JIT há uma
interdependência entre as operações.
Letra c)
48 - CESGRANRIO – 2011 – TRANSPETRO
Um determinado produto possui a lista técnica apresentada acima. Os lead-
times de fabricação ou aquisição de cada material são mostrados na lista técnica.
Os centros de trabalho responsáveis pela fabricação dos materiais A e B
possuem capacidade infinita. Os fornecedores dos materiais C, D, E, F e G podem
7 Dias, Marco Aurélio P., Administração de Materiais: princípios, conceitos e
gestão, Ed. Atlas, 6ª ed.
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atender a todas as solicitações feitas. Sabe-se que a fábrica não pode fazer
estoques de materiais.
Caso haja um pedido de fabricação de uma única unidade do material A, em
quantos dias esse pedido deverá ser entregue?
a) 2
b) 8
c) 13
d) 20
e) 40
Comentário: Esta questão trabalha a árvore de estrutura do produto, e
somente será possível responder a questão quando montarmos a árvore. Olha só:
Olha que coisa mágica! :P. Transformamos a tabela na árvore.
Agora precisamos contar os dias. Leve em consideração que o processos é
iniciado em todos os ramos ao mesmo tempo.
Produto A
Produto
B
Produto EProduto
FProduto G
Produto D Produto C
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Para comprar os materiais E, F e G, e assim, tê-los disponíveis para
fabricação dos produtos B e C, precisaremos de 2 dias.
De posse dos materiais necessários para fabricar B, precisaremos de mais 4
dias para tê-lo disponível.
Por fim, precisamos de mais 2 dias para fabricar A.
De tal forma que: 2 + 4 + 2 =8
Isto neste lado da produção.
Precisamos ter certeza de que nenhum dos outros ramos da árvore do
produto A leva mais de 8 dias para ser concluído (de outro modo, não teríamos
todos os materiais prontos para produção no sexto dia).
O Produto D leva 5 dias para ser comprado e é empregado diretamente na
produção de A. Se analisarmos bem, ele estava disponível para produção de A um
dia antes do Produto B ser fabricado (o Produto D levou 5 dias para ser comprado, e
o produto B 6 dias para ser fabricado).
Por fim, o produto E levou dois dias para ser comprado, o que permitiria a
fabricação do produto C, com mais dois dias, totalizando quatro dias para que este
estivesse disponível para a fabricação do produto A, com dois dias de antecedência
da conclusão do produto B. Só que, no nosso caso, o produto C foi comprado, e já
se encontrava à disposição a partir do 2º dia da operação.
Assim, o ramo do Produto B é, de fato, o que levava mais tempo para ser
concluído, razão pela qual a resposta originalmente encontrada é a correta.
Letra b)
49 - CESGRANRIO – 2011 – TRANSPETRO Um gerente de armazenagem,
ao assumir a função, depara-se com o seguinte cenário em seu armazém:
• Quantidade de SKUs: 5.500
• Giro médio dos itens: 7,5
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• Distância média diária percorrida para realizar picking de um item: 12
metros
• Todos os itens de menor giro estão nas áreas mais distantes da área de
separação de pedidos
O gerente do armazém pode implementar diferentes ações, que fornecem os
seguintes resultados:
Desconsiderando-se possíveis efeitos de interações entre as ações e
qualquer outra variável não mencionada na situação descrita, para alcançar uma
gestão eficiente dos materiais do armazém, o gerente deve implementar APENAS
as ações
a) I e IV
b) II e III
c) II e IV
d) I, III e V
e) II, IV e V
Comentário: Bem vindo à vida de gestor :P.
Ok, o objetivo está definido: implementar uma gestão eficiente dos materiais
do armazém, ou seja, fazer mais com menos :P.
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Assim, aumentar o giro médio dos estoques é a primeira medida que o
gerente está buscando. Menos estoque implica menor custo, e, para que o
suprimento de materiais não fique prejudicado, será necessário um número maior
de renovações.
Assim, a medida I deve ser adotada, o que exclui a adoção da medida II (são
contrárias).
Ok, temos mais renovações no estoque. Ou seja, o indivíduo terá de ir buscar
itens no estoque um maior número de vezes. Seria muito legal da parte do gerente
se ele reduzisse o tempo necessário para o funcionário se deslocar de onde está
para onde está o item em menos tempo, o que também colaboraria com o aumento
da rapidez no atendimento das demandas.
Assim, a medida IV deve ser adotada, o que implica excluir a medida III. Por
fim, a medida V, por si só, não causa impacto neste cenário, por ser desprovida de
propósito (ninguém disse como o armazém será reposicionado).
Letra a)
50 - CESGRANRIO – 2011 – PETROBRAS Os principais recursos
empresariais são os recursos materiais, financeiros, humanos, mercadológicos e
administrativos. Em empresas industriais e comerciais, o administrador de recursos
materiais merece destaque especial. Dentre suas principais responsabilidades, está
a de
a) formular as políticas de remuneração de funcionários.
b) negociar prazos de entrega e condições de pagamento com clientes.
c) estabelecer regras e padrões de utilização dos recursos de produção.
d) determinar o quê, como e quando devem ser comprados itens produtivos e
improdutivos.
e) determinar preço de venda e margem de lucro dos itens.
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Comentário: Questão para relaxar um pouquinho :P. O Administrador de
Materiais não é a estrela do show, é o cara que puxa as cortinas :P. Ele não quer
saber como os materiais que ele compra serão utilizados, mas quer ter certeza de
que está comprando o que é necessário.
E ainda deverá controlar as variáveis:
Dito tudo isto, só nos resta a alternativa d).
Letra d)
51 CESGRANRIO – 2011 – PETROBRAS A classificação de materiais é o
processo de aglutinação por características semelhantes, e determina grande parte
do sucesso no gerenciamento de estoques. São critérios de classificação de
recursos materiais, EXCETO a(o)
a) periculosidade.
b) perecibilidade.
c) importância operacional.
d) possibilidade de fazer ou comprar.
e) preço unitário.
Dentro de um processo produtivo, a Administração de Materias (AM) precisa controlar:
A Quantidade Evitar a falta ou o
excesso de materiais
O TempoMomento em que os
materias estarão disponíveis
A Localização Disponibilidade no
tempo certo
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Comentário: Não sou muito fã de excluir critérios de classificação, por
acreditar que qualquer coisa pode ser classificada sob qualquer critério. O que hoje
não é útil, amanhã pode ser :P.
Dito isto, atualmente, não se conhece nenhuma classificação que se baseie
no preço unitário do material a ser classificado, vez que este dado é de pouca
utilidade para o gestor de materiais (ao contrário do preço total, que compõem uma
das variáveis que orientam a construção da Classificação ABC).
Letra e)
52 - FCC - TRT - 2014 Segundo Saldanha (2006), o controle adequado de
estoques se torna fundamental: ...é preciso prever situações para que não haja
excessos, faltas, nem deterioração dos materiais estocados. Sobre controle de
estoques considere:
I. executar controle sobre os estoques e inventários periódicos,
preferencialmente utilizando um sistema integrado de informações ERP.
II. determinar quais os que tipos de materiais que serão estocados,
independente da sua importância.
III. determinar o tempo de renovação dos estoques.
Está correto o que consta em
a) III, apenas.
b) I, apenas.
c) II e III, apenas.
d) I, II e III.
e) I e III, apenas.
Comentário: Hora de olhar uma por uma.
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I. executar controle sobre os estoques e inventários periódicos,
preferencialmente utilizando um sistema integrado de informações ERP.
Perfeito! A execução de controle sobre os estoques e inventários periódicos é
desejável a qualquer organização, e você passou a Aula 01 inteira com isto sendo
martelado na sua cabeça.
E o ERP?
O ERP é um sistema construído com recursos da informática (para quem não
pegou a ideia ainda, é um programa de computador como qualquer outro :P). Sua
função é obter informações a respeito de TODAS as funções da empresa,
monitorando materiais, compras, programação de produção, estoques de produtos
acabados e absolutamente qualquer outra informação relevante para a tomada de
decisões.
Assim o sendo, sim, a integração com um sistema ERP ao controle de
estoques e inventários é altamente desejável.
Item I, certo
II. determinar quais os que tipos de materiais que serão estocados,
independente da sua importância.
Medonho meus caros. Assista o Diretor do Departamento Financeiro entrar
em síncope com uma afirmação destas.
Em última análise, se formos considerar completamente inútil a análise de
importância determinação dos estoques, chegaríamos ao absurdo de estocar
materiais completamente inúteis à produção.
Seria como uma fábrica de bicicletas manter um estoque de plutônio sem
qualquer aplicação na produção, pelo simples prazer de ter aquele material
estocado.
Relembro a vocês um trecho de aula visto na Aula 00:
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Só que efetuar este dimensionamento é bastante complicado. Esta
complicação é fruto de uma eterna guerra entre os departamentos da empresa.
Veja só: o setor de compras não vai querer ser responsabilizado pela falta de
matérias-primas, então a tendência é que o setor de compras recomende a
estocagem de matérias-primas e insumos em excesso8. Assim, quando o dono
da empresa chamar os chefes, verá que em nenhum momento houve falta de
materiais para produção, e o chefe do setor de compras vai ganhar um bônus.
Por outro lado, o chefe do setor financeiro vai ganhar um sermão. A
estocagem de insumos em excesso faz com que grande parte do dinheiro da
empresa fique parado, sem poder ser investido para gerar mais dinheiro. E isso é
péssimo.
Para evitar esse sermão, o chefe do setor financeiro, por sua vez, não vai
querer que ocorram gastos desnecessários e procurará não liberar compras de
insumos que julgar prescindíveis (dispensáveis). Dependendo da sua “dedicação”,
só serão comprados novos lápis de escrever quando o toquinho dos que já existem
desaparecer. O setor financeiro, se pudesse, não permitiria nem mesmo a
existência de um estoque.
Lembre-se do desenho feito na parte teórica:
8 O setor de compras deve também buscar preços favoráveis, pois, obviamente, o
preço das matérias-primas também irá compor o custo dos produtos.
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E é justamente a preocupação financeira que orienta a não aquisição de
materiais quando sua importância é diminuta no contexto da produção.
Item II, Errado
III. determinar o tempo de renovação dos estoques.
Vimos isto na Aula 01, a determinação do giro de estoques impacta
diretamente na quantidade de material estocado. Um número maior de renovações
do estoque reduz o a quantidade necessária de materiais em estoque para
atendimento da produção, contudo, um baixo estoque de materiais expõe a
empresa a riscos no suprimento de materiais.
Decidir o quanto esta exposição é desejável em prol da redução de custos é
uma das tarefas do controle de estoque.
Item III, Certo
Letra e)
53 FCC - TRT - 2014 - No almoxarifado de uma empresa prestadora de
serviços, um determinado item de estoque é consumido na razão de 100 unidades
por mês e o seu tempo de reposição é de 3 meses. Sabendo que o estoque mínimo
é de 1 mês do seu consumo, o ponto de pedido será, em unidades:
O setor financeiro, para otimizar os custos, tende a
querer reduzir estoques O setor de estoques, para evitar falta de matérias-primas, tende a
querer acumular estoques
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a) 500.
b) 300.
c) 200.
d) 400.
e) 150.
Comentário: Um clássico dos concursos: o sistema de Ponto de Pedido.
Fórmula neles:
(PP) = Consumo Médio X Tempo de Reposição + Estoque Mínimo
(PP) = 100 X 3 + 100
(PP) = 400
Letra d)
54 CESPE - CADE - 2014 O estudo de estoques é realizado com base na
previsão do consumo, que pode ser estimado pelo método da média aritmética, cuja
principal vantagem é a inexistência de diferentes pesos entre os valores mais
antigos e os valores mais recentes.
Comentário: Tudo perfeito, exceto pelo fato de que a ausência de diferença
de pesos entre valores antigos e recentes não é vista pela doutrina como uma
vantagem, e sim como uma desvantagem do método.
Item Errado
55 CESPE - CADE - 2014 A utilização do sistema ABC, também denominado
de curva ABC, para o controle de estoques possibilita a priorização das ações de
controle em relação aos itens mais relevantes no processo produtivo de uma
organização.
Comentário: E não fui eu quem falou, eu só repeti o que disse um
doutrinador muito querido pelas bancas:
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Segundo Marco Aurélio P. Dias: “A curva ABC é um importante
instrumento para o administrador; ela permite identificar aqueles itens que
justificam atenção e tratamento adequados quanto à sua administração”.
Conhecendo os itens mais relevantes, o gestor poderá direcionar atenção
redobrada aos itens que realmente merecem tratamento especial.
Item Certo
Questões Propostas (Sem Comentários)
1. CESGRANRIO - ANP - 2008 A produção de bens requer o
processamento de elementos que serão transformados em bens finais ou produto
acabado. O petróleo, por exemplo, passa por diversos processos até sua utilização
final por indústrias e lares. Esses elementos que originam e desencadeiam todo o
processo de transformação recebem o nome de
a) matéria em processamento.
b) matéria em acabamento.
c) matéria-prima.
d) matéria acabada.
e) matéria semi-acabada.
2. ESAF - 2013 - DNIT Considerando a metodologia ABC de administração
dos estoques, assinale a opção incorreta.
a) Uma das aplicações da metodologia é a utilização da curva como
parâmetro de informação sobre a necessidade de aquisição de mercadorias.
b) Na avaliação dos resultados da Curva, pode se identificar o giro dos itens
e o nível de lucratividade.
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c) A classificação por meio da curva ABC permite a identificação dos itens de
maior importância que são normalmente de maior número.
d) A curva ABC também pode ser utilizada para a definição de políticas de
vendas e o estabelecimento de prioridades.
e) A análise da curva ABC permite a definição dos recursos financeiros
investidos na aquisição de estoques.
3. ESAF - DNIT - 2013 Um administrador que montar a curva ABC do seu
estoque. Recebe do seu gerente uma planilha na qual constam os valores de
investimento mensal acumulado de cada item conforme a tabela abaixo. Classifique
os itens da curva ABC, considerando os parâmetros A=72%, B=17% e C=10%.
Assinale a opção correta.
a) A - A - A - A - A - B - B - C - C - C
b) A - A - B - B - B - B - C - C - C - C
c) A - A - B - B - B - C - C - C - C - C
d) A - A - A - B - B - B - C - C - C - C
e) A - A - A - A - A - A - A - B - B - C
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4. CESPE - DETRAN-ES - 2010. No estoque de matéria-prima, armazenam-
se os itens produzidos que ainda não foram vendidos.
5. CESPE - ABIN - 2010. No sistema de estocagem livre, apenas os
materiais de estocagens especiais são armazenados em local fixo.
6. CESPE - FUNESA - 2009. Para o sistema de estocagem livre, a melhor
opção de reabastecimento é o sistema de reposição periódica, que consiste em
disparar o processo de compra quando o estoque de um certo material atinge um
nível previamente determinado.
7. CESPE - FUNESA - 2009 A forma centralizada é sempre mais vantajosa
que a forma descentralizada, à medida que facilita o controle sobre os itens do
estoque e a execução de inventários.
8 CESPE - TJ-SC - 2011 A “Análise ABC” é uma das formas mais usuais de
se examinar estoques. Sobre a Análise ABC é correto afirmar:
a) Aos itens mais importantes de todos, segundo a ótica do valor ou
quantidade, dá-se a denominação itens classe A.
b) Não existe forma totalmente aceita de dizer qual o percentual do total dos
itens que pertencem à classe A, B, ou C.
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c) Aos itens menos importantes de todos, segundo a ótica do valor ou
quantidade, dá-se a denominação itens classe C.
d) Consiste na verificação, em certo espaço de tempo, do consumo do
estoque, em valor monetário ou quantidade.
e) Todas as afirmativas estão corretas.
9 CESPE - TJ-AL - 2012 Ao se classificar um almoxarifado com base na
classificação ABC, os itens mais volumosos e que agregam pouco resultado para a
organização devem ser incluídos na(s) classe(s)
a) A e C.
b) B e C
c) A.
d) B.
e) C.
10. CESPE - DETRAN-ES - 2010. O alto giro dos estoques é comumente
visto como um fator positivo na administração de materiais.
11. CESPE - MPS - 2010 O método da média móvel ponderada, utilizado
para previsão de consumo, atribui pesos iguais aos valores referentes aos períodos
de consumo.
CESPE - ANTAQ - 2009. A respeito de administração de materiais, julgue os
itens subsequentes.
12. CESPE - ANTAQ - 2009 UEPS (último que entra primeiro que sai) e
PEPS (primeiro que entra primeiro que sai) são métodos utilizados para realização
de uma avaliação de estoques.
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13 CESPE - TJ-RO – 2012 O gestor de materiais que pretenda adotar um
sistema de controle de estoques utilizando cartões ou etiquetas de modo a eliminar
os estoques deverá adotar
a) o sistema de máximos e mínimos.
b) o sistema de revisões periódicas.
c) just in time/Kaban.
d) manufacturing resource planning (MRP).
e) o sistema de duas gavetas.
CESPE - FHS-ES - 2009. Com relação a administração de materiais, julgue
os itens.
14 CESPE - FHS-ES - 2009. A forma centralizada de estocagem é sempre
mais vantajosa do que a forma descentralizada, à medida que facilita o controle
sobre os itens do estoque e a execução de inventários.
15 CESPE - FHS-ES - 2009. São funções dos estoques: garantir o
abastecimento de materiais à empresa, neutralizando eventuais atrasos no
fornecimento ou sazonalidades no suprimento, e proporcionar economia de escala.
16 - FCC - TCE-PR - 2011 - Administrativa Dados, em R$, da Cia. Comercial
ABC, relativos ao exercício encerrado em 31-12-2010:
O índice de rotação de estoques da companhia foi, em 2010, igual a
a) 5,0.
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b) 4,5.
c) 5,5.
d) 5,2.
e) 4,0.
17 CESPE - FHS-ES - 2009 O giro dos estoques é representado pela razão
entre o valor consumido no período pelo valor do estoque médio no período e mede
quantas vezes, por unidade de tempo, o estoque se renovou.
18- FCC - METRÔ-SP - 2008 Nos anos de 2006 e de 2007, respectivamente,
a em presa AlfaMetro obteve os seguintes resultados de produção:
Analisando os dados da AlfaMetro, a produtividade de
a) 2006 é 50% menor que a de 2007.
b) 2006 é 50% maior que a de 2007.
c) 2006 é menor que a de 2007.
d) 2006 é maior que a de 2007.
e) 2006 é igual a de 2007.
19. CESGRANRIO - BACEN - 2010 Uma empresa que usa o modelo de
reposição contínua na gestão de estoques tem um consumo médio de um item em
estoque de 1.000 unidades por mês e mantém um estoque de segurança de 100
unidades. Supondo que o prazo de entrega, após a colocação do pedido, é de 10
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dias úteis, que as compras são feitas em lotes de 5.000, e considerando 20 dias
úteis por mês, qual é a quantidade do ponto de pedido?
a) 50
b) 500
c) 600
d) 1.000
e) 5.000
20 - FCC - 2009 - MPE-SE - Analista do Ministério Público –
Especialidade Administração O estoque médio mensal de um determinado item é
de 3.000 unidades. São consumidas mensalmente 1.000 unidades. A taxa de
cobertura desse item é igual a
a) 3.
b) 9,33.
c) 6,33.
d) 6.
e) 0,33.
21. CESPE - TST - 2008 Com base nos conceitos e aplicações relacionados
à administração de recursos materiais, julgue o item a seguir.
Para trabalhar com estoque mínimo, é fundamental conhecer o tempo de
reposição, que começa com a constatação da necessidade de reposição e termina
com a entrega do material, compreendendo o ciclo de produção do fornecedor.
22. CESPE - CAMARA DOS DEPUTADOS DE ALAGOAS - 2012 Julgue o
item seguinte, relativo à classificação de materiais, gestão de estoques e compras.
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Em períodos inflacionários elevados e duradouros, o método de avaliação de
estoques mais indicado é o PEPS (FIFO).
23. CESPE - CAMARA DOS DEPUTADOS DE ALAGOAS - 2012 Considere
que um item de determinado estoque seja consumido na média de 15 unidades por
mês e que o tempo de reposição desse item seja de dois meses. Nessa situação
hipotética, dada a necessidade de se garantir o estoque mínimo para dois meses de
consumo, o ponto de pedido será igual a 60.
24. CESPE - TJ TRE RJ - 2012 Para a construção da curva ABC dos itens de
estoque, são necessários os seguintes dados: os consumos dos itens e os
respectivos preços de aquisição ou preços médios devidamente corrigidos para uma
mesma data.
25. CESPE - TJ TRE RJ - 2012 O sistema de duas gavetas para controle de
estoques é um método simplificado do sistema de reposições periódicas.
26. CESPE - TJ TRE RJ - 2012 Os materiais processados ao longo das
diversas seções que compõem o processo produtivo da empresa são denominados
matérias-primas.
27. CESPE - TRE RJ - 2012 A respeito de estocagem, distribuição e
transporte de materiais, julgue o item que se segue.
Uma empresa necessita estocar 30.000 caixas de determinado item
em pallets. Considerando-se que cada pallet comporte apenas 50 caixas e que cada
posição do almoxarifado possua dois pallets, é correto afirmar que serão
necessárias 300 posições para a estocagem das caixas.
28. CESGRANRIO - BACEN - 2010 O departamento de administração de
materiais de uma empresa recebeu 5.000 requisições no ano de 2009, sendo que
cada requisição teve uma média de 1,8 itens. Sabendo que 7.650 itens foram
entregues dentro do prazo, qual foi o nível de serviço de atendimento do
departamento, em percentual?
(Obs: use arredondamento para uma casa decimal)
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a) 90,0%
b) 85,0%
c) 80,0%
d) 65,4%
e) 55,5%
29 - CESPE - SERPRO - 2013 Os computadores armazenados de forma
improdutiva durante seis meses em um depósito são caracterizados como estoque.
30. CESPE - ANATEL - 2009. Há relação diretamente proporcional entre o
custo de armazenagem e a quantidade de produtos existente em estoque. No
entanto, quando o estoque estiver zerado, ainda assim haverá um mínimo de custo
de armazenagem.
31 FGV - CAERN - 2010 Uma das qualidades do JIT é
a) o aumento gradual dos estoques
b) sempre produzir mais que a demanda
c) poder se adaptar facilmente à produção diversificada de produtos
d) a otimização de todo o sistema de manufatura.
e) poder criar lead times cada vez mais extensos.
CESPE - MPU - 2013 Com base no gráfico acima, que ilustra a curva ABC do
almoxarifado de determinada empresa, julgue os próximos itens.
32 CESPE - MPU - 2013 Na figura, a curva ABC representa uma situação em
que não há nenhuma concentração.
33 CESPE - MPU - 2013 Infere-se corretamente do gráfico que o valor
financeiro unitário dos itens de classe A é pelo menos dez vezes superior ao valor
unitário dos itens de classe C.
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34 CESPE - MPU - 2013 A ordenação correta dos itens na abscissa do
gráfico em questão, da esquerda para a direita, é a seguinte: itens da classe C,
seguidos dos itens da classe B e, finalmente, os itens da classe A.
35 - CESPE - SERPRO - 2013 O ponto de compra de chips de uma empresa
de computadores é determinado pelo momento em que o estoque de chips atinge a
quantidade mínima no estoque, devendo-se acionar, assim, o almoxarife para
solicitar o envio de uma nova remessa.
36 - CESPE - SERPRO - 2013 O almoxarife deverá calcular a quantidade de
prateleiras e o espaço físico requerido no almoxarifado com base no estoque
máximo.
CESPE - MPU - 2013 Considerando a tabela acima, que ilustra o perfil de
reposição de determinado item de consumo, julgue os itens que se seguem.
37 CESPE - MPU - 2013 O método de reposição utilizado é ideal para itens
de alto valor de compra, de consumo excessivamente variável e de fácil reposição.
38 CESPE - MPU - 2013 Sendo o item em questão matéria-prima e
supondo-se que, nas semanas 1 e 2, o valor unitário de aquisição do item tenha
sido de R$ 2.000,00 e, na semana 4, de R$ 2.200,00, então o valor do estoque
desse item na semana 4, antes do processamento do material, terá sido de R$
17.600,00.
39 CESPE - MPU - 2013 A metodologia utilizada para a reposição do item em
questão é o sistema de revisões periódicas.
40 CESPE - MINISTERIO DA INTEGRAÇÃO - 2013 Os itens pertencentes à
classe C contribuem com 9,93% do valor monetário total dos estoques.
41 CESPE - MINISTERIO DA INTEGRAÇÃO - 2013 O gráfico de Pareto
representativo da curva ABC será formulado a partir da transferência dos resultados
da coluna D sobre um plano cartesiano.
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42 CESPE - MINISTERIO DA INTEGRAÇÃO - 2013 Os itens de classe A
serão obrigatoriamente submetidos ao sistema dos máximos-mínimos de gestão
dos estoques.
43 CESPE - MINISTERIO DA INTEGRAÇÃO - 2013 A agulha para anestesia
é item da classe A.
44 - CESPE – TRT17 – 2013 De acordo com a classificação ABC, os itens
são identificados conforme sua importância relativa.
45 - CESPE – TRT17 – 2013 Os estoques são previstos conforme a
necessidade de consumo dos itens e cabe à administração determinar sua
rotatividade.
46 - CESGRANRIO - 2013 - BNDES - Uma empresa utiliza o Lote Econômico
de Compra (LEC) para repor o estoque de uma das suas peças cuja demanda anual
é de 90.000 unidades.
Se o custo de colocação de um pedido é de R$ 4.000,00, e o custo de
manutenção de estoques é de R$ 20,00 por peça por ano, qual é o LEC utilizado?
47 - CESGRANRIO – 2012 - PETROBRAS Uma empresa adota uma linha
de produção onde existem dois postos de trabalho A e B, e o fluxo de produção é de
A para B. Sabe-se que o posto de trabalho B retira, no posto de trabalho A, os
componentes necessários para atender ao que lhe está sendo demandado.
Esse método de produção adotado é o denominado
a) Material Requeriment Planning
b) Capacity Requeriments Planning
c) Just in time
d) Processo de Produção Empurrada
e) Fordismo Tradicional
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48 - CESGRANRIO – 2011 – TRANSPETRO
Um determinado produto possui a lista técnica apresentada acima. Os lead-
times de fabricação ou aquisição de cada material são mostrados na lista técnica.
Os centros de trabalho responsáveis pela fabricação dos materiais A e B
possuem capacidade infinita. Os fornecedores dos materiais C, D, E, F e G podem
atender a todas as solicitações feitas. Sabe-se que a fábrica não pode fazer
estoques de materiais.
Caso haja um pedido de fabricação de uma única unidade do material A, em
quantos dias esse pedido deverá ser entregue?
a) 2
b) 8
c) 13
d) 20
e) 40
49 - CESGRANRIO – 2011 – TRANSPETRO Um gerente de armazenagem,
ao assumir a função, depara-se com o seguinte cenário em seu armazém:
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• Quantidade de SKUs: 5.500
• Giro médio dos itens: 7,5
• Distância média diária percorrida para realizar picking de um item: 12
metros
• Todos os itens de menor giro estão nas áreas mais distantes da área de
separação de pedidos
O gerente do armazém pode implementar diferentes ações, que fornecem os
seguintes resultados:
Desconsiderando-se possíveis efeitos de interações entre as ações e
qualquer outra variável não mencionada na situação descrita, para alcançar uma
gestão eficiente dos materiais do armazém, o gerente deve implementar APENAS
as ações
a) I e IV
b) II e III
c) II e IV
d) I, III e V
e) II, IV e V
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50 - CESGRANRIO – 2011 – PETROBRAS Os principais recursos
empresariais são os recursos materiais, financeiros, humanos, mercadológicos e
administrativos. Em empresas industriais e comerciais, o administrador de recursos
materiais merece destaque especial. Dentre suas principais responsabilidades, está
a de
a) formular as políticas de remuneração de funcionários.
b) negociar prazos de entrega e condições de pagamento com clientes.
c) estabelecer regras e padrões de utilização dos recursos de produção.
d) determinar o quê, como e quando devem ser comprados itens produtivos e
improdutivos.
e) determinar preço de venda e margem de lucro dos itens.
51 CESGRANRIO – 2011 – PETROBRAS A classificação de materiais é o
processo de aglutinação por características semelhantes, e determina grande parte
do sucesso no gerenciamento de estoques. São critérios de classificação de
recursos materiais, EXCETO a(o)
a) periculosidade.
b) perecibilidade.
c) importância operacional.
d) possibilidade de fazer ou comprar.
e) preço unitário.
52 - FCC - TRT - 2014 Segundo Saldanha (2006), o controle adequado de
estoques se torna fundamental: ...é preciso prever situações para que não haja
excessos, faltas, nem deterioração dos materiais estocados. Sobre controle de
estoques considere:
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I. executar controle sobre os estoques e inventários periódicos,
preferencialmente utilizando um sistema integrado de informações ERP.
II. determinar quais os que tipos de materiais que serão estocados,
independente da sua importância.
III. determinar o tempo de renovação dos estoques.
Está correto o que consta em
a) III, apenas.
b) I, apenas.
c) II e III, apenas.
d) I, II e III.
e) I e III, apenas.
53 FCC - TRT - 2014 - No almoxarifado de uma empresa prestadora de
serviços, um determinado item de estoque é consumido na razão de 100 unidades
por mês e o seu tempo de reposição é de 3 meses. Sabendo que o estoque mínimo
é de 1 mês do seu consumo, o ponto de pedido será, em unidades:
a) 500.
b) 300.
c) 200.
d) 400.
e) 150.
54 CESPE - CADE - 2014 O estudo de estoques é realizado com base na
previsão do consumo, que pode ser estimado pelo método da média aritmética, cuja
principal vantagem é a inexistência de diferentes pesos entre os valores mais
antigos e os valores mais recentes.
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55 CESPE - CADE - 2014 A utilização do sistema ABC, também denominado
de curva ABC, para o controle de estoques possibilita a priorização das ações de
controle em relação aos itens mais relevantes no processo produtivo de uma
organização.
Gabarito
1 C 11 E 21 C 31 D 41 E
2 C 12 C 22 E 32 E 42 E
3 C 13 Anulado 23 C 33 E 43 C
4 E 14 E 24 C 34 E 44 C
5 C 15 C 25 E 35 E 45 C
6 E 16 E 26 E 36 E 46 D
7 E 17 C 27 C 37 C 47 C
8 E 18 A 28 B 38 C 48 B
9 E 19 C 29 C 39 E 49 A
10 C 20 A 30 C 40 E 50 D
51 E
52 E
53 D
54 E
55 C
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