Aula 05 linguagem visual

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LINGUAGEM VISUAL AULA 05 Teoria da Forma Prof. Ms. Elizeu N. Silva

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LINGUAGEM VISUAL

AULA 05

Teoria da Forma

Prof. Ms. Elizeu N. Silva

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Assim como a linguagem verbal, a linguagem

visual é constituída por elementos fundamentais

presentes em qualquer projeto de design.

Entendemos por elementos fundamentais

aqueles que constituem a substância básica da

linguagem visual.

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O design se estrutura a partir da linguagem visual, que a exemplo

da linguagem verbal, obedece a princípios ou fundamentos que

visam facilitar a busca por soluções nos projetos de design.

É possível adotar

apenas a intuição e a

sensibilidade estética

como guias na

elaboração de projetos.

Contudo, o domínio

sobre elementos

fundamentais do design

amplia

significativamente a

capacidade

comunicativa dos

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A linguagem visual é composta de poucos vocábulos.

Os principais são:

• o ponto;

• a linha;

• o plano;

• o volume;

• a cor.

Esses poucos elementos básicos, quem nem precisam ser

utilizados em conjunto, são suficientes para expressar

sentimentos, desejos, conceitos, ordens, sugestões e tudo o

mais que se queira comunicar.

Tanto na arte, como no design, bastam uns poucos vocábulos

ordenados conscientemente para expressar ideias.

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Wassily Kandinsky. Composition VIII (1923)

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Ponto: É a unidade visual mais simples e irredutível. Possui

formato, cor, tamanho e textura.

Caracteriza-se pelo tamanho (pequeno em relação aos demais

elementos do layout) e formato (simples).

Organizados sequencialmente, os pontos formam linhas que

dirigem o olhar. Quanto mais unidos, mais força adquirem na

condução do olhar.

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Georges-Pierre Seurat. Tarde de Domingo na Ilha da Grande Jatte (1884-1886)

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Posicionados em sequência, dão ideia de continuidade e

constroem linhas que direcionam o olhar. Em justaposição,

os pontos criam ilusão de escurecimento das superfícies,

dão ideia de volume e contraste entre brilho e sombra.

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Os processos industriais de impressão utilizam pontos para

reproduzir as formas e as cores. Neste caso, os pontos são

chamados de retículas, que variam em tamanho e densidade

para criar a ilusão das imagens e das cores impressas.

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Linha: Pontos muito próximos uns dos outros deixam de ser

vistos isoladamente. As linhas compõem objetos,

estabelecem os limites da forma e direcionam o olhar. Por

decorrer do ponto, é considerada o elemento secundário da

linguagem visual.

As linhas estabelecem o contraste entre a forma,

significativa, e o fundo, insignificante, garantindo a

interpretação plena da mensagem visual.

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Atributos das linhas:

• Longas ou curtas;

• Estreitas ou largas;

• Coloridas ou não;

• Abertas ou fechadas;

• Retas ou curvas;

• Quebradas;

• Mista.

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Em função das formas que assumem, as linhas podem

expressar estados de espírito, reforçar ideias ou transmitir

sentimentos. Em todos os casos, a interpretação ocorre por

associação de ideias – razão pela qual os significados não são

absolutos.

• Linha reta horizontal: amplitude, espaço, quietude, descanso,

relaxamento, paz. Lembram objetos estáticos, planos,

estáveis.

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• Linha reta vertical: sensação de alerta, ação, movimento,

vida, altura, poder, força, crescimento.

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• Linha reta inclinada: sensação de instabilidade, movimento,

dinamismo, vitalidade.

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• Linha sinuosa (curvas e onduladas): sensação de alegria,

movimento, sensualidade, feminilidade, subjetividade, graça,

ritmo,

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• Linha quebrada: sensação de agressividade,

imprevisibilidade, força, tensão.

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• Linhas mistas (retas e curvas): sensação de dinamismo,

confusão, movimento, indefinição.

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Da mesma forma que o ponto, na composição as linhas também

se apresentam dispersas ou agrupadas, resultando em claros e

escuros em função da distância entre elas.

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Plano: A linha em movimento produz planos. Como elemento

visual, os planos possuem comprimento e largura, se fixam em

determinadas posições e direções, e têm nas linhas seus limites

externos.

• Planos Geométricos:

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• Planos Orgânicos:

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• Planos Retilíneos:

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• Planos Irregulares:

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• Planos Caligráficos:

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• Planos Acidentais:

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Os planos podem ser lisos ou texturizados. Estamos aptos a

identificar as texturas tanto pelo tato como pela visão. As

texturas podem preencher planos, servir como fundos de letras

e linhas, atuar como fundo de layout.

Textura lisa: dureza, artificialidade, frio;

Textura áspera: agressividade, raiva, calor;

Textura macia: aconchego, conforto, suavidade;

Textura enrugada: tristeza, umidade.

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Volume: Confere profundidade aos planos, favorecendo a

identificação dos objetos representados pela forma. É o espaço

contido na forma tridimensional.

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Na linguagem verbal os vocábulos têm significado definido

arbitrariamente. Na palavra “cavalo” não há nada que remeta à

forma do animal ou ao animal em si. A ligação entre a palavra e o

animal é uma imposição da língua.

Já na linguagem visual o significado dos vocábulos (ponto, linha,

plano, volume, cor) depende diretamente do contexto no qual

estão inseridos.

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Alguns pressupostos ajudam a

compreender a Linguagem

Visual:

Elementos conceituais: Não

são visíveis, mas se

manifestam. Por exemplo:

Sentimos uma linha

contornando um plano e

compondo uma figura, mesmo

que não estejam desenhados.

Ou, em um ângulo agudo,

sentimos a existência de um

ponto mesmo que ele não

esteja desenhado.

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Elementos visuais: São visíveis objetivamente. As linhas e

os planos de um objeto desenhado são visíveis – mesmo

quando representam formas conceitualmente. Podemos

inclusive variar a forma como representamos o

comprimento, largura, textura ou cor da linha, bem como o

preenchimento do plano. Os elementos visuais constituem

a representação gráfica explícita, pois podem ser vistas

objetivamente.

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Elementos relacionais: Governam a localização e a inter-

relação das formas em uma composição. Alguns nos

permitem perceber direção e posição pretendidos pelo

designer, enquanto outros provocam sensações de

espaço, volume e profundidade.

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Forma: A percepção da forma requer

a identificação do que ela significa.

Requer interpretação, porque ela é o

oposto da insignificância. A forma é

uma presença em si.

As formas são compostas de

contorno e superfície e adquirem

existência sobre algum tipo de

suporte.

O limite exterior da forma é o

contorno, que atua como fronteira

entre o significante (forma ) e o

insignificante (fundo).

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Suporte: Qualquer meio material ou eletrônico onde a

forma se realiza. Pode ser uma folha de papel, a tela do

computador, um bloco de pedra do qual surge uma

escultura, uma parede que recebe uma projeção luminosa.

Figura e fundo: A figura se destaca do fundo pela atenção

que desperta no observador. É o elemento que possui

significado, enquanto o fundo é o pouco significativo. A

distinção entre figura e fundo decorre do contraste entre

ambos.

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Nem sempre as relações entre figura e fundo são definidas

objetivamente. Há situações em que um plano pode ser

percebido ora como figura, ora como fundo.