Aula 07 (1ºsem) 2013 comportamento humano nas organizações

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UNIP - JUNDIAÍ Disciplina: Comportamento Humano nas Organizações 1 AULA 07 : Cultura Organizacional Institucionalização : Uma sinalização da cultura A idéia de enxergar as organizações como cultura, nas quais existe um sistema de convicções compartilhado por todos os membros, é um fenômeno relativamente recente. Até meados da década de 80, as organizações eram vistas quase sempre, apenas como uma forma racional de coordenar e controlar um grupo de pessoas. Possuíam níveis verticais, departamentos, relações de autoridade e assim por diante. Mas as organizações são mais do que isso. Elas têm personalidade própria, assim como as pessoas. Podem ser rígidas ou flexíveis, hostis ou apoiadoras, inovadoras ou conservadoras. As instalações e as pessoas da General Eletric são diferentes das instalações e pessoas da General Mills, Harvard e MIT estão no mesmo negócio, educação, e ambas as instituições estão localizadas em Cambridge, Estado de Massachusetts, mas cada qual possui caráter e sentimentos únicos, que vão além de suas características estruturais. Os estudiosos da teoria das organizações admitem esse fato ao reconhecer o importante papel que a cultura desempenha na vida dos membros das organizações. É interessante notar, entretanto, que a origem da cultura como uma variável independente que afeta as atitudes e o comportamento dos funcionários remonta há 50 anos, a partir da noção de institucionalização. A institucionalização opera para produzir uma compreensão comum entre os membros da organização acerca do que é o comportamento adequado e, fundamentalmente, significativo.

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Aula Professor Paulo

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UNIP - JUNDIAÍ Disciplina: Comportamento Humano nas Organizações

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AULA 07:

Cultura Organizacional

Institucionalização: Uma sinalização da cultura

A idéia de enxergar as organizações como cultura, nas quais existe um sistema

de convicções compartilhado por todos os membros, é um fenômeno

relativamente recente.

Até meados da década de 80, as organizações eram vistas quase sempre,

apenas como uma forma racional de coordenar e controlar um grupo de

pessoas.

Possuíam níveis verticais, departamentos, relações de autoridade e assim por

diante. Mas as organizações são mais do que isso. Elas têm personalidade

própria, assim como as pessoas.

Podem ser rígidas ou flexíveis, hostis ou apoiadoras, inovadoras ou

conservadoras.

As instalações e as pessoas da General Eletric são diferentes das instalações e

pessoas da General Mills, Harvard e MIT estão no mesmo negócio, educação,

e ambas as instituições estão localizadas em Cambridge, Estado de

Massachusetts, mas cada qual possui caráter e sentimentos únicos, que vão

além de suas características estruturais.

Os estudiosos da teoria das organizações admitem esse fato ao reconhecer o

importante papel que a cultura desempenha na vida dos membros das

organizações.

É interessante notar, entretanto, que a origem da cultura como uma variável

independente que afeta as atitudes e o comportamento dos funcionários

remonta há 50 anos, a partir da noção de institucionalização.

A institucionalização opera para produzir uma compreensão comum entre os

membros da organização acerca do que é o comportamento adequado e,

fundamentalmente, significativo.

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Assim, quando uma organização assume uma permanência institucional, os

modos aceitáveis de comportamento se tornam amplamente auto-evidenciados

para seus membros.

ISSO É O QUE A CULTURA ORGANIZACONAL

ESSENCIALMENTE FAZ.

Dessa forma, compreender em que consiste a cultura de uma organização,

como ela é criada, sustentada e aprendida, pode melhorar nossa capacidade de

explicar e prever o comportamento de pessoas no trabalho.

O QUE É CULTURA ORGANIZACIONAL ?

Há muitos anos, perguntou-se a um executivo o que ele achava que era

Cultura Organizacional. Ele respondeu com a mesma declaração utilizada pela

Suprema Corte dos Estados Unidos na tentativa de definir pornografia: “não

consigo definir o que é, mas a reconheço quando a vejo”.

Essa abordagem não é aceitável para os nossos propósitos. Precisamos de uma

definição básica que sirva como ponto de partida para nossa missão de

conhecer melhor esse fenômeno.

Uma definição:

Parece que todos concordam que Cultura Organizacional se refere a um

sistema de valores compartilhado pelos membros que diferencia uma

organização das demais.

Esse sistema é, em última análise, um conjunto de características chave que a

organização valoriza.

As pesquisas sugerem que existem sete características básicas que, em seu

conjunto, capturam a essência da cultura de uma “organização”.

- 1) Inovação e assunção de riscos. O grau em que os funcionários

estão estimulados a inovar e assumir riscos.

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- 2) Atenção aos detalhes. O grau em que se espera que os funcionários

demonstrem precisão, análise e atenção aos detalhes.

- 3) Orientação para os resultados. O grau em que os dirigentes focam

mais os resultados do que as técnicas e os processos empregados

para o seu alcance.

- 4) Orientação para as pessoas. O grau em que as decisões dos

dirigentes levam em consideração o efeito dos resultados sobre as

pessoas dentro da organização.

- 5) Orientação para a equipe. O grau em que as atividades de

trabalho são mais organizadas em termos de equipes do que de

indivíduos.

- 6) Agressividade. O grau em que as pessoas são competitivas e

agressivas, em vez de dóceis e acomodadas.

- 7) Estabilidade. O grau em que as atividades organizacionais

enfatizam a manutenção do status quo em contraste com o

crescimento.

Cada uma dessas características existe dentro de um continuum que vai de um

grau baixo até um grau elevado.

A avaliação da organização em termos dessas sete características revela,

portanto, uma ilustração complexa da cultura organizacional.

Esse quadro se torna a base dos sentimentos de compreensão compartilhada

que os membros têm a respeito da organização, de como as coisas são feitas e

a forma como eles devem se comportar.

Vamos demonstrar como essas características podem ser combinadas para

criar organizações extremamente diferentes: (aula 8)

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Referências:

ROBBINS, Stephen P. Comportamento organizacional. São Paulo: Pearson

Education, 2009.

VECCHIO, Robert P. Comportamento organizacional: conceitos básicos.

São Paulo: Cengage Learning, 2008.

WAGNER, John A.,Hollenbeck, John R. Comportamento organizacional:

criando vantagem competitiva. São Paulo: Saraiva, 2009.