Aula 08 (1ºsem) 2013 comportamento humano nas organizações

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UNIP - JUNDIAÍ Disciplina: Comportamento Humano nas Organizações 1 AULA 08 : COMPARANDO CULTURAS ORGANIZACIONAIS Organização A Essa empresa é uma organização manufatureira. Espera-se que os executivos documentem completamente todas as suas decisões. Os “bons administradores são aqueles capazes de oferecer dados detalh ados que dêem sustentação às suas recomendações”. As decisões criativas, que incorrem em mudanças significativas ou em riscos, não são encorajadas. Como os responsáveis por projetos fracassados são abertamente criticados e punidos, os executivos procuram não implementar idéias que se desviem muito do status quo. Um gerente de nível hierárquico mais baixo cita uma expressão freqüentemente usada na empresa: “se não tiver quebrado, não tente consertar”. Existem vários regulamentos e regras que devem ser obedecidos pelos funcionários. Os chefes supervisionam os subordinados bem de perto para garantir que não haja desvios. Os dirigentes estão preocupados com a produtividade, independentemente do impacto que isso tenha sobre o moral dos funcionários ou sobre o índice de rotatividade. As atividades de trabalho são planejadas para os indivíduos. Existem departamentos distintos e linhas de autoridade e espera-se que os funcionários tenham pouco contato com colegas que ficam fora de sua área funcional ou linha de comando. A avaliação do desempenho e as recompensas enfatizam o esforço individual, entretanto, a antiguidade na empresa tende a ser o fator básico na diferenciação de aumentos salariais e promoções.

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Aula Professor Paulo

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AULA 08:

COMPARANDO CULTURAS ORGANIZACIONAIS

Organização A

Essa empresa é uma organização manufatureira. Espera-se que os executivos

documentem completamente todas as suas decisões.

Os “bons administradores são aqueles capazes de oferecer dados detalhados

que dêem sustentação às suas recomendações”.

As decisões criativas, que incorrem em mudanças significativas ou em riscos,

não são encorajadas.

Como os responsáveis por projetos fracassados são abertamente criticados e

punidos, os executivos procuram não implementar idéias que se desviem

muito do status quo.

Um gerente de nível hierárquico mais baixo cita uma expressão

freqüentemente usada na empresa: “se não tiver quebrado, não tente

consertar”.

Existem vários regulamentos e regras que devem ser obedecidos pelos

funcionários. Os chefes supervisionam os subordinados bem de perto para

garantir que não haja desvios.

Os dirigentes estão preocupados com a produtividade, independentemente do

impacto que isso tenha sobre o moral dos funcionários ou sobre o índice de

rotatividade.

As atividades de trabalho são planejadas para os indivíduos. Existem

departamentos distintos e linhas de autoridade e espera-se que os funcionários

tenham pouco contato com colegas que ficam fora de sua área funcional ou

linha de comando.

A avaliação do desempenho e as recompensas enfatizam o esforço individual,

entretanto, a antiguidade na empresa tende a ser o fator básico na

diferenciação de aumentos salariais e promoções.

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Organização B

Essa empresa também é uma industria manufatureira. Aqui, contudo, os

dirigentes estimulam e recompensam a mudança e a assunção de riscos.

As decisões baseadas na intuição têm o mesmo valor que aquelas consideradas

totalmente racionais.

Os dirigentes se orgulham de sua história de experimentação de novas

tecnologias e de seu sucesso no lançamento regular de produtos inovadores.

Executivos e funcionários que tiverem uma boa idéia são encorajados a “levá-

la adiante”. Os fracassos são tratados como “experiências de aprendizagem”.

A empresa se orgulha de ser orientada para o mercado e de responder

rapidamente às mudanças nas necessidades de seus consumidores.

Existem poucas regras e regulamentos a serem seguidos e a supervisão é

frouxa, pois os executivos acreditam que seus funcionários são esforçados e

confiáveis.

Os dirigentes se preocupam com a alta produtividade, mas acreditam que ela é

obtida por meio de correto trabalho dispensado ao seu pessoal.

A empresa se orgulha de sua reputação como um bom lugar para trabalhar.

As atividades de trabalho são planejadas em torno de grupos e seus membros

são estimulados a interagir com outras pessoas em outras funções e em níveis

de autoridade diferentes.

Os funcionários falam positivamente sobre a competição saudável entre as

equipes. As pessoas e as equipes possuem suas metas e os bônus se baseiam

na realização desses resultados.

Os funcionários desfrutam de considerável autonomia para escolher a maneira

de atingir seus objetivos.

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Cultura é um conceito descritivo

A cultura organizacional se refere à maneira pela qual os funcionários

percebem as características da cultura da empresa, e não o fato de eles

gostarem ou não delas.

Trata-se de um conceito descritivo. Isso é importante porque diferencia esse

conceito daquele da satisfação com o trabalho.

As pesquisas sobre cultura organizacional têm buscado medir como os

funcionários vêem sua organização: ela estimula o trabalho em equipe?

Recompensa a inovação? Reprime as iniciativas?

Por sua vez, a satisfação com o trabalho procura medir a resposta afetiva ao

ambiente de trabalho. Ela se refere à maneira como os funcionários se sentem

em relação às expectativas da organização, às práticas de recompensas e a

outros aspectos.

Embora os dois conceitos tenham, sem dúvida, certos pontos de interação,

tenha sempre em mente que o conceito de Cultura Organizacional é

descritivo enquanto o de satisfação com o trabalho é voltado para a

avaliação.

Referências:

ROBBINS, Stephen P. Comportamento organizacional. São Paulo: Pearson

Education, 2009.

VECCHIO, Robert P. Comportamento organizacional: conceitos básicos.

São Paulo: Cengage Learning, 2008.

WAGNER, John A.,Hollenbeck, John R. Comportamento organizacional:

criando vantagem competitiva. São Paulo: Saraiva, 2009.