Aula 1
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Ministério da Educação
UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ
Campus Ponta Grossa
Aula 1 Apresentação do Curso; Conceitos iniciais; escoamento
laminar e turbulento. Conceito de Região de entrada
Prof. Paulo H. D. Santos
MECÂNICA DOS FLUIDOS 2
SUMÁRIO
Ementa
Objetivos
Conteúdo Programático
Metodologia
Avaliação
Critério de Aprovação
Data das Avaliações
Referências
Referências Básicas
Referências Complementares
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EMENTA
Escoamento incompressível de fluidos viscosos.
Análise diferencial dos movimentos dos fluidos.
Conceitos cinemáticos.
Escoamento viscoso incompressível externo.
Introdução ao escoamento compressível.
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OBJETIVOS
Desenvolver conceitos e equacionamentos matemáticos no formato diferencial para analisar:
Escoamentos viscosos internos
Escoamentos externos
Escoamentos compressíveis.
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CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
Escoamento incompressível de fluidos viscosos:
Escoamento laminar completamente desenvolvido em placas paralelas e em tubos. Escoamentos em tubos e dutos. Cálculo de perda de carga. Medidores de vazão.
Análise diferencial dos movimentos dos fluidos:
Equação da conservação da massa e da quantidade de movimento no formato diferencial em coordenadas retangulares e cilíndricas. Equações de Navier-Stokes.
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CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
Conceitos cinemáticos: Movimentação de uma partícula de fluido. Translação,
rotação, deformação angular e deformação volumétrica em partículas de fluido.
Escoamento viscoso incompressível externo: Conceito de camada limite. Espessura de camada limite.
Equação integral da quantidade de movimento para camada limite. Escoamento de fluido ao redor de corpos submersos. Arrasto, carenagem e sustentação.
Introdução ao escoamento compressível Propagação de ondas de som. Cone de MAch
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AVALIAÇÃO
As avaliações serão compostas por provas e trabalhos.
As provas terão 90 % de peso na avaliação.
Os trabalhos terão 10% de peso na avaliação.
Por exemplo: a prova vale 9,0 e a soma de todos os trabalhos (entregues na data marcada) vale 1,0.
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AVALIAÇÃO A média semestral do aluno será computada através das
avaliações:
MP = (P1 + P2 + P3)/3.
Se MP > 6 (Discente Aprovado);
Se MP < 6 (Discente deve fazer a Prova de Recuperação).
Se o discente fizer a prova de recuperação (PR), calcula-se a média final semestral da seguinte forma:
MF = (MP + PR)/2.
Se MF > 6 (Discente Aprovado);
Se MF < 6 (Discente REPROVADO).
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OBS: MP – média das avaliações, PR – prova de recuperação, MF – média final semestral.
AVALIAÇÃO
Datas prováveis para as provas: P1: 26/02/13
P2: 19/03/13
P3: 23/04/13
Prova de Recuperação: 30/04/13 (Todo o Conteúdo Programático)
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O aluno tem direito a 2ª Chamada de Prova (respeitar as regras da UTFPR).
REFERÊNCIAS Referências Básicas:
FOX, Robert W.; MCDONALD, Alan T.; PRITCHARD, Philip J. (Autor). Introdução à mecânica dos fluidos. 6. ed. Rio de Janeiro, RJ: LTC, 2006. xiv, 798 p.
MUNSON, Bruce Roy; YOUNG, Donald F.; OKIISHI, T. H. Fundamentos da mecânica dos fluidos. São Paulo: E. Blücher, 1997. 2 v. ISBN 85-212-0143-5 (v.1).
SHAMES, Irving Herman. Mecânica dos fluidos. São Paulo: E. Blücher, 1973. 2 v. ISBN 85-212-0170-2.
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REFERÊNCIAS Referências Complementares:
SHAPIRO, Howard N.; MORAN, Michael J.; MUNSON, Bruce Roy; DEWITT, David P. Introdução à engenharia de sistemas térmicos: termodinâmica, mecânica dos fluidos e transferência de calor. Rio de Janeiro, RJ: LTC, 2005. 604 p. ISBN 8521614462.
GOMES, Renato Bittencourt. Mecânica dos fluidos: contos. Curitiba: Imprensa Oficial do Paraná, 2001. 117 p. (Brasil diferente) ISBN 8588190249.
STREETER, Victor L. Mecânica dos fluidos. São Paulo, SP: McGraw-Hill, 1974. x, 736 p.
BASTOS, Francisco de Assis A. Problemas de mecânica dos fluídos. Rio de Janeiro: Guanabara, 1983. 483 p. ISBN 8570300107.
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TRABALHOS
Filosofia
Uma das melhores maneiras de aprender alguma coisa é através da prática e repetição;
Portanto, os trabalhos de casa são extremamente importantes nesta disciplina!
Todos os trabalhos de casa serão cuidadosamente pensados de forma que você aproveite o máximo da disciplina;
Se você estudar e compreender os trabalhos de casa, você não terá problemas nas provas.
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Motivação para estudar Mecânica dos Fluidos
Mecânica dos Fluidos é onipresente Aerodinâmica
Bioengenharia e sistemas biológicos
combustão
geração de energia
Geologia
Hidráulica e Hidrologia
Hidrodinâmica
Meteorologia
Oceano e Engenharia Costeira
Recursos Hídricos
... Muitos outros exemplos ...…
Mecânica dos Fluidos é LINDA!!! 13
Aerodinâmica
14
Bioengenharia
15
Geração de Energia
16
Geologia
17
Poder Hidráulico dos Rios
18
Estrutura das Hidroelétricas
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Hidrodinâmica
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Meteorologia
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Mecânica dos Fluidos é Linda!!!
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Cidade Natal do Professor (João Pessoa-PB)
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Métodos para Solução de Problemas Fluido-Dinâmicos
Analytical Fluid Dynamics (AFD) - Análise Matemática das equações que regem, incluindo soluções exatas e aproximadas. Este é o foco principal dessa disciplina;
Computational Fluid Dynamics (CFD) - Solução numérica das equações que regem;
Experimental Fluid Dynamics (EFD) - Observação e aquisição de dados.
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Analytical Fluid Dynamics (AFD) Qual seria a velocidade das tsunamis no fundo do oceano?
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Analytical Fluid Dynamics (AFD) Qual seria a velocidade tsunamis no fundo do oceano? Equações de Navier-Stokes:
Fazendo diversas aproximações,
onde g = 9,81 m/s2, h=3048 [m]
2 2 2
2 2 2x
u u u u p u u uu v w g
t x y z x x y z
2 2 2
2 2 2y
v v v v p v v vu v w g
t x y z y x y z
2 2 2
2 2 2z
w w w w p w w wu v w g
t x y z z x y z
622c gh km/h
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Computational Fluid Dynamics (CFD)
Em comparação com os métodos analíticos, que são bons para fornecer soluções para geometrias simples ou comportamento de condições limitantes (como ondas de água rasa linearizadas), a solução em CFD fornece uma ferramenta para resolver problemas com a física não-linear e geometria complexa.
Animation by Vasily V. Titov, Tsunami Inundation Mapping Efforts, NOAA/PMEL
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Experimental Fluid Dynamics
Universidade do Estado de Oregon (Laboratório de Pesquisa sobre Ondas)
Aparato experimental do modelo feito em escala Onda Tsunami
A Análise dimensional é
muito importante na con-cepção de um modelo ex-perimental que representa a física do problema real;
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Experimental Fluid Dynamics
Experiências são, por vezes, realizadas em campo ou em escala completa (real);
Para as tsunamis, aquisições de dados são usados para sinais de alerta;
DART: Deep-ocean Assess-ment and Reporting of Tsunamis ;
Utiliza-se um sensor de tubo de Bourbon para medir a pressão hidrostática;
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CAMPO DE VELOCIDADE
Fluidos em movimento – determinação do campo de velocidade;
Num dado instante o campo de velocidade é dado por:
A velocidade em qualquer ponto do campo de escoamento pode variar de um instante a outro:
O vetor velocidade pode ser descrito em termos das suas componentes:
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V V x y z t , , ,
V V x y z , ,
V ui vj wk ˆˆ ˆ
Escoamento Permanente
Quando as propriedades em cada ponto de um escoamento não variam com o tempo , i.e.,
31
0 x y zt
, ,
0V
V V x y zt
, ,
32
As equações de N-S são equações vetoriais em 3D. Vetores de velocidade, U (x, y, z, t) = [Ux (x, y, z, t), Uy (x, y, z, t), Uz
(x, y, z, t)] Escoamentos com dimensões de menor ordem reduzem a
complexidade da solução analítica e/ou computacional. Variação de sistema de coordenadas (cilíndrica, esférica, etc)
podem facilitar a redução da ordem. Exemplo: para um escoamento completamente desenvolvido num
tubo, a velocidade V (r) é uma função do raio r e a pressão p(z) é uma função da distância z ao longo do tubo.
Escoamentos Uni, Bi e Tridimensionais
Escoamentos Uni, Bi e Tridimensionais
Tridimensional e tran-siente: a velocidade depende em qualquer um de seus pontos das três coordenadas e do tempo:
Embora a maioria dos campos de escoamento sejam intrinsecamente tri-dimensionais, simplifica-ções são utilizadas com freqüência;
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V V x y z t , , ,
2
1r
u uR
max
Escoamento unidimensional
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Condição de Não Deslizamento
Condição de não deslizamento: um fluido em contato direto com um sólido adere a superfície devido aos efeitos viscosos;
Responsável pela geração de tensão de cisalhamento na parede tw, pelo arrasto da superfície D= ∫tw dA, e o pelo desenvolvimento da camada limite;
A propriedade de fluido responsável pela condição de não deslizamento é a viscosidade;
Condição de contorno importante na formulação do Initial Boundary Value Problem (IBVP) para análise da dinâmica de fluidos computacional.
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Região de Entrada e Perfil de Velocidade Completamente Desenvolvido
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Classificação dos Escoamentos
Podemos classificar os escoamentos afim de assumir hipóteses simplificadoras para as equações diferenciais parciais governantes:
Conservação da Massa
Conservação da Quantidade do Movimento
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Regiões de Escoamentos Viscosos vs. Invíscidos
Regiões onde os efeitos do atrito são significativos são denominadas regiões visco-sas. Eles geralmente ocorrem nas superfícies sólidas.
Regiões onde as forças de atrito são pequenas em comparação com as forças de inércia ou de pressão são chamados invíscido.
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Escoamentos Compressível vs. Incompressível
Um escoamento é classificado como incompressível se a densidade permanece quase constante.
Escoamentos de líquidos são tipicamente incompressíveis
Escoamentos de gases são muitas vezes compressíveis, especialmente para altas velocidades
Número de Mach, Ma = V / c é um bom indicador para saber se efeitos de compressibilidade são ou não são importantes. Ma < 0.3 : Incompressível Ma < 1 : Subsônico Ma = 1 : Sônico Ma > 1 : Supersônico Ma >> 1 : Hypersônico
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Escoamento Laminar vs. Turbulento
Laminar: o movimento do fluido é altamente ordenado com suaves linhas de corrente;
Transição: um escoamento que contém tanto as regiões laminar e turbulentas;
Turbulento: o movimento do fluido é altamente desordenado, caracterizado por flutuações de velocidade e vórtices (rede-moinhos).
Número de Reynolds, Re= UL/ é o parâmetro chave para determinar se o escoamento é laminar ou turbulento ou de transição.
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Escoamento Laminar vs. Turbulento
Escoamento em tubos com superfícies internas lisas e rugosas.
Escoamento de água na saida de uma torneira.
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Escoamento em Regime Permanente vs. Transiente
No regime permanente não há nenhuma variação com relação ao tempo num ponto com o tempo. Os termos transientes das equações de N-S são zero:
O regime Transiente é oposto ao regime permanente. O regime transiente usualmente
descreve um começo ou um escoamento em desenvolvimento.
O regime periódico se refere a um escoamento que oscila em torno de uma média.
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CLASSIFICAÇÃO DA MECÂNICA DOS FLUIDOS
Mecânica dos Fluidos
(Contínuo)
Compressível Incompressível Interno Externo
Invíscido Viscoso
Laminar Turbulento
REFERÊNCIAS Referências Básicas:
FOX, Robert W.; MCDONALD, Alan T.; PRITCHARD, Philip J. (Autor). Introdução à mecânica dos fluidos. 6. ed. Rio de Janeiro, RJ: LTC, 2006. xiv, 798 p.
CENGAL, Y.; CIMBALA, J.; Fluid Mechanics: Fundamentals and Applications, 1st Ed., McGraw-Hill , 2004.
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