Aula 1: Apresentação da Disciplina ASPECTOS INTRODUTÓRIOS
Transcript of Aula 1: Apresentação da Disciplina ASPECTOS INTRODUTÓRIOS
Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Campus Dois Vizinhos
Engenharia Florestal
Tratos e Métodos Silviculturais
Aula 1:
Apresentação da Disciplina
ASPECTOS INTRODUTÓRIOS
Eng. Ftal. Dr. Prof. Eleandro José Brun
Dois Vizinhos - PR, 2016-01.
Qual a importância da disciplina
de TRATOS E MÉTODOS
SILVICULTURAIS para o
Engenheiro Florestal?
Apresentação da Disciplina
Ementa
ITEM EMENTA CONTEÚDO
1Implantação de povoamentos florestais
Histórico e Contextualização. Escolha da área para o plantio de
florestas. Talhonamento e construção de aceiros e estradas.
Práticas de limpeza de terreno e eliminação de plantas
competidoras. Controle preventivo de pragas. Preparo do solo
para o plantio de florestas. Adubação de plantio e cobertura. Plantio. Replantio.
2 Bases ecológicas
Crescimento das árvores. Processos e fases do crescimento
das florestas. Classificação de florestas. Dinâmica dopovoamento.
3Métodos silviculturais para florestas naturais e plantadas
Intervenções silviculturais. Desbastes. Desramas. Cortes intermediários e de liberação.
4Regeneração de florestas para fins econômicos
Regeneração natural. Implantação por semeadura direta. Implantação por estacas.
5 Sistemas silviculturais
Fundamentação dos métodos silviculturais. Sistema de
Talhadia. Sistema Alto Fuste. Sistemas agroflorestais. Sistemasagrosilvipastoris.
Dia/Mês ou Semana
Conteúdo das AulasNúmero de Aulas
03/03 Apresentação da disciplina e das avaliações. Introdução ao conteúdo do
semestre e diagnóstico do conhecimento prévio dos alunos. Distribuição de
temas de seminário em grupo e APS.
Escolha da área para o plantio de florestas através de critérios técnicos eeconômicos.
2
04/03 Visitas técnicas e avaliações em florestas: plantio com diferentes espécies de
Eucalyptus sp. e Pinus sp. – seleção de espécies e avaliação de práticassilviculturais.
2
10/03 Planejamento e delimitação de área de plantio florestal, demarcação de
estradas, aceiros e talhões. Prática de delimitação de área de plantio, estradas,aceiros e talhões.
2
11/03 Controle de plantas competidoras em pré e pós-plantio florestal. ReceituárioFlorestal e Responsabilidade Técnica.
2
17/03 Controle de pragas e doenças em florestas plantadas. Receituário Florestal eResponsabilidade Técnica.
2
18/03 Prática de avaliação de danos e controle de plantas competidoras e de formigascortadeiras em florestas plantadas e áreas cultivadas diversas.
2
31/03 Preparo do solo para o plantio de florestas. 2
01/04 Prática de preparo do solo e avaliação da qualidade para o plantio de florestas. 2
07/04 Calagem, adubação de base, de plantio e de cobertura em florestas plantadas. 2
08/04 Prática de Adubação em parcelas demonstrativas de florestas plantadas. 2
14/04 Visita técnica em empresa florestal 2
15/04 Arranjos espaciais e Espaçamentos para o plantio de florestas. 2
28/04 Apresentação de seminários 2
Dia Conteúdo das Aulas N
29/04 Sistemas de plantio florestal (mudas, sementes, estacas, etc.). Plantio manual, semi-mecanizado e mecanizado. Condução da regeneração natural.
2
05/05 Prática de plantio/replantio, condução de rebrota e controle de invasoras em florestasplantadas
2
06/05 Crescimento das árvores e dinâmica de crescimento de florestas. Classificação de florestas. 2
12/05 Avaliação de projetos de implantação e condução de florestas. Custos de implantação deflorestas comerciais.
2
13/05 Métodos silviculturais. 2
19/05 Semana Acadêmica do Curso: Palestras Técnicas 2
20/05 Semana Acadêmica do Curso: Palestras Técnicas 2
02/06 Sistema Florestais: Talhadia, Alto Fuste, outros. 2
03/06 Sistemas agroflorestais e agrosilvipastoris 2
09/06 Visita técnica e avaliação/condução de sistemas agroflorestais e silvipastoris. 2
10/06 Desrama/poda em florestas com finalidade comercial 2
16/06 Defesa de estágio e TCCs do curso 2
17/06 Prática de desrama/poda 2
23/06 Desbaste em florestas com finalidade comercial 2
24/06 Prática de marcação e acompanhamento de desbaste em florestas 2
30/06 Revisão final do conteúdo do semestre. 2
01/07 Prova Final 2
07/07 Prova Substitutiva 2
Avaliações- Participação em aula: frequência, participação EFETIVA nas atividades
propostas e em sala de aula e em campo, assiduidade (cumprimento de prazos)
na entrega dos trabalhos e realização de avaliações: 10% da nota do semestre;
- Relatórios de aulas práticas: (em grupo). Entregues, sempre, uma semana
após a realização da aula prática correspondente (20%);
- Relatório de visita(s) técnica(s) (em dupla): visita técnica a empresa florestal
(10%)
- Apresentação de seminários: em grupo, com 20 minutos para apresentação
e mais 20 minutos para questionamentos e discussão dos colegas e do
professor. A cada apresentação, dois alunos da turma serão convidados pelo
professor para serem avaliadores do grupo que estiver apresentando (avaliar a
apresentação oral e também a qualidade do material elaborado e entregue em
arquivo de PowerPoint) (20%) – Obs.: arquivo pdf do seminário deverá ser
repassado a todos os grupos e ao professor;
-Prova: todo o conteúdo da disciplina, de forma individual e sem consulta a
qualquer material didático (20%);
- APS (em grupo): projeto de plantio e condução de floresta (20%).
Bibliografia sugerida
GALVAO, A. P. M. (Org.) Reflorestamento de propriedades rurais para fins produtivos e
ambientais: um guia para ações municipais e regionais. Brasília: Embrapa Comunicação
para Transferência de Tecnologia; Colombo, PR: Embrapa Florestas. 2000. 351 p.
TRINDADE, C.; RIBEIRO, G. T.; PAIVA, H. N.; JACOVINE, L. A. G. Cultivo do eucalipto em
propriedades rurais. Viçosa: Aprenda Fácil. 138 p. 2001
SILVA A. A. DA; SILVA J. F. Tópicos em manejo de plantas daninhas. Viçosa: Editora UFV,1ª
Edição, 2007.
SPIECKER, H. Análise do crescimento florestal: a concorrência e sua importância no
desbaste. Curitiba: FUPEF, 1981. 62 p.
SAAD, O. Máquinas e técnicas de preparo inicial do solo. Ed. Nobel, 5ª Edição,1973.
FONSECA. S. M.; ALFENAS, A. C.; ALFENAS, R. F.; BARROS, N. F.; LEITE, F. P. Cultura do
eucalipto em áreas montanhosas. Viçosa/MG: SIF. 2007. 43p.
SCHAITZA, E. Implantação e manejo de florestas em pequenas propriedades no Estado
do Paraná: um modelo para conservação ambiental, com inclusão social e viabilidade
econômica. Colombo: Embrapa Florestas, 2008. 49 p.
FERRON, R. M.; ROTTA, S. R. Reflorestamento. Porto Alegre, RS: SENAR-RS, 2005. 61 p.
(Coleção SENAR-RS).
Seminários (20% da nota do semestre)- 2 grupos x 4 alunos + 2 grupos de 5 alunos = 18
1 –
Grupo:
2 –
Grupo:
3 –
Grupo:
Atividade Prática Supervisionada
Em grupo
1 - Fazer projeto de implantação e condução de uma floresta plantada, que
deverá ser direcionado a uma área de propriedade rural, conforme roteiro e
explicações a serem fornecidos pelo professor em aula.
Considerar:
- Objetivo(s) da floresta – define espécie e sistema de manejo, rotação, mercado
consumidor dos produtos, etc.
- Local: descrição, clima, solo, uso anterior da área, acesso, etc.
- Atividades de implantação/condução (desde mapeamento até desbaste e
colheita)
- Custos
- Resultados esperados (renda total e anual, produtos, etc.)
- Referências
- Anexos
IMPORTANTE: QUAL A DIFERENÇA ENTRE UM PROJETO TÉCNICO E UM
PROJETO DE PESQUISA?
ETAPAS da Atividade Prática Supervisionada
1 – Introdução, definição de objetivo, espécie, sistema de implantação e
condução, espaçamento, rotação, produtos, mercado consumidor, etc.;
Até: 18/03
2 – Descrição da região / área de implantação, clima, solo, uso anterior da
área, situação da matocompetição, formigas. Mapa com APP, RL, área de
plantio, talhões, aceiros e estradas, sede, etc.
Até: 15/04
3 – Descrição das atividades a serem desenvolvidas: talhonamento,
construção das estradas, aceiros, controle de plantas competidoras,
controle de formigas, preparo do solo, calagem, adubação, plantio,
replantio, controle de invasoras, desrama, desbaste, corte final.
Até: 13/05
4 – Custos, resultados esperados, referências, anexos.
Até: 10/06
Entrega final: 30/06
Formas de contato com o Professor
As aulas e demais materiais serão disponibilizadas na página:
http://paginapessoal.utfpr.edu.br/eleandrobrun
Sala – Casa 3
E-mail: [email protected]
Skipe: [email protected]
Telefone: (46) 3536 – 8412 (Ramal da Casa 3)
O desafio de plantar florestas frente a realidade
regional e nacional
Como atuar com:
- Um código florestal “diferente”? Benéfico ou maléfico?
- Visão “simplista” de floresta por profissionais correlatos
- Uma visão de floresta como empecilho a outras atividades?
- Uma visão de floresta plantada como causadora de impacto ambiental?
- Uma grande necessidade de madeira para diversos fins
- Uma falta de visão de oportunidade de investimento em florestas
que “contamina” também os profissionais
- A possibilidade de aliar floresta com agricultura e pecuária
- Bons exemplos individuais e coletivos (Agroflorestas, silvipastoril, ILPF)
- FOMENTO FLORESTAL parcerias empresariais.
O desafio de plantar florestas frente a realidade regional
Reportagem do Jornal de Beltrão do fim de semana:
JdeB – 31/07/11
Como identificar oportunidades
profissionais nessa situação???
E. saligna
TEMOS GRANDE DEMANDA?JdeB – mar./2012
Apenas um exemplo de demanda
regional elevada.
Demanda que continua em alta:
energia (lenha e carvão) e
maravalha (cama de aviário)
Demandas crescentes:
Madeira para móveis
Madeira para construção civil
Floresta Nacional da Tijuca – Maior Floresta
Urbana do mundo!!! (Declarada Patrimônio da Humanidade
em 1991)
Fonte: Leão (2000)
Como identificar oportunidades em um
meio que pode parecer “inóspito”
Vale a pena colocar uma fábrica ou exportar sapatos para a Índia?
“tem gente que vê problemas, tem que gente que vê oportunidades nos
problemas”
Existe mesmo “vocação” para determinada cultura?
“falar de vocação para determinada atividade só é válido quando não temos
embasamento técnico capaz de nortear novas opções rentáveis de investimento”
Ex.: Dois Vizinhos nunca tinha vocação para criar frangos até começar a fazê-lo, pois
teve apoio para isso.
O QUE FAZER: Identificar oportunidades nas demandas associadas à produção
agropecuária / florestal, na área ambiental e industrial
POLÍTICAS GOVERNAMENTAIS AJUDAM MUITO, NÃO SÃO TUDO, MAS
AJUDAM...
Como e quando começamos a plantar florestas no Brasil?
Floresta da Tijuca (RJ): 1862
Plantio de Eucalipto para energia de locomotivas: 1909
(Horto Florestal de Rio Claro)
Incentivos fiscais do governo para plantadores de
florestas: entre as décadas de 60 e 80 (1967-87)
Atualmente: empresas florestais e empresas ambientais,
cooperativas, agricultores, ongs, prefeituras, profissionais
autônomos plantam florestas com diversas finalidades.
Figura 1: Fluxograma da
cadeia produtiva de
produtos florestais
madeireiros e não
madeireiros no Brasil
Fonte: ABRAF (2010)
Valor bruto da produção florestal por setor (2011 – 2012)
2011
Tributos arrecadas pelos segmentos associados às florestas plantadas (2011 – 2012)
Fonte: ABRAF, 2013.
Principais indicadores econômicos do setor florestal – 2011 - 2012
Fonte: ABRAF (2012)
Estimativa do número de empregos diretos, indiretos e do efeito-renda mantidos pelos
segmentos associados às florestas plantadas no Brasil, 2012.
Figura 2: Área plantada
com Eucalipto no Brasil
(2012).
Fonte: ABRAF (2013)
Fonte: ABRAF (2013)
Figura 3: Área plantada
com Pinus no Brasil.
Fonte: ABRAF (2013)
SITUAÇÃO DAS FLORESTAS
PLANTADAS DE Eucalyptus e
Pinus NO BRASIL:
Área total de florestas plantadas no
Brasil: 6.665.000 ha
2005-2012: Eucalipto: + 5,37% aa
Pinus: - 2,34% aa
Total: + 3,21% aa
Exceção: MS Crescimento de 22,5% da área
plantada (2011 2012)
QUANDO SE FALA EM PLANTIOS FLORESTAIS, AS ESPÉCIES
NATIVAS E DEMAIS EXÓTICAS SÃO TRATADAS COMO
OUTRAS?????
Fonte: ABRAF (2013)
OUTROS= Acácia, Seringueira, Paricá, Teca, Araucária e Pópulus, etc.
Principais gêneros/espécies plantadas no Brasil, depois de Pinus e
Eucalyptus (ABRAF, 2013).
Bracatinga, uva-do-japão, pupunha, etc.
Fonte: ABRAF (2010)
Figura 5: Evolução da produção anual de madeira em tora de florestas plantadas
para uso industrial no Brasil (2000 – 2009).
Evolução relativa, em números – índices (2004 = 100), da área de plantios das
empresas associadas individuais da ABRAF por espécie, 2004-2012
Por que está se preferindo plantar eucalipto ao invés de Pinus?
Fonte: ABRAF (2010)
Figura 6: Perspectivas futuras de investimento das empresas do setor florestal
entre os anos de 2010 - 2014
Com base nos dados do setor florestal, porque
devemos saber planejar bem uma floresta?
Desbastes
PLANTAR FLORESTAS E
COÇAR, É SÓ COMEÇAR
EM CASO DE DÚVIDAS, PROCURE UM ENGENHEIRO
FLORESTAL....
VOCÊ...