Aula 1 Ezoognósia Equina - Nomenclatura do Exterior e Mensurações

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Exterior dos Eqüinos Prof a Dra.Helena Emília Manso [email protected] UFRPE UFRPE

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Exterior dos Eqüinos

Profa Dra.Helena Emília [email protected]

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Resumo da Aula

• Para que estudar/compreender o exterior dos cavalos?

• Nomenclatura

• Casco dos eqüinos

• Mensurações

Ezoognósia

• O que é?

É o estudo do exterior dos animais domésticos, constitui a

parte da zootecnia que permite a avaliação do animal servindo-se de

princípios fundamentais de anatomia, fisiologia, mecânica e patologia,

tendo em vista sua aplicação funcional e, consequentemente, sua

importância econômica.

Exame comparativo é a base da avaliação!

Ezoognósia e a seleção artificial nos eqüídeos

Conceitos Zootécnicos

• Beleza: zootecnicamente é empregado para determinar a eficiência das partes do animal em relação a sua utilidade. Pode ser:

– Absoluta: quando compreende requisitos essenciais para todos os casos. Ex. boas patas, bons aprumos, bons olhos

– Relativa: quando se refere a particularidades que determinam, dentro de espécies, características funcionais. Ex. úbere bem irrigado e bem formado.

– Convencional: capricho de moda, quando o homem seleciona particularidades sem interesse econômico de produção. Ex. pelagens.

Conceitos Zootécnicos

• Defeituosidade:é a inexistência de adaptação de uma região ou de um órgão à determinada função econômica. Pode ser:

– Absolutas: são os defeitos que não se compensam, inutilizando o animal sob muitos aspectos. Ex. membros defeituosos, garupa estreita..

– Relativas: são os defeitos que se compensam, segundo a utilização do animal e prejudicam somente num aspecto secundário. Ex. quebra da articulação coxo-femural, obliqüidade da quartela..

– Congênitas: são defeitos hereditários que se manifestam ao nascer ou logo após e que prejudicam o animal sob os pontos de vistas reprodutivos e de produção. Ex. hérnia umbilical, cascos deformados...

– Adquiridas: são os defeitos adquiridos pelo animal, no decurso de sua vida. Ex.

taras ósseas, derrames sinoviais..

Conceitos Zootécnicos

• Tara: é todo o sinal externo de qualquer lesão capaz de depreciar o animal.

• Vícios: hábito prejudicial costumeiro, tanto no aspecto reprodutivo como funcional. Também são conhecidas como birras, ou seja são hábitos nocivos que os cavalos adquirem, umas vezes por ociosidade, outras por imitação e não raro por tendência hereditária. Poder ser:

– Congênitos: Ex. morder, coicear

– Adquiridos: Ex. varar cerca, tique de urso, engolir ar, roer parede, comer fezes, empinar...

Divisões do corpo do eqüino• Cabeça: 4 faces (dorsal, laterais e ventral) e 2

extremidades (cranial e aboral)

• Pescoço: 2 faces (laterais ou tábuas), 2 extremidades (cranial e caudal), 2 bordos (dorsal e ventral)

• Tronco: 6 faces (dorsal, ventral, laterais, cranial e caudal)

• Membros anteriores ou torácicos

• Membros posteriores ou pélvicos

Nomenclatura

• Cabeca

• Pescoço

• Tronco

• Membros

Cabeça

•Face dorsal: fronte (10), chanfro ( 4), ponta das ventas (13)•Faces laterais: orelhas (1), fontes (9), olhais (2), arcadas orbitárias (11), bochechas (12), narinas (5) •Face ventral: fauce, ganachas, mento•Extremidade cranial : nuca (7), topete (8), parótidas e garganta (regiões intermediárias)•Extremidade aboral: boca (7)

Pescoço

•Bordo dorsal: crineira (15)•Bordo ventral: traquéia (17)•Tábua direita: juguleira (18)•Tábua esquerda: (16)•Extremidade cranial•Extremidade caudal

Tronco

•Face dorsal: cernelha (29), dorso (30), lombo (36), anca (37), garupa (39)•Face ventral: cilhadouro (32), ventre (34), bainha, bolsas escrotais e mamas•Faces laterais: costados (31) e flancos (35)•Face cranial : peito, inter-axilas e axilas•Face caudal : cauda (38), nádegas, ânus, e períneo ( vulva)

Membros

•anteriores ou torácicos: espáduas (21), encontros, braços, codilhos (33), antebraços (22), joelhos (23), canelas (24), boletos (25), quartelas (26), coroas (27) e cascos (perioplio, muralha, sola, ranilha)

•posteriores ou pélvicos: coxas(40), soldras (42), pernas (43), jarretes (44), canelas (24), boletos (25), quartelas (26), coroas (27) e cascos (perioplio, muralha, sola, ranilha)

Casco [vista lateral]

• Coroa

• Perióplio

• Muralha

• Bulbo

Casco [vista solar]

• Sola• Muralha• Angulo da

muralha• Ranilha • Sulcos laterais da

ranilha• Linha branca

Casco [vista interna]

• Perióplio• Coroa• Ranilha

• Derme da coroa

• Derme laminar

• Derme do bulbo

Conformação

• É a aparência do cavalo, que deve ajustar-se aos padrões da sua raça.

• Tem muito a ver também com a estrutura do animal, com a perfeição maior ou menor, das partes componentes do seu esqueleto, e com o relacionamento que essas partes têm umas com as outras, além de sua qualidade e eficiência.

• Um cavalo bem-feito, bem proporcionado, atua melhor e por mais tempo

Classificação da cabeça quanto ao perfil fronto-nasal

• Cabeça chata: fronte é côncava

• Cabeça de lebre: fronte convexa

• Cabeça de carneiro: chanfro convexo

• Cabeça de rinoceronte: chanfro côncavo

Classificação do pescoço: quanto forma da linha do bordo superior

• Pescoço rodado: convexa

• Pescoço de cervo: côncavo

• Pescoço Triangular: retilíneo

• Pescoço de cisne: convexa na extremidade cranial e côncava na extremidade caudal

Classificação da garupa quanto a inclinação

• Garupa horizontal: inclinação entre 12 e 25º• Garupa inclinada: inclinação entre 25 e 30º• Garupa Oblíqua: entre 30 e 35º• Garupa caída ou derreada: superior a 35º

Classificação da garupa quanto a forma: observação pela face caudal

• Garupa pontuada ou de maribondo: linhas laterais e superiores convergem para trás.

• Garupa dupla: sulcada ao meio• Garupa Cortante: apófises espinhosas evidentes

MENSURAÇÕES DOS EQÜINOS

• É a apreciação dos animais domésticos baseada na forma e nas proporções e com o objetivo de verificar as qualidades e os defeitos de cada região e do conjunto.

• Essa avaliação pode ser feita de duas maneiras: método empírico, chamado de golpe de vista e o outro através das mensurações.

• Instrumentos utilizados: bengala hipométrica, fita métrica (trena) e astrogoniômetro ou compasso.

Mensurações1. Altura à cabeça2. Altura à cernelha3. Altura à garupa4. Comprimento do corpo5. Perímetro do tórax6. Perímetro da canela

1 2 3

5

4

6

Men

sura

ções

1. Largura da garupa2. Largura da cabeça3. Largura do peito

3

2

1

ELEMENTOS MÉTRICOS:

• Altura

• Cavalos grandes - com altura superior a 1,60 m

• Cavalos médios – com altura entre 1,50 e 1,60 m

• Cavalos pequenos – com altura inferior a 1,50 m

ELEMENTOS MÉTRICOS:

Largura: segundo as larguras do peito, tórax e ancas:

• Cavalos de Tração – larguras grandes

• Cavalos de Sela – larguras médias

Altura e Comprimento• Cavalos de Tração – quando o

comprimento é maior que a altura• Cavalos de Sela – quando a altura é igual

ou pouco maior que o comprimento

Peso• Cavalos hipermétricos – acima de 550 kg• Cavalos cumétricos – entre 350 e 550 kg• Cavalos hipométricos – abaixo de 350 kg

Índice Dáctilo – Torácico

Idt = PC (perímetro da canela)

PT (perímetro do tórax)

• Cavalos leves – Idt superior a 0,105• Cavalos médios – Idt superior a 0,108• Cavalos de tração – Idt superior a 0,110• Cavalos de tração pesada – Idt superior a 0,115

Índice Corporal

IC = CC (comprimento do corpo)

PT (perímetro torácico)

• Cavalos longilíneos – IC superior a 0,90• Cavalos mediolíneos – IC entre 0,86 e 0,88• Cavalos brevilíneos – IC inferior a 0,85

Índice de Conformação

Ic = PT2 (quadrado do perímetro torácico)

A (altura na cernelha)

• Cavalo de sela – ideal é 2,1125• Sendo tanto maior quanto mais apto for o cavalo

para a tração e tanto menor quanto mais ligeiro.

Índice de Compacidade

Icp = P (peso)

A (altura)

• Cavalo de sela – Icp menor que 0,20• Cavalo de tração ligeira – Icp entre 2,60 e 3,15• Cavalo de tração pesada – Icp acima de 3,15

Dúvidas ????