Aula 10 - Avaliação de Língua Portuguesa

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CENTRO UNIVERSITÁRIO PADRE ANCHIETA Avaliação 2014 – 5 ª série / 6º ano Nome: Parte I A Roça (Fagundes Varela) O balanço da rede, o bom fogo Sob um teto de humilde sapé; A palestra, os lundus, a viola, O cigarro, a modinha, o café; Um robusto alazão, mais ligeiro Do que o vento que vem do sertão, Negras crinas, olhar de tormenta, Pés que apenas rastejam no chão; E depois um sorrir de roceira, Meigos gestos, requebros de amor, Seios nus, braços nus, tranças soltas, Moles falas, idade de flor; Beijos dados sem medo ao ar livre, Risos francos, alegres serões, Mil brinquedos no campo ao sol posto, Ao surgir da manhã mil canções: Eis a vida nas vastas planícies Ou nos montes da terra da Cruz: Sobre o solo só flores e glórias, Sob o céu só magia e só luz. Belos ermos, risonhos desertos, Livres serras, extensos marnéis, Onde muge o novilho anafado, Onde nitrem fogosos corcéis... Onde a infância passei descuidoso. Onde tantos idílios sonhei, Onde ao som dos pandeiros ruidosos Tantas danças da roça dancei... Onde a viva e gentil mocidade Num contínuo folgar consumi, Como longe avultais no passado! Como longe vos vejo daqui! Se eu tivesse por livro as florestas, Se eu tivesse por mestre a amplidão, Por amigos as plantas e as aves, Uma flecha e um cocar por brasão; Não manchara minh’alma inspirada, Não gastara meu próprio vigor, Não cobrira de lama e de escárnios Meus lauréis de poeta e cantor! Voto horror às grandezas do mundo, Mar coberto de horríveis parcéis, Vejo as pompas e galas da vida De um cendal de poeira através. Ah! nem creio na humana ciência, Triste acervo de enganos fatais, O clarão do saber verdadeiro Não fulgura aos olhares mortais! Mas um gênio impiedoso me arrasta, Me arremessa do vulgo ao vaivém, E eu soluço nas sombras olhando Minhas serras queridas além! Tendo como base a leitura do poema A Roça, e o que se trabalhou em sala de aula sobre os elementos que caracterizam o cenário, e de que maneira eles contribuem para o sentido da narrativa, responda as seguintes questões: 1 - Comente o cenário expresso no interior do poema. (1,25)

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Avaliação com poema A Roça - Fagundes Varela

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CENTRO UNIVERSITRIO PADRE ANCHIETAAvaliao 2014 5 srie / 6 ano Nome:Parte I

A Roa (Fagundes Varela)

O balano da rede, o bom fogoSob um teto de humilde sap;A palestra, os lundus, a viola,O cigarro, a modinha, o caf;Um robusto alazo, mais ligeiroDo que o vento que vem do serto,Negras crinas, olhar de tormenta,Ps que apenas rastejam no cho;E depois um sorrir de roceira,Meigos gestos, requebros de amor,Seios nus, braos nus, tranas soltas,Moles falas, idade de flor;Beijos dados sem medo ao ar livre,Risos francos, alegres seres,Mil brinquedos no campo ao sol posto,Ao surgir da manh mil canes:Eis a vida nas vastas planciesOu nos montes da terra da Cruz:Sobre o solo s flores e glrias,Sob o cu s magia e s luz.Belos ermos, risonhos desertos,Livres serras, extensos marnis,Onde muge o novilho anafado,Onde nitrem fogosos corcis...Onde a infncia passei descuidoso.Onde tantos idlios sonhei,Onde ao som dos pandeiros ruidososTantas danas da roa dancei...Onde a viva e gentil mocidadeNum contnuo folgar consumi,Como longe avultais no passado!Como longe vos vejo daqui!Se eu tivesse por livro as florestas,Se eu tivesse por mestre a amplido,Por amigos as plantas e as aves,Uma flecha e um cocar por braso;No manchara minhalma inspirada,No gastara meu prprio vigor,No cobrira de lama e de escrniosMeus lauris de poeta e cantor!Voto horror s grandezas do mundo,Mar coberto de horrveis parcis,Vejo as pompas e galas da vidaDe um cendal de poeira atravs.Ah! nem creio na humana cincia,Triste acervo de enganos fatais,O claro do saber verdadeiroNo fulgura aos olhares mortais!Mas um gnio impiedoso me arrasta,Me arremessa do vulgo ao vaivm,E eu soluo nas sombras olhandoMinhas serras queridas alm!

Tendo como base a leitura do poema A Roa, e o que se trabalhou em sala de aula sobre os elementos que caracterizam o cenrio, e de que maneira eles contribuem para o sentido da narrativa, responda as seguintes questes:

1 - Comente o cenrio expresso no interior do poema. (1,25)2 - Quais termos ou palavras possuem relao com o ttulo do poema? Transcreva-os e comente. (1,25)3 - Na descrio do cenrio feita pela voz potica, h a presena de sensaes? Se sim, quais palavras ou termos expressam essa relao de sentido? (1,25)4 - Cite, pelo menos, trs adjetivos que contribuam para a construo desse lugar como sendo o ideal, perfeito. (1,25)

Parte II

Ao lermos um texto, interpretamos e construmos um sentido para ele. Assim, a m ordenao das frases e dos elementos constituintes do texto, problemas ortogrficos e notacionais, entre outros fatores comprometem o sentido e a coerncia textual.Tendo isso em mente, anlise e reescreva o primeiro pargrafo, que apresenta alguns dos problemas mencionados. A partir do elemento livro, voc deve reorganiz-lo de forma a propor a construo de sentido.Em seguida, analise o texto inteiro e identifique os problemas de ortografia, sublinhando-os. (5,0)

Olhei para todos os lados do nibus e ningum me observava, ento perguntei ao cobrador quem teria sentado naquele lugar mas no me escutou. Enquanto caminhava para casa vim olhando pelas ruas se eu encontrava algum procurando algo, no encontrei. Entrei em casa, examinei o livro e adormeci. No outro dia tinha um marcador de pginas cado no cho e um endereo anotado. Arrumei minhas coisas e sa para o colgio. Assim que terminou a ltima aula sa correndo para procurar aquele endereo. Naquela casa morava um homem que se chamava Joo. Disse que meu nome era Clarice e que eu estava passando por aquela rua por acaso. Comeou a chover sem parar e eu estava no ponto de nibus quando parou um carro muito bonito e me ofereceu carona. Fui logo entrando e agradecendo a gentileza. No carro havia um mdico chamado Dr. Carlos, sua esposa e um filho. No banco do carro tinha um livro igual o que eu estava na bola e fui logo perguntando quem tinha lido aquele livro, a esposa falou que era de um autor muito especial. Disse obrigado pela carona e fui para casa, parecia que o Joo e o Dr. Carlos tinha alguma coisa com o livro que eu tinha encontrado.Enquanto eu estava na chuva esperando o nibus, o bilhete que eu tinha encontrado estava no meu bolso e caiu.Passaram-se os dias e nem mais me importei com o livro, at que um dia voltando do colgio observei de longe o Joo e o Dr. Carlos sentados no banco de uma praa conversando com o homem de cabelos grisalhos e de cadeira de rodas. Fui at l e eles me reconheceram, ento me apresentaram o Sr. Venncio, uma pessoa muito especial para eles. Fiquei assustada porque o mesmo bilhete que encontrei no meio do livro estava nas mos do velho. Perguntei o porque a assinatura do bilhete era com o nome de Fausto. Joo disse que Fausto era ele, era um modo carinhoso de seus amigos o chamarem. Ento o mistrio estava resolvido, o dono do livro que eu tinha encontrado era o Sr. Venncio e que tambm era o autor do livro e se no fosse eu ter perdido o bilhete j estava morto porque os versos do poema era sua meta para daqui trs dias. Um ano depois foi publicado a 2 edio do livro que eu tinha encontrado, e na contra capa dizia que os agradecimentos iriam para mim. Clarice que ficou marcado para sempre em seu corao e aos seus dois amigos que se preocuparam com ele e no deixou que ele ficasse milhares e milhares de lguas longe de seus amigos.