Aula 11 capacidade cardiorrespiratória

11
22/05/2013 1 Avaliação da capacidade cardiorrespiratória Resistência Cardiorrespiratória Consiste na capacidade de realizar exercícios dinâmicos envolvendo grandes grupos musculares em intensidade moderada a alta por períodos prolongados (ACSM, 2000). Taxa de consumo e aproveitamento de oxigênio durante exercícios aeróbios máximos. 1. Capacidade do coração, pulmões e sangue de transportarem oxigênio. 2. Utilização de oxigênio pelos músculos durante o exercício máx O V 2 Quando fazer testes de esforço progressivo máximo? Sempre antes de iniciar um programa de atividades vigorosas (>60% VO 2 máx). Homens (45 anos) e mulheres (55 anos). Indivíduos de qualquer idade, com risco moderado (+ de 2 fatores de risco para cardiopatia). Indivíduos c/ alto risco (1 ou + sintomas de cardiopatia). Indivíduos c/ doença cardiovascular, pulmonar ou metabólica conhecida. Testes de esforço submáximo Aplicado em indivíduos com baixo risco ou com risco moderado que irão iniciar um programa de exercícios com intensidade moderada (40 a 60% VO 2 máx). O valor da capacidade aeróbica (VO 2 máx.) é considerado como o melhor indicador da aptidão física, sendo um dos índices confiáveis de determinação da saúde corporal (McARDLE et al., 1998) Testes de esforço submáximo Tabela 03. Classificação do VO 2 máx de indivíduos sedentários e corredores profissionais de 20 a 29 anos de idade, masculino e feminino, adaptado de Barros Neto e col. (1999).

description

Avaliação da capacidade cardiorrespiratória

Transcript of Aula 11 capacidade cardiorrespiratória

Page 1: Aula 11 capacidade cardiorrespiratória

22/05/2013

1

Avaliação da capacidade

cardiorrespiratória

Resistência Cardiorrespiratória

Consiste na capacidade de realizar exercícios dinâmicos

envolvendo grandes grupos musculares em intensidade

moderada a alta por períodos prolongados (ACSM, 2000).

Taxa de consumo e aproveitamento de oxigênio durante

exercícios aeróbios máximos.

1. Capacidade do coração, pulmões e sangue de

transportarem oxigênio.

2. Utilização de oxigênio pelos músculos durante o

exercício

máxOV 2

Quando fazer testes de esforço progressivo máximo?

Sempre antes de iniciar um programa de atividades

vigorosas (>60% VO2máx).

• Homens (45 anos) e mulheres (55 anos).

• Indivíduos de qualquer idade, com risco moderado (+ de

2 fatores de risco para cardiopatia).

• Indivíduos c/ alto risco (1 ou + sintomas de cardiopatia).

• Indivíduos c/ doença cardiovascular, pulmonar ou

metabólica conhecida.

Testes de esforço submáximo

Aplicado em indivíduos com baixo risco ou com

risco moderado que irão iniciar um programa de

exercícios com intensidade moderada (40 a 60% VO2máx).

• O valor da capacidade aeróbica (VO2máx.) é considerado

como o melhor indicador da aptidão física, sendo um dos

índices confiáveis de determinação da saúde corporal

(McARDLE et al., 1998)

Testes de esforço submáximo

Tabela 03. Classificação do VO2máx de indivíduos

sedentários e corredores profissionais de 20 a 29 anos de

idade, masculino e feminino, adaptado de Barros Neto e

col. (1999).

Page 2: Aula 11 capacidade cardiorrespiratória

22/05/2013

2

Testes de esforço submáximo

Acredita-se que o homem moderno vive em estado

de hipocinesia; hipo (pouco), cine (movimento) e ia

(doença), ou seja, apresenta doenças causadas pela falta

de movimentos.

Então, percebe-se que o corpo humano necessita

de certa quantidade diária de movimento, para funcionar

adequadamente e sentir-se bem (ARALDI & KALININE,

2004).

Testes de esforço submáximo

Platonov & Bulatova (2001), quantificam a intensidade

do trabalho através dos índices de consumo de oxigênio,

que pode ser facilitada com o registro dos dados da

freqüência cardíaca, no quadro abaixo:

CAPACIDADE AERÓBIA

• Treinamento cardiopulmonar.

Finalidades:

1. Profilática;

2. Terapêutica;

3. Estabilização;

4. Estética;

5. Treinamento. Direto

Indireto

CAPACIDADE AERÓBIA

Alterações no sistema cardiovascular

• Hipertrofia do coração;

• Aumento do volume de ejeção;

• Bradicardia de repouso;

• Aumento do volume sanguíneo circulante.

CAPACIDADE AERÓBIA

Alterações no sistema respiratório.

• Aumento da ventilação por minuto;

• Aumento da eficiência respiratória;

Alterações na composição corporal.

Redução das concentrações circulantes decolesterol e triglicérides.

Elevação do metabolismo de repouso.

CAPACIDADE AERÓBIA

Fatores que influenciam no treinamento

• Nível inicial;

• Intensidade;

• Volume;

• Freqüência semanal;

• Forma de trabalho.

Page 3: Aula 11 capacidade cardiorrespiratória

22/05/2013

3

Testes de esforço submáximo

Os testes de corrida em distância são

fundamentados na suposição de que o indivíduo mais

condicionado será capaz de correr determinada distância

em menos tempo.

No entanto, o desempenho na corrida de resistência

pode ser influenciado por outros fatores como motivação,

%G, eficiência mecânica da corrida e limiar de lactato.

Preparação para o Teste

• Observar os critérios de contra-indicação do teste;

• Não comer ou fumar entre 2-3h antes do teste;

• Observar a utilização de medicamentos;

• Condições ambientais– Temperatura

– URA (60%)

• Instruir o avaliado quanto aos possíveis riscos, benefícios e resultados do teste, além dos procedimentos

• Conferir os equipamentos

Testes de Campo

• Testes de Distância Fixa

– 1 milha (trote) – (1609m)

– 1 milha (caminhda ou corrida)

– 1,5 milha (caminhada ou corrida) - (2400m)

• Teste de Tempo Fixo

– 12 minutos

– 15 minutos

Teste Equação

1 milha (trote) pessoas

de 18 a 29 anos de idade

100,5 – 0,1636(MCKg) – 1,438(Tmin) –

0,1928(FCfinal) + 8,344(sexo)

1 milha (caminhada)

pessoas de 30 a 69 anos

de idade

132,853 – (0,1692 x MC) – (0,3877 x ID) –

(3,2649 x T) – (0,1565 x FC) + (6,3150 x

sexo)

2000m (caminhada)

homens de 20 a 65 anos

184,9 – (4,65 x T) – (0,22 x FC) – (0,26 x

ID) – (1,05 x IMC)

2000m (caminhada)

mulheres de 20 a 65 anos

116,2 – (2,98 x T1) – (0,11 x FC) – (0,14 x

ID) – (0,39 x IMC)

12 minutos (D metros – 504,094) / 44,783

15 minutos 33 + (0,17 x (D metros - 1955)) / 15

NÍVEL 13-19 20-29 30-39 40-49 50-59 +60 SEXO

Muito-

Fraco -2080 -1952 -1888 -1824 -1648 -1392 M

-1600 -1536 -1504 -1408 -1344 -1248 F

Fraco 2080-2192 1952-2096 1888-2080 1824-1984 1648-1856 1392-1632 M

1600-1888 1536-1776 1504-1680 1407-1568 1344-1488 1248-1376 F

Razoável 2193-2496 2097-2384 2081-2320 1985-2224 1857-2080 1633-1920 M

1889-2064 1777-1952 1681-1888 1569-1776 1489-1680 1377-1568 F

Bom 2497-2752 2385-2624 2321-2496 2225-2448 2081-2304 1921-2112 M

2065-2288 1953-2144 1889-2064 1777-1984 1681-1888 1569-1744 F

Excelente 2753-2976 2625-2816 2497-2704 2449-2640 2305-2528 2113-2480 M

2289-2416 2415-2320 2065-2224 1985-2144 1889-2080 1745-1888 F

Superior +2992 +2832 +2720 +2656 +2544 +2496 M

+2432 +2336 +2240 +2160 +2096 +1904 F

TABELA PARA O TESTE DE COOPER

12 Minutos

Critérios de referência da AAHPERD para classificação de crianças e adolescentes no teste de 1 milha (1.609m)

Idade

(anos)

Teste 1600m

(minutos)

10 11:30 a 9:00

11 11:00 a 8:30

12 10:30 a 8:00

13 10:00 a 7:30

14 9:30 a 7:00

15 9:00 a 7:00

16 – 17 ou + 8:30 a 7:00

Idade (anos)Teste 1600m

(minutos)

10 12:30 a 9:30

11 - 12 12:00 a 9:00

13 11:30 a 9:30

14 11:00 a 8:30

15 10:30 a 8:00

16 - 17 ou + 10:00 a 8:00

Sexo masculino Sexo feminino

Teste de trote e/ou caminhada.

Valores estabelecidos pela NASPE - FITNESSGRAN

Page 4: Aula 11 capacidade cardiorrespiratória

22/05/2013

4

Durante um esforço físico, o VO2máx tende a aumentar com

a carga de trabalho, até atingir um ponto onde se verifica um

platô, e não mostra qualquer aumento adicional. Este ponto é

denominado consumo máximo de oxigênio, captação máxima de

oxigênio, potência aeróbica máxima ou simplesmente VO2máx.

TESTE DE 12 MINUTOS NA ÁGUA

2. METODOLOGIA BÁSICA:

2.1. O teste deve ser aplicado no início da aula, logo após o

aquecimento;

2.2. O objetivo é nadar a maior distância possível em 12 doze

minutos cronometrados;

2.3. A largada será com o aluno dentro da piscina.

2.4. Nas raias com até 2 nadadores, eles nadarão

independentemente um do outro e sairão junto à borda. Nas raias

com 3 ou mais nadadores, será utilizado rodízio, indo pela direita e

voltando pela esquerda. Neste caso o início do teste será

escalonado com os nadadores largando a 5 metros um do outro (um

na borda, um nos 5 metros, nos 10 metros, nos 15 e assim por

diante);

2.5. Ao soar o apito, os alunos devem parar e permanecer

apoiados nas raias ou na borda onde estiverem, até que seja feita

a anotação exata de onde estavam aos 12 minutos.

2.6. O resultado do teste deve ser anotado, em metros inteiros,

com a melhor aproximação possível. Na dúvida, arredondar para

baixo (525,5 metros = 525 metros). Para isso a piscina deve estar

sinalizada em seu comprimento a cada metro.

2.7. Os anotadores contarão o número de chegadas inteiras em

quadradinhos cruzados, mais a fração de chegada em metros nos

últimos minutos do teste. Por exemplo: um nadador que tenha

feito 10 chegadas de 50 metros completas mais 15 metros nadou

515 m.

3. REGRAS

3.1. O aluno deverá dar preferência ao nado crawl, mas

poderá utilizar-se de qualquer um dos quatro estilos

competitivos, podendo inclusive alterá-lo durante o teste.

3.2. Será permitido parar para descanso, devendo o

professor apenas estimular o aluno para que o faça o

mínimo possível;

3.3. Não será permitido andar na parte rasa ou tracionar-

se pelas raias;

3.4. Nas raias com mais de 3 nadadores ou mais, as

ultrapassagens serão livres e devem ser facilitadas;

Homens

IDADES

CATEGORIA

09

Até

12

Até

15

Até

19

Até29

Até39

Até49

Até59

60 ou +

1. INICIANTE < 256 < 342 < 434 < 494 < 366 < 320 < 274 < 229 < 229

2. ALUNO 256 -

347

342 -

434

434 -

521

494 -

592

366 -

456

320 -

411

274 -

365

229 -

319

229 -

273

3.

AVANÇADO

348 -

438

435 -

525

522 -

607

593 -

690

457 -

548

412 -

502

366 -

456

320 -

411

274 -

365

4.

NADADOR

> 439 526 -

616

608 -

694

691 -

789

549 -

639

503 -

593

457 -

548

412 -

502

366 -

456

5. ATLETA - > 616 > 694 > 789 > 639 > 593 > 548 > 502 > 456

Mulheres

IDADES

CATEGORIA

09

Até

12

Até

15

Até

19

Até29

Até39

Até49

Até59

60 ou +

1. INICIANTE < 164 < 250 < 348 < 395 < 274 < 229 < 183 < 137 < 137

2. ALUNO 165 -256

250 -341

349 -433

395 -492

274 -365

229 -319

183 -273

137 -228

137 –182

3. AVANÇADO 257 -347

342 -432

434 -521

493 -592

366 -456

320 -411

274 -365

229 -319

183 –273

4. NADADOR > 348 433 -524

522 -608

593 -690

457 -548

412 -502

366 -456

320 -411

274 –365

5. ATLETA - > 524 > 608 > 690 > 548 > 502 > 456 > 411 > 365

Page 5: Aula 11 capacidade cardiorrespiratória

22/05/2013

5

Testes de esforço submáximo

Teste de banco – Queens College

Este teste pode ser utilizado para estimar o VO2máx. de

jovens com boa condição física.

Para a realização do teste são necessários: um banco com

41cm de altura, um metrônomo (sinais sonoros em ritmo

determinado), um cronômetro, estetoscópio ou

freqüencímetro.

Testes de esforço submáximo

Teste de banco – Queens College

O teste é realizado subindo e descendo do banco em um

período de três minutos com 22 passos (88 batidas) por

minuto para mulheres e 24 passos (96 batidas) por minuto

para homens.

Após os três minutos o avaliado deve sentar-se por 5

segundos e em seguida é verificada a freqüência cardíaca

por 15 segundos, multiplicando-se o resultado por quatro.

Testes de esforço submáximo

Teste de banco – Queens College

Para a estimativa do VO2máx. utiliza-se as equações

abaixo:

Homens:

VO2máx (mL . kg-1 . min-1) = 111,33 – (0,42 . FC bpm)

Mulheres:

VO2máx (mL . kg-1 . min-1) = 65,81 – (0,1847 . FC bpm)

Testes de esforço submáximo

Tabela de classificação do VO2máx.

Idade 15 a 19 anos 20 a 29 anos 30 a 39 anos 40 a 4 anos 50 a 59 anos 60 a 69 anos

Sexo M F M F M F M F M F M F

Excelente > 60 >43 >57 >40 >48 >37 >42 >35 >38 >30 >31 >25

> média 58-59 40-42 52-56 37-39 46-47 34-36 40-41 32-34 36-37 27-29 29-30 23-24

Média 54-57 37-39 43-51 35-36 42-45 31-33 37-39 26-31 34-35 25-26 27-28 21-22

< média 44-53 35-37 40-42 32-34 38-41 29-30 34-36 24-25 31-33 22-24 25-26 19-20

Fraco <43 <34 <39 <31 <37 <29 <33 <23 <30 <17 <24 <18

Fonte: Canadian Standardized Test of Fitness (CSTF) Operations Manual.

Testes de esforço submáximo

Teste de Banco – Nagle

Público Alvo – Ambos os sexos, de 6 a 70 anos e ao

público com condições especiais como os obesos,

cardíacos, indivíduos pós cirúrgico. Muito utilizado em

escolares.

Material Necessário - Cronômetro, metrônomo (marca

ritmo), freqüencímentro cardíaco, bancos com 4 cm, 8 cm,

12 cm, 16 cm, 20 cm, 24 cm, 28 cm, 32 cm, 36 cm, 40 cm,

44 cm, 48 cm e 52 cm de altura, planilha de coleta dos

dados (nome, idade, sexo...)

Testes de esforço submáximo

Teste de Banco – Nagle

Procedimento de execução – Utilizar o ritmo fixo de 30

passadas por minuto (utilizar o metrônomo) cada estágio

terá a duração de 2 minutos, o teste é continuo e a cada

estágio deverá ser substituído o banco nas sucessivas

alturas. Recomenda-se a utilização dos seguintes bancos

para início do teste: 28 cm para jovens sadios, 12 cm para

adultos sedentários e 4 cm para indivíduos de alto risco (a

escolha da altura inicial dependerá de exames prévios e

análise de fatores de risco e o grau de condicionamento

físico, bem como sexo e idade).

Page 6: Aula 11 capacidade cardiorrespiratória

22/05/2013

6

Testes de esforço submáximo

Teste de Banco – Nagle

Procedimento de execução – Os bancos devem ser

trocados na seguinte ordem: 4 cm, 8 cm, 12 cm, 16 cm, 20

cm, 24 cm, 28 cm, 32 cm, 36 cm, 40 cm, 44 cm, 48 cm e 52

cm, a cada 2 minutos deve ser verificado a FC, quando ela

atingir entre 85 a 90% do valor máximo estimado, o teste

deve ser finalizado.

Usar a altura do último banco para o cálculo.

• Porque Treinamento Cardiorrespiratório?

Os baixos níveis de aptidão cardiorrespiratória estão

associadas com maior risco por morte prematura de todas

as causas, principalmente cardiovascular

Os aumentos nos níveis de aptidão cardiorrespiratória

estão associadas com redução de mortes por todas as

causas.

Os altos níveis de aptidão cardiorrespiratória estão

associadas níveis mais altos de atividade física habitual,

que por sua vez estão associados aos vários benefícios

para promoção da saúde

(ACSM,2003)

Treinamento CardiorrespiratórioAptidão cardiorrespiratória

• “Capacidade de realizar um exercícios dinâmico de intensidade moderada a alta com grandes grupos musculares por longos períodos de tempo” (ASCM, 2003)

DEPENDE Sistema

respiratórioSistema

cardiovascular

Sistema

musculoesquelético

Efeitos do Treinamento Cardiorrespiratório

• Os sistemas cardiovascular e respiratório estão intimamente correlacionados aos processos exercícios aeróbios, ocorrendo alterações tanto a nível funcional quanto morfológicos;

• A resposta cardiovascular aos exercícios dinâmicos dependem da intensidade, freqüência e duração.

(Guedes, 1995)

Efeitos do Treinamento Cardiorrespiratório

• Diminuição significativa da FC de repouso e nos exercícios de intensidade submáxima

• Essa informação é importante na medida em que se pode utilizar a FC como meio de avaliação e controle do condicionamento fisiológico

FREQUENCIA CARDÍACA

Efeitos do Treinamento Cardiorrespiratório

• Aumento significativo (atletas de endurance)

• Devido ao aumento do ventrículo, melhor contratibilidade do miocárdio;

VOLUME DE EJEÇÃO

Page 7: Aula 11 capacidade cardiorrespiratória

22/05/2013

7

Efeitos do Treinamento Cardiorrespiratório

• Aumento no peso e volume;

• A hipertrofia é caracterizada pelo aumento da cavidade ventricular esquerda e um leve espessamento de suas paredes

VOLUME CARDÍACO

Efeitos do Treinamento Cardiorrespiratório

• aumento do plasma em relação a hematócritos;

VOLUME SANGUÍNEO

Efeitos do Treinamento Cardiorrespiratório

• Atividades aeróbias tem

efeito crônico positivo na

diminuição da PAS e PAD,

tanto no repouso como em

atividades aeróbias

submáximas;

• O efeito massageador da

contração muscular, auxilia

no retorno do sangue dos

MMII, reduzindo assim a

hipertensão venosa

periférica “ bomba venosa

de panturrilha” para

posição ortostática;

PRESSÃO SANGUÍNEAEfeitos do Treinamento Cardiorrespiratório

• Atividades aeróbias tem efeito positivo na melhora da

capacidade fisiológica respiratória às solicitações tanto

em repouso como em exercícios moderados a fortes;

• Na fase compensatória a função respiratória aumenta a

atividade a fim de se adaptar a crescente necessidade de

O2 por parte do organismo;

FUNÇÃO RESPIRATÓRIA

Normas e Recomendações para Prescrição de Exercícios Cardiorrespiratório

• Obrigatoriedade

– Exame médico preliminar

– Teste ergométrico sempre que possível

– Avaliação das habilidades motoras básicas

– Avaliação física, antropométrica, etc.

– Aquecimento e alongamento

– O programa deve desenvolver mais de uma habilidade motora básica

Recomendações para o teste de 12 Min

• Aplicar o teste preferencialmente em uma pista de Atletismo.

• Presença de dois avaliadores.

• Incentivar o avaliado a correr, caminhando o mínimo possível.

• Informar o tempo a cada volta e ao faltar 1 minuto para o final.

• Ao final o avaliado deve fazer a caminhada perpendicular até ter a distância

percorrida anotada.

• Utilizar palavras de incentivo (motivação aos voluntários).

• Permitir uma única tentativa.

• Fornecer um número a cada participante.

Page 8: Aula 11 capacidade cardiorrespiratória

22/05/2013

8

Pelo teste de 12 Min

•Pode-se obter a intensidade em função da equação a qual

determinou o nível de condicionamento.

Exemplo: Jovem 25 anos, 80kg percorreu a distância de

2500m em 12 min, numa pista de 400m.

VO2 máx = (D – 504,094)/44,783

= (2500 – 504,094) / 44,783

= 44,57 mL/kg/min

Correr e caminhar

Métodos de Treinamento Cardiorrespiratório

Método da Velocidade = estimar o VO2 máx

•Nesse método, solicita-se que o indivíduo percorra uma distância

conhecida em terreno plano. Anota-se o tempo necessário(t).

• Encontra-se a Velocidade =D/t m/min, e aplica-se à equação:

VO2 máx = V m/min x 0,2 + 3,5 ml/kg/min

Exemplo: Jovem 25 anos, 80kg percorreu 5km em 29min e 30seg (29’30’’)

Vm/mi = D/t

= 5000m /(29*60’ + 30’’)

= 5000m/ 1770 seg

= 2,82 m/seg

= 2,82 * 60’ = 169,2 m/min

VO2 máx = V m/min x 0,2 + 3,5 ml/kg/min

= 169,2 * 0,2 + 3,5

= 33,84 + 3,5VO2 máx = 37,35 ml/kg/min

Métodos de Treinamento Cardiorrespiratório

Método da Velocidade = estimar o VO2 máx

•Nesse método, solicita-se que o indivíduo percorra uma distância

conhecida em terreno plano. Anota-se o tempo necessário(t).

• Encontra-se a Velocidade =D/t m/min, e aplica-se à equação:

VO2 máx = V m/min x 0,2 + 3,5 ml/kg/min

Exemplo: Jovem 25 anos, 80kg percorreu 5km em 29min e 30seg (29’30’’)

Vm/mi = D/t

= 9500m /(45’x60” + 53’’)

= 9500m/ 2753 seg

= 3,451 m/seg

= 3,451 x 60’ = 207,04 m/min

VO2 máx = V m/min x 0,2 + 3,5 ml/kg/min

= 207,04 x 0,2 + 3,5

= 44,9 mL/kg/min

Métodos de Treinamento Cardiorrespiratório

Método da Velocidade = estimar o VO2 máx

•Nesse método, solicita-se que o indivíduo percorra uma distância

conhecida em terreno plano. Anota-se o tempo necessário(t).

• Encontra-se a Velocidade =D/t m/min, e aplica-se à equação:

VO2 máx = V m/min x 0,2 + 3,5 ml/kg/min

Exemplo: Jovem 25 anos, 80kg percorreu 5km em 29min e 30seg (29’30’’)

Vm/mi = D/t

= 3200m /(12’)

= 266,67m/min.

VO2 máx = V m/min x 0,2 + 3,5 ml/kg/min

= 266,67 x 0,2 + 3,5

= 56,8 mL/kg/min

Equação

VO2máx (L.min-1) [Massa corporal (kg) x VO2máx

mL(kg.min)-1] / 1000

1 MET 3,5 mL(kg.min)-1

1 L.min-1 = 5 Kcal

Tabela Classificatória - mulheresVO2 max

Idade M. Fraca Fraca Regular Bom Excelente

20 – 29 - 24 24 – 30 31 – 37 38 – 48 > 49

30 – 39 - 20 20 – 27 28 – 33 34 – 44 > 45

40 – 49 - 17 17 – 23 24 – 30 31 – 41 > 42

50 – 59 - 15 15 – 20 21 – 27 28 – 37 > 38

60 – 69 - 13 13 – 17 18 – 23 24 – 34 > 35

American Heart Association, 1980

Page 9: Aula 11 capacidade cardiorrespiratória

22/05/2013

9

Tabela Classificatória - homens

Idade M. Fraca Fraca Regular Bom Excelente

20 – 29 - 25 25 – 33 34 – 42 43 – 52 > 53

30 – 39 - 23 23 – 30 31– 38 39 – 48 > 49

40 – 49 - 20 20 – 26 27 – 35 36 – 44 > 45

50 – 59 - 18 18 – 24 25 – 33 34 – 42 > 43

60 – 69 - 16 16 – 22 31– 40 > 41 -

American Heart Association, 1980

Teste Ergométrico

- O avaliado pede para interromper o

teste;

- Limitações físicas (exaustão);

- FC Max preconizada atingida;

- Náusea e vômito;

- Claudicação induzida pelo exercício;

- Tonteira;

- Obnubilação;

- Palidez intensa;

- Ataxia;

- Lipotimia;

- Cianose;

- Pa sistólica > 250 mmHg;

- Pa diastólica > 120 mmHg nos

indivíduos normotensos;

- Dispnéia severa desproporcional à

intensidade do esforço;

- Desconforto músculo-esquelético

intenso;

- Redução da FC e PA apesar do

aumento de carga;

- Dor precordial crescente e intensa;

- Taquicardia ventricular;

- Infradesnivelação de segmento ST >

3,0 mm;

- Supradesnivelação de segmento ST

> 1,0 mm;

-Sinais de insuficiência ventricular – 3ª

bulha;

- Perda da qualidade técnica do

exercício;

- Falha do sistema de monitoração;

- Fibrilação ou taquicardia atrial;

Teste Ergométrico

Protocolo de BRUCE – Até 2004 era um dos métodos mais conhecido e

utilizado em nosso meio. Consiste na aplicação de cargas progressivas a

cada três minutos de forma contínua.

O VO2 máx é estimado para:

Homens

VO2máx ml.(kg.min)-¹ = 8,33 + (2,94 x T)

Mulheres

VO2máx ml.(kg.min)-¹ = 8,05 + (2,74 x T)

T = Tempo em minutos.

- O VO2máx não é um parâmetro fisiológico e metabólico estático. Ele pode

ser modificado pelo treinamento físico.

Estágio Tempo (minutos)

Velocidade (km/h)

Inclinação (%)

1 0 2,74 10%

2 3 4,02 12%

3 6 5,47 14%

4 9 6,76 16%

5 12 8,05 18%

6 15 8,85 20%

7 18 9,65 22%

8 21 10,46 24%

9 24 11,26 26%

10 27 12,07 28%

Protocolo de BRUCE para esteira elétrica

Protocolo submáximo em esteira rolante

George et al. (1993).

Para jovens com idades entre 18 e 29 anos.

Recomenda-se que a velocidade seja suficiente para que a

FC alcance o equilíbrio no intervalo de 130 a 180 bpm.

Estágio

único

Duração

(min.)

velocidade

mph km/h m/min

Homens 3 4,3-7,5 6,9-12,1 115-202

Mulheres 3 4,3-6,5 6,9-10,5 115-175

Protocolo submáximo em esteira rolante

Predição em valores relativos. EPE = 3,2 mL/kg/min.

Homens:

VO2máx= 54,07 – 0,1938(MC) + 4,47(V) – 0,1453 (FCesf) + 7,062

Mulheres:

VO2máx= 54,07 – 0,1938(MC) + 4,47(V) – 0,1453 (FCesf)

Onde:

MC = massa corporal em kg.

V = velocidade final em mph.

FC = frequência cardíaca de esforço.

Page 10: Aula 11 capacidade cardiorrespiratória

22/05/2013

10

Protocolo submáximo em bicicleta ergométrica

Astrand & Ryhming (1954).

• O teste sub-máximo mais utilizado em cicloergômetro.

• Desenvolvido para homens e mulheres entre 18 e 30 anos de

idade.

• É baseado na relação linear entre FC e VO2 e no pressuposto

que pessoas mais jovens e com melhor aptidão apresentarão

uma menor freqüência cardíaca sub-máxima em um

determinado nível de intensidade.

Protocolo submáximo em bicicleta ergométrica

Astrand & Ryhming (1954).

• Protocolo:

– O avaliado deverá pedalar a um ritmo de 50 rpm.

– Carga inicial:

150 W para bem treinados 100 W

100 W para moderadamente treinados 75 W

75 W para destreinados 50 W

– O teste tem uma duração de 6 min. Mensurar

a FC no final do 5º e 6º minuto.

Protocolo submáximo em bicicleta ergométrica

Astrand & Ryhming (1954).

• Se a FC entre o 5º e 6º minuto não diferir mais que 5 bpm e a

média estiver entre 130 e 170 bpm o teste é encerrado.

• Se a média for menor que 130 bpm, aumentar a carga (50 –

100 W) e continuar por mais 6 minutos. Se as FC do 5º e 6º min.

diferir mais que 5 bpm o teste continua até dois minutos

consecutivos não diferirem por mais de 5 bpm.

Equação para homens e mulheres (L/min):

VO2máx= x CCFCmáx - FCrep

FCmáx - FCrep

Protocolo submáximo em bicicleta ergométrica

Astrand & Ryhming (1954).

Correção da carga:

Homens = 0,014 (carga em watts) + 0,129

Mulheres = 0,012 (carga em watts) + 0,3

Fórmula p/ transformar VO2absoluto em VO2relativo

VO2relativo = VO2absoluto x 1000

MC

Teste Ergométrico

Protocolo em Rampa – O protocolo em rampa é um protocolo

para testes de esforço que não possui estágios. Nele o

incremento da carga se dá de maneira continua e gradual

durante todo o tempo de esforço.

A razão com que a carga é incrementada é definida para cada

paciente. Isso faz com que o protocolo em rampa seja individual

e portanto ideal para qualquer paciente.

O protocolo em rampa parte do pressuposto de que ao

conhecermos o sexo, a idade e o condicionamento físico do

paciente, temos uma boa aproximação de quanto será o

consumo máximo daquele indivíduo (VO2). A partir disso o

protocolo em rampa sugere então que velocidade e que

inclinação serão necessárias para levar o paciente ao esforço

máximo num tempo desejado.

Teste Ergométrico

Protocolo em Rampa

A palavra rampa não tem nada a ver com a inclinação da

esteira. É possível fazer um protocolo em rampa com inclinação

zero durante todo o esforço. O nome rampa vem de implementar

a carga de esforço em rampa, ou seja continua e gradualmente.

Por isso pacientes que não tolerem inclinação podem ter seu

protocolo personalizado de maneira a prevenir isso.

Page 11: Aula 11 capacidade cardiorrespiratória

22/05/2013

11

Teste Ergométrico

Protocolo em Rampa

VO2 Máximo Previsto – é calculado segundo a fórmula:

1 – Homens VO2Máx = 1.11 * (60 - 0.55 * idade)

2 – Mulheres VO2Máx = 1.11 * (48 - 0.37 * idade)