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Daniele Benicio AULA 11 – VIA LÁCTEA Daniele Benicio

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Daniele Benicio

AULA 11 – VIA LÁCTEA

Daniele Benicio

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CCada faixa corresponde à imagem da Via Láctea observada numa faixa diferente

de comprimento de onda:

(1) Ondas de rádio, de 408 MHz, provenientes de elétrons energéticos, que se movem

no campo magnético interestelar;

(2) Ondas de rádio, de 1,4 GHz, emitidas pelo hidrogênio atômico;

(3) Ondas de rádio, de 2,5 GHz, de elétrons energéticos e gás quente, ionizado;

(4) Ondas de rádio emitidas pelo monóxido de carbono, e indicativas da presença

de hidrogênio molecular;

(5) Infravermelho emitido pela poeira interestelar, aquecida pela luz das estrelas;

(6) Infravermelho de comprimento de onda médio emitido por moléculas orgânicas

complexas;

(7) Infravermelho próximo -- do visível -- emitido por estrelas frias e velhas da Via

Láctea;

(8) Óptico ou visível, emitido principalmente por estrelas e nuvens de gás ionizado;

(9) Raios X de baixa energia emitidos por gás quente; e, finalmente,

(10)Raios gama, altamente energéticos, emitidos pelas colisões de partículas de

grande energia -- os chamados "raios cósmicos”;

Via-Íris/Via Láctea Multionda

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Uma galáxia é um grande sistema,

gravitacionalmente ligado, que consiste de estrelas,

remanescentes de estrelas (objetos compactos), um

meio interestelar de gás e poeira e um importante

componente apelidado de matéria escura.

Arp 274 é um conjunto de 3 galáxias. Na imagem parece que elas vão se chocar,

mas elas estão separadas por distâncias gigantescas. [Hubble, NASA]

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CA palavra “galáxia” deriva do grego “galaxias”, literalmente leitoso, numa

referência à nossa galáxia, a Via Láctea.

Definição

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CA galáxia da Via Láctea (Milkyway)

possui uma massa de 10¹² massas solares

e um diâmetro da ordem de 100 mil

anos-luz e estima-se que possua mais de

200 bilhões de estrelas. A parte mais

brilhante da Galáxia fica na direção da

constelação de Sagitário, sendo melhor

observável no Hemisfério Sul durante as

noites de inverno, pois é nesse momento

que se pode contemplar a porção

central da galáxia.

Via Láctea

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Originalmente: Uma faixa de luz

difusa no céu.

Na mitologia grega leite materna

da deusa Hera jorrado no céu.

Galileu descobriu em 1610 que ela

consiste de estrelas.

Hoje é a nossa Galáxia (com G

maiúsculo) e o Sistema Solar faz

parte.

Via Láctea

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Os gregos cunharam o termo "galaxies kuklos" , ou "círculo leitoso", como forma

de descrever a Via Láctea. Ela era uma tênue faixa de luz, mas não se fazia ideia

do que ela era composta.

Quando Galileu estudou a Via Láctea com o primeiro telescópio, determinou que

ela era composta de numerosas estrelas. [“O Mensageiro das Estrelas”,1610].

Em 1755, o filósofo prussiano Immanuel Kant já tinha previsto a natureza da Via

Láctea e a existência de outras galáxias: Ele deduziu corretamente que a Via

Láctea é um grande disco de estrelas, que ele teorizou ter se formado de uma

(muito maior) nuvem de gás girando. Ele também sugeriu a possibilidade que

outras nebulosas também sejam discos de estrelas de tamanho similar.

História do descobrimento da Via Láctea

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No final do século XVIII, o

astrônomo alemão William

Herschel (1738-1822), que já

era famoso por ter

descoberto o planeta

Urano, mapeou a Via

Láctea e descobriu tratar-se

de um sistema achatado.

Segundo seu modelo, o Sol

ocupava uma posição

central na galáxia, mas hoje

sabemos que essa

conclusão estava errada.

História do descobrimento da Via Láctea

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CA primeira estimativa do tamanho da Via Láctea foi feita no início dos éculo XX, pelo

astrônomo holandês Jacobus Kapteyn (1851-1922).

Em 1922, ele fez suposições mais realistas quanto às magnitudes absolutas e chegou

num modelo da Via Láctea similar ao de Herschel, um esferóide achatado com

densidade de estrelas diminuindo de acordo com a distância ao centro.

Em ambos os modelos, o Sol fica perto do centro, por que ambos não levaram em

conta a extinção interestelar, que faz que a distância de vista e comparável emtodas as direções no disco, onde fica a poeira.

O Universo de Kapteyn, as elipses são “superfícies de densidade estelar constante”.

História do descobrimento da Via Láctea

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CHarlow Shapley (1885-972), estudando

a distribuição de sistemas esféricos de

estrelas chamados aglomerados

globulares, determinou o verdadeiro

tamanho da Via Láctea e a posição

periférica do Sol nela.

Shapley descobriu que os

aglomerados globulares (150 deles),

que formam um halo em volta na

nossa galáxia, estavam concentrados

em uma direção; poucos deles era

visto na direção oposta.

1 Parsec = 3,08567758 × 1016 metros

História do descobrimento da Via Láctea

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CEle concluiu que o Sol não

está no centro de nossa

galáxia. Assumindo que o

centro do halo formado pelos

cúmulos globulares coincide

com o centro de nossa

galáxia, ele deduziu que

estamos a 30 mil anos-luz do

centro da Via Láctea, que

está na direção da

constelação do Sagitário.

Este valor está super

estimado, pois estamos a

cerca de 23000 anos-luz.

História do descobrimento da Via Láctea

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CEm 1924, Edwin Hubble usou um grande telescópio

(com diâmetro de 100 polegadas) instalado em

Mount Wilson, na Califórnia, e descobriu que as

nebulosas em espiral tinham estruturas e estrelas,

conhecidas como variáveis Cefeídas, semelhantes

às da Via Láctea (essas estrelas mudam de brilho

regularmente).

Hubble usou as curvas de luz das variáveis Cefeídas

para medir a distância entre elas e a Terra, e

constatou que estavam muito mais longe que os

limites conhecidos da Via Láctea. Portanto, essas

nebulosas espirais eram de fato outras galáxias

localizadas fora da nossa.

História do descobrimento da Via Láctea

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As galáxias espirais são brilhantes e têm

um pronunciado formato de disco, com

gases quentes, poeira e estrelas

brilhantes exibidos em seus braços

espirais.

Como as galáxias espirais são brilhantes,

respondem pela maioria das galáxias

visíveis, mas acredita-se que

representem apenas 20% do total de

galáxias do universo.

A Via Láctea é uma galáxia espiral degrande porte.

Galáxias Espirais

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As galáxias espirais são subdivididas nas categorias Sa, Sb e Sc, de acordo com o

grau de desenvolvimento e enrolamento dos braços espirais e com o tamanho

do núcleo comparado com o do disco.

Espiral normal: forma de disco evidente, com centros brilhantes e braços espirais

bem definidos. As galáxias Sa têm grandes bojos nucleares e braços espirais bem

curvados; e as Sc têm pequenos bojos e braços espirais curvados apenas

ligeiramente.

Espiral barrada: um formato de disco evidente, com centro brilhante e alongado

e braços espirais bem definidos. As galáxias Sba têm grandes bojos nucleares e

braços de espiral bem curvados; e as Sbc têm pequenos aglomerados bojos e

braços ligeiramente curvados

Galáxias Espirais

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a núcleo maior, braços pequenos e bem enrolados

b núcleo e braços intermediários

c núcleo menor, braços grandes e mais abertos

Galáxias Espirais

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Indícios obtidos recentemente

apontam que a Via Láctea

seja uma galáxia “SBc”.

Galáxias Espirais

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A olho nu, conseguimos observar três galáxias (vizinhas da Via Láctea).

Andrômeda(M31) Grande Nuvem de

Magalhães (LMC)Pequena Nuvem de

Magalhães NGC292

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M31–Galáxia de Andrômeda. A galáxia espiral mais próxima

da Via Láctea. Estimativas apontam que nela existam mais

de 1 trilhão de estrelas.

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Morfologia da Via Láctea

O fato de nos encontrarmos no disco dificulta a determinação da estrutura por dois

motivos:

Motivos geométricos: é difícil determinar a estrutura de um disco, se você esta dentro

dele.

O disco de poeira: bloqueando nossa vista em direções dentro do disco.

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Morfologia da Via Láctea

É melhor observar no infravermelho,

onde a poeira é menos opaca.

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Morfologia da Via Láctea

Disco Galáctico: a maioria das 200 bilhões de

estrelas da Via Láctea se localiza nele. O disco

se divide nas seguintes partes:

Núcleo: o centro do disco.

Bojo: a área em torno do núcleo, incluindo as

regiões imediatamente acima e abaixo do

plano do disco.

Braços espirais: São constituídos de gás e

poeira, estendem-se do centro para fora.

Nosso sistema solar fica localizado em um dos

braços de espiral da Via Láctea.

Halo: uma região vasta e pouco iluminada

que cerca toda a galáxia. Ela é composta de

gases quentes e possivelmente de matéria

escura.

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Todos esses componentes orbitam em torno do núcleo e a gravidade os mantêm

unidos.

Como a gravidade depende de massa, seria possível pensar que a maior parte da

massa de uma galáxia fica no disco galáctico ou perto de sua porção central.

No entanto, depois de estudar as curvas de rotação da Via Láctea e de outras

galáxias, os astrônomos concluíram que a maior parte da massa fica nas porções

exteriores da galáxia, como no halo, onde existe pouca luz das estrelas ou pouca

luz refletida pelos gases.

Morfologia da Via Láctea

Estimativas:

Massa do disco: 2 a 13%

Massa do bojo: 1 a 6%

Massa do halo: 81 a 97%

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Populações Estelares

Walter Baade (1893-1960), contemporâneo de Edwin Hubble no observatório de

Mount Wilson, estudando a galáxia Andrômeda, notou que podia distinguir entre

duas populações estelares.

População I: estrelas típicas para a vizinhança solar (estrelas "normais") - Estrelas OB

azuis, novas, nebulosas planetárias. Estas também se encontram em aglomerados

abertos, no meio interestelar e nos braços espirais de M31. Estrelas de alta

metalicidade e frequentemente jovens.

População II: Na Via Lactea, as “estrelas de alta velocidade” (Halo) aglomerados

globulares: Gigantes Vermelhas, RR Lyras, sub-anãs; e fora da VL no bojo de M 31,

em M 32, e em NGC 205. Estrelas velhas de baixa metalicidade.

Atualmente o termo População Estelar é usado também para conjuntos de

estrelas com história de formação em comum.

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Aglomerados

Aglomerados abertos: (~2000) na maioria no disco

Aglomerados globulares: (~160) na maioria no halo

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Relação idade-metalicidade

Com o tempo, o meio interestelar é

enriquecido de elementos pesados

por estrelas que “morreram”

(nebulosas planetárias, supernovas).

Deste meio enriquecido as novas

estrelas se formam. Novas gerações

de estrelas são mais ricas em “metais“

que as anteriores.

Aglomerados abertos

Aglomerados

globulares

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CDisco é uma estrutura circular achatada, com diâmetro de 30000 pc (100000 anos-luz) e

espessura de ~300 pc, é no disco onde se encontram os braços espirais da Via Láctea.

Constituído pela população mais jovem de estrelas (chamada de população 1) de cor

azulada, por nuvens de poeira, gás e por aglomerados abertos. As estrelas do disco, têm

um movimento de translação em volta do núcleo. Todas as estrelas que observamos nocéu noturno, estão localizadas no disco galáctico.

O Disco Galáctico

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CO bojo, que contém o núcleo, é uma região

esférica de 2000 pc de raio, envolvendo o

núcleo, é constituído principalmente por

estrelas do tipo população 2 (estrelas velhas).

Esta região da galáxia é rica em elementos

pesados. Também estão presentes

aglomerados globulares. O Sol, localizado

em um dos braços espirais, orbita o centro da

Galáxia, a uma distância de ~8500 pc. Se

pudéssemos ver a nossa Galáxia “de cima”,

provavelmente ela pareceria como a

galáxia NGC 2997.

Da nossa posição, junto ao Sol, a parte da

Galáxia interna ao Sol é vista de perfil, tendo

portanto a forma de uma faixa luminosa.

NGC 2997

O Disco Galáctico

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COs braços espirais não são muito mais

densos que o resto do disco (só um

pouquinho), mas são muito mais

brilhantes, por causa da formação

estelar.

Formação dos braços espirais: ondas de

densidade ligeiramente elevada se

propagando pelo disco, onde o gás é

comprimido e ocorre formação estelar,

muitas incertezas ainda sobre o origem

destas ondas.

O Disco Galáctico

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Núcleo (ou centro) Galáctico

A parte mais difícil de observar da

Via Láctea é o Centro,

escondendo- se atrás de poeira

valendo~30 magnitudes de

extinção no ótico, na

constelação de Sagitário.

Melhor observá-lo em

comprimentos de ondas mais

longos, λ> 1 μm.

Observando na banda K, λ~ 2.2

μm, da pra ver um aglomerado

denso de estrelas velhas.

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Centro Galáctico

Mais para o interior ainda, nos 2

pc centrais, a densidade parece

aumentar mais rápido.

Nesta região, as estrelas orbitam

algum centro de massa,

chamado Sagitário A* (Sgr A*) tão

rapidamente que da pra observar

o movimento.

https://www.youtube.com/watch?v=opUkRkexw10

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Centro Galáctico

A estrela mais perto do Centro Galáctico, S2, orbita Sgr A* em apenas 15.2 anos,

chegando a 120 AU do Centro, orbita só poucas vezes a de Plutão em torno do Sol!

Nos 120 AU internos da Galáxia se concentra uma massa de 3.7 mio. MSol

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Centro Galáctico

O que poderia ser aquela concentração

de massa?

Tem uma fonte misteriosa de radiação

infravermelha na região, chamada IRS 16,

aparentemente composta de poucas

estrelas de alta massa, mas que de longe

não explica 3.7 mio. MSol

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Centro Galáctico

Se vê um disco nuclear de gás neutro

de alguns 100 pc a 1 kpc do Centro,

um pouco inclinado com respeito ao

Disco Galáctico.

De lá saem filamentos de uns 20 pc

seguindo o Campo Magnético

Galáctico. Estes indicam um fluxo de

material deixando a região central.

Um “zoom” na região central deste

disco revela a fonte rádio Sagitário A,

lá encontramos um disco molecular

>20 mais quente e >150 mais denso

que nuvens moleculares no Disco.

O Centro Galáctico no rádio

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Centro Galáctico

O que é, então, esta fonte, com raio de no

máximo 120 AU, massa de 3.7 mio. MSol, e que

emite relativamente pouca radiação?

A única explicação que conhecemos para

um objeto tão denso e escuro é um Buraco

Negro Supermaciço, em contraste aos

Buracos Negros Estelares formados na morte

de estrelas, de massas bem menores, foram

formados por imensas nuvens de gás ou por

aglomerados de milhões de estrelas que

colapsaram sobre a sua

própria gravidade quando o universo ainda

era bem mais jovem e denso.

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Braços espirais

Até 1953 não se conhecia a existência de braços espirais na Via Láctea, pois a

visualização das espirais era ocultada pela poeira interestelar e dificultada por ser feita

do interior da própria galáxia.

Até 2008 acreditava-se que possuía 4 braços, mas imagens reveladas pelo telescópio

Spitzer revelaram que ela pode não ser exatamente assim.

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Braço de Perseu

Braço de Norma

Braço de Centauro (Cruz-Scutum)

Carina-Sagittarius

Braço de Órion

Braços espirais

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CRobert Benjamin da Universidade

de Wisconsin-Whitewater sugeriu

que a Via Láctea possui apenas

dois braços estelares principais:

o braço Perseu e o braço

Scutum-Centaurus.

Os demais braços foram

reclassificados como braços

menores ou ramificações.

Braços espirais

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Halo Estelar

O halo tem uma forma esférica e é

constituída por partículas ultra excitadas

a alta temperatura, anãs vermelhas,

anãs brancas e por aglomerados

globulares, que estão em órbita em

torno do centro de massa galáctica.

O halo não é observável opticamente.

As estrelas que formam os aglomerados

globulares (de forma esférica) são as

mais antigas da galáxia. Supõe-se que

sua estrutura seja gigantesca.

A sua massa gira entre 5 ou 10 maior do

que a massa restante da galáxia. Sua

forma, seus componentes e seus limites

no espaço intergaláctico são

desconhecidos até o início do século

XXI, e muitas das afirmações a cerca do

halo são especulações científicas.

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Campo Magnético Galáctico

Pela polarização de radiação (ótica e rádio)

refletida por grãos de poeira alinhados como

Campo Magnético Galáctico, da pra determina-

lo.

No disco, ele segue os braços espirais. Apesar de

fraco este campo magnético provavelmente

teve um papel importante na formação e na

evolução da Via Láctea.

As estrelas da Via Láctea, como o

Sol, se movimentam em órbitas

circulares em torno do Centro

Galáctico (e o gás também).

A velocidade de rotação de uma

estrela na distância r do Centro

depende da massa da Galáxia

contida no espaço no interior da

sua orbita.

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Curva de Rotação da Via Láctea

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Halo - Matéria Escura

Para além da parte visível do halo

galáctico, há uma região muito

mais extensa, conhecida como o

halo sombrio, halo galáctico, que

contém grandes quantidades de

matéria escura.

95 % da massa total da Via

Láctea!

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CA matéria escura não emite luz e não pode ser detectada por telescópios - é

uma matéria invisível misteriosa que só pode ser detectada de modo indireto pela

força gravitacional que exerce.

E que tipo de Matéria Escura Fria?

- WIMPs (chorão)

ou

- MACHOs (“Massive Compact Halo Objects”, objetos do halo massivos e

compactos, machões):

• anãs marrons

• estrelas comuns, mas de baixa luminosidade

• anãs brancas

• estrelas de néutrons

• buracos negros

Halo - Matéria Escura

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C

Como detectar os MACHOs?

Detecta-se pelo efeito lente (consequência da relatividade geral)

Quando um MACHO passa na frente de uma estrela de fundo, a luz da estrela é focada

na Terra parecendo mais brilhante por algumas horas do dia.

A partir da curva de luz da estrela é possível determinar a massa do MACHO.

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CO Projeto MACHO

Observaram 12 milhões de estrelas na Grande Nuvem de Magalhães de

1992 a 1998 com um telescópio no observatório Mt. Stromlo na Australia.

Detectaram o que seria uma estimativa do número total de MACHOs na

Via Láctea.

Determinando as massas destes MACHOs, consegue-se estimar a massa

total de MACHOs em nossa Galáxia.

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C

Vários MACHOs foram detectados, mas de longe não em

número suficiente para explicar a Matéria Escura na Via

Láctea.

A Matéria Escura consiste na maioria de WIMPs.

Os chorões derrotaram os machões!

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Evolução das galáxias –Via Láctea

As galáxias não agem sozinhas. A distância que as separa parece imensa, mas os

diâmetros das galáxias são igualmente grandes. Comparadas às estrelas, as

galáxias ficam relativamente perto uma das outras. Podem interagir e, o mais

importante, colidir.

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Quando as galáxias colidem, elas na

verdade se atravessam mutuamente

– as estrelas que elas contêm não se

chocam, devido às imensas

distâncias interestelares. Mas as

colisões tendem a distorcer a forma

de uma galáxia.

Antennae Galaxies NGC 4038 e NGC 4039.

Evolução das galáxias –Via Láctea

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C

A Via Láctea e Andrômeda irão colidir

frontalmente em 3,75 bilhões de anos, as duas

galáxias estão a 2,5 milhões de anos-luz de

distância uma da outra.

Ambas são galáxias espirais, e ao colidirem,

(já em 7 bilhões de anos) elas formarão uma

enorme galáxia elíptica.

Simulação NASA

https://www.youtube.com/watch?v=4disyKG7XtU

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Choque Via Láctea e Andrômeda

As duas galáxias estão se aproximando devido à gravidade que exercem uma sobre

a outra. Cientistas acreditam que elas começarão a se fundir dentro de 4 bilhões de

anos. E dentro de outros 2 bilhões de anos elas deverão ser uma única entidade.

As duas galáxias estão separadas por uma distância de 2,5 milhões de anos-luz, mas

estão convergindo a uma velocidade de aproximadamente 400 mil quilômetros por

hora.

Estrelas individualmente não irão colidir porque o espaço entre elas permanecerá

sendo grande. O abalo gravitacional deverá, no entanto, mudar a localização do

Sistema Solar.

É provável que a fusão provoque uma vigorosa fase de formação de novas estrelas

e que nuvens de gás serão abaladas e passem a colidir umas com as outras.

É bem possível que a pequena companheira de Andrômeda, a galáxia de

Triangulum, ou M33, também entre na "briga".

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Distribuição das galáxias próximas à Via Láctea

As galáxias não se distribuem

aleatoriamente pelo universo –

tendem a existirem aglomerados

galácticos. As galáxias nesses

aglomerados se mantêm unidas

pela gravitação e influenciam umas

às outras.

Aglomerados pobres-contêm menos

de mil galáxias. A Via Láctea e a

galáxia de Andrômeda (M31) são

parte do Grupo Local, que contém

algo entre 35 e 50 galáxias.

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CO grupo Local é o grupo de

galáxias que inclui nossa Galáxia,

a Via Láctea. O grupo tem o

centro gravitacional localizado

entre a Via Láctea e a galáxia

de Andrômeda.

As galáxias do Grupo Local

cobrem uns 10 milhões de anos-

luz de diâmetro e têm uma

aparência binária. A massa total

do grupo é estimada em

1,29×10¹² massas solares. O

próprio grupo é um dos muitos

em todo o Superaglomerado de

Virgem.

Distribuição das galáxias próximas à Via Láctea

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Aglomerados ricos – contêm mil ou mais galáxias. O superaglomerado de Virgem, por

exemplo, inclui mais de 2,5 mil galáxias e o centro se localiza a cerca de 55 milhões de

anos-luz da Terra.

Distribuição das galáxias próximas à Via Láctea

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C- Artigo publicado no Astrophysical Journal sobre a presença de anéis e ondas

radiais no disco da Via Láctea. As implicações desse estudo é que nossa galáxia

pode ser 50% maior do que se pensava:

http://blog.cienctec.com.br/imagens/nossa-galaxia-pode-ser-maior-do-que-se-

pensava/

- Astrônomos brasileiros descobrem dois aglomerados de estrelas nas extremidades

da Via Láctea:

http://resenha-on.blogspot.com.br/2015/03/astronomos-brasileiros-descobrem-

dois.html

- Astrónomos brasileiros confirmam que Via Láctea tem 4 braços:

http://www.astropt.org/2015/06/01/astronomos-brasileiros-confirmam-que-via-

lactea-tem-4-bracos/

Notícias

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C

Kepler de Souza Oliveira e Maria de Fátima; “Astronomia & Astrofísica”. Editora

Livraria da Física

Slides Prof. Pieter Westera - Noções de Astronomia e Cosmologia

José Roberto Costa, Astronomia no Zênite, Via Láctea. Disponível em:

http://www.zenite.nu/

Sueli M. M. Viegas e Fabíola de Oliveira; “Descobrindo o Universo”. Editora Edusp

Referências

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A PARTIR DA SEMANA QUE VEM RECESSO!!!

PRÓXIMA AULA:

GALÁXIAS I - 01 DE AGOSTO

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