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CAMPUS AVANADO CAPIVARI

Tcnicas de Laboratrio (TLBQ1)

Prof Silvnia Moreschi

INTRODUO AO TRABALHO NUM LABORATRIO O Laboratrio Qumico um lugar de experimentao onde os alunos tero a oportunidade de aprender Qumica de um ponto de vista que nunca poderiam atingir por intermdio de livros, demonstraes ou filmes; a possibilidade de alcanar maior compreenso da Qumica e a oportunidade de ver e trabalhar com as prprias mos. Para atingir esses objetivos, so necessrias qualidades tais como dedicao, interesse, curiosidade, pontualidade, disciplina, etc. O significado e o entendimento dos resultados obtidos dependero muito do cuidado com que se desenvolvero as operaes de laboratrio. Boa tcnica mais do que uma questo de habilidade manual; requer uma ateno total aos propsitos essenciais da experincia. Tcnicas de Qumica Experimental no so objetivos, mas sim os instrumentos que nos permitem atingir a meta final, de extrair informaes teis a partir de observaes pessoais. Aprender o manuseio de compostos e a manipulao de aparelhos obviamente uma parte essencial educao dos profissionais de qumica. Para ajudar o desenvolvimento de boas tcnicas, vrias sugestes so apresentadas: - Nunca comear uma experincia sem antes compreend-la totalmente; isto significa estudar o experimento antes de entrar no laboratrio. - Esmero muito importante para uma boa tcnica. Descuidar ao manusear compostos qumicos e aparelhos, pode no somente levar a maus resultados, como tambm perigoso. H geralmente uma razo de como e porque cada operao desenvolvida como descrita na literatura, embora a razo, a princpio, possa no ser bvia para o estudante iniciante. As aulas de laboratrio tm por finalidade fazer com que voc compreenda os princpios fundamentais da Qumica, atravs de mtodos cientficos elaborados, habilitando-o no manuseio correto e cuidadoso de drogas, aparelhos e utenslios. Observe que o laboratrio qumico contm as seguintes caractersticas de segurana aos que nele trabalham. Janelas amplas de ambos os lados que possibilitam boa ventilao do ambiente;

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Portas em dois locais distintos, que abram para fora (facilitam a sada em caso de emergncia), sendo uma das portas grande (dupla) para possibilitar a entrada de equipamentos; Lava-olhos e chuveiro dispositivos para uso em emergncias;

Extintores de incndio prximos ao laboratrio. Salas anexas para aparelhagem (balanas, aparelhos para ponto fuso, dentre outros); Ampla iluminao e Bancadas revestidas com material que permita fcil limpeza. TRABALHO EM EQUIPE Todos os trabalhos sero realizados por equipes de dois ou mais alunos. Compreenda, pois, o seu papel e colabore para que os trabalhos realizados sejam o resultado de um esforo conjunto. Na soluo de problemas surgidos esforce-se ao mximo para resolv-los, consultando o professor sempre que for preciso. Procure estar presente na hora marcada para o incio das aulas e evite sadas desnecessrias durante os trabalhos de laboratrio.

INSTRUES PARA O TRABALHO DE LABORATRIO Ter sempre em mente que o laboratrio um lugar de trabalho srio. Vista seu guarda-p (jaleco), longo e de mangas compridas para proteo das pernas e braos, antes de entrar no laboratrio. No ser permitida a realizao das aulas prticas, bem como a permanncia no laboratrio sem o avental, de bermudas e de chinelos e sandlias abertas. No trabalhe sozinho no laboratrio. Otimize o seu trabalho, dividindo-o entre os componentes da sua equipe. No permitido fumar, comer e beber nos laboratrios. Localize os extintores de incndio e familiarize-se com seu uso. Familiarize-se, tambm, com o uso da gua, gs e corrente eltrica. As aulas prticas devero ter o acompanhamento contnuo do professor durante todo o seu desenvolvimento. Os roteiros das experincias que sero realizadas devero ser lidos atenciosamente antes de serem executadas. Realize somente as experincias prescritas ou aprovadas pelo professor. Deve-se trabalhar com quantidades indicadas de substncias, evitando o desperdcio dos reagentes, gs, luz e outros. Realize apenas os experimentos indicados nos roteiros. Para a preparao de uma soluo ou quando se faz uma diluio, deve ser usada gua destilada.

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Deve-se tomar o mximo de cuidado para no contaminar reagentes: no troque as tampas, use uma pipeta para cada reagente, no utilize frascos de outra bancada e leia o rtulo do frasco antes de utiliz-lo.

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Dedique especial ateno a qualquer operao que necessite aquecimento prolongado ou que desenvolva grande quantidade de energia.

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Ao aquecer o tubo de ensaio, deve-se proceder de maneira adequada, para que o contedo no seja lanado fora, causando acidentes graves. Lquidos inflamveis (ter, lcool, acetona, benzeno, etc.) no devem permanecer prximo da chama.

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Quando for testar um produto qumico pelo odor, no coloque o frasco sob o nariz. Desloque com mo, para sua direo, os vapores que se desprendem do frasco.

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Reaes com liberao de gases txicos ou com produtos inflamveis devero ser realizadas na capela.

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Deve-se tomar o mximo de cuidado com cidos e bases concentradas, pois estes atacam a pele. No caso de acidentes com substncias corrosivas ou custicas, a parte atingida deve ser imediatamente lavada com gua e o fato comunicado ao professor(a). No perca a calma!

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No jogue nenhum material slido dentro da pia. Antes de iniciar e ao terminar as experincias a bancada deve permanecer organizada. Ao final da aula, a equipe dever limpar todo o material e a bancada. Ao se retirar do laboratrio verifique se h torneiras (gua ou gs) abertas. Desligue todos os aparelhos.

Materiais de laboratrio A seguir esto apresentados os materiais mais usuais no laboratrio, bem como a sua finalidade: 1. ALMOFARIZ E PISTILO: Triturao de slidos e homogeneizao de materiais slidos por triturao. 2. ANEL DE FERRO: Suporte para funis e tela de amianto. 3. BALO DE FUNDO CHATO: Usado para preparar, recolher, guardar e aquecer solues. 4. BALO DE FUNDO REDONDO: Usado em destilaes. 5. BALO VOLUMTRICO: Preparo e diluio de solues com volumes precisos e pr-fixados. 6. BASTO DE VIDRO: Agitao e transferncia de lquidos. 7. BQUER: Aquecimento de lquidos, dissoluo de slidos, preparo de solues exotrmicas.

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8. BICO DE GS ou BICO DE BUNSEN: Aquecimentos em geral, excetuando-se inflamveis. 9. BURETA: Medidas volumtricas precisas de lquidos. 10. CADINHO: Calcinao de materiais slidos. 11. CPSULA DE PORCELANA: Evaporao de lquidos em soluo.

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12. CONDENSADOR: Processos de destilao: para resfriamento dos vapores do lquido a ser destilado. 13. DESSECADOR: Preserva substncias da umidade dos meio ambiente. Deve conter um agente que absorva a umidade do seu interior. 14. ERLENMEYER: Aquecimento de lquidos e titulaes 15. ESCOVAS: Lavagem do material de laboratrio. 16. ESPTULAS: Transferncia de slidos. 17. FUNIL: Transferncias de lquidos e filtraes simples. 18. FUNIL BCHNER: Filtrao a vcuo. 19. FUNIL DE DECANTAO: Separao de lquidos imiscveis entre si. 20. GARRA METLICA: Fixao de frascos. 21. GARRAS PARA BURETAS: Fixao de bureta do suporte universal. 22. KITASSATO: Filtrao a vcuo. 23. MANTA DE AQUECIMENTO: Serve para aquecimento em temperatura controlada. utilizada, necessariamente, quando h presena de produtos inflamveis dentro das vidrarias a aquecer. 24. PESA-FILTRO: Pesagem de substncias higroscpicas e volteis. Secagem de substncias na estufa. 25. PINA DE HOFMANN e PINA DE MOHR: Reduzir ou obstruir a passagem de gases ou lquidos em tubos flexveis. 26. PINA DE MADEIRA: Segurar tubos de ensaio durante aquecimento. 27. PINA METLICA: Manipulao de objetos aquecidos. 28. PIPETA GRADUADA: Medidas precisas de volumes variveis de lquidos. 29. PIPETA VOLUMTRICA: Medidas precisas de volumes fixos de lquidos. 30. PIPETADOR (Pra): Enchimento de pipetas por suco. 31. PIPETADOR PASTEUR : Enchimento de pipetas por suco (descartveis). 32. PISSETA: Lavagem de frascos e de precipitados.

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33. PLACAS DE PETRI: usada para desenvolver meios de cultura 34. PROVETA: Medidas aproximadas de medidas de lquidos. 35. SUPORTE PARA TUBOS DE ENSAIO: Sustentao de tubos de ensaio na posio vertical. 36. SUPORTE UNIVERSAL: Sustentao de equipamentos em geral. 37. TELA DE AMIANTO: Distribuio uniforme de calor durante um aquecimento. 38. TERMMETRO: Medio de temperatura. 39. TRINGULO DE PORCELANA: Suporte do cadinho em processos de calcinao. 40. TRIP: Suporte para aquecimento indireto de frascos em geral. 41. TUBO DE ENSAIO: Execues de reaes qumicas principalmente em testes qualitativos. 42. VIDRO DE RELGIO: Cobertura de copos de bquer em evaporaes, pesagem de slidos, secagem de slidos no higroscpicos.

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