Aula 2 - Amplitude de Movimento I - 2010.2

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Avaliação Clínica Fisioterapêutica - UFPI Prof. Me. Nilton Maciel Mangueira 1 AMPLITUDE DE MOVIMENTO Amplitude de Movimento Movimento do segmento corporal deve-se aos músculos ou forças externas que movem os ossos em diferentes padrões de movimento ou amplitudes de movimento. Esses ossos movem-se, um em relação ao outro, nas articulações que fazem a ligação entre eles. Movimento completo possível do segmento ADM Passivo movimento fica dentro da ADM sem restrições para um segmento, produzido por uma força externa (gravidade, aparelho, outra pessoa ou outra parte do corpo); com pouca ou nenhuma contração muscular voluntária Ativo movimento fica dentro da ADM sem restrições para um segmento, produzido por uma contração muscular voluntária Ativo-assistido movimento ativo com assistência (manual ou mecânica); músculos primários que precisam de ajuda para completar ADM Tipos de exercícios

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AMPLITUDE DE

MOVIMENTO

Amplitude de Movimento

Movimento do segmento corporal deve-se aos

músculos ou forças externas que movem os ossos

em diferentes padrões de movimento ou

amplitudes de movimento.

Esses ossos movem-se, um em relação ao outro,

nas articulações que fazem a ligação entre eles.

Movimento completo possível do segmento ADM

Passivo movimento fica dentro da ADM sem restriçõespara um segmento, produzido por uma força externa(gravidade, aparelho, outra pessoa ou outra parte docorpo); com pouca ou nenhuma contração muscularvoluntária

Ativo movimento fica dentro da ADM sem restrições paraum segmento, produzido por uma contração muscularvoluntária

Ativo-assistido movimento ativo com assistência(manual ou mecânica); músculos primários que precisamde ajuda para completar

ADM – Tipos de exercícios

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Movimento Ativo

Movimento Passivo

ADMP:

• Região com tecido inflamado (movimentação ativa pode

ser prejudicial)

• Quando o paciente não for capaz ou não puder mover

ativamente um segmento.• Ex: pcte em coma, paralisado ou em repouso

Objetivos - ↓ as complicações que poderiam ocorrer com aimobilização (degeneração de cartilagem, aderência e formaçãode contraturas e estagnação da circulação)- Manter integridade articular / Minimizar contraturas

- Manter a elasticidade mecânica / Diminuir ou inibir a dor

- Auxiliar no processo de cicatrização / Auxiliar a circulação e dinâmica vascular

- Consciência do movimento / Movimento sinovial nutrição e difusão de materiais da cartilagem.

ADM – Indicações

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• Paciente capaz de contrair ativamente o músculo, com ou

sem assistência

• Fraqueza muscular - necessitando movimentar em sua

amplitude → para proporcionar assistência cuidadosa para

que o músculo possa funcionar em seu nível máximo.

• Programas de condicionamento cardiorespiratório

• Imobilização (ADMA em regiões acima e abaixo do segmento

imobilizado) - manter as áreas em condições o mais próximas

possíveis do normal e preparar para novas atividades.

ADMA e ADMAA – Indicações

Processo de regeneração do tecido

Mobilização controlada precoce é usada desde que a

tolerância do paciente seja monitorada

Após infarto do miocardio, cirurgias de revascularização

Risco de morte - ADMP pode ser iniciada com cautela nas

principais articulações e a ADMA em tornozelos e pés para

minimizar a estagnação venosa e a formação do trombos

ADM – Precauções

TIPO DE CONTRAÇÃO MUSCULAR

ISOMÉTRICA:

Ação muscular realizada sem alteração do comprimento da fibra muscular

(resistência = força máxima)

ISOTÔNICA:

Ação muscular realizada com alteração do comprimento da fibra muscular.

Não há alteração na tensão máxima do músculo. Pode ser:

ISOTÔNICA CONCÊNTRICA (+) : (Contração > Resistência)

ISOTÔNICA EXCÊNTRICA (-) : (Contração < Resistência)

ISOCINÉTICA:

Tensão máxima em toda a amplitude do movimento.

Quanto maior a força maior a resistência.

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Amplitude de Movimento

• A amplitude de Movimento (ADM) é a quantidade de

movimento de uma articulação.

• A posição inicial para se medir a amplitude de

movimento de todas as articulações, com exceção dos

movimentos de rotação, é a posição anatômica.

João, S. M. A. Métodos de avaliação clínica e funcional em fisioterapia, 2006;O´Sullivan, S. B. et al. Fisioterapia: avaliação e tratamento, 2003

Planos e eixos

Fluxograma da Avaliação da ADM

Há limitação de ADM?

NÃO

Progredir

avaliação

SIM

É possível/viável realizar

a goniometria?

NÃO SIM

Realizar

Goniometria

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Goniometria

• Determinar a presença ou não de disfunção

• Estabelecer um diagnóstico funcional

• Estabelecer os objetivos do tratamento

• Direcionar a fabricação

de órteses

Marques, A. P., Manual de Goniometria, 2002

Goniometria

• Reavaliações intermediárias e final

• Modificar o tratamento

• Realizar pesquisas que envolvam a recuperação de limitações

articulares.

Marques, A. P., Manual de Goniometria, 2002

Goniometria

Vantagens• Instrumento barato

• Fácil manuseio

• Medidas são coletadas

rapidamente

Desvantagens

• Operador dependente

• Confiabilidade dos dados:

Padronização do teste

Marques, A. P., Manual de Goniometria, 2002

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Fatores que Influenciam na

Mensuração da ADM

Can J Appl Sports Sci, 1981

FORÇA E FLEXIBILIDADE

MUSCULAR

Força Muscular – Teste Manual Muscular

Os graus musculares expressam a avaliação objetiva da força funcional do músculo.

João, S. M. A. Métodos de avaliação clínica e funcional em fisioterapia, 2006;O´Sullivan, S. B. et al. Fisioterapia: avaliação e tratamento, 2003

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São utilizados para determinar os graus de fraqueza muscular que resultam de doença, lesão

ou desuso.

João, S. M. A. Métodos de avaliação clínica e funcional em fisioterapia, 2006;O´Sullivan, S. B. et al. Fisioterapia: avaliação e tratamento, 2003

Força Muscular – Teste Manual Muscular

Dinamometria Isocinética

Centro de traumatologia do esporte – Unifesp. 2002

Flexibilidade Muscular

- ADM - limitada ou excessiva em virtude das estruturas articulares intrínsecas ou dos

músculos que cruzam as articulações.

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Flexibilidade Muscular

O comprimento do músculo é determinado pela distância

entre as suas extremidades proximal e distal.

MARCHA

Fases da marcha

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Fases da marcha

Avaliação da Marcha

Observar a fases de apoio e balanço

• Se há compensações por dor, déficit de ADM ou FM

• Alinhamento

• Coordenação

• Equilíbrio

João, S. M. A. Métodos de avaliação clínica e funcional em fisioterapia, 2006;O´Sullivan, S. B. et al. Fisioterapia: avaliação e tratamento, 2003

Avaliação da Marcha

Verificar o uso correto de

órteses

Correções e ajustes

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AVALIAÇÃO FUNCIONAL

Avaliação Funcional

• Baseada em atividades da vida diária, trabalho ou

esportivas/recreacionais.

• Pode envolver análise de tarefas ou simplesmente

a observação de certas atividades do paciente.

João, S. M. A. Métodos de avaliação clínica e funcional em fisioterapia, 2006;O´Sullivan, S. B. et al. Fisioterapia: avaliação e tratamento, 2003

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TESTES CLÍNICOS

Testes Clínicos

João, S. M. A. Métodos de avaliação clínica e funcional em fisioterapia, 2006;O´Sullivan, S. B. et al. Fisioterapia: avaliação e tratamento, 2003

• Podem ser provocativos ou estruturais.

• Específicos para cada articulação.

• Confirmar um suposto diagnóstico, fazer um diagnóstico diferencial ou para esclarecer sinais e sintomas.

Testes Clínicos

Devem ser realizados com cautela e podem ser

contra-indicados na presença de:

• Dor grave

• Condições agudas e irritáveis das articulações

• Instabilidades

• Doenças ósseas patológicas

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Testes Clínicos

EXAMES

COMPLEMENTARES

Exames Complementares

• Detalhamento da lesão

• Correlacionar com avaliação fisioterapêutica

• Auxilia na indicação e contra-indicação da conduta terapêutica

• Controle pós-operatório

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Exames Complementares

Exames Complementares

Fratura de Patela Pós-Operatório