Aula 2 as Origens Da Filosofia

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Relata a origem da filosofia

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Aula 2 - Primeiro Ano Ensino MdioAs origens da filosofia A conscincia mticaO mito a forma mais remota de crena, um meio do indivduo se relacionar com o sobrenatural. Est impregnado do desejo humano de afugentar a insegurana, os temores e a angustia diante do desconhecido. Sustentam-se pela crena em foras cuja existncia no precisa ser comprovada.sm (gr mythos) 1 Fbula que relata a histria dos deuses, semideuses e heris da Antiguidade pag. 2 Interpretao primitiva e ingnua do mundo e de sua origem. 3 Tradio que, sob forma alegrica, deixa entrever um fato natural, histrico ou filosfico. 4 Exposio simblica de um fato. 5 Coisa inacreditvel. 6 Enigma. 7 Utopia. 8 Pessoa ou coisa incompreensvel.Os mitos gregos eram transmitidos por poetas ambulantes chamados aedos e rapsodos, que os recitavam de cor em praa pblica. Homero e Hesodo foram dois representantes significativos que marcaram a histria grega. (Ilda e Odisseia.)A filosofia nasceu no OcidenteO pensamento filosfico surgiu na Grcia, entre o sculo VII e o VI a.C., mais propriamente nas colnias gregas, com Tales de Mileto, Pitgoras de Samos e Herclito de feso. Embora reconheamos a importncia de sbios que viveram no mesmo perodo no Oriente, suas doutrinas ainda no eram propriamente filosficas. Esses sbios se distinguiam dos pensadores gregos pois os sbios orientais no se aprofundaram em questes abstratas, mas criaram doutrinas que facilitavam as boas condutas para o convvio harmnico.Em contraposio, os primeiros filsofos gregos, mesmo quando sofriam influencias religiosas, problematizavam a realidade: buscavam explicitar o princpio constituinte das coisas, faziam questionamentos. As respostas dadas a essas questes sustentavam-se pela razo (logos) que a teoria e precisa ser fundamentada com argumentos, aquilo que fundamental. Por isso, costuma-se considerar a Grcia o bero da filosofia.Uma nova ordem humanaAlguns autores chamaram de milagre grego a passagem da mentalidade mtica para o pensamento crtico racional e filosfico, dando destaque para o carter repentino e nico desse processo. Outros estudiosos, porm, criticam essa viso simplista e afirmam que a filosofia na Grcia no foi fruto de um salto, do milagre realizado por um povo privilegiado, mas a culminao do processo gestado ao longo do tempo.A nova viso do mundo e do indivduo que ento se esboava resultou de inmeros fatores, que veremos a seguir:1) A redescoberta da escrita Ressurgiu apenas entre os sculos IX e VIII a.C., por influencia dos fencios. A escrita fixa a palavra para alm de quem proferiu o que exigem maior rigor e clareza, e estimula o pensamento critico.2) A moeda Com o desenvolvimento do comrcio martimo, o mundo grego se expandiu com a colonizao da Magna Grcia (atual sul da Itlia e Siclia) e da Jonia (litoral da Turquia). A moeda veio facilitar os negcios e impulsionar o comercio. A moeda sobrepunha aos smbolos sagrados o carter racional de sua concepo: a moeda uma conveno humana, noo abstrata de valor que estabelece a medida comum entre valores diferentes.3) A lei escrita Legisladores como Drcon, Slon e Clstenas sinalizaram uma nova era, porque, at ento, a justia dependia da interpretao da vontade divina ou da arbitrariedade dos reis, Com a lei escrita, a norma se tornava comum a todos e sujeita discusso e modificao. 4) O cidado da plis O nascimento da plis, por volta dos sculos VIII e VII a.C., foi um acontecimento decisivo. A sua originalidade est no fato de ter como centro a gora (praa pblica), espao onde eram debatidos os problemas de interesse comum. Elaborava-se desse modo o novo ideal de justia, pelo qual todo cidado tinha direito ao poder. A noo de justia assumiu carter poltico, e no apenas moral, ou seja, no dizia respeito apenas ao indivduo e aos interesses da tradio familiar, mas sua atuao na comunidade. Assim ficava garantida a isonomia- igualdade perante a lei e a isegoria, a igualdade do direito de discursar em pblico.5) A consolidao da democracia O auge da democracia ateniense ocorreu no sc. V.a.C.Os cidados livres, fossem ricos, fossem pobres, tinham acesso assembleia. Tratava-se da democracia direta, em que no eram escolhidos representantes, mas cada cidado participava mesmo das decises de interesse comum. A maior parte da populao se achava excluda do processo poltico.

Trabalho para px aula: P. 25-29 Os primeiros filfosos pr-socrticos e Avaliao do Perodo Pr- Socrtico.