Aula 2 Condicionamento e Tempo de Perfuração

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1- Condicionamento do poço Uma vez instalado os equipamentos de segurança, procede-se a fase de condicionamento do revestimento de produção e a substituição do fluido que se encontra no interior do poço por um fluido de completação. Para o condicionamento é descido broca e raspador, através de uma tubulação metálica, conhecida por coluna de trabalho, de modo a deixar o interior do revestimento de produção (e liner, quando presente) gabaritado e em condição de receber os equipamentos necessários. A broca é utilizada para cortar os tampões de cimento e tampões mecânicos, deixados no interior do poço quando de seu abandono temporário pela perfuração, bem como restos da cimentação primária. O raspador é uma ferramenta com lâminas retrateis, que desce raspando a parte interna do revestimento de produção, retirando o que foi deixado pela broca.

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introdução

Transcript of Aula 2 Condicionamento e Tempo de Perfuração

  • 1- Condicionamento do poo

    Uma vez instalado os equipamentos de segurana, procede-se a fase de condicionamento do revestimento de produo e a substituio do fluido que se encontra no interior do poo por um fluido de completao.

    Para o condicionamento descido broca e raspador, atravs de uma tubulao metlica, conhecida por coluna de trabalho, de modo a deixar o interior do revestimento de produo (e liner, quando presente) gabaritado e em condio de receber os equipamentos necessrios.

    A broca utilizada para cortar os tampes de cimento e tampes mecnicos, deixados no interior do poo quando de seu abandono temporrio pela perfurao, bem como restos da cimentao primria.

    O raspador uma ferramenta com lminas retrateis, que desce raspando a parte interna do revestimento de produo, retirando o que foi deixado pela broca.

  • 1.1- Prodedimento

    O condicionamento feito at o colar flutuante, com peso sobre broca, rotao da coluna e vazo de circulao direta do fluido adequadas, de forma que se obtenha uma boa eficincia no corte e no carreamento das partculas de cimento at a superfcie.

    importante no interromper a circulao, visto que o cimento cortado pode decantar sobre a broca, ocasionando uma pescaria.

    Normalmente, a cada trinta metros de cimento cortado, deslocado um colcho viscoso para limpeza do poo.

  • 1.1- Prodedimento

    Imediatamente antes e aps o corte dos tampes de cimento e dos tampes mecnicos, efetuado teste de estanqueidade do revestimento de produo, pressurizando-o durante dez ou quinze minutos, para verificao da existncia ou no de vazamentos (furos, conexes de revestimento vazando, etc).

    Caso no se consiga presso de teste estabilizada, procede-se a localizao e correo do vazamento.

  • 1.1- Prodedimento

    O fluido de completao, geralmente uma soluo salina, isenta de slidos, compatvel com a formao e com os fluidos nela contidos, de forma a no causar nenhum tipo de dano de formao, que restrinja a vazo do poo.

    Alm disso, o fluido deve ter peso especfico capaz de fornecer presso hidrosttica no interior do poo um pouco superior presso esttica da formao.

    A substituio do fluido feita, com o auxlio de bombas de deslocamento positivo, circulando o fluido diretamente pelo interior da coluna de trabalho, com retorno na superfcie pelo anular.

  • 2- Fluidos de completao

    Caractersticas requerida para um fluido de completao:

    - Gravidade especifica (densidade relativa);

    - Viscosidade;

    - Taxa de filtrao;

    - Compatibilidade;

    - Estabilidade;

    - Preparao e manuseio (no txico, no poluente e nem corrosivo);

    - Custo menor.

  • 2.1 Caractersticas requeridas

    a) Gravidade especfica

    A gravidade especfica projetado para manter o poo estvel, exercendo presso suficiente sobre a volta reservatrio.

    Uma presso diferencial de cerca de 1MPa (150 psi) entre o hidrosttica e as presses de formao frequentemente adotado para manter um certo grau de segurana, enquanto minimizando a invaso do reservatrio.

    No entanto, em alguns casos especiais, o diferencial pode ser muito menor, mesmo perto de zero. A gravidade especfica deve ser fcil de ajustar.

  • 2.1 Caractersticas requeridas

    b) Viscosidade

    Viscosidade deve ser suficiente para eliminar o poo corretamente, manter os slidos em suspenso (estacas e materiais de ponderao) e manter kicks de gs na baa.

    c) Taxa de filtrao

    As partculas slidas devem ser mantidos migrem para o sistema de formao de poros. Para alcanar este objetivo, aditivos de perda de fluido temporrios podem ser utilizados cujo tamanho de gro adaptada ao dimetro dos poros.

    Em alguns casos (em especial formaes sensveis), importante para manter o volume de filtrado invadindo a formao de um mnimo.

  • 2.1 Caractersticas requeridas

    d) Compatibilidade Todas as reaes fsico-qumicas entre o filtrado e a formao deve ser evitada,

    adaptando a sua composio para a gua do reservatrio (e mesmo para a injeo de gua de uma instncia de manuteno de presso) e para os componentes sensveis na formao (especialmente xistos).

    e) Estabilidade O fluido deve apresentar uma boa estabilidade com o tempo e, principalmente, ser

    capaz de suportar a temperatura do reservatrio.

    f )Preparao e manipulao O fluido deve ser bastante fcil de preparar, desde equipamentos, particularmente a

    manuteno plataformas, nem sempre so devidamente equipados. Ele no deve ser nem txico, poluente, nem corrosivo.

    g) Preo

    O fluido deve ter o preo de custo mais baixo possvel.

  • 2.1.1- Principais fluidos

    a) Baixo peso especfico

    Estes so especialmente espumas e lamas que contenham leo, tais como:

    Lama base de leo

    Lama de emulso invertida (1O a 50% de gua dispersa)

    Lama de emulso direta (20 a 45% de leo disperso).

  • 2.1.1- Principais fluidos

    b. Gravidade especifica maior do que 1

    - Sem slidosEstes consistem em salmouras (base de gua e sal). Deve notar-se que o ponto de cristalizao de salmouras depende do tipo de sal (ais) e a concentrao (que pode ser maior do que 0 OC, ou 320 F). Os preos aumentam exponencialmente com gravidade especfica.

    - Baixo teor de slidos

    Estes so tambm salmouras com aditivos de perda de fluido e viscosificadores (do tipo que pode serAcidificado).

    - Alto teor de slidos

    Estes so a gua e os fluidos de viscosidade de base com materiais de ponderao adicionados tais como carbonato clcio ou carbonato de ferro para alcanar alta gravidade especfica. Suas desvantagens so o risco de sedimentao e sua alta viscosidade, mas eles so menos caros do que salmouras gravidade alta.

  • 2.1- Principais Fluidos

  • 2.1.1- Aditivos

    Para adequar as propriedades fsicas e qumica so adicionados aditivos aos fluidos de completao:

    - viscosificantes;

    - Anti-espumante;

    - Emulsificadores;

    - Agente de controle de perda de fluidos;

    - Densificadores

  • 3- Tempo de Perfurao

    O tempo gasto em um poo composto por:

    Tempos de perfurao gasto em fazer o poo(hole), incluindo circulao, viagens e limpeza, o trabalho direcional, desvios geolgicos e abertura poo.

    Tempo gastos do plano de execuo e cimentao do revestimento, colocao do BOPS e cabeas de poo.

    Teste e tempo de completao. Tempo de avaliao da formao, incluindo perfurao, registrando

    etc. Plataforma para cima e para baixo da plataforma. Tempo no-produtivo, consulte "Time no produtivos (NPT)".

  • 3- Tempo de Perfurao

    A Autorizao de despesas (AFE-Authorisation For Expenditure) pode ser preparada, uma "estimativa" precisa do tempo necessrio para a perfurao do poo deve estar preparado.

    A estimativa de tempo deve considerar:

    1. ROP em poos offset (desviado). Deste o tempo total de perfurao para cada seo pode ser determinado.2. Os tempos de planos de gesto e de cimentao3. Tempo para conexo (nippling up/down BOPs e nippling-se cabeas de poo4. Os tempos de circulao.5. BHA (bottom hole assembly) composio do tempo.

    O exemplo a seguir d detalhes de como a estimativa de tempo de perfurao preparado.

  • 3.1- Clculo do tempo - Curva de profundidade

    Assumir o seguinte projeto de poo para o Well Pak-1:

    36 Hole / 30" Conductor 50 m BRT (below rotary table)26 Hole / 20" Casing 595 m BRT17,5Hole / 13,375 Casing 1421 m BRT12,25 / 9,625" Casing 2334 m BRT8,5 Hole / 7" Casing 3620 m BRTTotal Depth 3620 m BRT

    A partir de trs poos offset, os seguintes dados foi estabelecido para ROP mdio para cada seo do poo:

    36 Hole 5.5 m/hr 26 Hole 5.5 m/hr 17.5Hole 7.9 m/hr 12.25 4.6 m/hr 8.5 Hole 2.5 m/hr

    Os tempos de planos estimado para este poo so mostrado na Tabela 17.1:

  • Calcula-se o tempo total de perfurao e construir a curva de tempo de profundidade.

    1- Calcular os tempos necessrios para perfurar cada seo poo usando ROPs decompensada dados. Nesta fase, aconselhvel utilizar os melhores valores de ROP de poo offset. Isso porque ele sempre possvel igualar ou superar o desempenho anterior se o Equipamento semelhante ou melhor usado. Na verdade, alguns engenheiros podem aumentar a possibilidade de ROP para o novo poo se sabe-se que a alta qualidade dos equipamento atuais pode ser utilizado no novo poo.

    Usando os dados brutos fornecidos, Tabela 17.2 pode ser estabelecido para os dias de perfurao previstas:

  • Tabela 17.3 - Clculos Tempo de profundidade

    Descrio da OperaoDepth(MD m

    BRT)

    Dias

    Atividade Acumulado

    Plataforma para perfurar 1,00 1,0

    Broca (Drill) 36 hole para 50m 50 0,35 1.35

    Executar / cmt condutor 26 "/ NU desviador 2,50 3,85

    Drill 26" hole para 596m 596 4,13 7,98

    Executar / cmt 20 "casing / NU cabea de poo 2,50 10,48

    Drill 17.5hole para 1422m 1422 4,36 14,84

    Log hole 1,00 15,84

    Executar / cmt 13 3/8" casing / NU 2,00 17,84

    Drill 12 1/4" hole para 2334m 2334 8,27 26,11

    Log 12 1/4" hole 0,50 26,61

    Run / cmt 9 5/8" csg / NU 2 26,61

    Drill 8 1/2" hole to 3620m 3620 21,43 28,61

    Log 8 1/2" hole (full open hole logging) 4,00 50,04

    Run / cmt 7 liner , run CBL/VDL 3,5 57,54

    Deslocar para o hole os fluidos de completao, e preparar poo para o teste

    1,5 59,04

    Total de dias 59

  • Exemplo de Projeto (programas)