Aula 2 - Keilla Lopes · Abordagem Humanística da Administração ... Teoria Estruturalista...
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Aula 2 Abordagem Humanística da Administração
(Teoria das Relações Humanas)
Prof Ms Keilla Lopes Mestre em Administração pela UFBA
Especialista em Gestão Empresarial pela UEFS Graduada em Administração pela UEFS
Contatos:
E-mail: [email protected] Blog: keillalopes.wordpress.com

TEORIAS DAS ADMINISTRAÇÃO ABORDAGEM CLÁSSICA DA
ADMINISTRAÇÃO A Administração Científica Teoria Clássica
ABORDAGEM HUMANÍSTICA Teoria das Relações Humanas
ABORDAGEM NEOCLÁSSICA Teoria Neoclássica ABORDAGEM ESTRUTURALISTA Teoria Burocrática Teoria Estruturalista
ABORDAGEM COMPORTAMENTAL DA ADMINISTRAÇÃO
Teoria Comportamental Teoria do Desenvolvimento
Organizacional (D.O.)
ABORDAGEM SISTÊMICA Teoria de Sistemas
ABORDAGEM CONTINGENCIAL Teoria da Contingência NOVAS ABORDAGENS DA
ADMINISTRAÇÃO

Surgimento da Teoria das Relações Humanas:
Período histórico: 1929 os EUA passa por uma depressão devido a quebra da
bolsa de valores de New York. Período de desenvolvimento das ciências sociais,
principalmente da Psicologia do Trabalho que surgiu na primeira década do século XX e estava voltada para dois assuntos básicos:
- Adaptação do trabalhador ao trabalho - Adaptação do trabalho ao trabalhador

Surgimento da Teoria das Relações Humanas:
A teoria das Relações Humanas nasceu da necessidade de corrigir a forte tendência à desumanização do trabalho com a aplicação de métodos rigorosos, científicos e precisos, aos quais os trabalhadores tinham de se submeter.
Surge como conseqüência imediata das conclusões obtidas na Experiência em Hawthorne (rôtorne), cooordenada por Elton Mayo seus colaboradores (1927)

A EXPERIÊNCIA DE HAWTHORNE
Realizada em 1927 pelo Conselho Nacional de
Pesquisas dos Estados Unidos, em uma fábrica da Western Eletric Company, situada em
Chicago, no bairro de Hawthorne e
coordenada por Elton Mayo (1880-1947).
Sua finalidade era dentro dos pressupostos de Taylor e outros estudiosos determinar a
relação entre a intensidade da iluminação e a
eficiência dos operários medida através da
produção , mas estendeu-se à fadiga,
acidentes no trabalho, rotatividade do pessoal
e ao efeito das condições de trabalho sobre a produtividade do pessoal.

FASES DA EXPERIÊNCIA
Obs: Leitura em Chiavenato pg 97... 1ª Fase - Os Estudos da Iluminação 2ª Fase - Sala de montagem de relés 3ª Fase - O programa de entrevistas 4ª Fase - Sala de montagem de terminais

QUAIS CONCLUSÕES VCS PODEM ENUMARAR PARA A A EXPERIÊNCIA
HAWTHORNE???

CONCLUSÕES DA EXPERIÊNCIA ( Leitura em Chiavenato pg 103)
Nível de produção é resultante da integração social Comportamento social dos empregados Recompensas e sanções sociais para quem produzia
fora da média Grupos informais Relações humanas Importância do conteúdo do cargo (contra a
departamentalização da Teoria Clássica – eles trocavam de função)
Ênfase nos aspectos emocionais

Principais participantes:
Elton Mayo (1880/1947): Australiano,Médico e sociólogo
Kurt Lewin (1890/1947) – psicólogo (Psicologia Dinâmica-descrita no próximo slide )
John Dewey - filósofo Morris Viteles George C. Homans. Roethlisberger e Dickson – dois maiores relatores da
pesquisa de Hawthorne-

DECORRÊNCIAS DA TRH
Motivação Frustação Comunicação (reuniões grupais) Dinâmica de grupos Liderança (traços de liderança; estilos
de liderança; situações de liderança)

Teoria das relações humanas Teorias sobre estilos de Liderança
Autocrática Democrática Liberal
Apenas o líder fixa as diretrizes, sem qualquer participação do grupo.
O líder determina as
providencias e as técnicas para a execução das tarefas, uma da cada vez, á medida
que se tornam necessárias e de modo imprevisível
para o grupo.
O líder determina qual a tarefa que cada um deve executar.
O líder é dominador e é “pessoal” nos elogios e criticas ao trabalho
de cada membro.
As diretrizes são debatidas e decididas pelo grupo, estimulado
e assistido pelo líder.
O grupo esboça as providencias e as técnicas para atingir o alvo,
solicitando aconselhamento técnico ao líder se necessário, este sugere
duas alternativas para o grupo escolher.
A divisão das tarefas fica ao critério do grupo.
O líder procura ser membro formal
do grupo, em espírito, sem encarregar-se muito de tarefas. É objetivo e limita-se a
fatos nas suas criticas ou elogios.
Há liberdade completa para as decisões do grupo ou individuais,
com a participação mínima do líder.
A sua participação no debate é limitada, apresentando materiais variados ao grupo, esclarecendo
que pode fornecer mais informações, desde que sejam solicitadas.
A divisão das tarefas fica a
Cargo do grupo.
O líder não faz nenhuma tentativa de avaliar ou de regular o curso dos acontecimentos. Faz comentários
irregulares sobre as atividades quando lhe é perguntado.

Teoria de Campo de Lewin
O comportamento humano não depende só do passado ou do futuro, mas do campo dinâmico atual e presente. Esse campo dinâmico é o “espaço de vida que contém a pessoa e o seu ambiente psicológico” O comportamento humano é derivado da totalidade de fatos coexistentes, esses fatos coexistentes têm um caráter de um campo dinâmico, no qual cada parte do campo depende de uma inter-relação com as demais partes.

Homem Social Os trabalhadores são criaturas sociais complexas,
dotados de sentimentos, desejos e temores. O comportamento no trabalho é uma conseqüência de
muitos fatores motivacionais. As pessoas são motivadas por necessidades humanas e
alcançam suas satisfações por meio de grupos sociais. O comportamento dos grupos sociais é influenciado pelo
estilo de supervisão e liderança. As normas sociais do grupo funcionam como
mecanismos reguladores do comportamento dos membros.

Comparação entre Teoria Clássica e Teoria das Relações Humanas
Abordagem Clássica Teoria das Relações Humanas
Trata a organização como máquina Trata a organização como grupo de
pessoas
Enfatiza as tarefas ou a tecnologia Enfatiza as pessoas
Inspirada em sistemas de engenharia Inspirada em sistemas de psicologia
Especialização e competência técnica Confiança e abertura
Confiança nas regras e nos regulamentos Confiança nas pessoas
Clara separação entre linha e staff Dinâmica grupal e interpessoal

Quais críticas vocês fariam a Teoria das Relações Humanas???

a Teoria das Relações Humanas
Oposição à Teoria Clássica • Inadequada visualização dos problemas de relações
industriais (conflito entre os interesses industriais e dos empregados. Alguns estudiosos chegam a considerar a teoria tendenciosa);
• Concepção ingênua e romântica do operário; • Limitação do campo experimental (a fábrica); •

Críticas a Teoria das Relações Humanas
• Parcialidade das conclusões (considera somente a organização informal como variável);
• Ênfase nos grupos informais (pois supervaloriza a coesão grupal);
• Enfoque manipulativo das relações humanas (os operários e sindicatos não demoraram a descobrir isso).

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Apesar das críticas, não há dúvida de que a Escola das Relações humanas abriu novos horizontes à teoria administrativa em duas
orientações: • Equação humana: o sucesso das organizações depende das pessoas. • Novo papel do administrador: deve saber comunicar, liderar, motivar, e conduzir as pessoas.

CRÍTICAS DA TEORIA DAS RELAÇÕES HUMANAS
Ao final da década de 1950, a teoria das relações humanas entrou em declínio, passando a ser mais intensamente criticada, a tal ponto que suas concepções passaram a ser revistas.

Características Teoria Clássica Teoria das Relações Humanas
Abordagem básica Engenharia Humana Adaptação do homem à máquina e
Vice-versa
Ciência social Aplicada Adaptação do homem à organização
Modelo homem Económico-Racional Maximizador de vantagens financeiras
Racional-emocional Motivado por sentimentos e critérios “não racionais”
Comportamento organizacional do indivíduo Animal Isolado Atomismo Tayloriano Reage como um indivíduo
Animal Social; Carente de apoio e de participação grupal; reage como membro grupal
Comportamento funcional do indivíduo
Padronizável The one best way para todos
Não Padronizável Diferencias individuais justificaram métodos diferentes
Motivação
Financeira (Material) Maior remuneração com maior produção
Psicológica Apoio; Elogio e consideração
Fadiga Fisiológica Estudo de tempos, movimentos e pausas adequadas
Psicológica
Unidade de análise Cargo Tarefa, tempos e movimentos Avaliação de cargos e salários
Grupo A equipa; avaliação da moral do grupo; enfase nas relações intercargos e enfâse nas relações entre pessoas no Trabalho
Conceito de Organização Estrutura Formal Conjunto de órgãos, cargos e tarefas
Sistema Social Conjunto de papéis
Representação Gráfica Organograma e fluxograma Relações entre órgãos e funções
Sociograma Relações percebidas, desejadas, rejeitadas e reais entre pessoas

Referências Bibliográficas:
CHIAVENATO, Idalberto. Introdução a Teoria Geral da Administração. São Paulo: McGraw-hill do Brasil 1983
LODI, J. B. História da Administração. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2003. 217p.
MAXIMIANO, A. C. A. Teoria geral da Administração: da revolução urbana à revolução digital. 4.ed. São Paulo: Atlas, 2004. 521p.