Aula 2 - Uso de dados

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Dados: Por que usá-los? Diagnóstico e Planejamento CURSO Curso EaD Monitoramento Aula 2

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Dados: Por que usá-los?Diagnóstico e Planejamento

CURSO

Curso EaD

Monitoramento

Aula 2

Page 2: Aula 2 - Uso de dados

Em seu quadro, Magritte diz: “Isto não é um cachimbo.”

Na verdade,

isto é a representação

de um cachimbo.

Este quadro, chamado

“A Traição das Imagens",

traduz a ideia de que a

representação da realidade

não é a própria realidade.

Page 3: Aula 2 - Uso de dados

Da mesma forma:

“Os indicadores são uma

descrição, mas não a

realidade.” (SOLIGO, 2012)

É importante não olhar para dados como a própria realidade, como o próprio diagnóstico.

Considerar um indicador um fim em si mesmo seria o mesmo que um médico considerar que o diagnóstico de um paciente está concluído após se fazer o exame de sangue.

O exame de sangue descreve, com números, a condição de um aspecto do paciente. E deve ser interpretado em conjunto com outras informações e contextos.

Um indicador não é o diagnóstico, mas um meio para se chegar a um diagnóstico maior, de uma realidade.

Page 4: Aula 2 - Uso de dados

Tema

Objetivos

Foco

Método

Indicador

Definir:

Planejamento Coleta OrganizaçãoAnálise e

PlanejamentoDivulgação

Etapas da construção de DADOS:como compor o diagnóstico de uma situação

Page 5: Aula 2 - Uso de dados

Etapas da construção de DADOS:como compor o diagnóstico de uma situação

Buscar fontes de dados

Levantar e registrar dados brutos

Planejamento Coleta OrganizaçãoAnálise e

PlanejamentoDivulgação

Page 6: Aula 2 - Uso de dados

Reunir informações

Estruturar dados em tabelas

Descrever e classificar os dados

Verificar qualidade dos dados

Planejamento Coleta OrganizaçãoAnálise e

PlanejamentoDivulgação

Etapas da construção de DADOS:como compor o diagnóstico de uma situação

Page 7: Aula 2 - Uso de dados

Realizar tratamentos e cálculos estatísticos

Ler tabelas

Elaborar gráficos

Inferir

Relacionar os dados com autores do tema ou outros dados

Planejamento Coleta OrganizaçãoAnálise e

PlanejamentoDivulgação

Etapas da construção de DADOS:como compor o diagnóstico de uma situação

Page 8: Aula 2 - Uso de dados

Os indicadores fazem partições da

realidade para estudá-la. Ao voltar à

realidade, é preciso reincorporar os

aspectos extraídos, situando-os no

espaço e tempo. (SOLIGO, 2012)

Apresentar resumo de aprendizados

Formatar tabelas e/ou gráficos de forma visualmente informativa

Planejamento Coleta OrganizaçãoAnálise e

PlanejamentoDivulgação

Etapas da construção de DADOS:como compor o diagnóstico de uma situação

Page 9: Aula 2 - Uso de dados

Qualitativo:

Descrições

Se um indicador é:

uma fotografia, em um momento e um espaço...

+ +Que fotografia tirar?

Ou seja, como

definir os

indicadores?

Qual momento

será fotografado?

Ou seja, qual

é o período

dos indicadores?

Qual o espaço

da fotografia?

Ou seja, qual o

território dos

indicadores?

Page 10: Aula 2 - Uso de dados

Qualitativo:

Descrições

Planejamento

uma fotografia, em um momento e um espaço...

+ +

Que fotografia tirar?

Ou seja, como definir

os indicadores?

Qual dado?

Exemplo: Como estão distribuídos os casos de dengue, chikungunya e zika na cidade e como isso tem afetado as crianças e adolescentes?

Quais são os dados que nos ajudarão a responder a esta pergunta?

Taxas de incidência* de dengue, de chikungunya e de zika

Número de óbitos de dengue, de chikungunya e de zika

*taxa de incidência = Nº de casos novos confirmados por 100 mil habitantes

Page 11: Aula 2 - Uso de dados

Qualitativo:

Descrições

Planejamento

+ +

Que fotografia tirar?

Ou seja, como definir

os indicadores?

Qual dado?

Exercício: Pense numa pergunta que você gostaria de responder usando dados.

Qual é a sua pergunta?

Quais os dados que ajudarão a respondê-la?

Page 12: Aula 2 - Uso de dados

Qualitativo:

Descrições

Planejamento

uma fotografia, em um momento e um espaço...

+ +

«

O que coletar?

Coleta

É preciso saber:

Desde quando são coletados os dados

usados para calcular o indicador?

Queremos monitorar o indicador

a partir de que data?

Qual a periodicidade de atualização, ou seja, de

quanto em quanto tempo se faz a coleta?

Qual o último ano em que o dado

está disponível?

Qual momento

será fotografado?

Ou seja, qual é o período

dos indicadores?

Page 13: Aula 2 - Uso de dados

Planejamento

uma fotografia, em um momento e um espaço...

+ +

«

O que coletar?

Coleta

Desde quando são coletados os dados usados

para calcular o indicador?

No caso da dengue, há dados disponíveis desde os

anos 1990 até hoje.

No caso do chikungunya e do zika vírus, as primeiras

notificações são mais recentes, por volta de 2014.

Exemplo: Como estão distribuídos os casos de

dengue, chikungunya e zika na cidade e como isso

tem afetado as crianças e adolescentes?

Qual momento

será fotografado?

Ou seja, qual é o período

dos indicadores?

Page 14: Aula 2 - Uso de dados

Planejamento

uma fotografia, em um momento e um espaço...

+ +

«

O que coletar?

Coleta

Queremos monitorar a partir de que data?

Considerando que duas das doenças que pretendemos

observar começam a ter informações em 2014, podemos

olhar todas as doenças a partir de tal ano.

Ou podemos olhar a evolução da dengue desde antes,

como por exemplo 2010, para verificar se há relação entre

a sua evolução e o surgimento de chikungunya e zika.

Exemplo: Como estão distribuídos os casos de

dengue, chikungunya e zika na cidade e como isso

tem afetado as crianças e adolescentes?

Qual momento

será fotografado?

Ou seja, qual é o período

dos indicadores?

Page 15: Aula 2 - Uso de dados

Planejamento

uma fotografia, em um momento e um espaço...

+ +

«

O que coletar?

Coleta

Qual o último ano em que o dado está disponível?

De modo geral, os dados novos são disponibilizados no

final do primeiro trimestre ou início do segundo trimestre.

Assim, em abril de 2016, teremos acesso

aos dados referentes ao ano de 2015.

Exemplo: Como estão distribuídos os casos de

dengue, chikungunya e zika na cidade e como isso

tem afetado as crianças e adolescentes?

Qual momento

será fotografado?

Ou seja, qual é o período

dos indicadores?

Page 16: Aula 2 - Uso de dados

Planejamento

+ +

«

O que coletar?

Coleta

Exercício: Retome a sua pergunta e os dados selecionados.

Desde quando são coletados os dados?

A partir de que data monitorar?

Qual a periodicidade de atualização?

Qual o último ano disponível?

Qual momento

será fotografado?

Ou seja, qual é o período

dos indicadores?

Page 17: Aula 2 - Uso de dados

Planejamento

uma fotografia, em um momento e um espaço...

+ +

«

O que coletar?

Coleta

É preciso saber:

Qual a abrangência do indicador e

o quanto o indicador pode ser desagregado?

Qual a maior unidade territorial

que o indicador pode medir?

Qual a menor unidade territorial

que o indicador pode medir?

Quais são as unidades territoriais

intermediárias que o indicador pode medir?

Qual o enquadramento

da fotografia?

Ou seja, qual o território

dos indicadores?

Dado Desagreagado X

Dado Agregado

Page 18: Aula 2 - Uso de dados

Planejamento

uma fotografia, em um momento e um espaço...

+ +

«

O que coletar?

Coleta

Qual a abrangência do indicador e o quanto

o indicador pode ser desagregado?

Dado Desagregado = dado não agrupado

Separado em múltiplas camadas de informação em

dados específicos;

Divide;

Permite avaliações particulares e mais

aprofundadas, em dimensões micro;

Menor unidade territorial.

Qual o enquadramento

da fotografia?

Ou seja, qual o território

dos indicadores?

Dado Desagreagado X

Dado Agregado

Page 19: Aula 2 - Uso de dados

Planejamento

uma fotografia, em um momento e um espaço...

+ +

«

O que coletar?

Coleta

Qual a abrangência do indicador e o quanto

o indicador pode ser desagregado?

Dado Desagregado = dado agrupado

Junta muitas informações em um dado resumido;

Totaliza;

Mais sintético, facilita decisões mais amplas

e divulgações de resultados macro;

Maior unidade territorial.

Qual o enquadramento

da fotografia?

Ou seja, qual o território

dos indicadores?

Dado Desagreagado X

Dado Agregado

Page 20: Aula 2 - Uso de dados

Planejamento

uma fotografia, em um momento e um espaço...

+ +

«

O que coletar?

Coleta

Qual a abrangência do indicador e o

quanto o indicador pode ser desagregado?

A incidência de dengue é medida a partir

dos casos registrados em serviços de saúde,

públicos e privados, espalhados nos bairros

do município.

Assim, a abrangência é municipal, mas com

possibilidade de olhar para cada unidade de saúde.

Qual o enquadramento

da fotografia?

Ou seja, qual o território

dos indicadores?

Exemplo: Como estão distribuídos os casos de

dengue, chikungunya e zika na cidade e como isso

tem afetado as crianças e adolescentes?

Page 21: Aula 2 - Uso de dados

Um indicador

nasce desagregado

e depois é agregado.

Page 22: Aula 2 - Uso de dados

DADOS DESAGREGADOS

Construídos a partir de dados das

secretarias municipais, coletados

nos equipamentos públicos (e por

vezes privados). Representam as

menores unidades territoriais.

Ou seja, são coletados na origem

de modo desagregado.

Page 23: Aula 2 - Uso de dados

DADOS AGREGADOS

Os dados desagregados são

consolidados pelo próprio município

em um dado único. O agrupamento

é feito sempre somando os

números absolutos e nunca

fazendo uma média das taxas de

cada unidade territorial menor.

Page 24: Aula 2 - Uso de dados

DADOS AGREGADOS

Por exemplo: os indicadores de

bairros são agrupados em um

indicador único de um distrito ou de

um município. Depois o município

envia para os órgãos federais.

Page 25: Aula 2 - Uso de dados

PARA QUE?

Olhar um dado agregado ou

desagregado é como aumentar

ou diminuir o zoom em um mapa.

Quanto mais próximo, mais detalhes podem

ser vistos;

Quanto mais distante, mais amplamente

se pode ver;

O comparativo de olhares próximos e distantes

pode revelar desigualdades

Page 26: Aula 2 - Uso de dados

Planejamento

uma fotografia, em um momento e um espaço...

+ +

«

O que coletar?

Coleta

Qual a maior unidade territorial que

o indicador pode medir? (Dado Agregado)

Taxa de incidência de dengue, de chikungunya

e de zika no município

Número de óbitos de dengue, de chikungunya

e de zika no município

Qual o enquadramento

da fotografia?

Ou seja, qual o território

dos indicadores?

Exemplo: Como estão distribuídos os casos de

dengue, chikungunya e zika na cidade e como isso

tem afetado as crianças e adolescentes?

Page 27: Aula 2 - Uso de dados

Planejamento

uma fotografia, em um momento e um espaço...

+ +

«

O que coletar?

Coleta

Qual a menor unidade territorial que

o indicador pode medir? (Dado Desagregado)

Taxa de incidência de dengue, de chikungunya

e de zika por bairro.

Número de óbitos de dengue, de chikungunya

e de zika por bairro.

Qual o enquadramento

da fotografia?

Ou seja, qual o território

dos indicadores?

Exemplo: Como estão distribuídos os casos de

dengue, chikungunya e zika na cidade e como isso

tem afetado as crianças e adolescentes?

Page 28: Aula 2 - Uso de dados

Planejamento

+ +

«

O que coletar?

Coleta

Qual o enquadramento

da fotografia?

Ou seja, qual o território

dos indicadores?

Exercício

Retome a sua pergunta, os dados selecionados

e o período definido

Qual a abrangência do indicador e o quanto

o indicador pode ser desagregado?

Qual a maior unidade territorial que o indicador

pode medir?

Qual a menor unidade territorialque o indicador pode

medir?

Quais são as unidades territoriais intermediárias que o

indicador pode medir?

Page 29: Aula 2 - Uso de dados

Planejamento

«

O que coletar?

Coleta

DESAGREGANDO

ALÉM DO TERRITÓRIO

Onde pode ser importante

aproximar o zoom?

Que variáveis ajudam a

revelar desigualdades?

Exemplo: Como estão distribuídos os casos de

dengue, chikungunya e zika na cidade e como

isso tem afetado as crianças e adolescentes?

Taxa de incidência de dengue, de chikungunya e de zika por bairros, distritos e pelo total do município, por faixas de idade e mulheres gestantes, por renda e raça/cor.

Número de óbitos de dengue, de chikungunya e de zika por bairros, distritos e pelo total do município, por faixas de idade e mulheres gestantes, por renda e raça/cor.

Page 30: Aula 2 - Uso de dados

Planejamento

«

O que coletar?

Coleta

DESAGREGANDO

ALÉM DO TERRITÓRIO

Onde pode ser importante

aproximar o zoom?

Que variáveis ajudam a

revelar desigualdades?

Variáveis Importantes Data Sexo Idade Raça/cor Renda Condição de trabalho Situação de estudo

Variáreis Específicas Tipo de ensino ou escola Tipo de doença Etc.

Desagregações possíveis

Page 31: Aula 2 - Uso de dados

Planejamento

«

O que coletar?

Coleta

Boa parte dos indicadores são calculados a partir de:

(Numerador / Denominador) x Porção de população = Taxa

Números AbsolutosExpressam o número de vezes em que ocorre o fenômeno

ProporçãoPercentual ouPor mil ouPor 100 mil

Potência de 10Delimita a cada X pessoas, facilitando a leitura

Page 32: Aula 2 - Uso de dados

Planejamento

«

O que coletar?

Coleta

Numerador1

Denominador2

Porção de população

1. Indica quantas partes serão consideradas

2. Indica em quantas partes dividimos o inteiro

X

Boa parte dos indicadores são calculados a partir de:

Page 33: Aula 2 - Uso de dados

Planejamento

«

O que coletar?

Coleta

Numerador1

Denominador2

Porção de população3

1. Indica quantas partes serão consideradas

Número de casos novos confirmados de dengue (clássico e febre hemorrágica da dengue – códigos A90-A91 da CID-10)

2. Indica em quantas partes dividimos o inteiro

População residente no bairro

3. Por 100 mil habitantes

X

Exemplo: Taxa de incidência de dengue por bairro

Page 34: Aula 2 - Uso de dados

Planejamento

«

O que coletar?

Coleta

+ Exercício

Retome a sua pergunta, os dados

selecionados, o período e os territórios

definidos

Que variáveis ajudam a revelar desigualdades?

Qual o numerador do indicador?

Qual o denominador do indicador?

Qual é a potência de 10 usada neste

indicador?

+

Page 35: Aula 2 - Uso de dados

Planejamento

«

O que coletar?

Coleta

O IBGE é o principal provedor de dados e informações do país, atendendo a órgãos federais, estaduais e municipais, e demandas específicas da sociedade civil.

Apresenta dados de indicadores diversos; população; economia; geociências.

Tem diferentes canais de informação, temáticos e de bancos de dados.

POPULAÇÃO

Page 36: Aula 2 - Uso de dados

Planejamento

«

O que coletar?

Coleta

Censo demográfico é o levantamento feito, de 10 e 10 anos, em todos os domicílios do país, para caracterização demográfica da população. Último levantamento em 2010.

PNAD é a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, realizada anualmente para levantar características gerais da população (educação, trabalho, renda, habitação).

POPULAÇÃO

Page 37: Aula 2 - Uso de dados

Planejamento

«

O que coletar?

Coleta

As secretarias municipais são produtoras de dados e podem também fornecer informações de forma direta.

As agências estaduais de estatística também compilam uma ampla variedade de dados administrativos produzidos pelas secretarias de Estado e, em alguns casos, também produzem dados primários provenientes de pesquisas amostrais. Alguns ministérios e secretarias estaduais também têm órgãos encarregados da produção ou organização de seus dados administrativos. (JANNUZZI e GRACIOSO, 2002)

GESTÃO LOCAL

Page 38: Aula 2 - Uso de dados

Planejamento

«

O que coletar?

Coleta

Plataforma aberta do governo para que todos possam encontrar e utilizar os dados e as informações públicas.

O portal tem o objetivo de disponibilizar todo tipo de dado: saúde suplementar, sistema de transporte, segurança pública, educação, gastos governamentais, processo eleitoral, etc.

PORTAL BRASILEIRO DE DADOS ABERTOS

Page 39: Aula 2 - Uso de dados

Planejamento

«

O que coletar?

Coleta

O INEP é um centro de estudos, pesquisas e avaliações sobre o Sistema Educacional Brasileiro, vinculado ao Ministério da Educação.

Realiza levantamentos estatísticos e avaliativos em todos os níveis e modalidades de ensino

EDUCAÇÃO

Page 40: Aula 2 - Uso de dados

Planejamento

«

O que coletar?

Coleta

O DATASUS é o sistema de dados do Ministério da Saúde.

Recebe os dados locais sobre nascidos vivos, mortalidade etc. que o município coletou a partir de informações levantadas nas unidades hospitalares e outras fontes.

SAÚDE

Page 41: Aula 2 - Uso de dados

Planejamento

«

O que coletar?

Coleta

O PDET é o Programa de Disseminação das Estatísticas do Trabalho, do Ministério do Trabalho e Emprego,

Divulga informações sobre mercado de trabalho, oriundas de dois Registros Administrativos:

RAIS - Relação Anual de Informações Sociais

CAGED - Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, à sociedade civil.

TRABALHO

Page 42: Aula 2 - Uso de dados

Planejamento

«

O que coletar?

Coleta

Atlas de Desenvolvimento Humano é uma plataforma de consulta ao Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) que traz mais de 200 indicadores de demografia, educação, renda, trabalho, habitação e vulnerabilidade, com dados extraídos dos Censos.

Banco Mundial: Indicadores do Desenvolvimento Mundial

OMS: Organização Mundial da Saúde

ORGANISMOS INTERNACIONAIS

Page 43: Aula 2 - Uso de dados

Planejamento

«

O que coletar?

Coleta

+ Exercício

Retome a sua pergunta, os dados

selecionados, o período, os territórios

e variáveis definidos e os elementos que o

compõe:

Quais destas fontes de dados será usada

para sua coleta?

Numerador

Denominador

+

Page 44: Aula 2 - Uso de dados

Planejamento

«

Como organizar?

Coleta

«

Organização

ESTRUTURA DADOS EM TABELAS

Reunir informações da coleta

Quais dados foram coletados?

Numerador?

Denominador?

Taxa?

Nem sempre se obtém a informação completa: por vezes, consegue-se apenas a taxa; outras, apenas os números absolutos.

Page 45: Aula 2 - Uso de dados

Planejamento

«

Como organizar?

Coleta

«

Organização

Mas afinal, o que é melhor?

O melhor é sempre ter em mãos os números absolutos que compõem a taxa, pois desta forma sempre será possível fazer o cálculo da taxa e verificar a consistência dos dados.

DADO BRUTO

aquele que vem da coleta, puro e sem tratamento

DADO ORGANIZADO

classificado na ordem e arredondamentos mais

relevantes

Page 46: Aula 2 - Uso de dados

Planejamento

«

Como organizar?

Coleta

«

Organização

Tabelas são necessárias para ordenar e tabular os dados coletados.

Ordenar a partir de qual variável?

Como tabular?

Unidade territorial

Numerador(número absoluto)

Denominador(número absoluto)

Taxa(proporção)

[nome do território] [dado bruto] [dado bruto] [fórmula]

[nome do território]

[dado bruto] [dado bruto] [fórmula]

ordenartabular

Page 47: Aula 2 - Uso de dados

Planejamento

«

Como organizar?

Coleta

«

Organização

DESCREVER E CLASSIFICAR OS DADOS

Ordenar a partir de qual variável?

Se tomada a perspectiva de território, é importante considerar a divisão do município ou da gestão administrativa da área.

Unidade territorial Micro > Intermediária > Macro

Unidade territorial

Numerador(número absoluto)

Denominador(número absoluto)

Taxa(proporção)

[bairro 1] [dado bruto] [dado bruto] [fórmula]

[bairro 2] [dado bruto] [dado bruto] [fórmula]

[total do distrito 1]

[soma dos bairros]

[soma dos bairros]

[fórmula]

[bairro 3] [dado bruto] [dado bruto] [fórmula]

[bairro 4] [dado bruto] [dado bruto] [fórmula]

[total do distrito 2]

[soma dos bairros]

[soma dos bairros]

[fórmula]

[total do município]

[soma dos distritos] 1

[soma dos distritos] 2 [fórmula] 3

1. FREQUÊNCIA ABSOLUTA: nº de vezes em que ocorre o fenômeno

2. NÚMERO TOTAL: população que poderia ter sido afetada pelo fenômeno

3. FREQUÊNCIA RELATIVA: razão (divisão) entre frequência e total

Exemplo: Taxa de incidência de dengue, de chikungunya e de zika por bairros, distritos e pelo total do município, por faixas de idade e mulheres gestantes, por renda e raça/cor

Page 48: Aula 2 - Uso de dados

Planejamento

«

Como organizar?

Coleta

«

Organização

Unidade territorial

TOTAL 0 a 6 anos 7 a 11 anos

Numerador Denominador Taxa Numerador Denominador Taxa Numerador Denominador Taxa

(número absoluto)

(número absoluto)

(proporção)(número absoluto)

(número absoluto)

(proporção)(número absoluto)

(número absoluto)

(proporção)

[bairro 1] [dado bruto] [dado bruto] [fórmula] [dado bruto] [dado bruto] [fórmula] [dado bruto] [dado bruto] [fórmula]

[bairro 2] [dado bruto] [dado bruto] [fórmula] [dado bruto] [dado bruto] [fórmula] [dado bruto] [dado bruto] [fórmula]

[distrito 1] [dado bruto] [dado bruto] [fórmula] [dado bruto] [dado bruto] [fórmula] [dado bruto] [dado bruto] [fórmula]

... ... ... ... ... ... ... ... ... ...

DESCREVER E CLASSIFICAR OS DADOS

Exemplo: Taxa de incidência de dengue, de chikungunya e de zika por bairros, distritos e pelo total do município, por faixas de idade e mulheres gestantes, por renda e raça/cor

Ordenar a partir de qual variável?

Se há outras variáveis sendo consideradas, é importante manter os dados totais para estabelecer o comparativo.

Idade? Sexo? Renda? Raça/cor?

Page 49: Aula 2 - Uso de dados

Planejamento

«

Como organizar?

Coleta

«

Organização

Unidade territorialNumerador(número absoluto)

Denominador(número absoluto)

Taxa(proporção)

[bairro 1] [dado bruto] [dado bruto] [fórmula]

[bairro 2] [dado bruto] [dado bruto] [fórmula]

[total do distrito 1] [soma dos bairros] [soma dos bairros] [fórmula]

[bairro 3] [dado bruto] [dado bruto] [fórmula]

[bairro 4] [dado bruto] [dado bruto] [fórmula]

[total do distrito 2] [soma dos bairros] [soma dos bairros] [fórmula]

[total do município] [soma dos distritos] [soma dos distritos] [fórmula]2

Como tabular?

A tabulação nada mais é que o cálculo da taxa.

Exemplo: Taxa de incidência1 de dengue, de chikungunya e de zika por bairros, distritos e pelo total do município, por faixas de idade e mulheres gestantes, por renda e raça/cor

1. nº de casos novos confirmados de

dengue no bairro

2. nº da população residente no bairro

X 100.000

Page 50: Aula 2 - Uso de dados

Planejamento

«

Como organizar?

Coleta

«

Organização

VERIFICAÇÃO DA QUALIDADE DOS DADOS

Em outras palavras, os dados estão bons o suficiente para responder às perguntas iniciais

É preciso saber:

A forma como os dados estão ordenados atendem às necessidades?

Todas as desagregações estão calculadas? E todas as agregações?

Os cálculos estão corretos?

As proporções apresentadas estão de acordo com as taxas apresentadas em outros municípios ou no país?

Lembre-se que por trás de todos esses números organizados, estão pessoas.

Quando se fala em nº de casos, estamos falando de pessoas afetadas.

É importante não perder isso de vista!

Page 51: Aula 2 - Uso de dados

Planejamento

«

Como organizar?

Coleta

«

Organização

Exercício

Retome a sua pergunta, os dados selecionados, o período, os territórios e variáveis definidos e os elementos que o compõe:

A partir de quais variáveis os dados serão ordenados?

Como é o cálculo para tabular os dados?

O que não pode faltar para que os dados respondam às perguntas iniciais?

1. Estruturar dados em tabelas

2. Descrever e classificar os dados

3. Verificação da qualidade dos dados

Page 52: Aula 2 - Uso de dados

Planejamento

«

Coleta

«

Organização

«

Análise e Interpretação

uma fotografia, em um momento e um espaço...

+ +

Se um indicador é:

Este é o momento de revelar a fotografia e de interpretar o que foi fotografado.

Olhar isoladamente cada um dos valores pode não significar muito. Para fazer com que os dados gerem informação, precisamos interpretá-los.

E para que a informação gere conhecimento é preciso que seja compreendida e aplicada.

É a partir deste conhecimento que se poderá tomar decisões sobre quais caminhos devem seguir programas e políticas, sejam eles novos ou já em desenvolvimento.

Lembre-se: o indicador é a representação de uma realidade.

Este é o momento de aproximar essa representação da própria realidade.

Page 53: Aula 2 - Uso de dados

Planejamento

«

Coleta

«

Organização

«

Análise e Interpretação

uma fotografia, em um momento e um espaço...

+ +

Se um indicador é:

Pergunte aos números!

Que tipo de visualização pode ajudar a interpretar os dados?

Que conclusões podem ser tiradas a partir dos dados levantados?

Sobre cada território e todo o município

Sobre cada perfil de população

O que pode ser interpretado para além dos números coletados? O que pode ajudar a ampliar esta interpretação?

Quais destas conclusões podem apoiar a elaboração de projetos e políticas?

Quais conclusões ajudam a monitorar projetos e políticas em desenvolvimento?

Page 54: Aula 2 - Uso de dados

Planejamento

«

Coleta

«

Organização

«

Análise e Interpretação

uma fotografia, em um momento e um espaço...

+ +

Se um indicador é:

É a partir deste conhecimento que se poderá tomar decisões sobre quais caminhos devem seguir programas e políticas, sejam eles novos ou já em desenvolvimento.

Page 55: Aula 2 - Uso de dados

Planejamento

«

Coleta

«

Organização

«

Análise e Interpretação

Que tipo de visualização pode ajudar a interpretar os dados?

Tabular

Apresenta as próprias tabelas, com informações completas e detalhadas

Gráfica

Traduz em representações visuais os dados apontados nas tabelas

Fornecem informações sobre o relacionamento entre grandezas envolvidas

Unidade territorial

Numerador(número absoluto)

Denominador(número absoluto)

Taxa(proporção)

[nome do território]

[dado bruto] [dado bruto] [fórmula]

[nome do território]

[dado bruto] [dado bruto] [fórmula]

Page 56: Aula 2 - Uso de dados

Planejamento

«

Coleta

«

Organização

«

Análise e Interpretação

Representação Tabular

UF 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008

Rondonia 120,06 109,44 206,68 224,87 387,46 272,33 212,64 365,9Acre 354,98 151,97 161,51 727,66 345,53 39,61 75,06 313,64Amazonas 662,66 75,8 132,36 29,02 31,49 19,33 61,37 222,77Roraima 1140,53 351,14 1390,14 153,2 602,84 251,89 212,15 1207,9Para 264,13 178,29 148,35 84,63 118,35 92,46 199,51 207,57Amapa 642,17 166,11 755,37 458 430,55 300,3 562 194,89Tocantins 417,55 163,88 153,23 120,26 257,17 445,8 949,38 778,75Região Norte 390,17 150,05 207,74 135,73 175,35 136,76 246,45 306,36Maranhao 109,7 146,49 99,75 27,02 108,3 83,61 213,56 87,94Piaui 359,11 304,88 325,1 29,39 150,65 158,35 315,19 74,81Ceara 451,71 257,04 429,55 50,08 335,9 346,33 414,13 576,56Rio Grande do Norte 1330,46 764,83 718,86 90,78 160,53 275,42 432,22 916,58Paraiba 431,12 536,27 361,99 38,31 166,36 85,17 296,83 208,14Pernambuco 168,05 1235,28 186,08 27,99 66,32 103,34 262,17 210,84Alagoas 70,34 259,01 209,04 150,82 88,66 103,88 344,34 418,38Sergipe 195,22 286,72 255,04 22,54 34,2 57,48 73,87 1065,53Bahia 212,64 582,26 315,3 34,13 129,44 49 68,23 235,61Região Nordeste 310,88 548,24 305,19 44,59 148,87 135,34 241,38 338,75Minas Gerais 178,09 209,78 77,19 72,27 58,82 154,3 143,85 247,78Espirito Santo 243,66 796,01 899,94 104,17 81,04 292,21 194,62 753,75Rio de Janeiro 431,22 1691,58 37,25 8,2 9,13 171,07 367,03 1242,98Sao Paulo 155,74 117,5 43,34 7,86 15,8 150,24 275,96 28,06Região Sudeste 219,63 480,74 87,4 27,91 27,87 161,49 257,88 354,19Parana 16,42 73,78 111,38 1,57 10,31 12,03 258,73 17,3Santa Catarina 0,79 5,25 1,05 0,28 0,82 1,02 2,51 1,55Rio Grande do Sul 0,63 4,24 0,54 0,21 0,39 0,64 3,84 1,2Região Sul 6,68 30,93 42,84 0,74 4,26 5,06 100,48 7,48Mato Grosso do Sul 447,17 568,85 97,57 15,47 28,48 538,56 2971,38 32,19Mato Grosso 101,48 356,62 357,03 87,15 245,03 348,55 564,59 222,81Goias 210,42 421,6 161,5 106,07 335,4 424,45 257,52 605,95Distrito Federal 75,28 147,49 40,55 11,48 16,63 21,77 46,88 45,48Região Centro-Oeste 205,18 385,06 170,83 69,27 205,45 355,53 753,79 320,7Total 225,97 401,63 156,88 40,01 82,28 143,19 264,88 293,35

Exemplo:

Taxa de incidência de dengue no Brasil

Fonte: MS/SVS - Sistema de Informação de Agravos de Notificação - SINAN

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Análise e Interpretação

Alguns tipos de gráficos e seus usos

Gráfico de Colunas

Indica intensidade dos dados agrupados em classes e os compara.

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Análise e Interpretação

Alguns tipos de gráficos e seus usos

Gráfico de Barras

Indica intensidade dos dados agrupados em classes e os compara, mas é ideal para quando o nome do agrupamento (rótulo) é longo.

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Análise e Interpretação

Alguns tipos de gráficos e seus usos

Gráfico de Setores (Pizza)

Representam proporções; o círculo representa o todo e as partes são as quantidades ou percentuais.

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Análise e Interpretação

Alguns tipos de gráficos e seus usos

Gráfico de Dispersão

Compara duas variáveis e distribui seus dados em dois eixos (vertical e horizontal).

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Análise e Interpretação

Alguns tipos de gráficos e seus usos

Gráfico de Linhas

Indica variações e tendências ao longo de um período ou entre períodos.

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Análise e Interpretação

Que conclusões podem ser tiradas a partir dos dados levantados?

Sobre cada território e todo o município?

Sobre cada perfil de população?

Exemplo:Na tabela temos as seguintes colunas: 1ª - distritos do município de São Paulo; 2ª - nº de casos de dengue por distrito; 3º - taxa de incidência de dengue por distrito.Considerando apenas a 2ª coluna, podemos verificar que houve 12 casos na Água Rasa e 4 casos na Barra Funda. Mas esta informação ganha outro significado quando o comparamos com a 3ª coluna: embora haja mais casos na Água Rasa do que na Barra Funda, a taxa deste último distrito é maior. Isso de deve ao fato de ter menor população na Barra Funda.Ainda comparando os distritos, chama atenção a taxa do Bom Retiro. E embora a taxa do Campo Limpo não seja tão elevada quanto a do Bom Retiro, o nº absoluto de casos é elevadíssimo. Assim, são duas regiões que merecem atenção.

Importância do olhar comparativo

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Análise e Interpretação

O que pode ser interpretado para além dos números coletados? O que pode ajudar a ampliar esta interpretação?

Na perspectiva de territórios, considerar histórico local

Pode ser relevante refletir sobre condições e relações sociais estabelecidas

Exemplo:O que será que pode gerar estas grandes variações e concentração de casos em algumas regiões?Se considerarmos o Bom Retiro, é uma região historicamente habitado por imigrantes e ocupado por muitas fábricas, sendo algumas delas abandonadas, e outras ativas. É possível que a população local, por ser bastante composta por imigrantes, não tenha acesso ou compreensão a informações de prevenção.No Campo Limpo, embora seja uma região bastante populosa, apresenta ainda muitos terrenos vazios no comparativo com regiões mais centrais da cidade.

Importância do olhar sobre o contexto e as condições locais

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Análise e Interpretação

Quais conclusões ajudam a monitorar projetos e políticas em desenvolvimento?

As regiões ou públicos que foram priorizados tiveram avanços? E as regiões que não eram prioridade? É preciso mudar o rumo?

Exemplo:Bom Retiro: de 2011 para 2014 houve uma redução significativa de casos de dengue.Campo Limpo: de 2011 a 2013 houve também uma redução. Porém, em 2014 houve outro aumento significativo. É preciso, portanto, concentrar esforços nesta região.Há outros distritos que merecem atenção, como Brasilândia, sempre com aumento de casos.

Importância de compreender a eficácia da ação realizada e verificar se há novos direcionamentos necessários.

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Análise e Interpretação

Exercício

Retome a sua pergunta, os dados selecionados, o período, os territórios e variáveis definidos, os elementos que o compõe e o ordenamento definido.

Que tipo de informações de contexto podem ajudar a interpretar além dos dados que serão coletados?

As informações serão utilizadas para realizar o planejamento de uma ação ou o monitoramento de uma ação existente? Qual?

Lembre-se: o indicador é a representação de uma realidade.

Este é o momento de aproximar essa representação da própria realidade.

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uma fotografia, em um momento e um espaço...

+ +

Se um indicador é:

Sabemos que é até possível que a fotografia fique guardada e ninguém a veja. Mas, via de regra, quando tiramos uma foto, temos a intensão de mostrá-la a alguém.

Assim, não é muito mais interessante pensar em como podemos mostrar as fotografias que tiramos?

Há diversas formas de fazer isso: enviar a foto a alguém, chamar amigos para verem juntos as fotos, disponibilizar a foto em um local público e até mesmo fazer uma exposição dessa foto.

O mesmo vale para os dados…

É importante pensar em como mostra esta fotografia.

=

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uma fotografia, em um momento e um espaço...

+ +

Se um indicador é:

Como divulgar os dados coletados, organizados e analisados?

Os dados sempre devem ser apresentados de forma adequada, levando-se em consideração o público que receberá estas informações;

=

Seja através de tabelas ou gráficos, relatórios ou bancos de dados, notícias ou estudos; o importante é não guardar os dados para si mesmos, já que, como vimos, eles cumprem muitas funções:

Diagnósticos

Planejamento

Monitoramento

Avaliação

Melhor quando estas ações são realizadas coletivamente.A divulgação dos dados cumpre importante papel nisso.

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Há diversas formas de se divulgar dados.

Algumas podem inclusive potencializar processos de participação e contribuir com políticas de transparência. Veja alguns exemplos:

Disponibilização para consultas onlinePermite a disseminação ainda mais ampla e transparente

Reuniões de equipeNecessária para discutir e aprofundar debates internos

Reuniões intersetoriais e interdisciplinaresImportante estratégia para ampliar conhecimentos

Palestras, seminários e apresentaçõesPermite a disseminação de conhecimento em diversos espaços

Fóruns, debatesPode propiciar diálogo aberto com a sociedade

Grupos de Trabalho, Grupos de DiscussãoPossibilita aprofundamento continuo e monitoramento eficaz e participativo

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Como divulgar os dados coletados, organizados e analisados

Para decidir, é preciso se perguntar:

Quais são os públicos afetados por este tema estudado?

Quão importante pode ser envolver os diferentes públicos em ações que possam derivar deste estudo?

E que tipo de comunicação pode ser eficaz para tais públicos?

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Planejamento «Coleta «Organização «Análise e Interpretação «Divulgação

Como divulgar os dados coletados, organizados e analisados

Quais são os públicos afetados por este tema estudado?

Todos os moradores da cidade, em especial crianças, adolescentese gestantes;

Secretaria de Saúde;

Postos de Saúde, hospitais e suas equipes;

Escolas e creches.

Exemplo: Como estão distribuídos os casos de dengue, chikungunya e zika na cidade e como isso tem afetado as crianças e adolescentes?

Page 71: Aula 2 - Uso de dados

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Como divulgar os dados coletados, organizados e analisados

Exemplo: Como estão distribuídos os casos de dengue, chikungunya e zika na cidade e como isso tem afetado as crianças e adolescentes?

Quão importante pode ser envolver os diferentes públicos em ações que possam derivar deste estudo?

Muito! Sem a ajuda de todos nunca se conseguirá combater o vetor destas doenças. Por isso, quanto mais informação e participação melhor, entre todos os públicos.

Page 72: Aula 2 - Uso de dados

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Como divulgar os dados coletados, organizados e analisados

E que tipo de comunicação pode ser eficaz para tais públicos?

Secretaria e equipamentos podem fazer reuniões periódicas de atualização de informações;

Equipamentos da Saúde e da Educação podem se reunir localmente para discutir casos e avaliar os dados, para pensar em estratégias locais;

Moradores da cidade usam muitos meios de comunicação para se informar: TV, rádio, internet;

Exemplo: Como estão distribuídos os casos de dengue, chikungunya e zika na cidade e como isso tem afetado as crianças e adolescentes?

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Como divulgar os dados coletados, organizados e analisados

Exemplo: Como estão distribuídos os casos de dengue, chikungunya e zika na cidade e como isso tem afetado as crianças e adolescentes?

E que tipo de comunicação pode ser eficaz para tais públicos?

Além disso, há associações de bairro, coletivos, grupos de moradores, lideranças locais, etc, que podem ser disseminadores de informações;

Para que possam todos falarem uma língua compreensível por uma grande diversidade de públicos, é interessante reunir agentes comunitários de saúde e pessoas de referência da comunidade para definir estratégias de disseminação de informação;

Entre outras inúmeras possibilidades.

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Guia de abertura de dadoshttps://www.consultas.governoeletronico.gov.br/ConsultasPublicas/download.do?acao=arquivoDocumentoReferencia&tipo=pdf&id=93

Manual da lei de acesso à informação para estados e municípioshttp://www.cgu.gov.br/Publicacoes/transparencia-publica/brasil-transparente/arquivos/manual_lai_estadosmunicipios.pdf/view

Escola de Dadoshttp://escoladedados.org/

Leituras recomendadas

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Bibliografia

IBGE. Séries Históricas Estatísticas. [online].

http://seriesestatisticas.ibge.gov.br/series.aspx?vcodigo=MS53&sv=95&t=taxa-de-incidencia-da-dengue

JANNUZZI, Paulo de Martino., GRACIOSO, Luciana de Souza. Produção e

disseminação da informação estatística: agências estaduais no Brasil. São Paulo

Perspec. [online]. 2002, vol.16, n.3, pp.91-103. ISSN 1806-9452.

(http://dx.doi.org/10.1590/S0102-88392002000300013)

KERNKAMP, Clarice da Luz., SAMPAIO, Helenara. GARCIA, Regina. Estatística

e indicadores sociais. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2013.

SCHRADER, Achim. Métodos de pesquisa social empírica e indicadores sociais.

Porto Alegre: Ed. Universidade/UFRGS, 2002.

Page 76: Aula 2 - Uso de dados