Aula 26 – Água Subterrânea – Parte 2 de 2

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PHA 2307 Hidrologia Aplicada Universidade de São Paulo Escola Politécnica Departamento de Engenharia Hidráulica e Ambiental Aula 25 - 2015 Água Subterrânea Parte 2 de 2 Prof. Dr. Arisvaldo Méllo Prof. Dr. Joaquin Garcia Prof. Dr. Marco Palermo

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PHA 2307

Hidrologia Aplicada

Universidade de São Paulo

Escola Politécnica

Departamento de Engenharia

Hidráulica e Ambiental

Aula 25 - 2015

Água Subterrânea

Parte 2 de 2

Prof. Dr. Arisvaldo Méllo

Prof. Dr. Joaquin Garcia

Prof. Dr. Marco Palermo

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Objetivos da Aula

2

1. Conhecer como se capta a Água Subterrânea

2. Conhecer métodos de Perfuração de Poços

3. Comparar Custos de Aproveitamento de Água

4. Aprender os conceitos de Transmissividade e

Coeficiente de Armazenamento

5. Aprender e aplicar a Fórmula de Theis, para dois

casos:

Cálculo da produção e do rebaixamento de poços

(problema direto)

Ensaio de bombeamento para determinação dos

parâmetros T e S (problema inverso)

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Fonte: Iritani, M. A. e Ezaki, S. - As águas subterrâneas do Estado de São Paulo. Cadernos de Educação Ambiental.

São Paulo : Secretaria de Estado do Meio Ambiente - SMA, 2008.104p.

Como Captar a Água Subterrânea

Captação de água de nascente (adaptado de CETESB [s/data] –

Água para consumo humano).

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Esquema de um poço cacimba

Como Captar a Água Subterrânea

Captação em poços rasos ou cacimba

Lençol freático Zona saturada

Poço Ar

Grão de areia

Água Zona aerada

Franja capilar

Fonte: Iritani, M. A. e Ezaki, S. - As águas

subterrâneas do Estado de São Paulo. Cadernos

de Educação Ambiental. São Paulo : Secretaria

de Estado do Meio Ambiente - SMA, 2008.104p.

Fundação

de pedras

Anel de concreto

nível d´água

tijolo

Laje de concreto

tampa

Revestimento (argamassa de

cimento)

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Fonte: Iritani, M. A. e Ezaki, S. - As águas subterrâneas do Estado de São Paulo. Cadernos de Educação Ambiental. São Paulo : Secretaria de Estado do Meio Ambiente - SMA, 2008.104p.

Sonda Rotativa Perfurando no Sistema Aquífero Guarani, em Avaré – SP – Brasil. Sistema - circulação direta

Fonte: www.euwfd.com/html/groundwater.htm

Poços Tubulares Profundos construídos

em aquíferos fraturado e sedimentar

Como Captar a Água Subterrânea

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Tipos ou Métodos de Perfuração de Poços

Sistemas Mecânicos

Percussão a cabo

Testemunhagem continua

Balde de testemunhagem

Sistemas com Circulação Direta do Fluido

Rotativo com circulação Direta

Martelo ou Down the Hole

Hidráulico

Sistemas com Circulação Reversa do Fluido

Rotativo com circulação Reversa

Rotativo com circulação Reversa com Haste dupla

Rotativo com circulação Reversa com Haste dupla e

martelo

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Mecânicos Fluidos Fluidos Reversos

Cabo Trado

Contínuo

Rotativo Martelo Hidráulico Reverso

Ver. c/ haste dupla

Ver. c/ haste dupla c/ martelo

Trado c/ Balde

Tipos ou Métodos de Perfuração de Poços

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Poço Profundo. Exemplo

Se

dim

en

tos

R

oc

ha F

issu

rad

a

Cimentação

(Proteção sanitária)

Revestimento

(tubo liso)

Filtro

Pré filtro (areia grossa

de granulometria pré-

selecionada)

Bomba

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Bariri SP

Poço Profundo Exemplo

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TECNOLOGIAS CUSTOS

US$ por mil m3

Captação de Rios

Só armazenamento

$ 123 a $ 246

Osmose Reversa

Água Salobra

$ 120 a $ 397

Eletrodiálise $ 276 a $ 537

Reuso de Esgoto Doméstico $ 200 a $ 485

Captação de Água Subterrânea

Poços Tubulares

$ 80 a $ 88

Fonte: Águas Doces do Brasil – (Rebouças et. al.) – 2002 apud Orientações Para a Utilização de Águas Subterrâneas no Estado de São Paulo – Fiesp, 2005

Comparação de Custos de Aproveitamento de Água

Custos Internacionais da Água (não inclusos seu transporte).

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Aquíferos Confinados e livres

11

área de recarga do aquífero confinado

superfície piezométrica do aquífero confinado

lençol freático

aquífero confinado

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Fonte: www.euwfd.com/html/groundwater.htm

Poço Artesiano Jorrante

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Exploração de Águas Subterrâneas Poços Tubulares

13

Nível estático Nível dinâmico

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Cone de Depressão

14

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Cone de Depressão

15

Aquífero freático: a linha

piezométrica coincide com a

superfície de saturação

(lençol freático)

Aquífero confinado: está

sempre saturado, a linha

piezométrica está sempre

acima do limite do aquífero

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Charles Vernon Theis (1900-1987)

United States Geological Service (1935)

Exploração de Poços Profundos em Regime não Permanente

16

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Produção de um Poço: Fórmula de Theis

Regime não permanente

Aquífero confinado

Vazão Q usualmente em m³/h

Quanto maior a vazão Q, maior a depressão do cone

Quanto mais tempo bombeia, maior a depressão do

cone

Q = f(z, t)

A função é definida quando se conhecem dois

parâmetros básicos:

T: transmissividade do aquífero e

S: coeficiente de armazenamento do aquífero

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T = K . Y

T: transmissividade do aquífero (m²/dia)

Y: espessura do aquífero (m)

K: condutividade hidráulica (m/dia)

Transmissividade

18

camada confinante

Y (aquífero confinado)

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Aquífero Freático

Coeficiente de Armazenamento

19

Coeficiente de

Armazenamento S

É o volume de água liberado

por unidade de área do

aquífero quando a linha

piezométrica (aproximada ao

lençol freático) abaixa 1 m

COEFICIENTE DE ARMAZENAMENTO S

Coeficiente de armazenamento S é o volume de águaliberado por uma unidade de área do aquífero quando alinha piezométrica abaixa 1 m

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Aquífero Confinado

Coeficiente de Armazenamento

20

Coeficiente de

armazenamento S

É o volume de água

liberado por unidade de

área do aquífero quando

a linha piezométrica

abaixa 1 m

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Departamento de Engenharia Hidráulica e Ambiental - PHA 21

Equação do Poço de Theis

uWT

Qz

4

W(u) não pode ser integrada explicitamente...

O desenvolvimento em série resulta:

onde:

tzfQ ,

...!33!22

)ln(5772,0)(32

uuuuuW

tT

Sru

4

2

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Equação Simplificada (Jacob)

Quando “u” é pequeno (u < 0,1):

)ln(5772,04

uT

Qz

z: rebaixamento em um poço de observação (m)

T: transmissividade (m²/dia)

S: coeficiente de armazenamento (-)

r: distância ao poço de observação (m)

t: tempo contínuo de bombeamento (dia)

tT

Sr

T

Qz

4ln5772,0

4

2

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Departamento de Engenharia Hidráulica e Ambiental - PHA 23

Aplicações Práticas da Fórmula de Theis

Cálculo da produção e do rebaixamento de poços

(problema direto)(problema direto)

Ensaio de bombeamento para determinação dos

parâmetros T e S (problema inverso) inverso)

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Problema direto

Exemplo: Cálculo da produção e do rebaixamento de poços

24

7,92

2500 m³/dia = 104 m³/h = 29 l/s

tT

Sr

T

Qz

4ln5772,0

4

2

Z=2500 m³/dia x 7,92 4 x π x 300 m²/dia

= 5,2 m

Um poço está localizado em um aquífero cuja condutividade hidráulica é

de 15 m/dia e o coeficiente de armazenamento 0,005. O aquífero tem 20

m de espessura e está sendo bombeado com uma vazão constante de

2500 m³/dia. Qual é o rebaixamento a uma distância de 7 m do poço

após um dia de bombeamento?

T = 20 m x 15 m/dia = 300 m²/dia

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Determinação dos parâmetros T e S (problema inverso)

Ensaio de bombeamento

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Determinar T e S a partir de um conjunto de rebaixamentos (Z) da

linha piezométrica em um poço de observação à distância r do poço

de exploração, ao longo do tempo t, para uma vazão constante Q

tT

Sr

T

Qz

4ln5772,0

4

2

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Solução do problema inverso

Ensaio de bombeamento

26

Adotar valores iniciais

de T e S na equação:

Utilizar o “solver” para determinar T e S

tT

Sr

T

Qz

4ln5772,0

4

2

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