Aula 3 - Defeitos e Impurezas 2015 (1)

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apostila sobre defeitos e impurezas

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  • CinciaCincia e e TecnologiaTecnologia

    dos dos MateriaisMateriais

    aula 3 Defeitos e Impurezas

    Prof. Dr. Norberto Aranha

  • 2

    IMPERFEIES ESTRUTURAIS

    (Defeitos Cristalinos)

  • 3

    Imperfeies Estruturais

  • 4

    Imperfeies Estruturais

  • 5

    Imperfeies Estruturais - Definio

    Os defeitos cristalinos so imperfeies que ocorrem no arranjo

    peridico regular dos tomos em um cristal.

    # Podem envolver irregularidades:

    na posio dos tomos no tipo de tomos

    # O tipo e o nmero de defeitos dependem:

    do material

    da histria de processamento do material

    do meio ambiente

  • 6

    Imperfeies Estruturais - Defeitos

    Atravs da introduo de defeitos, controlando o nmero e o

    arranja destes, possvel desenvolver (criar) novos materiais com

    as caractersticas desejadas.

    Exemplos:

    Dopagem em semicondutores

    Aumento da resistncia por encruamento (aumento da dureza

    devido a deformao plstica)

  • 7

    Formao de defeitos aumento de energia (geralmente trmica)

    Aumenta a Temperatura aumento na concentrao de defeitos

    A equao a seguir vlida para muitos tipos de defeitos:

    CD = ND / N = exp (- QD / kT)

    CD = concentrao de defeitos

    QD = energia de ativao para o defeito

    k = cte de Boltzmann (1,38 x 10-23 j/tomo-K; 8,62 x 10-5 eV/tomo-K)

    T = temperatura absoluta em Kelvin

    Concentrao de Defeitos

  • 8

    Grfico de Arrhenios

    O nmero de vacncias (lacunas) aumenta exponencialmente com a temperatura.

  • 9

    Tipos de Defeitos

    Todos os cristais reais apresentam inmeros defeitos, classificados por sua dimensionalidade.

    Defeitos Pontuais (dimenso um; associados com 1 ou 2 posies atmicas): Vacncias (Lacunas); Impurezas Intersticiais e Substitucionais

    Defeitos Lineares (dimenso um): Discordncias (deslocamentos)

    Defeitos Planares ou Interfaciais (dimenso dois): Superfcies

    Externas, Interfaces, Fronteiras de Gro, Contornos de Macla (tipo especial de

    contorno de gro)

    Defeitos Volumtricos (dimenso trs): Vazios; Fraturas; Incluses e

    Outras Fases

  • 10

    Defeitos Pontuais

    Apenas uma pequena frao dos stios atmicos so imperfeitos (menos de

    1 em 1 milho). Apesar de poucos, eles influenciam muito nas propriedades

    dos materiais (nem sempre de forma negativa).

    Materiais puros Praticamente impossvel de se obter !

    Agitao Trmica vibrao atmica num cristal real

    Energia Trmica (temperatura) probabilidade do tomo

    deixar sua posio (lacuna, vazio)

    Presena de Interstcios na rede cristalina possibilidade de alojar

    tomos diferentes

  • 11

    Defeitos Pontuais: Tipos

    Vacncia: ausncia de tomo

    Impureza Intersticial: tomo diferente ocupando um interstcio

    Impureza Substituciomal: tomo diferente ocupando uma vacncia

    Auto Intersticial: tomo da prpria rede ocupando um interstcio

  • 12

    So formadas:

    durante a solidificao do cristal

    como resultado do deslocamento dos tomos de suas posies

    normais (vibraes atmicas)

    Pode-se projetar materiais com propriedades pr estabelecidas

    atravs da criao e/ou controle desses defeitos.

    Defeitos Pontuais: Vacncias ou Lacunas

  • 13

    Ao invs de determinar a Concentrao de Defeitos, podemos calcular

    o Nmero de Vacncias dado por:

    Nv= N exp (- Qv / KT)

    Nv = nmero de vacncias

    N = nmero total de stios atmicos

    Qv = energia requerida para formao de vacncias

    k = constante de Boltzman (1,38x10-23J/tomo.K ou 8,62x10-5 eV/ at.K)

    T = temperatura absoluta em Kelvin

    Defeitos Pontuais: Nmero de Vacncias

  • 14

    Exerccio

    Calcule o nmero de vacncias em equilbrio por metro cbico de cobre a uma temperatura de 1000oC. A energia para a formao de uma lacuna

    de 0,9 eV/tomo; e o peso atmico e a densidade (a 1000 oC) para o cobre

    so de 63,5 g/mol e 8,4 g/cm3, respectivamente.

    Soluo:

    O nmero de stios atmicos por metro cbico calculado por:

    N = NA/Acu = (6,023 x 1023 x 8,4 x 106) / 63,5 = 8,0 x 1028 [tomos/m3]

    Deste modo, o nmero de lacunas a 1000 oC igual a :

    Nv = N exp(-Qv/KT) = 8,0 x 1028 exp[-0,9 /(8,62 x 10-5 x 1273)]

    Nv = 2,2 x 1025 [lacunas/m3]

  • 15

    Defeitos Pontuais: Intersticiais

    Ocorre devido a presena de um tomo

    extra (do prprio cristal) no interstcio.

    Provoca uma distoro no reticulado, j

    que o tomo geralmente maior que o espao

    do interstcio

    A formao do defeito intersticial

    implica na criao de uma vacncia", por isso

    este defeito menos provvel que uma

    vacncia

  • 16

    Defeitos Pontuais: Intersticiais

    tomo intersticial grande

    Gera distoro na rede cristalina

    tomo intersticial pequeno

  • 17

    Defeitos Pontuais: Frenkel

    Ocorre em slidos inicos (materiais cermicos)

    Ocorre quando um on sai de sua posio normal e vai para um interstcio

  • 18

    Defeitos Pontuais: Schottky

    Presentes principalmente em compostos altamente inicos

    (compostos que tem que manter o balano de cargas)

    Os ons positivo e negativo apresentam tamanho semelhantes

    Elevado nmero de coordenao (geralmente 6 ou 8): NaCl; CsCl; KCl e

    KBr

    Consiste em um par composto por uma lacuna de ction e uma lacuna

    de nion.

  • 19

    Defeitos Pontuais: Comentrios

    # Defeitos que favorecem a Difuso:

    Vacncias (vazios, lacunas)

    Schottky

    Estruturas cristalinas de empacotamento fechado tem um menor

    nmero de defeitos Intersticiais e Frenkel que de Vacncias e

    Schottky.

    Porque necessria energia adicional para

    forar os tomos para novas posies

  • 20

    Impurezas ou tomos estranhos estaro sempre presentes nos

    materiais de uma forma geral.

    impossvel obter um metal puro constitudo por apenas um tipo de

    tomo.

    Defeitos Pontuais: Impurezas em Slidos

    99,9999 %

    1022 a 1023 [tomos de impurezas/m3]

  • 21

    Impurezas em Slidos: Ligas

    Nas Ligas os tomos de impurezas so adicionadas com intuito de conferir caractersticas especficas aos materiais como, por exemplo,

    para aumentar:

    a resistncia mecnica

    a resistncia corroso

    a condutividade eltrica

    Exemplo: Prata de lei composta por 92,5% Ag + 7,5% Cu

    Prata pura alta resistncia corroso

    Prata de lei aumenta resistncia mecnica

    diminui pouco a resistncia corroso

  • 22

    Impurezas em Slidos: Ligas

    Com a adio de impurezas num metal, pode-se formar:

    Solues Slidas e/ou Segunda Fase

    Variveis:

    Tipo de impureza

    Concentrao da impureza

    Temperatura

  • 23

    Ligas: Solues Slidas

    Impureza soluto (menor quantidade)

    Matriz (hospedeiro) solvente (maior quantidade)

    O soluto adicionado ao solvente, formando a liga.

    A estrutura cristalina mantida e no formam-se novas estruturas.

    As solues slidas formam-se mais facilmente quando a impureza e a

    matriz tem estruturas e dimenses eletrnicas semelhantes.

  • 24

    Tipos de Impurezas em solues slidas, geradoras de Defeitos Pontuais:

    Intersticiais: Ferro

    Ex.: Carbono em Ferro CFC Carbono

    Substitucionais: (Ex. Lato)

    Zinco

    Cobre

    Desordenada Ordenada

    Solues Slidas: Impurezas

  • 25

    Solues Slidas: Regras de Hume-Rothery

    # Para garantir a miscibilidade entre dois metais, deve-se satisfazer

    as seguintes condies:

    Os dois metais devem ter tamanhos semelhantes, os raios metlicos

    no devem diferir mais do que 14% a 15%.

    Os dois metais devem ter a mesma estrutura cristalina.

    Tenham eletronegatividade similares.

    Tenham o mesmo nmero de eltrons de valncia (ou valncia maior

    que a do hospedeiro).

  • 26

    Soluo Slida Substitucional: Exemplos

    Cu Ni Au K Rb

    Raio Atmico [] 1,28 1,25 1,44 2,27 2,48

    Estrutura Cristalina CFC CFC CFC CCC CCC

    Eletronegatividade 1,9 1,8 2,4 0,8 0,8

    Valncia +1 (+2) +2 +1 +1 +1

    Exemplos de ligas: Cu-Ni; Cu-Au; K-Rb

  • 27

    Soluo Slida: Intersticiais

    Os tomos de impurezas ocupam os espaos vazios (interstcios)

    existentes entre os tomos do hospedeiro

    Como os materiais metlicos tem geralmente fator de

    empacotamento elevado, as posies intersticiais so relativamente

    pequenas

    O dimetro atmico da impureza intersticial deve ser

    menor do que o dimetro dos tomos hospedeiros !

    Geralmente, a concentrao mxima permissvel para os tomos de

    impurezas intersticial baixa (< 10%)

  • 28

    Soluo Slida Intersticiais: Exemplos

    O carbono forma uma soluo slida intersticial quando adicionado ao

    ferro (para temperaturas acima de 912 oC)

    < 912 oC, o ferro tem estrutura CCC

    > 912 oC, o ferro tem estrutura CFC presena de interstcio no

    centro da clula unitria

    A solubilidade mxima do C no Fe de 2,1% para T > 912 oC (Fe CFC)

    Em termos de raio atmico temos: RC = 0,071 nm = 0,71

    Rfe = 0,124 nm = 1,24

  • 29

    Soluo Slida Intersticiais: Exemplo

  • 30

    Defeitos Lineares: Discordncias

    Discordncia um defeito linear (unidimensional), em torno do qual

    alguns tomos esto desalinhados, separando a regio perfeita da regio

    deformada do material.

    As discordncias esto associadas com a cristalizao do material e a

    sua deformao (maior ocorrncia)

    Origem: trmica, mecnica e supersaturao de defeitos pontuais

    A presena deste defeito a responsvel pela deformao (os metais

    so cerca de 10 vezes mais moles do que deveriam), falha e rompimento

    dos materiais

    A quantidade e o movimento das discordncias podem ser controlados

    pelo grau de deformao (conformao mecnica) e/ou por tratamentos

    trmicos

  • 31

    Discordncias e o Vetor de Burgers

    # Os tipos de discordncias existentes so:

    Aresta, Linha ou Cunha.

    Espiral ou Hlice

    Mista

    # O vetor de Burgers (b):

    Expressa a magnitude e a direo da distoro da rede

    cristalina, associada a uma discordncia.

    Corresponde distncia de deslocamento dos tomos ao

    redor da discordncia.

  • 32

    Tipos de Discordncias: Aresta

    A discordncia em Aresta, tambm denominada de discordncia em

    Linha ou Cunha, tem como caractersticas:

    Envolver um plano extra de tomos O vetor de Burger perpendicular direo da linha de discordncia

    Envolve zonas de trao e compresso

  • 33

    Tipos de Discordncias: Aresta

  • 34

    Discordncias em Aresta: Vetor de Burgers

    F F F

    -F -F -F

  • 35

    Discordncias em Aresta: Vetor de Burgers

  • 36

    Discordncias em Aresta: Vetor de Burgers

  • 37

    Tipos de Discordncias: Hlice

    Produz distoro na rede

    O vetor de burger paralelo

    direo da linha de discordncia

    Obs.: Uma analogia para este efeito

    rasgar a lista telefnica

    Exemplo: monocristal de SiC

    As linhas escuras so degraus

    de escorregamento superficiais.

  • 38

    Tipos de Discordncias: Mista

  • 39

    Discordncias: Comentrios Finais

    Com o aumento da temperatura h um aumento na velocidade de

    deslocamento das discordncias favorecendo o aniquilamento mtuo das

    mesmas e formao de discordncias nicas.

    Impurezas tendem a difundir-se e concentrar-se em torno das

    discordncias formando uma atmosfera de impurezas

    As discordncias geram vacncias

    As discordncias influem nos processos de difuso

    As discordncia contribuem para a deformao plstica

  • 40

    Defeitos Planares

    Definio: Defeitos Interfaciais so contornos que possuem duas

    dimenses e, normalmente, separam regies dos materiais de

    diferentes estruturas cristalinas e/ou orientaes cristalogrficas

    Essas imperfeies incluem:

    Superfcie externa

    Contorno de gro

    Fronteiras entre fases

    Contorno de Macla ou Twin

    Defeitos de empilhamento

  • 41

    Defeitos Planares: Superfcie Externa

    o tipo de contorno (defeito planar) mais bvio, ao longo do qual

    termina a estrutura do cristal.

    Na superfcie os tomos no esto ligados ao nmero mximo de

    vizinhos mais prximos, isto implica num estado energtico (dos

    tomos na superfcie) maior que no interior do cristal.

    Os materiais tendem a minimizar

    est energia

    A energia superficial expressa em

    J/m2 ou erg/cm2) tomo normal

    tomo com maior energia

  • 42

    Materiais Poli-cristalinos so formados por mono-cristais com

    diferentes orientaes.

    A fronteira entre os mono-cristais uma parede, que corresponde a

    um defeito bi-dimensional.

    Este defeito refere-se ao contorno que separa dois pequenos gros (ou

    cristais), com diferentes orientaes cristalogrficas, presentes num

    material poli-cristalino.

    Gro = Cristal

    No interior do gro todos os tomos esto arranjados segundo um

    nico modelo e nica orientao, caracterizada pela clula unitria.

    Defeitos Planares: Contorno de Gro

  • 43

    Controle do Gro:

    Forma: dada pela presena dos

    gros circunvizinhos.

    Tamanho: composio; taxa de cristalizao (ou solidificao).

    Caractersticas:

    Empacotamento menos eficiente

    Energia mais elevada

    Favorece a nucleao de novas fases (segregao)

    Favorece a difuso

    Defeitos Planares: Contorno de Gro

  • 44

    Defeitos Planares: Contorno de Gro

    A: Formao de pequenos

    ncleos de cristalizao

    (cristalitos)

    B: Crescimento dos cristalitos

    C: Formao de Gros, com

    formatos irregulares, aps

    completada a solidificao.

    D: Vista, num microscpio, da

    estrutura de Gros (as linhas

    escuras so os contornos dos

    Gros)

    A B

    C D

  • 45

    Contorno de Gro: Exemplos

  • 46

    Contorno de Gro de Baixo ngulo

    Fronteira onde ocorre apenas uma rotao em relao a um eixo contido

    no plano da interface.

    Desorientao do cristal pequena (ngulo de rotao < 15o)

    Pode ser representado por uma seqncia de discordncias em linha.

    Contorno de gro de baixo ngulo

    Contorno de gro de alta ngulo

    ngulo de desalinhamento

    ngulo de desalinhamento

  • 47

    Contorno de Gro: Comentrios

    Os tomos esto ligados de maneira menos regular ao longo de um contorno de gro (Ex.: ngulos de ligao mais longos)

    Existe uma Energia Interfacial que funo

    do grau de desorientao.

    Contornos de gro so quimicamente mais reativos do que os gros.

    Gros grandes rea superficial Energia Interfacial total

    Gros Finos rea superficial Energia Interfacial total

  • 48

    Tamanho do gro influi nas propriedades dos materiais.

    O tamanho do gro determinado atravs de cartas padres.

    ASTM - American Society for Testing and Materials

    (ou ABNT)

    Nmero do tamanho de gro: 1 - 10

    Aumento: x100

    N = 2n-1

    N = nmero mdio de gros por polegada quadrada

    n = tamanho do gro

    Tamanho do Gro

  • 49

    rea de Contorno de Gro

    SV = rea de contorno de gro

    PL = nmero de pontos de interseo por unidade de comprimento entre a linha e os contornos.

    SV = 2PL

    Exemplo:

    Determinao da rea de contorno de gro no crculo de 50 mm de dimetro representado na figura ao lado, referente superfcie do molibdnio, com aumento de 250 vezes.

    Comprimento do crculo = 2r/250 = D/250 = .50/250 = 0,63 [mm]

    PL = 11/0,63 = 17,5 [mm-1] SV = 35 [mm

    2/mm3]

  • 50

    rea de Contorno de Gro

    Neste mtodo efetua-se a contagem

    do nmero de contornos de gro

    interceptados pelas linhas-teste de

    comprimento conhecido.

    O dimetro (tamanho do gro - D)

    calculado pela seguinte relao:

    (nmero de intersees) x (aumento)

    comprimento da linha teste NL =

    D = 1/NL

  • 51

    Defeitos Planares: Contorno de Macla

    Este tipo de contorno, tambm denominado de Twins (cristais

    gmeos), um tipo especial de contorno de gro, onde existe uma

    simetria em espelho da rede cristalina.

    Os tomos de um lado do contorno so imagens dos tomos do

    outro lado do contorno.

    A Macla ocorre num

    plano definido e numa

    direo especfica,

    conforme a estrutura

    cristalina.

  • 52

    Defeitos Planares: Contorno de Macla

    O aparecimento do contorno de Maclas est, geralmente, associado

    com:

    Tenses Mecnicas (Maclas de deformao): ocorrncia de

    deslocamentos atmicos produzidos por cisalhamento. Observadas em

    metais com estruturas CCC e HC

    Tratamento Trmico de Recozimento (Maclas de Recozimento):

    encontradas geralmente em metais com estrutura cristalina CFC

    Alterao da Estequiometria

    Presena de Impurezas

  • 53

    Defeitos Volumtricos

    Defeitos introduzidos durante o processamento do material e/ou

    fabricao do componente.

    Tipos de defeitos Volumtricos:

    Incluses: presena de impurezas estranhas

    Precipitados: aglomerados de partculas com composio diferente da

    matriz (hospedeiro)

    Porosidade: origina-se devido a presena de gases, durante o

    processamento do material

    Fases: devido presena de impurezas (ocorre quando o limite de

    solubilidade ultrapassado)

    Estrias Segregacionais: presente principalmente em materiais

    semicondutores dopados.

  • 54

    Defeitos Volumtricos: Incluses

    Exemplo 1: Incluses de xido de

    cobre (Cu2O) em cobre de alta

    pureza (99,26%), laminado a frio e

    recozido a 800 oC.

    Exemplo 2: sulfetos de mangans (MnS)

    em ao rpido.

  • 55

    Defeitos Volumtricos: Porosidade

    Exemplo: compactado de p

    de ferro, compactao uniaxial

    em matriz de duplo efeito, a

    550 MPa

    Exemplo: compactado de

    p de ferro aps sinterizao

    a 1150 oC, por 120min em

    atmosfera de hidrognio

  • 56

    Defeitos Volumtricos: Segunda Fase

    Micro-estrutura composta

    por veios de grafita sobre

    uma matriz perltica.

    Gro de perlita: constitudo por

    lamelas alternadas de duas fases:

    ferrita (ou ferro-) e cementita (ou

    carboneto de ferro).

  • 57

    Determinao da Composio (%p)

    C1 = [ m1 / (m1 + m2) ] x 100

    Concentrao em peso (C%p)

    Para uma liga que contm dois tomos, hipoteticamente 1 e 2, a

    concentrao em %p, de cada tomo, definida como sendo:

    C2 = [ m2 / (m1 + m2) ] x 100

    onde:

    m1 e m2 = representam, respectivamente, peso (ou massa) dos elementos

    1 e 2.

  • 58

    Determinao da Composio (%a)

    C1 = [ nm1 / (nm1 + nm2) ] x 100

    Concentrao atmica (C%a)

    Para uma liga que contm dois tomos, hipoteticamente 1 e 2, a

    concentrao atmica (%a), de cada tomo, definida como sendo:

    C2 = [ nm2 / (nm1 + nm2) ] x 100

    nm1 = m1 / A1

    nm2 = m2 / A2

    onde:

    m = massa (em gramas)

    A = peso atmico

  • 59

    Converso %p para %a

    Converter %p em %a%: C1 = [ (C1A2) / (C1A2 + C2A1) ] x 100

    C2 = [ (C2A1) / (C1A2 + C2A1) ] x 100

    C1 = [ (C1A1) / (C1A1 + C2A2) ] x 100

    C2 = [ (C2A2) / (C1A1 + C2A2) ] x 100

    Converter %a em %p:

    C1 + C2 = 100 C1 + C2 = 100

    Temos tambm as relaes:

  • 60

    Converso %p para massa/volume

    Algumas vezes necessrio converter %p em massa de um componente por unidade de volume do material (C), ou seja, %p em

    kg/m3.

    C1 = [ C1 / (C1/1 + C2/1) ] x 103

    C2 = [ C2 / (C1/1 + C2/1) ] x 103

  • 61

    Converso %p para massa/volume

    Relaes teis para a densidade () e o peso atmico (A) de uma liga binria.

    = 100 / (C1/1 + C2/2)

    = (C1A1 + C2A2) / (C1A1/1 + C2A2/2)

    A = 100 / (C1/A1 + C2/A2)

    A = (C1A1 + C2A2) / 100

  • 62

    Exerccio

    Determine a composio, em porcentagem atmica (%a), de uma liga

    que consiste em 97%p de alumnio e 3%p de cobre.

    Soluo:

    CAl = [ CAlACu / (CAlACu + CCuAAl) ] x 100

    CAl = [ (97x 63,55 g/mol) / (97x 63,55 g/mol) + 3 x 26,98 g/mol) ] x 100

    CAl = 97%p e Ccu = 3%p

    Ccu = [ CcuAAl / (CCuAAl + CAlACu) ] x 100

    CCu = [ (3 x 26,98 g/mol) / (3 x 26,98 g/mol) + 97x 63,55 g/mol) ] x 100

    CAl = 98,7 %a CCu = 1,30 %a

  • Exerccio