Aula 3 Manutenção de Sistemas Eletrônicos Industriais ...
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Filosofia da ManutençãoFilosofia da Manutenção
Nikolas Libert
Aula 3
Manutenção de Sistemas Eletrônicos Industriais ET54ATecnologia em Automação Industrial
DAELT ● Nikolas Libert ● 2
Filosofia da Manutenção
Introdução
Máquinas e ferramentas sofrem desgastes com o tempo.
– Necessidade de manutenção.
No início a manutenção tinha importância secundária.
– Realizada com limitações pelos próprios operadores.
Com a industrialização e aumento da produção em série houve a manutenção passou a ser realizada por equipes qualificadas.
– Integração com a produção / redução de paralisações.
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Filosofia da Manutenção
Manutenção:
– “Toda ação capaz de manter ou reestabelecer as condições necessárias para o desempenho da função requerida, seja de um equipamento, máquina ou sistema.”
Classificações da manutenção:
– Reativa.● Corretiva não planejada.
– Pró-Ativa.● Corretiva planejada.● Programada.● Preditiva.
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Manutenção Reativa
Manutenção Corretiva não Planejada
Esperar estragar para consertar.
Realizada após a ocorrência de uma falha.
– Objetivo de reestabelecimento das condições de operação do equipamento.
Frequência determinada pela confiabilidade do equipamento.
Não é planejada.
– Paralisação inesperada da produção.
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Manutenção Pró-Ativa
Manutenção Corretiva Pró-Ativa
De Melhoramento:
– Eliminação das causas do problema.
– Atualizações no equipamento.
– Novas técnicas e novos materiais.
– Melhorias de desempenho e aumento da confiabilidade.
Planejada:
– Pode haver acompanhamento preditivo, mas optar-se por aguardar a ocorrência da falha.
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Manutenção Pró-Ativa
Manutenção Preventiva Sistemática
– Realizada em intervalos programados.● Quilometragem: Troca de óleo de carro.● Tempo: lâmpada de projetor.
– Se houverem erros no estabelecimento dos intervalos, existirão prejuízos.
– Pode ser imposta por questões de segurança.
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Manutenção Pró-Ativa
Manutenção Preventiva Condicional
– Não há programação definida para intervenções.
– Realização determinada por percepção visual, experiências passadas, ou medições com instrumentos.
– Exemplo: Troca de óleo com base em medição de viscosidade.
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Manutenção Pró-Ativa
Manutenção Preventiva Preditiva
– Previsão do momento de ocorrência das falhas.● O equipamento é monitorado por sensores.● Medições são comparadas com dados estatísticos
sobre o equipamento.– O equipamento não passa por manutenções
desnecessárias.● Redução de paralisações na produção.● Economias com material de reparo.
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Categorias de Manutenção
Categorias de manutenção
Manutenção
Pró-ativaReativa
Corretiva CorretivaPlanejada
Sistemática Preditiva
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Definição de conceitos
Definição de Conceitos
Confiabilidade:
– Probabilidade de um componente ou sistema ter desempenho satisfatório num dado intervalo de tempo.
– É definida na etapa de projeto.
Disponibilidade:
– Tempo relativo em que o equipamento pode estar em operação.
Disponibilidade=T DISPONÍVEL
T DISPONÍVEL+T REPARO
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Definição de conceitos
Mantenabilidade:
– Grau de facilidade de manutenção.
– Inclui os custos e tempos mínimos de manutenção.
– Afeta diretamente a disponibilidade.
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Ciclo de Vida
Diversos elementos possuem uma curva de taxa de falhas ao longo do ciclo de vida parecida.
– Devido ao seu formato, a curva recebe o nome de “curva da banheira”.
Tempo de Vida
Taxa deFalhas
mortalidadeinfantil falhas aleatórias envelhecimento
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Conclusão
Elementos de uma política de manutenção.
– Planejamento.
– Controle e análise de causas e efeitos.
– Compromisso entre custos e disponibilidade dos equipamentos.
A manutenção corretiva não melhora o equipamento, apenas faz com que ele retorne ao patamar inicial.
Não devem haver exageros com a manutenção preventiva.
A decisão do momento ideal para intervenção é consequência da manutenção preditiva.
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Pesquisa de Defeitos
Pesquisa de Defeitos em Circuitos
Regras gerais para um trabalho eficiente:
– Certificar-se de que os equipamentos de medição estão operando corretamente.
– Evitar medições que não estejam relacionadas com a anomalia.
– Não ignorar uma etapa do circuito sem a certeza de seu funcionamento.
– Não se precipitar.
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Pesquisa de Defeitos
Pré-requisitos para manutenção:
– Conhecimento do funcionamento do equipamento. Capacidade de interpretar diagramas dos circuitos e buscar informações (datasheets) sobre seus componentes.
– Equipamentos de medição / teste (multímetro, osciloscópio, gerador de sinais, analisador de espectro...).
– Equipamentos para solda / ferramentas (estação de solda, dessolda, alicates...).
– Componentes para reposição.
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Pesquisa de Defeitos
Níveis de manutenção:
– Nível de sistema: substituição de partes inteiras de um sistema ou placas inteiras de circuito impresso.
– Nível de módulo ou subsistema. Substituição de um módulo de uma placa. Ex.: módulo de comunicação, coluna retificadora.
– Nível de componente. Identificação exata dos componentes defeituoso. Nível mais complexo, que exige alto conhecimento técnico e uma metodologia adequada.
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Manutenção em Nível de Componente
Manutenção em Nível de Componente
Passos:
– Inspeção visual.
– Ligar o equipamento.
– Verificar a alimentação.
– Setorizar o estágio.
– Localizar o componente.
– Substituição.
– Teste / calibração.
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Manutenção em Nível de Componente
Inspeção Visual:
– Controles do equipamento (chave 110 V/220 V).
– Fiação.
– Solda fria.
– Resistores chamuscados.
– Invólucros de semicondutores trincados.
– Capacitores com vazamento.
– Oxidação, sujeira, insetos, desgaste natural.
– Interrupções, trilhas rompidas.
– Mau contato em conectores.
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Manutenção em Nível de Componente
Ligar equipamento.
– Prestar atenção em possíveis fagulhas, faiscamento, fumaça, ruídos.
Verificação da tensão de alimentação:
– Tensões devem estar de acordo com as especificações do equipamento.
– Verificar alimentação na saída das fontes (retificadores) e na entrada de cada módulo / CI.
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Manutenção em Nível de Componente
Setorizar o estágio.
– Deve-se conhecer a ordem de fluxo dos sinais pelo circuito.
– Acompanhamento do sinal:● Acompanhar os sinais nos vários estágio do circuito
do momento em que eles são gerados até a saída. Utilizar o equipamento de medição adequado.
– Injeção de sinal:● Quando o sistema responde a um sinal de entrada,
pode ser necessária a injeção de um sinal.● As características do sinal devem ser ajustadas para
não danificar o sistema.
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Manutenção em Nível de Componente
Setorizar o estágio.
– Injeção e Acompanhamento.● Quando a resposta do sistema a um sinal de entrada
só pode ser observada com equipamentos de medição.
Localização do componente.
– Uma vez identificado o estágio defeituoso, a integridade de seus componentes deve ser verificada.
Substituição dos componentes.
Teste e calibração.
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Defeitos Intermitentes
Defeitos Intermitentes
Dificuldade de identificação da origem do defeito.
Tipos de intermitência:
– Intermitência constante. O equipamento funciona e para de funcionar aleatoriamente.
– Intermitência com o tempo. O equipamento para de funcionar (ou começar a funcionar) depois de ter ficado ligado por um tempo.
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Defeitos Intermitentes
Intermitência constante.
– Causas:● Mau contato, componentes soltos, solda fria ou
componentes mau encaixados em soquetes.● Potenciômetros, interruptores, soquetes ou
conectores sujos ou oxidados.– Efetuar a limpeza do equipamento.
– Inspecionar visualmente. Refazer soldas “suspeitas”.
– Caso não hajam riscos quanto à segurança, utilize uma ferramenta de material não condutivo para encostar nos componentes com o circuito ligado.
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Defeitos Intermitentes
– Em caso de mau contato em potenciômetros, efetue a limpeza. Pingar um pouco de benzina, acetona ou álcool na abertura do potenciômetro e movimentar o eixo do mesmo várias vezes.
– Aproveite os períodos de defeito para analisar as tensões no circuito.
Intermitência com o tempo.
– Pode ser provocada pelo aquecimento dos componentes.
– Dilatação de trilhas ou contatos.
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Defeitos Intermitentes
– Caso o defeito demore muito para se manifestar pode ser induzido com o aquecimento do circuito.
– Verificar bom contato entre dissipadores e componentes. Sujeira em dissipadores dificulta a troca térmica.
– Assegurar que o sistema de arrefecimento esteja funcionando e a não obstrução de entradas de ar.
– Problemas de sobreaquecimento podem deixar sequelas em componentes, tornando-os mais sensíveis à temperatura.
– Componentes defeituosos podem ser identificados por meio de spray congelante.
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Referências
COSTA, Andréa Lucia, URBANETZ, Jair Jr., BATISTA, Márcio Aparecido. Manutenção. CEFET-PR, Departamento de Eletrotécnica, Curitiba, 2002.
URBANETZ, Jair Junior, MAIA, José da Silva, Técnicas de Manutenção Eletrônica, UTFPR, Ponta Grossa, 2006.