Aula 3 vulcanismo
-
Upload
carolina-correa -
Category
Education
-
view
1.458 -
download
0
Transcript of Aula 3 vulcanismo
Conceituar vulcaminsmos e processos
derivados;
Identificar os diferentes produtos do
vucanismos;
Compreender a analisar os sismos e seus
efeitos.
Objetivos
carolcorreageo.blogspot.com
Vulcanismo
Mais de 80% da crosta, acima ou
abaixo do nível do mar, é de material
vulcânico, cuja origem associa-se a
deslocamento de placas e convecções do
manto.
carolcorreageo.blogspot.com
O termo Vulcão provem da palavra de
origem Latina, Vulcano o deus do fogo.
O termo vulcano vem de uma pequena
ilha do Mediterrâneo, próximo a Sicilia.
Vulcano era simbolizado por uma montanha
onde apareciam erupções ruidosas de lava
e de cinza.
carolcorreageo.blogspot.com
Já o termo vulcanismo é aplicado ao
conjunto de processos ígneos associados
ao derramamento do magma na superfície
da Terra.
Os vulcões são, normalmente,
constituídos pelas seguintes partes:
1) Câmara magmática, local onde se
encontra acumulado o magma,
normalmente situado em regiões profundas
das crostas continental e oceânica.
carolcorreageo.blogspot.com
2) Chaminé (principal) vulcânica, canal,
fenda ou abertura que liga a câmara
magmática com o exterior das crostas, e por
onde ascendem os materiais vulcânicos;
3) Cratera, abertura ou depressão mais ou
menos circular, em forma de um funil,
localizada no topo da chaminé vulcânica;
carolcorreageo.blogspot.com
4) Cone vulcânico, elevação de forma
cônica que se forma por acumulação dos
materiais expelidos do interior da crosta
(lavas, cinzas e fragmentos de rochas),
durante a erupção vulcânica.
carolcorreageo.blogspot.com
Tipos de magma
O magma é uma mistura complexa de
silicatos, que se encontra em fusão a
temperaturas que variam, mais ou menos,
entre os 800º C e 1200º C. Em função do
teor em sílica, os magmas podem dividir-se
em:
silicato = rocha com alto teor de silício e oxigênio.
1) Ácidos ou félsicos, quando apresentam
mais de 60% do teor em sílica; ex.:
granito, riolito, dacito.
2) Andesíticos, quando o teor em sílica
está compreendido entre 50% e 60%, e;
ex.: andesito, diorito.
Existe uma estreita relação entre o teor
em sílica de um magma e a sua
viscosidade.
Quanto maior for o teor em sílica, mais
baixa será a temperatura para o manter no
estado líquido e maior será a sua
viscosidade. Deste modo, os magmas
ácidos são mais viscosos que os magmas
básicos.
Tipos de atividades
vulcânicas
De acordo com as características (teor
em sílica, ferro, magnésio e água,
viscosidade, fluidez, temperatura) dos
magmas, de uma forma geral, podemos
considerar três tipos de atividade vulcânica:
1) Efusiva - caracterizada pela emissão
lenta de lavas, como “rios de lavas”; os
vulcões com atividade efusiva são
alimentados por magmas básicos e fluidos.
2) Explosiva - caracterizada pela projeção
de consideráveis massas de materiais
sólidos e por uma violenta libertação de
gases;
Sarychev, Ilhas Kurilasw, Russia
Fonte: http://www.invivo.fiocruz.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=272&sid=9
3) Mista, caracterizada pela alternância de
explosões violentas e emissão lenta de
lavas. Ex.: vulcão dos capelinhos, faial,
Açores.
Tipos de lava
Conforme a sua composição e o tipo
de arrefecimento (lento ou rápido) a que
foram submetidas podem ser:
1) lavas encordoadas ou «pahoehoe»
(designação havaiana), que se caracterizam
pelo aspecto rugoso que apresentam; são
típicas de erupções efusivas.
2) lavas escoriáceas ou «aa» (designação
havaiana), caracterizam-se por
apresentarem uma superfície irregular, com
saliências pontiagudas; têm origem em
lavas viscosas, com elevada percentagem
de gases, que solidificam rapidamente; são
típicas de erupções explosivas.
3) lavas em almofada ou «pillow-lavas»,
caracterizam-se pelo seu aspecto tubular ou
em rolos; são típicas dos derrames
submarinos, sendo o seu aspecto resultante
do rápido arrefecimento da lava em contato
com a água.
Fenômenos secundários
Os fenômenos de vulcanismo
secundário mais comuns são:
1) Gêiseres, são jatos
intermitentes e
periódicos de água e
vapor de água, a
elevada temperatura.
Gêiser Castle, nos Estados Unidos
Foonte: http://vidaeestilo.terra.com.br/turismo/confira-10-geiseres-impressionantes-pelo-
mundo,86e9392625237310VgnCLD100000bbcceb0aRCRD.html
2) Fontes ou nascentes termais, são
emanações de água, vapor de água e dióxido
de carbono a elevada temperatura (cerca de
50o C); quando o calor libertado pelo magma
em ascensão encontra aquíferos, transforma
as águas em águas termais;
Fonte: cnat7.wordpress.com
estas contêm sais
minerais o que
possibilita o seu
uso para fins
terapêuticos.
3) fumarolas, são emanações gasosas
exaladas através de fissuras em zonas
próximas de vulcões ativos; as fumarolas,
com predomínio de gases sulfurados
(dióxido e trióxido de enxofre, ácido
sulfídrico) denominam-se sulfataras e
podem produzir importantes depósitos de
enxofre.
Fonte: http://volcanoes.usgs.gov/images/pglossary/fumarole.php
Vulcão Kilauea
Islândia
Fonte:
http://domingos.home.sapo.pt/vulcoes_5.ht
ml
Produtos vulcânicos
1)Poeiras ou cinzas vulcânicas, são
materiais muito finos, com dimensões
inferiores a quatro milímetros, facilmente
transportados pelo vento e originados pela
pulverização das lavas.Quando se depositam
na superfície terrestre
dão origem a solos
férteis.
Fonte: http://domingos.home.sapo.pt/vulcoes_3.html
2) Bagacina ou «lapilli», são fragmentos de
lava consolidada com dimensões
compreendidas entre 4 e 32 mm.
Fonte: http://domingos.home.sapo.pt/vulcoes_3.html
3) Bombas, são fragmentos de aspecto
esponjoso, apresentando formas variáveis e
podendo atingir dimensões entre os 32 mm
e 0,5 m; os fragmentos com dimensões
entre 0,5 m e 1 m têm a designação de
blocos.
Fonte: http://domingos.home.sapo.pt/vulcoes_3.html
4) Pedra-pomes, são fragmentos de
aspecto vesicular, com paredes muito finas,
apresentando uma densidade inferior à da
água, tendo origem em lavas muito ricas em
sílica; à acumulação de pedra-pomes
chama-se pomito.
Fonte: http://domingos.home.sapo.pt/vulcoes_3.html
Qualquer material rígido quando
submetido à ação de forças (pressões e
tensões) deforma-se até atingir o seu limite de
elasticidade. Caso a ação da força prossiga o
material entra em ruptura, libertando
instantaneamente toda a energia que havia
acumulado durante a deformação elástica.
Terremotos
Sismos ou terremotos são abalos naturais
da crosta terrestre que ocorrem num período
de tempo restrito, em determinado local, e que
se propagam em todas as direções ( Ondas
Sísmicas ) sempre que a energia elástica (
movimento ao longo do plano de Falha ) se
liberta bruscamente de algum ponto ( Foco ou
Hipocentro ). Ao ponto da superfície terrestre,
na mesma vertical do hipocentro, dá-se o nome
de Epicentro.
A profundidade a que se localiza o
hipocentro varia desde a superfície até 700 km.
Os sismos classificam-se em superficiais,
intermédios e profundos conforme o foco se
situa, respectivamente, entre a superfície e os
40 km de profundidade, entre os 40 e 350 km e
para além dos 350 km.
Os sismos só se
produzem em material
rígido. Por consequência,
os sismos produzem-se
sempre na litosfera,
jamais na astenosfera
que é constituída por
material plástico.
As ondas longitudinais (as ondas P,
primárias, mais rápidas) e as ondas
transversais (ondas S, secundárias, mais
lentas) geradas diretamente pelo abalo se
propagam em todas as direções em um
meio sólido. Essas ondas internas mais as
ondas superficiais Rayleigh e Love, geradas
nas camadas mais externas da Terra , são
produzidas durante o terremoto.
A magnitude de um sismo corresponde à
energia libertada no seu foco. A escala para
avaliação da magnitude foi estabelecida, em
1935, por CHARLES F. RICHTER.
É ascendente e
compreende dez graus, de
O a 9. Cada grau
corresponde a uma energia
libertada dez vezes superior
à do precedente.
Na escala de RICHTER, um sismo
superficial (por exemplo 10 a 30 km) de
magnitude menor do que 3 sente-se na zona
próxima do epicentro. Entre 4 e 5, sente-se e
produz quedas de objetos e pequenos
danos. A partir da magnitude entre 5 e 6 os
prejuízos são apreciáveis, aumentando
rapidamente para os grandes sismos
destruidores de magnitude 7 e 8.
Fonte: http://tic.ipiaget.org/macedo2010/sabina/terraemtranformacao.htm
A magnitude de um sismo determina-se
medindo a amplitude das ondas sísmicas
registradas por um sismógrafo.
A maioria dos sismos observam-se nas
fronteiras das placas, bem como a maior parte
da atividade vulcânica. Podemos dizer que os
alinhamentos dos sismos indicam os limites
das placas tectônicas.
Distribuição geográfica das principais
zonas sísmicas
1) Zona do Círculo do Pacífico - rodeia o
oceano Pacífico, abrangendo as costas do
México e da Califórnia, Golfo do Alasca
Arquipélago das
Aleutas, Península
de Camechátca, as
Curilhas e a costa
oriental do Japão
2) Zona de ondulação alpina da Europa e da
Ásia - tem início na África do Norte e na
Espanha e estende-se, depois, com largura
crescente, até aos altos planaltos do Pamir (no
Tajiquistão ), descendo, em seguida, pela
Cordilheira Birman ( SE dos Himalaias ),
passando à costa ocidental da Indonésia, onde
vai encontrar-se com o Círculo do Pacífico.
3) Zona da Dorsal Meso-Atlântica - zona
sísmica que segue a cadeia de montanhas
submarinas ao longo de toda a dorsal meso-
oceânica Atlântica. Passa pela Islândia e os
Açores, bifurcando-se a oeste de Portugal para
alcançar a região mediterrânia.
4) Zona compreendida entre a costa
meridional da Arábia e a ilha de Bouvet, no
oceano Antárctico - zona sísmica análoga à
do Atlântico ( placas divergentes ), está
relacionada com a cadeia dos altos fundos que
separa o oceano Índico em duas partes. O
Grande Rift Africano.
Os terremotos mais violentos e mais
mortíferos, frequentemente, localizam-se
em regiões de forte densidade populacional
(Chile, Japão, México), por causa da sua
situação geográfica.
Legenda: amarelo
(superficiais) =
profundidade do foco até
25 Km
vermelho (intermédios) =
profundidade do foco
entre 26 e 75 Km
negro (profundos) =
profundidade do foco
entre 76 e 660 Km
2010
No Chile um terremoto de alta intensidade deixou
destruição na costa da região do Maule. O evento
registrou magnitude de 8,8 pontos e deixou 523 mortos
e 12 mil feridos. Estima-se que os prejuízos econômicos
tenham atingido a marca de 30 bilhões de dólares.
Fonte: http://exame.abril.com.br/mundo/noticias/os-12-maiores-terremotos-ja-registrados-no-
mundo#5
Em 2011, o Japão foi alvo de um terremoto de
9,0 pontos. Em decorrência deste evento, quase 16
mil pessoas morreram, mais de cinco mil ficaram
feridas e 131 mil perderam suas casas. O tremor
também causou um tsunami na costa do país.
Fonte: http://exame.abril.com.br/mundo/noticias/os-12-maiores-terremotos-ja-registrados-no-
mundo#5
Em dezembro de 2004, um terremoto de
magnitude 9,1 aconteceu na costa oeste da ilha de
Sumatra, Indonésia. O tremor gerou um tsunami de
alta intensidade que varreu o litoral de diferentes
países como Sri Lanka, Índia, Tailândia, Malásia e
Bangladesh. No total, mais de 227 mil pessoas
morreram e quase dois milhões foram forçadas a
deixar os seus lares.
Fo
nte
: h
ttp
://e
xa
me
.ab
ril.co
m.b
r/m
un
do
/noticia
s/o
s-
12
-ma
iore
s-t
err
em
oto
s-ja
-re
gis
trad
os-n
o-m
un
do
#5
Alguns sismos são acompanhados de
fenômenos secundários, tais como ruídos
sísmicos, alteração do nível em fontes,
poços e águas subterrâneas, surgimento de
fumarolas vulcânicas...e, formação de
tsunamis ou maremotos.
Tsunamis ou maremotos? Qual a
diferença?
Tsunami é uma palavra japonesa
representada por dois caracteres. Lê-se
"tsu" que significa "porto" e "nami" que
significa "onda". Eles se originam a partir de
terremotos, explosões vulcânicas e
desmoronamentos submarinos.
Consistem de uma série de ondas de
periodo longo (comprimento de onda de
até 100 km) e velocidade elevada (até
760 km/h) em águas profundas.
Elas só são perigosas quando se
aproximam de águas costeiras onde
podem alcançar mais de 10 m de altura.
Referências
CHRISTOFOLETTI, A. Geomorfologia. São Paulo: Edgard
Blücher, 2. ed., 1980.
GUERRA, A. J. T.; CUNHA, S. B. Geomorfologia: uma
atualização de bases e conceitos. Rio de Janeiro: Bertrand
Brasil, 2. ed., 1995. 472 p.
LEINZ, V.; AMARAL, S. E. Geologia Geral. São Paulo:
Nacional, 1980.
PENTEADO, M.M. Fundamentos de Geomorfologia. Rio de
Janeiro: IBGE, 1974. 185 p.
TEIXEIRA, W.; TOLEDO, M.C.M.; FAIRCHILD, T.R.; TAIOLI, F.
Decifrando a Terra. São Paulo: Oficina de Textos, 2000.