AULA 4 - ENTREVISTA

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Diversas são as classificações de entrevista apontadas por estudiosos que abordam o tema. Nilson Lage, por exemplo, indica diversos tipos de entrevista.

Quanto aos objetivos: ritual (entrevista breve, apenas para pegar uma

declaração) temática (centrada num assunto do qual o

entrevistado tem grande conhecimento) testemunhal (quando o entrevistado assistiu a um

fato) profundidade (centrada na figura do entrevistado). 

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Quanto às circunstâncias ocasional (quando não é programada) confronto (quando o repórter tem a missão

de encostar o entrevistado na parede) coletiva (quando o entrevistado é

submetido a perguntas de diversos repórteres)

dialogal (marcada com antecedência pelo repórter com um entrevistado, num ambiente controlado)

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No entanto, essas classificações no campo teórico NÃO são seguidas nas redações dos grandes jornais do país.

Tipos de entrevistas jornalísticas (prática) A que tem como objetivo gerar um texto

corrido, uma matéria jornalística (relato) A que é centrada na figura de uma pessoa;

enquadrada como gênero jornalístico “Entrevista”; chamada, nesse caso de Pingue-Pongue (ou simplesmente “pingue”) ou Pergunta-resposta.

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Nesse caso, o repórter ouve diferentes pessoas (fontes) sobre o fato para construir uma reportagem. Várias entrevistas, portanto, são realizadas, até que o jornalista tenha cercado o fato sob seus diferentes ângulos e aspectos.

Normalmente, esse tipo de entrevista é feito

num tempo bem mais curto que a entrevista pingue-pongue. O objetivo central não é centrar-se na figura de uma pessoa, mas nas informações que essa lhe fornece para construir a matéria.

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Para dar credibilidade ao texto, o repórter destaca algumas declarações dos entrevistados na forma direta (colocando-as entre aspas) e indireta (parafraseando o que o entrevistado disse), sempre indicando, antes ou depois da declaração o nome e o cargo (ocupação, papel) de quem a proferiu.

Outras vezes, as informações obtidas não precisam vir acompanhadas da identificação do entrevistado, pois são informações simples demais, que serviram apenas como base para a construção do texto.

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A entrevista que gera um texto corrido pode ser feita em duas situações, que definem outros subtipos de entrevista: a individual (que muitas vezes pode ser exclusiva) e a coletiva.

Individual – Quando o repórter entrevista a fonte, sem a companhia de outros colegas de profissão. Se o repórter conseguiu do entrevistado a garantia que aquelas informações serão fornecidas em primeira mão e especialmente para ele, dizemos que se trata de uma entrevista exclusiva.

Coletiva – Diversos jornalistas, num local e data estabelecido, entrevistam uma mesma pessoa ou um grupo de pessoas.

 

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Entrevista centrada na figura de uma pessoa. É usada quando a fonte é rica em informações sobre o assunto que se pretende abordar, possui uma história significativa em relação a um tema ou quando se trata de uma personalidade.

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Regras de edição da entrevista pingue-pongue

1) Assim, como uma reportagem ou notícia, a entrevista pingue-pongue exige um bom título, que deve destacar o aspecto mais interessante de tudo o que foi falado com o entrevistado. Pode ser um aspecto sobre a personalidade do entrevistado ou uma declaração expressiva dele.

  2) Toda entrevista no formato pergunta e

resposta exige um texto introdutório pequeno (também conhecido informalmente como cabeça), contendo informações sobre o entrevistado (breve perfil) e um resumo sobre o que foi tratado na entrevista (podendo conter algumas frases do entrevistado).

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3) Após o texto introdutório, seguem as perguntas (feitas por você) e as respostas da sua fonte. As respostas devem ser uma transcrição fiel da fala do entrevistado. Por isso é fundamental (especialmente neste tipo de entrevista) a gravação. Apesar da fidelidade, erros gramaticais, repetições típicas da linguagem falada (como “né” e “daí”) e vícios de linguagem cometidos pelo entrevistado devem ser retirados do texto e corrigidos, sempre que possível. A não ser que se queira destacá-los. Se quiser destacá-los, use a palavra “SIC” (“assim”, do latim), que quer dizer que a pessoa disse aquilo mesmo, por mais estranho que possa parecer. Mas é melhor evitar essa prática.

4) Não mude o nível de linguagem do entrevistado. Se a linguagem dele é popular, mantenha o estilo.

 

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5) Tente preservar a ordem original em que as perguntas foram feitas, a não ser que o entrevistado volte várias vezes aos mesmos assuntos. Nesse caso, tente deixar próximas as respostas por temas.

6) Antes de cada pergunta sempre vem o nome do veículo de comunicação (jornal, boletim, revista) . A não ser em projetos editoriais especiais, como num livro.

7) Antes de cada resposta, sempre vem o nome do entrevistado, sendo que, na primeira resposta o nome completo deve ser escrito. Já nas outras respostas, apenas as iniciais ou o nome mais conhecido da pessoa é grafado.

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8) Se a resposta for muito longa, é preciso resumi-la, mantendo os pontos essenciais.

9) Informações básicas (nome e idade do entrevistado, dados sobre sua carreira profissional e seu estilo de vida) devem vir no texto introdutório e não na forma de pergunta e resposta.

 Fonte: Manual de Redação da Folha de S.Paulo