Aula 4 - Plasticidade e Consistência Do Solo

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     Aula 04 – Plasticidade e Consistência do

    Solo

    Prof. Paula Sant'Anna Moreira Pais

    [email protected]

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    1. Introdução

     Os solos que apresentam certa porcentagem da fração fina

    (silte e argila), não podem ser adequadamente caracterizados

    pelo ensaio de granulometria.

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     São necessários outros parâmetros tais como:   forma das

    partículas, a   composição mineralógica e química   e as

    propriedades plásticas, que estão intimamente relacionadoscom o teor de umidade.

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    1. Introdução

     Define-se plasticidade como sendo a propriedade dos solos

    finos que consiste na maior ou menor capacidade de serem

    moldados sob certas condições de umidade.

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      egun o a , a p as c a e a propr e a e

    de solos finos, entre largos limites de umidade, de se

    submeterem a grandes deformações permanentes, sem sofrer 

    ruptura, fissuramento ou variação de volume apreciável.

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    1. Introdução

     A  argila   é a fração do solo, cujas partículas apresentam um

    diâmetro inferior a 0,002mm (NBR 7250) e que, em contato com a

    água, adquire plasticidade.

     A fração argila, no entanto, não é constituída só de partículas que

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    apresentam plasticidade. Existem diversos tipos de partículas.

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    1. Introdução

     A plasticidade de um solo é devida aos  argilo-minerais, às

    micas e ao húmus existentes.

     Como o teor de argilo-minerais na fração argila dos solos é,

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    quase sempre, muito superior  aos de mica e de húmus, o estudo

    dos argilo-minerais deve merecer destaque quando se trata de

    plasticidade do solo.

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    1. Introdução

     Os minerais como o   feldspato não   desenvolvem   misturas

    plásticas, mesmo que suas partículas tenham diâmetros

    menores do que 0,002mm.

     A influência do teor de umidade nos solos finos é avaliada ela

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    estrutura e as ligações entre as partículas são dependentes da

    distância. Portanto, as propriedades de resistência e

    compressibilidade são influenciadas por variações no arranjo

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    geométrico das partículas.  Quanto maior o teor de

    umidade implica em menor resistência.

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    1. Introdução

     Os principais grupos de argilo-minerais, de acordo com a sua

    estrutura cristalina são os das caulinitas, ilitas e montmorilonitas.

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    1. Introdução

    Água

    Cátions: Ca, Na

    Octaedro dealumínio

    Tetraedro desilício

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    1:1

    2:1 2:1 expansiva

    Caulinita

    Ilita Montmorilonita

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    1. Introdução

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    2. Estados de Consistência

     No início do século XX, um químico sueco Albert Atterberg,

    realizou pesquisas sobre as propriedades dos solos finos

    (consistência).

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     Os solos finos apresentam variações de estado de

    consistência em função do teor de umidade.

     Há teores de umidade limite que foram definidos como limites

    de consistência ou limites de Atterberg.

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    2. Estados de Consistência

     Os estados de consistência são baseados no conceito de que um

    solo constituído por partículas de pequeno tamanho pode se situar 

    em qualquer dos 4 estados: sólido, semi - sólido, plástico e líquido,

    dependendo da sua umidade.

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    2. Estados de Consistência

     Os valores de teor de umidade que separam os estados de

    consistência do solo são denominados limites de consistência.

     –

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     LP – Limite de PlasticidadeLL – Limite de Liquidez

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    2. Estados de Consistência

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    ∆V = Vf  – V0 é igual ao volume de água da amostra,perdido por secamento, para se passar do estado

    líquido ao sólido

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    2. Estados de Consistência

    Estado sólido: não há variação de volume do solo com a secagem.

    Estado semi-sólido:   verifica-se variação de volume com asecagem.

    Estado plástico: facilmente moldável.

    Estado líquido: comportamento de um fluido denso.

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    3. Limites de Consistência

     LL – limite de liquidez - teor de umidade que separa o estado

    plástico do estado líquido. Determina o estado de fluidez e

    moldagem do solo.

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     LP – limite de plasticidade  – é a umidade que delimita o

    estado semi-sólido do plástico.

     LC – limite de contração – é o limite entre os estados semi-

    sólido do sólido.

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    3. Limites de Consistência

     Estes limites são determinados empiricamente e são utilizados

    nos diversos sistemas de classificação do solo e refletem uma

    série de propriedades dos solos finos, como tipo do argilo-

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    m nera , sua a v a e, es ru ura, super c e espec ca, e c.

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    Limites de Consistência (Mitchell, 1976).

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    3. Limites de Consistência

     Os limites LL e LP  foram estabelecidos pelo cientista sueco

     Albert Atterberg, enquanto que o LC foi estabelecido por Haines.

     O LL é determinado através do Aparelho de Casagrande (em

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    ,

    energia potencial para fazer a acomodação de uma amostra de

    solo.

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     Os valores de   LL e LP   são de   uso mais corriqueiro   na

    engenharia geotécnica.

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    4. Limite de Liquidez (LL)

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     No ensaio de limite de liquidez mede-se, indiretamente, a

    resistência ao cisalhamento do solo   para um dado teor de

    umidade, através do número de golpes necessários ao

    4. Limite de Liquidez (LL)

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    es zamen o os a u es a amos ra.

     O limite de liquidez de um solo é o teor de umidade que separa

    o estado de consistência líquido do plástico e para o qual o soloapresenta uma pequena resistência ao cisalhamento.

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     O ensaio utiliza o aparelho de Casagrande, onde tanto o

    equipamento quanto o procedimento são normalizados (ABNT/NBR

    6459).

    4. Limite de Liquidez (LL)

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    4. Limite de Liquidez (LL)

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    Sequência do ensaio.

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    O limite de liquidez é o teor de umidade no qual o

    solo fecha a ranhura com o impacto de 25 golpes.

    4. Limite de Liquidez (LL)

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    4. Limite de Liquidez (LL)

     De acordo com os estudos do   Federal Highway  Administration, o limite de liquidez pode ser determinado,conhecido “um só ponto”, pela fórmula :

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    )log3,0419,1(   n

    w LL

    Onde :

    w= umidade correspondente a n golpes

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    5. Limite de Plasticidade (LP)

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     O limite de plasticidade é o teor de umidade mínimo, no qual a

    coesão   é   pequena   para   permitir deformação, porém,

    suficientemente   alta   para garantir a   manutenção da forma

    5. Limite de Plasticidade (LP)

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    .

     É o teor de umidade que separa o estados de consitência do

    solo plástico do semi-sólido.

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    Ensaio: NBR 7180

     Placa de vidro com uma face esmerilhada e um cilindro

    padrão com 3mm de diâmetro.

    5. Limite de Plasticidade (LP)

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     O rolinho deve ter um diâmetro igual ao do cilindro padrão e o

    aparecimento de fissuras (inicio da fragmentação).

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    5. Limite de Plasticidade (LP)

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    5. Limite de Plasticidade (LP)

     A operação do ensaio é repetida pelo menos 5 vezes. Os valores

    obtidos de umidade serão considerados satisfatórios quando, de

    pelo menos três, nenhum deles diferir da respectiva média de mais

    de 5%.

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     O limite de plasticidade será o valor médio de pelo menos três

    valores de umidade (teores de umidade) considerados satisfatórios.

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     Se não for possível obter o cilindro com 3 mm de

    diâmetro, a amostra deve ser considerada como não

    apresentando limite de plasticidade (NP).

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    6. Limite de Contração (LC)

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    Representa o menor teor de umidade abaixo do qual o soloargiloso não irá mais reduzir o seu volume, isto é, o solo nãomais se contrai, mesmo que ainda continue perdendo peso.

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    6. Limite de Contração (LC)

     O limite de contração é o teor de   umidade   que separa o

    estado semi-sólido do sólido.

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      po e ser e erm na o a rav s os n ces s cos ou e

    ensaio.

     s s  G

     LC    11   

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    6. Limite de Contração (LC)

     s

    w

     s

     s

     P 

    V V 

     P 

     P  P  LC 

        sec)(  

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    P = peso inicial da amostra

    Ps= peso da amostra seca

    V= volume inicial da amostra

    Vsec= volume da amostra após secar emestufa

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    7. Índices de Consistência

     Os índices de consistência são relações estabelecidas entre

    os limites de liquidez, plasticidade e contração, bem como a

    umidade e os volumes.

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     A partir dos limites de consistência, são calculados vários

    índices, dentre os quais sobressaem os índices de plasticidade

    (IP) e de consistência (IC) por causa de sua maior utilização, na

    prática.

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    8. Índice de Plasticidade (IP)

     É a quantidade de água que seria necessário acrescentar a

    um solo, para que ele passasse do estado plástico ao líquido.

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     Quando maior o “IP”, tanto mais plástico será o solo.

     Sabe-se, ainda, que as argilas são tanto mais compressíveis

    quando maior  for o “IP”.

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    8. Índice de Plasticidade

    Segundo Jenkins, os solos argilosos poderão ser classificados

    em:

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    8. Índice de Plasticidade (IP)

    Empregado para classificação de solos finos (Ex: Sistema

    Unificado – Carta de Plasticidade de Casagrande).

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    9. Índice de Consistência (IC)

     Indica a consistência do solo no estado em que se encontra

    em campo.

    w LL

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     IP m a e natura o

    solo em campo.

     Segundo a norma ABNT/NBR 6502, quanto à consistência os

    solos finos podem ser subdivididos em muito moles, moles,

    médias, rijas e duras.

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    9. Índice de Consistência (IC)

     Classificação quanto à consistência, segundo a ABNT/NBR 6502.

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    9. Índice de Consistência (IC)

     muito moles: as argilas que escorrem com facilidade entre osdedos, se apertadas nas mãos;

     moles: as que são facilmente moldadas pelos dedos;

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     rijas: as que requerem grande esforço para serem moldadaspelos dedos;

     duras: as que não podem ser moldadas pelos dedos e que,ao serem submetidas o grande esforço, desagregam-se ouperdem sua estrutura original.