AULA 5 MEDIDA DA SAÚDE COLETIVA
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MEDIDA DA SAÚDE COLETIVA
Prof. Paulo RodriguesAULA 04
A medida de uma doença consiste
na contagem do número de vezes que ela ocorre, identificando-se,
para cada caso, certas características
DEFINIÇÕES
Para o estudo epidemiológico de
uma doença é preciso conhecer:
-Sua Frequência numa área determinada;-Sua evolução no tempo;-Distinguir características: sexo, idade...
OS INDICADORES DE SAÚDE
Em Epidemiologia faz-se o uso da quantificação da Saúde e Doença na
população;
Objetivo: estabelecer os diagnósticos coletivos de saúde, para se conhecer adequadamente a situação e promover intervenções.
OBJETIVO
Ferramentas utilizadas na
quantificação da saúde coletiva:
INDICADORES e ÍNDICES
CONSIDERAÇÕES
O INDICADOR
Aquilo que indica, que reflete uma particular característica. Tem a
conotação de revelar a situação de saúde de um indivíduo ou
população.Inclui apenas um aspecto – exemplo: mortalidade
INDICADORES x ÍNDICES
O ÍNDICE
Expressa situações multidimensionais. Numa única
medida incorpora diversos aspectos ou indicadores: índice de Apgar:
Batimentos cardíacos, movimentos respiratórios, tônus muscular, reflexos e coloração da pele
INDICADORES x ÍNDICES
Na prática da vigilância em saúde
utiliza-se a expressão:
“INDICADOR DE SAÚDE”
INDICADORES x ÍNDICES
Como selecionar os indicadores mais
apropriados? Depende de uma série de fatores:-Delimitação do problema – validade-Confiabilidade-Cobertura-Aspectos éticos, metodológicos e operacionais.
OS INDICADORES DE SAÚDE
VALIDADE-Delimitação do problema – tarefa inicial;-Exemplo: ANEMIA-Indicador: nível sérico de hemoglobina CONFIABILIDADE-Comprovação do indicador
OS INDICADORES DE SAÚDE
COBERTURA-Nível de abrangência populacional-O indicador mais adequado – o mais abrangente-Exemplo: mortalidade geral no país
OS INDICADORES DE SAÚDE
ASPECTO ÉTICO-A coleta de dados não deve acarretar malefícios às pessoas investigadas;-Preservação do sigilo dos dados individuais;-Exemplo: índice de AIDS na população de Parnaíba – não se cita nomes individuais
OS INDICADORES DE SAÚDE
Contagem de unidades: =Doentes, inválidos, acidentados, óbitos, etc. Medição de uma característica: =Peso, altura, pressão arterial, glicemia
1-NÚMEROS ABSOLUTOS
2-NÚMEROS RELATIVOS
EXPRESSÃO DOS RESULTADOS
É a forma mais simples de expressar os
resultados Geralmente é utilizada pela imprensa
leigaBLOG NA INTERNET – PARNAIBA (maio de
2011) Casos de Dengue
298 casos notificados60 casos confirmados42 descartados196 em fase de exame - LACEM
FREQUENCIA ABSOLUTA
Desvantagens:
Tem limitaçõesNão se apóia em pontos de referência
Situação: 298 casos de Dengue em um orfanato = grave298 casos de dengue no Piauí = leve
FREQUENCIA ABSOLUTA
Os número absolutos estão
expressos em relação a outros números absolutos.
Formas de apresentar:A. Coeficiente (taxa)B. Índice
FREQUENCIA RELATIVA
O número de casos é relacionado
ao tamanho da população Estrutura de um coeficiente:Coeficiente = nº de casos X constante população sob risco-População sob risco: nº de pessoas
expostas ao risco
COEFICIENTE
Coeficiente = nº de casos x constante população sob risco
Exemplo: dengue em Parnaíba
Coeficiente de dengue = 298 casos x 1000
140.000 hab.
COEFICIENTE
Aspectos relevantes
Escolha da constante
= Atenção: poucos casos X população numerosa = difícil leitura
=Exemplo: coeficiente de mortalidade em RN : 2/1000 = 0,002
COEFICIENTE
Aspectos relevantes
Intervalo de tempo
-Estatísticas vitais = anual; em Vigilância Epidemiológica = semanal ou grupo de semanas
Estabilidade dos coeficientes
-Pouca estabilidade = períodos curtos ou população pequena
COEFICIENTE
Aspectos relevantes
População sob risco para cálculo dos coeficientes
-Pode ser toda a população ou seus segmentos:
Por sexoPor idadePor etnia
COEFICIENTE
1. MORBIDADE: Prevalência e
Incidência2. MORTALIDADE3. LETALIDADE4. INDICADORES NUTRICIONAIS5. INDICADORES SOCIAIS6. SERVIÇOS DE SAÚDE
PRINCIPAIS INDICADORES DE SAÚDE
As taxas de morbidade são úteis
para:
Investigação de doenças;Entendimento de várias mortalidades;Interferir nos riscos de adoecer e morte.
MORBIDADE
Fontes de dados:
Admissões e alta hospitalaresConsultas ambulatoriais e na ABSServiços especializados: SAMU, corpo de bombeirosNotificações do MS
MORBIDADE
Mensuração da gravidade:
Investigação da história natural da doença
-Eficácia do tratamento-Tipo de agravo - prognósticoRestrição de atividades- Hospitalizações – Absenteísmo -
MORBIDADE
Como acompanhar a morbidade
da população?
A. Medida da PrevalênciaB. Medida da Incidência
MORBIDADE
Refere-se ao número de casos novos e velhos de uma doença, em tempo e espaço determinadosEstima-se a probabilidade de a população estar doente no período de tempo em estudoÉ mais utilizada para determinar a carga de doença crônica em populações
A - PREVALÊNCIA
Cálculo da Prevalência (P):
(P) = Nº de pessoas com a doença (x10n) População sob risco
A - PREVALÊNCIA
Os fatores que determinam a taxa de prevalência (exceto a idade):Severidade da doença: nº de pessoas atingidasDuração da doença: curta duração: baixa (P)Número de casos novos
A - PREVALÊNCIA
A - PREVALÊNCIA
Fatores
Maior duração da doença Maior sobrevida do
paciente mesmo sem a cura;
Melhora nos recursos diagnósticos
Migrações de casos-Emigração de pessoas sadias;-Imigração de pessoas doentes;
A - PREVALÊNCIA
• Curta duração da doença
• Maior letalidade;• Poucos casos novos• Imigração de pessoas
sadias;• Emigração de pessoas
doentes
Fatores
Refere-se à velocidade com que os casos novos ocorrem em determinada populaçãoCálculos:I = Nº de pessoas doentes no período x (10n) Pessoa em risco - tempo
B-INCIDÊNCIA
Indica o número de casos novos ocorridos em um certo período de tempo em uma população específicaUtilização: expressa o risco de tornar-se doente;É a principal medida para doenças ou condições agudas.
B – INCIDÊNCIA
Taxa de ataque em incidênciaCalcula o nº de pessoas infectadas/nº de pessoas expostas
B - INCIDÊNCIA
Registro do óbito referentes à freqüência de doençasAspectos legais: toda morte deve ser registradaFonte primária: Declaração de Óbito (D.O.)Dados importantes na D.O: -Causa básica da morte-Causas contribuintes
MORTALIDADE
D.O
Usos da D.O na Epidemiologia
-Cálculo das mortes de acordo com as causas-Cálculo da mortalidade em geral-Cálculo da mortalidade infantil
MORTALIDADE
Limitações:
Causas menos frequente de óbito: doenças dermatológicas, psiquiátricas.D.O. Acurácia na determinação da causa básica de morte
MORTALIDADE
MORTALIDADE GERAL
Cálculo:TMG = Nº de óbitos no período x 10n (100/1000)
População no meio do período
Desvantagens: Não leva em consideração que o risco de
morrer varia conforme o sexo, idade, raça...
MORTALIDADE
País Coeficiente de Mortalidade
geral (por 1000 habitantes)
Brasil 9,7
Canadá 7,3
Costa Rica 6,6
Cuba 6,0
Finlândia 9,6
Suíça 9,1
Suécia 9,9
EUA 9,4
MORTALIDADE
Mortalidade Infantil:TMI = Nº de óbitos em menores de 1 ano no período numa área e período x 1000 Nº de nascidos vivos na área e ano
-É bastante utilizada na Saúde Pública – é um dos melhores indicadores de saúde
MORTALIDADE
Mortalidade Infantil:Pode ser calcula de duas maneiras:
Mortalidade neonatal: < 28 diasMortalidade infantil tardia: > 28 dias a 1 ano
MORTALIDADE
É a medida da severidade de uma doença;É a proporção de mortes dentre aqueles doentes por uma causa em certo período de tempo
A - LETALIDADE
Cálculo Nº de mortes de uma doençaLetalidade (%) = em certo período x 100 Nº de doentes por doença no mesmo período
A - LETALIDADE