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Sistema nervoso autonômico: Introdução

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Programa• História da definição e conceituação funcional do SNA;

• Anatomia básica do SNA;

• Eixo simpático e eixo parassimpático e a organização de sinapses noradrenérgicas e colinérgicas;

• Co-transmissão no SNA

• Aferentes do SNA: Nocicepção, interocepção, sentidos especiais.

• Eferentes do SNA: gânglios simpáticos, nervos cranianos, vias pélvicas, regulação pelo SNC;

• Algumas funções do SNA: Controle e acomodação do diâmetro da pupila e lacrimação; piloereção; atividade sexual; carga alostática; mal-estar.

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Definições de SNA

• Phillipe Pinel (1745-1826): As doenças mentais são causadas pela função anormal dos gânglios abdominais.

• Bichat (1771-1802): Divisão da atividade em duas formas, uma governada pelo cérebro (“vida relacional”) e outra governada pelos gânglios abdominais (“vida vegetativa”).

• John Langley (1852-1925): Cunhou o termo “sistema nervoso autonômico”; notou a ausência de pericários aferentes nos gânglios autonômicos e definiu o SNA como um sistema puramente motor.

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Langley (1903): Podemos considerar “como fibras autonômicas aquelas que dão origem aos reflexos em tecidos autonômicos, e que são incapazes de originar diretamente a sensação”.

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Problematizando a autonomia do SNA

• Os nrns nos gânglios autonômicos não apresentam padrões de disparo suficientemente integrados para regular funções fisiológicas (possível exceção: nrns no SNE).

• Quando o controle cerebral dos nrns pré-ganglionares espinais é removido (p. ex., quadriplegia), funções cardiovasculares, entéricas e da bexiga são profundamente afetadas.

• Essas observações apontam para um quadro no qual o SNA é melhor entendido como uma das saídas pelas quais o SNC controla os órgãos.

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Uma definição de compromisso

• Refere-se aos neurônios, gânglios e plexos situados na cabeça, tórax, abdome e pélvis, e às conexões axonais desses neurônios.

• Esses neurônios inervam glândulas de secreção exócrina, coração, musculatura lisa de paredes de vasos e órgãos do trato GI, sistema respiratório e geniturinário, músculos da íris e corpo ciliar.

• Junto com as vias motoras somáticas que inervam músculos esqueléticos e vias neuroendócrinas, são a forma com que o sistema nervoso central manda comandos para o resto do corpo.

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Divisões do SNA

Receptor ionotrópico; despolarização rápida

Receptores metabotrópicos; despolarização lenta, efeitos celulares

Inibição pré-sinápticarecíproca

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Co-transmissão

• Fibras pré-ganglionares– Neuropeptídeos medeiam

EPSPs lentos, facilitando a transmissão colinérgica.

• SNE– Substância P– Peptídeo intestinal

vasoativo (VIP)– Encefalina– 5-HT– ATP

• Parassimpático– ATP– Neuropeptídeo Y (NPY)– Galanina

• Simpático– VIP– Peptído relacionado a gene

da calcitocina (CGRP)– Somatostatina– Peptídeos opióides

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Aferentes do SNA

• Quase toda a comunicação neuronal de uma víscera a outra é mediada por nrns aferentes com pericários localizados nos gânglios da raiz dorsal, ou nos gânglios nodosos dos nervos cranianos inferiores.

• Portanto, os processos integrativos responsáveis pela organização das funções viscerais ocorrem principalmente dentro do SNC.

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SNC SNA

• Os nrns pré-ganglionares para o SNA se localizam no tronco encefálico e em regiões da medula espinhal.

• A saída simpática é controlada pelo bulbo raquidiano, ponte e hipotálamo (n. paraventricular, n. ventromedial).

• A saída parassimpática é controlada pelo blbo, ponte e hipotálamo lateral

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Aferentes nociceptivos viscerais

• Todas as vísceras são inervadas por axônios não-mielinizados provenientes dos gânglios da raiz dorsal que respondem a estímulos nocivos.

• Quando ativados, esses aferentes produzem uma pcpt cs de dor localizada no órgão.

• Podem resultar em respostas mediadas pelo simpático (p. ex., aumento na PA), mas também ativam atv. motora somática.

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Aferentes baroceptivos e quimioceptivos

• Os baroceptores medem a PA via terminações sensoriais especializadas nas artérias carótidas.

• Mudanças na atividade dos baroceptores ativam centros cerebrais que levam a efeitos simpáticos no coração e vasos sangüíneos (via nervos glossofaríngeo e vagal).

• Quimioceptores no seio da carótida sinalizam alterações nos níveis de O2 no sangue.

• Mudanças na atividade desses quimioceptores ativam centros cerebrais que levam a efeitos autonômicos e motores de aumento na PA e taxa cardíaca, aumento na taxa de respiração, e mvmts da cabeça e face.

Diminuição na ventilação

Aumento no PCO2 arterial

↓ pH sangue

Atv. quimioceptores

CO2 plasma

Nrns espinais Aumento na ventilação

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Aferentes dos sentidos especiais

• A acomodação do diâmetro da pupila é uma função autonômica (miose/midríase) que responde à entrada sensorial vinda do sistema visual (nível global de incidência de luz).

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Aferentes dos sentidos especiais

• Diversos tipos de entrada auditiva podem levar a uma atividade simpática sobre o coração e vasos sangüíneos reflexo de sobressalto.

• Músicas com determinadas ressonâncias emocionais podem nos levar a sensações de “arrepio”, geradas pela ativação simpática de músculos lisos associados aos folículos pilosos.

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O sistema nervoso simpático

Fibras pré-ganglionares saem dos nervos espinhais torácicos e lombares

Transmissãovolumétrica

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Ativação da medula adrenal

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SN simpático: NERs

Ativam fosfolipase C

Inibem transformação ATP em AMPc

Estimulam transformação ATP em AMPc

Degradação: MAO (pré/pós), COMT (pós)

Autoceptores: feedback negativo para o quanta de NE liberado

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Feedback em autoceptores α-adrenérgicos e classes farmacológicas

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Biologia molecular dos adrenoceptores

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Biologia molecular da NE e da Epi

Sítios de reação metabólicos: MAO

Sítios de reação metabólicos: COMT

Dificuldade de penetração na BHE

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Neuroquímica da NE

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Alguns exemplos da ação da NE

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Agonistas dos adrenoceptores

Ação vasoconstritora localQuando associados a anestésicos locais, essa ação preserva a atividade anestésica

Ação vasoconstritora localQuando associados a anestésicos locais, essa ação preserva a atividade anestésica

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iMAOs como simpatomiméticos indiretos

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Cocaína e anfetamina como simpatomiméticos indiretos

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Epinefrina como agente hemostásico

• A epi pode ser usada topicamente em ferimentos com sangramento para produzir hemostasia local por vasoconstrição.

• Deve-se tomar cuidado com a “vasodilatação rebote” com o fim da atividade vasoconstritora e com efeitos sistêmicos devido à passagem da epi para a circulação.

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α-simpatomiméticos

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Antiadrenérgicos centrais e periféricos

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β-Simpatolíticos

Farmacodinâmica

Efeitos sobre canaisde sódio

Afinidade

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β-Simpatolíticos

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O sistema nervoso parassimpático

Fibras pré-ganglionares saem dos nervos espinhais torácicos e lombares

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Receptores colinérgicos

Gânglios: (α3)2(β4)3

(α4)2(β2)3

ou

(α7)2

SNC:

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Parassimpatomiméticos

Diretos:agonistas ACh

Indiretos:bloqueiam AChE

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Estimulação ou bloqueio do sistema parassimpático

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Parassimpatolíticos

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