Aula 6 Resumo

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 1 HELMINTOSES GASTRINTESTINAIS E PULMONARES DE EQUÍDEOS Família: Trichostrongylidae Subfamília: Trichostrongylinae Gênero: Trichostrongylus spp Trichostrongylus axei Hospedeiros: Ruminantes, equinos, ocasionalmente suínos e o homem Localização: Abomaso de ruminantes e estômago e primeira porção do intestino delgado de equídeos. Ciclo Biológico

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HELMINTOSES GASTRINTESTINAIS E PULMONARES DE EQUDEOS

Famlia: Trichostrongylidae Subfamlia: Trichostrongylinae Gnero: Trichostrongylus spp Trichostrongylus axei Hospedeiros: Ruminantes, equinos, ocasionalmente sunos e o homem Localizao: Abomaso de ruminantes e estmago e primeira poro do intestino delgado de equdeos. Ciclo Biolgico

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Quadro clnico Como geralmente ocorre em infeces mistas difcil determinar os sinais provocados. Os sinais decorrem do nmero de parasitos. Animais sofrem perda de apetite e peso, diarria e no raramente em infeces macias, morte. Patogenia As L4 e as formas adultas, sugam sangue Ocasionam leses na mucosa do intestino delgado Inflamao (gastrite e enterite) Alterao da mucosa Escarificao do epitlio Hiperemia Infiltrao de linfcitos Diagnstico Difcil por haver infeces mistas Exame de fezes caractersticas dos ovos nem sempre permitem determinar o gnero Coprocultura para identificao das larvas

Grau de infeco do animal Contagem de ovos por grama de fezes

Estrongildeos de Equinos 1. Os mais importantes estrongildeos parasitas gastrintestinais de eqinos so encontrados no ceco e no clon. 2. Alm dos eqinos, os asininos tambm so parasitados. 1. 1. 2. 3. 4. 2 Grandes estrongildeos: Strongylus vulgaris 1,5 a 2,5cm Strongylus edentatus 2,5 a 4,5cm Strongylus equinus 2,5 a 5,0cm Triodontophorus spp 1,0 a 2,5cm

Pequenos estrongildeos: 1. Trichonemas spp ou ciatostomneos < 1,5cm.

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Strongylus spp Ciclo biolgico 1. Ciclo direto. 2. Parasitas adultos: ceco e clon de equdeos. 3. O desenvolvimento dos ovos e larvas no meio exterior semelhante ao estrongildeos de ruminantes. 4. Ovos na fase de mrula so eliminados com as fezes L1 (24-48h). 5. O desenvolvimento at L3 depende das condies ambientais 350C em 2 a 3 dias j se observa L3 infectante (L3 com bainha). 6. A infeco dos eqinos se d pela ingesto da L3 infectante. 1. Aps a ingesto, as larvas infectantes realizam migrao pelo corpo do hospedeiro a partir do intestino. Atravessam a parede intestinal e: 1. Strongylus vulgaris: penetram em pequenas artrias e migram pelo artria mesentrica cranial e seus ramos. Aps alguns meses endotlio as larvas retornam pela luz das artrias ao intestino grosso onde formam ndulos na parede. Aps romperem os ndulos, caem na luz do ceco e do clon adultos. PPP 6 a 7 meses. 2. Strongylus edentatus: pelo sistema porta heptico fgado ligamento hepatorrenal (migrao pelo peritnio) parede do ceco e clon onde formam ndulos. Rompem os ndulos luz do intestino onde atingem a maturidade. PPP 10 a 11 meses. cavidade 3. Strongylus equinus: ndulos na parede do ceco e clon peritoneal fgado pncreas adultos na luz do intestino grosso. PPP 8 a 9 meses. Pequenos Estrongildeos Ciclo biolgico 1. As larvas dos pequenos estrongildeos no migram pelo corpo do hospedeiro, limitam-se a penetrar na mucosa onde realizam as mudas retornando luz do intestino para atingir a maturidade. 2. PPP 2 a 3 meses. Ao sobre o hospedeiro -Adultos 1. Vermes adultos de Strongylus spp: lceras e leses hemorrgicas (devido os hbitos alimentares) perda de sangue e lquidos tissulares, definhamento/anemia. 2. Pequenos estrongildeos: alimentam-se das camadas superficiais da mucosa. Quando ocorrem em grandes quantidades enterite catarral. Ao sobre o hospedeiro - Larvas 1. S. vulgaris (maior importncia para os eqinos) 1. Potros normalmente toleram infeces larvais macias adquiridas em pequenas doses por longo perodo de tempo. potros podem apresentar febre, inapetncia e 2. Infeces macias apatia, sndrome clica.

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3. Larvas na artria mesentrica cranial e seus ramos formao de trombos, inflamao e espessamento da parede arterial (reduo do fluxo sanguneo, compresso de terminaes nervosas, prejuzo da motilidade intestinal quadros de clica). 4. Podem surgir aneurismas, principalmente em animais que sofreram infeces repetidas. 5. Necropsia: arterite e trombose de vasos intestinais, alm de infarto e necrose de segmentos intestinais. 1. S. edentatus: Migraes larvais raramente levam a alteraes clinicamente detectveis, podendo causar focos hemorrgicos alm das formaes nodulares tpicas que so achados de necropsia. 2. S. equinus : Leses pouco conhecidas. Controle

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Oxyuris equi 1. 2. 3. Hospedeiros: eqinos e asininos Localizao: ceco, clon e reto Distribuio: cosmopolita

Ciclo Biolgico Vermes adultos na luz do ceco e clon onde se alimentam do contedo intestinal. Fmeas fecundadas migram para o reto, projetam-se para fora do esfncter anal, depositam seus ovos que ficam aglutinados por uma substncia gelatinosa. Aps a oviposio as fmeas morrem. No ambiente a larva no interior do ovo se desenvolve at L3 (ocorre em 4 a 5 dias). Infeco dos eqinos: ingesto de gua e alimentos contaminados acidentalmente pelo ovo contendo L3. Aps a ingesto dos ovos ecloso do ovo no intestino delgado larvas penetram nas criptas intestinais do ceco e do clon onde mudam para L4. Se alimentam da mucosa. A L4 observada aps 8 a 10 dias da infeco. Aps 50 dias da infeco os adultos so observados no lumen intestinal. As fmea iniciam a postura em aproximadamente 5 meses.

Oxyuris equi Sintomatologia 1. 2. 3. Adultos: no h manifestaes sintomatolgicas. Larvas L4 alimentam-se da mucosa: ulceraes e processos inflamatrios. Irritao perineal devido ao das fmeas e da substncia gelatinosa durante a oviposio. Os animais apresentam prurido intenso ao redor do nus, alopecia e inflamao na regio dorsal da cauda e perneo. Os equinos ficam estressados e deixam de se alimentar adequadamente.

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1. Epidemiologia 1. Grupos de ovos so espalhados no ambiente quando o animal se coa. 2. Ao que parece, a imunidade no suficiente para evitar a re-infeco. 2. Diagnstico: 1. Sintomatologia clnica (prurido anal) associada ao achado de massas de ovos amarelo- acinzentados no perneo. 2. Vermes (fmeas) so observados nas fezes (eliminadas passivamente ou durante a oviposio). 3. Ovos so raramente encontrados no exame parasitolgico das fezes colhidas do reto. 4. Ovos so mais facilmente encontrados em materiais colhidos do perneo e de fezes colhidas do solo. morfologia ovide, amarelados, levemente achatados em um lado, com um tampo mucide em uma extremidade, so operculados. 3. Tratamento e controle: 1. 2. 3. 4. Limpeza e higiene do perneo e cauda. Uso de anti-helmnticos de amplo espectro. Limpeza das instalaes. Impedir contaminao da gua e alimentos. Ascardios de Equdeos Ascaridida caractersticas Grupo muito grande de espcies Vermes grandes e encorpados com 3 lbios proeminentes Numerosas papilas labiais e caudais Adultos parasitam o intestino delgado de vertebrados Podem ter ciclo direto ou utilizar hospedeiros paratnico ou intermedirio

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Parascaris equorum Ciclo Biolgico

Infeco e migrao para os pulmes 1. 2. A infeco ocorre pela ingesto de ovos contendo L2 Ecloso no intestino emigrao da L2 atravs da parede intestinal (A) para o fgado (B) pelo sistema porta heptico Muda de L2 a L3 Migrao para os pulmes (C) atravs das artrias cardacas e pulmonares dos pulmes para o

3. 4.

5. Migrao intestino 1.

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3. Parascaris equorum Sintomas Tosse e descargas nasais migraes larvais Morte (seguindo ruptura intestinal) Menor ganho de peso/perda de peso vermes no intestino Menor ingesto de alimento Parascaris equorum Diagnstico Tosse e descarga nasal perodo pr-patente Encontro de ovos tpicos nas fezes flutuao em sal

L3 rompe os capilares alveolares emigram para a traquia e faringe Aps a tosse e deglutio as larvas sofrem mudas no intestino Perodo pr-patente de 12-16 semanas

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Cestdeos de Equdeos Anoplocephala perfoliata Hospedeiro definitivo: Eqinos e asininos Hospedeiro intermedirio: caros de vida livre da famlia Oribatidae. Forma larvar: cisticercide Localizao: 1. Forma adulta no intestino delgado e grosso (leo e ceco) 2. Larva: hemocele do caros 5. Distribuio mundial 6. Acomete animais de qualquer idade, mais comum em animais mais jovens (at 3 a 4 anos de idade). 7. Ovos: so irregularmente esfricos ou triangulares, com dimetro entre 50 e 80 m, contm embrio hexacanto cercado por um aparato quitinoso piriforme (semelhante a uma pra) Anoplocephala magna 1. 2. 3. 4. Hospedeiro definitivo: eqinos e asininos Hospedeiro intermedirio: caros de vida livre, oribatdeos Forma larvar: cisticercide Localizao: 1. Forma adulta: intestino delgado, s vezes no estmago dos equinos. 2. Forma larvar: hemocele dos oribatdeos 5. Identificao: Semelhante A.perfoliata, mas muito mais longo, podendo atingir 80 cm, no possui projees no esclex. 1. 2. 3. 4.

Paranoplocephala mamillana 1. 2. 3. 4. Hospedeiro definitivo: Eqinos Hospedeiro intermedirio: Oribatdeos (caros cryptostigmata) Forma larvar: cisticercide Localizao: 1. forma adulta no intestino delgado ou regio pilrica do estmago 2. Forma larvar: hemocele dos oribatdeos

Anoplocephala e Paranoplocephala solo com as fezes. Os ovos Ciclo biolgico: proglotes grvidas se destacam liberados so ingeridos por caros que parasitam fezes de equinos. Um a dois meses aps a ingesto de caros infectados com a forma larvar, os vermes adultos so encontrados no intestino dos equinos.

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Sintomas: 1. Anoplocephala perfoliata: 1. Adultos geralmente ficam prximos da juno ileo-cecal ulcerao da mucosa intussuscepo. 2. Ventosas causa intensa congesto local estrias de sangue nas fezes. 3. Parasitoses macias obstruo intestinal e perfurao da parede intestinal.

1. Anoplocephala magna 1. Patogenia: Semelhante A.perfoliata, mais comumente encontrado no jejuno, causando enterite catarral ou hemorrgica, alm de obstruo e perfurao intestinal. 2. Sintomatologia clnica: Semelhante A.perfoliata, mais patognica, podendo ocasionar enterites graves. 2. Paranoplocephala mamillana Sintomas inaparentes Diagnstico: Clnico: sintomas, presena de proglotes nas fezes. Laboratorial: exame parasitolgico (presena de proglotes e ovos) Tratamento e controle: Anti-helmnticos: niclosamida, pirantel, mebendazol. Difcil o controle dos hospedeiros intermedirios Dictyocaulus spp. Introduo Conhe cido como verme dos pulmes Causa a bronquite parasitria dos ruminantes Apresenta ciclo direto Pode levar morte em infeces macias de animais jovens As larvas eliminadas pelo hospedeiro podem permanecer meses no pasto

Hospedeiros: Dictyocaulus viviparus bovinos Dictyocaulus filaria ovinos, caprinos Dictyocaulus arnfieldi equinos Localizao: Bronquolos e brnqios

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Quadro clnico e Patogenia No h sinais clnicos aparentes visto que no uma espcie muito patognica Quando a carga parasitria for grande, h manifestaes de tosse e bronquite nos equinos e aparentemente no apresenta sinais clnicos nos asininos. Diagnstico Clnico os sinais no permitem diagnosticar a dictiocaulose clinicamente. Recorrer a recursos laboratoriais ou a verificao da presena de vermes por meio de necrpsia. Laboratorial Identificao microscpica de larvas encontradas na necrpsia ou de ovos ou de larvas em exame parasitolgico de fezes. Profilaxia Drenagem dos campos alagadios, evitando assim a evoluo das larvas em meios midos; Desinfeco do estrume, impedindo-se assim que os animais no parasitados ingiram os ovos do parasito, eliminados com as fezes de animais parasitados; Cremao das vsceras de animais parasitados, mortos ou abatidos.