Aula 6 Testes1
-
Upload
elica-dias -
Category
Documents
-
view
141 -
download
78
Transcript of Aula 6 Testes1
ÁGUAS SUBTERRÂNEAS E POÇOS Giovanni Chaves Penner,
Ivaltemir Barros Carrijo-TINIL
Eudes José Arantes
6. Águas Subterrâneas e Poços
6.1 Introdução
O poço é o meio de comunicação do homem com o aqüífero. Segundo CETESB
(1974) “um poço é uma estrutura hidráulica que, bem projetada e construída,
permite a extração econômica de água de uma formação saturada. A maneira de
como o poço cumpre essa finalidade depende de três fatores.
• Aplicação dos princípios da hidráulica na análise do poço e do
desempenho do aqüífero;
• Perícia na perfuração e construção do poço, que permita tirar as
maiores vantagens das formações geológicas;
• Seleção de materiais que assegurem longa durabilidade”.
Aplicações:
• Abastecimento de água: público, industrial e agrícola;
• Intrusão salina;
• Remoção de poluentes do aqüífero;
• Rebaixamento do lençol freático em: obras civis e mineração;
• Redução de pressão em barragens;
• Injeção: água (recarga artificial ou ASR Aquifer Storage Recovery) e
resíduos.
AULA
SHS 5854 – Hidráulica de Águas Subterraneas
2
6.1.1 Definições
Cone de depressão ou cone de bombeamento – depressão na forma de cone
invertido, da superfície piezométrica de uma massa de água subterrânea, que
define a área de influência de um poço.
Rebaixamento (drawdown) – quando um poço entre em operação, o nível d’água
em qualquer ponto é reduzido (dentro da área de influência do cone de
depressão) em relação à posição inicial, esta redução na direção vertical é
denominada de rebaixamento.
Objetivos:
1. Estimar o rebaixamento “s”, conhecendo-se “T, S e Q”;
2. Estimar “T e S”, conhecendo-se “s e Q”.
Figura 1: Parâmetros hidráulicos de um poço em bombeamento (aqüífero
confinado). Fonte: Feitosa & Manoel Filho, 1997.
Q ⇒ Vazão de bombeamento (L3/T);
h0 ⇒ Nível potenciométrico inicial, antes do bombeamento (L);
h ⇒ Nível potenciométrico num ponto qualquer a uma distância r do poço de
bombeamento (L);
hp ⇒ Nível potenciométrico no poço bombeado (L);
sp ⇒ Rebaixamento no poço bombeado (L);
s ⇒ Rebaixamento num ponto qualquer a uma distância r do poço bombeado (L);
Águas Subterrâneas e Poços
3
R ⇒ Raio de ação ou de influência; limite do cone de depressão (L);
rp ⇒ Raio do poço (L);
b ⇒ Espessura do aqüífero (L).
6.2 Hipóteses (Simplificações) Básicas
1. Aqüífero confinado na base;
2. Formação geológica horizontal e infinita;
3. Superfície piezométrica horizontal e permanente antes do bombeamento;
4. Aqüífero homogêneo e isotrópico;
5. Escoamento horizontal, radial com validade da lei de Darcy;
6. Água com densidade e viscosidade constantes;
7. Poços de bombeamento e monitoramento com penetração total;
8. Diâmetro do poço infinitesimal.
6.3 Cálculo do Rebaixamento
6.3.1 Regime Permanente ou Estacionário
6.3.1.1 Aqüífero Confinado (Thiem, 1906).
Quando um poço é bombeado num aqüífero confinado, a água é obtida do
armazenamento elástico ou específico do aqüífero. Armazenamento elástico é a
liberação de água armazenada pela expansão provocada pela redução da
pressão no aqüífero e por expulsão quando o espaço poroso é reduzido por
compactação.
Tomando a Figura 1 como exemplo.
Cilindrof AvQ ⋅= ... rh
Kv f ∂∂
⋅= ... brACilindro ⋅⋅⋅= π2
brrh
KQ ⋅⋅⋅⋅∂∂
⋅= π2
∫ ∫∂
⋅⋅=∂
rr
TQ
hπ2
CrT
Qh +⋅
⋅⋅= ln
2 π
Para r = r1 ⇒ h = h1
11 ln2
rT
QhC ⋅
⋅⋅−=
π
SHS 5854 – Hidráulica de Águas Subterraneas
4
Substituindo C no resultado da integral indefinida teremos:
⋅
⋅⋅=−
11 ln
2 rr
TQ
hhπ
Sendo o rebaixamento igual a:
101 hhs −=
Teremos então que:
⋅
⋅⋅=−
11 ln
2 rr
TQ
ssπ
6.3.1.2 Aqüífero Livre (Dupuit, 1863).
Um poço bombeando água de um aqüífero livre (freático) extrai água por dois
mecanismos. Como no aqüífero confinado, por decaimento na pressão na
produção de água causado pelo armazenamento elástico. O decaimento no nível
freático também drena água, por gravidade, do meio. Sendo denominado de
capacidade de campo.
Figura 2: Parâmetros hidráulicos de um poço em bombeamento (aqüífero livre).
Fonte: Feitosa & Manoel Filho, 1997.
Q ⇒ Vazão de bombeamento (L3/T);
H0 ⇒ Nível potenciométrico inicial, antes do bombeamento (L);
H ⇒ Nível potenciométrico num ponto qualquer a uma distância r do poço de
bombeamento (L);
Hp ⇒ Nível potenciométrico no poço bombeado (L);
Águas Subterrâneas e Poços
5
sp ⇒ Rebaixamento no poço bombeado (L);
s ⇒ Rebaixamento num ponto qualquer a uma distância r do poço bombeado (L);
H’ ⇒ Superfície de resurgência;
R ⇒ Raio de ação ou de influência; limite do cone de depressão (L);
rp ⇒ Raio do poço (L);
b ⇒ Espessura do aqüífero (L).
Cilindrof AvQ ⋅= ... rh
Kv f ∂∂
⋅= ... hrACilindro ⋅⋅⋅= π2
hrrh
KQ ⋅⋅⋅⋅∂∂
⋅= π2
∫∫∂
⋅⋅=∂⋅
r
r
h
h rr
KQ
hh11 2 π
⋅
⋅⋅=−
1
22 ln2
1
rr
KQ
hhπ
6.3.2 Regime Transiente
Figura 3: Evolução progressiva do rebaixamento do nível d’água num poço
(regime transiente) em resposta a um bombeamento. Fonte: Feitosa & Manoel
Filho, 1997.
SHS 5854 – Hidráulica de Águas Subterraneas
6
6.3.2.1 Aqüífero Confinado (Theis, 1935).
TR
yh
xh
th
TS
+∂∂
+∂∂
=∂∂
⋅ 2
2
2
2
Passando para coordenadas cilíndricas:
θcos⋅= rx
θsenry ⋅=
TR
rh
rh
rth
TS
+∂∂
+∂∂
=∂∂
⋅ 2
21
Hipóteses:
• Água extraída (Q) originária do comportamento elástico do aqüífero
( )3105 −⋅≅S ;
• Não existe recarga
∂∂
+∂∂
=∂∂
⋅ 2
21rh
rh
rth
TS
(01);
Condição inicial: para t = 0, h = h0.
Condição de contorno: para r = ∞, h = h0.
Transformação de variáveis.
( )ufh =
tTSr
u⋅⋅
=4
2
Transformando a equação de campo.
⋅⋅
−⋅∂∂
=∂∂
∂∂
=∂∂
2
2
4 tTSr
uh
tu
uh
th
ru
uh
tTSr
uh
ru
uh
rh ⋅
∂∂
=
⋅⋅⋅⋅
⋅∂∂
=∂∂
∂∂
=∂∂ 2
42
∂∂
∂∂
∂∂
∂∂
+∂∂
∂∂
=
∂∂
∂∂
∂∂
+∂∂
∂∂
=
∂∂
∂∂
∂∂
=
∂∂
∂∂
=∂∂
uh
uru
ru
uh
ru
uh
rru
uh
ru
ru
uh
rrh
rrh
2
2
2
2
2
2
2
22
2
2
2
2
uh
ru
uh
ru
rh
∂∂
⋅
∂∂
+∂∂
∂∂
=∂∂
ru
ru ⋅
=∂∂ 2
22
2 2r
uru ⋅
=∂∂
Substituindo os resultados da derivadas em (01).
Águas Subterrâneas e Poços
7
2
22
2
221u
hru
uh
ru
ru
uh
rtu
uh
TS
∂∂
∂∂
+∂∂
∂∂
+⋅
∂∂
=
−
∂∂
2
22
22
22u
hru
ru
ru
uh
tu
uh
TS
∂∂
∂∂
+
⋅
+⋅
∂∂
=
−
∂∂
Simplificando u comum em todo os termos, passado 1/r2 para esquerda,
multiplicando e dividindo o termo a esquerda por 4, teremos:
2
2
444u
hu
uh
uh
u∂∂
⋅+∂∂
=∂∂
⋅−
( ) 012
2
=∂∂
++∂∂
uh
uu
hu (02)
Introduzindo uma nova variável )(uf=ξ
uh
∂∂
=ξ ... 2
2
uh
u ∂∂
=∂∂ξ
Substituindo a nova variável em 02, teremos.
( ) 01 =⋅++∂∂
ξξ
uu
u
( ) ξξ
⋅+−=∂∂
uu
u 1
( )u
uu
∂+
−=∂ 1ξξ
uuu
∂−∂
−=∂ξξ
Integrando.
Cuu +−−= lnlnξ
Cuuee +−−= lnln ξ
CeC =1
11
Ceu
u ⋅⋅= −ξ
Retornando para o conceito de uh
∂∂
=ξ , temos:
ue
Cuh u−
⋅=∂∂
1
∫∞ −
+∂⋅=u
u
Cuu
eCh 21 (03)
SHS 5854 – Hidráulica de Águas Subterraneas
8
Determinando C1 e C2.
Utilizando a condição de contorno r = ∞, h = h0.
∫∞
∞
−
+∂⋅= 210 Cuu
eCh
u
Como os limites de integração são de infinito para infinito a integral é nula.
Então teremos:
02 hC =
Substituindo C2 para determinar C1.
uu
eChh
u
u
∂⋅⋅=− ∫∞ −
10
ue
Cuh u−
=∂∂
1
Do problema físico.
brrh
KQ ⋅⋅⋅⋅∂∂
⋅= π2
ru
uh
rTQ∂∂
∂∂
⋅⋅⋅⋅= π2
ru
ue
CrTQu 2
2 1
−
⋅⋅⋅⋅⋅= π
Simplificado r e u, teremos:
ueCTQ −⋅⋅⋅⋅= 14 π
ueT
QC −⋅
⋅⋅=
π41
No poço para r = 0, u = 0, e-u = 1.
TQ
C⋅⋅
=π41
Substituindo C1 e C2 em 03.
∫∞ −
∂⋅⋅
=−u
u
uu
eT
Qhh
π40
tTSr
u⋅⋅
⋅=
4
2
Função poço ⇒ ( ) ∫∞ −
∂=u
u
uu
euW
Águas Subterrâneas e Poços
9
( )uWT
Qhh ⋅
⋅⋅=−
π40
A função poço pode ser representada pela série abaixo:
( ) ...!33!22
ln5772,032
−⋅
+⋅
−+−−=uu
uuuW
u W(u) U W(u) u W(u) u W(u)
1 x 10-10 22,45 7 15,90 4 9,55 1 x 10-2 4,04
2 21,76 8 15,76 5 9,33 2 3,35
3 21,35 9 15,65 6 9,14 3 2,96
4 21,06 1 x 10-7 15,54 7 8,99 4 2,68
5 20,84 2 14,85 8 8,86 5 2,47
6 20,66 3 14,44 9 8,74 6 2,30
7 20,50 4 14,15 1 x 10-4 8,63 7 2,15
8 20,37 5 13,93 2 7,94 8 2,03
9 20,25 6 13,75 3 7,53 9 1,92
1 x 10-9 20,15 7 13,60 4 7,25 1 x 10-1 1,823
2 19,45 8 13,46 5 7,02 2 1,223
3 19,05 9 13,34 6 6,84 3 0,906
4 18,76 1 x 10-6 13,24 7 6,69 4 0,702
5 18,54 2 12,55 8 6,55 5 0,560
6 18,35 3 12,14 9 6,44 6 0,454
7 18,20 4 11,85 1 x 10-3 6,33 7 0,374
8 18,07 5 11,63 2 5,64 8 0,311
9 17,95 6 11,45 3 5,23 9 0,260
1 x 10-8 17,84 7 11,29 4 4,95 1 x 100 0,260
2 17,15 8 11,16 5 4,73 2 0,049
3 16,74 9 11,04 6 4,54 3 0,013
4 16,46 1 x 10-5 10,94 7 4,39 4 0,004
5 16,23 2 10,24 8 4,26 5 0,001
6 16,05 3 9,84 9 4,14
Tabela 6.1 – Valores da função W(u) para vários valores de u- adaptado de :
L.K.Wenzel, Methods for Determining Permeability of Water 1942.
SHS 5854 – Hidráulica de Águas Subterraneas
10
6.3.3 Aqüífero Confinado Drenante (Hantush,1956)
Segundo Feitosa & Manoel Filho(1997), este tipo de aqüífero pode ser
considerado como um caso particular de aqüíferos confinados. A diferença
básica, em relação aos não drenantes, é que as camadas confinantes
apresentam características semipermeáveis possibilitando a passagem de água,
processo denominado de drenança. Assim, na dependência da configuração das
cargas hidráulicas do sistema, o aqüífero pode transmitir ou receber água de
camadas sub ou sobrejacentes.
De acordo com Fetter(1994), a maior parte dos aqüíferos confinados não
são totalmente isolados da fonte de recarga vertical. Aquitardos podem funcionar
como camada confinante drenante (drenança), se a direção do gradiente
hidráulico for favorável.
A Figura 4 mostra, de forma esquemática, um aqüífero confinado drenante
com os parâmetros envolvidos no bombeamento de um poço e ilustra os
processos de drenança.
No caso ilustrado, em condições naturais existe uma drenança vertical
ascendente, onde o aqüífero B cede água para o aqüífero A, em virtude de
apresentar cargas hidráulicas mais elevadas. O bombeamento, a partir dos
rebaixamentos produzidos, cria uma zona de inversão de cargas (zona hachurada
da Figura 4) que pode induzir uma drenança vertical descendente, onde o
aqüífero A transmite água para o aqüífero.
Figura 4: Poço bombeado num aqüífero confinado drenante,Feitosa e
Manoel Filho(1997)
Águas Subterrâneas e Poços
11
As variáveis são:
Q = Vazão de bombeamento(L³/T);
h = Nível potenciométrico inicial, antes do bombeamento(L);
ho = Nível potenciométrico num ponto qualquer a uma distância r do poço
bombeado(L);
hp = Nível potenciométrico no poço(L);
sp = Rebaixamento no poço bombeado(L);
b’ = Espessura da camada semipermeável(L);
rp = Raio do poço(L);
r = Raio de influência ou de ação; limite do cone de rebaixamento(L);
s = Rebaixamento num ponto qualquer a uma distância r do poço bombeado(L);
b = Espessura do aqüífero(L);
K = Condutividade hidráulica do aqüífero(L/T);
K’ = Condutividade hidráulica da camada semipermeável(L/T).
A equação de fluxo para um aqüífero confinado com recarga é:
( )th
TS
bTKhho
rh
rrh
∂∂
=′
′−−
∂∂
+∂∂ 1
2
2
Onde:
T = Transmissividade(L²/T);
S = Coeficiente de armazenamento do aqüífero (adimensional).
A solução direta da equação acima é (Equação de Hantush e Jacob):
),(4 B
ruW
TQ
hhosπ
=−=
Onde:
2.7;''
;4
2
TabelaWKTb
BTtSr
u →==
As variáveis são:
Q = Vazão de bombeamento(L³/T);
s = Rebaixamento do aqüífero confinado(L);
t = Tempo desde o início do bombeamento(T);
b’ = Espessura do aquitardo(L);
K’= Condutividade do aquitardo(L/T);
u,B = Variáveis de transformação(tabela 7.2);
A equação de Hantush-Jacob deve ser aplicada quando a camada
confinante(drenança) não armazena água numa camada semipermeável finita.
SHS 5854 – Hidráulica de Águas Subterraneas
12
Quando a camada confinante armazena, a formulação a ser utilizada é:
3.7),(
'4
),(4
TabelauHSS
Br
uHT
Qhhos
→
=
=−=
β
β
βπ
S’ = Coeficiente de armazenamento da camada confinante.
Esta expressão é denominada de equação de Neuman & Witherspoon.
Na prática, algumas informações sobre os aqüíferos, como:
transmissividade(T), armazenamento(S) e espessura(b), entre outras, não estão
disponíveis. No campo, através dos poços de monitoramento, verificam-se os
rebaixamentos(s(t)) e com estes valores determinam-se as características básicas
dos aqüíferos. As tabelas 6.2 e 6.3, apresentam W(u,r/B) e H(µ,ß),
respectivamente.
. r/B
u 0,002 0,004 0,006 0,008 0,01 0,02 0,04 0,06 0,08 0,1 0,2 0,4 0,6 0,8 1 2 4 6 8
0 12,7 11,3 10,5 9,89 9,44 8,06 6,67 5,87 5,29 4,85 3,51 2,23 1,55 1,13 0,842 0,228 0,0223 0,0025 0,0003
0,000002 12,1 11,2 10,5 9,89 9,44
0,000004 11,6 11,1 10,4 9,88 9,44
0,000006 11,3 10,9 10,4 9,87 9,44
0,000008 11,0 10,7 10,3 9,84 9,43
0,00001 10,8 10,6 10,2 9,80 9,42 8,06
0,00002 10,2 10,1 9,84 9,58 9,30 8,06
0,00004 9,52 9,45 9,34 9,19 9,01 8,03 6,67
0,00006 9,13 9,08 9,00 8,89 8,77 7,98 6,67
0,00008 8,84 8,81 8,75 8,67 8,57 7,91 6,67
0,0001 8,62 8,59 8,55 8,48 8,40 7,84 6,67 5,87 5.29
0,0002 7,94 7,92 7,90 7,86 7,82 7,50 6,62 5,86 5.29
0,0004 7,24 7,24 7,22 7,21 7,19 7,01 6,45 5,83 5.29 4,85
0,0006 6,84 6,84 6,83 6,82 6,80 6,68 6,27 5,77 5.27 4,85 3,51
0,0008 6,55 6,55 6,54 6,53 6,52 6,43 6,11 5,69 5.25 4,84 3,51
0,001 6,33 6,33 6,32 6,32 6,31 6,23 5,97 5,61 5.21 4,83 3,51 2,23
0,002 5,64 5,64 5,63 5,63 5,63 5.59 5,45 5,24 4.98 4,71 3,5 2,23
0,004 4,95 4,95 4,95 4,94 4,94 4,92 4,85 4,74 4.59 4,42 3,48 2,23 1,55 1,13
0,006 4,54 _____________________ 4,54 4,53 4,48 4,41 4.30 4,18 3,43 2,23 1,55 1,13
0,008 4,26 _____________________ 4,26 4,25 4,21 4.15 4.08 3,98 3,36 2,23 1,55 1,13
0,01 4,04 _____________________ 4,04 4,03 4,00 3.95 3.89 3,81 3,29 2,23 1,55 1,13
0,02 3,35 _____________________ 3,35 3,35 3,34 3.31 3.28 3,24 2,95 2,18 1,55 1,13
0,04 2,68 _____________________ 2,68 2,68 2,67 2.66 2.65 2,63 2,48 2,02 1,52 1,13 0,842
0,06 2,30 _____________________ 2,30 2,29 2,29 2.28 2.27 2,26 2,17 1,85 1,46 1,11 0,839
0,08 2,03 ____________________________ 2,03 2,02 2.02 2.01 2 1,94 1,69 1,39 1,08 0,832
0,1 1,82 ____________________________________ 1,82 1.82 1.81 1,8 1,75 1,56 1,31 1,05 0,819 0.228
0,2 1,22 ____________________________________ 1,22 1.22 1.22 1,22 1,19 1,11 0,996 0,857 0,715 0.227
0,4 0,702 ____________________________________ 0,702 0.702 0.701 0,7 0,693 0,665 0,621 0,567 0,502 0.210
0,6 0,454 ____________________________________ 0,454 0.454 0.454 0,453 0,45 0,436 0,415 0,387 0,354 0.177 0.0222
0,8 0,311 ____________________________________ 0,311 0,310 0,310 0,310 0,308 0,301 0,289 0,273 0,254 0.144 0.0218
1 0,219 0.219 0,218 0,213 0,206 0,197 0,185 0,114 0,0207 0,0025
2 0,049 0,049 0,048 0,047 0,046 0,044 0,034 0,011 0,0021 0,0003
4 0,0038 0,0038 0,0037 0,0037 0,0036 0,0031 0,0014 0,0006 0,0002
6 0,0004 0,0004 0,0003 0,0002 0,0001 0
8 0 0
Tabela 6.2 - Valores da função W(u,r/B) para vários valores de u- adaptado de :
L.K.Wenzel, Methods for Determining Permeability of Water 1942.
Águas Subterrâneas e Poços
13
β
µ 0,001 0,005 0,01 0,05 0,1 0,2 0,5 1 2 5 10 20
0,000001 11,9842 10,5908 9,9259 8,3395 7,6497 6,9590 6,0463 5,3575 4,6721 3,7756 3,1110 2,4671 0,000005 10,8958 9,7174 9,0866 7,5284 6,8427 6,1548 5,2459 4,5617 3,8836 3,0055 2,3661 1,7633 0,00001 10,3739 9,3203 8,7142 7,1771 6,4944 5,8085 4,9024 4,2212 3,5481 2,6822 2,0590 1,4816 0,00005 9,0422 8,3171 7,8031 6,3523 5,6821 5,0045 4,1090 3,4394 2,7848 1,9622 1,3943 0,8994 0,0001 8,4258 7,8386 7,3803 5,9906 5,3297 4,6581 3,7700 3,1082 2,4658 1,6704 1,1359 0,6878 0,0005 6,9273 6,6024 6,2934 5,1223 4,4996 3,8527 2,9933 2,3601 1,7604 1,0564 0,6252 0,3089 0,001 6,2624 6,0193 5,7727 4,7290 4,1337 3,5045 2,6650 2,0506 1,4776 0,8271 0,4513 0,1976 0,005 4,6951 4,5786 4,4474 3,7415 3,2483 2,6891 1,9250 1,3767 0,8915 0,4001 0,1677 0,0493 0,01 4,0163 3,9334 3,8374 3,2752 2,8443 2,3325 1,6193 1,1122 0,6775 0,2670 0,0955 0,0221 0,05 2,4590 2,4243 2,3826 2,1007 1,8401 1,4872 0,9540 0,5812 0,2923 0,0755 0,0160 0,00164 0,1 1,8172 1,7949 1,7677 1,5768 1,3893 1,1207 0,6947 0,3970 0,1789 0,0359 0,00552 0,00034 0,5 0,5584 0,5530 0,5463 0,4969 0,4436 0,3591 0,2083 0,1006 0,0325 0,00288 0,00015 1 0,2189 0,2169 0,2144 0,1961 0,1758 0,1427 0,0812 0,0365 0,00993 0,00055 0,00002 5 0,00115 0,00114 0,00112 0,00104 0,00093 0,00076 0,00042 0,00017 0,00003
Tabela 6.3 - Valores da função H(µ,ß) para vários valores de u- adaptado de :
L.K.Wenzel, Methods for Determining Permeability of Water 1942.
A Figura 5, apresenta as curvas de rebaixamento em função do tempo para
diferentes aqüíferos confinados(Fetter,1994).
Figura 5: Valores de rebaixamentos(s) em função do tempo para vários tipos de
camada confinante-M.S.Hantush, Journal of Geophysical Research, 1960- I –
Sem drenança(Theis), II - Drenança sem armazenamento numa camada
semipermeável(Hantush), III - Drenança com armazenamento num cada
semipermeável(Neuman&Witherspoon) e IV – Drenança com armazenamento
numa camada sepermeável finita.
SHS 5854 – Hidráulica de Águas Subterraneas
14
6.4 Determinação de Parâmetros Físicos (Aplicação)
Nos itens anteriores foi demonstrado como calcular o rebaixamento em um
aqüífero onde os parâmetros hidráulicos são conhecidos .Estes parâmetros são
usualmente determinados através de testes no aqüífero. Este teste é
desenvolvido efetuando o bombeamento e anotando a taxa de decaimento do
nível de água por tempos pré-determinados.O dados da relação rebaixamento-
tempo são então interpretados, para determinação dos parâmetros necessários
para o aqüífero(Fetter,1994).
Em função das condições físicas de cada tipo de aqüífero(confinado não
drenante ou drenante e livre) associadas ao comportamento da evolução dos
rebaixamentos(regime permanente ou transiente), existe uma grande quantidade
de métodos de interpretação de testes de aquífero(Feitosa,1987).
Vários fatores podem interferir na qualidade de resultados dos testes de
aqüíferos, para minimizá-los, algumas suposições serão assumidas para melhor
avaliação dos mesmos. São elas:
a – O poço de bombeamento é filtrado apenas no aqüífero testado;
b – Todos poços de observação(monitoramento) são filtrados somente no
aqüífero testado;
c – O poço de bombeamento e os poços de observação são filtrados em
toda a camada do aqüífero.
6.4.1 Regime Permanente
Neste regime não há variação adicional do rebaixamento com o tempo , o
nível de água atinge um estado de equilíbrio. A região em volta do poço de
bombeamento, onde a carga é diminuída, é chamada de cone de
depressão.Onde o equilíbrio é verificado, o cone de depressão pára de crescer
porque é atingido o limite de recarga. Estas são as condições de um regime
permanente.
Águas Subterrâneas e Poços
15
6.4.1.1 Aqüífero Confinado(Thiem,1906)
Figura 6: Rebaixamento em equilíbrio : A-Aqüífero confinado, B-Aqüífero
Livre,Fetter(1994)
Para o caso do aqüífero confinado são adicionadas mais três suposições:
a – O aqüífero é confinado no topo e na base;
b – O poço é bombeado a uma taxa constante;
c – Há equilíbrio, portanto não há mudanças no rebaixamento com o
tempo.
Pela lei de Darcy, a vazão através de uma seção circular de aquífero com
poço, é a área da seção multiplicada pela condutividade hidráulica e pelo
gradiente hidráulico.Isto pode ser expresso como:
Onde:
Q = Vazão bombeada(L³/T);
r = Distância radial entre a seção circular e o poço(L);
b = Espessura do aqüífero(L);
( )
=
drdh
KrbQ π2
SHS 5854 – Hidráulica de Águas Subterraneas
16
K = Condutividade hidráulica(L/T);
dh/dr = Gradiente hidráulico(adimensional).
Sabe-se que a transmissividade(T) é o produto da espessura do
aqüífero(b) pela condutividade hidráulica(K), assim:
Ou
∫∫ =⇒=2
1
2
1 22
r
r
h
h rdr
TQ
dhrdr
TQ
dhππ
==∆ −
1
212 ln
2 rr
TQ
hhsπ
No regime permanente não há como calcular o coeficiente de
armazenamento(S), porém é possível obter a transmissividade através da
equação:
( )
−
=1
2
21
ln2 r
rss
QT
π
6.4.1.2 Aqüífero Livre (Dupuit,1863)
Thiem também derivou uma equação, originalmente de Dupuit(1863), para
aqüiferos livres(não confinados) em regime permanente.Para este caso, algumas
suposições adicionais são necessárias:
a – O aqüífero é livre e limitado por uma zona porosa praticamente
impermeável;
b – O poço é bombeado a uma taxa constante;
c – O sistema está em equilíbrio.Não há mudança adicional do
rebaixamento(s) com o tempo(t).
A vazão radial num aqüífero livre é dada por:
=
drdh
KrhQ )2( π
Onde:
Q = Vazão de bombeamento(L/T³);
r – Distância radial da seção circular ao poço(L);
=
drdh
rTQ π2
212120211 ,,:;0
PPtosrebaixamenssondehhshhs →→−=⇒⇒−=
Águas Subterrâneas e Poços
17
h – Camada saturada do aqüífero(L);
K – Condutividade hidráulica(L/T);
dh/dr – Gradiente hidráulico(adimensional).
Rearranjando a equação, temos:
rdr
KQ
hdhπ2
=
Se há dois poços de observação , a carga para a distância r1 será h1 e
para r2 , h2. Podemos, dessa forma, integrar ambos os lados da equação com as
condições de contorno:
∫ ∫=2
1
2
12
h
h
r
r rdr
KQ
hdhπ
Ou
=−
2
121
22 ln
2 rr
KQ
hhπ
E como equação final para o cálculo da condutividade hidráulica em
aqüíferos confinados no regime permanente, temos:
( )
−
=1
22
122
ln2 r
rhh
QK
π
hKxT =
Onde:
212 hh
h+
=
Ressalte-se que neste caso deve-se ter pelo menos dois poços de
bombeamento.
6.4.2 Regime Transiente
Muitos testes de aqüíferos nunca alcançam o equilíbrio, ou seja, o cone de
depressão cresce com o tempo. Esta situação é chamada de condição transiente
de fluxo. Análises da variação tempo-rebaixamento em regime transiente, num
poço de observação (monitoramento), podem ser usadas para determinar a
transmissividade(T) e o coeficiente de armazenamento(S) do aqüífero.Se não há
poço de observação (monitoramento), os dados tempo-rebaixamento do poço de
bombeamento podem ser usados para determinar a transmissividade(T) do
aqüífero, mas não o coeficiente de armazenamento(S).
SHS 5854 – Hidráulica de Águas Subterraneas
18
6.4.2.1 Aqüífero Confinado
6.4.2.1.1 Método de Theis(1935)
Neste caso utilizamos a equação já demonstrada anteriormente para o
rebaixamento(por Theis):
( ) )(4
)(4
0
0
uWhh
QT
e
uWT
Qhhs
−=
=−=
π
π
Conhecendo-se a transmissividade(T), calcula-se o coeficiente de
armazenamento por:
2
4rTtu
S =
Onde:
u – Constante adimensional;
t – Tempo à partir do início do bombeamento(T).
Procedimentos (trabalho de campo):
a – Realizar o teste de aqüífero;
b – Anotar a vazão(Q), o rebaixamento(s) em função do tempo(t) através do poço
de observação;
c – Confeccionar, em papel bilog, a curva da relação W(u) vs, 1/u( valores de
W(u) e u retirados da tabela 7.1). Chamada de Curva Tipo(ou Curva de Theis);
d – Confeccionar, em papel bilog transparente, a curva da relação do
rebaixamento(s) ,em metros, por tempo(t), em minutos. Chamada de Curva do
Aqüífero;
e – Proceder a superposição da Curva Tipo (W(u) vs. 1/u) com a Curva do
Aqüífero (s vs. t), que têm tipos iguais;
f – Escolhe-se o ponto adequado( “match-point”);
g – Nos gráficos superpostos escolhe-se o ponto W(u)=1,0 e 1/u=1,0, da curva
tipo;
h – Lê-se, no gráfico do sistema, os valores compatíveis do rebaixamento(s) e do
tempo(t);
As Figura 7 e 8 apresentam esquematicamente os procedimentos
descritos. Utilizando este procedimento, encontram-se os valores de: u, W(u),s e
Águas Subterrâneas e Poços
19
t.Adicionando a estes os dados físicos do aqüífero e poço(s)(r,h0 e h), obtem-se
os valores da transmissividade(T) e coeficiente de armazenamento(S).
0,01
0,1
1
10
0,1 1 10 100 1000 10000
1/u
W(u
)
Figura 7: Curva tipo(curva de Theis) para um aqüífero completamente saturado-
Fetter(1994).
0,01
0,1
1
10
0,1 1 10 100 1000 10000
1/u
W(u
)
Figura 8: Superposição das curvas tipo e do aqüífero e escolha do ponto
adequado, Fetter(1994). .
0,01
0,1
1
10
0,1 1 10 100 1000 10000
t (min)
s(m
)
SHS 5854 – Hidráulica de Águas Subterraneas
20
6.4.2.1.2 Cooper & Jacob (1946)
Segundo Feitosa e Manoel Filho(1997),Cooper e Jacob constataram que
quando o valor da constante u era muito pequena, u<0,01, os dois primeiros
termos da série de Theis eram suficientes para apresentar uma aproximação
razoável de W(u).Desta forma, para estes casos, o cálculo de rebaixamentos
poderia ser aproximado por:
y = 0,7124Ln(x) - 1,1538R2 = 0,9984
0
0,5
1
1,5
2
2,5
3
3,5
1 10 100 1000
t(min)
s(m
)
to
Figura 9: Exemplo de aplicação da metodologia simplificada de Cooper-Jacob
para cálculo de parâmetros S,T – Fetter(1994).
( )
=
=
=−
=
=−=
−
−−=
SrTt
TQ
s
finalmenteSr
TtTQ
s
entãobasexxsesabe
uTQ
s
assimu
u
sesabe
uT
Qs
2
2
25,2log
43,2
:
478,11
log4
3,2
:)10(log3,2ln:
78,11
ln4
1ln;78,1ln57272,0
:
ln572,04
π
π
π
π
Águas Subterrâneas e Poços
21
Chamando de:
Procedimentos:
a – Confecciona-se , num papel monolog, a Curva do Aqüífero (s vs. t);
b – Escolhe-se no gráfico, um ponto na escala do tempo(abscissa), onde a
relação t2/t1 = 10, ou seja o log(t2/t1)=1;
c – Encontra-se no gráfico o valor de (s2-s1).
Para melhor visualização dos procedimentos descritos , verificar Figura 9
Adotando os procedimentos descritos temos log(t2/t1)=1 , assim teremos a
expressão:
=∆⇒⇒
∆=
TQ
ssQ
Tππ 43,2
43,2
2,1
Que fornece a transmissividade (T) à partir dos dados de rebaixamento(s1 e
s2).O coeficiente de armazenamento(S) pode ser obtido à partir de algumas
transformações da equação:
=
SrTt
TQ
s 2
25,2log
43,2π
Considerando os elementos como log de base 10, temos:
SrTt
TeremosSrTt
QTs
QTs
23,2
4
2
25,210
:
25,2log
3,24
=
=
π
π
( )( )
=∆
=−
==
−=∆
1
2
1
212
22
11
12
log4
3,2
log
:loglog
tt
TQ
s
tt
Css
assimDtCsDtCs
sss
π
SHS 5854 – Hidráulica de Águas Subterraneas
22
Da Figura 9 , traçando uma tangente no ponto de inflexão da curva(onde
passa de um trecho curvo para reto), encontro o ponto(to), cujo rebaixamento é
igual a zero.Para este ponto a equação acima ficaria:
2025,2
rTt
S =
Com esta expressão é possível encontrar o coeficiente de
armazenamento(S).Vale lembrar que são imprescindíveis as variáveis de campo
para tal dimensionamento.
Ressalte-se que o valor de u deve ser verificado, pois adotou-se para o
equacionamento que este seria menor que 0,01.
A Figura 10 apresenta a relação gráfica entre os métodos de Theis e
Cooper-Jacob.
Figura 10: Relação gráfica entre os métodos de Theis e Cooper Jacob, Feitosa &
Manoel Filho(1997)
Águas Subterrâneas e Poços
23
6.4.3 Aqüífero Confinado Drenante
6.4.3.1 Sem Armazenamento no Aquitardo(Walton,1962).
Segundo Feitosa & Manoel Filho(1997), a solução da expressão do fluxo
subterrâneo bidimensional para as condições de aqüífero confinado drenante e
regime transitório recai na seguinte equação: Walton(1962) desenvolveu uma
solução gráfica para esta equação seguindo a mesma linha de raciocínio de
Theis, onde a integral acima é dada pela função W(u,r/B).Assim a equação passa
a ser:
=−=
Br
uWT
Qhhs ,
40 π
Onde:
W(u,r/B) – Função do poço para aqüífero confinado drenante(Tabela 7.2);
B – Fator de drenança.
Os procedimentos para determinação das variáveis são análogos aos de
Theis:
a – Realizar o teste de aqüífero;
b – Anotar a vazão(Q), o rebaixamento(s) em função do tempo(t) através do poço
de observação;
c – Confeccionar em papel bilog a curva da relação W(u,r/B) vs. 1/u( valores de
W(u,r/B) e u retirados da tabela 7.2). Chamada de Curva Tipo;
d – Confeccionar, em papel bilog transparente, a curva da relação do
rebaixamento(s) ,em metros por tempo(t), em minutos.Chamada de Curva do
Aqüífero;
e – Proceder a superposição da curva tipo(W(u,r/B)x1/u) com a curva do
aqüífero(sxt), que têm tipos iguais;
f – Escolhe-se o ponto adequado;
g – Nos gráficos superpostos escolhe-se o ponto W(u,r/B)=1,0 e 1/u=1, da curva
tipo;
h – Lê-se, no gráfico do sistema, os valores compatíveis do rebaixamento(s) e do
tempo(t);
SHS 5854 – Hidráulica de Águas Subterraneas
24
A Figura 11 apresenta uma série de curvas tipo para aqüíferos com
drenança. A Figura 12 apresenta uma configuração para a determinação da
transmissividade(T) e coeficiente de armazenamento(S) através do método de
Walton, de acordo com os procedimentos descritos anteriormente.
Calculam-se a transmissividade(T) e o coeficiente de armazenamento(S)
pelas expressões:
2
4
),(4
rTtu
S
eBr
uWs
QT
=
=π
Para o cálculo da condutividade hidráulica no aquitardo, utiliza-se a
expressão:
( )21
2
2
/ KbT
rBr
Br
rbT
K sesabendo
′′= →
′
=′ −
Onde :
K’ – Condutividade hidráulica do aquitardo(L/T);
b’ – Espessura do aquitardo(camada semipermeável)(L);
B – Fator de drenança(L).
Figura 11: Curvas tipo para aqüíferos com drenança,Fetter(1994)
Águas Subterrâneas e Poços
25
Figura 12: Método Gráfico de Walton – transmissividade(T) e coeficiente de
armazenamento(S).
6.4.3.2 Método do Ponto de Inflexão.
Para um aqüífero confinado drenante desenvolveu-se uma solução gráfica
(Figura 13) para esta equação seguindo a mesma linha de raciocínio de Cooper e
Jacob, onde:
- confecciona-se , num papel monolog, a Curva do Aqüífero (s vs. t);
- determina-se smax
- marca-se o ponto de inflexão em:
2maxs
si =
- Determina-se do gráfico: ti (instante de inflexão) e mi (declividade de inflexão).
)/(.3,2 / BrKe
ms
oBr
i
i =
)/(0 BrK (função de Bessel) => Tabelado – determina-se B.
)/(2 0 BrK
sQ
Tsax
=
π
BrTt
S i
..2.4
=
2
'.'
BbT
K =
SHS 5854 – Hidráulica de Águas Subterraneas
26
0
50
100
150
200
250
1 10 100 1000 10000
t(min)s(
met
ros)
mi =∆s/ciclo sm = 2 si
si
Ponto de Inflexão
Figura 13: Método do ponto de Inflexão.
6.4.4 Aqüífero Livre.
Para aqüífero Livre utiliza-se o método de Neuman (1975).
Semelhante aos métodos anteriores, faz-se a sobreposição dos gráficos da curva
Tipo e do Aqüífero (Figura 14).
Essa sobreposição é feita em duas regiões do gráfico da Curva Tipo
(Região da Curva Tipo A e B).
Na região da Curva tipo A de terminam-se Ss (o armazenamento
específico da aqüífero), Kr e Kz (condutividades horizontal e vertical,
repectivamente) e T (Transmissividade).
Sendo:
2
4
),(4
rtTt
S
Br
tWs
QT
ss
s
=
=π
r
z
KK
mr
2
2
=β
A região da Curva Tipo B determina-se: Sy (rendimento especifico)
Águas Subterrâneas e Poços
27
2
4
),(4
rtTt
S
Br
tWs
QT
yy
y
=
=π
y
s
SmS
=σ
0,001
0,01
0,1
1
10
0,1 10 1000 100000 10000000 1000000000 1E+11
ts
W(t
s,�)
ou W
(ty, �
)
1E-09 1E-08 1E-07 1E-06 0,00001 0,0001 0,001 0,01 0,1 1 10 100 1000
ty
β = 0,001
β = 0,004
β = 0,01
β = 0,03
β = 0,06
β = 0,1
β = 0,2
β = 0,4
β = 0,6
β = 0,8
β = 1
β = 1,5
β = 2
β = 2,5
β = 3
β = 4
β = 5
β = 6
β = 7
Figura 14: Método de Neuman.
6.5 Referências
Bear, J. – “Hydraulics of Groundwater”, McGraw-Hill International BookCompany, New York, 567p, 1979.
Benitez, A – “Captacion de Aguas Subterraneas”, Editorial Dossat S.A , Madrid, 619p,1972.
Cetesb, – “Águas Subterrâneas e Poços Tubulares”, Tradução da primeira edição do original norte-americano publicado pelo UOP Johnson Division Saint Paul, Minnesota, 2 ed., rev., São Paulo, 1974.
Dawson, Karen J. e Istok, Jonnathan D. – “Aquifer Testing – Design and Analysis of Pumping and Slug Tests.”, Editora Lewis Publishers, 344p. 1991.
Feitosa, F.A.C. e Manoel Filho, J. – “Hidrogeologia – Conceitos e Aplicações”, CPRM, Fortaleza, 391p., 1997.
Fetter, C.W. – “Applied Hydrogeology”, Prentice-Hall Inc., New Jersey, 3rd ed., 691p., 1994.
Freeze, R. and Cherry, J. – “Groundwater”, Prentice-Hall Inc., New Jersey,
691p. 1979
Curvas Tipo A
Curvas Tipo B
SHS 5854 – Hidráulica de Águas Subterraneas
28
Huisman,L.,”Groundwater Recovery”, The Macmillan Press Ltd,London,
326p.,1972.
Polubarinova-Kochina,P. – “Theory of Ground Water Movment”, Princeton
University Press, New Jersey , 613p.,1962.
Marsily,G. - “Quantitative Hydrogeology – Groundwater Hydrology for
Engineers”,Academic Press Ltda, London, 440p, 1986.