Aula 9. Riscos Ambientais - UFRGS

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Saúde para Trabalhadoras(es) e Segurança nos Processos 3: Saúde e Segurança em Pandemia / COVID-19 Curso de Extensão FAGRO / UFRGS outubro/2020 Aula 9. Riscos Ambientais

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Saúde para Trabalhadoras(es) e Segurança nos Processos 3:

Saúde e Segurança em Pandemia / COVID-19

Curso de Extensão FAGRO / UFRGS

outubro/2020

Aula 9. Riscos Ambientais

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Saúde para Trabalhadoras(es) e Segurança nos Processos 2

Curso de Extensão / UFRGS

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Perigo

uma ou mais condições de uma variável

com potencial necessário para causar

danos, como: lesões pessoais, danos a

equipamentos e instalações físicas, danos

ao meio-ambiente, perda de material em

processos, perda da capacidade produtiva

é a fonte (agente físico, fator humano,

situação ou condição) que tem o potencial

para contribuir ou causar um efeito

indesejado (lesão, morte ou dano material)

quando não controlado

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Perigo

é uma propriedade inerente de um agente

físico, químico, biológico, ou conjunto de

condições que apresentam potencial para

um acidente

Ex: o transporte rodoviário de uma carga

inflamável é uma atividade inerentemente

perigosa. O risco envolvido é expresso em

termos de Probabilidade x Severidade

Um perigo, assim, pode ser uma causa ou

um fator que contribui para um risco

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Risco

probabilidade de possíveis danos dentro de

um período específico de tempo, em um

cenário específico

probabilidade x gravidade

é a combinação da probabilidade e das

consequências de ocorrer um evento

perigoso

o termo risco deve ser entendido como sendo um

adjetivo que caracteriza o perigo, podendo este

ter um risco alto ou baixo por exemplo

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O QUE É PERIGO:

PERIGO

Situação ou fonte

potencial de dano

em termos de

acidentes pessoais,

doenças, danos

materiais e ao meio

ambiente de

trabalho, ou a

combinação dos

mesmos

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PERIGO

Situação ou fonte

potencial de dano

em termos de

acidentes pessoais,

doenças, danos

materiais e ao meio

ambiente de

trabalho, ou a

combinação dos

mesmos

RISCO

Combinação da

probabilidade e

gravidade

(Conseqüência) de

um determinado

evento (perigo)

ocorrer.

O QUE É PERIGO E O QUE É RISCO:

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• Antecipação – identificar os potenciais de riscos e perigos à saúde, antes

que um determinado processo industrial/administrativo seja

implementado ou modificado, ou que novos agentes geradores de riscos

sejam introduzidos no ambiente de trabalho.

• Reconhecimento – análise e observação do ambiente de trabalho a fim

de identificarmos os agentes existentes, os potenciais de riscos a eles

associados e qual a prioridade de avaliação e a política existente neste

ambiente.

• Avaliação – Designa principalmente as medições e monitorizações que

serão conduzidas no ambiente de trabalho.

• Controle – Está associado a minimização ou eliminação dos potenciais

de exposição, antecipados, reconhecidos e avaliados no ambiente de

trabalho.

Princípios/Método para Tratamento de Riscos à Saúde

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RISCOS AMBIENTAIS

A verificação das condições ambientais

tem como objetivo antecipar,

reconhecer, avaliar e controlar todos os

fatores ou agentes de RISCO do

ambiente de trabalho, que podem

causar danos à saúde do trabalhador.

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RISCOS AMBIENTAIS

Riscos ambientais são fatores ou agentes que,

dependendo da atividade que é

desenvolvida nos ambientes de trabalho e

dentro de certas condições irão causar

danos à saúde do trabalhador.

E não tem nada a ver com

riscos ao meio ambiente.

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Fatores Desencadeantes de Doenças ou de danos à Saúde

Tempo de exposição

Susceptibilidade do indivíduo

Concentração ou intensidade

Forma do agente

Falta de manutenção nas máquinas e equipamentos

Falta de sinalização

Falta de treinamento

Desconhecimento dos riscos

Falta de equipamentos de proteção

Inobservância das normas de segurança.

RISCOS AMBIENTAIS

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Classificação do Riscos

Agentes Físicos

Agentes Químicos

Agentes Biológicos

Agentes Ergonômicos

Agentes de Acidentes

Agentes Agressivos à Saúde e suas Consequências

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Riscos Físicos

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Agentes Físicos – Conceitos e Consequências

Ruído: Barulho ou som indesejável produzidos por

máquinas, equipamentos ou processos.

Efeitos à Audição

Sensação de Zumbido

Surdez Temporária

Ruptura do Tímpano

Surdez Permanente

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Ruído

Efeitos no Trabalho

Problemas na comunicação

Baixa concentração

Desconforto

Cansaço

Nervosismo

Diminuição da produtividade

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Ruído

Efeitos ao Organismo

Aumento da pressão

arterial

Ansiedade e tensão

Insônia

Alterações menstruais

Impotência sexual

Desequilíbrio emocional

Contração dos músculos

Estreitamento dos vasos

sangüíneos

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Vibrações

Vibrações Mecânicas: São oscilações,

tremores, balanços, movimentos vibratórios e

trepidações produzidas por máquinas e

equipamentos. Vibrações Localizadas

Alterações Neuro-Vasculares

Problemas nas Articulações

Osteoporose

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Vibrações

Vibrações de Corpo Inteiro

Problemas na coluna vertebral

Dores lombares

Lesões nos rins

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Agentes Agressivos à Saúde e suas Conseqüências

Temperaturas Extremas

São condições térmicas rigorosas

bastante diferentes daquelas a que o

organismo humano está

habitualmente submetido, onde o

trabalhador realiza suas atividades

profissionais.

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Temperaturas Extremas

Calor Intenso

Insolação

Prostração Térmica

Desidratação

Queimaduras

Câimbras do calor

Fadiga

Frio Intenso

Enregelamento dos

membros

Hipotermia

Ulcerações do frio

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Pressões Anormais

Pressões Anormais: são as pressões a que estão

expostos trabalhadores que realizam suas atividades

abaixo ou acima do nível do mar.

Intoxicação pelo gás carbônico (CO2)

Embolia

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Radiações Ionizantes Radiações Ionizantes: energia produzida por materiais

artificiais ou naturais que afetam gravemente o

organismo humano como: césio, cobalto, aparelhos de

RX, ultra-sonografia, irídio, etc..

Anemia

Câncer

Leucemia

Alterações Genéticas

Queda de Cabelo

Etc.

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Radiações não ionizantes Energia eletromagnética encontrada em diversas

formas:

Radiação Infravermelha -

também chamada de

calor radiante, é bastante

comum em indústrias

siderúrgicas e

metalúrgicas.

Radiação Ultravioleta - são encontradas em operações de

solda elétrica, fusão de metais, calor radiante do sol.

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Radiações não ionizantes

Radiação a laser - - Encontradas nas atividades de

levantamento topográficos, medicinas,

comunicações. Radiação de microondas - são bastante utilizadas nas

comunicações sendo produzida em instalações de

radar e rádio transmissores.

Queimaduras

Conjuntivite Catarata

Câncer de pele

Alterações no SNC Sistema Nervoso Central

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Riscos Químicos

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Conceitos

Agentes Químicos

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Conceitos

Agentes Químicos

São agentes ambientais causadores em potencial de

doenças profissionais devido a sua ação química

sobre o organismo do trabalhador.

Gases

Substâncias que nas CNTP (Condições Normais de

Temperatura e Pressão) estão no estado gasoso

como: metano, monóxido de carbono, etc.

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Agentes Químicos

Poeira

Partículas sólidas

em suspensão no

ar derivadas de

esmerilhamento,

trituração,

impacto, manejo

de materiais, etc.

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Fumos

Partículas sólidas

suspensas no ar

geradas pelo

processo de

condensação de

vapores metálicos

como: chumbo,

antimônio,

manganês, ferro, etc.

Agentes Químicos

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Névoas

Agentes Químicos

Partículas em suspensão

derivadas de: pintura por pistola, spray, processo de

lubrificação, etc.

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Neblina São gotículas em suspensão

formadas pela condensação de

gás ou vapor, pela dispersão de

líquido por formação de espuma,

ou ainda, por atomização.

Agentes Químicos

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Vapores

Fase gasosa de uma substancia que nas

Condições Normais de Temperatura e Pressão

é sólida ou líquida como: vapor de gasolina, álcool,

benzeno, etc.

Agentes Químicos

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Agentes Químicos

SUBST. COMPOSTOS OU PRODUTOS QUÍMICOS EM GERAL

Podem englobar qualquer uma das formas de riscos químicos

apresentadas anteriormente como: soda cáustica, ácidos, cálcio, etc.

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Agentes Químicos

VIAS DE PENETRAÇÃO - CONSEQÜÊNCIAS

VIA RESPIRATÓRIA

Bronquites

Pneumoconioses

Asma

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Agentes Químicos

VIAS DE PENETRAÇÃO - CONSEQÜÊNCIAS

VIA CUTÂNEA

Dermatoses

Anemia

Alterações na circulação

e oxigenação do sangue

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Agentes Químicos

VIAS DE PENETRAÇÃO - CONSEQÜÊNCIAS

VIA DIGESTIVA

Intoxicação acidental

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Riscos Biológicos

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Agentes Biológicos

São microorganismos presentes no ambiente de

trabalho, causadores de doenças com as quais pode

o trabalhador entrar em contato no exercício de

suas atividades profissionais.

Principais agentes biológicos:

Bactérias

Parasitas

Vírus

Bacilos

Protozoários

Fungos

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Agentes Biológicos

Conseqüências à saúde do trabalhador:

Tuberculose

Tétano

Brucelose

Febre tifóide

Gripe

Malária

Leptospirose

Febre amarela

AIDS

Cólera

Pandemia COVID-19

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Riscos Ergonômicos

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Agentes de Riscos Ergonômicos

São os agentes ergonômicos caracterizados pela falta de adaptação das

condições de trabalho às características psicofisiológicas do

trabalhador.

Os riscos ergonômicos estão ligados também a fatores externos (do

ambiente) e internos (do plano emocional), em síntese, quando há

disfunção entre o indivíduo e seu posto de trabalho.

Entre os agentes ergonômicos mais comuns estão:

trabalho físico pesado; posturas incorretas; posições incômodas;

repetitividade, monotonia; ritmo excessivo; trabalho em turnos e trabalho

noturno; jornada de trabalho.

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Ergonomia - NR 17

Portaria 3214/78 MTE

Condição de trabalho: carga física, mobiliário, postura, exigêncial sensorial e equipamentos. Condições ambientais de trabalho: (conforto) ruído, temperatura, velocidade do ar, umidade Organização do trabalho: norma de produção, modo operatório, exigência de tempo, determinação do conteúdo-tempo, ritmo de trabalho e o conteúdo das tarefas.

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Agentes de Riscos Ergonômicos e Repercussão na Saúde

Trabalho físico pesado, esforço físico, posturas incorretas e

posições incômodas: Provoca cansaço, dores musculares e fraqueza, além de doenças como

hipertensão arterial, diabetes, úlceras, moléstias nervosas, alterações no sono,

acidentes, problemas de coluna, etc.

Ritmo excessivo, monotonia e repetitividade, trabalho em turnos,

jornada prolongada, controle rígido da produtividade, excesso de

responsabilidade, outras situações (conflitos, ansiedade,

responsabilidade): provocam desconforto, cansaço, ansiedade, doenças no aparelho

digestivo (gastrite, úlcera), dores musculares, fraqueza, alterações no sono e na

vida social (com reflexos na saúde e no comportamento), hipertensão arterial,

taquicardia, cardiopatias (angina, infarto), diabetes, asmas, doenças nervosas,

tensão, medo, ansiedade e comportamentos estereotipados.

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Principais Fatores Individuais de Riscos Ergonômicos Esforço físico intenso

Imposição de ritmos excessivos

Levantamento e transporte manual de peso

Exigência de postura inadequada

Controle rígido de produtividade

Jornada de trabalho prolongada

Trabalho em turno e noturno

Monotonia e repetitividade

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Equação ligando os diferentes fatores de

Riscos Ergonômicos(Claudon e Cnocaert, 1994)

REPETITIVIDADE

DURAÇÃO

ENVELHECIMENTO ESTRESSE

POSTURA

FUNCIONAL CAPACIDADE

SOLICITAÇÃO RISCO =

ESFORÇO

ORGANIZAÇÃO

SER HUMANO

CONDIÇÃO

FISICA

EQUAÇÃO

PESSOAL

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Conseqüências à saúde o trabalhador

Cansaço

Hipertensão arterial Fraqueza

Alterações do sono

Alterações da libido e da vida social

Dores musculares

Taquicardia

Doenças do aparelho digestivo (gastrite, úlcera, etc.)

Angina Infarto

Diabetes DORT

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Ergonomia: Multidiciplinariedade no

Tratamento dos Riscos

Interdisciplinaridade da Ergonomia (Hubault, 1992, modificado por Vidal, 1998)

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Ergonomia: Diferentes Dimensões

* Posto de trabalho

** Situação de trabalho

*** Contexto da atividade

(Processo)

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Estresse Físico/Psíquico:

Meio Ambiente do Trabalho

Condição de trabalho

Organização do trabalho

Ambiente de trabalho

Sofrimento

Adoecimento

Carga de trabalho

Fatores F + P Capacidade de

Adaptação

+ Suscetibilidade

Individual

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Ergonomia:

Condições e Organização do Trabalho Manter o topo da tela ao nível dos olhos e distante cerca de um comprimento de braço

Manter a cabeça e pescoço em posição reta, ombros relaxados ;

Manter a r egião lombar (as costas) apoiada no encosto da cadeira ou em um suporte para as costas;

Manter o antebraço, punhos e mãos em linha

teclado;

Manter o c otovelo junto ao corpo;

Manter um e spaço entre a dobra do joelho e a extremidade final da cadeira; Manter â ngulo igual ou superior a 90 o para as dobras dos joelhos e do quadril;

M anter os pés apoiados no chão ou quando recomendado, usar descanso para os pés.

45 cm ~ 70 cm

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Ergonomia: condições de trabalho

Carga Física

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Ergonomia: organização do trabalho –

Carga Psíquica

Situação: - alta rotatividade - faltas de Pessoal - falta de condições - profissionais estressados ...

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55

Ergonomia: organização do trabalho –

Estresse

Soma de respostas físicas

e mentais causadas por

determinados estímulos

externos e processos que

provocam no indivíduo o

desgaste físico e mental.

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Fatores e co-fatores de risco de

Problemas Músculo Esqueléticos - PME (Aptel 1993)

Indivíduo

Estresse Organização

do trabalho (clima social)

Equação pessoal (sexo, idade, antecedentes

médicos ...)

Fatores biomecânicos

e outros fatores (repetitividade, esforço,

posturas, frio, vibrações)

Problemas músculo-esqueléticos

Co-fatores

de risco

Empresa

Fatores

de risco

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57

Ergonomia: organização do trabalho –

Transtorno mental

3ª causa de afastamento

do trabalho de 2008 para

cá, é a completa exaustão

emocional.

O acometido pela doença

não consegue mais

exercer o trabalho a que

antes se dedicava

arduamente

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58 Desconfortável

Confortável

Rotinas de Trabalho

Ergonomia: condições de trabalho

Page 59: Aula 9. Riscos Ambientais - UFRGS

Atividade Insegura

Condições

Inseguras Riscos Inerentes ao

Trabalho

POTENCIALIZAÇÃO DOS RISCOS

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Atividade Insegura

Falhas, defeitos, irregularidades, carência de

dispositivos de segurança que põe em risco

a integridade física e/ou a saúde das

pessoas ou das instalações e dos

equipamentos.

Ergonomia: condições de trabalho

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Condição insegura leva à perda do CONTROLE da situação de risco.

Exemplo:

Corrente elétrica ->risco inerente

Condições inseguras -> instalações mal feitas ou improvisadas.

Ergonomia: condições de trabalho

Atividade Insegura

Page 62: Aula 9. Riscos Ambientais - UFRGS

Falta de proteção em máquinas e

equipamentos

Proteções inadequadas ou defeituosas

Deficiência de maquinaria e ferramental

Passagens perigosas

Defeitos nas edificações

Instalações elétricas inadequadas ou

defeituosas.

Iluminação inadequada

Atividade Insegura

Ergonomia: condições de trabalho

Page 63: Aula 9. Riscos Ambientais - UFRGS

Ventilação inadequada

Falta de EPI

Falhas de projetos

Erros ou desvios em instalações

Falta ou falha de manutenção

Desvios ou improvisação nos processos

Desorganização e indisciplina

Falta de verbas

Atividade Insegura

Ergonomia: condições de trabalho

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Maneira como as pessoas se expõe ao perigo.

Conscientes

Inconscientes

Circunstanciais: algo mais forte leva a prática do ato inseguro.

EX: Evitar prejuízos se expondo ao risco.

Ergonomia: condições de trabalho

Atividade Insegura

Page 65: Aula 9. Riscos Ambientais - UFRGS

Ficar junto ou sob cargas suspensas

Colocar parte do corpo em lugar perigoso

Usar máquinas sem habilitação ou

autorização

Imprimir excesso de velocidade ou

sobrecarga

Lubrificar, Ajustar e limpar máquinas em

movimento

Ergonomia: condições de trabalho

Atividade Insegura

Page 66: Aula 9. Riscos Ambientais - UFRGS

Improvisação ou mau emprego de

ferramentas manuais

Uso de dispositivos desegurança inutilizados

Não usar proteções individuais

Uso de roupas inadequadas ou acessórios

desnecessários

Manipulação insegura de produtos químicos

Ergonomia: condições de trabalho

Atividade Insegura

Page 67: Aula 9. Riscos Ambientais - UFRGS

Transportar ou empilhar inseguramente

Fumar ou usar chamas em lugares indevidos

Tentativa de ganhar tempo

Brincadeiras e exibicionismo

Ergonomia: condições de trabalho

Atividade Insegura

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Riscos de Acidentes

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Agentes de Acidentes

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Agentes de Acidentes

Alguns riscos de acidentes

Arranjo físico inadequado

Máquinas e equipamentos sem proteção

Ferramentas inadequadas ou defeituosas

Iluminação inadequada

Eletricidade

Probabilidade de incêndio ou explosão

Animais peçonhentos

Armazenamento inadequado

Outras situações de risco.

Page 72: Aula 9. Riscos Ambientais - UFRGS

Agentes de Acidentes

Medidas de Controle dos Agentes Agressivos à Saúde

Relativas ao Ambiente

Substituição do produto tóxico

Mudança do processo ou equipamentos

Enclausuramento ou confinamento

Ventilação

Umectação

Segregação

Manutenção e conservação

Ordem e limpeza.

Page 73: Aula 9. Riscos Ambientais - UFRGS

Agentes de Acidentes

Medidas de Controle dos Agentes Agressivos à Saúde

Relativas ao Trabalhador

Equipamento de proteção individual

Limite de tolerância

Vacinação

Controle médico permanente.

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Riscos Toxicológicos

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• Relação Dose-Resposta – Produto da concentração (C) do agente

pela duração de tempo (T) da exposição ao mesmo.

• Vias de Penetração – As principais vias de penetração dos

agentes químicos no organismo são:

- Respiratórias; - Cutânea; - Digestiva.

• Tipos de Intoxicações – As intoxicações podem ser:

• Agudas: podem provocar alterações profundas no organismo em

curto espaço de tempo, por exposição a altas concentrações.

• Crônicas: podem produzir danos consideráveis ao organismo,

porém a longo prazo, por exposições contínuas a baixos níveis de

concentração.

Riscos Toxicológicos

Page 77: Aula 9. Riscos Ambientais - UFRGS

Tipos de Agentes Tóxicos:

A classificação dos agentes tóxicos segundo a ação

sobre o organismo. Irritantes: devido a uma ação química ou corrosiva,

têm a propriedade de produzir inflamação nos

tecidos com os quais entram em contato. Atuam

principalmente nas mucosas das vias respiratórias,

conjuntiva ocular, etc. Ex.: amoniaco, cloro, ácido

sulfúrico. Asfixiantes: estas podem ser de dois tipos:

- Simples: não interferem nas funções do

organismo, mas reduzem a concentração de

oxigênio no ar. Ex.: nitrogênio.

- Químicos: interferem no processo de absorção de

oxigênio no sangue ou nos tecidos. Ex.: monóxido

Riscos Toxicológicos

Page 78: Aula 9. Riscos Ambientais - UFRGS

Tipos de Agentes Tóxicos:

Classificação dos agentes tóxicos segundo a ação

sobre o organismo.

Narcóticos: ação depressiva sobre o sistema

nervoso central, produzindo efeito anestésico,

após terem sido absorvidos pelo sangue. Ex.: éter

etílico, acetona. Intoxicantes Sistêmicos: são compostos que

podem causar tanto intoxicações agudas quanto

crônicas em sistemas do organismo.

Riscos Toxicológicos

Page 79: Aula 9. Riscos Ambientais - UFRGS

Tipos de Agentes Tóxicos:

Riscos Toxicológicos

Material Particulado: são compostos sólidos que se

mantêm em suspensão e podem causar efeitos nocivos.

Poeiras produtoras de fibrose;

Poeiras Inertes

Partículas

alergizantes e

irritantes.

Page 81: Aula 9. Riscos Ambientais - UFRGS

Estudos de Casos:

Exposição a Riscos

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Page 82: Aula 9. Riscos Ambientais - UFRGS

Exposição a Riscos: Estudos de Casos

Fadiga Visual

Proteção Respiratória

Vibrações

Ruídos

Pressões

Page 83: Aula 9. Riscos Ambientais - UFRGS

MELO, Carlos Haddad de.AVALIAÇÃO DE RISCOS PARA PRIORIZAÇÃO DO PLANO DE SEGURANÇA. Universidade Estadual do Norte

Fluminense Darcy Ribeiro - Uenf

http://www1.pucminas.br/imagedb/documento/DOC_DSC_NOME_ARQUI20081104143622.pdf - acesso em: 16 out. 2013).

http://www.sgc.goias.gov.br/upload/arquivos/2012 - 11/manual-de-elaboracao-de-mapa-risco.pdf - acesso em 16 out. 2013

Page 84: Aula 9. Riscos Ambientais - UFRGS

CVS – COMPUTER VISION SYNDROME

Não é difícil hoje em dia passar mais de duas horas em frente ao computador. O uso da informática é cada vez mais comum, seja no ambiente de trabalho ou doméstico.

Este hábito tem exigido cada vez mais dos olhos humanos, gerando conseqüências como a Síndrome Visual do Usuário de Computador ou CVS (Computer Vision Syndrome).

A síndrome, também conhecida como fadiga visual, atinge entre 70% e 90% dos usuários de informática. Os sintomas são:

Dor de cabeça

Olhos vermelhos

Lacrimejamento em excesso ou olho seco

Sonolência

Vista cansada

Page 85: Aula 9. Riscos Ambientais - UFRGS

CVS – COMPUTER VISION SYNDROME

Pesquisa realizada recentemente com 2 mil pacientes que usam o computador de

12 a 14 horas por dia revelou uma relação direta entre o mau uso do PC e o

aumento da cefaléia, olho seco e até da miopia entre crianças.

Causas:

Quando usamos o micro movimentamos pouco o globo ocular e piscamos, em média, cinco vezes menos que o normal. Isso prejudica a troca do filme lacrimal, uma película responsável pela umidade na superfície do globo ocular.

A situação piora para usuários de lentes de contato, que é hidrofílica. "É como se ela bebesse água do olho".

Os ambientes refrigerados

também agravam o ressecamento.

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CVS – COMPUTER VISION SYNDROME

Outro fator importante são as 16,7 milhões de cores geradas pelo monitor de vídeo, que sobrecarregam a musculatura responsável por regular a entrada de luz até a retina. As imagens em pixels exigem ajuste de foco milhares de vezes por dia.

Também se relacionam a esse fato a iluminação do ambiente e a posição do monitor. Ambientes excessivamente claros que geram reflexos e o monitor em uma posição muito alta exigem mais da visão do usuário.

Os tratamentos variam conforme o caso e os sintomas. Os

problemas mais comuns são a miopia transitória em crianças e a

presbiopia, ou vista cansada, nos adultos, principalmente acima dos

40 anos.

Page 87: Aula 9. Riscos Ambientais - UFRGS

DICAS PARA REDUÇÃO DOS SINTOMAS DO CVS

O monitor deve ficar 10° a 20° abaixo do nível dos olhos;

A distância entre a tela do monitor e os olhos deve ser de 60 cm;

O monitor não deve ficar de frente para a janela, pois a luminosidade causa ofuscamento, nem de costas porque forma sombras e reflexos que usam desconforto;

Leôncio Queiroz ressalta que projetos desenvolvidos no Alabama para reduzir a CVS demonstram que o conforto visual aumenta a produtividade em 20%. As principais dicas do médico para eliminar a fadiga visual são:

Page 88: Aula 9. Riscos Ambientais - UFRGS

Evite excesso de luminosidade das lâmpadas e

luz natural pois as pupilas se contraem e geram

cansaço visual;

Regule sempre a tela com o máximo de

contraste e não de luminosidade;

Mantenha a tela do monitor sempre limpa;

A cada hora, descanse de 5 a 10 minutos, saindo de frente do computador;

Lembre-se de piscar voluntariamente quando

estiver usando o micro.

DICAS PARA REDUÇÃO DOS SINTOMAS DO CVS

Page 89: Aula 9. Riscos Ambientais - UFRGS

CHECK-LIST PARA AVALIAÇÃO DAS CONDIÇÕES

ERGONÔMICAS EM POSTOS DE TRABALHO E

AMBIENTES INFORMATIZADOS

Page 90: Aula 9. Riscos Ambientais - UFRGS

PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA

Controle dos perigos respiratórios

Num bom programa de proteção respiratória, é essencial a

avaliação correta do perigo. Isso requer que se conheça o processo, as

matérias primas empregadas, os produtos finais, derivados e outros.

Com esse conhecimento deve-se recolher uma quantidade

suficiente de amostras apropriadas, que mostrem, durante todas as

condições de operação, atmosferas que por seu conteúdo de oxigênio e

níveis de concentração, sejam suficientemente conhecidas para avaliar

a que exposição uma pessoa estará exposta durante o trabalho.

Conhecimento dos perigos respiratórios

Pelas características da formação do corpo humano, os

materiais tóxicos podem penetrar no corpo por 3 (três) diferentes

caminhos:

Page 91: Aula 9. Riscos Ambientais - UFRGS

Sistema Respiratório

Gastro- intestinal

(boca)

Pele

(Poros)

Page 92: Aula 9. Riscos Ambientais - UFRGS

Classificação dos riscos

Os riscos respiratórios classificam-se normalmente, por:

• Deficiência de oxigênio;

• Contaminação por gases: Imediatamente perigosos à vida, ou

não.

• Contaminação por aerodispersóides (poeiras, fumos, etc...);

• Contaminação por gases e aerodispersóides: imediatamente

perigosos à vida, ou não.

O conteúdo normal de oxigênio no ar atmosférico é de

aproximadamente 21% em volume.

Page 93: Aula 9. Riscos Ambientais - UFRGS

PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA

As concentrações de oxigênio abaixo de 19,5% são

consideradas inseguras para as exposições humanas devido aos efeitos

nocivos nas funções do organismo, processos mentais e coordenação

muscular.

Gases imediatamente perigosos à vida

São contaminantes que podem estar presentes em

concentrações perigosas, mesmo quando a exposição for por um

período curto.

Gases não imediatamente perigosos à vida

São contaminantes que podem ser respirados por um período

curto, sem que ofereçam risco de vida, porém podem causar

desconforto e possivelmente danos quando respirados por um período

longo ou em períodos curtos, mas repetidos muitas vezes.

Page 94: Aula 9. Riscos Ambientais - UFRGS

Classes de contaminantes gasosos

Quimicamente os contaminantes gasosos podem ser

classificados como:

Inertes

Não são metabolizados pelo organismo

Ex: Nitrogênio, Hélio, Argônio, Neônio, Dióxido De Carbono.

• Ácidos

Podem causar irritações no sistema respiratório e provocar o

aparecimento de edemas pulmonares

Ex: Dióxido De Enxofre, Gás Sulfídrico, Ácido Clorídrico.

Page 95: Aula 9. Riscos Ambientais - UFRGS

Classes de contaminantes gasosos

•Alcalinos

Idem ao Ácidos - Ex: Amônia E Aminas.

• Orgânicos

Podem existir como gases ou vapores de composto líquido orgânico.

Ex: Acetona, Cloreto De Vinila, Etc...

• Organo Metálicos

Compostos metálicos combinados a grupos orgânicos.

Ex: Chumbo Tretaetile e Fósforo Orgânico.

Page 96: Aula 9. Riscos Ambientais - UFRGS

PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA

Efeitos biológicos

Os gases e vapores podem ser classificados segundo a sua ação

sobre o organismo.

• Irritante

Produzem inflamação nos tecidos com que entra em contato direto:

pele, olhos, via respiratória.

Ex: ácido clorídrico, sulfúrico, amônia, soda cáustica. o ponto de ação

dos gases e vapores irritantes é determinado pela solubilidade.

• Anestésico

A maioria dos solventes pertencem a este grupo, uma propriedade

comum a todos é o efeito anestésico, devido a ação depressiva

sobre o sistema nervoso central.

Ex: clorofórmio, éter; os quais podem provocar perda da

sensibilidade, inconsciência e a morte.

Page 97: Aula 9. Riscos Ambientais - UFRGS

Efeitos biológicos

•Asfixiantes

Simples = Nitrogênio.

Químico = “CO “ - Monóxido de carbono.

• Venenos sistêmicos

Podem causar danos aos órgãos e sistemas vitais do corpo humano.

Ex: vapores metálicos de Mercúrio, Arsênio, etc...

Page 98: Aula 9. Riscos Ambientais - UFRGS

Aerodispersóides

• Formação: dispersão de partículas no ar de tamanho

reduzido.

Podem ser classificados em três grupos, de acordo com sua

ação nociva:

Page 99: Aula 9. Riscos Ambientais - UFRGS

• Partículas Tóxicas

Podem passar dos pulmões para a corrente sangüínea e levadas para

as diversas partes do corpo, onde vão exercer ação nociva à saúde

(Irritação química, envenenamento sistêmico, tumores, etc...)

Ex: Antimônio, Arsênio, Cádmio, Ácido Fosfórico, Fósforo, ácido

Crômio, etc...

Page 100: Aula 9. Riscos Ambientais - UFRGS

•Poeiras causadoras de fibroses ou pneumoconioses

As quais não sendo absorvidas pela corrente sangüínea

permanecem nos pulmões podendo causar lesões sérias neste

órgão.

Ex: Asbesto, Carvão, Bauxita, Sílica livre, etc...

• Partículas não tóxicas

Chamadas também de poeiras não agressivas, não causam

fibroses, podem ser dissolvidas e passar diretamente para a

corrente sangüínea ou que podem permanecer nos pulmões, sem

causar efeitos nocivos locais ou sistêmicos.

Ex: Algodão, Lã, Farinhas, Poeiras de Couro, Pó de Madeira, etc...

“ Altas concentrações destes aerodispersóides devem ser

considerados sempre com muita atenção”.

Page 101: Aula 9. Riscos Ambientais - UFRGS

Os aerodispersóides segundo suas propriedades físicas classificam-se em:

• Névoas ou neblinas

Partículas líquidas em suspensão no ar, com dimensões que vão desde 5 a 100

mícrons.

• Fumos

Partículas sólidas de origem orgânica. São encontradas em dimensões que vão de

0,01 a 0,3 mícrons.

• Poeiras

Partículas sólidas geradas mecanicamente por manuseio, moagem, raspagem,

esmerilhamento, etc... São encontradas em dimensões perigosas que vão desde

0,5 a 10 mícrons.

• Vapores Metálicos

Partículas sólidas condensadas. São encontradas em dimensões de 0,1 a 1 mícron.

• Organismos vivos

Bactérias em suspensão no ar, com dimensões de 0,001 a 15 mícrons.

* mícron - Unidade de comprimento igual a uma milionésima parte do metro padrão.

Page 102: Aula 9. Riscos Ambientais - UFRGS

PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA

Perigos das partículas

As dimensões das partículas expressas em mícrons, são de

suma importância.

As partículas menores de 10 mícrons de diâmetro tem mais

facilidade para penetrar no sistema respiratório.

As partículas menores de 5 mícrons de diâmetro são mais

fáceis de alcançar os pulmões.

Formas de expressão de quantidades de poluentes no ar

• PPM - (partes por milhão)

1 ppm de poluente corresponde a 1 cm3 de poluente por metro

cúbico de ar respirado. Assim, ao constatarmos que determinado

ambiente tem 30 ppm de cloro, estamos respirando 30 cm3 desse gás

por metro cúbico de ar que respiramos.

Page 103: Aula 9. Riscos Ambientais - UFRGS

1 metro cúbico de ar

1 PPM = 1 centímetro

cúbico de ar respirado

• Mg/m3 - Miligramas de poluente por metro cúbico de ar respirado.

• Mg/L - Miligramas de poluente por litro de ar respirado.

• MPPC - Milhões de partículas por pé cúbico de ar.

• outras de menor uso, entre elas a “porcentagem por volume” por

abranger grandes quantidades.

Page 104: Aula 9. Riscos Ambientais - UFRGS

PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA

Trabalhos com proteção respiratória

Apesar de todo o esforço realizado, nem sempre será possível

conseguir que certos locais de trabalho estejam livres de contaminantes

que vez e outra ou continuamente excedem os limites de tolerância

previstos. Nestes casos será inevitável um controle contínuo dos

contaminantes.

TRABALHOS

COM

PROTEÇÃO

RESPIRATÓRIA

ÁREAS

DE

TRABALHO

CONTAMINADAS

ATUAÇÕES

IMPREVISÍVEIS

ABANDONO

EM

PERIGO

EMINENTE

SALVAMENTOS

E

AÇÃO

DE SOCORRO

Page 105: Aula 9. Riscos Ambientais - UFRGS

Sistemas de equipamentos de proteção respiratória

A variedade de tarefas que são realizadas com proteção

respiratória é demasiadamente grande para um único tipo universal de

equipamento. Desenvolveu-se portanto, para atender às inúmeras

tarefas distintas, várias espécies diferentes de proteção respiratória.

Pelo efeito de sua proteção os equipamentos de proteção

respiratória são divididos em 2 grupos principais, assim temos “os

dependentes” que dependem do efeito do ar atmosférico e “os

independentes”, aqueles que independem do efeito ao ar atmosférico

ambiental.

DEPENDE

DE AR

DEPENDENTE

AUTÔNOMA AR MANDADO

INDEPENDENTES

Page 106: Aula 9. Riscos Ambientais - UFRGS

PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA

Filtros

Os filtros de respiração retêm os

poluentes do ar respirado, porém não fornecem

oxigênio.

Em decorrência deste fato só poderão

ser usados em atmosferas que contenham no mínimo 19,5% em

volume de oxigênio.

Os filtros de respiração aparecem nas mais variadas formas

construtivas.

São concebidos como:

- Filtros de encaixe;

- Filtros de rosca;

- Filtros de cartucho.

Em lugares com deficiência de oxigênio ou com elevadas

concentrações de contaminantes, é obrigatório o uso de

equipamentos que independem do meio atmosférico ambiental, tais

como:

- Equipamento de respiração com linha de ar;

- Equipamentos autônomos de respiração a ar comprimido;

- Equipamentos autônomos de respiração com oxigênio.

DEPENDE

DE AR

Page 107: Aula 9. Riscos Ambientais - UFRGS

Espécies de filtros

Filtros contra gases

Os filtros contra gases são recheados com carvão ativo, cuja

estrutura porosa oferece uma grande superfície.

Enquanto o ar respirado flui através da carga de carvão ativo do

filtro, as moléculas do contaminante são retidas na grande

superfície do carvão ativo granulado.

Para muitos outros gases (por exemplo: amônia, cloro, dióxido de

enxofre), o efeito de retenção no filtro poderá ser melhorado com a

impregnação do carvão com produtos químicos de retenção,

utilizando-se para tanto sais minerais e elementos alcalinos.

• Filtros contra aerodispersóides

Os filtros contra aerodispersóides consistem de material fibroso

microscopicamente fino. Partículas sólidas e líquidas são retidas na

superfície dessas fibras com grande eficiência.

Page 108: Aula 9. Riscos Ambientais - UFRGS

PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA

• Filtros combinados

Os filtros combinados formam a união de filtro contra gases e de filtro

contra aerodispersóides numa mesma unidade filtrante.

Oferecem proteção quando gases e aerodispersóides aparecem

simultaneamente no ambiente.

O ar inalado atravessa inicialmente o filtro contra aerodispersóides que

retêm todas as partículas em suspensão no ar.

• Tempo de uso e saturação

Dependendo de suas dimensões e das condições de uso, os filtros de

respiração são capazes de reter uma certa quantidade de

contaminantes. Os filtros contra aerodispersóides em geral tendem a se

fechar mais com o uso. A resistência respiratória aumenta.

Page 109: Aula 9. Riscos Ambientais - UFRGS

Observações Necessárias

Quando os filtros contra gases são usados até o limite,

atingindo sua saturação, o usuário nota-o em geral pela

percepção do cheiro característico de um gás ou pela irritação

da mucosa.

No uso de filtros combinados, dependendo da composição dos

contaminantes, o filtro poderá saturar pelo entupimento dos

aerodispersóides e assim se notaria uma elevada resistência

respiratória ou o filtro se satura pelo elemento contaminante

gasoso e a troca se fará quando notado o primeiro cheiro de

gás.

Page 110: Aula 9. Riscos Ambientais - UFRGS

Armazenamento

O armazenamento de filtro contra gases ou combinados, novos,

na embalagem original de fabricação, e acondicionados

convenientemente à vácuo, é de 3 anos após sua fabricação.

Após o vencimento desse prazo os filtros não devem ser usados.

Filtros contra aerodispersóides podem ser armazenados por

tempo praticamente ilimitado.

Os filtros uma vez abertos, mesmo que nunca usados, devem ser

substituídos dentro de um prazo de 6 meses.

Page 111: Aula 9. Riscos Ambientais - UFRGS

• Capacitação e Treinamento

Para usar com segurança qualquer equipamento de proteção

respiratória, é essencial que o usuário tenha sido instruído

corretamente sobre a seleção, uso e manutenção.

O treinamento deverá, no mínimo, incluir o seguinte:

- Instrução sobre a natureza dos perigos, bem como, uma

apreciação do que poderia suceder se não se usasse o

equipamento correto.

- Comentários sobre o porque esse é o modelo indicado para o

fim específico.

- Comentários sobre a capacidade e limitações dos dispositivos

ou equipamentos.

- Instrução e treinamento sobre o seu uso.

- Instrução teórica e pratica para reconhecer e saber enfrentar

situações de emergência.

Page 112: Aula 9. Riscos Ambientais - UFRGS

PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA

• Inspeção

Todos os equipamentos deverão ser inspecionados periodicamente,

antes e depois do seu uso.

• Manutenção

Todos os equipamentos de proteção respiratória deverão ser limpos

e higienizados depois de cada uso.

• Reparos

A substituição de peças que não sejam aproveitáveis, qualquer

reparo e a manutenção dos equipamentos de proteção respiratória,

deverá ser feita pela Segurança do Trabalho que providenciará o

contato com o órgão especializado e competente para tal.

Page 113: Aula 9. Riscos Ambientais - UFRGS

•Método correto de uso

Para uso com segurança das máscaras faciais, existe um método

padronizado e seguro cujos passos passamos a mostrar:

-Carregue-a sempre pendurada pela alça de borracha, pois estará

sempre pronta para o uso;

- Segure a parte superior da máscara com as duas mãos, tendo antes o

cuidado de “soltar” totalmente todos os tirantes;

- Coloque primeiramente o queixo, “vestindo” a máscara totalmente,

posicionando-a no lugar certo;

- Aperte os tirantes inferiores, puxando as tiras de borracha

autotravantes;

- Faça a mesma operação com os tirantes superiores;

- Da mesma forma ajuste o tirante posicionado sobre o couro cabeludo.

Page 114: Aula 9. Riscos Ambientais - UFRGS

PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA

• Importante

- Faça o teste de vedação tampando seu bocal ou apertando a

traquéia da mascara.

- Se a máscara estiver bem ajustada, o contorno do equipamento

aderirá fortemente ao rosto, impedindo possíveis infiltrações de gases

para dentro da mascara.

- Se isso não ocorrer aperte novamente os tirantes, fazendo novo

teste.

Obs.: Nas mascaras autônomas (faciais) este teste deverá ser feito

com o suprimento de ar fechado . Em seguida deverá ser colocado o

filtro e/ou aberto o suprimento de ar.

Para retirar a máscara, aperte a parte interna da fivela dos tirantes de

fixação de borracha, fazendo a operação ao inverso:

• Tirante do couro cabeludo;

• Tirantes superiores;

• Tirantes inferiores.

Page 116: Aula 9. Riscos Ambientais - UFRGS

116

RUÍDO

É uma sensação sonora desagradável, pode ser

mensurado, não desejado ou inútil.

SOM

É uma variação de pressão sonora capaz de

sensibilizar os ouvidos.

Page 117: Aula 9. Riscos Ambientais - UFRGS

117

Efeitos indesejados causados pelo ruído:

Psicológicos: nervosismo, neuroses, prejudica

a concentração, causa irritabilidade e prejudica

o sono.

Deficiências de comunicação: altera o estado

emocional dos interlocutores, prejudica a

qualidade de trabalho.

Fisiológicos: perda de audição, dor de cabeça,

vômitos, diminuição do controle muscular.

RUÍDO

Page 118: Aula 9. Riscos Ambientais - UFRGS

118

Ruídos suportáveis:

•Rádios e televisores em alto volume;

•Várias pessoas falando ao mesmo tempo; e

•Ruídos provenientes das ruas.

Ruídos que causam perturbações nervosas:

•Buzinas estridentes;

•Alto-falantes;

•Descargas livres de automóveis; e

•Máquinas e motores de indústrias em

funcionamento permanente.

RUÍDO - FONTES

Page 119: Aula 9. Riscos Ambientais - UFRGS

119

RUÍDO - PREVENÇÃO Incentivo e conscientização da utilização dos

protetores auriculares.

Programa de manutenção periódica do maquinário,

pois peças gastas, soltas, falta de lubrificação e de

ajustes, e disfunções mecânicas implicam na

geração desnecessária de ruído.

Instalação de barreiras, que são colocadas entre as

fontes de ruído e os trabalhadores, podendo ser

formadas por painéis fixos ou móveis, constituídos

com materiais isolantes, podem minimizar o ruído.

Page 120: Aula 9. Riscos Ambientais - UFRGS

120

Limites de tolerância para ruído contínuo

ou intermitente – NR-15

Nível de

Ruído – dB

(A)

Máxima exposição diária

permissível

85

8 horas

90

4 horas

100

1 hora

110

15 minutos

115

8 minutos

Page 121: Aula 9. Riscos Ambientais - UFRGS

Procedimento para a elaboração do Documento-base do PCA

Page 122: Aula 9. Riscos Ambientais - UFRGS

122

PRESSÕES ANORMAIS

EXISTEM DOIS TIPOS DE PRESSÕES

ANORMAIS, CAUSADAS PELA VARIAÇÃO DA

PRESSÃO ATMOSFÉRICA:

•PRESSÃO HIPERBÁRICA

•PRESSÃO HIPOBÁRICA.

Page 123: Aula 9. Riscos Ambientais - UFRGS

123

Riscos físicos

Pressões Anormais

Hipobárica: quando o homem está sujeito a pressões menores que a pressão atmosférica. Estas situações ocorrem a elevadas altitudes.

(coceira na pele, dores musculares, vômitos, hemorragias pelo ouvido e ruptura do tímpano)

Hiperbárica: quando o homem fica sujeito a pressões maiores que a atmosférica.

(mergulho e uso de ar comprimido).

Page 124: Aula 9. Riscos Ambientais - UFRGS

124

MODELO DE CÂMARA HIPERBÁRICA, QUE PERMITE EQUILIBRAR A

ADEQUAÇÃO DO CORPO HUMANO À PRESSÃO.

Page 125: Aula 9. Riscos Ambientais - UFRGS

125

OS SISTEMAS DE OXIGENIOTERAPIA

HIPERBÁRICA PODEM SER CLASSIFICADOS

EM DOIS GRUPOS:

•SISTEMAS MONOPACIENTE

•SISTEMAS MULTIPACIENTES

PRESSÕES ANORMAIS

Page 126: Aula 9. Riscos Ambientais - UFRGS

126

- SISTEMAS MONOPACIENTE

CÂMARAS HIPERBÁRICAS COM CAPACIDADE PARA APENAS

UM PACIENTE, TEM FORMATO CILÍNDRICO, FABRICADO EM

ACRÍLICO TRANSPARENTE PARA PERMITIR AO PACIENTE

UMA VISÃO DESIMPEDIDA DO EXTERIOR, O QUE REDUZ

UMA POSSÍVEL ANSIEDADE MOTIVADA PELO

CONFINAMENTO EM ESPAÇO TOTALMENTE FECHADO.

POSSUEM UM SISTEMA DE COMUNICAÇÃO QUE CONTRIBUI

PARA DAR AO PACIENTE SENSAÇÃO DE SEGURANÇA,

POSSIBILIDADE DE OUVIR MÚSICA, ASSISTIR TELEVISÃO

OU SIMPLESMENTE CONVERSAR DURANTE O SEU

TRATAMENTO.

PRESSÕES ANORMAIS

Page 127: Aula 9. Riscos Ambientais - UFRGS

127

PRESSÕES ANORMAIS

Page 128: Aula 9. Riscos Ambientais - UFRGS

128

- SISTEMAS MULTIPACIENTES

CÂMARAS HIPERBÁRICAS TÊM CAPACIDADE PARA O

TRATAMENTO DE DIVERSOS PACIENTES

SIMULTANEAMENTE, E ADICIONALMENTE PERMITEM

QUE O PESSOAL MÉDICO ESTEJA PRESENTE DENTRO

DA CÂMARA.

POR TEREM DOIS COMPARTIMENTOS, ESSAS

CÂMARAS PERMITEM A ENTRADA E SAÍDA DE

PESSOAL ADICIONAL SEM QUE SEJA NECESSÁRIO A

INTERRUPÇÃO DO TRATAMENTO.

PRESSÕES ANORMAIS

Page 129: Aula 9. Riscos Ambientais - UFRGS

129

Page 130: Aula 9. Riscos Ambientais - UFRGS

MERGULHO: Condições Perigosas

Situações em que uma operação de mergulho

envolva riscos adicionais ou condições

adversas, tais como:

a) uso e manuseio de explosivos;

b) trabalhos submersos de corte e solda;

c) trabalhos em mar aberto;

Page 131: Aula 9. Riscos Ambientais - UFRGS

Condições Perigosas

d) correntezas superiores a 2 (dois) nós;

e) estado de mar superior a "mar de pequenas

vagas" (altura máxima das ondas de 2,00 (dois

metros);

f) manobras de peso ou trabalhos com

ferramentas que impossibilitem o controle da

flutuabilidade do mergulhador;

g) trabalhos noturnos;

h) trabalhos em ambientes confinados.;

Page 132: Aula 9. Riscos Ambientais - UFRGS

Obrigações do Empregador

a) garantir que todas as operações de mergulho

obedeçam a este item;

b) manter disponível, para as equipes de

mergulho, nos locais de trabalho, manuais de

operação completos,equipamentos e tabelas de

descompressão adequadas;

Page 133: Aula 9. Riscos Ambientais - UFRGS

Obrigações do Empregador

c) indicar por escrito os integrantes da equipe e

suas funções;

d) comunicar, imediatamente, à Delegacia do

Trabalho Marítimo da região, através de relatório

circunstanciado, os acidentes ou situações de

risco ocorridos durante a operação de mergulho;

Page 134: Aula 9. Riscos Ambientais - UFRGS

Obrigações do Empregador

e) exigir que os atestados médicos dos

mergulhadores estejam atualizados;

f) garantir que as inspeções de saúde e

propiciar condições adequadas à realização dos

exames médico-ocupacionais;;

Page 135: Aula 9. Riscos Ambientais - UFRGS

Obrigações do Empregador

g) garantir a aplicação do programa médico aos

seus mergulhadores, bem como assegurar

comunicações eficientes e meios para, em caso

de acidente, prover o transporte rápido de

médico qualificado para o local da operação;

h) fornecer à equipe de mergulho as provisões,

roupas de trabalho e equipamentos, inclusive os

de proteção individual, necessários à condução

segura das operações planejadas;

Page 136: Aula 9. Riscos Ambientais - UFRGS

Obrigações do Empregador

i) assegurar que os equipamentos estejam em

perfeitas condições de funcionamento e tenham

os seus certificados de garantia dentro do prazo

de validade;

j) prover os meios para assegurar o umprimento

dos procedimentos normais e de emergência,

necessários à segurança da operação de

mergulho, bem como à integridade física das

pessoas nela envolvida;

Page 137: Aula 9. Riscos Ambientais - UFRGS

Obrigações do Empregador

l) fornecer, imediatamente, aos órgãos

competentes, todas as informações a respeito

das operações, equipamentos de mergulho e

pessoal envolvidos, quando solicitadas;

m) timbrar e assinar os livros de registro dos

mergulhadores, referentes às operações de

mergulho em que os mesmos tenham

participado;

Page 138: Aula 9. Riscos Ambientais - UFRGS

Obrigações do Empregador

n) guardar os Registros das Operações de

Mergulho - ROM e outros julgados necessários,

por um período mínimo de 5 (cinco) anos, a

contar da data de sua realização;

o) providenciar, para as equipes, condições

adequadas de alojamento, alimentação e

transporte.

Page 139: Aula 9. Riscos Ambientais - UFRGS

Exames Médicos

a) por ocasião da admissão;

b) a cada 6 seis meses, para todo o pessoal em

efetiva atividade de mergulho;

c) imediatamente, após acidente ocorrido no

desempenho de atividade de mergulho ou

moléstia grave;

d) após o término de incapacidade temporária;

e) em situações especiais, por solicitação do

mergulhador ao empregador.

Page 140: Aula 9. Riscos Ambientais - UFRGS

TRABALHO SOB CONDIÇÕES HIPERBÁRICAS

Folha de Registro

Page 141: Aula 9. Riscos Ambientais - UFRGS

TRABALHO SOB CONDIÇÕES HIPERBÁRICAS

Tabela de Descompressão, Período de 2 a 2,5 horas

Page 142: Aula 9. Riscos Ambientais - UFRGS

142

A vibração é um movimento oscilatório

de um corpo, devido a forças

desequilibradas de componentes rotativos

e movimentos alternados de uma

máquina ou equipamento.

Como todo corpo com movimento

oscilatório, um corpo que vibra,

descreve um movimento periódico, que

envolve um deslocamento num certo

tempo. Daí resulta a velocidade, bem

como a aceleração do movimento em

questão.

Vibração

Page 143: Aula 9. Riscos Ambientais - UFRGS

143

Outro fator importante é a frequência desse movimento,

isto é, o número de ciclos (movimentos completos)

realizado num período de tempo.

No caso de ciclos por segundo, utiliza-se a unidade Hertz

(Hz).

Vibração

Page 144: Aula 9. Riscos Ambientais - UFRGS

144

Ao contrário de muitos agentes ambientais, a vibração

somente será problema quando houver efetivo contato

físico entre um indivíduo e a fonte, o que auxilia no

reconhecimento da exposição.

Vibração

Page 145: Aula 9. Riscos Ambientais - UFRGS

145

VIBRAÇÕES NO CORPO INTEIRO

Todo o corpo pode ser interpretado como um

sistema mecânico (massa e mola, por exemplo),

lembrando-se que, na prática, existe também o

amortecimento. Assim, todo corpo possui uma

frequência natural de oscilação, podendo ser

quantificada com um pequeno estimulo no

sistema.

No entanto, este corpo poderá estar sujeito a

forças externas, vibrações de outras fontes que

podem entrar em contato com o mesmo.

Page 146: Aula 9. Riscos Ambientais - UFRGS

146

Para uma melhor compreensão de como o

corpo humano é mais sensível a

determinadas faixas de freqüências de

acordo com os segmentos corporais, utiliza-

se um modelo mecânico simplificado, que

mostra as faixas de freqüências naturais de

partes importantes do corpo, conforme

ilustrado a seguir:

Vibração no corpo humano

Page 147: Aula 9. Riscos Ambientais - UFRGS

147

Vibração

Page 148: Aula 9. Riscos Ambientais - UFRGS

148

Os antecedentes legais e técnicos da exposição

a vibrações se contemplados na Legislação

Brasileira no Anexo 12/83:

As atividades e operações que exponham os

trabalhadores, sem a proteção adequada às

vibrações localizadas ou de corpo inteiro, serão

caracterizadas como insalubres, através de

perícia realizada no local de trabalho.

Vibração

Page 149: Aula 9. Riscos Ambientais - UFRGS

VIBRAÇÕES DE CORPO INTEIRO (VCI): Trabalho com veículos,

máquinas,...

Posição sentado (reclinado ou não), em pé...

Fatores: tipo de piso, assento, operação e velocidades,

amortecedores (projeto e manutenção), susceptibilidades individuais,

aspectos ergonômicos...

Page 150: Aula 9. Riscos Ambientais - UFRGS

150

EFEITOS AO ORGANISMO

Os motoristas de ônibus estão mais predispostos ou

propensos ao desenvolvimento de síndromes dolorosas

de origem vertebral, deformações da espinha,

estiramento e maus-jeitos, apendicites, problemas

estomacais e hemorróidas. Todavia, posturas forçadas,

manuseio de cargas e maus hábitos alimentares não

podem ser descartados como desordens.

VCI

Page 151: Aula 9. Riscos Ambientais - UFRGS

Efeitos à saúde devido a exposição às vibrações de

corpo inteiro

• Lombalgias

• Efeitos em grupos expostos a condições severas

citados em literatura:

– Gastrintestinais

– Sistema reprodutivo

– Sistemas visual e vestibular

– Discos intervertebrais

– Degenerações na coluna vertebral

Page 152: Aula 9. Riscos Ambientais - UFRGS

VIBRAÇÃO EM MÃOS E BRAÇOS:

Ferramentas elétricas e pneumáticas ⇒ marteletes;

britadores; rebitadeiras; compactadores; politrizes;

motosserras; lixadeiras, etc.

Page 153: Aula 9. Riscos Ambientais - UFRGS

153

Sistema gastrointestinal

Outros estudos em laboratórios, mostraram

grande relação causal com desordens

gastrintestinais e uma cadeira vibratória, usada

como simulador em testes com motoristas

revelou que a vibração causa desconforto e

pode interferir com a destreza de comando

manual e acuidade visual.

Vibração

Page 154: Aula 9. Riscos Ambientais - UFRGS

154

Atividade muscular/ postura

Na faixa de 1 a 30 Hz, dificuldades para manter a

postura, bem como o aumento de balanço postural.

Há uma tendência à lentidão de reflexos na faixa de

frequência entre 10 a 200 Hz.

Efeito no sistema cardiovascular

Em frequência inferior a 20 Hz, ocorre um aumento

da frequência cardíaca, durante a exposição à

vibração.

Vibração e os efeitos ao organismo

Page 155: Aula 9. Riscos Ambientais - UFRGS

155

Efeitos cardiopulmonares

Aparentemente existem alterações nas condições

de ventilação pulmonar e taxa respiratória com

vibrações de 4,9 mls2 (134 dB), na faixa de 1 a

10 Hz.

Efeitos metabólicos e endocrinológicos

Foram observados alterações na bioquímica

urinária e sanguínea, como uma reação genérica.

Vibração

Page 156: Aula 9. Riscos Ambientais - UFRGS

156

Um estudo polonês sobre trabalhadores agrícolas e

florestais descreveu os efeitos do que se chamou

“vibration sickness”:

1) o primeiro estágio evidenciou: distensões,

náuseas, perda de peso, redução visual, cólicas no

cólon etc; e

2) num segundo estágio as dores se intensificam,

mais concentradas no sistema muscular e exames

em trabalhadores revelaram atrofia muscular e

lesões na pele.

Vibração efeitos ao organismo

Page 157: Aula 9. Riscos Ambientais - UFRGS

157

VIBRAÇÕES LOCALIZADAS: EFEITOS NOS DEDOS

Os primeiros sintomas da síndrome são: formigamentos ou

adormecimentos leves, sendo, intermitente ou ambos, que

são usualmente ignorados por não interferirem no trabalho e

outras atividades.

Mais tarde, o paciente pode experimentar ataques de

branqueamento de dedos confinados, primeiramente às

pontas. Entretanto, com a continuidade da exposição, os

ataques podem se estender à base do dedo.

Page 158: Aula 9. Riscos Ambientais - UFRGS

158

O frio frequente provoca os ataques, mas há outros

fatores envolvidos, como o mecanismo de disparo: a

temperatura central do corpo, taxa metabólica, tônus

vascular (especialmente na manhã) e estado emocional.

Os ataques usualmente duram 15 a 60 minutos, mas nos

caso avançados podem durar 1 ou 2 horas. A

recuperação se inicia com um rubor, uma hipertemia

reativa, usualmente vista na palma da mão, avançando

do pulso para os dedos.

VIBRAÇÕES LOCALIZADAS: EFEITOS NOS DEDOS

Page 159: Aula 9. Riscos Ambientais - UFRGS

159

Nos casos avançados, devido aos repetidos

ataques isquêmicos, o tato e a sensibilidade à

temperatura ficam comprometidos. Há perda de

destreza e incapacidade para a realização de

trabalhos finos. Prosseguindo a exposição, o

número de ataques de branqueamento reduz,

sendo substituído por uma aparência cianótica dos

dedos (acrocianose).

VIBRAÇÕES LOCALIZADAS: EFEITOS NOS DEDOS

Page 160: Aula 9. Riscos Ambientais - UFRGS

160

Estágio

Grau

Descrição

0

--

Sem ataques

1

Leve

Ataques ocasionais, afetando apenas a ponta

de um ou mais dedos

2

Moderado

Ataques ocasionais, afetando as falanges

dos dedos

3

Severo

Ataques freqüentes afetando todas as

falanges de um ou mais dedos

4

Muito severo

Idem estágio 3, com alterações de tróficas,

na pele e na ponta dos dedos

Page 161: Aula 9. Riscos Ambientais - UFRGS

161

•Melhora do equipamento, reduzindo a

intensidade das vibrações,

•Instituir períodos de repouso e rotatividade,

evitando exposições contínuas, e

•Após identificar as lesões iniciais deve-se

proceder o rodízio no posto de trabalho.

Vibração - prevenção

Page 163: Aula 9. Riscos Ambientais - UFRGS

“Critério Legal - Anexo 8 / NR15 (Portaria nº 12/83)*

Válido até 13/08/2014

As atividades e operações que exponham os trabalhadores sem proteção

adequada às vibrações localizadas ou de corpo inteiro serão caracterizadas

como insalubres através de perícia realizada no local de trabalho.

A perícia visando à comprovação ou não da exposição deve tomar por base

os limites de exposição definidos pela Organização Internacional para a

Normalização - ISO em suas normas ISO 2631 e ISO/DIS 5349 ou suas

substitutas.

A Insalubridade, quando constatada, será de grau médio. Constarão

obrigatoriamente do Laudo de perícia :

• O Critério Adotado;

• O Instrumental Utilizado;

• A metodologia de Avaliação;

• A descrição das condições de trabalho e do tempo de exposição as vibrações;

• O resultado da avaliação quantitativa;

• As medidas para eliminação e/ou neutralização da insalubridade quando

houver.

*Alterado pela Portaria N.º 1.297 DE 13 DE AGOSTO DE 2014

Page 164: Aula 9. Riscos Ambientais - UFRGS

MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO

PORTARIA N.º 1.297 DE 13 DE AGOSTO DE 2014 (DOU de 14/08/

2014 - Seção 1)

ANEXO 8 da NR 15 - ATIVIDADES E OPERAÇÕES INSALUBRES

Sumário:

1. Objetivos

2. Caracterização e classificação da

insalubridade

1. Objetivos

1.1 Estabelecer critérios para caracterização

da condição de trabalho insalubre

decorrente da exposição às Vibrações de

Mãos e Braços (VMB) e Vibrações de Corpo

Inteiro (VCI).

1.2 Os procedimentos técnicos para a

avaliação quantitativa das VCI e VMB são os

estabelecidos nas Normas de Higiene

Ocupacional da FUNDACENTRO

Page 165: Aula 9. Riscos Ambientais - UFRGS

RESOLUÇÃO/conama/N.º 003 de 28 de junho de 1990

Determina padrões de qualidade do ar as concentrações de poluentes

atmosféricos que, ultrapassadas, poderão afetar a saúde, a segurança e o

bem-estar da população, bem como ocasionar danos à flora e à fauna, aos

materiais e ao meio ambiente em geral.

Para os efeitos desta Resolução ficam estabelecidos os seguintes conceitos:

I - Padrões Primários de Qualidade do Ar são as concentrações de poluentes

que, ultrapassadas, poderão afetar a saúde da população.

II - Padrões Secundários de Qualidade do Ar são as concentrações de

poluentes abaixo das quais se prevê o mínimo efeito adverso sobre o bem-

estar da população, assim como o mínimo dano à fauna, à flora, aos materiais

e ao meio ambiente em geral.

Os padrões de qualidade do ar serão o objetivo a ser atingido mediante à

estratégia de controle fixada pelos padrões de emissão e deverão orientar a

elaboração de Planos Regionais de Controle de Poluição do Ar.

Page 166: Aula 9. Riscos Ambientais - UFRGS

RESOLUÇÃO/conama/N.º 003 de 28 de junho de 1990

Determina padrões de qualidade do ar as concentrações de poluentes

atmosféricos que, ultrapassadas, poderão afetar a saúde, a segurança e o

bem-estar da população, bem como ocasionar danos à flora e à fauna, aos

materiais e ao meio ambiente em geral.

Para os efeitos desta Resolução ficam estabelecidos os seguintes conceitos:

I - Padrões Primários de Qualidade do Ar são as concentrações de poluentes

que, ultrapassadas, poderão afetar a saúde da população.

II - Padrões Secundários de Qualidade do Ar são as concentrações de

poluentes abaixo das quais se prevê o mínimo efeito adverso sobre o bem-

estar da população, assim como o mínimo dano à fauna, à flora, aos materiais

e ao meio ambiente em geral.

Os padrões de qualidade do ar serão o objetivo a ser atingido mediante à

estratégia de controle fixada pelos padrões de emissão e deverão orientar a

elaboração de Planos Regionais de Controle de Poluição do Ar.

Page 168: Aula 9. Riscos Ambientais - UFRGS

Saúde para Trabalhadoras(es) e Segurança nos Processos 3:

Saúde e Segurança em Pandemia / COVID-19

Curso de Extensão FAGRO / UFRGS

outubro/2020

Aula 9. Riscos Ambientais