Aula 04Aula 04

Almeida JuniorAlmeida Junior

Apóstolo São Paulo , 1869 óleo sobre tela 97 x 77 cm Igreja Matriz de Nossa Senhora da Candelária (Itu, SP)

Depois do Banho , 1881 óleo sobre tela, c.i.d. 200 x 156 cm Coleção Particular

Perfil de Mulher , 1882 óleo sobre madeira, c.i.d. 48 x 38 cm Coleção Particular

Crítica:Crítica: ""Creio que a questão da possibilidade de uma pintura nacional foi em São Paulo Creio que a questão da possibilidade de uma pintura nacional foi em São Paulo

mesmo resolvida por Almeida Júnior, que se pode muito bem adotar como mesmo resolvida por Almeida Júnior, que se pode muito bem adotar como precursor, encaminhador e modelo. Os seus quadros, se bem que não tragam a precursor, encaminhador e modelo. Os seus quadros, se bem que não tragam a marca duma personalidade genial, estupenda, fora de crítica, são ainda o que marca duma personalidade genial, estupenda, fora de crítica, são ainda o que podemos apresentar de mais nosso como exemplo de cultura aproveitada e arte podemos apresentar de mais nosso como exemplo de cultura aproveitada e arte ensaiada.ensaiada.""Oswald de AndradeOswald de AndradeANDRADE, Oswald. Em prol de uma pintura nacional. In: ______. Estética e Política. ANDRADE, Oswald. Em prol de uma pintura nacional. In: ______. Estética e Política. São Paulo: Globo, 1991. [Texto publicado originalmente na revista O Pirralho. São São Paulo: Globo, 1991. [Texto publicado originalmente na revista O Pirralho. São Paulo, 2 jan. 1915, seção Lanterna Mágica].Paulo, 2 jan. 1915, seção Lanterna Mágica].

""Já nos últimos dias monárquicos, a inteligência plástica brasileira principia se Já nos últimos dias monárquicos, a inteligência plástica brasileira principia se inquietante de sua funcionalidade nacional, de alguma forma anunciando os inquietante de sua funcionalidade nacional, de alguma forma anunciando os tempos modernos. A influência da técnica européia ainda predomina, e tempos modernos. A influência da técnica européia ainda predomina, e predominará até os nossos dias, mas os artistas de maior valor se voltam para a predominará até os nossos dias, mas os artistas de maior valor se voltam para a expressão da terra e do homem. O pernambucano Teles Júnior cria paisagens expressão da terra e do homem. O pernambucano Teles Júnior cria paisagens nordestinas de caráter vigoroso e fiel; e em São Paulo, Almeida Júnior, em luta nordestinas de caráter vigoroso e fiel; e em São Paulo, Almeida Júnior, em luta aberta com as luzes do nosso dia e a cor da terra que a sua paleta parisiense não aberta com as luzes do nosso dia e a cor da terra que a sua paleta parisiense não aprendera, analisa com firmeza os costumes e o tipo do caipira. Mas isto já era a aprendera, analisa com firmeza os costumes e o tipo do caipira. Mas isto já era a República, e ecoa o que estavam fazendo na música, com as mesmas hesitações República, e ecoa o que estavam fazendo na música, com as mesmas hesitações e felicidade intermitente, Alexandre Levi e Alberto Nepomuceno.e felicidade intermitente, Alexandre Levi e Alberto Nepomuceno.""Mário de AndradeMário de AndradeANDRADE, Mário. As artes plásticas no Brasil. Revista da Academia Paulista de ANDRADE, Mário. As artes plásticas no Brasil. Revista da Academia Paulista de Letras, ano VII, n. 26, 12 jun. 1944, p. 27. Citado na publicação ALMEIDA JÚNIOR: Letras, ano VII, n. 26, 12 jun. 1944, p. 27. Citado na publicação ALMEIDA JÚNIOR: vida e obra. São Paulo: Art Editora, 1979, p. 30.vida e obra. São Paulo: Art Editora, 1979, p. 30.

O Violeiro - 1899 óleo sobre tela - 141 x 172 cm

Pinacoteca do Estado de São Paulo

Caipira picando fumo - 1893óleo sobre tela - 70 x 50 cm Pinacoteca do Estado de São Paulo

  

Recado difícil - 1895óleo sobre tela - 138 x (?) cm Museu Nacional de Belas Artes

                                                                    

Pescando - 1894óleo sobre tela - 64 x 85 cm

Coleção Particular

Almeida Júnior (1850– Almeida Júnior (1850– 1899)1899)

José Ferraz de Almeida Júnior, pintor de formação José Ferraz de Almeida Júnior, pintor de formação acadêmica foi, possivelmente, o primeiro artista plástico acadêmica foi, possivelmente, o primeiro artista plástico brasileiro a introduzir o homem do povo, em seu cotidiano, brasileiro a introduzir o homem do povo, em seu cotidiano, às telas, particularmente na última década de sua vida. O às telas, particularmente na última década de sua vida. O tratamento da luz tropical, o abandono da tratamento da luz tropical, o abandono da monumentalidade das obras e a inserção dos personagens monumentalidade das obras e a inserção dos personagens no cotidiano brasileiro marcaram seu trabalho. Foi no cotidiano brasileiro marcaram seu trabalho. Foi considerado um precursor dos modernistas.considerado um precursor dos modernistas.Paulista de Itu, aos dezenove anos ingressou na Academia Paulista de Itu, aos dezenove anos ingressou na Academia Imperial de Belas Artes, no Rio de Janeiro, onde teve aulas Imperial de Belas Artes, no Rio de Janeiro, onde teve aulas de desenho com Jules Le Chevrel e de pintura com Victor de desenho com Jules Le Chevrel e de pintura com Victor Meirelles. Contemplado com uma bolsa, foi estudar na Meirelles. Contemplado com uma bolsa, foi estudar na França entre 1876 e 1882, na Escola Nacional Superior de França entre 1876 e 1882, na Escola Nacional Superior de Belas Artes, como aluno de Alexandre Cabanel.Belas Artes, como aluno de Alexandre Cabanel.

      José Ferraz de Almeida Júnior nasceu na cidade de Itu, no interior de São Paulo, em maio de 1850. De família pobre, foi com a ajuda de amigos que conseguiu ir para a conceituada Escola de Belas Artes do Rio de Janeiro, onde fez um curso brilhante, que lhe deu o direito de concorrer a uma viagem de estudos na Europa. Curiosamente, por motivos desconhecidos dos historiadores de hoje, desistiu deste projeto e voltou para São Paulo, onde começou a pintar profissionalmente, ganhando a vida como retratista.Em 1876, Dom Pedro II, declaradamente um incentivador das artes, passou por São Paulo e ficou conhecendo o trabalho de Almeida Jr., oferecendo-lhe imediatamente uma bolsa de estudos em Paris. Desta vez ele não deixou passar a oportunidade.Com 27 anos, viu-se Almeida Jr. matriculado na Escola Superior de Belas Artes, em Paris, cidade em que naquela época fervilhava o movimento impressionista. Os artistas deixavam seus ateliês para pintar ao ar livre, explorando os efeitos da luz do sol sobre as paisagens, as pessoas, os objetos.

“Leitura” (1892), de Almeida Jr. Óleo sobre tela (95x141 cm).Pinacoteca do Estado de São Paulo, São Paulo, Brasil.

”O DERRUBADOR" DE ALMEIDA JUNIOR, OBRA DE 1875

"Carioca", de Pedro Américo.

                                 

               

Iracema" - José Maria de Medeiros

                                                                              

           

Amolação Interrompida 

Sala do acervo da Pinacoteca dedicada ao pintor José Ferraz de Almeida Júnior (1850 - 1899) no 1o andar, após reforma de 1998.

Fachada lateral da Pinacoteca do Estado de São Paulo após reforma de 1998, orientada pelo projeto do arquiteto Paulo Mendes da Rocha. Projeto original (1897-1900) do arquiteto Ramos de Azevedo. Imagem de Martin Grossmann, março de 2005