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A regionalização do Espaço Brasileiro – uma revisão historiográfica Regionalização do Espaço Brasileiro- 2016 Profa. Dra. Rita de Cássia Ariza da Cruz DG/FFLCH/USP

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A regionalização do Espaço Brasileiro –

uma revisão historiográficaRegionalização do Espaço Brasileiro- 2016

Profa. Dra. Rita de Cássia Ariza da CruzDG/FFLCH/USP

Plano da Aula

1. Da produção do espaço à produção de ideias sobre a produção do espaço entre meados do século XIX e meados do século XX– breve recapitulação da Aula 1

2. Leituras/Propostas de divisão regional do Brasil deste período

1.

Da produção do espaço à produção de ideias sobre a produção do espaço entre meados do

século XIX e meados do século XX – breve recapitulação da Aula 1

Na evolução do pensamento geográfico – a chamada Geografia Tradicional

O positivismo como fundamento (realidade reduzida ao mundo dos sentidos; trabalho científico circunscrito ao domínio da aparência dos fenômenos; crença na existência de um único método)

Geografia = uma ciência empírica pautada na observação; descrição, enumeração e classificação dos fatos

Geografia = ciência natural dos fenômenos humanos Principais desdobramentos: determinismo e

possibilismo

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Geografia geral x geografia regional

Ratzel (1844-1904): homem e natureza constituem uma unidade; síntese regional = objetivo último do geógrafo

La Blache (1845-1918): a ciência geográfica deve observar e compreender a singularidade dos lugares; a região é um dado objetivo;

↓Dicotomia geografia geral x geografia regional

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Determinismo x possibilismo

Região natural x região humana Ratzel e a Antropogeografia: define o objeto

geográfico como o estudo da influência que as condições naturais exercem sobre a humanidade;

La Blache: valorizou a História e aumentou a carga humana do estudo geográfico.

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O neo-kantismo e a região não evidente

“Hettner (1859-1941) e La Blache afirmam o estudo regional, porém com visões diametralmente opostas. Enquanto para La Blache a região se evidencia na paisagem, para Hettner ela não é auto-evidente. Os limites regionais são provenientes de um exercício intelectual...” (Lencioni, 1999: 190)

Hartshorne (1899-1992): regiões podem ser descontínuas (resultam do grau de integração entre os fenômenos)

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2.

Leituras/Propostas de divisão regional do Brasil deste período

Divisões Regionais do Brasil (1843-1905)

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...de 1913 a 1927

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...de 1937 a 1941

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Síntese de leituras da Divisão Regional do Brasil

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Divisão Regional de André Rebouças - 1889

zonas agrícolas Regiões humanas Divisão prática, considera os limites dos

estados Chega a dez regiões.

Divisão Regional de Élisée Reclus 1893

Regiões naturais, que não coincidem com os limites dos estados, embora, com finalidade didática, respeite tais limites

Peso importante das bacias fluviais na definição das regiões

Divisão Regional de Delgado de Carvalho - 1913

Divisão prática, para fins didáticos Regiões naturais (o quadro natural é que dá

unidade à região) Cenário natural encarado como possibilidades Estudo das regiões sistematizado em:

aspectos naturais, aspectos humanos e aspectos econômicos

Div. Regional segundo o CNE - 1938

Baseia-se na divisão feita pelo Ministério da Agricultura, cujos critérios são, segundo Guimarães (1941) incompreensíveis

Suspeita-se ter predominado o critério de posição geográfica

Div. Regional do Conselho Nacional de Geografia - 1941

Primeira divisão regional do país para fins práticos Oficializada em 1945 com 5 grandes regiões, 30 regiões, 79 sub-regiões e 228 zonas fisiográficas Apoiada nas premissas: - existência de diferenciações regionais- uma divisão regional deve ser estável (melhor critério é o natural)- princípio da divisão: parte do todo

À guisa de conclusão... Tal como nos lembra Vallaux citado por Bezzi (1999: 111):

...as coisas formam na realidade um todo sem solução de continuidade; elas não

admitem outras demarcações nem cortes, senão as divisões imaginadas por nós para aliviar um pouco nosso

espírito e para impedi-lo de se perder no imutável...Nós representamos todas

as coisas como construídas por um conjunto de linhas e de figuras, ao passo que na natureza as linhas

precisas não existem..

Referências Bibliográficas BEZZI, M. L. Região: uma (re)visão

historiográfica – da gênese aos novos paradigmas. 1995. Tese de Doutorado em Geografia. Rio Claro, UNESP.

GUIMARÃES, Fábio Soares Macedo. Divisão Regional do Brasil. Revista Brasileira de Geografia, 3(12): 343, abr/jun, 1941.

LENCIONI, Sandra. Região e Geografia. São Paulo, Edusp, 1999.

MORAES, A. C. R. Geografia, pequena história crítica. 15ª ed. SP: Hucitec: 1997.

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