Aula Dip Meningococcemia

4
 1 Disciplina Doen ças Infec ciosa s e Parasit rias Meningococcemia Meningococcemia Prof. Marco Antonio Brasília, março de 2005 http://geocities.yahoo.com.br/infectologiamedica/  Disciplina Doen ças Infecc iosas e Paras it rias Meningococcemia Conceitos  Doença meni ngocóccica latu sensu, toda doença causada pela N.meningitidis. Ex: choque endotóxico, meningite, artrite, uretrite  Meningite meningocóccica Doença invasiva com alterações l iqüóricas e quadro clinico predominantemente neurológico.  Meningococcemia Doenç a inva siva cau sada pe la N. meningitidis com múltiplas alterações hemodinâmicas, choque, CIVD, com qu adro predominantemente vascular.  Formas mistas de doença invasiva São as mais comuns. Geralmen te meningococcemia seguida de meningite  Disciplina Doen ças Infec ciosa s e Parasit rias Meningococcemia Conceitos Doença meningocóccica Meningites por N.meningitidis conjuntivites uretrites  Artri tes Pneumonias Sepse por N.meningitidis  =  meningococcemia Qdros Mistos Meningites Meningites por pneumococo Meningites por Hib Meningites por Vírus Meningites por Tb  Disciplina Doen ças Infecc iosas e Paras it rias Meningococcemia Etiologia Neisseria meningitidis: A, B, C, Y, W135 Bactérias aer óbias, diplococos gram nega tivos Podem ser isoladas no sangue, líqüor, sufusões hemorrágicas, nasofaringe posterior, líquido articular e ascítico, secreções conjuntivais e uretrais. – Não sobrevivem por muito tempo n o ambiente pois resiste pouco à luz e ao ressecamento  Disciplina Doen ças Infec ciosa s e Parasit rias Meningococcemia Etiologia Diplococos Gram - intracelulares Neisseria meningitidis  Disciplina Doen ças Infecc iosas e Paras it rias Meningococcemia Epidemiologia Doen ça endêmi ca no Brasil . Grandes epi demia s periódi cas anos 70: meni ngo C, agra vada pelo meni ngo A Incidê ncia 3 ca sos /1 00 mil hab . no Bra sil (19 95) Trans missã o: inter pesso al, por gotíc ulas de saliv a Porta dores sãos : 2 a 3% da popul ação ge ral Perío do de inc ubaçã o: 1 a 10 dias ( em gera l meno s de 4 dias)

description

mb

Transcript of Aula Dip Meningococcemia

  • 1Disciplina Doenas Infecciosas e ParasitriasMeningococcemia

    Meningococcemia

    Prof. Marco Antonio

    Braslia, maro de 2005

    http://geocities.yahoo.com.br/infectologiamedica/

    Disciplina Doenas Infecciosas e ParasitriasMeningococcemia

    Conceitos Doena meningocccica

    latu sensu, toda doena causada pela N.meningitidis. Ex: choqueendotxico, meningite, artrite, uretrite

    Meningite meningocccica

    Doena invasiva com alteraes liqricas e quadro clinicopredominantemente neurolgico.

    Meningococcemia

    Doena invasiva causada pela N. meningitidis com mltiplas alteraeshemodinmicas, choque, CIVD, com quadro predominantementevascular.

    Formas mistas de doena invasiva

    So as mais comuns. Geralmente meningococcemia seguida de meningite

    Disciplina Doenas Infecciosas e ParasitriasMeningococcemia

    Conceitos

    Doena meningocccica

    Meningites porN.meningitidis

    conjuntivites

    uretrites

    Artrites

    Pneumonias

    Sepse porN.meningitidis

    =

    meningococcemia

    Qdros

    Mistos

    Meningites

    Meningitespor

    pneumococoMeningites

    porHib

    Meningitespor

    Vrus

    MeningitesporTb

    Disciplina Doenas Infecciosas e ParasitriasMeningococcemia

    Etiologia

    Neisseria meningitidis: A, B, C, Y, W135

    Bactrias aerbias, diplococos gram negativos

    Podem ser isoladas no sangue, lqor, sufuses

    hemorrgicas, nasofaringe posterior, lquido articular e

    asctico, secrees conjuntivais e uretrais.

    No sobrevivem por muito tempo no ambiente pois resiste

    pouco luz e ao ressecamento

    Disciplina Doenas Infecciosas e ParasitriasMeningococcemia

    Etiologia

    Diplococos Gram - intracelulares

    Neisseria meningitidis

    Disciplina Doenas Infecciosas e ParasitriasMeningococcemia

    Epidemiologia

    Doena endmica no Brasil. Grandes epidemias peridicas

    anos 70: meningo C, agravada pelo meningo A

    Incidncia 3 casos /100 mil hab. no Brasil (1995)

    Transmisso: interpessoal, por gotculas de saliva

    Portadores sos: 2 a 3% da populao geral

    Perodo de incubao: 1 a 10 dias (em geral menos de 4 dias)

  • 2Disciplina Doenas Infecciosas e ParasitriasMeningococcemia

    Fisiopatologia

    Disciplina Doenas Infecciosas e ParasitriasMeningococcemia

    Quadro clnico

    Febre: sbita, alta, contnua, calafrios, no cede com amedicao

    Manifestaes cutneas: petquias e equimoses. Evoluem

    c/ lceras, amputaes de apndices e membros

    Choque:m perfuso (enchimento capilar aps

    digitopresso plantar com membro elevado > 2 seg.)

    taquicardia

    pulso fino e rpido (mais de 180 bpm)

    sudorese

    presso arterial normal (choque compensado) ou

    presso arterial baixa (choque descompensado)

    Disciplina Doenas Infecciosas e ParasitriasMeningococcemia

    Quadro clnico

    Disciplina Doenas Infecciosas e ParasitriasMeningococcemia

    Quadro clnico

    Disciplina Doenas Infecciosas e ParasitriasMeningococcemia

    Quadro clnico

    Sndr. de angstia respiratria (pulmo de choque):taquipnia

    dispnia hipoxemia clnica (angstia, cianose, palidez) PaO2 e saturao baixas

    Alteraes neurolgicas: decorrentes da m perfuso

    cerebral e edema cerebral

    Alteraes de conscinciatorporagitaoalternncia de amboscoma

    Simais de hipertenso intracraniana

    Disciplina Doenas Infecciosas e ParasitriasMeningococcemia

    Quadro clnico

    Alteraes renais: oligria, anria. Inicialmente porhipofluxo (IRA pr-renal) progredindo para NTA

    Adrenais: deficincia aguda de mineralocorticides,

    agravamento da hipotenso e do choque

    CIVD: plaquetopenia aguda, diminuio dos nveis sricos

    de fatores da coagulao (por consumo)

    Acidose metablica

  • 3Disciplina Doenas Infecciosas e ParasitriasMeningococcemia

    Diagnstico

    Clnico

    Sndrome de prpura fulminante

    Sufuses hemorrgicas

    Choque

    Falncia de mltiplos rgos

    Disciplina Doenas Infecciosas e ParasitriasMeningococcemia

    Diagnstico

    Exames complementares:

    hemograma

    hemocultura

    lqor aps estabilizar o pcte lqor normal no exclui a doena lqor piora o prognstico

    cultura de aspirado das leses casos especiais

    Disciplina Doenas Infecciosas e ParasitriasMeningococcemia

    Diagnstico diferencial

    Doenas manifestas por prpura fulminante:

    septicemia estafilocccica

    septicemia pneumocccica

    septicemia por gram negativos (pseudomonas, p.ex)

    febre purprica brasileira (Haemophilus influenzae aegyptius)

    rickettisioses

    Disciplina Doenas Infecciosas e ParasitriasMeningococcemia

    Tratamento

    Tratamento do choque

    Duplo acesso venoso

    Oxigenoterapia: fiO2 100%

    Expanso cristalide (soro fisiolgico)

    Colides so contraindicados

    Aminas vasoativas

    Disciplina Doenas Infecciosas e ParasitriasMeningococcemia

    Tratamento

    Antibiticoterapia

    Droga de escolha: Ampicilina 300mg/kg/dia 4/4 h

    Alternativa: Penicilina Cristalina 300.000 UI/kg/dia 4/4 h

    Durao do tratamento: 7 dias nos casos no complicados

    Disciplina Doenas Infecciosas e ParasitriasMeningococcemia

    Complicaes e seqelas

    Artrites reativas

    Herpes simples labial

    Mltiplas lceras em reas afetadas

    Amputaes de membros

    Surdez

    Seqelas motoras

  • 4Disciplina Doenas Infecciosas e ParasitriasMeningococcemia

    Cuidados anti-infecciosos Isolamento respiratrio

    Quimioprofilaxia para contatos ntimos prolongados

    Rev Sade Pblica 1998;1(32):89-97

    Disciplina Doenas Infecciosas e ParasitriasMeningococcemia

    Cuidados anti-infecciosos

    Quimioprofilaxia para contatos ntimos prolongados

    Indicada at 10 dias do surgimento do caso ndice

    Rifampicina 600 mg 12/12h 4x