Aula Economia Política

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ECONOMIA POLÍTICA APLICADA AO SERVIÇO SOCIAL Profº. Msc. André Araújo de Oliveira Faculdade FADIRE

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ECONOMIA POLÍTICA APLICADA AO SERVIÇO SOCIAL

Profº. Msc. André Araújo de OliveiraFaculdade FADIRE

PRINCÍPIOS E CONCEITOS

Economia: é a ciência social que estuda como o indivíduo e a sociedade decidem empregar os recursos produtivos escassos na produção de bens e serviços, de modo a distribuí-los entre as várias pessoas e grupos da sociedade, satisfazendo as necessidades humanas.

Economia Política: é a ciência que trata do estudo e análise do funcionamento dos sistemas econômicos. É "a ciência que estuda a atividade humana no comportamento econômico e humano como uma relação entre a satisfação das necessidades em condições de escassez de recursos. 

Macroeconomia e Microeconomia (aspecto geral)

UM POUCO DE HISTÓRIA • Sociedade e Produção (Economia e sociedade) Feudalismo

CARACTERÍSTICAS

Mercantilismo CARACTERÍSTICAS

Capitalismo CARACTERÍSTICAS

Socialismo CARACTERÍSTICAS

* Evolução do papel do Estado como agente econômico e Social (interventor, liberal, controlador, regulador)

GRANDES ESCOLAS DO PENSAMENTO ECONÔMICO

Fisiocratas Liberalismo (clássico) Marxismo/ Socialismo Keynesianismo/Welfare State

Neo-liberalismo

FISIOCRACIAPrimeira escola econômica - o Tableau

Économique

Fisiocracia provém do grego: phisis (natureza), cratos (poder), o que significa “poder da natureza”.

Doutrina da Ordem Natural: o Universo é regido por leis naturais, absolutas, imutáveis e universais, desejadas pela Providência divina para a felicidade dos homens.

.

FISIOCRACIA Reação ao Mercantilismo

Grupo de economistas franceses do século XVIII que combateu as idéias mercantilistas e formulou, pela primeira vez, de maneira sistemática e lógica, uma teoria do liberalismo econômico.

A doutrina fisiocrática e a questão do valor a economia se reduzia a números, nada teria a ver com

questões morais e seria independente do processo histórico humano.

Características liberais do pensamento fisiocrático Papel do Estado Eliminação de barreiras ao comércio Combate aos monopólios Laissez-faire, laissez passer...

Por ser providencial é a melhor possível, e, portanto, deve ser deixada livre para o alcance do progresso econômico e social (raiz da doutrina liberal – laissez-faire).

FRANÇOIS QUESNAY (1694-1774)Princípios:

ordem natural e ordem providencial, solidamente ligadas à terra serenidade ao período de inquietação econômica e política. Procurou criar uma ciência econômica à semelhança das ciências naturais. Direitos Naturais: direito à vida com liberdade e à propriedade sem restrições. Criticas feitas:

Política de abandono da agricultura para estimular a indústria e comércio externo;

A proibição da livre circulação de cereais; A idéia de que as riquezas de uma nação se regulam pela massa de riquezas pecuniárias (estoques de divisas).O quadro econômico: (instrumento teórico para estudar as relações econômicas entre as classes sociais que compõem o sistema)

os processos de produção e do consumo podem e devem ser estudados no sistema econômico em seu conjunto.

demonstra que a vida econômica funciona como uma máquina ou, o que para ele é a mesma coisa, como um organismo vivo.

Evidenciou a interdependência entre as atividades econômicas: a terra era a única fonte de riqueza, e a riqueza consistia em bens produzidos com a ajudada natureza em atividades econômicas como a lavoura, a pesca e a caça

AVANÇOS DOS FISIOCRATAS

Economia como um “sistema vivo” Diferenciação de “trabalho

produtivo” e “trabalho improdutivo” Organicidade também das Classes

Sociais Excedente é gerado pela Produção Questões não resolvidas

(propriedade privada, distribuição da produção, aumento populacional, consumo, etc.)

LIBERALISMO (CLÁSSICOS) A escola liberal como pensamento econômico começou a ser proposto em meados do séc. XVIII pelos fisiocratas franceses, cujo princípio fundamental era “deixe fazer, deixe passar” (“laissez faire, laissez passer”), sugerindo que o mercado e não o Estado, regulasse a economia.na economia, os pensadores liberais argumentavam que a única forma de se alcançar o bem-estar geral de uma sociedade seria assegurar aos indivíduos e às empresas plena liberdade de iniciativa; a intervenção do Estado, para os liberais, deveria ser limitada ao mínimo indispensável.- Através da concorrência e da lei da oferta e da procura, o preço de mercado tem a tendência de se aproximar do preço "natural". Os salários dos trabalhadores estão também submetidos a esse regime "natural" orientando-se pela Lei da Oferta e Procura.- Existiria, portanto, o que se chamava a "mão invisível" do mercado, que equilibraria as disparidades sem a intervenção do Estado que se acontecesse atrapalharia tal equilíbrio natural

CONTRIBUIÇÃO/LEGADO DOS LIBERAIS

Liberalismo, individualismo e a expansão capitalista

A crítica ao Mercantilismo. O trabalho com fonte do valor (teoria do

valor trabalho) Trocas, divisão do trabalho e economias de

escala (a experiência da Revolução Industrial)

A “mão invísivel” do mercado - Laissez faire – livre iniciativa

a não intervenção do Estado na economia. Divisão de trabalho e especialização

=Produtividade

ADAM SMITH (1723 – 1790): Adam Smith, autor de Investigação sobre a natureza e as causas da riqueza das nações (1776), deu ao liberalismo econômico sua formulação mais completa: princípios :Defendeu o princípio fisiocrata do laissez-faire, afirmando que o caminho para a prosperidade das pessoas e dos países estaria na livre organização das atividades produtivas e comerciais.seria o próprio mercado, por meio de sua “mão invisível”, que se encarregaria de melhorar a distribuição de renda entre os indivíduos, corrigindo as injustiças sociais.

DAVID RICARDO (1772-1823)Princípios de Economia Política e Tributação” - 1817Teorias:do desenvolvimento econômico e comércio internacionaldo Valor - valor da mercadoria - quantidade de trabalhoda Renda da Terra: princípio dos rendimentos decrescentesdas Vantagens Comparativas -Lei do Custo Comparativotodos os custos se reduzem a custos de trabalho acumulação de capital, acompanhada de aumentos populacionais, provoca uma elevação da renda. que contribuam para a comodidade e o bem-estar de seus habitantes.”

DAVID RICARDO (1772-1823)Conflito (antagonismo) entre indústria e agricultura. A especialização internacional na composição do comércio internacional (Livre Comércio) aplicado pela Inglaterra, no séc. XIX, exportando manufaturas e importando matérias primas.Instituiu a base da teoria do Comércio Internacional: “Duas nações podem beneficiar-se do comércio livre, mesmo que uma nação seja menos eficiente na produção de todos os tipos de bens do que o seu parceiro comercial”. “nem a quantidade de dinheiro em um país nem o valor monetário desse dinheiro é o maior determinante para a riqueza de uma nação, mas a abundância de mercadoriasdefensor do livre-cambismo. influenciou as correntes neoclássica e marxista.

THOMAS MALTHUS (1766 – 1834):

- Estudo da economia em sólidas bases empíricas - analise de dados demográficos/econômicos para

justificar sua previsão de incompatibilidade entre o crescimento demográfico e à disponibilidade de recursos

- O excesso populacional era a causa de todos os males da sociedade

- A população cresce em progressão geométrica e alimentos crescem em progressão aritmética.

- Qualquer melhoria no padrão de vida de grande massa é temporária, pois ela ocasiona um inevitável aumento da população, que acaba impedindo qualquer possibilidade de melhoria;

- Subestimou o ritmo e o impacto do progresso tecnológico.

JOHN STUART MILL (1806 – 1873): Introduziu na economia a preocupação com a

justiça social Não aceitava o fato de as mulheres serem

privadas dos direitos financeiros ou das propriedades e comparou a saga feminina à de outros grupos de desprovidos.

Foi o sintetizador do pensamento clássico. A obra de Stuart Mill consolida o exposto

por seus antecessores, e avança ao incorporar mais elementos institucionais e ao definir melhor as restrições, vantagens e funcionamento de uma economia de mercado.

JEAN BAPTISTE SAY (1768 – 1832):

Deu atenção especial ao empresário e ao lucro;Subordinou o problema das trocas diretamente à produção, tornando-se conhecida sua concepção de que a oferta cria a procura equivalente”, ou seja, o aumento da produção transformar-se-ia em renda dos trabalhadores e empresários, que seria gasta na compra de outras mercadorias e serviços.

JEAN BAPTISTE SAY (1768 – 1832): A Lei de Say estabelece que "quando

um produtor vende seu produto, o dinheiro que obtém com essa venda está sendo gasto com a mesma vontade da venda de seu produto " - sinteticamente: "a oferta de um produto sempre gera demanda por outros produtos".

MARXISMOO marxismo desenvolve uma Teoria do ValorTrabalho e consegue analisar muitos aspectos daeconomia com seu referencial teórico. A apropriação do excedente produtivo (a mais-valia) pode explicar o processo de acumulação e a evolução das relações entre classes sociais.O conceito da mais-valia refere-se à diferença entre o valor das mercadorias que os trabalhadores produzem em um dado período de tempo e o valor da força de trabalho vendida aos empregados capitalistas que a contratam.

KARL MARX (1818 – 1883): Acreditava no trabalho como determinante do valor, tal como Smith

e Ricardo, mas era hostil ao capitalismo competitivo e à livre concorrência, pois afirmava que a classe trabalhadora era explorada pelos capitalistas.

O capital aparece com a burguesia, considerada uma classe social que se desenvolve após o desaparecimento do sistema feudal e que se apropria dos meios de produção. A outra classe social, o proletariado, é obrigada a vender sua força de trabalho, dada a impossibilidade de produzir o necessário para sobreviver.Problema dos detentores dos meios de produção; exploração da mão-de-obra humana; lucro sobre o trabalhador; mais-valia.

Os lucros, juros e aluguéis (rendimentos de propriedades) representam a expressão da mais-valia. Assim sendo, o valor que excede o valor da força de trabalho e que vai para as mãos do capitalista é definido por Marx como a mais-valia. Ela pode ser considerada aquele valor extra que o trabalhador cria, além do valor pago por sua força de trabalho.

KARL MARX (1818 – 1883): Marx foi influenciado pelos

movimentos socialistas utópicos, por Hegel e pela Teoria do Valor-Trabalho de Ricardo.

Acreditava no trabalho como determinante do valor, tal como Smith e Ricardo, mas era hostil ao capitalismo competitivo e à livre concorrência, pois afirmava que a classe trabalhadora era explorada pelos capitalistas.

Papel do Estado na visão de Marx (*)

PERÍODO NEOCLÁSSICO O período neoclássico teve início na década de 1870 e desenvolveu-se até as primeiras décadas do século XX. Nesse período, privilegiam-se os aspectos microeconômicos da teoria, pois a crença na economia de mercado e em sua capacidade auto-reguladora fez com que não se preocupassem tanto com a política e o planejamento macroeconômico.O livro Princípios de Economia publicado em 1890 serviu como livro-texto básico até a metade deste século. Nesse período, a formalização da análise econômica (principalmente a Microeconomia) evoluiu muito. O comportamento do consumidor é analisado em profundidade.

ALFRED MARSHALL (1842 – 1924):

Estudo da satisfação do consumidor (utilidade do produto) e do produtor

(lucro). Teoria Marginalista. Considerava a economia como estudo “da humanidade nos negócios comuns

da vida”, ou seja, ciência do comportamento humano e não ciência

da riqueza.

KEYNESIANISMO

Keynes (1883 – 1946): Apresentou um programa de ação governamental para a

promoção do pleno emprego. Procurou determinar as causas das flutuações econômicas e os níveis de renda e de emprego em economias industriais. Esforçou-se no sentido de contestar a condenação marxista do capitalismo: este poderia ser preservado, sem sua parte essencial, se reformas oportunas fossem efetuadas, já que um capitalismo não regulado mostrara-se incompatível com a manutenção do pleno emprego e da estabilidade econômica.

Keynes propôs o fim do laissez-faire: como não existem forças de auto-ajustamento na economia torna-se necessária a intervenção do Estado através de uma política de gastos públicos – PRINCÍPIO DA DEMANDA EFETIVA.

A obra de Keynes surge em pleno (crack) da bolsa de Nova Iorque. A grande Depressão da década de 30.

Um dos principais fatores responsáveis pelo volume de emprego é explicado pelo nível de produção nacional de uma economia, que por sua vez é determinado pela demanda agregada ou efetiva. Ou seja, inverte o sentido da Lei de Say (a oferta cria sua própria procura) ao destacar o papel da demanda agregada de bens e serviços.

Para Keynes, como não existem forças de auto-ajustamento na economia, torna-se necessária a intervenção do Estado através de uma política de gastos públicos, o que significa o fim do laissez-fàire da época clássica. É o chamado Princípio da Demanda Efetiva.

Os argumentos de Keynes influenciaram muito a política econômica dos países capitalistas.