Aula industrialização e_transformações-territoriais_do_brasil_13-11-2013

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  • 1. 3. A CONFIGURAO TERRITORIAL BRASILEIRA NA DITADURA MILITAR - A ESPACIALIZAO DA POLTICA AGRRIA NA DITADURA MILITAR - O PROGRAMA PR LCOOL - RECESSO INDUSTRIAL NO FINAL DA DITADURA MILITAR 4. INDUSTRIALIZAO TERRITORIALMENTE CONCENTRADA - MINERAO E MATRIAS-PRIMAS - AS HIDRELTRICAS - A INDSTRIA AUTOMOBILSTICA

2. No incio da ditadura militar, em meados dos anos 60, o Brasil detinha o 43 PIB mundial, alm de setores de transportes e comunicaes avanados e alta dvida externa (3,7 bilhes de dlares). Em termos econmicos, a ditadura militar foi marcada por um grande endividamento externo e por alguns anos de aquecimento, o chamado "milagre brasileiro", que ocorreu entre 1968 e 1973. O governo facilitou a entrada de investimentos estrangeiros em vrios setores, com destaque para a extrao mineral (projetos Carajs, Jari e Trombetas, no Norte), mas tambm na indstria qumica e farmacutica e na fabricao de mquinas e equipamentos para a indstria de bens de consumo. O crescimento do setor produtivo, nessa poca, viabilizou-se pelo congelamento dos salrios e pelo re-investimento dos lucros na produo, o que contribuiu deveras para a concentrao de renda no pas. 3. No final da ditadura militar, o pas tinha o 8 PIB do mundo, no entanto, para viabilizar a integrao nacional e o crescimento industrial, as grandes obras de engenharia fomentaram o aumento da dvida externa, que saltou para 95 bilhes de dlares. Dvida externa brasileira Em 1964:US$ 3,7 bilhesEm 1985:US$ 95 bilhesPodemos citar como exemplos: - A construo da Rodovia Transamaznica, - A Ponte Rio-Niteri, - Vrias usinas hidreltricas (entre elas a de Itaipu), - A instaurao de projetos de minerao no Norte, - Alm do crescimento do parque industrial sediado no Sudeste.Dvida Externa, em bilhes de dlares1964 1985020406080100 4. Atravs da SUDAM (Superintendncia de Desenvolvimento da Amaznia), a ditadura militar criou em 1967 a Zona Franca de Manaus, uma rea de livre comrcio voltado para a exportao. A ideia estava em consonncia com a poltica de desenvolvimento regional: por meios de incentivos fiscais, a industrializao na Amaznia criaria empregos e geraria um novo ncleo de crescimento. Hoje, a Zona Franca de Manaus, em vez de plataforma de exportao, atua como centro de distribuio de produtos importados para o interior do territrio brasileiro. Como continua recebendo incentivos fiscais, a regio responsvel por cerca de 14,5% dos impostos no pagos no pas. 5. O governo militar criou em 1964 o Estatuto da Terra e realizou um Censo Agropecurio. A "Reforma Agrria" proposta pelos militares no teve o objetivo de redistribuir terras e alterar as relaes rurais de produo. Na prtica, revelou-se uma poltica de interveno nas reas de conflitos, minimizando as presses populares que emanavam daquelas localidades. O Estatuto da Terra de 1964 erigiu categorias para enquadrar as diferentes propriedades rurais do pas. Criaram-se os mdulos rurais, que classificam os imveis de acordo com a localizao da propriedade, a fertilidade do solo e o tipo de produto a ser explorado. Essa classificao baseia-se em fatores geogrficos (e no em extenso), dada a continentalidade territorial brasileira, em que se encontram diferentes tipos de solo e de clima, caracterizando nveis diferenciados de produtividade. Um hectare de terra em regies de terra roxa apresenta realidades agrcolas diversas de um hectare no serto nordestino. 6. A reforma agrria dos ditadores militares nunca chegou a se efetivar. Na dcada de 1960, via SUDAM, a ditadura militar incentivou os movimentos migratrios para a regio amaznica por meio de grandes projetos de colonizao. Entretanto, os incentivos financeiros foram direcionados aos grandes projetos agropecurios e no possibilidade de os migrantes terem acesso terra. 7. Na Amaznia, a ditadura militar vendeu terras para estrangeiros e permitiu que banqueiros e industriais do Centro-Sul grilassem terras indgenas e de posseiros, que se transformaram em grandes latifundirios. Isso despertou reaes que levaram instituio das atividades de jagunos servio dos fazendeiros. Nas dcadas de 1970 e 1980, o pas viveu momentos de grande violncia no campo. A regio do "Bico do Papagaio", na fronteira entre Par, Maranho e norte de Tocantins (na poca, ainda Gois) foi a mais sangrenta do pas. Al se concentrava grande parte dos projetos agropecurios da SUDAM. Em 1984 surge o MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), e no ano seguinte, a organizao dos fazendeiros UDR (Unio Democrtica Ruralista). As duas organizaes travam conflitos ainda hoje no meio rural brasileiro. 8. A ditadura militar promoveu tambm a expanso das fronteiras agrcolas, incentivando a monocultura de exportao. Porm, os EUA elevaram a taxa de juros no mercado internacional, e os investimentos em pases subdesenvolvidos diminuram. Sobreveio, finalmente, a crise do petrleo de 1973, selando o trmino desse perodo de crescimento do setor produtivo da economia brasileira. Aps um conflito entre Israel e pases rabes (Guerra do Yom Kippur), a OPEP (Organizao de Pases Exportadores de Petrleo), formada em sua maioria por naes rabes, decidiram aumentar o preo do barril de petrleo, causando uma crise de abastecimento nos pases ocidentais, incluindo o Brasil. 9. Em virtude da crise do petrleo de 1973, a ditadura militar passou a incentivar a produo do lcool combustvel para substituir em parte a gasolina e minimizar a dependncia do petrleo estrangeiro. Criou-se, ento, o programa Pr-lcool. O carter urgente da implementao do programa contava com algumas vantagens, como a existncia de reas produtoras de cana-de-acar e usinas de lcool e acar em funcionamento. O governo economizaria, pois no precisaria iniciar o processo do nada. Na dcada de 1970, a cultura da cana-de-acar no Brasil passava por dificuldades: as usinas de acar e lcool no conseguiam bons preos no mercado internacional. Implementado o pr-lcool, essas zonas de cultivo receberam um grande impulso econmico, o que promoveu a elevao da produo e do consumo de lcool combustvel no pas. 10. Consumo de lcool combustvel no Brasil 19751%199044% No estado de So Paulo, destacou-se a regio de Ribeiro Preto e Sertozinho. No estado do Rio de Janeiro, a regio de Campos dos Goytacazes, no norte fluminense No Nordeste, o destaque fica para a Zona da Mata, a poucas dezenas de quilmetros do litoral dos estados da Paraba, Pernambuco, e Alagoas. Tradicional regio produtora de cana-de-acar. 11. Os anos finais da dcada de 1970 foram marcados pela recesso econmica. Procurando aquecer a economia, a ditadura militar lanou o lema "exportar o que importa", numa tentativa de incentivar a produo industrial e promover a entrada de dlares via setor produtivo. Mas, como no havia investimento em tecnologia, os produtos nacionais tinham pouca aceitao no mercado internacional. Para conseguir exportar nessas condies, o governo desviou o dinheiro endereado aos setores sociais e com ele subsidiou a exportao com preos baixos, tentava ganhar mercado. Os resultados disso foram, mais uma vez, o arrocho salarial, o descaso com as polticas ambientais, a desvalorizao do cmbio. Aumentaram os encargos sobre as importaes e isso ocasionou o sucateamento da indstria nacional, que no conseguia se equipar nem, consequentemente, competir no mercado internacional. 12. Frente a tamanha recesso, levantaram-se fortes organizaes sindicais no principal centro produtivo nacional. O sindicato dos metalrgicos do ABC Paulista (Santo Andr, So Bernardo do Campo e So Caetano do Sul) promoveu greves apoiadas por vrios setores progressistas, intelectuais e polticos. Entre os apoiadores do movimento estava o socilogo Fernando Henrique Cardoso, que mais tarde governaria o Brasil por 8 anos (1995-2002). Em 1979, aps liderar as greves a partir do sindicados dos metalrgicos do ABC, despontou um dos maiores lderes do pas, Luiz Incio Lula da Silva, que mais tarde tambm governaria o pas por 8 anos (2003-2010). Ainda em 1979, a 2 crise do petrleo agravou a situao e o Brasil adentrou os anos 1980 com ndices inflacionrios galopantes, chegando em meados da dcada a 70% mensais. A dcada de 1980 no Brasil economicamente apelidada como "a dcada perdida". 13. A ditadura militar procurou, ento, aumentar desesperadamente o PIB: subsidiou empresas e estatizou outras, em todos os setores, por todo o territrio nacional. Todavia, no conseguiu controlar as empresas estatizadas, j que a economia privada acabava por manejar as aes das estatais dada a cumplicidade de seus diretores com as grandes corporaes. A dcada de 1980 foi marcada por grande recesso e pela crise da poltica do Estado desenvolvimentista. A abertura democrtica, em 1985, e a nova Constituio Federal de 1988 permitiram ao pas efetivar novas polticas econmicas. Com a eleio de Fernando Collor de Mello em 1989, promoveu-se no pas uma poltica voltada para as privatizaes das empresas estatais, ou seja, a abetura do territrio brasileiro globalizao econmica. O Brasil passou a transferir para a iniciativa privada a responsabilidade de construir e comandar, no territrio, todo o seu contedo tcnico. 14. Entre os anos 1990 e 1992, houve queda no setor produtivo em razo, entre outros motivos, da fase de reestruturao econmico que o pas atravessava. Os novos investimentos mais uma vez se concentraram no Sudeste, que, por concentrar a maior parte desse contedo tcnico territorial, apresentava menos risco aos investidores do que as regies com menor contedo tcnico, nas quais os gastos com a construo dos fixos territoriais (estradas, ferrovias, portos, hidreltricas, aeroportos, etc) seriam altos, e sua concluso demorada. 15. De acordo com cada ramo, as indstrias escolhem localidades que facilitem a sua produo. Os fatores locacionais, como proximidade da fonte de matrias-primas, da rede de transporte e do centro de consumo foram fundamentais para a instalao das indstrias no territrio brasileiro. Grandes empresas mineradoras, a maioria multinacionais, estabeleceram-se junto s maiores jazidas minerais do Brasil. Algumas delas: - Em Minas Gerais, a multinacional Alcan (Aluminium Canadian Corp.) extrai bauxita nas proximidades de Ouro Preto, e a Companhia Vale do Rio Doce (Vale), privatizada em 1997, exporta a maior parte de sua produo extrada do Quadriltero Ferrfero. 16. - Em Minas Gerais, a multinacional Alcan (Aluminium Canadian Corp.) extrai bauxita nas proximidades de Ouro Preto, e a Companhia Vale do Rio Doce (Vale), privatizada em 1997, exporta a maior parte de sua produo extrada do Quadriltero Ferrfero. 17. - No Amap, na Serra do Navio, a ICOMI (associao entre a multinacional Bethlehem Steel e o grupo brasileiro Antunes) detinha o controle de 30% da produo nacional de mangans e de toda a reserva do mesmo minrio no Mato Grosso (Macio do Urucum)- Vrias associaes e consrcios de empresas de minerao, como... ...a Vale e a CMM (Companhia Meridional de Minerao), no Par (Carajs) ...e a MRN (Minerao Rio do Norte), formado pela Vale, Alcan, Shell (empresa angloholandesa) ...e CBA (Companhia Brasileira do Alumnio), empresa do Grupo Votorantim, que explora a bauxita no vale do Rio Trombetas, no Par. 18. J as de transformao, como as siderrgicas, concentram-se no Sudeste. Podemos citar... ...a Belgo Mineira, a USIMINAS e a Alcan, em Minas Gerais; ...a CSN no Rio de Janeiro ...a COSIPA em So Paulo O mesmo ocorre com as indstrias de bens durveis, cuja rea de produo ocupou predominantemente as regies urbanas do Sudeste. No comeo da dcada de 2000 o Brasil apresentou um incremento maior nos setores das indstrias extrativistas de minerao do que nas de transformao. 19. No Brasil, o principal plo de crescimento industrial se erigiu na regio Sudeste. Seu desenvolvimento se baseou no processo histrico e geogrfico do pas. A concentrao industrial na regio Sudeste fruto das relaes polticas e econmicas forjadas no contexto de formao do pas. Aqui se concentrava o poder econmico ligado ao cultivo do caf, cuja exportao possibilitou intensos fluxos territoriais. Construram obras de infra-estrutura (objetos fixos) como as ferrovias que levavam ao porto de Santos. Constituiu-se um grande centro de consumo na cidade de So Paulo. Esses fatores de localizao foram determinantes na implementao das indstrias na regio. 20. O Sudeste, principalmente So Paulo, configurou-se um plo natural de crescimento industrial. Entretanto, durante a ditadura militar, surgiram os plos artificiais, como a Zona Franca de Manaus, e o plo petro-qumico em Camaari, na Bahia. A criao dos plos artificiais de crescimento no foi suficiente para promover uma distribuio espacial mais equilibrada das indstrias. Na regio Sudeste se concentraram os investimentos pblicos para a construo de objetos de infra-estrutura voltadas viabilizao do funcionamento das indstrias. Tal concentrao apenas fez acentuar as desigualdades regionais no Brasil. 21. No Brasil, o principal plo de crescimento industrial se erigiu na regio Sudeste. Seu desenvolvimento se baseou no processo histrico e geogrfico do pas. A concentrao industrial na regio Sudeste fruto das relaes polticas e econmicas forjadas no contexto de formao do pas. Aqui se concentrava o poder econmico ligado ao cultivo do caf, cuja exportao possibilitou intensos fluxos territoriais. Construram obras de infra-estrutura (objetos fixos) como as ferrovias que levavam ao porto de Santos. Constituiu-se um grande centro de consumo na cidade de So Paulo. Esses fatores de localizao foram determinantes na implementao das indstrias na regio. 22. CONCENTRAO INDUSTRIAL NO SUDESTE 23. Multiplicaram-se as usinas hidreltricas. H uma forte concentrao delas no Sudeste, ou entorno prximo. A regio Sudeste, que tem a maior concentrao de usinas e o maior consumo, praticamente tem seu potencial de instalao esgotado. Na Amaznia, a obteno de hidreletricidade requer o alagamento de uma vasta rea e, alm disso, a gua represada no serve irrigao, pois a rea j extremamente mida. Em vrias regies do Brasil, possvel instalar pequenas hidreltricas em micro-bacias hidrogrficas, o que causaria pouco impacto ambiental, pois se alagaria uma pequena rea e se diminuiria o custo de transmisso a longa distncia. Porm, o que se percebe no territrio brasileiro a instalao de grandes usinas em grandes bacias, com imensas reas sendo alagadas e inevitveis perdas de energia em seu processo de transmisso. 24. AS 5 MAIORES USINAS HIDRELTRICAS DO BRASIL 2012/2013 25. No Rio Tocantins, foi construda a usina de Tucuru, com base numa proposta que rejeitou outras mais modestas para o mesmo rio. Sua magnitude foi justificada pela necessidade de abastecer o projeto de minerao Carajs, no Par. A construo da usina formou um lago de 2.430 km, cobrindo uma rea da floresta, que entrou em putrefao. Assim, o oxignio da gua vai se consumindo com a produo de cido sulfdrico, altamente txico, que alm de prejudicar os peixes e as plantas, corri as turbinas da usina. A hidreltrica de Balbina, prxima a Manaus, foi construda em local de muito pouca declividade. Como resultado, alagaram-se 2.360 km - ou seja, quase a mesma rea de alagamento de Tucuru - mas se produzem apenas 250 MW/h, 31 vezes menos que Tucuru. Balbina se revelou um verdadeiro fracasso em todos os aspectos: tcnico, financeiro, social e ecolgico. Inundou 2.360 metros quadrados de floresta, sem qualquer aproveitamento, e vai gerar uma energia muito cara em relao ao investimento, sem atender demanda da regio 26. No Nordeste, quase todas as usinas esto instaladas no Rio So Francisco, e a gua de seus lagos artificiais utilizada em projetos de irrigao. Na regio Sul, que tem seu potencial hidreltrico bastante aproveitado, com exceo da bacia do alto Rio Uruguai, na divisa do Rio Grande do Sul com Santa Catarina, que possui grande potencial de aproveitamento. H concentrao de termeltricas, principalmente em Santa Catarina. Toda a discusso sobre a possvel falta de energia eltrica no Brasil se baseia no planejamento da produo e do consumo relacionados s tendncias e estimativas de aumento da demanda por conta das expectativas de crescimento econmico. Vale ressaltar que as usinas hidreltricas produzem 91% da energia eltrica gerada no pas, sendo os 9% restantes gerados em termeltricas, ou nas 2 usinas nucleares de Angra dos Reis (RJ). O setor que mais consome energia eltrica o industrial, fortemente concentrado no Sudeste, portanto, a regio com o maior consumo. 27. A produo de um s artigo, o automvel, mais atrativo para o consumo do que os nibus ou tratores, foi aplicada num esquema em que as empresas nacionais de auto-peas ficaram subordinadas s montadoras. Esse foi um dos fatores que conduziram concentrao geogrfica de empresas como Volkswagen, Ford e General Motors na regio metropolitana de So Paulo, mais especificamente nas cidades do ABC Paulista (Santo Andr, So Bernardo do Campo e So Caetano do Sul). As excees foram... ...a Fiat, instalada em Betim, na regio metropolitana de Belo Horizonte, Minas Gerais ...a Renault, instalada em So Jos dos Pinhais, regio metropolitana de Curitiba, Paran ...a Peugeot, instalada em Porto Real, cidade vizinha Resende, interior do Rio de Janeiro Nestes casos, novamente ocorreu concentraes geogrficas, pois empresas fornecedoras se instalaram ao redor destas multi-nacionais. 28. LOCAIS DE INSTALAO DAS PRINCIPAIS MONTADORAS DE AUTOMVEIS NO BRASIL 29. As indstrias do ABC Paulista escolheram uma localizao prxima ao centro de consumo do pas (So Paulo), ao porto de Santos (que facilitava a chegada de materiais), e siderrgica de Cubato, a COSIPA (que fornecia matria-prima ao setor de auto-peas). J a Fiat, estava prxima ao Quadriltero Ferrfero, siderrgica USIMINAS, ao centro de consumo mineiro (Belo Horizonte) e relativamente prxima aos portos de Vitria e Tubaro, no Esprito Santo. O automvel, meio de transporte individual, tornou-se um dos mais valorizados bens de consumo durveis no Brasil. Mais do que um produto de necessidade, assumiu ares de objeto de desejo e smbolo de "status", cujo consumo vem sendo incentivado ostensivamente pela publicidade. 30. O crescimento industrial proporcionou regio Sudeste uma forte participao no PIB brasileiro. Verifica-se atualmente, uma nova tendncia da expanso e da localizao industrial no Brasil, o que pode estabelecer nova distribuio espacial das indstrias. Porm, a histrica preferncia por reas prximas s zonas costeiras permanece acentuada e, por enquanto, a expanso das indstrias est ocorrendo no Centro-Sul, onde a rede territorial est mais integrada. No Nordeste esto acontecendo diversas instalaes industriais. A regio Norte a que menos recebe investimento industrial. 31. Com a abertura do territrio brasileiro ao processo de globalizao da economia, desmontou-se, na dcada de 1990, o Estado desenvolvimentista. As principais caractersticas dessa abertura foram: - Quebra dos monoplios da Unio, que permitiu a transferncia das infra-estruturas, dos contedos tcnico-territoriais (telefonia, energia, estradas, portos, siderrgicas e mineradoras) para a iniciativa privada, principalmente empresas transnacionais. - Diminuio dos impostos aos produtos importados, retirando-lhes ao mximo as restries. - Supervalorizao da moeda e elevao das taxas de juros, que aumentaram a entrada de capital financeiro e especulativo (no investido em produo). - Vantagens fiscais, como iseno de impostos aos grandes produtores nos nveis federal, estadual e municipal. Em todo o territrio nacional, no comeo da dcada de 2000, a produo total apresentou queda. Essa nova composio no representa um aumento na produo industrial do Brasil