Aula IV- ètica na Grécia antiga

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  • 7/31/2019 Aula IV- tica na Grcia antiga

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    Disciplina:

    tica e Cidadania

    Prof. Jonisete Marta BissoliE-mail: [email protected]

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    PLANO DE ENSINO:

    Contedo

    UNIDADE I CONCEPO HISTRICO FILOSFICA DE

    TICA: DA GRCIA MODERNIDADE.

    2.3 tica na Idade Antiga e Mdia: relao entretica e moral

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    As teorias ticas nascem e desenvolvem-seem diferentes sociedades como resposta aosproblemas resultantes das relaes entre oshomens.

    Os contextos histricos so pois elementosmuito importantes para se perceber ascondies que estiveram na origem de certasproblemticas morais que ainda hojepermanecem atuais

    Para Saber:

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    tica Ocidental - na Idade Antiga

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    As teorias ticas gregas, entre o sculo V e o

    sculo IV a.C. so marcadas por dois aspectosfundamentais:

    POLIS COSMOS

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    Polis. A organizao poltica em que oscidados vivem - as cidades- estado -,favorecem a sua participao ativa na vidapoltica da sociedade. As teorias ticas apontam

    para um dado ideal de cidado e de Sociedade.

    Cosmos. Algumas destas teorias ticas-

    polticas procuram igualmente fundamentar-seem concepes csmicas.

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    Aspectos da formao da tica

    Ocidental: o relativismo dos sofistas.

    o racionalismo socrtico. o dualismo platnico.

    Aristteles - conceito de virtude.

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    O relativismo dos sofistasSofistas.Defendem o relativismo de todos os valores.

    A verdade resultado da persuaso e do consensoentre os homens.

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    O relativismo dos sofistas

    A principal doutrina sofstica consiste, em umaviso relativa de mundo.

    A principal doutrina sofstica pode ser expressapela mxima de Protgoras: "O homem a

    medida de todas as coisas.

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    O relativismo dos sofistas

    Tal mxima expressa o sentido de que no oser humano quem tem de se moldar apadres externos a si, que sejam impostos porqualquer coisa que no seja o prprio ser

    humano, e sim o prprio ser humano devemoldar-se segundo a sua liberdade.

    Utilitarismo tico: o nico bem o

    prazer, a nica regra de conduta ointeresse particular.

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    SCRATES

    Scrates (470

    399 a. C) o fundador da tica ocidental, poiscoloca o problema da moral dentro da filosofia. Ele dedicou-se intensa procura metdica da verdade identificada com o bemmoral.

    O racionalismo socrtico.

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    o primeiro filsofo a pensar abstratamente

    sobre o conceito de tica, entretanto, nohavia neste pensador qualquer tentativade sistematizao sobre o tema.

    A tica de Scrates racionalista(apreciada pela razo) e pela razo o

    homem alcana o bem, a felicidade e asleis.

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    Scrates (470-399 a.C).

    Defende o carter eterno de certos valores como oBem, Virtude, Justia, Saber.

    O valor supremo da vida atingir a perfeio e tudo

    deve ser feito em funo deste ideal, o qual s pode serobtido atravs do saber.

    Na vida privada ou na vida pblica, todos tinham aobrigao de se aperfeioarem fazendo o Bem, sendo

    justos. O homem sbio s pode fazer o bem, sendo asinjustias prprias dos ignorantes (IntelectualismoMoral).

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    O DUALISMO PLATNICO.

    entendia a tica como uma qualidade do sbio,

    pois apenas pelo conhecimento se chega a razo eao controle das iras e desejos, logo, a ser ticos(PLATO, 1967).

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    Plato (427-347 a.C.).

    Defende o valor supremo do Bem. O ideal

    que todos os homens livres deveriamtentar atingir. Para isto acontecessedeveriam ser reunidas, pelo menos duascondies:

    O dualismo platnico.

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    Plato (427-347 a.C.).

    1. Os homens deviam seguir apenas a razodesprezando os instintos ou as paixes;

    2. A sociedade devia de ser reorganizada, sendo opoder confiado aos sbios, de modo a evitar que asalmas fossem corrompidas pela maioria, composta

    por homens ignorantes e dominados pelos instintosou paixes.

    O dualismo platnico.

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    Plato.

    Ser tico em Plato (1950) exige comopressuposto basilar o controle dos sentimentose desejos (expressos majoritariamente pelosanseios corpreos), ou seja, no se tico nosistema platnico sem o controle e a submissocorprea ao reino das ideias. Aqui o corpo no

    passa de um recipiente no qual se deposita overdadeiro man dos humanos, sua alma,sempre superior a carne.

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    Aristteles - conceito de virtude.

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    Aristteles - conceito de virtude.

    Aristteles (384-322 a.C.). Defende o valor supremo dafelicidade.

    A finalidade de todo o homem ser feliz. Para que istoacontea necessrio que cada um siga a sua prprianatureza, evite os excessos, seguindo sempre a via do"meio termo" (Justa Medida).

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    Aristteles - conceito de virtude.

    Ningum consegue todavia ser feliz sozinho.Aristteles, semelhana de Plato coloca a

    questo da necessidade de reorganizar asociedade de modo a proporcionar que cadaum do seus membros possa ser feliz na suarespectiva condio. tica e poltica acabam

    sempre por estar unidas.

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    Aristteles - conceito de virtude.

    Para Aristteles (1996), a principal funo datica est em delimitar o bom e o ruim para o

    homem, sendo que a dualidade corpo-mente searquiteta como o principio basilar de seusistema terico.

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    Aristteles

    a excelncia humana significa, dizermos ns, aexcelncia no do corpo, mas da alma, e tambm

    dizermos que a felicidade uma atividade daalma.

    Devido a estas caractersticas, destacamos o fato de atica de Aristteles ser uma tica adaptativa, a qual nobuscava transformar a realidade, mas enraizar seusindivduos acriticamente em seu interior, ou seja, sedirigia para a contemplao.

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    Para pensar e discutir:

    Incio da histria da tica ocidental - como conceitoepistemolgico e filosfico, buscou demonstrar aracionalidade do bom e a negatividade do mau.

    ponto de referncia: busca de uma mxima plenitudehumana.

    Contudo, esta plenitude era pensada de maneira

    metafsica e idealista, ficando a matria e a objetividadede nossa realidade a um segundo plano, ou melhor, aplano algum.

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    Para pensar e discutir:

    A tica propalada por Aristteles (1996), uma ticaessencialmente filosfica, era inalcanvel para agrande maioria da populao, ou seja, era uma tica daelite para a elite, mesmo quando consideramos esta emsemelhana moral.

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    tica na Idade Mdia

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    tica na Idade Mdia

    Com a ascenso do cristianismo como modusespiritual e material dominante, a Idade Mdia

    passa a ter uma concepo meramentereformada da tica aristotlica.

    Para entendermos o pensamento da igreja

    catlica sobre a tica cabe-nos recorrer a doisnomes de grande destaque no cenrio cristo:Santo Agostinho e So Toms de Aquino.

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    Santo Agostinho

    Agostinho (1968) - conciliao entre os ensinamentosde Jesus e a racionalidade metafsica dos pensadoresgregos, sendo que a reflexo sobre o bem e o maltomaram boa parte de seus estudos tericos e filosficos.

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    Santo Agostinho

    Para Agostinho - a histria humana a histria daredeno, tendendo para a realizao do bem e dafelicidade de maneira plena e tendo por objetivo final acaminhada rumo a Deus.

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    Santo Agostinho

    A partir de ento, Deus e no mais as ideias ou objetosque passa a se situar como mediador entre o homem esuas mais diversas relaes.

    A f passa a ser o princpio mais valorizado ao homem,uma vez que este fraco e propenso a paixes insanas,

    por isso, deve ser educado para agir tica e moralmente,ainda visto como termos sinnimos.

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    So Toms de Aquino

    Toms de Aquino unio das ideias Aristteles e SantoAgostinho,

    No plano da tica, Tomas de Aquino considera o homemcomo um sujeito que, apesar de tender para afelicidade, est sujeito a diversas intempries em seucaminho.

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    So Toms de Aquino

    Devido a isso deve ser educado para praticar o bem esuportar/evitar seus instintos naturais.

    Poderamos dizer, grosso modo, que Aquino cristianizouAristteles, ou melhor, enquadrou sua obra segundo osdogmas da igreja catlica.

    Na sua lgica a filosofia se submete a f, sendo queapenas podemos conhecer os elementos quando noadentramos em discordncia com Deus.

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    So Toms de Aquino

    Devido a isso deve ser educado para praticar o bem esuportar/evitar seus instintos naturais.

    Poderamos dizer, grosso modo, que Aquino cristianizouAristteles, ou melhor, enquadrou sua obra segundo osdogmas da igreja catlica.

    Na sua lgica a filosofia se submete a f, sendo queapenas podemos conhecer os elementos quando noadentramos em discordncia com Deus.

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    Concluindo:

    Muitos dos valores estabelecidos pela igreja catlica,especialmente pelas vozes mediadoras de Tomas de

    Aquino e Agostinho continuam a ser encarados como

    princpios morais at os dias atuais, tais como a f, anecessidade de preocupao e amor ao prximo, abusca pela paz, dentre outros.

    Contudo, importante ressaltar que ainda nesta pocano se havia uma distino entre moral e tica, sendoque os valores tidos como desejveis eramestabelecidos.