AULA Nº 1

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28-09-2011 1 [email protected] [email protected] CLE 2011/2012 Parentalidade O uso deste material como único material de estudo é fortemente desaconselhado. Horas Totais (150 horas) = 76h (CONTACTO DIRECTO) T: 40, PL: 36 ECTS = 6 HORARIO DE ATENDIMENTO: 4ª FEIRAS: 14,30 -15,30 h Objectivo geral Adquirir conhecimentos que potenciem a capacidade para a concepção e prestação de cuidados no âmbito da parentalidade. [email protected] - Compreender a importância da família como cuidadora ao longo do ciclo vital Compreender a transição para a parentalidade Adquirir conhecimentos teóricos no âmbito da gravidez, parto e puerpério Desenvolver competências que permitam a prestação de cuidados à grávida, puérpera e recém - nascido - Analisar a problemática do planeamento familiar - Problematizar as intervenções de enfermagem no âmbito da promoção de saúde infanto-juvenil - Analisar os principais problemas de saúde infanto-juvenis em contexto comunitário. - Analisar o plano nacional de vacinação - Conhecer recursos legais e institucionais na parentalidade. OBJECTIVOS: - O ciclo da família; processos familiares; dinâmicas de interacção familiar; -Transição para a parentalidade; a enfermagem na promoção das competências parentais; - Filosofia de cuidados no atendimento de saúde no âmbito da parentalidade; - Recursos legais e institucionais na parentalidade. - Planeamento familiar - A adaptação à gravidez e o exercício parental no contexto familiar: - Autocuidado durante a gravidez; - Promoção da gestão dos efeitos colaterais; - Desenvolvimento fetal; - Parto e nascimento; - Adaptação do recém-nascido à vida extra-uterina; - - Ligação mãe/pai-filho e competências do recém-nascido; - - Amamentação; - Adaptações fisiológicas e promoção do autocuidado no pós-parto e da recuperação pós- parto; CONTEÚDOS

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[email protected]

[email protected]

CLE

2011/2012 Parentalidade

O uso deste material como único material de estudo é fortemente desaconselhado.

Horas Totais (150 horas) = 76h (CONTACTO DIRECTO) T: 40, PL: 36

ECTS = 6 HORARIO DE ATENDIMENTO: 4ª FEIRAS: 14,30 -15,30 h

Objectivo geral Adquirir conhecimentos que potenciem a capacidade para a concepção e prestação de cuidados no âmbito da parentalidade.

[email protected]

- Compreender a importância da família como cuidadora ao longo do ciclo vital

Compreender a transição para a parentalidade

Adquirir conhecimentos teóricos no âmbito da gravidez, parto e puerpério

Desenvolver competências que permitam a prestação de cuidados à grávida,

puérpera e recém - nascido

- Analisar a problemática do planeamento familiar

- Problematizar as intervenções de enfermagem no âmbito da promoção de saúde

infanto-juvenil

- Analisar os principais problemas de saúde infanto-juvenis em contexto

comunitário.

- Analisar o plano nacional de vacinação

- Conhecer recursos legais e institucionais na parentalidade.

OBJECTIVOS:

- O ciclo da família; processos familiares; dinâmicas de interacção familiar;

-Transição para a parentalidade; a enfermagem na promoção das competências parentais; - Filosofia de cuidados no atendimento de saúde no âmbito da parentalidade; - Recursos legais e institucionais na parentalidade. - Planeamento familiar - A adaptação à gravidez e o exercício parental no contexto familiar: - Autocuidado durante a gravidez; - Promoção da gestão dos efeitos colaterais; - Desenvolvimento fetal; - Parto e nascimento; - Adaptação do recém-nascido à vida extra-uterina; - - Ligação mãe/pai-filho e competências do recém-nascido; - - Amamentação; - Adaptações fisiológicas e promoção do autocuidado no pós-parto e da recuperação pós-parto;

CONTEÚDOS

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A saúde da criança / adolescente/ família na contemporaneidade

- O exercício profissional de enfermagem na vigilância de saúde infanto-juvenil; ;

- - Promoção do crescimento e desenvolvimento da criança;

- Vigilância de saúde: exames de saúde na população infanto-juvenil

- Monitorização do crescimento e desenvolvimento

- Prevenção de acidentes

- Maus tratos

- Gestão dos principais problemas de saúde infanto-juvenis em contexto comunitário;.

- Plano Nacional de vacinação

CONTEÚDOS (cont…..)

BIBLIOGRAFIA FUNDAMENTAL

Avaliação 1 - Uma prova escrita Avaliação 2 - Uma avaliação contínua da prática 9,5valores

AVALIAÇÃO

Nota final = Avaliação 1 (70%)+ Avaliação 2 (30%)

DISPENSA DE EXAME

Todos os estudantes têm que ser avaliados nas diversas componentes das aulas laboratoriais.

Artigo 5.º Princípios e deveres na utilização dos laboratórios

2) Os utilizadores dos laboratórios estão obrigados a:

a) Uso de bata;

b) Apresentação pessoal adequada (similar à devida numa unidade de saúde), nomeadamente:

i) Higiene e limpeza pessoal escrupulosa;

ii) Cabelos compridos apanhados;

iii) Ausência de adornos;

iv) Maquilhagem e verniz discretos;

c) Abster-se de comer ou de beber no seu interior.

3) No interior das salas não é permitida a presença de agasalhos, guarda chuvas, sacos ou pastas,

mas apenas do material indispensável à actividade a desenvolver.

4) Os alunos não devem permanecer no interior das salas sem a presença de um docente ou sem a

sua autorização prévia.

Artigo 10.º

Responsabilidade

1) A utilização dos laboratórios e respectivo equipamento deverá ser feita com o necessário zelo e

responsabilidade, de modo a manter o seu bom funcionamento.

2) Os danos causados nos equipamentos e/ou nas instalações por maus-tratos ou por descuido

grosseiro do utilizador, ser-lhe-ão imputados, tendo este que indemnizar a ESEP - assegurando o

arranjo e/ou repondo o equipamento danificado - sem prejuízo, nos casos mais graves, de

procedimento disciplinar.

PARENTALIDADE

Assumir as responsabilidades de ser mãe e/ou pai; comportamentos destinados a

facilitar a incorporação de um recém-nascido na unidade familiar; comportamentos

para optimizar o crescimento e o desenvolvimento das crianças; interiorização das

expectativas dos indivíduos, famílias, amigos e sociedade quanto aos

comportamentos de papel parental adequados ou inadequados. CIPE,v.1(p.43)

Conceitos de Parentalidade

“A Parentalidade é porventura a tarefa mais desafiante da vida adulta” (CRUZ; 2005).

“conjunto de acções encetadas pelas figuras parentais (pais ou substitutos)

junto dos seus filhos no sentido de promover o seu desenvolvimento da forma

mais plena possível, utilizando para tal os recursos de que dispõe dentro

da família e, fora dela, na comunidade” (Cruz, 2005: p. 13)

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“De entre as várias abordagens possíveis para compreender a saúde e

planear as intervenções necessárias, as que se centram na família e se

baseiam no ciclo de vida estão a ganhar cada vez maior favorecimento,

particularmente em relação aos estilos de vida e aos problemas de origem

social.

A abordagem centrada na família e no ciclo de vida justifica-se pelo facto de

permitir uma melhor percepção, mais integrada, do conjunto de problemas de

saúde que devem ser priorizados para os diferentes grupos etários, nos

diferentes papéis sociais que vão assumindo ao longo da vida.”

Plano Nacional de Saúde , 2004/2010, Vol.I, p. 53

O CICLO DE VIDA

O PNS 2011-2016 explicita e enquadra quatro objectivos para o sistema de

saúde: OSS 2 - PROMOVER UM CONTEXTO FAVORÁVEL À SAÚDE, AO LONGO DO CICLO

DE VIDA

Um contexto favorável à saúde ao longo do CICLO DA VIDA implica a promoção,

protecção e manutenção da saúde, prevenção, tratamento e reabilitação da doença,

permitindo uma visão integrada das necessidades e oportunidades de intervenção modo

contínuo (WHO, 2002).

A abordagem pelo ciclo de vida permite:

Promover uma organização e intervenção integrada e continuada que inclui cuidados

primários, hospitalares e continuados integrados, sobre os factores protectores, de risco e

outros, assim como sobre os determinantes biológicos, comportamentais, sociais, entre

outros, desde o planeamento familiar e nascimento até á morte.

Orientar a sociedade e os cuidados de saúde para a avaliação de necessidades e

oportunidades de intervenção, em períodos críticos e janelas de oportunidade.

Reforçar a responsabilidade da sociedade para a especificidade dos períodos críticos e

das janelas de oportunidade do cidadão saudável e, também, do doente agudo,

crónico e em reabilitação (Health-promoting Health Systems, WHO 2009).

O CICLO DE VIDA www.acs.min-saude.pt/pns2011-2016

Saúde e bem-estar resultam de acções e oportunidades que os promovem e

que previnem a doença e as complicações, ao longo do ciclo da vida, nos

contextos em que esta decorre.” Plano Nacional de Saúde 2011-2016

• Os comportamentos de saúde e doença são aprendidos no contexto da família

• A unidade familiar é afectada quando um ou mais dos seus membros tem

problemas de saúde, e a família é um factor significativo na saúde e bem estar

dos indivíduos

• As famílias afectam a saúde do indivíduo assim como a saúde e as práticas de

saúde do indivíduo afectam a família

• Os cuidados de saúde são mais eficazes quando dão ênfase á família e não

apenas ao indivíduo

• A promoção, a manutenção e a recuperação da saúde das famílias são

importantes para a sobrevivência da sociedade

Hanson 2004

A relevância do estudo da família na saúde

Individuo

Família

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• Dois ou mais indivíduos que dependem um do outro para dar apoio emocional,

físico e económico. Hanson, 2004: 6

Conceito de Família:

• Família é quem eles dizem que são. Wright e Leahey, 2008

Grupo de seres humanos vistos como uma unidade social ou todo colectivo,

composta por membros ligados através da consanguinidade, afinidade emocional ou

parentesco legal, incluindo pessoas que são importantes para o cliente. A unidade

social constituída pela família como um todo é vista como algo para além dos

indivíduos e da sua relação sanguínea, de parentesco, relação emocional ou (de)

legal, incluindo pessoas que são importantes para o cliente, que constituem as

partes do grupo. CIPE, V.1, 2006

Unidade social ou todo colectivo composto por pessoas ligadas através de

consanguinidade, afinidade, relações emocionais ou legais, sendo a unidade

ou o todo considerados como um sistema que é maior do que a soma das partes. CIPE, V.2, 2011

Perspectiva legal art.º 1576.º do Código Civil

Português considera fontes

das relações jurídicas

familiares o casamento,

o parentesco, a afinidade

e a adopção

Perspectiva biológica Realização da função biológica

de perpetuação da espécie

Perspectiva psicológica Aspectos interpessoais e

responsabilidade pelo

desenvolvimento da personalidade

Perspectiva sociológica Instituição social, onde

se formam os valores culturais

e a identidade

Perspectiva enfermagem

Conceito de Família:

“Tornar-se família é um dos processos de mudança mais significativos da vida

humana”(Brazelton, 2001)

Teoria dos sistemas:

Axiomas: • O todo é mais que a soma das partes

• Tudo o que afecta o sistema afecta cada

uma das partes

• Uma mudança em qualquer parte afecta

o todo

SUBSISTEMAS FAMILIARES Conjugal Parental Filial Fraternal

Tipos de Família:

Família nuclear

Família alargada

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Tipos de Família:

Família monoparental

Família reconstituída ou recomposta

Outros tipos de Família (Hockenberry , Wilson & Winkelstein, 2006)

Família poligâmica : casamentos plurais

Família homossexual

Família comunitária

Funções da Família

• Afectividade

• Socialização dos seus membros

• Conservação da ordem

• Integração no núcleo social

• Reprodução

• Cuidados de saúde

Função familiar: refere-se às interacções dos membros familiares

(Hockenberry , Wilson & Winkelstein, 2006:Lowdermilk, D. & Perry, S.(2008)

Processo com as características especificas: Interacções positivas ou negativas

que se vão desenvolvendo e padrões de relacionamento entre os membros da

família. CIPE v.1 ,2006

Procesos Familiares

Limites: claros

Poder parental: compartilhado pelos pais, crianças consultadas,

possibilidade de negociação; hierarquia familiar

Comunicação: clara , directa, espontânea, sentido de humor e receptiva a

Novas ideias

Afecto

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o Nascer com Saúde, gravidez e período neonatal;

o Crescer com Segurança, pós-neonatal até 9 anos;

o Juventude à procura de um Futuro saudável, dos 10 aos 24 anos;

o Uma Vida Adulta Produtiva, dos 25 aos 64 anos;

o Um Envelhecimento Activo, acima dos 65 anos.

ETAPAS DO CICLO DE VIDA (PNS 2004-2010, PNS 2011 – 2016)

Há evidência de benefícios para a saúde a longo prazo através de intervenções a nível de: i)Planeamento e acompanhamento da gravidez; ii) Preparação para a parentalidade; iii) Estilos de vida saudáveis da grávida (incluindo prevenção do consumo de álcool e tabaco); iv) Preparação para o parto; v) Amamentação; vi) Imunização.

períodos críticos: primeiro ano de vida; idade pré-escolar, até aos 6 anos; idade escolar, dos 6 aos 10 anos. Há evidência de benefício para a saúde, a longo prazo, através de intervenções a nível de: i) Promoção das relações parentais; ii) Estilos de vida saudáveis; iii) Prevenção de comportamentos de risco, abuso e violência; iv) Diagnóstico e intervenção precoce; v) Serviços de saúde adequados à criança.

Há evidência de benefício para a saúde a longo prazo através de intervenções a nível de: i) Promoção das relações parentais; ii) Estilos de vida saudáveis; iii) Prevenção de comportamentos de risco, abuso e violência; iv) Apoio à saúde mental; v) Relações saudáveis e planeamento familiar; vi) Serviços de saúde adequados ao adolescente.

Há evidência de benefício para a saúde a longo prazo através de intervenções a nível de: i) Estilos de vida saudáveis; ii) Promoção da saúde mental; iii) Controlo de factores de risco como o excesso de peso, hipertensão arterial, tabaco, álcool, colesterol elevado, baixa ingestão de vegetais e frutas e inactividade física; iv) Adesão aos rastreios e acções de diagnóstico precoce; v) Cultura de participação activa e de responsabilização pela sua própria saúde; vi) Controlo e auto-gestão da doença crónica; vii) Respostas adequadas e específicas em função do sexo.

Ciclo Vital da Família de Duvall

Nascimento da família

nuclear

Nascimento dos filhos

Adolescência dos filhos

Partida dos filhos

Envelhecimento /

Morte da família

nuclear

Filhos em idade pré-escolar Filhos em idade escolar

TAREFAS DESENVOLVIMENTAIS O estabelecimento dum casamento mutuamente satisfatório; O reajustamento das relações com as famílias alargadas e amigos, de modo a incluir o cônjuge; A criação dum espaço próprio; A preparação para a gravidez e nascimento do primeiro filho.

TAREFAS DESENVOLVIMENTAIS Ter os filhos, adaptar-se a eles e estimular o desenvolvimento dos bebés. Estabelecer um lar satisfatório tanto para os pais quanto para os bebés. Adaptação dos pais ao desgaste físico e à falta de privacidade.

TAREFAS DESENVOLVIMENTAIS Adaptar-se às necessidades críticas e aos interesses dos filhos pré-escolares, estimulando maneiras de promover o crescimento. Enfrentar com energia o esgotamento e a

falta de privacidade.

Encorajamento das crianças no seu desempenho escolar; Integração na comunidade das famílias com crianças em idade escolar.

Equilibrar a liberdade com a responsabilidade à medida que os adolescentes crescem;Procurar novas áreas de interesse e ou fazer um investimento acrescido nas suas carreiras

profissionais.

Dar assistência adequada e proporcionar rituais apropriados à saída dos filhos de casa; Estabelecer relações adulto-adulto entre filhos crescidos e pais;Reajustar as relações

de modo a incluir genros, noras e netos.

Reconstruir o relacionamento conjugal. Manter os laços de parentesco com gerações mais velhas e mais novas.

Enfrentar a perda e viver sozinho. Fechar a casa da família ou adaptá-la ao envelhecimento. Adaptar-se à reforma.

Presença da mulher no mercado trabalho

maior equidade homens - mulheres

Controlo da natalidade

procriação medicamente assistida

Diminuição do número de filhos

importância da criança e das suas condições de desenvolvimento

Prolongamento dos estudos

Aumento da esperança de vida

existência de quatro gerações

Aumento dos divórcios

prevalência dos direitos individuais, dos afectos, do companheirismo, na comunicação (aumento das famílias monoparentais)

Famílias reconstituídas (2003 uma percentagem de 14,1% de casamentos

com filhos não comuns ao casal )

Mobilidade social e globalização

sociedade de consumo

importância dos media

interculturalidade

A família nas sociedades contemporâneas

Neves, 2008

Neves, 2008

Neves, 2008

1. A família tende a comunicar bem e a ouvir todos os seus membros

2. A família assegura e dá apoio a todos os seus membros

3. Ensinar a respeitar os outros é valorizado pela família

4. Os membros da família têm um sentimento de confiança

5. A família diverte-se em conjunto e o humor está presente

6. Todos os membros interagem e observa-se um equilíbrio nas interacções

7. A família partilha em conjunto os tempos de lazer

8. A família tem um sentimento de partilha de responsabilidades

9. A família tem tradições e rituais

10. A família partilha uma crença religiosa

11. A privacidade dos membros é respeitada pela família

12. A família abre as suas fronteiras para aceitar e obter ajuda para os problemas

Características das famílias saudáveis

Fonte: Currancitpor Hansone Kaakinen1999: 545

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Características das famílias propensas á crise

1. Apatia (resignação com o estado da vida)

2.Baixo auto-conceito

3.Baixos rendimentos

4.Incapacidade para controlar o dinheiro

5.Preferências irrealistas (materiais)

6.Baixo nível de escolaridade e de habilidades

7.História instável em termos laborais

8.Mudanças frequentes de morada

9.História de repetidas soluções inadequadas de problemas

10.Falta de figuras -modelo adequadas

11.Falta de participação em actividades religiosas ou comunitárias

12.Isolamento ambiental (sem telefone, transporte público inadequado..

Fife, 1985; Smith–DiJulio, 1998 citpor Carpenito, 2002: 275

Para assistir o indivíduo, a família ou a comunidade a lidar com as transições que afectam a sua saúde emerge como um desafio para os enfermeiros antes, durante e após um evento gerador de mudança (Meleis, 2005).

As transições são “resultado e resultam em modificações nas vidas, saúde, relações e ambientes” (Meleis et al, 2000, p.13).

TRANSIÇÃO

TIPOS DE TRANSIÇÃO

Associadas a mudanças no ciclo de

vida Ex. infância, adolescência

DESENVOLVIMENTAIS

Associadas a acontecimentos que

implicam mudanças de papéis.

Ex. nascimento; luto

SITUACIONAIS

Bem-estar; Doença aguda; Doença crónica

SAÚDE/ DOENÇA

Indicadores de transições bem sucedidas, são a adequação de papéis, a resolução eficaz de problemas e a manifestação de bem-estar.

(Meleis & Shumacher, 1994)

quando ocorrem situações de transição, os enfermeiros são os cuidadores principais do

cliente/família por estarem atentos às necessidades e mudanças que as mesmas acarretam

nas suas vidas e os preparem para melhor lidarem com essas transições através da

aprendizagem e aquisição de novas competências Meleis et al., 2000).

.

As transições requerem, por parte das pessoas, a incorporação de conhecimentos,

alteração do comportamento e mudança na definição do self face ao novo contexto social Meleis et al., 2000).

O nascimento de um filho representa para a família “uma fase de transição do seu ciclo

evolutivo, comportando-se como uma fonte de stress esperável e normativa (crise)”,

“uma transição-chave no ciclo de vida familiar (Relvas e Lourenço 2001:122)

TRANSIÇÃO CRISE

DESENVOLVIMENTO

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• A PUBERDADE

• O NASCIMENTO DE UM FILHO

• O INÍCIO DA ESCOLARIDADE

TIPO DE CRISES (Isaacs, Ann, 1998)

CRISES DE DESENVOLVIMENTO MATURATIVAS

• O NASCIMENTO DE UM FILHO

• O INÍCIO DA ESCOLARIDADE

• A PUBERDADE

• A VELHICE

• A VELHICE

Crise: Desequilíbrio da estabilidade mental, social e económica do grupo familiar, causando uma inadaptação e alteração temporária do desempenho normal da família. Dificuldade da família para resolver problemas, para reconhecer situações de mudança, para reconhecer recursos internos, para reconhecer redes externas de apoio, ambiente tenso, comunicação familiar ineficaz. CIPE, v2

• O DIVÓRCIO

• A MORTE DE UM ENTE QUERIDO

• O CASAMENTO

• O NASCIMENTO DE UM IRMÃO

CRISES DE DESENVOLVIMENTO TRANSACCIONAIS

• O NASCIMENTO DE UM IRMÃO

• O CASAMENTO

• A MORTE DE UM ENTE QUERIDO

• O DIVÓRCIO

Cândida Pinto

• DOENÇA

• ACIDENTES

• INSUCESSO ESCOLAR

• PERDA DE EMPREGO

CRISES SITUACIONAIS

• PERDA DE EMPREGO;

• INSUCESSO ESCOLAR

• ACIDENTES

•DOENÇA

Tipos de

famílias

e padrões

de

funcionamento

Esquema de avaliação

familiar

significado familiar

Recursos

família

Resolução

de

problemas

e

coping

Boa

adaptação

adaptação

Crise

MODELO FAMILIAR DE RESILIÊNCIA E STRESS FONTE: Danielson et al,1993

EXIGÊNCIAS Ao longo do tempo PROCESSO Ao longo do tempo RESULTADO

Stress

forças

transições

CRISE

Avaliação

situação

Capacidade

família

Suporte

social

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Transição para a parentalidade “Não nascemos pais, tornamo-nos pais” Moro, 2002

NOVAS TAREFAS (Brotherson, 2007) :

• Incorporação de um novo ser na vida do casal

• Alteração entre os papéis do casal

• Alterações nas actividades de vida diária

• Novas funções “ser pais”

A parentalidade implica uma reestruturação psíquica e afectiva que permita a dois

Adultos assumir o papel de pais, isto é capazes de responder às necessidades

Da criança sob o ponto de vista físico, afectivo, intelectual e social . Conselho da Europa, 2006

FUNÇÃO PARENTAL

Novas formas família Novos

papéis mulheres

Papel do pai

Avós no mercado

de trabalho

Direitos crianças

Contexto

sócio Político Discursos

social

centrado falhas

Acesso drogas álcool

Violência e

Insegurança

TV Internet

Redes sociais

Sucesso Escolar =

sucesso

Família/ Escola

PARENTALIDADE

Tomar Conta: Assumir as responsabilidades de ser mãe e/ou pai; comportamentos destinados a facilitar a incorporação de um recém-nascido na unidade familiar; comportamentos para optimizar o crescimento e desenvolvimento das crianças; interiorização das expectativas dos indivíduos, famílias, amigos e sociedade quanto aos comportamentos de papel parental adequados ou inadequados

Focos de atenção(CIPE, v2)

Parentalidade comprometida

Disponibilidade para Parentalidade

Adequada

FONTE: http://icnp.clinicaltemplates.org/icnp/v3_0/search/

Focos de atenção(CIPE, v2)

Processo familiar: Interacções positivas ou negativas que se vão desenvolvendo e padrões de relacionamento entre os membros da família

Processo Familiar Interrompido

Processo familiar comprometido

Processo familiar efectivo

Disponibilidade Para Processo Familiar

Efectivo

Processo familiar disfuncional

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Adaptação à Parentalidade Parentalidade: Comportamentos que incidem no ajustamento à gravidez e em empreender acções para se preparar para ser pai ou mãe; interiorizando as expectativas das famílias, amigos e sociedade quanto aos comportamentos parentais adequados ou inadequados.CIPE v2

Focos de atenção(CIPE, v2)

Crise familiar : Desequilíbrio da estabilidade mental, social e económica do grupo familiar, causando uma inadaptação e alteração temporária do desempenho normal da família. Dificuldade da família para resolver problemas, para reconhecer situações de mudança, para reconhecer recursos internos, para reconhecer redes externas de apoio, ambiente tenso, comunicação familiar ineficaz. CIPE v2

Planeamento Familiar. Processo Familiar: Processo comportamental de regular o número e espaçamento etário das crianças numa família, tendo em conta os costumes e a lei, o número de crianças e adultos ideal ou aceitável na família ou a valorização de um sexo em relação ao outro. CIPE v2

Cuidados centrados na família

Parceria com os pais

Participação parental

Envolvimento parental

Adaptação: Hutchfield (1999) Family-centered care: a concept analysis. Journal of Advanced

Nursing, 29(5), 1178-1187

PROGRESSÃO NO NÍVEL DE AUTONOMIA FAMILIAR E DA INTERACÇÃO ENFERMEIRO/FAMÍLIA

Papel do Enfermeiro:

-Prestar cuidados de enfermagem;

-Ajudar os pais a prestarem os cuidados normais;

-Advogar a família.

-.

Papel dos Pais:

-Advogar o filho;

-Suporte emocional do filho.

Papel do Enfermeiro:

-Responsável por assegurar que todos os cuidados são prestados;

-Prestar os cuidados que os pais não querem realizar;

-Advogar a família.

Papel dos Pais:

-Participar na prestação de cuidados normais;

-Prestar cuidados de enfermagem.

Papel do Enfermeiro:

-Suporte, consultor e facilitador;

-Conhecer a criança doente não só no que concerne à família;

-Assegurar que os pais se alimentam, que descansam, etc.

Papel dos Pais:

-Prestadores de cuidados primários.

Papel do Enfermeiro:

-Consultadoria/conselho

Papel dos Pais:

-Peritos em todos os aspectos dos cuidados ao seu filho.

PROCESSO DE ENFERMAGEM

Histórico

Planeamento

Avaliação

Etapas do processo de enfermagem

A utilização do processo de enfermagem é fundamental na prática clínica, enquanto

processo sistemático, dinâmico, humanista e centrado nos resultados, que permite uma

estrutura na qual as necessidades individualizas do cliente, da família e da comunidade

podem ser colmatadas (Alfaro –LeFevre, 2005)

(avaliação e recolha de dados) - Recolhe e analisa informação

relativa ao estado de saúde do cliente;

Analisa a informação obtida com o propósito específico de identificar necessidades em cuidados de enfermagem;

Prescreve as intervenções de enfermagem em

função dos resultados que pretendidos e define as

acções prioritárias;

(execução) – Realiza ou delega a execução das intervenções;

Aprecia os resultados obtidos com a execução das intervenções e define a necessidade de introduzir correcções.

Diagnóstico

Implementação

• Atitude colaborativa e consultiva 1.Acolhimento

• Abrir espaço para a família contar a sua história 2.Avaliação

• Providenciar um contexto para a família fazer mudanças 3.Intervenção

• Encorajar os membros da família a solucionar problemas no futuro 4.Finalização

Etapas das entrevistas à família (Whrighte Leahey, 2009 )

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Perguntas de intervenção Perguntas lineares-têm como finalidade obter informação Por ex. “Desde quando se deu conta que a sua filha alterou os seus hábitos alimentares?”

Perguntas circulares–têm como finalidade obter explicações para os problemas Por ex. “Quem é o membro da família mais preocupado com a anorexia da Maria?

Perguntas diferenciais-têm como finalidade explorar diferenças entre as pessoas,

relações, tempo, ideias ou crenças. Por ex. “Quem é o membro da família que necessita mais informação?”

Perguntas de efeito comportamental–têm como finalidade explorar as relações

entre o efeito do comportamento e dum membro da família sobre o/s outro/s. Por ex. “ O que é que pensa do facto do seu marido não visitar o vosso filho no hospital?”

Perguntas hipotéticas–têm como finalidade explorar as opções e as acções

alternativas, ou significativas, no futuro. Por ex. “ Se decidisse internar a sua avó num lar com quem discutia essa decisão?”

Perguntas à tríade–perguntas colocadas a uma 3º pessoa sobre o relacionamento

entre outras 2 pessoas Por ex. “ Como é que o seu pai sabe quando a sua irmã precisa de apoio?”

Avaliação familiar

Entrevista (Honckenberry , Wilson & Winkeltein, 2006)

• Apresentação pessoal / elementos da família

• Áreas de avaliação estrutural

- Composição familiar

- Ambiente familiar e comunitário

- ocupação / escolaridade dos membros da família

- Tradições culturais e religiosas

• Áreas de avaliação funcional

- Interacções e papéis familiares

-Poder, processo de decisão e resolução de problemas

- Processos de comunicação

- Expressão de sentimentos e individualidade

FONTE: HANSON,SM–AvaliaçãoeintervençãofamiliarinHANSON,SM-Enfermagemdecuidadosdesaúdeàfamília:teoria,

práticaeinvestigação.2ªed.,Loures:Lusociência,2004,p.181-206

Exemplos de símbolos do

genograma

Fonte: Rebelo, 2007

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Avaliação familiar

Genograma: é um diagrama que

mostra a estrutura das relações

Entre a família

Avaliação familiar

Ecomapa: representação visual

Da unidade familiar em relação à

comunidade ; mostra a natureza

Das relações entre os membros da

família, e entre estes e o mundo

Fonte: Araújo, Paul e Martins, (2010)

(Honckenberry , Wilson & Winkeltein, 2006)

• Número reduzido de itens • Facilidade de aplicação • Nível cultural dos entrevistados parece não influenciar nos resultados • Pode ser aplicado a partir dos 10 anos de idade • O princípio fundamental do instrumento é que os membros da família

percebem o funcionamento familiar e podem manifestar o seu grau de satisfação por meio do cumprimento de parâmetros básicos da função familiar definidos pelo acrónimo APGAR

A–Adaptação/Adaptabilidade(Adaptation) P–Participação/Cooperação(Participation) G–Crescimento/Desenvolvimento(Growth) A–Afeição/Afectividade(Affection R–Resolutividade(Resolution):

ESCALA DE GRAFFAR

Método de Estratificação Social

5critérios:Profissão; Nível de instrução; Fonte e regularidade do salário,

conforto da habitação e Aspecto do bairro residencial onde habita.

para cada critério, o modelo descreve 5itens,e,para cada item uma pontuação

que variade1–5pontos.

RESULTADOS: 5 estratos sociais:

Estrato I ou Alto-alto(5 a 9pontos);

Estrato II ou Médio-Alto(10 a13 pontos);

Estrato III ou Médio(14 a 17 pontos);

Estrato IV ou Médio-Baixo(18 a 21 pontos)

Estrato V ou Baixo(22 a 25 pontos).

Graffar(1956)

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INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM (Wright & Leahey (2002))

Promover, melhorar e/ ou apoiar o funcionamento da família:

DOMÍNIO COGNITIVO DOMÍNIO AFECTIVO

DOMÍNIO COMPORTAMENTAL

Ajudar a família a mudar a sua percepção e capacidade de resolução de problemas de saúde: EDUCAR, INFORMAR, REDIFINIR PROBLEMAS E VALORIZAR AS POTENCIALIDADES DA FAMÍLIA

Reduzir ou aumentar as emoções que estejam a bloquear a capacidade da família para a resolução de problemas: validar reacções emocionais, promover a expressão de sentimentos e preocupações dos outros Elementos Facilitar a comunicação entre parceiros. A comunicação e os mecanismos de feedback entre os membros da família são importantes no funcionamento do sistema familiar Whyte, 2001

Ajudar os elementos da família a adquirir / mudar comportamentos: Prestação de cuidados

A ENFERMAGEM NA PROMOÇÃO DAS COMPETÊNCIAS PARENTAIS

• Identificar as alterações nos processos familiares

• Avaliar conhecimentos / competências nos cuidados à criança

• Explicar as necessidades básicas da criança

• Discutir estratégias para a normalização da vida familiar

• Orientar sobre cuidados à criança

• Reforçar o sentido de competência parental

• Elogiar as competências parentais

• Considerando que “Pais”: são as pessoas com responsabilidade parental;

• “Parentalidade”: são todos os papéis dos pais em ordem a cuidar da criança e promover o seu desenvolvimento. Centra-se na interacção pais-criança e implica deveres e direitos relacionados com o desenvolvimento e auto-actualização das potencialidades da criança.

• A “Parentalidade Positiva”: define-se como um comportamento parental baseado no melhor interesse da criança. Pode ser descrita como promoção do desenvolvimento de relacionamento positivo e optimização do potencial desenvolvimento das crianças. Lopes, Catarino & Dixe, 2010

Parentalidade positiva “Changes in Parenting: Children Today, Parents

Tomorrow” (Recomendação 16 do Conselho da Europa, Lisboa 2006)

Enquadramento sociopolítico

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• adoptar uma perspectiva baseada em direitos: tratar as crianças e os pais como sujeitos de direitos e deveres baseadas na escolha voluntária dos sujeitos: excepto quando as autoridades públicas têm de intervir para proteger a crianças

• reconhecer que os pais têm a responsabilidade primordial sobre os seus filhos, sujeita aos melhores interesses da criança (bom-trato vs mau-trato)

• basearem-se no envolvimento igual de ambos os pais e respeitar a sua complementaridade

• ter em conta a importância de um nível de vida mínimo para o exercício de uma parentalidade positiva

• reconhecer a diversidade dos tipos de parentalidade e de situações parentais e adoptar uma perspectiva pluralista

• Reconhecer as potencialidades dos pais, colocando uma prioridade particular no uso de incentivos

• Ser a longo-termo, de modo a garantir a estabilidade e continuidade da medida política

Parentalidade positiva (“Changes in Parenting: Children Today, Parents Tomorrow”

Recomendação do Conselho da Europa, Lisboa 2006)

Políticas e medidas de apoio à parentalidade positiva:

Código do Trabalho - Lei n.º 7/2009 de 12 de Fevereiro

SUBSECÇÃO IV Parentalidade Artigo 33.º a Artigo 65.º

Decreto-Lei n.º 89/2009, de 9 de Abril

Regulamenta a protecção na parentalidade, no âmbito da eventualidade

maternidade, paternidade e adopção, dos trabalhadores que exercem funções

públicas integrados no regime de protecção social convergente

Legislação de apoio à parentalidade

Decreto-Lei n.º 91/2009 de 9 de Abril

Estabelece o regime jurídico de protecção social na parentalidade no âmbito do

sistema previdencial e no subsistema de solidariedade e revoga o Decreto-Lei

n.º 154/88, de 29 de Abril, e o Decreto-Lei n.º 105/2008, de 25 de Junho

Recursos legais e institucionais na parentalidade

A PARENTALIDADE NO REGIME DE PROTECÇÃO SOCIAL CONVERGENTE

(Decreto-Lei n.º 89/2009, de 9 de Abril)

Aspectos marcantes: Imprescindibilidade de um prazo de garantia de 6 meses civis, seguidos ou interpolados, com prestação de trabalho efectivo ou equivalente. Os trabalhadores deixam de auferir remuneração quando gozam licença relativa à parentalidade, passando a auferir subsídio. No regime de protecção social convergente, o subsídio é suportado pela entidade patronal. Sobre os subsídios não incidem descontos, designadamente para a CGA (mercê deste facto, o trabalhador poderá auferir nalguns casos um subsídio de valor mais elevado ao que auferia quando percebia remuneração).

Licença de Maternidade

Nota: Para ter direito a esta licença, a mãe precisa de ter pelo menos 6 meses (seguidos

ou interpolados) de registo de remunerações.

A mãe tem direito a:

2. Proibição de despedimento e

manutenção dos direitos ligados

ao contrato do trabalho

(remuneração) 3. Dispensa de trabalho

(sem perda da

remuneração) para

exames pré-natais

4. Não trabalhar de noite antes

e depois do parto, tendo de ser

transferida para um trabalho

diurno ou então alongar a

licença de maternidade

5. No caso de gozar uma licença de

150 dias, terá direito a 80% da

remuneração

1-120 dias consecutivos (30 dias

antes ou depois do parto, mediante

a apresentação de atestado médico)

mais 30 dias por cada gémeo além

do primeiro, em caso de nascimentos

múltiplos

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Se houver nascimentos múltiplos, o período de licença é

acrescido de 30 dias por cada gémeo, para além do primeiro filho

Em caso de aborto, a licença tem duração de 14 a 30 dias,

conforme prescrição médica

Nas situações de risco clínico, tem direito a licença antes do parto

pelo tempo necessário a prevenir o risco, fixado por prescrição

médica, sem o prejuízo dos 120 dias

Em caso de internamento hospitalar da mãe ou da criança, o

período de licença deverá ser interrompido, a pedido da mãe,

pelo tempo de internamento

Situações diferenciadas: O pai

O pai tem direito a gozar uma licença licença parental de 10 dias úteis,

seguidos ou interpolados, nos 30 dias seguintes ao nascimento do filho

Incapacidade física ou psíquica da mãe,

e enquanto esta se mantiver;

Morte da mãe (duração mínima de 14 dias)

Decisão conjunta dos pais.

O pai tem direito a

licença de

paternidade (período

igual ao que a mãe

teria) quando se

verifica:

Nota: o pai não está sujeito ao regulamento hospitalar das visitas.

Licença por Adopção

Tem duração de 100 dias, com início a partir da confiança judicial ou

administrativa do menor, e só será exercido por um dos membros do casal

adoptante (se ambos forem trabalhadores)

Se o menor for filho do cônjuge do candidato a adoptante ou se já se

encontrar a seu cargo há mais de 60 dias, a licença já não será de 100

dias

Para se beneficiar desta licença, a criança adoptada tem de ter menos 15 anos e os beneficiários têm de apresentar as condições de atribuição exigidas para a licença de maternidade.

Subsídio Para Assistência a

Descendentes Doentes

É atribuído para que

se possa prestar

assistência inadiável

e imprescindível a

filhos doentes O filho tem de ter menos

de 12 anos, mas se for

deficiente ou portador de

doença crónica não tem

limite de idade

direito a faltar até 15

dias por ano, para

assistência a filho com

12 ou mais

O beneficiário tem

de ter, pelo menos,

6 meses de

remuneração

O montante é de

65% da

remuneração

Subsídio para Assistência a

Deficientes Profundos e Doentes Crónicos

É atribuído ao pai

ou à mãe para

prestar assistência

aos seus filhos

Duração de 6

meses, extensível

até 4 anos, durante

os primeiros 12

anos de vida.

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Assistência

Médica

A mulher tem direito

consultas e exames gratuitos

durante a gravidez e nos 60

dias que se seguem ao parto.

No período de

amamentação tem o

direito a ser dispensada

em cada dia por dois

períodos de uma hora,

mais 30`por cada gémeo

O internamento no

período de gravidez e

após o parto é gratuito

As trabalhadoras grávidas tem

direito a dispensa de trabalho

para se deslocarem a consultas

pré – natais, sem perda de

remuneração e de quaisquer

regalias

o pai tem direito a três

dispensas para acompanhar

Organizações Nacionais

Visam dar apoio a mães que não têm possibilidades de sozinhas

criar uma criança.

Algumas prestam os seus serviços na etapa pré-natal, outras na

pós-natal e algumas combinam estes dois estados.

Cáritas Portuguesas; Ajuda de Mãe; Ajuda de Berço; S.O.S. Apoio à Grávida – Acolhimento; Centro de Mãe e Movimento de Apoio à Grávida. …………. Cáritas Portuguesas; Ajuda de Mãe; Ajuda de Berço; S.O.S. Apoio à Grávida – Acolhimento; Centro de Mãe e Movimento de Apoio à Grávida.

Organizações internacionais

São instituições vocacionadas para o apoio aos mais desprotegidos. Embora não

haja nenhuma organização cujo o alvo seja especificamente a parentalidade, todas

elas prevêem algum incentivo neste campo.

Organização das Nações Unidas

Assembleia Geral

OIT

FMI

SFI

GATT

BIRD

FAO

OACI

UNESCO

UPU

UIT

OMS

OMM

AID

OMCI

OIT- Org. Intern. do Trabalho; FAO – Org. das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura

UNESCO – Org. das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura; OMS – Org. Mundial de Saúde

UNICEF - Fundo Internacional de Emergência para as Crianças