Aula Prática de coloração de Gram

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Aula Prática de Microbiologia – Coloração de Gram A coloração de Gram é usada para classificar as bactérias em relação à forma, tamanho, morfologia celular e propriedade tintorial. A coloração de Gram foi originalmente descrita por Christian Gram em 1884 e modificada por Hucker em 1921, comumente usada na prática bacteriológica devido proporcionar uma melhor estabilidade dos reagentes e melhor diferenciação dos microrganismos. O método de Gram se baseia no fato de que quando certas bactérias são coradas pelo o cristal violeta (corante azul) e depois tratadas pela solução de iodo–iodetada (lugol), forma- se um composto de coloração escura entre o iodo e o corante, que é fortemente retido por um grupo de bactérias e não pode ser removido pelo descoramento subseqüente com o álcool – gram positiva. Outras bactérias, denominadas gram negativas, deixam-se descorar facilmente pelo álcool. Então, as bactérias gram negativas aparecerão coradas em vermelho, ao passo que as gram positivas aparecerão coradas em roxo. O mecanismo da coloração de Gram está baseado na diferença de permeabilidade da parede celular. As bactérias gram negativas apresentam uma elevada concentração de lipídeos e uma delgada parede celular quando comparadas com as bactérias gram positivas. Sugere-se que quando há o tratamento com álcool, os lipídeos das bactérias gram negativas são retirados da parede celular, aumentando a permeabilidade da mesma e fazendo com que estas bactérias percam o primeiro corante (cristal violeta). As bactérias gram positivas, por possuírem uma menor concentração de lipídeos, se tornam desidratadas com o tratamento pelo álcool, diminuindo a permeabilidade da parede celular e retendo o primeiro corante. TÉCNICA DA COLORAÇÃO DE GRAM 1. Fazer um esfregaço do material desejado em uma lâmina; 2. Fixar o material , com o fogo, na lâmina;

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Aula Prática de Microbiologia – Coloração de Gram

A coloração de Gram é usada para classificar as bactérias em relação à forma, tamanho, morfologia celular e propriedade tintorial. A coloração de Gram foi originalmente descrita por Christian Gram em 1884 e modificada por Hucker em 1921, comumente usada na prática bacteriológica devido proporcionar uma melhor estabilidade dos reagentes e melhor diferenciação dos microrganismos.

O método de Gram se baseia no fato de que quando certas bactérias são coradas pelo o cristal violeta (corante azul) e depois tratadas pela solução de iodo–iodetada (lugol), forma-se um composto de coloração escura entre o iodo e o corante, que é fortemente retido por um grupo de bactérias e não pode ser removido pelo descoramento subseqüente com o álcool – gram positiva. Outras bactérias, denominadas gram negativas, deixam-se descorar facilmente pelo álcool. Então, as bactérias gram negativas aparecerão coradas em vermelho, ao passo que as gram positivas aparecerão coradas em roxo.

O mecanismo da coloração de Gram está baseado na diferença de permeabilidade da parede celular. As bactérias gram negativas apresentam uma elevada concentração de lipídeos e uma delgada parede celular quando comparadas com as bactérias gram positivas. Sugere-se que quando há o tratamento com álcool, os lipídeos das bactérias gram negativas são retirados da parede celular, aumentando a permeabilidade da mesma e fazendo com que estas bactérias percam o primeiro corante (cristal violeta). As bactérias gram positivas, por possuírem uma menor concentração de lipídeos, se tornam desidratadas com o tratamento pelo álcool, diminuindo a permeabilidade da parede celular e retendo o primeiro corante.

TÉCNICA DA COLORAÇÃO DE GRAM

1. Fazer um esfregaço do material desejado em uma lâmina;

2. Fixar o material , com o fogo, na lâmina;

3. Cobrir o esfregaço com cristal violeta (1º corante) por 1 minuto;

4. Escorrer o corante. Cobrir com lugol (mordente) por 1 minuto;

5. Lavar em água corrente de baixa pressão;

6. Descorar com álcool-cetona por 1 – 5 segundos;

7. Lavar em água corrente de baixa pressão;

8. Cobrir o esfregaço com fucsina de Ziehl-Neelsen 1:10 (2º corante) por 30 segundos;

9. Lavar em água corrente de baixa pressão;

10. Deixar secar espontaneamente;

11. Observar ao microscópio com objetiva de imersão.