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eve Resumo do Módulo 3: A Abertura Europeia ao Mundo: Sensibilidades e Valores nos séculos. Introdução ao Módulo 4: A Europa nos Séculos XVII e XVIII Poder e Dinâmicas Coloniais. A população da Europa nos Séculos XVII e XVIII: crises e cresci 17/09/2010 11º Ano

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Lição Nº 2

Sumário : Breve Resumo do Módulo 3: A Abertura Europeia ao Mundo: Sensibilidades e Valores nos séculos. Introdução ao Módulo 4: A Europa nos Séculos XVII e XVIII – Sociedade, Poder e Dinâmicas Coloniais. A população da Europa nos Séculos XVII e XVIII: crises e crescimento,

17/09/201011º Ano

Módulo 3 - A Abertura Europeia ao Mundo: Sensibilidades e Valores nos Séculos

11ºAno

Unidade 1 – A geografia cultural europeia de Quatrocentos

Principais centros culturais

As condições da expansão cultural

Europa recupera das fomes, das pestes e das guerras, arrancando a Época Moderna, assistindo-se um notável dinamismo civilizacional do Ocidente.São os povos Ibéricos que “abrem o mundo” com a descoberta das Rotas do Cabo e das Américas. Encontram-se então novas civilizações.Entretanto:

* População aumenta;* Cidades reanimam;* Elites burguesas e aristocráticas faziam fortunas;

O Renascimento eclosão e difusão

É no contexto anterior que o Renascimento eclode e se expande: das letras às artes e às ciências esteve-se perante uma renovação cultural.

Descobriu-se o Homem como criatura boa, livre e responsável, feita de todas as coisas: ele foi o protagonista do movimento humanista.

A Antiguidade Clássica foi mestra na arte; os seus temas e estilos, os seus padrões, até o nu, foram retomados pelos artistas, que os souberam fundir com tradições locais.

A intervenção cultural do Homem renascentista reflectiu-se na investigação científica. Neste campo os clássicos já não influenciam tantos os humanistas; as suas verdades foram revistas, e o seu espírito crítico e racional orientou os Renascentistas na pesquisa e na descoberta da Natureza e do Universo.

A Itália

Em Itália – herdeira directa de Roma e vizinha de Bizâncio, onde as tradições helénicas se conservaram – localizou-se o berço do Renascimento. Assumiu-se como “farol” da nova cultura renascida. Albergou estudiosos da língua grega e da filosofia platónica; autores cujas obras se baseavam na perspectiva com harmonia, na simetria e na beleza…

Roma foi o terceiro dos grandes centros culturais da Itália renascentista, onde a contratação de prestigiados artistas permitiu a monumentalidade da capital da Cristandade.

Veneza usufruía de uma notável prosperidade económica e política e distinguiu-se pela escola de pintura, e pelas cerca de 150 oficinas tipográficas.

O resto da Europa

Desde finais do século XV, toda a Europa fervilhava culturalmente, deixando-se contagiar por Itália. Tal como na Península Itálica, na restante Europa do Renascimento os centros culturais deveram a sua vitalidade ao dinamismo das cortes r+régias e principescas, dos círculos aristocráticos e burgueses, das oficinas de imprensa, dos colégios e universidades renovadas.

Países Baixos: (duques de Borgonha) pintura atingiu um elevado grau de aperfeiçoamento técnico. Erasmo de Roterdão foi um notável filósofo e moralista holandês

Lisboa

O prosseguimento metódico e sistemático das navegações portuguesas fez deslocar o ponto mais importante da economia europeia do Mediterrâneo para o Atlântico. Lisboa transformou-se na metrópole comercial do Mundo. O porto de Lisboa espantava pela concentração de navios que continuamente o visitavam. Nele se cruzavam as tripulações das armadas, soldados, missionários, mercadores e aventureiros que partiam ou chegavam das ilhas, os funcionários, os mercadores estrangeiros, entre eles feitores dos estabelecimentos mercantis e bancários europeus, os humildes carregadores, muitos dos quais escravos negros.

Certamente pairava no ar o cheiro da canela e da pimenta. As especiarias exerciam um fascínio nos mercadores e curioso que visitavam Lisboa.

Mas a riqueza fabulosa de Lisboa não era apenas feita de mercadorias exóticas ou de ouro e prata; dela faziam parte outros tesouros bastante apreciados. Referimo-nos ao infindável rol de informações geográficas, astronómicas e cartográficas que a Casa da Índia cuidadosamente guardava. Na altura em que o conhecimento do Mundo proporcionava poder sobre terras e povos, os mapas portugueses, constantemente actualizados, estiveram na origem de curiosos episódios de espionagem.

Metrópole comercial e porta aberta para o Mundo, Lisboa assumia o lugar de metrópole política. Nela se instalara a alta administração do reino e Ultramar e permanecia, por períodos cada vez mais longos, o rei e a sua comitiva.

Testemunho da grandeza da capital do reino foi o seu dinamismo demográfico. Lisboa passou de uns 70 000 residentes para uns 100 000, número que se elevou a 165 000 ao terminar o primeiro quartel de Seiscentos. Nela convergiam os contingentes de escravos, que emprestavam exotismo às ruas; mas também os fluxos migratórios que despovoavam o interior.

No reino nenhuma outra cidade se comparava a Lisboa. Era, no dizer do historiador Oliveira Marques, uma “cidade monstruosa, cabeça demasiado grande para corpo tão diminuto”. E, na Europa, era também das maiores e mais populosas urbes.

Sevilha

Em vez de chegar à Índia, Cristóvão Colombo conduziu a Espanha à descoberta de um continente por todos ignorado – América. Com tal proeza, Colombo não deu à Espanha as cobiçadas especiarias mas trouxe-lhe grandes quantidades de ouro e prata.

A articulação entre a Espanha e os territórios americanos efectuou-se pelas Antilhas. A Sevilha coube o papel da capital económica da Espanha disputando, juntamente com Lisboa, o domínio mundial das rotas oceânicas.

Sevilha contava com cerca de 40 000 habitantes; Havia gente em Sevilha para apetrechar as armadas de marinheiros e soldados, e comerciantes também não faltavam.

Rica em homens, em tradições culturais e comerciais que lhe forneciam uma vivência cosmopolita ímpar e importantes conhecimentos científico-técnicos, Sevilha oferecia alimentos e segurança aos navios da Carreira das Índias.

A Casa da Contratação era um centro de investigação e de conhecimento náutico-geográfico. Lá era possível ver os pilotos, que frequentavam exigentes cursos e faziam o seu exame; também era possível encontrar notáveis cosmógrafos, matemáticos e cartógrafos.

Era no Consulado do Comércio que os grandes financiadores da política naval da Coroa faziam ouvir a sua voz e salvaguardavam os seus interesses

* Príncipes e monarcas recuperam rédea do poder, exercendo-o com desdém, sem olharem a meios.

Os inventos sucediam-se: » Navegação transoceânica suscitava a

revolução das técnicas náuticas e os progressos da cartografia;

» Uso da pólvora e de armas de fogo ditava supremacia dos Europeus;

» Imprensa difunde-se pela Europa e pelo Mundo; torna-se veículo de expansão cultural, de intercâmbio de ideias e de difusão de notícias;

Os séculos XV e XVI foram um tempo de façanhas mecânicas, em que o génio inventivo dos engenheiros se manifestou.

O Contributo Português

Nos séculos XV e XVI, os descobrimentos marítimos proporcionavam a Portugal avultados saberes técnicos e científicos. Foi pela inovação nas técnicas náuticas e pela representação cartográfica da Terra, bem como pela observação e descrição da Natureza, que Portugal contribuiu para o alargamento do conhecimento do Mundo.

A inovação nas técnicas náuticas Quando os Portugueses iniciaram a sua empresa expansionista, beneficiavam já de

uma herança de invenções nas técnicas de navegação. O pioneirismo português não foi fruto do acaso: teve nas suas origens os conhecimentos divulgados por Árabes e Judeus e testados na bacia mediterrânea. (Leme, bússola, astrolábio e quadrante)

Graças aos avanços da navegação portuguesa no Atlântico, as técnicas náuticas evoluíram. Nas viagens de regresso da Guiné, os marinheiros defrontavam-se com os ventos alísios, que sopravam para sudoeste, e com as correntes de norte e nordeste, que dificultavam a navegação costeira.

A necessidade de navegar à bolina (contra ventos contrários) motivou mudanças estruturais na construção naval. Surgiram as caravelas, as naus e o galeão.

A navegação com ventos contrários esteve ainda na origem de outra grande mudança: Abandonou-se a navegação costeira e começou a praticar-se a chamada volta pelo largo: era uma navegação no alto mar sem qualquer referência terrestre. A navegação por rumo e estima revela-se insuficiente e só a observação da altura meridiana dos astros permitiria a localização da posição do navio.

Ocorreu a revolução da navegação astronómica em que os Portugueses se distinguiram. Simplificaram o astrolábio e o quadrante e inventaram a balestilha: com eles mediam a altura dos astros. Todos os estudos eram anotados em tábuas de declinação solar, e posteriormente reunidos em Guias Náuticos e Roteiros.

Observação e descrição da Natureza

A expansão marítima dos séculos XV e XVI proporcionou aos Portugueses uma atenta observação da Natureza, que poria em causa muitas das conclusões dos Antigos. Aquiriu-se uma mais correcta percepção dos continentes e mares. Explicaram-se regimes de ventos e de correntes marítimas, tal como se calcularam distâncias e latitudes. Provou-se a habitabilidade das zonas equatoriais e a esfericidade da Terra. Em suma, substituiu-se a acanhada perspectiva mediterrânea-continental por uma visão oceânica do Globo.

O espírito da precisão descritiva que os Portugueses revelaram amparava-se, frequentemente, em números. O número era o suporte necessário para o cálculo de distâncias, pesos, durações, latitudes, funduras, proporções. Eis algumas das manifestações da mentalidade quantitativa do período renascentista.

Negando ou corrigindo os Antigos, os Portugueses ajudaram a construir um novo saber, um saber de experiência feito, que tem o nome de experiencialismo.

Os novos conhecimentos derivados do experiencialismo resumiram-se, na maior parte dos casos, a observações e descrições empíricas da Natureza e não resultados de experiencias propositadamente praticadas para a verificações de hipóteses. Só neste último caso se podem elaborar leis e princípios universalmente válidos.

Mas se o saber português dos séculos XV e XVI ainda não foi ciência na verdadeira acepção da palavra, a verdade é que ele contribuiu, de modo irreversível, para o exercício do espírito crítico que se encontra nas raízes do pensamento moderno. Pela Europa fora, as verdades indiscutíveis das Antigos foram revistas, ao mesmo tempo que alastrou o sentido da curiosidade pelo mundo terrestre, pela fisiologia do ser humano, pelo movimento dos astros, pelo conhecimento do universo.

A revolução das concepções cosmológicas Foi a propósito das novas concepções cosmológicas que a ciência moderna se

manifestou. Ao iniciar-se o Renascimento, a visão cosmológica era a legada pelos gregos

Aristóteles e Ptolomeu e recebia toda a aprovação da Igreja. A Terra, estática ocupava o centro do Universo (teoria geocêntrica). À sua volta moviam-se os restantes planetas e estrelas, incluindo o Sol, descrevendo órbitas circulares uniformes.

Contra a possibilidade de a Terra se mover argumentava-se que, os objectos lançados ao ar nunca caíram junto daquele que os lançava, mas um pouco mais atrás. Por outro lado, a Igreja considerava uma blasfémia dizer que a Terra se movia e não o Sol, pois tal contrariava uma passagem na Bíblia.

O sistema geocêntrico de Ptolomeu não estava, todavia de acordo com os dados da observação astronómica. A estes não poderiam corresponder trajectórias circulares com o centro na Terra. E não foi ao tentar resolver essa contradição que nasceu a teoria heliocêntrica de Copérnico, considerada a base da moderna astronomia.

Nicolau Copérnico expôs as seguintes ideias: O movimento circular uniforme das esferas celestes pode explicar-se melhor, se se

partir do princípio de que existe movimento da Terra, o que, aliás, alguns sábios gregos tinham previsto.

Com efeito, todas as esferas celestes, incluindo a Terra, giram em volta do Sol (movimento de translação), tal como giram em volta do próprio centro (movimento de rotação). O Sol é, pois, o centro do Universo (teoria heliocêntrica) e apenas a Lua gira em volta da terra.

O Sol é imóvel e o seu movimento aparente não +e mais do que a projecção na abóbada celeste do movimento da Terra.

.

A existência do movimento de rotação da Terra permite explicar a sucessão dos dias e das noites.

As repercussões culturais das conclusões de Copérnico não foram, de imediato, sentidas. Copérnico foi mais matemático do que astrónomo, fez mais cálculos do que observações: a sua teoria necessitava de bases experimentais mais profundas e escrupulosas.

Tal papel coube a Tycho Brahe, que dispunha de um observatório bem apetrechado, onde recolheu uma enorme quantidade de dados, que permitiriam a Kepler formular matematicamente as leis do movimento dos planetas em torno do Sol:

Os planetas giram em torno do Sol, descrevendo órbitas elípticas e não círculos. Os planetas atingem velocidade mais rápida nos pontos das órbitas que mais se

aproximam do Sol. O seu movimento não é, pois, uniforme. Os planetas mais próximos do Sol giram com mais velocidade; os planetas mais

afastados giram mais lentamente. Na verdade, foi no século XVII que os astrónomos compreenderam o alcance

revolucionário da teoria de Copérnico, que não só abalava irremediavelmente o universo geocêntrico de Ptolomeu como também punha em causa a doutrina da Igreja. E a Galileu coube protagonizar essa ruptura.

Galileu Galilei distinguiu-se por ter formulado a lei da queda dos corpos e, especialmente, por ter inventado o primeiro telescópio.

As descobertas de Galileu, assentes na observação dos factos, na realização de experiências e na formulação de teorias explicativas, marcam o nascimento da ciência moderna. A Galileu devemos uma nova teoria do conhecimento, que, separando a fé da razão, substituiu os argumentos baseados na autoridade pelos resultados da observação e da dedução lógica

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A reforma Protestante foi um movimento religioso que na segunda metade do século XVI levou ao aparecimento de igrejas protestantes no norte e centro da Europa. Nos inícios do século XVI, a igreja Católica sediada em Roma viveu um período de grandes dificuldades, sendo-lhe apontadas falhas e um desvio do ideal de vida cristão.

Algumas vozes denunciam os males que afectam a Igreja Católica…

Os papas, provenientes de famílias ricas e poderosas de Itália, vivem no luxo e na ostentação, desviando-se do ideal de vida cristão – a pobreza;

A alta nobreza e a alta burguesia apoderam-se dos bispados e das abadias, que distribuem pelos seus filhos;

Muitos padres levam uma vida imoral, revelando uma deficiente formação religiosa;

Os cargos religiosos eram muitas vezes comprados.

1379-1417 – O Grande Cisma do Ocidente / Divisão da Igreja Católica que tem durante este período 2 Papas, um em Roma e outro em Avinhão (sul de França).

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Vozes de contestação à conduta da Igreja como João Huss, Savonarola, Thomas More e Erasmo de Roterdão (Humanistas) defendem o retorno da igreja aos ideais de pobreza do cristianismo.

O Papa Leão X manda pregar e vender as indulgências (perdão dos pecados a troco de dinheiro) alegando que o dinheiro se destinaria à construção da basílica de S. Pedro em Roma.

Contra esta situação vai reagir violentamente Martinho Martinho LuteroLutero…

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Monge Alemão;

Afixa em 1517 na porta do castelo de Wittenberg as 95 Teses contra as Indulgências, criticando a Igreja Católica e o Papa;

1520 – é excomungado (expulso);

Depois de traduzir a Bíblia para alemão estabelece os princípios para uma nova religião cristã – O Luteranismo/Protestantismo

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Síntese da Aula

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Princípios Doutrinários:Princípios Doutrinários:A salvação do Homem alcança-se pela Fé e não pelas obras;A Bíblia é a única fonte de Fé, e não os Concílios (reuniões de Bispos) ou a Tradição da Igreja (verdades defendidas ao longo de séculos pela Igraja Católica);Só reconhece dois sacramentos (baptismo e comunhão);As missas deixam de ser rezadas em latim e passam a sê-lo em alemão, para que todas as pessoas o entendam;Simplificação dos rituais religiosos (missa e liturgia);Supressão do culto da Virgem Maria e dos SantosSimplificação dos espaços de culto (igrejas);Fim do celibato dos sacerdotes.

Fim da unidade da Igreja Católica – Aparecimento de outras religiões protestantes.

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Movimento de renovação da Igreja Católica que se expande um pouco por toda a Europa, dando origem a novas religiões cristãsLuteranismo:

•Fundada por Martinho Lutero na Alemanha;•Expande-se a países como a Suécia, Noruega e Dinamarca ;•Influencia com os seus princípios doutrinários o aparecimento de outras religiões protestantes.

Calvinismo:•Surge em França com João Calvino;•Expande-se sobretudo na Suíça, Holanda e na Escócia;•Mais radical que o luteranismo, defende a Teoria da Predestinação, segundo a qual só os eleitos por Deus se salvarão.

Anglicanismo:

•Surge em Inglaterra com Henrique VII depois de desentendimentos com o Papa Clemente VII;•Compromisso entre o luteranismo e o catolicismo;•Mantém a hierarquia da Igreja;•O rei é o chefe da igreja.

Decorreu entre os anos 1545 e 1563.

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Convocado pelo Papa Paulo III. Objectivo: debater os problemas que afectavam a Igreja Católica.

Principais decisões:Principais decisões:A fé e as boas obras em vida são fundamentais para a salvação do Homem;A Bíblia e a Tradição da Igreja (as verdades da igreja) são a única fonte de verdade;Consagração plena dos 7 sacramentos da Igreja;Reafirmação do culto da Virgem Maria e dos Santos;Imposição do celibato (estado de solteiro) aos padres;Imposição de regras rígidas à conduta de vida de padres e religiosos;Abertura de seminários para melhorar a formação do clero;Restabelecimento da autoridade da Santa Sé (Papa) sobre os católicos - fim do Cisma.

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Movimento da Igreja Católica para travar o avanço do Protestantismo através…

Companhia de Jesus:•Ordem religiosa fundada pelo padre espanhol Inácio de Loiola;•Divulga o catolicismo nos impérios coloniais português e espanhol;•Evangeliza as populações indígenas;•Funda colégios e universidades (1540 – Universidade de Évora).

Inquisição:•Tribunal da Igreja que julga e condena à morte os acusados de práticas de protestantismo, judaísmo, bruxaria ou feitiçaria;•Organiza os Autos de Fé – condenação à morte na fogueira dos que são acusados de práticas contra a fé católica;•1536 – ano da entrada da Inquisição em Portugal, a pedido do Rei D. João III, foi responsável pela condenação à morte de muitos Cristãos-Novos (judeus convertidos ao cristianismo).

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Movimento da Igreja Católica para travar o avanço do Protestantismo através…

Companhia de Jesus:•Ordem religiosa fundada pelo padre espanhol Inácio de Loiola;•Divulga o catolicismo nos impérios coloniais português e espanhol;•Evangeliza as populações indígenas;•Funda colégios e universidades (1540 – Universidade de Évora).

Inquisição:

Índex:•Catálogo onde estavam referidas as obras (livros) considerados contrários à fé católica•Quem fosse apanhado com eles na sua posse poderia ser condenado pela Inquisição.

•Tribunal da Igreja que julga e condena à morte os acusados de práticas de protestantismo, judaísmo, bruxaria ou feitiçaria;•Organiza os Autos de Fé – condenação à morte na fogueira dos que são acusados de práticas contra a fé católica;•1536 – ano da entrada da Inquisição em Portugal, a pedido do Rei D. João III, foi responsável pela condenação à morte de muitos Cristãos-Novos (judeus convertidos ao cristianismo).

Instrumentos da Contra-Reforma

Módulo 4 - A EUROPA NOS SÉCULOS XVII E XVIII – SOCIEDADE, PODER E DINÂMICAS COLONIAIS

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Unidade 1 – A População da Europa nos séculos XVII e XVIII: crises e crescimento

As ordens sociais do Antigo Regime, segundo pintura francesa do século XVII.

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Sumário: A Economia e a População nos Séculos XVII e XVIII;A Evolução Demográfica: o modelo demográfico antigo e o do Século XVIII.

No Século XVII, fizeram-se sentir efeitos de uma crise económica acentuada, de uma turbulência política e de frequente tumultos sociais. Foi um tempo marcado pela fome, pela doença e pela guerra.

Triologia Negra

Século XVI – Aumento da população

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Evolução Demográfica (Época Moderna)

►Século XVI – Crescimento

► Século XVII – Abrandamento ou Retrocesso

►Século XVIII – Novo período de Expansão

Os regimes demográficos

O Século XVII é o das paragens escalonadas do crescimento «de recuperação» iniciado na Europa por fim da Idade Média, após as quedas devidas à Peste Negra. Continua a ser um século de fomes e pestes, dois males que fazem parte das características de um mundo justamente em desaparecimento na Europa ocidental [juntamente com a guerra]. Mas é também (…) um século em que se acelera a evolução para um regime demográfico novo: o dos casamentos retardados, dos nascimentos em menor número e, em breve, dos enterros menos frequentes- Um pouco como se, obscuramente, inconscientemente, a humanidade europeia, pelo menos na sua parte ocidental, se tivesse esforçado por impedir, através de um melhor domínio da sua demografia, o retorno das crises terríveis que acabavam de sacudi-la.

Jean-Pierre Pousson, “Os Homens”, In Pierre Léon, História Económica e Social do Mundo, Vol III, tomo I, Lisboa, Sá da Costa Editora, 1983, p.37

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A Morte no Antigo Regime

“A morte estava no centro da vida como o cemitério no centro da aldeia (…) neste mundo de sofrimento abate-se abundante e fortemente”A fome, a peste e a guerra, vindas por si só, ou em cadeia, são as principais causas da elevada mortalidade do Antigo Regime.È o período chamado de trilogia negra – fome, pestes e guerra.Principais causas da trilogia: a falta de higiene publica e privada, a subalimentação; a miséria, as más condições de vida e habitação e a um atraso na medicina.- Pestes: os lugares suspeitos de pestes, eram rapidamente isolados e fechados, com os doentes lá dentro. Os médicos são totalmente impotentes para curar esta doença. Uma vez instalada a peste, todos os grupos da sociedade, nobres e povo são tragicamente afectados. A peste vai afectar essencialmente crianças, adolescentes e adultos jovens, com forte proporção de mulheres grávidas.- As Fomes: Com a peste morre muita gente, gente essa que era os braços para o trabalho da terra. Para alem disso não nos podemos esquecer que os factores climáticos tb vão influenciar as colheitas. Ora se essas colheitas são fracas, leva ao aparecimento de carências de alimentos. Aqui os ricos aguentam melhor as fomes, o pobre agricultor é que não tem dinheiro para comprar alimentos. O número de crianças abandonadas e de vadios aumenta. - As Guerras: A guerra pode estar na origem de certas crises demográficas, não pela mortalidade entre os combatentes, mas pelas consequências directas ou indirectas da guerra sobre os não combatentes. Os soldados vivem brutalizando as populações, ou mesmo matando, sobretudo os que não puderam fugir a tempo; queimando e arruinando tudo o que não podem usar ou levar consigo. Quando os camponeses voltam aos campos, é para encontrar as suas searas queimadas, as arvores de fruto abatidas, as vinhas arrancadas, os animais mortos, os celeiros vazios. Tudo isto significa, de imediato e para os anos seguintes, a miséria, a fome, a doença e… a morte, muito vezes!A morte no Antigo Regime: Toda a gente conhece a imagem típica da morte no Antigo regime, em que ela aparece representada na imagem de uma velha, quase bruxa, que aparece com uma foice na mão. Simboliza o que a morte representa, para entender que a morte deveria ocorrer na velhice. O que nem sempre acontecia, e por outro lado o instrumento, a foice, de acabar com a vida, que copiosamente para a mentalidade popular era um simbolismo. È o como se afastar da mentalidade religiosa, que defendia uma vida para alem da morte. Posteriormente esta imagem é modificada, agora a morte é representada com a imagem de uma velha, mas em esqueleto. Representa a fome. A morte chegava a todas as classes e a todas as idades. No entanto as crianças eram as mais lesadas uma vez que não resistiam facilmente às más condições de vida da época (falta de higiene, falta de comida). As estações do ano em que se morria mais eram no Verão e no Inverno (aqui os idosos são o grande numero). Por outro lado também se morre mais na cidade que no campo. A cidade é insalubre, mal arejada, propicia À disseminação de doenças de toda a ordem, sobretudo no Verão.A ideia de morte provoca na população em geral 2 sentimentos: o de insegurança e o de medo. A igreja tenta esbater esses medos, prometendo o paraíso aos seus crentes. No entanto havia ainda o julgamento final, onde todos eram julgados. Nas camadas mais pobres o confessionário era a única forma de redenção dos seus pecados, ou seja possibilitava que a alma fosse para o céu. Nas camadas mais ricas a formula para obter a sua salvação era através dos testamentos que deixavam à Igreja legados fabulosos, tanto em dinheiro como em terras.

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As guerras, pela sua frequência , influíram quer na elevada mortalidade, quer, sobretudo, na desorganização da vida económica, provocando a subida de impostos, a inflação generalizada, desvio de mão-de-obra e paralisação das actividades económicas, destruição nos campo e nas cidades , proliferação de epidemias e mortes.

O Século XVIII

A partir de 1730, as populações europeias, começaram a dar indícios de um novo comportamento demográfico.

A fome e a doença diminuíram na Europa, provocando um acentuado crescimento demográfico.

A vida parecia, finalmente, vencer a morte.

Ler os docs 9 e 10 do manual, página 20 e 21.

Diminuição da mortalidade

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O Século XVII:

O Século XVII ficou para a História como um tempo de desgraças e dificuldades. A fome, a peste e a guerra conjugaram-se.

O Século inaugurou-se sob o signo da fome.

A fome arrastava consigo a doença.

De todo o cortejo de doenças a mais temida era a peste.

O Século XVII conheceu também um clima de guerra permanente.

“ Século sombrio, «tempos dificeís»”.

A guerra que mereceu mais destaque foi a Guerra dos 30 anos.

Morte de Gustavo Adolfo na Batalha de Lutzen

Novo comportamento demográfico Melhoria do clima Progressos técnicos e económicos Desenvolvimento da medicina

Toda esta evolução reflecte o advento deuma nova mentalidade relativamente à infância e ao seu valor.- Thomas Malthus – Pastor e protestante

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