Aula#23 - Cap 9, parte B, seção 9.8 Força de Sustentação ...im250/SITE IM250/SITES...A força...
Transcript of Aula#23 - Cap 9, parte B, seção 9.8 Força de Sustentação ...im250/SITE IM250/SITES...A força...
EM461 Prof. Eugênio Rosa
Aula#23 - Cap 9, parte B, seção 9.8
Força de Sustentação:
Teoria & Exercícios
EM461 Prof. Eugênio Rosa
A sustentação é a componente de força aerodinâmica que é perpendicular à direção da corrente livre.
O arrasto é a componente de força aerodinâmica que é paralela à direção original do fluido.
Em voo nivelado o empuxo é igual a força de arrasto enquanto que a sustentação é igual a força peso.
Forças de arrasto e sustentação num avião
EM461 Prof. Eugênio Rosa
Esta aula aborda
a força de Sustentação
(perpendicular à direção do escoamento livre!)
D
L
D
EM461 Prof. Eugênio Rosa
Definições: corda, L, D, ângulo de ataque , centro de pressão e razão de aspecto
Centro de pressão: (x,y,z) onde atua L e D. Informação p/ calcular torques e estabilizar a aeronave.
Ângulo ataque, : ângulo entre a velocidade livre e a corda.
Corda, c: maior distância do aerofólio
Non-symmetric & symmetric airfoils
EM461 Prof. Eugênio Rosa
Coeficiente de Sustentação, CL
A força de sustentação age ortogonal à direção do escoamento livre. Ela representa a resultante das forças de origem viscosa e de pressão.
Para um escoamento sem superfície livre e sem efeitos de compressibilidade, a análise dimensional revela que o coeficiente de sustentação é uma função de Re e da forma!
L 2
r
LC f Re, forma
1 2 U A
onde :
i. Ur é a vel. relativa : Ur = Ufluido - Ucorpo onde Ufluido representa a velocidade
da corrente livre (longe do corpo).
ii. Re é baseado em Ur
EM461 Prof. Eugênio Rosa
Força de sustentação é um vetor!A força de sustentação é invariante. Isto é, o corpo pode estar estacionário e o fluido se deslocando ou vice-versa que a força de arrasto é a mesma, por isto ela é expressa em termos da velocidade relativa:
L rel rel
1L C U U A
2
• A é a área de referência do corpo; • Urel é o vetor velocidade relativa, (Ufluido - Ucorpo)• A direção de L é perpendicular a direção do escoamento livre;• O sentido de L, + ou - , é representado pelo versor n que depende do ângulo
de ataque do aerofólio e da forma do aerofólio.
Aerofólio assimétrico, ângulo ataque 0o
L > 0
L < 0
Aerofólio asimétrico, ângulo ataque15o
L > 0
EM461 Prof. Eugênio RosaCo
mo
fo
rça d
e s
uste
nta
ção
é g
era
da?
Encolhendo a S.C. como sendo a
superfície do aerofólio, não há fluxo de q.
movimento. O balanço de q. movimento
reduz para as forças de superfície:
Pressão (normal à superfície) e Tensão
cisalhamento (tangencial à superfície) :
y w x
S.C. S.C.
L P n dA n dA
Um corpo em equilíbrio, L + Mg = 0 e Torques (L,D e g) = 0
Os aerofólios e hidrofólios possuem a força de pressão normal ao
escoamento muito maior de que a tensão de cisalhamento. Usualmente L
é determinado pela distribuição de pressão no corpo, L = -P.nydA .
Porque isso ocorre? Corpos delgados as linhas de corrente são quase
paralelas ao corpo. A pressão e a tensão agem na normal e paralela ao
corpo. A componente de w na direção normal é muito menor que a
componente da pressão.
EM461 Prof. Eugênio Rosa
Distribuição de pressão no aerofólio
EM461 Prof. Eugênio Rosa
Por que pressão face inferior é maior
• A superfície do aerofólio faz com que as linhas de corrente se curvem.
• A camada limite é pequena e a pressão pode ser bem determinada usando Bernoulli externo à camada limite.
• Na parte inferior o raio de curvatura das linhas de corrente aponta para o aerofólio. Na parte superior o raio de curvatura aponta para fora do corpo do aerofólio.
• Bernoulli com curvatura (Volume de controle aula#10) mostra que pressão é alta na parte inferior e baixa na parte superior.
EM461 Prof. Eugênio Rosa
A sustentação é gerada
pela diferença de
velocidade entre corpo e
o fluido!
É necessário que haja movimento entre o objeto e o fluido, sem
movimento não a sustentação!
O movimento relativo ocorre se o corpo se desloca num fluido
estático; se o corpo está parado e o fluido que se movimenta ou
mesmo se ambos estão em movimento relativo um ao outro!
Sem movimento relativo, Ur=0, não há sustentação
L rel rel
1L C U U A
2
EM461 Prof. Eugênio Rosa
Corolário: sustentação não é gerada por uma força de campo tal qual a gravidade que age sem estar em contato físico!
SEM FLUIDO SEM SUSTENTÇÃOA força sustentação é gerada pela interação do fluido ou com um corpo. Para gerar sustentação o corpo deve estar em contato com fluido.
No espaço é vácuo. Sem fluido não há sustentação nas asas!
O Space Shuttlepermanece no espaço devido a mecânica orbital relacionada com sua velocidade e não devido à sustentação.
EM461 Prof. Eugênio Rosa
Sustentação negativa (downforce)‘Downforce’ é uma força para baixo criado pelas
características aerodinâmicas de aerofólios. O
objetivo do ‘downforce’ é permitir que um carro
viaje mais rápido através de uma curva, aumentando
a força de atrito nos pneus pela ação downforce.
EM461 Prof. Eugênio Rosa
Relações CD/CL para voo nivelado
i. Peso do corpo = força sustentação; Mg = CL(1/2)V2A.
ii. L depende: , U, área asa, forma asa, ângulo de ataque e CL;
iii. O empuxo das turbinas equilibra o arrasto, E = D.
iv. Por sua vez D depende das mesmas variáveis que L exceto por CD portanto D = (CD/CL)Mg
v. A potência Pot = V.D = V(CD/CL)Mg onde V é a velocidade de cruzeiro.
vi. A relação entre estas variáveis permite determinar a área da asa, velocidade de cruzeiro, peso, etc.
EM461 Prof. Eugênio Rosa
Objetivos de projeto de asas
O projetista de aviões comerciais procura a maior Sustentação com o menor Arrasto para maximizar a capacidade de carga e minimizar o consumo de combustível.
Do ponto de vista de manobras (militar ou de acrobacias) o objetivo é velocidade e fazer curvas com o menor raio e nem sempre o arrasto é minimizado.
Do slide anterior aprendemos que o menor arrasto ocorre com CD/CL
mínimo porque D = (CD/CL)Mg
Do slide anterior aprendemos que o menor consumo de combustível também ocorre com CD/CL mínimo porque Pot = V.D = V(CD/CL)Mg(está implícito as asas sustentam os mesmos Mg).
EM461 Prof. Eugênio Rosa
Dados parciais aproximados aviões comerciais
W – tons = 1000 kg (massa); S – área das asas; b – comprimento da asa;Thrust – tons para conververter força multiplique por g.
EM461 Prof. Eugênio Rosa
NACA 23015 & 662-215 - aumento aumenta CL e CD
- máximo CL e wing stall
Como pode voar com stall
Porque possui 2 turbinas potentes similar a um foguete
EM461 Prof. Eugênio Rosa
CL versus
A medida que o ângulo de ataque aumenta o CL também aumenta!
CL máximo o escoamento está prestes da separação (stol)
O aumento em CL vem acompanhado do aumento em CD!
EM461 Prof. Eugênio Rosa
Polar plot CL x CDCL em função CD para NACA 23015 e 662-215.
CL/CD máximo define o ponto de projeto em vôo horizontal. Estes valores estão indicados na figura.
Observe que o perfil laminar, NACA 662-215, possui uma razão CL/CD ótima maior que o perfil convencional NACA 23015 .
Qual é implicação disto?
O NACA 662-215 possui capacidade carga maior para a mesma vel. e pot. se comparado com NACA 23015. Por que?
Pot = V.D = V(CD/CL)Mg
Mg = (CL/CD ).(Pot. V)
(está implícito mesma Pot e V)
EM461 Prof. Eugênio Rosa
Objetivo de projeto para CL e CD
Projetistas de asas procuram perfis aerodinâmicos que produzem a máxima sustentação com o mínimo arrasto.
Isto se deve porque, em vôo nivelado, a potência (ou o consumo de combustível) é determinado por P = D.U.
Os perfis de asas possuem este ponto ótimo. Ele é conhecido como ponto de projeto ou ponto operacional da aeronave.
NACA 23015 p/ ~ 1o, CL = 0.2 & CD = 0.006 CL/CD = 33,3
NACA 662-215 p/ ~ 1o, CL = 0.2 & CD = 0.0035 CL/CD = 57,1
EM461 Prof. Eugênio Rosa
Exemplo 1 - Avião com uma área efetiva de sustentação igual a 25 m2, é equipado com aerofólios de seção NACA 23012. O ajuste máximo de flap que pode ser usado na decolagem corresponde à condição (2) na Fig. 9.23. A velocidade de decolagem é de 150 km/h no ar padrão. Despreze a sustentação adicional devida ao efeito de solo. Determine:(i) a massa máxima possível na decolagem no ar padrão 15oC & Patm; (ii) a velocidade Denver (z = 1,61 km) p decolar carga item (i).
EM461 Prof. Eugênio Rosa
Dados da Asa: Área = 25 m2; Uo = 150 km/h; NACA 23012 & flap (Fig. 9.23) -> CL = 2.67Atmosfera padrão: 15oC & 0 = 1,23 kg/m3
(3) Para decolar com a mesma massa seria então necessário aumentar a velocidade, o que requer uma pista mais longa!
00
0
2Mg UU U 162 km/h
A U
(1) Na decolagem a força de sustentação deve ser igual a força peso! Para a atmosfera padrão e z = 0 km então 0 = 1,23 kg/m3
22 L 0
L 0
C U A1Mg C U A M 7260 kg
2 2g
(2) Em Denver, z = 1,61 km, /o = 0,855 (Tab. A.3). Neste caso para uma velocidade de 150 km/h a máxima massa para decolagem passa a ser de:
2
L 0
0
C U AM 7260 0,855 6207 kg
2g
EM461 Prof. Eugênio Rosa
Exercício 1 – Usando os dados da tabela dos fabricantes de avião determine a relação CL/CD para vôo nivevlado para z = 12 km de altitude para o 747-400, Airbus 310 e Fokker F-28
Resp.: 747-400 CL/CD = 65,1Airbus ?Fokker ?
W – tons = 1000 kg (massa); S – área das asas; b – comprimento da asa; Thrust – tons para conververter força multiplique por g.
EM461 Prof. Eugênio Rosa
Porque o avião inclina para fazer uma curva?
Manobra de rolagem
Diagrama de forças nas asas
ComponenteL na vertical
ComponenteL na horizontal
Ltotal
Peso
Força centrífuga
Resultante
A figura mostra o diagrama de forças numa curva. As forcas envolvidas são: sustentação (normal às asas), força centrífuga e força peso.
O arrasto não aparece na figura porque é normal ao plano do desenho.
EM461 Prof. Eugênio Rosa
Exemplo 2 – O piloto suporta uma aceleração de 5gquando um F16 realiza uma curva em vôo nivelado com as asas inclinadas. Determine a velocidade mínima do F16 para produzir 5g e o raio da curva no nível do mar. Considere atmosfera padrão.Dados: A = 27,9 m2; CL = 1,6 , M = 11600 kg e = 1,23 kg/m3.
R
z
Mg
L
b90b
5xMg
2
L
LL
1 2 M 5gmáx vel. M 5g C U A U 144m / s
2 C A
M gang. M g L cos cos 78.5 graus
M 5g
b b b b
2 2V M Vraio R M L sin R R 431m
R L sin
b
b
Mg
Lcosb
90b
5xMgLsinb
2MV Rb
EM461 Prof. Eugênio Rosa
Exercício 2 (continuação exemplo 2) – Avalie o efeito da altitude, considere z = 15 km.
i) Avalie a velocidade para uma curva com 5g!
ii) Avalie o ângulo da asa com a horizontal, b;
iii) Avalie o raio de curvatura;
Reposta:(i) U = 361 m/s ou 1300 km/h (supersônico)(ii) b = 78,5º.(iii) R = 2710 m
EM461 Prof. Eugênio Rosa
O barco com hidrofólio é como um
cruzamento entre um barco e um
avião.
À medida que o barco começa a
ganhar velocidade, a água viaja mais
rapidamente sobre a superfície
superior curva do hidrofólio do que
sob a superfície inferior. Isso reduz a
pressão acima das asas e produz
sustentação forte o suficiente para
elevar o barco inteiro acima das
ondas.
HidrofólioPhoto: This US navy hydrofoil has one foil
at the front and two at the back. Note how
the entire hull lifts clear of the water as
the boat picks up speed. Patrol missile
ship, shot in 1990, courtesy of Defense
Visual Information Center.
EM461 Prof. Eugênio Rosa
A propulsão dá uma velocidade ao barco que causa uma força de sustenção no hidrofólio capaz de retirar uma fração da área do barco fora da água.
Diminuindo a área molhada o arrasto do barco diminui e aumenta sua velocidade de cruzeiro.
EM461 Prof. Eugênio Rosa
Uso de hidrofólios para surf!
EM461 Prof. Eugênio Rosa
Exercício 3 - Dados: um barco anfíbio cuja massa é de 1800 kg possui hidrofólios com área total efetiva A = 0,7 m2. Seus coeficientes de sustentação e de arrasto são, respectivamente, CL = 1,6 e CD = 0,5. Despreze o arrasto induzido.
Determine: (i) A velocidade p/ suportar embarcação sobre hidrofólios; (ii) A potência requerida nessa velocidade.
Resposta: i. U = 5,62 m/s ou 20,2 km/hii. P = 31 kW
Comentário: um hidrofólio com área de apenas 0,7 m2 é capaz de sustentar um barco com 1800 kg! Se comparado com asas em aviões, estas possuem uma área e velocidade muito maiores. Isto se deve a razão de densidades água/ar padrão ~ 860:1
EM461 Prof. Eugênio Rosa
Planadores: o grande Albatroz
Planadores: outros exemplos da natureza
EM461 Prof. Eugênio Rosa
Artefatos feitos pelo homem
Ícaro – Mitologia Grega
EM461 Prof. Eugênio Rosa
L
D
D Mg Sin 0
L Mg Cos 0
D
L
CDTg
L C
mín min CD/CL
Similaridade geométricaD/W = w/V ou
V.D = w.W
Voo planado
w
W
• Planador empuxo é zero (s/ motor). As componentes Mg resultam D e L.
• O triângulo de forças L, D e W é similar ao triângulo de velocidades U, w e V. Portanto, D/W = w/V onde w é a velocidade descendente.
• A diminuição da E. Potencial, w.W é igual a energia dissipada em atrito: D.V. Tennekes, The simple Science of Flight, 1997.
EM461 Prof. Eugênio Rosa
Vel
oci
dad
e d
esc
end
ente
, w (
m/s
)
Velocidade resultante, V (m/s)
O eixo x mostra a velocidade resultante do planador. A taxa de descida é mostrada no eixo y. As linhas diagonais são linhas onde razão V/w é constante; esta razão é <chamada de ‘finesse’, F. O limite inferior para o vôo planado é estabelecido para w 1 m/s e mostrado na linha horizontal.Tennekes, The simple Science of Flight, 1997.
(1)
(2)
(3)
(4)
(4) (4’)
Planadores e ‘finesse’
Quanto maior for a ‘finesse’ F, para uma dada variação vertical, o planador percorre, uma maior distância horizontal.
V L 1F
w D tg
EM461 Prof. Eugênio Rosa
Asa finita e os vórtices de ponta de asa
Avião agrícolaJato executivo
EM461 Prof. Eugênio Rosa
Vórtices de ponta de asa introduz um efeito 3D
• Até o momento tratamos asas com razão de aspecto AR →∞, isto é, asas muito longas com efeitos de bordas são desprezíveis
• Na prática AR é finita e os efeitos de borda devem ser avaliados
• Na ponta da asa há um ‘vazamento’ de ar devido ao lado inferior que está a uma pressão alta em direção ao lado superior onde está a uma pressão menor!
• A criação dos vórtices de extremidade da asa diminui a força de sustentação e aumenta o arrasto!
O efeito de ponta de asa 3D, arrasto induzido e velocidade induzida que reduz sustentação são assuntos que estão no apêndice I,
EM461 Prof. Eugênio Rosa
Exemplo 3 – Um automóvel trafega numa
estrada com uma bicicleta fixada
transversalmente na sua traseira. As rodas da
bicicleta giram lentamente. Explique por que
e em que sentido a rotação ocorre.
Sim. Os automóveis estão sujeitos a uma força de sustentação que gera vórtices na extremidade do carro e são responsáveis pelo giro anti-horário da roda da bicicleta.
Pode haver força de sustentação num carro?
EM461 Prof. Eugênio Rosa
Vórtice de ponta de asa e a migração de gansos e a formação de aviões
See bird mechanics of flight in Nature and come fly wih me movie.
Qual é a razão para haver uma formação com um lider e os outros virem atrás tanto para pássaros quanto para aviões?
Resp.: para poupar energia no vôo! Quem vem atrás pega uma corrente ascendente que favorece a sustentação.
EM461 Prof. Eugênio Rosa
Efeito magnus (homenagem físico alemão Henrich Magnus)
-
https://youtu.be/QtP_bh2lMXc
Excelente vídeo magnus
O efeito magnus é o fenômeno pelo qual a rotação de um objeto altera
sua trajetória em um fluido (líquido ou gás).
EM461 Prof. Eugênio Rosa
Aplicação efeito Magnus no esporte
Roberto Carlos - O chute de bola parada, cobrança de falta, foi de muito longe, a 35 metros das traves. A curva foi tamanha que saiu do quadro da câmera de televisão quefocalizava a cena de frente.
Top spin faz a bola curvar para baixo deixando o batedor sem ação.
Aplicação efeito Magnus naval
EM461 Prof. Eugênio Rosa
Exercícios recomendados(1) The Cessna Citation executive jet weighs 67 kN and has a wing area of 32 m2. It cruises at 10 km
standard altitude with a lift coefficient of 0,21 and a drag coefficient of 0,015. Estimate (a) the cruise speed
in km/h and (b) the power in kW required to maintain cruise velocity.
(2) Um avião está em voo de cruzeiro a 225 km/h no ar padrão. O coeficiente de sustentação para esta
velocidade é 0,45 e o coeficiente de arrasto é 0,065. A massa do avião é 900 kg. Calcule a área efetiva de
sustentação para o avião, assim como o empuxo e potência requeridos do motor. Resp.: A=8,30m3;
E=8826 N e P=79,7 kN.
(3) Testes rodoviários realizados em uma estrada plana, em um dia calmo, podem ser usados para medir os
coeficientes de arrasto aerodinâmico e de resistência de rolamento para um veículo em escala real. A
resistência de rolamento é estimada a partir de dV/dt medido em baixa velocidade, em que o arrasto
aerodinâmico é pequeno. A resistência de rolamento é então deduzida de dV/dt medido em alta velocidade
a fim de determinar o arrasto aerodinâmico. Os seguintes dados foram obtidos durante um teste com um
veículo de peso W = 111.250 N e área frontal A = 7,34 m2 V (km/h) 8 88
dV/dt [(km/h)/s] 0,24 0,76
de 192 km/h em um dia meteorologicamente calmo. Para uma deflexão do aerofólio de 12 graus p/ baixo
calcule (a) a força para baixo e (b) o aumento na força de desaceleração produzida pelo aerofólio.
(4) Os carros de corrida Chaparral 2F de Jim Hall foram pioneiros, na década de
1960, no emprego de aerofólios montados acima da suspensão traseira para
aumentar a estabilidade e melhorar o desempenho dos freios. O aerofólio tinha
largura efetiva (envergadura) de 1,8 m e corda de 0,3 m. Seu ângulo de ataque
variava entre 0° e – 12°. Use para os coeficientes de sustentação e arrasto os
dados do NACA 23016 no livro texto. Considere uma velocidade do automóvel
EM461 Prof. Eugênio Rosa
Apêndice I
Vórtices sobre ponta de asa, arrasto induzido e redução da sustentação.
EM461 Prof. Eugênio Rosa
Os vórtices de ponta de asa induzem uma velocidade descendente a frente da asa, wi, tal que o ângulo de ataque é reduzido por .
A velocidade resultante V é a soma vetorial:
Vórtice de ponta de asa e a redução da sustentação
2 2
iV U w
wi
U
V
Uma diminuição na sustentação é esperada devido ao ‘vazamento’
de pressão na ponta da asa e também pela diminuição do ângulo de
ataque,
EM461 Prof. Eugênio Rosa
Redução ângulo de ataque e o arrasto induzido
Redução efetiva do ângulo de ataque
Coef. Arrasto
para asa finita
ii) Também devido a wi, surge uma componente da sustentação na
direção do arrasto, criando o arrasto induzido.
Para asas finitas ocorrem dois fenômenos:
i) Surge a velocidade induzida, wi, que na ´prática reduz o ângulo
de ataque e portanto reduz a sustentação.
EM461 Prof. Eugênio Rosa
Drag, D, AR=∞
wi
ULift reduction
Resultant Lift, AR finite
D e L resultantes para AR finita
Lift, L, AR=∞
Asa com AR (vermelha) e AR finita (verde) • Os vórtices de ponta de asa induzem uma velocidade descendente a
frente da asa, wi, tal que o ângulo de ataque é reduzido por .
• L e D passam a ser ortogonais a velocidade resultante (cor verde)
• Em comparação com asa AR (vermelho) surge o arrasto induzido e a redução da sustentação, veja representação vetorial
EM461 Prof. Eugênio Rosa
Arrasto
Separação em corpos sem efeito de sustentação e em corpos com sustentação
Observe que os corpos sem sustentação o arrasto possui duas componentes enquanto aqueles com
sustentação possuem três componentes
EM461 Prof. Eugênio Rosa
CL e CD com AR e AR finita
EM461 Prof. Eugênio Rosa
Forma de
redução o
efeito do
vórtice de
ponta de asa
EM461 Prof. Eugênio Rosa
Exemplo 5 – Estime o ângulo mínimo de vôo planado para um Boeing 727-200 e a distância horizontal máxima que esse avião poderia planar a partir de uma altitude inicial de 10 km em uma atm padrão?Dados: W = 667500 N, area = 149 m2, AR = 6.5 e CD = 0,0182.
(6) Distância do voo planado z = 10km -> L = 10/tan = 168 km
2
D D, LC C C AR (2) Coef. arrasto asa finita:
(1) Para vôo planado, D Ltg C C
D L 2
D, L
L
d C CC C 1 AR 0
dC L D, C AR C 0,610 (3) mínimo (CD/CL) mínimo
0,0182 0,61 0,61 6.5 0,597 (4) Cálculo (CD/CL)min
(5) Cálculo ângulo planagem, oa tan 0,597 3,42
EM461 Prof. Eugênio Rosa
FIM
EM461 Prof. Eugênio Rosa
Co
mo
fo
rça d
e s
uste
nta
ção
é g
era
da? A força de sustentação aparece quando o escoamento muda de
direção devido a presença de uma corpo rígido ou deformável.
A força de sustentação, normal à direção do escoamento livre surge
devido a variação de quantidade de movimento (veja cap. 4) .
Mudança direção Q.Mov curva,gera uma força vertical y > 0
1 2 1 1F m V V P A F p/ manter estacionário
L F Sustentação
1mV 2m V
1 2 y y
S.C.
mV m V P n dA F
1 2 y
S.C.
L m V V P n dA
ymas L F
Como calcular P?
Variação Q. Mov. fluido
EM461 Prof. Eugênio Rosa
Co
mo
ca
lcu
lar
a p
res
sã
o ?
Para Re elevados podemos usar Bernoulli.
Se há curvatura nas linhas de corrente Bernoulli transversal às
linhas de corrente mostra que há gradiente de pressão, normal às
linhas de corrente!
2atms
atmc
P( ) PV dP
P( ) PR dn
A partir de Bernoulli sabe-se que a
pressão acima da asa é menor que a
pressão abaixo da asa. Portanto, há
uma força de pressão resultante
apontando para y > 0
1 2 y
S.C.
L m V V P n dA 0
EM461 Prof. Eugênio Rosa
EM461 Prof. Eugênio Rosa
Aerofólio simétrico com ângulo de ataque zero não apresenta
sustentação. Isto deve-se ao fato de que as linhas de corrente são
defletidas simetricamente e apresentam o mesmo raio de curvatura em
ambos os lados , porém em sentido contrários gerando distribuições de
pressão simétricas!
O aerofólio simétrico apresenta sustentação somente para ângulos de
ataque diferente de zero!
EM461 Prof. Eugênio Rosa