AULAO_INTERPRETACAO

3
1 FCC TEXTO I Li outro dia em algum 100% dos casos o prefaciad bem do autor e da obra em questão. Garantido o evidentes do texto que vir sozinho. Nos casos mais g narrada (quando se trata de elenca os argumentos de ba Quer dizer: mais do que inút Pois vou na contra prefaciadores, embora conco generalização devastadora. M li, a melhor coisa era o pref que o do autor da obra, fo sólidas do que as expostas n indicam apenas o prefácio de E ninguém controla a possi espirituoso e inteligente do argumento final vou glosar u o texto principal são ruins, o ser bem mais curto. Há muito tempo me d do Brasil, escreveu para um e famosa modelo. Pois o v Meireles (que, aliás, além de poeta, embevecido, estava linda e nada talentosa poetis poemas da moça que o p imaginação de um grande gê 1. O primeiro e o segundo pa (A) causa e efeito, uma vez q consequência natural, as exp (B) de complementaridade, mesma tese defendida e des (C) inteira independência, po o autor do texto quer apenas (D) contraposição, pois a per outra que a relativiza e nega (E) similitude, pois são lig sustentam em relação à utilid Professo C - 2014 - TRT16 – ANALISTA Da utilidade dos prefácios m lugar que os prefácios são textos dor é convocado com o compromisso tom elogioso, o prefácio ainda apo rá, que o leitor poderia ter muito pr graves, o prefácio adianta elementos ficção), ou antecipa estrofes inteiras ( ase a serem desenvolvidos (quando es til, o prefácio seria um estraga-prazeres amão dessa crítica mal-humorada orde que muitas vezes ela proceda o Meu argumento é simples e pessoal: em fácio fosse pelo estilo do prefaciado osse pela consistência das ideias defen no texto principal. Há casos célebres d e uma obra, ficando claro que o restan ibilidade, por exemplo, de o prefaciad o que o amigo cujo texto ele apre uma observação de Machado de Assis: q o primeiro sempre terá sobre o segun deparei com o prefácio que um grande livrinho de poemas bem fraquinhos de velho poeta tratava a moça como se e grande escritora era também linda). N mesmo era prefaciando o poder de s sa. Mas ele conseguiu inventar tantas prefácio acabou sendo, sozinho, ma ênio poético. (Aderbal Siqu arágrafos estabelecem entre si uma rela que das convicções expressas no prime postas no segundo. pois o que se afirma no segundo ajud senvolvida no primeiro. ois o tema do primeiro não se espelha s enumerar diferentes estilos. rspectiva de valor adotada no primeiro a no segundo. geiras as variações do argumento c dade e à necessidade dos prefácios. ora Aline Aurora inúteis, já que em o exclusivo de falar onta características razer em descobrir da história a ser (quando poesia), ou studos ou ensaios). s. aos prefácios e o que não justifica a m muitos livros que or, muito melhor do ndidas, muito mais de bibliografias que nte é desnecessário. dor ser muito mais esenta. Mas como quando o prefácio e ndo a vantagem de poeta, dos maiores e uma jovem, linda fosse uma Cecília Não havia dúvida: o sedução da jovem, qualidades para os ais uma prova da ueira Justo, inédito) ação de eiro resultam, como da a compreender a no segundo, já que é confrontada com central que ambos

description

Virtual Concurso

Transcript of AULAO_INTERPRETACAO

  • Professora Aline Aurora

    1

    FCC - 2014 - TRT16 ANALISTA

    TEXTO IDa utilidade dos prefcios

    Li outro dia em algum lugar que os prefcios so textos inteis, j que em100% dos casos o prefaciador convocado com o compromisso exclusivo de falarbem do autor e da obraem questo. Garantido o tom elogioso, o prefcio ainda aponta caractersticasevidentes do texto que vir, que o leitor poderia ter muito prazer em descobrirsozinho. Nos casos mais graves, o prefcio adianta elementos da histria a sernarrada (quando se trata de fico), ou antecipa estrofes inteiras (quando poesia), ouelenca os argumentos de base a serem desenvolvidos (quando estudos ou ensaios).Quer dizer: mais do que intil, o prefcio seria um estraga-prazeres.

    Pois vou na contramo dessa crtica mal-humorada aos prefcios eprefaciadores, embora concorde que muitas vezes ela proceda o que no justifica ageneralizao devastadora. Meu argumento simples e pessoal: em muitos livros queli, a melhor coisa era o prefcio fosse pelo estilo do prefaciador, muito melhor doque o do autor da obra, fosse pela consistncia das ideias defendidas, muito maisslidas do que as expostas no texto principal. H casos clebres de bibliografias queindicam apenas o prefcio de uma obra, ficando claro que o restante desnecessrio.E ningum controla a possibilidade, por exemplo, de o prefaciador ser muito maisespirituoso e inteligente do que o amigo cujo texto ele apresenta. Mas comoargumento final vou glosar uma observao de Machado de Assis: quando o prefcio eo texto principal so ruins, o primeiro sempre ter sobre o segundo a vantagem deser bem mais curto.

    H muito tempo me deparei com o prefcio que um grande poeta, dos maioresdo Brasil, escreveu para um livrinho de poemas bem fraquinhos de uma jovem, lindae famosa modelo. Pois o velho poeta tratava a moa como se fosse uma CecliaMeireles (que, alis, alm de grande escritora era tambm linda). No havia dvida: opoeta, embevecido, estava mesmo era prefaciando o poder de seduo da jovem,linda e nada talentosa poetisa. Mas ele conseguiu inventar tantas qualidades para ospoemas da moa que o prefcio acabou sendo, sozinho, mais uma prova daimaginao de um grande gnio potico.

    (Aderbal Siqueira Justo, indito)

    1. O primeiro e o segundo pargrafos estabelecem entre si uma relao de(A) causa e efeito, uma vez que das convices expressas no primeiro resultam, comoconsequncia natural, as expostas no segundo.(B) de complementaridade, pois o que se afirma no segundo ajuda a compreender amesma tese defendida e desenvolvida no primeiro.(C) inteira independncia, pois o tema do primeiro no se espelha no segundo, j queo autor do texto quer apenas enumerar diferentes estilos.(D) contraposio, pois a perspectiva de valor adotada no primeiro confrontada comoutra que a relativiza e nega no segundo.(E) similitude, pois so ligeiras as variaes do argumento central que ambossustentam em relao utilidade e necessidade dos prefcios.

    Professora Aline Aurora

    1

    FCC - 2014 - TRT16 ANALISTA

    TEXTO IDa utilidade dos prefcios

    Li outro dia em algum lugar que os prefcios so textos inteis, j que em100% dos casos o prefaciador convocado com o compromisso exclusivo de falarbem do autor e da obraem questo. Garantido o tom elogioso, o prefcio ainda aponta caractersticasevidentes do texto que vir, que o leitor poderia ter muito prazer em descobrirsozinho. Nos casos mais graves, o prefcio adianta elementos da histria a sernarrada (quando se trata de fico), ou antecipa estrofes inteiras (quando poesia), ouelenca os argumentos de base a serem desenvolvidos (quando estudos ou ensaios).Quer dizer: mais do que intil, o prefcio seria um estraga-prazeres.

    Pois vou na contramo dessa crtica mal-humorada aos prefcios eprefaciadores, embora concorde que muitas vezes ela proceda o que no justifica ageneralizao devastadora. Meu argumento simples e pessoal: em muitos livros queli, a melhor coisa era o prefcio fosse pelo estilo do prefaciador, muito melhor doque o do autor da obra, fosse pela consistncia das ideias defendidas, muito maisslidas do que as expostas no texto principal. H casos clebres de bibliografias queindicam apenas o prefcio de uma obra, ficando claro que o restante desnecessrio.E ningum controla a possibilidade, por exemplo, de o prefaciador ser muito maisespirituoso e inteligente do que o amigo cujo texto ele apresenta. Mas comoargumento final vou glosar uma observao de Machado de Assis: quando o prefcio eo texto principal so ruins, o primeiro sempre ter sobre o segundo a vantagem deser bem mais curto.

    H muito tempo me deparei com o prefcio que um grande poeta, dos maioresdo Brasil, escreveu para um livrinho de poemas bem fraquinhos de uma jovem, lindae famosa modelo. Pois o velho poeta tratava a moa como se fosse uma CecliaMeireles (que, alis, alm de grande escritora era tambm linda). No havia dvida: opoeta, embevecido, estava mesmo era prefaciando o poder de seduo da jovem,linda e nada talentosa poetisa. Mas ele conseguiu inventar tantas qualidades para ospoemas da moa que o prefcio acabou sendo, sozinho, mais uma prova daimaginao de um grande gnio potico.

    (Aderbal Siqueira Justo, indito)

    1. O primeiro e o segundo pargrafos estabelecem entre si uma relao de(A) causa e efeito, uma vez que das convices expressas no primeiro resultam, comoconsequncia natural, as expostas no segundo.(B) de complementaridade, pois o que se afirma no segundo ajuda a compreender amesma tese defendida e desenvolvida no primeiro.(C) inteira independncia, pois o tema do primeiro no se espelha no segundo, j queo autor do texto quer apenas enumerar diferentes estilos.(D) contraposio, pois a perspectiva de valor adotada no primeiro confrontada comoutra que a relativiza e nega no segundo.(E) similitude, pois so ligeiras as variaes do argumento central que ambossustentam em relao utilidade e necessidade dos prefcios.

    Professora Aline Aurora

    1

    FCC - 2014 - TRT16 ANALISTA

    TEXTO IDa utilidade dos prefcios

    Li outro dia em algum lugar que os prefcios so textos inteis, j que em100% dos casos o prefaciador convocado com o compromisso exclusivo de falarbem do autor e da obraem questo. Garantido o tom elogioso, o prefcio ainda aponta caractersticasevidentes do texto que vir, que o leitor poderia ter muito prazer em descobrirsozinho. Nos casos mais graves, o prefcio adianta elementos da histria a sernarrada (quando se trata de fico), ou antecipa estrofes inteiras (quando poesia), ouelenca os argumentos de base a serem desenvolvidos (quando estudos ou ensaios).Quer dizer: mais do que intil, o prefcio seria um estraga-prazeres.

    Pois vou na contramo dessa crtica mal-humorada aos prefcios eprefaciadores, embora concorde que muitas vezes ela proceda o que no justifica ageneralizao devastadora. Meu argumento simples e pessoal: em muitos livros queli, a melhor coisa era o prefcio fosse pelo estilo do prefaciador, muito melhor doque o do autor da obra, fosse pela consistncia das ideias defendidas, muito maisslidas do que as expostas no texto principal. H casos clebres de bibliografias queindicam apenas o prefcio de uma obra, ficando claro que o restante desnecessrio.E ningum controla a possibilidade, por exemplo, de o prefaciador ser muito maisespirituoso e inteligente do que o amigo cujo texto ele apresenta. Mas comoargumento final vou glosar uma observao de Machado de Assis: quando o prefcio eo texto principal so ruins, o primeiro sempre ter sobre o segundo a vantagem deser bem mais curto.

    H muito tempo me deparei com o prefcio que um grande poeta, dos maioresdo Brasil, escreveu para um livrinho de poemas bem fraquinhos de uma jovem, lindae famosa modelo. Pois o velho poeta tratava a moa como se fosse uma CecliaMeireles (que, alis, alm de grande escritora era tambm linda). No havia dvida: opoeta, embevecido, estava mesmo era prefaciando o poder de seduo da jovem,linda e nada talentosa poetisa. Mas ele conseguiu inventar tantas qualidades para ospoemas da moa que o prefcio acabou sendo, sozinho, mais uma prova daimaginao de um grande gnio potico.

    (Aderbal Siqueira Justo, indito)

    1. O primeiro e o segundo pargrafos estabelecem entre si uma relao de(A) causa e efeito, uma vez que das convices expressas no primeiro resultam, comoconsequncia natural, as expostas no segundo.(B) de complementaridade, pois o que se afirma no segundo ajuda a compreender amesma tese defendida e desenvolvida no primeiro.(C) inteira independncia, pois o tema do primeiro no se espelha no segundo, j queo autor do texto quer apenas enumerar diferentes estilos.(D) contraposio, pois a perspectiva de valor adotada no primeiro confrontada comoutra que a relativiza e nega no segundo.(E) similitude, pois so ligeiras as variaes do argumento central que ambossustentam em relao utilidade e necessidade dos prefcios.

  • Professora Aline Aurora

    2

    2. Considere as afirmaes abaixo.I. No primeiro pargrafo, a assertiva o prefcio seria um estraga-prazeres traduz oefeito imediato da causa indicada na assertiva os prefcios so textos inteis.

    II. No segundo pargrafo, o autor afirma que vai de encontro tese defendida noprimeiro porque pode ocorrer que um prefcio represente a parte melhor de um livro.

    III. No terceiro pargrafo, o autor se vale de uma ocorrncia real para demonstrarque o gnio inventivo de escritores iniciantes propicia prefcios igualmente criativos.

    Em relao ao texto, est correto o que se afirma APENAS em(A) I.(B) II.(C) III.(D) I e II.(E) II e III.

    3. Ao lado de razes mais pessoais, marcadas por alguma subjetividade, o autorindica, como prova objetiva da utilidade de certos prefcios, o fato de que(A) Machado de Assis os julgava obras-primas pelo poder de alta conciso de queseriam capazes.(B) eles antecipam, para o leitor mais desavisado, alguns fragmentos essenciais compreenso do texto principal.(C) algumas bibliografias valorizam-nos de modo especial, em detrimento do textoprincipal do livro.(D) as apresentaes da poesia de Ceclia Meireles faziam ver tanto a beleza dospoemas como a da escritora.(E) os prefaciadores so escolhidos a partir de um critrio inteiramente idneo, o queimpede favoritismos.

    Ateno: considere o texto abaixo um fragmento de O esprito das leis, obraclssica do filsofo francs Montesquieu, publicada em 1748.

    [Do esprito das leis]Falta muito para que o mundo inteligente seja to bem governado quanto o

    mundo fsico, pois ainda que o mundo inteligente possua tambm leis que por suanatureza so invariveis, no as segue constantemente como o mundo fsico segue assuas. A razo disso reside no fato de estarem os seres particulares inteligenteslimitados por sua natureza e, consequentemente, sujeitos a erro; e, por outro lado, prprio de sua natureza agirem por si mesmos. (...)

    O homem, como ser fsico, tal como os outros corpos da natureza, governadopor leis invariveis. Como ser inteligente, viola incessantemente as leis que Deusestabeleceu e modifica as que ele prprio estabeleceu. Tal ser poderia, a todoinstante, esquecer seu criador Deus, pelas leis da religio, chamou-o a si; um talser poderia, a todo instante, esquecer-se de si mesmo os filsofos advertiram-nopelas leis da moral.

    (Montesquieu Os Pensadores. So Paulo: Abril Cultural, 1973, p. 33 e 34)

    Professora Aline Aurora

    2

    2. Considere as afirmaes abaixo.I. No primeiro pargrafo, a assertiva o prefcio seria um estraga-prazeres traduz oefeito imediato da causa indicada na assertiva os prefcios so textos inteis.

    II. No segundo pargrafo, o autor afirma que vai de encontro tese defendida noprimeiro porque pode ocorrer que um prefcio represente a parte melhor de um livro.

    III. No terceiro pargrafo, o autor se vale de uma ocorrncia real para demonstrarque o gnio inventivo de escritores iniciantes propicia prefcios igualmente criativos.

    Em relao ao texto, est correto o que se afirma APENAS em(A) I.(B) II.(C) III.(D) I e II.(E) II e III.

    3. Ao lado de razes mais pessoais, marcadas por alguma subjetividade, o autorindica, como prova objetiva da utilidade de certos prefcios, o fato de que(A) Machado de Assis os julgava obras-primas pelo poder de alta conciso de queseriam capazes.(B) eles antecipam, para o leitor mais desavisado, alguns fragmentos essenciais compreenso do texto principal.(C) algumas bibliografias valorizam-nos de modo especial, em detrimento do textoprincipal do livro.(D) as apresentaes da poesia de Ceclia Meireles faziam ver tanto a beleza dospoemas como a da escritora.(E) os prefaciadores so escolhidos a partir de um critrio inteiramente idneo, o queimpede favoritismos.

    Ateno: considere o texto abaixo um fragmento de O esprito das leis, obraclssica do filsofo francs Montesquieu, publicada em 1748.

    [Do esprito das leis]Falta muito para que o mundo inteligente seja to bem governado quanto o

    mundo fsico, pois ainda que o mundo inteligente possua tambm leis que por suanatureza so invariveis, no as segue constantemente como o mundo fsico segue assuas. A razo disso reside no fato de estarem os seres particulares inteligenteslimitados por sua natureza e, consequentemente, sujeitos a erro; e, por outro lado, prprio de sua natureza agirem por si mesmos. (...)

    O homem, como ser fsico, tal como os outros corpos da natureza, governadopor leis invariveis. Como ser inteligente, viola incessantemente as leis que Deusestabeleceu e modifica as que ele prprio estabeleceu. Tal ser poderia, a todoinstante, esquecer seu criador Deus, pelas leis da religio, chamou-o a si; um talser poderia, a todo instante, esquecer-se de si mesmo os filsofos advertiram-nopelas leis da moral.

    (Montesquieu Os Pensadores. So Paulo: Abril Cultural, 1973, p. 33 e 34)

    Professora Aline Aurora

    2

    2. Considere as afirmaes abaixo.I. No primeiro pargrafo, a assertiva o prefcio seria um estraga-prazeres traduz oefeito imediato da causa indicada na assertiva os prefcios so textos inteis.

    II. No segundo pargrafo, o autor afirma que vai de encontro tese defendida noprimeiro porque pode ocorrer que um prefcio represente a parte melhor de um livro.

    III. No terceiro pargrafo, o autor se vale de uma ocorrncia real para demonstrarque o gnio inventivo de escritores iniciantes propicia prefcios igualmente criativos.

    Em relao ao texto, est correto o que se afirma APENAS em(A) I.(B) II.(C) III.(D) I e II.(E) II e III.

    3. Ao lado de razes mais pessoais, marcadas por alguma subjetividade, o autorindica, como prova objetiva da utilidade de certos prefcios, o fato de que(A) Machado de Assis os julgava obras-primas pelo poder de alta conciso de queseriam capazes.(B) eles antecipam, para o leitor mais desavisado, alguns fragmentos essenciais compreenso do texto principal.(C) algumas bibliografias valorizam-nos de modo especial, em detrimento do textoprincipal do livro.(D) as apresentaes da poesia de Ceclia Meireles faziam ver tanto a beleza dospoemas como a da escritora.(E) os prefaciadores so escolhidos a partir de um critrio inteiramente idneo, o queimpede favoritismos.

    Ateno: considere o texto abaixo um fragmento de O esprito das leis, obraclssica do filsofo francs Montesquieu, publicada em 1748.

    [Do esprito das leis]Falta muito para que o mundo inteligente seja to bem governado quanto o

    mundo fsico, pois ainda que o mundo inteligente possua tambm leis que por suanatureza so invariveis, no as segue constantemente como o mundo fsico segue assuas. A razo disso reside no fato de estarem os seres particulares inteligenteslimitados por sua natureza e, consequentemente, sujeitos a erro; e, por outro lado, prprio de sua natureza agirem por si mesmos. (...)

    O homem, como ser fsico, tal como os outros corpos da natureza, governadopor leis invariveis. Como ser inteligente, viola incessantemente as leis que Deusestabeleceu e modifica as que ele prprio estabeleceu. Tal ser poderia, a todoinstante, esquecer seu criador Deus, pelas leis da religio, chamou-o a si; um talser poderia, a todo instante, esquecer-se de si mesmo os filsofos advertiram-nopelas leis da moral.

    (Montesquieu Os Pensadores. So Paulo: Abril Cultural, 1973, p. 33 e 34)

  • Professora Aline Aurora

    3

    4. A razo invocada por Montesquieu para afirmar que Falta muito para que o mundointeligente seja to bem governado quanto o mundo fsico deve-se ao fato de que(A) as leis que regem o mundo fsico acabam por ser menos previsveis do queaquelas elaboradas pelos homens.(B) os limites da natureza humana acabam levando os homens a criar leis que elesprprios modificam ou transgridem.(C) o governo do mundo fsico a aspirao que tm os homens de controlarem tudoo que est ao seu alcance.(D) mundo inteligente, governado por Deus, cumpre as leis que escapamcompletamente jurisdio humana.(E) o mundo inteligente, ao contrrio do mundo fsico, tem leis mais flexveis e maisjustas que as da natureza.

    5. Considere as seguintes afirmaes:I. No primeiro pargrafo, afirma-se que da natureza humana buscar agir em estritaconformidade com as leis divinas, materializadas no mundo fsico.

    II. No primeiro pargrafo, depreende-se que Montesquieu considera que as leis quegovernam o mundo fsico so exemplos de uma eficincia que os homens deveriamperseguir no governo do mundo inteligente.

    III. No segundo pargrafo, a religio e a filosofia surgem, cada uma em sua esfera,como possveis corretivos para as negligncias e os desvios da conduta humana.Em relao ao texto, est correto o que se afirma em(A) I, II e III.(B) I e II, apenas.(C) I e III, apenas.(D) II e III, apenas.(E) III, apenas.

    Professora Aline Aurora

    3

    4. A razo invocada por Montesquieu para afirmar que Falta muito para que o mundointeligente seja to bem governado quanto o mundo fsico deve-se ao fato de que(A) as leis que regem o mundo fsico acabam por ser menos previsveis do queaquelas elaboradas pelos homens.(B) os limites da natureza humana acabam levando os homens a criar leis que elesprprios modificam ou transgridem.(C) o governo do mundo fsico a aspirao que tm os homens de controlarem tudoo que est ao seu alcance.(D) mundo inteligente, governado por Deus, cumpre as leis que escapamcompletamente jurisdio humana.(E) o mundo inteligente, ao contrrio do mundo fsico, tem leis mais flexveis e maisjustas que as da natureza.

    5. Considere as seguintes afirmaes:I. No primeiro pargrafo, afirma-se que da natureza humana buscar agir em estritaconformidade com as leis divinas, materializadas no mundo fsico.

    II. No primeiro pargrafo, depreende-se que Montesquieu considera que as leis quegovernam o mundo fsico so exemplos de uma eficincia que os homens deveriamperseguir no governo do mundo inteligente.

    III. No segundo pargrafo, a religio e a filosofia surgem, cada uma em sua esfera,como possveis corretivos para as negligncias e os desvios da conduta humana.Em relao ao texto, est correto o que se afirma em(A) I, II e III.(B) I e II, apenas.(C) I e III, apenas.(D) II e III, apenas.(E) III, apenas.

    Professora Aline Aurora

    3

    4. A razo invocada por Montesquieu para afirmar que Falta muito para que o mundointeligente seja to bem governado quanto o mundo fsico deve-se ao fato de que(A) as leis que regem o mundo fsico acabam por ser menos previsveis do queaquelas elaboradas pelos homens.(B) os limites da natureza humana acabam levando os homens a criar leis que elesprprios modificam ou transgridem.(C) o governo do mundo fsico a aspirao que tm os homens de controlarem tudoo que est ao seu alcance.(D) mundo inteligente, governado por Deus, cumpre as leis que escapamcompletamente jurisdio humana.(E) o mundo inteligente, ao contrrio do mundo fsico, tem leis mais flexveis e maisjustas que as da natureza.

    5. Considere as seguintes afirmaes:I. No primeiro pargrafo, afirma-se que da natureza humana buscar agir em estritaconformidade com as leis divinas, materializadas no mundo fsico.

    II. No primeiro pargrafo, depreende-se que Montesquieu considera que as leis quegovernam o mundo fsico so exemplos de uma eficincia que os homens deveriamperseguir no governo do mundo inteligente.

    III. No segundo pargrafo, a religio e a filosofia surgem, cada uma em sua esfera,como possveis corretivos para as negligncias e os desvios da conduta humana.Em relao ao texto, est correto o que se afirma em(A) I, II e III.(B) I e II, apenas.(C) I e III, apenas.(D) II e III, apenas.(E) III, apenas.