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AULAS DE RECUPERAÇÃO CONTÍNUA PARALELA DE LÍNGUA PORTUGUESA 3º PERÍODO – 2012
03.09 a 30.11 – 6º ANO
SETEMBRO
SEMANA PROGRAMAÇÃO
3 a 6 (7 é feriado) AULA 1: ENTENDIMENTO DE TEXTO “O VERDE”
10 a 14 AULA 2: PRODUÇÃO DE TEXTO TIPOS DE NARRADOR
17 a 21 AULA 3: GRAMÁTICA NUMERAIS
24 a 28 AULA 4: PRODUÇÃO DE TEXTO ARTIGO DE OPINIÃO
OUTUBRO
SEMANA PROGRAMAÇÃO
1 a 5 AULA 5: ENTENDIMENTO DE TEXTO “A ÁRVORE QUE FUGIU DO QUINTAL”
15 a 19 AULA 6: PRODUÇÃO DE TEXTO HISTÓRIA EM QUADRINHOS
22 a 26 AULA 7: GRAMÁTICA NUMERAIS E PRONOMES
29 a 31 AULA 8: PRODUÇÃO DE TEXTO ARTIGO DE OPINIÃO
NOVEMBRO
SEMANA PROGRAMAÇÃO
1 (2 é feriado) AULA 10: ENTENDIMENTO DE TEXTO “MUITOS, MUITOS ANOS ATRÁS”
5 a 9 AULA 11: PRODUÇÃO DE TEXTO TRANSFORMAR HQ EM NARRATIVA EM PROSA
12 a 14 (15 e 16 feriado) AULA 12: GRAMÁTICA: PRONOMES, ARTIGOS E NUMERAIS
21 a 23 (19 e 20 feriado) AULA 13: PRODUÇÃO DE TEXTO HISTÓRIA EM QUADRINHOS
26 a 30 AULA 14: ENTENDIMENTO DE TEXTO “MEUS TEMPOS DE CRIANÇA”
ATIVIDADES DE RECUPERAÇÃO CONTÍNUA
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O VERDE
Estranha é a cabeça das pessoas.
Uma vez, em São Paulo, morei numa rua que era dominada por uma árvore incrível. Na época de
floração, ela enchia a calçada de cores. Para usar um lugar-comum, ficava sobre o passeio um verdadeiro
tapete de flores; esquecíamos o cinza que nos envolvia e vinha do asfalto, do concreto, do cimento, os
elementos característicos desta cidade. Percebi certo dia que a árvore começava a morrer. Secava
lentamente, até que amanheceu inerte, sem uma folha. É um ciclo, ela renascerá, comentávamos no bar
ou na padaria. Não voltou. Pedi ao Instituto Botânico que analisasse a árvore, e o técnico concluiu: fora
envenenada. Surpresos, nós os moradores da rua, que tínhamos na árvore um verdadeiro símbolo,
começamos a nos lembrar de uma vizinha de meia-idade que todas as manhãs estava ao pé da árvore
com um regador. Cheios de suspeitas, fomos até ela, indagamos, e ela respondeu com calma, os olhos
brilhando, agressivos e irritados:
— Matei mesmo essa maldita árvore.
— Por quê?
— Porque na época da flor ela sujava minha calçada, eu vivia varrendo essas flores desgraçadas.
(Inácio de Loyola Brandão .Manifesto verde. São Paulo, Circulo do livro, 1985. p. 16-7.) Vocabulário:
Inerte: sem atividade, sem ação. Ciclo: transformação, repetição de um fenômeno. Indagamos: perguntamos
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ATIVIDADE DE RECUPERAÇÃO CONTÍNUA 3º PERÍODO AULA: 1 ENTENDIMENTO DE TEXTO
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1- O texto é narrado em primeira pessoa. Quem narra a história? Prove transcrevendo um trecho do texto. ____________________________________________________________________________________
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2- “Ela enchia a calçada de cores.” Explique o significado dessa frase.
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3- A rua coberta de flores faz contraste com outros detalhes da cidade. Quais?
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4- Mesmo quando viram a árvore inerte, sem uma folha, os admiradores dela ainda tinham uma
esperança. Qual?
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5- A vizinha de meia-idade “todas as manhãs estava ao pé da árvore com um regador”. Foi esse o fato
que despertou as suspeitas dos admiradores da árvore.
a. À primeira vista, que poderia significar esse gesto da mulher?
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b. Que ocorria na verdade?
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6- Transcreva o trecho em que o narrador descreve a mulher como uma criatura enraivecida,
encolerizada.
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7- Por que, afinal, a mulher matou a árvore?
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8- A mulher que matou a árvore parece ser uma exceção na rua. Por quê? ____________________________________________________________________________________
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ATIVIDADE DE RECUPERAÇÃO CONTÍNUA 3º PERÍODO AULA: 2 PRODUÇÃO DE TEXTO: TIPOS DE NARRADOR
[...]
_ Amanhã, mamãe, vou para o Rio.
Minha mãe nada respondeu, limitou-se a olhar-me enigmaticamente, sem aprovação nem reprovação;
mas, minha tia, que costurava em uma ponta da mesa, ergueu um tanto a cabeça, descansou a costura
no colo e falou persuasiva:
_ Veja lá o que vai fazer rapaz! [...]
Lima Barreto. Recordações do escrivão Isaías Caminha. SP, 1997, p.47
Observe o narrador o trecho acima para responder ao que se pede.
a) Que tipo de narrador apresenta o trecho acima lido?
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b) Continue, em um parágrafo, a narrativa acima, utilizando outro tipo de narrador.
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ATIVIDADE DE RECUPERAÇÃO CONTÍNUA 3º PERÍODO AULA: 3 GRAMÁTICA: NUMERAL
O VERDE
Estranha é a cabeça das pessoas.
Uma vez, em São Paulo, morei numa rua que era dominada por uma árvore incrível. Na época de
floração, ela enchia a calçada de cores. Para usar um lugar-comum, ficava sobre o passeio um verdadeiro
tapete de flores; esquecíamos o cinza que nos envolvia e vinha do asfalto, do concreto, do cimento, os
elementos característicos desta cidade. Percebi certo dia que a árvore começava a morrer. Secava
lentamente, até que amanheceu inerte, sem uma folha. É um ciclo, ela renascerá, comentávamos no bar
ou na padaria. Não voltou. Pedi ao Instituto Botânico que analisasse a árvore, e o técnico concluiu: fora
envenenada. Surpresos, nós os moradores da rua, que tínhamos na árvore um verdadeiro símbolo,
começamos a nos lembrar de uma vizinha de meia-idade que todas as manhãs estava ao pé da árvore
com um regador. Cheios de suspeitas, fomos até ela, indagamos, e ela respondeu com calma, os olhos
brilhando, agressivos e irritados:
— Matei mesmo essa maldita árvore.
— Por quê?
— Porque na época da flor ela sujava minha calçada, eu vivia varrendo essas flores desgraçadas.
(Inácio de Loyola Brandão .Manifesto verde. São Paulo, Circulo do livro, 1985. p. 16-7.) Vocabulário:
Inerte: sem atividade, sem ação. Ciclo: transformação, repetição de um fenômeno. Indagamos: perguntamos. 1- Observe duas falas da mulher. Identifique a fala que indica causa e a que indica consequência: a.“ Matei mesmo essa maldita árvore.”
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b.“... na época da flor ela sujava minha calçada...”
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2- Leia a tira:
Na tira, uma das personagens emprega um pronome pessoal de forma inadequada ao padrão culto da língua na frase. Corrija-a. “Eles já não fabricam ela mais tão fedida e repulsiva.”
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4- Releia o trecho do 1º parágrafo do texto I:
“Uma vez, em São Paulo, morei numa rua que era dominada por uma árvore incrível.
Na época de floração, ela enchia a calçada de cores. Para usar um lugar-comum, ficava
sobre o passeio um verdadeiro tapete de flores; esquecíamos o cinza que nos envolvia
e vinha do asfalto, do concreto, do cimento, os elementos característicos desta cidade.
Percebi certo dia que a árvore começava a morrer.”
a. Circule os artigos.
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b. “...dominada por uma árvore incrível... a árvore começava a morrer.” Por que o autor usou UMA na primeira frase e a na outra? ____________________________________________________________________________________
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c. A palavra ela se refere a qual substantivo mencionado anteriormente?
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5- Leia o quadrinho:
a. Em “mais um prato de cereal”, a palavra destacada é numeral ou artigo? Explique.
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b. Retire e classifique os numerais existentes no quadrinho.
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c. Que indicam esses numerais?
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ATIVIDADE DE RECUPERAÇÃO CONTÍNUA 3º PERÍODO AULA: 4 PRODUÇÃO DE TEXTO: ARTIGO DE OPINIÃO
Artigo de Opinião Leia abaixo as seguintes orientações sobre o gênero textual: Artigo de Opinião É comum encontrar circulando no rádio, na TV, nas revistas, nos jornais, temas polêmicos que exigem uma posição por parte dos ouvintes, espectadores e leitores, por isso, o autor geralmente apresenta seu ponto de vista sobre o tema em questão através do artigo de opinião. É importante estar preparado para produzir esse tipo de texto, pois em algum momento poderão surgir oportunidades ou necessidades de expor ideias pessoais através da escrita. Nos gêneros argumentativos, o autor geralmente tem a intenção de convencer seus interlocutores e, para isso, precisa apresentar bons argumentos, que consistem em verdades e opiniões. Proposta de Produção de Texto
Eu quero. Eu quero um Nike Shox e um Ipod. Uma camisa da Puma e outra da Cavalera. Uma
calça Vide Bula e um relógio Tissot. Um celular Motorola e uma TV de plasma da Philips. Quero
estacionar meu Audi A3 e comprar um Big Mac. Quero mais um sapato pra se juntar aos outros trinta
pares. Quero uns óculos daqueles bem caros, porque se for barato não tem graça. Quero um sonzão no
meu carro, daqueles que fazem estourar os tímpanos, porque essa é a única forma que tenho para que
as pessoas reparem em mim. Eu quero a roupa da moda, porque esse é o único jeito de as pessoas me
amarem. Eu quero um carro, porque senão as meninas nem vão me olhar. Eu quero! Eu quero! Eu quero!
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E a indústria agradece. A TV me diz que se eu não fumar, sou menos legal. Se não beber a
cerveja certa, sou menos bonito. Se não andar no carro mais caro, sou menos homem. Se não estiver
com o sapato mais novo, sou menos mulher. Se não usar o celular lançamento, não consigo fazer
ligações. Se não tiver isso, se não comprar aquilo… E, claro, eu embarco nessa. Quem manda em mim
não sou eu, é a propaganda. A opinião que me interessa é a dos outros, claro. Quem sou eu para pensar
independentemente? Nada disso! Eu quero é consumir!
Ei, você, abra o olho! Você vale pelo que é, não pelo que tem. Vale pelo que faz, pelas decisões
que toma, não pelo tênis que calça nem pelo carro que dirige. Use seu dinheiro de forma mais inteligente
e útil. Pense nos outros. Pense no futuro. Não gaste seu dinheiro com bobagem. Tem gente que gasta
cada centavo que ganha na calça de R$ 200, nos óculos de R$ 300, no celular de R$ 1000, no som de R$
4 mil. Será que essas coisas realmente valem isso? Você precisa delas? Ou só quer aparecer? Será que
você acha que se não for pela nova calça super cara os rapazes não vão gosta de você? Ou se não for o
som exagerado no carro, as meninas nem vão ver que você existe?
Não seja superficial. Dê valor ao que tem valor. Chame a atenção das pessoas por meio de suas
qualidades pessoais e não por meio de objetos. Seja gentil, alegre, prestativo, bem humorado, inteligente,
agradável, generoso. Certamente as pessoas vão preferir estar ao lado de alguém legal, mesmo que a
pé. Vão preferir estar ao lado de uma moça gente boa, mesmo que sem roupa de marca. E faça o mesmo
com os outros. Não seja falso, nem oportunista. Não escolha seus amigos em função do que eles têm,
mas em função do que eles são. Não faça amizade por interesse. Não se aproxime de uma pessoa
porque ela tem carro ou celular bacana.
O consumismo não é um problema em si, mas é sintoma de vários problemas. Geralmente, uma
pessoa que vive comprando coisas é uma pessoa superficial, que não dá valor às coisas certas. É uma
pessoa irresponsável, que não sabe ser previdente e pensar no futuro. É uma pessoa apegada demais
aos bens materiais, incapaz de se separar deles.
Aprenda a doar um pouco do seu dinheiro a quem precisa e a economizá-lo para o futuro. Compre
aquilo que você precisa de verdade e não aquilo que mandam você comprar. O que importa é o que você
faz e o que você é. Todo o resto, um dia, vira lixo.
(Jornal Partilhando online- texto adaptado para fins pedagógicos) O texto acima aborda o tema consumismo. Pense a respeito das ideias que ele traz e se posicione a respeito, redigindo um parágrafo bem estruturado.
Preciso ter para se alguém ou sou alguém porque tenho?
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ATIVIDADE DE RECUPERAÇÃO CONTÍNUA 3º PERÍODO AULA: 5 ENTENDIMENTO DE TEXTO
A Árvore Que Fugiu do Quintal
Fugi para a montanha, de onde via a cidade toda. Lá de cima, vi a cena mais triste. A terra coberta de asfalto e cimento. Os passarinhos, alguns trazendo no bico os ninhos e filhotes incapazes de voar, fugiam com as borboletas. Um deles pousou em um dos meus galhos e me disse desesperado:
— Não há como viver lá embaixo. Em breve, não haverá como viver aqui, nem em lugar algum deste triste planeta Terra, que começam a chamar de planeta Cimento.
O passarinho tinha toda razão. Tive de fugir novamente à procura de um lugar onde os homens ainda fossem bons e as pessoas
ainda vivessem em paz. Procurei... procurei... andei quase até o final do planeta... e nada. Cimento, postes e fumaça em todos os lugares. Ia desistir. Entregar os pontos. Desmaiar de
cansaço. Foi quando comecei a sentir um cheiro gostoso de mato. Andei mais um pouco ... De repente
avistei linda paisagem. Apesar da noite, a lua me mostrava um campo enorme, repleto de árvores grandes e sadias. Lá no fundo, perto do barulhar das águas de um rio, vi a silhueta de uma casa...
E nasceu em mim enorme esperança de ali encontrar crianças. Enterrei minhas raízes bem devagarzinho para não acordar as outras árvores e, aliviada,
satisfeita, feliz da vida, dormi até o sol nascer. Acordei assustada, com uma dor terrível. Tentei fugir, não havia tempo. Quatro homens me desferiam machadadas, por todo lado. Uma
atrás da outra, cada vez mais fortes. Tudo começou a rodar em minha volta. Minhas folhas e frutos no chão. Meu tronco tombava ...
tombava... Em meio à tonteira, um grito de homem, o berro da vitória: “Madeeeeeiiiiraaaa!” No centro de mim, o grito de dor de quem deixa a vida. Não sei onde estava com meus galhos. Tinha de ter desconfiado. Aquela casa era uma serraria.
Álvaro Ottoni de Menezes
Vocabulário
Barulhar: fazer barulho. Desferiam: davam. Sadias: com saúde. Serraria: lugar onde se serra madeira. Silhueta: sombra. Tombava: caía.
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1- O texto é narrado em primeira pessoa. Quem narra a história? Comprove copiando um trecho do primeiro parágrafo.
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2- Que a árvore procurava?
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3- Copie do texto o trecho que mostra que a árvore, por causa da poluição, respirava com dificuldade.
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4- A árvore fugia, os passarinhos fugiam. Essas ações, nesse texto, indicam que as personagens
eram covardes ou totalmente desprotegidas? Justifique.
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5- Observe o trecho: ”Cimento, postes e fumaça em todos os lugares”. Essa frase indica que a natureza estava como?
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6- “E nasceu em mim uma enorme esperança de ali encontrar crianças”. Por que a árvore sentiu esperança de encontrar crianças e não homens e mulheres?
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7- “Madeeeeeiiiiraaaa!” Esse parece o grito necessário do progresso, do sucesso econômico, ou um grito assassino? Justifique sua resposta.
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TEXTO II
8- O texto II pertence a qual gênero textual? Cite duas características que comprovem sua resposta. ____________________________________________________________________________________
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9- Os textos I e II tratam do mesmo assunto. Que assunto é esse? ____________________________________________________________________________________
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ATIVIDADE DE RECUPERAÇÃO CONTÍNUA 3º PERÍODO AULA: 6 PRODUÇÃO DE TEXTO: HISTÓRIA EM QUADRINHOS
1ª PARTE
PROPOSTA DE REDAÇÃO: HISTÓRIA EM QUADRINHOS
Sua tarefa será transformar história em quadrinhos de Caulos em uma narrativa.
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Descreva com atenção o lugar e as personagens.
Crie um narrador para contar a sua história.
Utilize as falas das personagens em discurso direto.
Você poderá criar outras falas para o diálogo, respeite o contexto.
Crie um título.
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ATIVIDADE DE RECUPERAÇÃO CONTÍNUA 3º PERÍODO AULA: 7 GRAMÁTICA: NUMERAIS E PRONOMES
CLASSE DE PALAVRA - NUMERAL
1- Copie as frases, completando-as com os numerais do quadro.
a) Havia _____________________________razões para ele ficar: era tarde e chovia.
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b) Paulo foi __________________________ a chegar, pois Raquel já estava lá.
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c) O avião voava a uma altura de ____________________ metros.
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d) Ele não leu o livro todo: leu apenas a _____________________parte.
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e) Gastei o _________________ do que você gastou naquela loja.
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2- Classifique os numerais do exercício 1.
a)_______________________________________________________
b)_______________________________________________________
c)_______________________________________________________
d)_______________________________________________________
e)_______________________________________________________
3- Escreva por extenso:
a) 12:_______________________________________________________
b) 269:______________________________________________________
segundo – cem – duas – dobro - quarta
20
c) 477:______________________________________________________
d) 1060:_____________________________________________________
e) 917:______________________________________________________
4-Leia o texto a seguir e resolva as questões:
PARA QUEM VAI COMPRAR ALGUMA COISA,
ISTO É TÃO IMPORTANTE COMO DINHEIRO.
Revista Isto É
a) Classifique os pronomes que aparecem no texto.
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b) Quais são pronomes adjetivos e quais são os pronomes substantivos.
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c) A que pessoa do discurso se refere o pronome isto?
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5- Olhe ao seu redor e encontre números. Registre-os. Qual a classificação deles?
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Existe gente que usa a Internet para fazer o mal?
A Internet trouxe muita coisa boa para as pessoas. Só no campo da comunicação, por exemplo, o
e-mail, os sistemas instantâneos (ICQ, Messenger e Skype), as comunidades virtuais e as listas de
discussão permitem que a gente entre em contato com amigos e familiares de modo mais fácil e rápido, e
conheça pessoas com interesses semelhantes aos nossos, mesmo que elas estejam do outro lado do
planeta. Pena que nem todos façam apenas esse uso benéfico da Internet. Muita gente por aí utiliza toda
essa tecnologia de comunicação de um jeito bem “estranho”. Humilhar os outros, falar mal de colegas da
escola, espalhar fotos não autorizadas e disseminar fofocas são apenas alguns exemplos do que se
chama de “cyberbullying” ou “bullying pela Internet”.
O bullying se caracteriza pelo abuso emocional ou físico feito de forma constante e sem
justificativa. Uma coisa é fazer uma brincadeira sem graça com seu amigo; outra é escolher alguém como
bode expiatório e transformar a vida dessa pessoa num verdadeiro inferno. É aquele velho papo de “tirar
sarro” do cara que é um pouco mais gordo que os outros, colocar apelidos na menina que usa óculos,
discriminar alguém por sua raça ou orientação sexual e outras atitudes desse tipo, que, infelizmente,
ainda ocorrem com muita freqüência em algumas escolas.
Certas pessoas exageram ainda mais nesse comportamento e, para elas, a Internet é um “prato
cheio”, já que muitas vezes podem até fazer ofensas graves sem se identificar, às escondidas.
Mas o que será que leva uma pessoa normal a gastar seu tempo criando comunidades para
“maltratar” alguém ou mandando spam para falar mal de um colega? A primeira coisa que vem à cabeça
é que o indivíduo não tem muito o que fazer. Porque, convenhamos, dedicar parte do dia para se ocupar
da vida alheia pode indicar que a pessoa vê muito pouca coisa interessante em sua própria vida.
Vale também pensar se essas pessoas não usam uma fachada de “corajosas” e “maldosas” para
esconder suas fragilidades. É a tática de agredir antes para não dar brecha para os outros. Elas tentam
impor medo para não mostrarem que temem. E muitas vezes isso acontece sem que entendam
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exatamente o porquê de estarem agindo assim. Outros, para ficar bem com o grupo, criam uma espécie
de pacto com os colegas para zoar e agredir quem é diferente deles.
Como a rede confere um certo anonimato às pessoas, elas não precisam mostrar a cara para falar
mal dos outros. Dá para fazer um perfil com nome falso no Orkut e usá-lo para montar uma comunidade
do tipo “Eu odeio Fulano”, mandar um monte de e-mails anônimos dizendo que Beltrano está traindo a
namorada ou, ainda, fazer um fotolog só com fotos constrangedoras dos outros.
O bullying, seja ele real ou virtual, é uma prática agressiva, discriminatória e desnecessária. Por
que não resolver as diferenças de forma madura e saudável? Mesmo que essa discussão aconteça no
ambiente da Internet, o nível do debate pode e deve ser alto.
O primeiro passo, óbvio, é pensar duas vezes antes de praticar a ofensa. Violência emocional
também é violência e está longe de ser uma coisa legal, que contribua para uma boa convivência. O
segundo passo é combater ativamente esse tipo de abuso. Os sites que hospedam comunidades virtuais,
listas de discussão, blogs e fotologs geralmente têm um serviço de denúncias. Não tenha medo de
colocar a boca no trombone, mesmo que não seja você o ofendido. A direção e orientação da escola
também podem ser solicitadas quando essa forma de violência na rede tem a ver com colegas e amigos
de classe.
Para terminar: mesmo que isso pareça inofensivo, não passe adiante e-mails, fotos ou endereços
de sites que agridam seus colegas. Pode parecer batida, mas é aquela idéia de não fazer com os outros o
que você não deseja para si mesmo. Se a foto sem graça ou o e-mail mentiroso fossem sobre você, não
seria bacana vê-los circulando por aí, não é?
Jairo Bauer, http://www.educacional.com.br/canal/jairobouer/tema_007.asp
1) Segundo o texto, que diferença há entre bullying e fazer uma brincadeira sem graça com alguém?
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2) De acordo com o texto, que leva uma pessoa a praticar bullying?
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3) Releia o que o autor escreveu no 5º parágrafo do texto:
”Vale também pensar se essas pessoas não usam uma fachada de ‘corajosas’ e ‘maldosas’ para
esconder suas fragilidades.”
A partir dessa frase, o autor quer afirmar que quem pratica bullying é realmente “corajoso”? Explique.
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4) O bullying é prática desnecessária. Como devem ser solucionadas as diferenças, de acordo com o
texto?
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5) Os parágrafos 7, 8 e 9 apresentam uma solução para o problema do bullying. Releia o trecho a seguir,
do 8º parágrafo:
”O segundo passo é combater ativamente esse tipo de abuso. [...] Não tenha medo de colocar a boca no
trombone, mesmo que não seja você o ofendido.”
Esse trecho dá um recado para pessoas que se envolvem com o bullying de formas diferentes. A quem
esse trecho dá um recado? Explique.
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6) O texto apresenta uma moral disfarçada no último parágrafo. Releia-o, identifique essa moral e a
explique.
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Produção Escreva um texto de opinião, posicionando-se a respeito do bullying.
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Ensino Fundamental Nível II – LÍNGUA PORTUGUESA
NOME: NÚMERO:
___/___/2012 F-6_______
ATIVIDADE DE RECUPERAÇÃO CONTÍNUA 3º PERÍODO AULA: 10 ENTENDIMENTO DE TEXTO
MUITOS, MUITOS ANOS ATRÁS
Às vezes, ouvimos episódios da história de nossa família e não compreendemos bem... Pessoas que nunca conhecemos fatos de uma época estranha e distante... Tudo parece adormecido no tempo, até que, um dia, vasculhando o porão de memórias, encontramos resposta à pergunta “Quem sou eu?”. Texto I
Minha história começa numa aldeia italiana, muitos e muitos anos atrás... E continua na cidade brasileira de São Paulo, muitos e muitos anos atrás... Atrás, onde?... Lá, no tempo e no espaço da minha memória.
Eu tinha dez anos quando, com meu irmão Caetaninho, cheguei ao porto de Santos para reunir-me à metade brasileira de minha família: minha mãe, meu padrasto e os meus irmãozinhos nascidos no Brasil.
O mar, aquele grande mar que apaga os rastros de todos os barcos, apagara as imagens de minha infância: Domenico Gallo, meu pai, vovô Leone, pai de meu pai, vovó Catarina, mãe de minha mãe, todos sepultados num pequeno cemitério de aldeia. Vivos, mas sepultados na minha lembrança, ficavam, como um aceno de saudade, padre Cherubino, irmão de meu pai, e vovô Vicenzo, pai de minha mãe.
Eu estava em São Paulo, eu estava em 1900. Um mundo novo, um novo século, uma nova idade. O futuro era agora. E a menina que tinha vindo “fazer a América” ia crescer, deitar ramos, flores e frutos, como uma árvore da Saracena, desarraigada e replantada em terra alheia.
Vou contar... Texto II – É uma longa história. Uma triste história. Vou contar... [diz o padrasto] E contou. A voz mansa foi saindo pela janela, desceu a rua Tamandaré, seguiu pela rua Glicério,
encontrou o caminho do mar e mergulhou nas ondas de um passado naufragado, que agora voltava à tona.
– Eu me casei, lá na Saracena, com uma moça muito boa e trabalhadeira. Éramos camponeses pobres e lavrávamos a terra de outros. Então resolvemos tentar a sorte aqui na América, onde já estava meu irmão mais velho. Juntamos nossas economias e partimos, minha mulher e mais um filhinho de poucos meses. Embarcamos no porto de Gênova, onde a passagem para os imigrantes era mais barata.
– De terceira classe? – perguntei, lembrando-me da minha viagem. – A classe dos imigrantes. Naqueles primeiros tempos era pior do que agora que você e Caetano
vieram. Muito mais gente embarcava para a América, era difícil alimentar direito todo mundo e manter as condições de limpeza no navio. E aconteceu a desgraça.
– Desgraça? – repeti ansiosa. Vicenzo Laurito pegou um grande lenço do bolso, igual àquele com que enrolava moedas, passou-
o pelo nariz. E continuou: – Sim, desgraça. Uma epidemia de cólera. Doença muito grave, você conhece?
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Enquanto eu lhe dizia que, de doença grave, só conhecia o sarampo que me atacara na Saracena, ele explicava:
– É um mal terrível e pode matar em pouco tempo. E foi isso o que aconteceu. As pessoas vomitavam, ficavam amarelas, enfraqueciam, acabavam morrendo. E, como não havia outro jeito, os corpos eram jogados no mar. Foi assim que eu perdi minha mulher e meu filhinho.
Soltei um grito sincero de horror, enquanto ele levava novamente o lenço ao nariz. – Uma desgraça, Fortunata. Uma desgraça. O navio chegou ao Rio de Janeiro, mas eu não pude
desembarcar. Fiquei de quarentena na Ilha das Flores, depois o Serviço de Imigração me mandou de volta para a Itália. Cheguei à Calábria muito mais pobre do que quando tinha partido, porque já não tinha nem mais família.
Ouvindo Vicenzo Laurito narrar a história de sua primeira e trágica aventura de imigração, eu contava notas e moedas, pensando que aquele dinheiro não tinha o peso do ouro, não. Tinha o peso da vida.
– E depois? – perguntei, disfarçando a emoção. Meu padrasto assou definitivamente o nariz, guardou o lenço no bolso como se, com ele, também
guardasse o antigo sofrimento. – Depois, eu voltei viúvo para Saracena. E aí as comadres da aldeia me falaram de sua mãe, que
também era viúva e moça como eu. Daí nós nos casamos, e eu decidi tentar novamente a vida na América com ela. Só que, dessa vez, achei que era mais seguro deixar as crianças na Itália...
Parei de contar as notas. Fiquei olhando aquele homem que, debruçado sobre a mesa, conferia o total das somas que eu fizera. E entendi por que minha mãe dizia, enquanto preparávamos o almoço dos domingos, que ele não era nem um pouco enjoado para comer. Comia de tudo. Menos peixe.
Também entendi por que eu e Caetaninho tínhamos ficado para trás na Saracena. E porque entendi, olhei-o com uma familiaridade nova: ali estava ele, Vicenzo Laurito – o mesmo olhar bondoso, as mesmas mãos rudes e cálidas, os mesmos gestos mansos e até o mesmo nome do meu querido avô Vicenzo Ventimiglia. E descobri que, daí por diante, ia ser muito fácil chamar esse homem de pai.
(A menina que descobriu o Brasil. São Paulo: FTD, 1999, p.5-6; 33-5.) Vocabulário Cálidas: quentes, ardentes. Desarraigar: arrancar pela raiz; fazer sair. Saracena: cidade italiana de onde veio a narradora-protagonista da história. Procure no dicionário outras palavras que você desconheça.
Com base nos textos I e II, responda ao que se pede:
1- Nos textos, a narradora relata fatos que viveu há muitos anos, quando era menina.
a) Quantos anos tinha Fortunata quando esses fatos aconteceram?
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b) Que grande acontecimento marca o início desse relato?
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c) Em qual dos textos o relato de outra pessoa esclarece uma pergunta da narradora até então sem
resposta?
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2- Observe a linguagem empregada no relato. Que tipo de variedade linguística predomina?
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3- Quais são as características que definem um Relato Pessoal?
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4- Levando em conta essas características, os textos lidos podem ser considerados Relatos
Pessoais? Justifique e comprove sua resposta com base no texto.
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5- Dizer que um texto tem narrador em 1ª pessoa ou que narra fatos do passado não é suficiente para
definir um Relato Pessoal. Lembre-se de textos que sejam narrados em 1ª pessoa ou que narrem fatos do
passado, mas que não possam ser considerados Relatos Pessoais.
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Leia atentamente a tirinha do cartunista Quino,
Sua tarefa será transformar a tirinha da Mafalda em uma narrativa.
Descreva com atenção o lugar e as personagens.
Crie um narrador para contar a sua história.
Utilize as falas das personagens em discurso direto.
Você poderá criar outras falas para o diálogo, respeite o contexto.
Manolito é o amigo da Mafalda.
Crie um título.
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NOME: NÚMERO:
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ATIVIDADE DE RECUPERAÇÃO CONTÍNUA 3º PERÍODO AULA: 11 PRODUÇÃO DE TEXTO: NARRATIVA EM PROSA
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Texto I
A profecia
Caraíbas têm cabeça oca. Deviam ter aprendido muitas lições com o povo filho da terra e não
souberam enxergar, nem ouvir, nem sentir. E sofrerão por isso.
Dia virá em que ficarão com sede, muita sede, e não terão água para beber: os rios e lagoas e
valos e regatos e até a água da chuva estarão sujos e pobres. E chorarão. E continuarão com sede
porque a água do choro é salgada e amarga...
O tempo da fome também virá. E a terra estará seca, o chão duro. As sementes do milho e a
mandioca não mais nascerão verdes, alimentando a esperança de quarups ao redor do fogo com muita
comida e bebida. A caça e peixe também terão fugido ou morrido. E a fome apertará o estômago do
caraíba e ele não poderá comer nem sua riqueza, nem sua terra nua e estéril.
Os dias serão sempre mais quentes. E quando o caraíba procurar uma sombra como abrigo,
descobrirá que a terra não tem árvores.
As noites serão escuras e frias. Sem lua, sem estrelas. E sem fogueiras quentes.
E o caraíba, o homem-branco, chorará. E quando acordar de sua imensa estupidez, será tarde,
muito tarde.
Eu, Tamãi, o velho pajé, falei.
(ZOTZ, Werner. Apenas um curumim. 1995)
Vocabulário
Quarup: cerimônia religiosa que celebra Mavotsinin, herói cultural das tribos do alto Xingu. Mavotsinin: herói cultural das tribos do alto Xingu, autor da mãe do Sol e da Lua. Estéril: que não produz, árido, improdutivo, infrutífero. Valo: rego, canal, fosso. Regato: arroio, córrego, riacho.
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ATIVIDADE DE RECUPERAÇÃO CONTÍNUA 3º PERÍODO AULA: 12 GRAMÁTICA: PRONOMES, ARTIGOS E NUMERAIS
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TEXTO II
1- No texto II, no último quadrinho, a menina diz: “só sobrou uma árvore?” A palavra UMA é artigo ou
numeral?Justifique.
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2- Transcreva do texto II: a) um pronome demonstrativo: _______________________________________________ b) um pronome possessivo: _________________________________________________
3- Preencha o quadro transcrevendo do texto I um exemplo de:
Pronome Classificação
Pessoal do caso reto
Possessivo
4- Leia a tira:
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Na tira, uma das personagens emprega um pronome pessoal de forma inadequada ao padrão culto da
língua na frase: “Vamos tirar eles daí!” Corrija-a.
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5- Releia o terceiro parágrafo do texto I:
“O tempo da fome também virá. E a terra estará seca, o chão duro. As sementes do milho e a
mandioca não mais nascerão verdes, alimentando a esperança de quarups ao redor do fogo com muita
comida e bebida. A caça e peixe também terão fugido ou morrido. E a fome apertará o estômago do
caraíba e ele não poderá comer nem sua riqueza, nem sua terra nua e estéril.”
a) Circule os artigos no trecho acima. b) A palavra ele se refere a qual substantivo mencionado anteriormente?
_____________________________________________________________________________ 6- Leia o quadrinho:
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Por que no quadrinho há a utilização do UM e O para determinar a palavra cachorro?
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7- Leia o quadrinho:
Transcreva os numerais da tira e classifique-os. ____________________________________________________________________________________
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8- Transcreva as orações escrevendo por extenso os numerais indicados por algarismos:
a) Foram doadas 700 mudas de árvores para o reflorestamento daquela região.
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b) Desapareceram 14 espécies pássaros que viviam na floresta.
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NOME: NÚMERO:
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ATIVIDADE DE RECUPERAÇÃO CONTÍNUA 3º PERÍODO AULA: 13 PRODUÇÃO DE TEXTO: HISTÓRIA EM QUADRINHOS
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Você identificou as personagens acima dos famosos filmes de animação. Sua tarefa será criar uma história em quadrinho envolvendo uma ou mais personagens. Para isso, construa uma situação em que deverá:
Utilizar balões de fala.
O narrador.
Crie um título.
Desenhe outras imagens para construir o cenário da história.
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NOME: NÚMERO:
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ATIVIDADE DE RECUPERAÇÃO CONTÍNUA 3º PERÍODO AULA: 14 ENTENDIMENTO DE TEXTO
Meus tempos de criança
Rostand Paraíso
Pulávamos os muros e ganhávamos os quintais das casas vizinhas, enormes e cheias de fruteiras e de toda a sorte de animais, gatos, cachorros, galinhas, patos, marrecos e outros mais. Chupando mangas, gostosas mangas, mangas-espada, mangas--rosa e manguitos, esses quase sempre os mais saborosos, dividíamos os times e organizávamos as peladas de fundo de quintal que exigiam grande malabarismo de nossa parte, com as frondosas árvores para driblar e grandes irregularidades no terreno para contornar.
Usávamos "bolas de meias", preparadas por nós mesmos com papel de jornal compactado e colocado dentro de uma meia de mulher, mas já começávamos a usar bolas de borrachas e as "bolas-de-pito", que eram bolas de couro, com pito para fora e que tínhamos o cuidado de envergar para dentro, para evitar arranhaduras.
Gostosas, memoráveis tardes que se prolongavam até a noitinha, parando-se apenas quando não havia mais sol e quando não podíamos mais ignorar os gritos que vinham de nossa casa, para tomar banho, mudar de roupa e ir jantar.
As mesmas misteriosas ordens faziam-nos começar a desengavetar nossos times de botão para a temporada que iria se iniciar. Os botões eram polidos e engraxados.
Descobríamos, nos botões das capas e dos jaquetões e, também, nas tampas de remédios, promissores craques. Nossos pais começavam a estranhar, sem encontrar qualquer explicação para o fato, o desaparecimento das tampas dos xaropes e dos botões das roupas. Esses craques em potencial, novos valores que surgiam, eram devidamente preparados e passávamos dias a lixá-los e, para lhes dar mais peso e maior aderência à mesa, a enchê-los com parafina derretida. Trabalho que levava às vezes algumas semanas, os novos craques sendo testados exaustivamente até que nos déssemos por satisfeitos e os considerássemos prontos e aprovados para as grandes competições pela frente.
Os botões de chifre, preparados pelos presos da Casa de Detenção, onde íamos comprá-los, começavam, pela sua robustez e pela potência de seus chutes, a ganhar nossa preferência. Não gostávamos, porém, daqueles botões que vinham do Sul, de plástico, todos iguais, diferençando-se uns dos outros apenas pelas "camisas" que traziam coladas sobre si, com as cores dos clubes cariocas. Preferíamos, nós mesmos, pregar as cores do nosso time preferido, no meu caso o Santa Cruz.
Cada botão ganhava seu nome, Perácio, Leônidas, Patesko, Pitota, Sidinho, Siduca... botões que já não tenho mais, desaparecidos misteriosamente ao longo do tempo. Meu ponta-esquerda, Tarzan, que tantas alegrias me deu, com suas arrancadas para o campo adversário e com seus mirabolantes gols, que fim terá levado?
Preferíamos usar as bolas de farinha, arredondadas cuidadosamente na palma da mão e que permitiam um bom controle, correndo menos que as de miolo de pão e não tanto quanto as de borracha.
Dentro daquelas regras que adotávamos e que permitiam que continuássemos a jogar enquanto não perdêssemos o controle da bola, éramos obrigados, quando nos sentíamos em condições de tentar o chute a gol, a avisar o adversário: "Defenda-se!" ou "Prepare-se!", dando tempo a que ele posicionasse melhor o seu goleiro e puxasse, para junto dele, os beques, geralmente bem altos, com a finalidade de dificultar o chute rasteiro.
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As partidas eram irradiadas por um de nós, ao estilo de José Renato, o famoso locutor esportivo da PRA-8, e os gols, quando convertidos, eram gritados histericamente, incomodando toda a vizinhança. Rostand Paraíso. Antes o tempo apague... 2ª ed. Recife, Comunicarte, 1996, pp. 131-132
1- Leia o trecho a seguir para responder ao que se pede: “Cada botão ganhava seu nome, Perácio, Leônidas, Patesko, Pitota, Sidinho, Siduca... botões que já não tenho mais, desaparecidos misteriosamente ao longo do tempo.” a)Conforme esse trecho, pode-se afirmar que os fatos narrados são imaginados pelo autor ou são extraídos de sua memória?
b) Por esse trecho, pode-se saber a que gênero textual pertence o texto? Se sim, qual é ele?
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2- Após pular o muro, o narrador ganha um novo mundo. Como ele descreve esse novo espaço? ____________________________________________________________________________________
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3- No terceiro parágrafo, que sentimento é percebido quando o narrador emprega a expressão memoráveis tardes? Justifique. ____________________________________________________________________________________
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4- No quarto parágrafo, há referência de craques em potencial. Que significa essa expressão dentro do contexto em que foi produzida?
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5- Dentre todos os craques descritos pelo narrador, quais deles eram os preferidos? Por quê? ____________________________________________________________________________________
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6- Levante uma hipótese: De quem seriam os gritos que vinham de dentro das casas quando anoitecia? Justifique. ____________________________________________________________________________________
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7- Pelo campo lexical (a seleção de palavras expostas no texto), qual seria a brincadeira predileta do narrador-personagem? Justifique com um trecho do texto. ____________________________________________________________________________________
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8- Nos relatos, é comum empregar-se a descrição para caracterizar as pessoas, os lugares, os objetos, as cenas etc. No quinto parágrafo do texto, qual a importância da descrição do trabalho exercido pelos presos da Casa de Detenção? ____________________________________________________________________________________
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9- Leia o trecho para responder ao que se pede: “Meu ponta-esquerda, Tarzan, que tantas alegrias me deu, com suas arrancadas para o campo adversário e com seus mirabolantes gols, que fim terá levado?”
a) Ao se lembrar de Tarzan, que expressão demonstra a saudade sentida pelo narrador?
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b) Que outro sentimento o narrador demonstra ter além da saudade?
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