Aulas Dobragem+Enrolamento

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1 Dobragem e Enrolamento

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Dobragem e Enrolamento

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Quinagem - Dobragem na Quinadora

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O que é?

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O que é?

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Aplicações

� Balcões frigoríficos� Mobiliário metálico� Chassis� Painéis.

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Aplicações

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Características do processo

� Permite o fabrico de peças de chapa (ou barra de pequena espessura) com superfícies planificáveis

� Campo de aplicação diversificado� Aplica-se, geralmente, a pequenas séries� Baixa taxa de produção� As quinadoras possuem, geralmente, tabelas de quinag em que permitem calcular a

força de quinagem por metro de chapa a quinar, a aba mínima, o raio mínimo de quinagem, a abertura da matriz, etc.

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Classificação dos processos de quinagem

� Quinagem no ar� O ângulo entre as abas da chapa é

definido pela penetração do cunho na matriz ( profundidade de quinagem ).

� As forças envolvidas são baixas� Precisão dimensional é limitada devido

à recuperação elástica

� Quinagem em V� O ângulo entre as abas da chapa é

definido pela geometria das ferramentas

� A folga entre cunho e matriz é igual àespessura da chapa.

� Tem maior precisão dimensional que a quinagem no ar

� Geralmente, utilizada para quinar chapas com ângulos de 90º ou ligeiramente inferiores, com espessuras entre os 0.5 e os 25 mm

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Classificação dos processos de quinagem

� Quinagem em U� Existem 2 eixos de dobragem

paralelos� Normalmente, utiliza-se um encostador

para evitar defeitos de forma no fundo da peça

� A força de quinagem tem um acréscimo de cerca de 30 a 40% devido ao encostador

� Quinagem a fundo (com quebra do nervo)

� A chapa é esmagada entre o cunho e a matriz no final da operação e a folga entre cunho e matriz é inferior àespessura da chapa.

� Geralmente, utilizada para chapas finas (espessura inferior a 3 mm)

� Permite reduzir ou até mesmo eliminar a recuperação elástica

� A força necessária é consideravel-mente superior à da quinagem no ar; 3 a 5 vezes maior

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Classificação dos processos de quinagem

� Quinagem de flange com cunho de arraste

� Uma das abas é fixada por um encostador, enquanto que a outra édobrada a 90º pela acção do cunho

� Com a variação do curso, é possível alterar com facilidade o ângulo de dobragem

� Quinagem rotativa� Recorre-se a uma matriz rotativa para

enformar a chapa� Não é necessário utilizar encostador� As forças requeridas são baixas� O efeito de mola pode ser compensado

diminuindo o ângulo de dobragem

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Classificação dos processos de quinagem

� Vantagens da quinagem no ar relativamente à quinagem a fundo� A quinagem pode ser efectuada em máquinas-ferramenta de menor

capacidade, pois a força e energia necessárias são menores� O desgaste e o perigo de inutilização das ferrament as é menor� O mesmo conjunto cunho/matriz pode ser utilizado pa ra efectuar dobragens de

diferentes ângulos, reduzindo-se os custos de prepa ração e montagem das ferramentas

� Vantagens da quinagem a fundo relativamente à quinage m no ar� Peças mais precisas, podendo ser enformadas com rai os de quinagem

inferiores à espessura da chapa� Redução ou mesmo eliminação do fenómeno de recuperaç ão elástica

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Quinagem no ar

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Cálculo da dimensão da estampa plana

� Noção de fibra neutra� Por acção do cunho a zona em deformação fica solicit ada por um momento flector M e

uma força axial F de tracção.� Para chapas finas, pode admitir-se que as secções re ctas se mantém planas durante a

deformação e que convergem no centro de curvatura. Considera-se que as direcçõesprincipais das tensões e das extensões coincidem co m as direcções radial, tangencial e segundo a largura.

� Fibra neutra é a linha cujo comprimento não varia ap ós a deformação da peça e cuja posição depende fundamentalmente da espessura da ch apa e do tipo de solicitação introduzida pelas ferramentas.

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Cálculo da dimensão da estampa plana

� Para se determinar as dimensões da estampa plana é n ecessário conhecer o comprimento da fibra neutra, l.

� Segundo a norma DIN 6935, o comprimento da estampa plana será dado por:

a, b - comprimentos das abas∆∆∆∆l – factor de compensação

(pode ser positivo ou negativo)

β - ângulo de abertura das abash - espessura da chapar i - raio interior de dobragemk - factor de correcção para a

linha/fibra neutra

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Cálculo da dimensão da estampa plana

� Abertura das abas entre 0º e 90º

� Abertura das abas entre 90º e 165º

� Abertura das abas entre 165º e 180º ( ∆∆∆∆l pequeno e desprezável)

K=1 ���� linha neutra coincide com a linha média

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Raio mínimo de quinagem

� Raio mínimo de quinagem, r min , é o raio para o qual surgem fissuras na superfície exterior da chapa (cunho com raio muito pequeno ���� extensões tangenciais muito elevadas que podem originar fissuras ou fractura)

� Pode ser determinado por dois tipos de métodos:� Método baseado nas propriedades mecânicas do materi al� Métodos de natureza empírica

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Raio mínimo de quinagem

� Método baseado nas propriedades mecânicas do materi al � A extensão tangencial, e θθθθ, para uma fibra à distância y da linha média com um raio de

curvatura r m e um ângulo de dobragem αααα é dada por:

Em que l 0 é o comprimento inicial da fibra.� Sendo o ângulo de dobragem, α α α α = l0/rm, então a extensão tangencial para a fibra exterior é

dada por:

� Considerando que na flexão em domínio plástico a ex tensão verdadeira na fibra exterior para a qual a fractura ocorre é igual à extensão verda deira na fractura no ensaio de tracçãouniaxial vem:

� Relação entre o raio mínimo de quinagem, r min , a espessura da chapa, h, e o coeficiente de estricção ou coeficiente de redução de área após fra ctura, q:

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Raio mínimo de quinagem

� Método baseado nas propriedades mecânicas do materi al� Verificou-se experimentalmente que a determinação d o rmin através da expressão anterior

era precisa para valores de q inferiores a 0,2, mas não para valores de q superiores a 0,2.

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Raio mínimo de quinagem

� Métodos de natureza empírica� Outra forma de determinar o raio mínimo de quinagem pode ser a partir de ábacos ou

tabelas construídos com base em ensaios experimentais.

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Raio mínimo de quinagem

� Métodos de natureza empírica� Norma DIN 6935

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Raio mínimo de quinagem

� Métodos de natureza empírica� Por vezes o raio mínimo de quinagem é definido em fun ção da abertura da matriz, v,

utilizada na operação (adoptado por muitos fabricant es para a construção das tabelas de quinagem fixas à quinadora)

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Raio mínimo de quinagem

� A implantação das peças na chapa deve fazer-se, sem pre que possível, de modo a que a direcção de quinagem se desenvolva perpendicula rmente à direcção de laminagem. Quando não for possível, deve-se aumenta r os raios de dobragem para evitar a fractura.

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Abertura da matriz

� Do valor da abertura da matriz dependem a força de quinagem, o raio mínimo de quinagem e a dimensão mínima da aba.

� A deformação da chapa para se atingir o mesmo ângulo de ab ertura entre abas, depende significativamente da abertura da matriz, sendo s uperior no caso de matrizes de menor abertura.

� Com base em resultados experimentais temos:

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Dimensão mínima da aba

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Recuperação elástica

� O fenómeno de recuperação elástica ou efeito de mola, ac ontece sempre que a solicitação exterior que originou a flexão é retirada. A ssim, tanto o ângulo de dobragem, como o raio de curvatura aumentam, modifican do-se a geometria dapeça.

� Uma das principais dificuldades da quinagem no ar re side no controlo deste fenómeno.

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Recuperação elástica

� A estimativa do ângulo de recuperação elástica é nec essária para que as ferramentas ou o processo possam ser corrigidas na fase de projecto ou de operação, respectivamente, e a flexão possa ser compensada.� O valor aumenta nos materiais com maior tensão limi te de elasticidade ou com

maior propensão ao encruamento.� O valor aumenta com o trabalho a frio� Também as características geométricas da operação i nfluenciam a

recuperação elástica, como o raio interior de quina gem, a abertura da matriz e a espessura da chapa.

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Recuperação elástica

� Estimativa do ângulo de recuperação elástica

Em que dl e é o comprimento recuperado pela fibra exterior� Considerando a definição de extensão e notando que a recuperação se dá em domínio

elástico (lei de Hooke) vem:

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Recuperação elástica

� Factor de recuperação elástica� Alternativamente existem tabelas com dados empírico s que permitem quantificar a

recuperação elástica da operação. É habitual admitir -se que a recuperação elástica se faz em torno da linha média, obtendo-se:

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Recuperação elástica

� Métodos de minimização ou eliminação da recuperação e lástica� Correcção ou compensação dos ângulos das ferramentas durante o seu

projecto, para as quinageens em V e a fundo� Correcção do valor de profundidade de quinagem com o valor correspondente

ao da recuperação elástica, para quinagem no ar� Dobragem com forças de tracção. Como o momento neces sário à deformação

é reduzido, também a recuperação elástica será menor� Substituição da quinagem no ar pela quinagem a fundo� Realização das operações a temperaturas elevadas, j á que a recuperação

elástica vem reduzida com a diminuição da tensão li mite de elasticidade

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Profundidade de quinagem

� Uma das vantagens da operação de quinagem no ar resi de na possibilidade de se poderem efectuar quinagens com ângulos diferentes, ut ilizando o mesmo conjunto cunho/matriz. Assim, para a preparação das quinagen s será necessário relacionar o ângulo de abertura das abas, ß, com a penetração do cunho na matriz.

Profundidade de quinagem, em função do ângulo da zonade dobragem, α:

Profundidade de quinagem, emfunção do ângulo de aberturadas abas, β:

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Posicionamento dos esbarros da quinadora

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Posicionamento dos esbarros da quinadora

� Na preparação de trabalho de peças com quinagens múl tiplas o projectista deve definir a sequência de quinagens proc urando cumprir dois requisitos fundamentais:� que o tempo de operação seja o mínimo� que a peça seja exequível na quinadora, ou seja, que não existam

interferências com os elementos da quinadora

� Os esbarros (posicionadores da chapa) podem ser ante riores ou posteriores, consoante se situam na frente ou na tr aseira da quinadora.

� Nas quinadoras sem comando numérico, dependendo do n úmero de peças a quinar, os esbarros são posicionados manual mente de modo a tornar a operação mais cómoda, mais precisa e mais económica.

� As quinadoras com comando numérico permitem definir a sequência de quinagem, posicionando automaticamente os esbarros em cada quinagem, rentabilizando o tempo de operação.

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Defeitos de quinagem

� Esbeiçamento (deformação lateral) e efeito de sela� O esbeiçamento deve-se à deformação segundo a largura da chapa, b, das

fibras exteriores que sofrem contracções e das inter iores que sofrem distenções

� O efeito de sela é provocado pela variação da extens ão radial ao longo das superfícies exterior e interior

� A zona dos bordos está sujeita a um estado de tensão plano, em oposição ao que se verifica na zona central da chapa, onde o es tado de deformação pode ser considerado plano.

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Defeitos de quinagem

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Defeitos de quinagem

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� Força de quinagem no ar (DIN 6935):

em que K é um factor de correcção dado por:

Força e trabalho de quinagem

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Força e trabalho de quinagem

� O trabalho de quinagem é dado pela área delimitada pela cu rva da força de quinagem num gráfico F versus deslocamento do cunho.

em que Qw é um coeficiente que depende do tipo de evolução q ue a força de quinagem tem com o curso do cunho, variando geralmente entre 0,5 e 0,8.

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Quinagem a fundo ou quinagem com quebra do nervo

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Quinagem a fundo

� Principais inconvenientes são a redução local de es pessura e a necessidade de forças elevadas

� Deve ser utilizada, apenas, quando a precisão reque rida for elevada ou para a obtenção de cantos muito vivos (pequenos raios de q uinagem)

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Quinagem a fundo

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Quinagem em U

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Quinagem em U

rcm = (2 a 6)h rm = rc + (1,2 a 1,25)h Fe = (0,25 a 0,3) FU

FU = (kU σσσσR b h 2) / (rcm + j + r c)em que k U é um factor correctivo variando entre 0,4 e 1

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Quinagem de flanges com cunho de arraste

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Quinagem de flanges com cunho de arraste

Faba = (ka σσσσR b h 2) / 4(rcm + j + r c)em que k a é um factor correctivo variando entre 1,5 e 2

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Quinagem com borracha

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Flexão de chapas planas

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Diagrama de quinagem

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Calandragem – Enrolamento na Calandra

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O que é?

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O que é?

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Aplicações

� Reservatórios, caldeiras, bidões

� Contentores e camiões cisterna

� Tubagens de grande secção e transições entre secções

� Silos, tanques, tremonhas de moinhos e ciclones

� Estruturas e perfis curvos para edifícios, veículos e equipamentos

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Aplicações

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Aplicações

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Aplicações

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Formas típicas

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Calandras

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Calandras de três rolos sem dispositivo para enform ação das abas

� Rolos inferiores, fixos, com igual diâmetro, mas me nores (10 a 50%) que o superior� Calandras de maior capacidade ���� Rolos de maior diâmetro e maior entre-eixo nos

rolos inferiores ���� Menor força de flexão� Utilização de rolos inferiores de suporte para redu zir a deformação em calandras

de comprimento elevado (geralmente > 3m)� O ajuste do rolo superior, livre, define o diâmetro da calandragem� Força de calandragem suficiente para arrastar por a trito o rolo superior. Difícil para

chapa fina de grande diâmetro ���� Rolo superior motorizado� Os extremos da chapa (abas) permanecem direitos

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Calandras de três rolos com dispositivo para enform ação das abas

� A dobragem das abas nunca é total (zona direita = (0, 5 a 2)h; h - espessura da chapa)

� Existem diferentes tipos de concepção (no essencial , diferentes movimentos dos rolos)

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Calandras de quatro rolos

� Rolos centrais motores� Os rolos laterais, livres, controlam o raio da cala ndragem e a dobragem das abas

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Calandras de quatro rolos

� Vantagens das calandras de 4 rolos:� O posicionamento apertado da chapa entre os rolos m otores facilita bastante a

operação, designadamente o manuseamento da chapa qu e, em muitos casos,pode ser feito por um único operador.

� A dobragem das abas efectua-se sem necessidade de vol tar a chapa.� A calandragem das superfícies cónicas pode efectuar- se continuamente.� A calibragem das virolas, por exemplo após soldadur a das extremidades, é

facilitada pela existência dos dois rolos livres, o s quais devem estar ambos actuados neste tipo de operações.

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Calandragem cilíndrica

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Descrição do processo

� O rolo superior, geralmente, com um diâmetro (d s) maior que o diâmetro dos rolos inferiores (d i), é convenientemente posicionado para se obter o ra io de curvatura exterior (R e) requerido para a virola

� Admitindo que as reacções nos rolos inferiores são v erticais (aproximação), pode considerar-se que a distribuição de momento flector é triangular, com o valor máximo na zona média do entre-eixo

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Descrição do processo

� Os rolos inferiores transmitem a energia necessária à deformação da chapa através das forças de atrito entre a chapa e os rolos

� A capacidade de enformação é limitada pelo trabalho que é possível realizar com as forças de atrito

� Para aumentar a capacidade de enformação ���� 3 rolos motores ���� velocidade de rotação do rolo superior diferente da dos rolos inf eriores ���� para a chapa não escorregar ���� calandras com sistemas de regulação da velocidade s ofisticados e dispendiosos ���� 2 rolos (inferiores) motores

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Geometria, dimensões e preparação do planificado

� As formas obtidas são planificáveis e tanto os raio s de curvatura, como o comprimento de calandragem são, geralmente, muito s uperiores à espessura da chapa� As dimensões do planificado de uma virola cilíndrica serão obtidas

considerando que a largura de calandragem não varia (deformação plana) e que a largura do planificado é igual ao perímetro da circunferência que passa na linha média da chapa (raio de curvatura >> espes sura ���� linha neutra coincide com a linha média).

� Outras formas ���� Métodos de planificação de superfícies� Chanfrar os bordos das chapas para evitar a formaçã o de fissuras (especialmente

para espessuras acima dos 25 mm)

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Entre-eixo e profundidade de calandragem

� Relação entre a distância de contacto, v, e o entre-eixo, a

� Profundidade de calandragem

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Deformação máxima em cada passagem

Em que R 0 é o raio de curvatura inicial e R e é o raio de curvatura final

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Força e potência de calandragem

� Força de calandragem para R e > 100h� Solicitação do tipo elasto-plástica emax ≤ 0,005

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Força e potência de calandragem

� Força de calandragem para R e < 100h� Solicitação do tipo plástica

Equação para compensar as aproximações

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Força e potência de calandragem

� Potência de calandragem

em que v R é a velocidade periférica dos rolos motores (3 a 7 m /min na calandragem a frio) e µµµµ é o coeficiente de atrito entre a chapa e os rolos

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Recuperação elástica

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Número de passos de calandragem

� Condição de calandragem para uma passagem

em que R f0 é o raio inicial da virola

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Calandragem a frio e a quente

� A calandragem a frio é preferível à calandragem a que nte (menos dispendiosa e problemática)

� Para calandragens a frio, e em especial para passos múltiplos, deve ter-se em atenção a deformação máxima que a chapa sofre. É usual o tratamento quando:� emax > 5% para aços de baixa liga� emax > 3% para aços ferríticos temperados e revenidos� A capacidade de calandragem da máquina for ultrapas sada em resultado do

encruamento do material

� A calandragem a quente deverá ser usada quando:� A capacidade de calandragem for insuficiente para r ealizar o trabalho a frio� Não se conseguir produzir peças com o diâmetro dese jado sem que ocorra

fissuração� Os tratamentos térmicos necessários à calandragem a frio tornam a

calandragem a quente mais económica.

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Calandragem de superfícies cónicas

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Procedimentos e operação

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Procedimentos e operação

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Determinação da geometria e das dimensões da estamp a plana

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Cálculo do ângulo de inclinação dos rolos

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Dobragem das abas

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Dobragem das abas

� Um dos problemas principais da calandragem é o da en formação das abas do planificado com o raio de curvatura desejado para a virola

� O valor do momento flector decresce linearmente, des de um valor máximo na secção B, até se anular na secção A

� A deformação vai evoluindo de totalmente plástica p ara elástica, com zonas elasto-plásticas intermédias ���� Raio de curvatura cada vez maior ���� Deixa de existir curvatura a partir da secção em que a deformação é totalmente rec uperada pelo efeito de mola

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Dobragem das abas

� Soluções para o problema da dobragem das abas:1. Numa calandra sem capacidade para enformar abas a dobragem das abas poderá ser

executada prévia ou posteriormente à calandragem por quinagem ou por martelagem.2. Calandrar uma virola com um comprimento superior a o pretendido e cortar as abas

direitas.3. Dobrar as abas na calandra com o auxílio de um ga bari, também conhecido por “berço”,

fabricado previamente em chapa espessa.4. Utilizar calandras preparadas para a dobragem das abas, as quais permitem deslocamento

dos rolos inferiores ou do superior.5. Efectuar a operação numa calandra de 4 rolos

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Dobragem das abas

� O deslocamento relativo entre os rolos inferiores e o rolo superior permite aproximar o máximo do momento flector do rolo sobre o qual se pretende enformar a aba

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Dobragem das abas

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Dobragem de Tubos e Perfis

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O que é?

� A dobragem de tubos e perfis é um processo de deforma ção plástica que permite fabricar peças com geometrias complexas a partir de tubos e perfis estruturais mantendo a sua secção original

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O que é?

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O que é?

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O que é?

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Aplicações

� Tubos de escape, tubos para transporte de fluidos e peças estruturais de veículos

� Tubagens para caldeiras, permutadores de calor e diversas instalações industriais das indústrias de processo

� Mobiliário, e peças decorativas� Peças arquitectónicas e

equipamentos para a construção civil

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Aplicações

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Máquinas-ferramenta e ferramentas para dobragem de tubos e perfis

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Tipos de processos para dobragem de tubos e perfis

� Dobragem por movimento axial de um cunho móvel� A geometria do cunho móvel e dos

apoios apenas permite a dobragem de um determinado raio de curvatura para uma gama limitada de diâmetros exteriores.

� É muito utilizado na dobragem de tubos com areia.

� Poderá dispensar-se o enchimento dos tubos quando o guiamento efectuadopelas abas do cunho móvel conseguir evitar a deformação da secção

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Tipos de processos para dobragem de tubos e perfis

� É muitas vezes utilizada para calibrar a geometria f inal das peças que tenham sido dobradas através de outros processos tecnológicos.

� Baixa cadência de produção ���� Utilizado, essencialmente, em trabalhos de manutenção e reparação de serralharia civil e mecân ica.

� Variantes deste processo� Dobragem com aplicação de força axial de tracção nas extremidades da peça ( σσσσaxial ≅≅≅≅1,1 σσσσe)� Dobragem realizada com a peça fixa nas extremidades

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Tipos de processos para dobragem de tubos e perfis

� Dobragem por intermédio de rolos (calandragem)� As máquinas-ferramenta são constituídas por três ro los montados em pirâmide e dois

rolos deflectores que asseguram o guiamento durante a dobragem de perfis de secçãoassimétrica de modo a evitarem torções e outros mod os indesejáveis de deformação.

� A dobragem é efectuada de forma progressiva à medida qu e aumenta a profundidade de calandragem

� É possível realizar diferentes raios de curvatura at ravés da variação da distância entre o rolo superior e os rolos inferiores ���� Grande flexibilidade do processo

� A variação da geometria dos rolos permite processar a generalidade dos perfis

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Tipos de processos para dobragem de tubos e perfis

� Dobragem por compressão � A ferramenta móvel (habitualmente designada por cun ho móvel) dobra a peça durante o

seu movimento de rotação em torno de um molde fixo� O cunho móvel e o molde fixo apenas permitem a dobr agem de um determinado tipo e

geometria de perfis

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Tipos de processos para dobragem de tubos e perfis

� Dobragem por estiramento� O perfil a dobrar é fixo por intermédio de um dispos itivo de fixação a um molde móvel que

executa um movimento de rotação em torno de um eixo .

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Defeitos e formas de os evitar

� Deformação da secção (‘ovalização’ no caso dos tubos) e o engelhamento da zona em compressão (junto ao raio interior).

� Este tipo de defeitos pode ser evitado de várias fo rmas:1. Nos tubos, enchendo o seu interior com um materia l incompressível que não se oponha à

deformação plástica por flexão. Contudo, este proce dimento é ineficaz para os casos em que a secção pode deformar-se com aumento do volume interno ���� Material solto no interior do perfil ���� Deixa de ser assegurada a transmissão das tensões σσσσr entre as paredes em tracção e compressão longitudinal.

2. Utilizando mandris que colocados no interior dos tubos, na zona submetida à flexão, impeçam a ovalização.

3. Recorrendo a guiamentos exteriores que impeçam o a largamento da secção evitando a ovalização (tubos).

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Defeitos e formas de os evitar

� Material para enchimento de tubos para dobragem� Areia

� A areia é lavada e bem compactada no interior do tubo, o qual é tapado de modo a não permitir qualquer tipo de redução da compactação durante a dobragem.

� Não é aconselhado para tubos que possam vir a ser utilizados em aplicações em que a existência de grãos de areia não removidos possa constituir um risco muito grave (ex.: tubagens de sistemas de lubrificação ou afins).

� Não é aconselhado para a dobragem de tubos de ligas leves (ex.: ligas de cobre e de alumínio) por ser grande o risco de incrustação de grãos de areia nas paredes dos tubos. Este problema é tanto mais grave quanto menor for a espessura das paredes.

� O enchimento dos tubos pode ainda ser efectuado com materiais que possuam um baixo ponto de fusão (ex.: resinas e termoplásti cos).

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Defeitos e formas de os evitar

� Mandris

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Defeitos e formas de os evitar

� Mandris rígidos� Não conseguem acompanhar a totalidade do perímetro de curvatura dos tubos

���� Não permitem eliminar totalmente o risco de ovaliza ção.� A regulação da posição dos mandris rígidos é crítica ���� O mau

posicionamento, ou não evita a ovalização ou pode da nificar o tubo.� Geralmente, são torneados, rectificados e polidos ���� Excelente acabamento

superficial. Podem ser fabricados em metal (geralme nte, aço temperado) ou em plástico (geralmente, polietileno).

� Os mandris de plástico são fáceis de introduzir e d e remover devido ao baixo coeficiente de atrito e podem ser dobrados em simul tâneo com a peça.

� Os mandris de plástico são versáteis mas apresentam algumas desvantagens, tais como, a propensão para o desgaste e para a dis torção da secçãoresistente. Em termos de utilização industrial pode afirmar-se que este tipo de mandris tem um tempo de vida médio da ordem das 200 dobragens.

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Defeitos e formas de os evitar

� Mandris articulados� São formados por elementos esféricos (geralmente, u m, dois ou três

elementos) que se encaixam uns nos outros ou que se encontram ligados entre si através de um cabo flexível de aço.

� Geralmente, são fabricadas em aço temperado e possu em um acabamento superficial de muito boa qualidade.

� Conseguem acompanhar a curvatura do tubo de uma for ma mais eficaz ����Permitem a realização de dobragens que originariam a ovalização no caso de se utilizarem mandris rígidos.

� Podem não eliminar totalmente os defeitos associado s à dobragem nas zonas correspondentes aos espaços compreendidos entre os elementos esféricos. Contudo, este tipo de defeitos é frequentemente elimi nado na extracção do mandril (operação de calibração).

� São difíceis de fabricar e caros.

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Defeitos e formas de os evitar

� Mandris flexíveis� São constituídos por lâminas metálicas ou por camad as de PVC ou nylon.� Utilizam-se principalmente na dobragem de tubos com secção transversal rectangular.� As lâminas apenas se deformam elasticamente. � As lâminas encontram-se fixas, apenas, numa das ext remidades do mandril ���� Origina

movimentos relativos entre elas durante as operaçõe s de dobragem.� Apresentam dificuldade para serem introduzidos e re movidos do interior das peças, sendo

muitas vezes a sua aplicação incompatível com a uti lização de sistemas de alimentação automáticos.

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Tensões e deformações

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Tensões e deformações

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Tensões e deformações

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Tensões e deformações

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Projecto

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Projecto

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Projecto