Aulas Online Portugues Material 02

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Curso de Portugus Tpicos Gerais de Redao OficialProf.Marcondes JniorSumrio Tipologia Textual............................................................................................................................................................................. 02 Caractersticas e elementos da Narrao........................................................................................................................................02 Caractersticas e elementos da Descrio.... ..................................................................................................................................03 Caractersticas da Dissertao.......................... .............................................................................................................................04 Elementos Obrigatrios do texto dissertativo.... ...........................................................................................................................04 Como fazer uma redao dissertativa................. ...........................................................................................................................05 Qualidades e caractersticas de um texto argumentativo..............................................................................................................08 Construo da Frase e do Pargrafo................. .............................................................................................................................09 Dicas Gerais para uma boa redao....... .......................................................................................................................................10 30 dicas quentes para escrever melhor..... ...................................................................................................................................10 Lista de Homnimos e Parnimos........ .........................................................................................................................................11 Tpico I - Estudo do Perodo Simples.......... ..................................................................................................................................13 Exerccios de fixao do perodo simples........ ..............................................................................................................................24 Gabarito do perodo simples..................... ....................................................................................................................................27 TPICO II - Estudo do Perodo Composto..... ................................................................................................................................27 Estudo dos conectivos...................................................................................................................................................................31 Gabaritos......................................... .............................................................................................................................................35 Estudo das pontuaes.......... .......................................................................................................................................................35

Quem o professor Marcondes Jnior O professor Marcondes Jnior integra a equipe dos seletos professores do curso LFG, OBCURSOS, Vestconcursos. graduado pela universidade federal de Gois e especialista no ensino da Gramtica Normativa, Interpretao de texto, Redao discursiva, Redao Oficial e Portugus Jurdico. Ministra cursos e palestras de Lngua Portuguesa e Redao Oficial para formao e aperfeioamento de servidores federais. Atua como consultor de Lngua Portuguesa da FOLHA DIRIGIDA. membro ainda do quadro de grandes cursos de Braslia e So Paulo.

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Exemplo de texto prolixo Tendo em vista a necessidade de treinamento na rea e conforme orientao desse Centro e de acordo com a mensagem de 20/11/94 no Informativo n 1.000, e considerando ainda a prioridade que tem merecido a melhoria de atendimento os nossos clientes, solicitamos o especial obsquio de verificar a possibilidade de incluir na pauta dos prximos cursos, ainda que para o prximo semestre, os funcionrios abaixo indicados para o treinamento de Atendente de Pblico, se possvel com prioridade. Sem mais para o momento e certos de sua habitual presteza e ateno para com as postulaes deste Posto, desde j agradecemos, colocando-nos sua inteira disposio para quaisquer informaes que se fizerem necessrias no sentido de termos atendido nosso pleito, com a brevidade possvel.

Tipologia Textual o estudo das modalidades textuais. Cabe-nos observar se o texto predominantemente: Narrativo, Descritivo ou Dissertativo. Observe abaixo as modalidades textuais e suas caractersticas.NARRAO: Desenvolvimento de aes. Tempo em andamento. Narrar contar uma histria. A Narrao uma seqncia de aes que se desenrolam na linha do tempo, umas aps outras. Toda ao pressupe a existncia de um personagem que a pratica em determinado momento e em determinado lugar, por isso temos quatro dos seis componentes fundamentais de um emissor ou narrador se serve para criar um ato narrativo: personagem, ao, espao, e tempo em desenvolvimento. Os outros dois da narrativa so: narrador e enredo ou trama. Elementos Obrigatrios do texto Narrativo 1 Personagem; 2 Tempo; 3 Espao; 4 enredo, ao; 5 clmax; 6 Fecho. Narrar falar sobre os fatos. contar. Consiste na elaborao de um texto inserindo episdios, acontecimentos. A narrao difere da descrio. A primeira totalmente dinmica, enquanto a segunda esttica e sem movimento. Os verbos so predominantes num texto narrativo. O indispensvel da fico a narrativa, respondendo os seus elementos a uma srie de perguntas:

a)Quem participa nos acontecimentos? (personagens); b)O que acontece? (enredo); c) Onde e como acontece? (ambiente e situao dos fatos;. d)Fazemos um texto narrativo com base em alguns elementos; e)O qu? - Fato narrado; f)Quem? personagem principal e o anti-heri; g)Como? o modo que os fatos aconteceram; h)Quando? o tempo dos acontecimentos; i)Onde? local onde se desenrolou o acontecimento; j)Por qu? a razo, motivo do fato; k)Por isso: - a conseqncia dos fatos. No texto narrativo, o fato o ponto central da ao, sendo o verbo o elemento principal. importante s uma ao centralizadora para envolver as personagens. Deve haver um centro de conflito, um ncleo do enredo. Exemplo1: Toda a gente tinha achado estranha a maneira como o Capito Rodrigo Cambor entrara na vida de Santa F. Um dia chegou a

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cavalo, vindo ningum sabia de onde, com o chapu de barbicacho puxado para a nuca, a bela cabea de macho altivamente erguida e aquele seu olhar de gavio que irritava e ao mesmo tempo fascinava as pessoas. Devia andar l pelo meio da casa dos trinta, montava num alazo, trazia bombachas claras, botas com chilenas de prata e o busto musculoso apertado num dlm militar azul, com gola vermelha e botes de metal. (Um certo capito Rodrigo rico Verssimo) Exemplo 2: Em uma noite chuvosa do ms de agosto, Paulo e o irmo caminhavam pela rua mal-iluminada que conduzia sua residncia. Subita - mente foram abordados por um homem estranho. Pararam, atemorizados, e tentaram saber o que o homem queria, receosos de que se tratasse de um assalto. Era, entretanto, somente um bbado que tentava encontrar, com dificuldade, o caminho de sua casa. A relao verbal emissor receptor efetiva-se por intermdio do que chamamos discurso. A narrativa se vale de tal recurso, efetivando o ponto de vista ou foco narrativo. Quando o narrador participa dos acontecimentos diz-se que narrador-personagem . Isto constitui o foco narrativo da 1 pessoa. Exemplo: Parei para conversar com o meu compadre que h muito no falava. Eu notei uma tristeza no seu olhar e perguntei: - Compadre por que tanta tristeza? Ele me respondeu: - Compadre minha senhora morreu h pouco tempo. Por isso, estou to triste. H tanto tempo sem nos falarmos e justamente num momento to triste nos encontramos. Ter sido o destino? J o narrador-observador aquele que serve de intermedirio entre o fato e o leitor. o foco narrativo de 3 pessoa. Exemplo: O jogo estava empatado e os torcedores pulavam e torciam sem parar. Os minutos finais eram decisivos, ambos precisavam da vitria, quando de repente o juiz apitou uma penalidade mxima. O tcnico chamou Neco para bater o pnalti, j que ele era considerado o melhor batedor do time. Neco dirigiu-se at a marca do pnalti e bateu com grande perfeio. O goleiro no teve chance. O estdio quase veio abaixo de tanta alegria da torcida. Aos quarenta e sete minutos do segundo tempo o juiz finalmente apontou para o centro do campo e encerrou a partida.

B) DESCRIO: Retrato atravs de palavras. Tempo esttico Descrever pintar um quadro, retratar um objeto, um personagem, um ambiente. O ato descritivo difere do narrativo, fundamentalmente, por no se preocupar com a seqncia das aes, com a sucesso dos momentos, com o desenrolar do tempo. A descrio encara um ou vrios objetivos, um ou vrios personagens, uma ou vrias aes, em um determinado momento, em um mesmo instante e em um frao da linha cronolgica. a foto de um instante. A descrio pode ser esttica ou dinmica A descrio esttica no envolve ao. Ex: Uma velha gorda e suja. A descrio dinmica apresenta um conjunto de aes concomitantes, isto , um conjunto de aes que acontecem todas ao mesmo tempo, como uma fotografia. Exemplo1 "Ao lado do meu prdio construram um enorme edifcio de apartamentos. Onde antes eram cinco romnticas casinhas geminadas, hoje instalaram-se mais de 20 andares. Da minha sala vejo a varandas (estilo mediterrneo) do novo monstro. Devem distar uns 30 metros, no mais. E foi numa dessas varandas que o fato se deu."(Mrio Prata. 100 Crnicas. So Paulo, Cartaz Editorial, 1997)

Exemplo 2 Sua estatura era alta e seu corpo, esbelto. A pele morena refletia o Sol dos trpicos. Os olhos negros e amendoados espalhavam a

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luz interior de sua alegria de viver e jovialidade. Os traos bem desenhados compunham uma fisionomia calma, que mais parecia uma pintura.

A descrio tem sido normalmente considerada como uma expanso da narrativa. Sob esse ponto de vista, uma descrio resulta freqentemente da combinao de um ou vrios personagens com um cenrio, um meio, uma paisagem, uma coleo de objetos. Esse cenrio desencadeia o aparecimento de uma srie de subtemas, de unidades constitutivas que esto em relao metonmica de incluso: a descrio de um jardim (tema principal introdutor) pode desencadear a enumerao das diversas flores, canteiros, rvores, utenslios, etc., que constituem esse jardim. Cada subtema pode igualmente dar lugar a um maior detalhe (os diferentes tipos de flor, as suas cores, a sua beleza, o seu perfume...). C) DISSERTAO TEXTO ARGUMENTATIVO o texto em que defendemos uma idia, opinio ou ponto de vista, uma tese, procurando (por todos os meios) fazer com que nosso ouvinte/leitor aceite-a, creia nela. Num texto argumentativo, distinguem-se trs componentes: a tese, os argumentos e as estratgias argumentativas. Elementos Obrigatrios da Disseratao: 1 TESE 2 ARGUMENTOS 3 ESTRATGIA ARGUMENTATIVA 1 TESE a idia que defendemos, necessariamente polmica, pois a argumentao implica divergncia de opinio. 2 ARGUMENTO Tem uma origem curiosa: vem do latim ARGUMENTUM, que tem o tema ARGU , cujo sentido primeiro "fazer brilhar", "iluminar", a mesma raiz de "argnteo", "argcia", "arguto".

Os argumentos de um texto so facilmente localizados: Identificada a tese, faz-se a pergunta por qu? (Ex.: o autor contra a pena de morte (tese). Por que ... (argumentos). As ESTRATGIAS no se confundem com os ARGUMENTOS. Esses, como se disse, respondem pergunta por qu (o autor defende uma tese tal PORQUE ... - e a vm os argumentos). 3 ESTRATGIAS ARGUMENTATIVAS so todos os recursos (verbais e no-verbais) utilizados para envolver o leitor/ouvinte, para impression-lo, para convenc-lo melhor, para persuadi-lo mais facilmente, para gerar credibilidade, etc. Os exemplos a seguir podero dar melhor idia acerca do que estamos falando. A CLAREZA do texto - para citar um primeiro exemplo - uma estratgia argumentativa na medida em que, em sendo claro, o leitor/ouvinte poder entender, e entendo, poder concordar com o que est sendo exposto. Portanto, para conquistar o leitor/ouvinte, quem fala ou escreve vai procurar por todos os meios ser claro, isto , utilizar-se da ESTRATGIA da clareza. A CLAREZA no , pois, um argumento, mas um meio (estratgia) imprescindvel, para obter adeso das mentes, dos espritos. O emprego da LINGUAGEM CULTA FORMAL deve ser visto como algo muito estratgico em muitos tipos de texto. Com tal emprego, afirmamos nossa autoridade (= "Eu sei escrever. Eu domino a lngua! Eu sou culto!") e com isso reforamos, damos maior credibilidade ao nosso texto. Imagine, esto, um advogado escrevendo mal ... ("Ele no sabe nem escrever! Seus conhecimentos jurdicos tambm devem ser precrios!"). O TTULO ou o INCIO do texto (escrito/falado) devem ser utilizados como estratgias ... como estratgia para captar a ateno do ouvinte/leitor imediatamente. De nada valem nossos argumentos se no so ouvidos/lidos.

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Outros exemplos de estratgias argumentativas: vrios argumentos e sua disposio ao longo do texto; o ataque s fontes adversrias; as antecipaes ou prolepses (quando o escritor/orador prev a argumentao do adversrio e responde-a); a qualificao das fontes; a utilizao da ironia; a linguagem agressiva; a repetio; as perguntas retricas; as exclamaes. Tipos de Dissertaes: Dissertao expositiva Objetivo: expor, explicar ou interpretar idias Dissertao argumentativa Objetivo: persuadir o leitor ou ouvinte de que determinada tese deve ser acatada, alm de, tentarmos, explicitamente, formar a opinio do leitor ou ouvinte, procurando persuadi-lo de que a razo est conosco. Na dissertao expositiva, podemos explanar sem combater idias de que discordamos. Por exemplo, um professor de Histria pode fazer uma explicao sobre os modos de produo, aparentando impessoalidade, sem tentar convencer seus alunos das vantagens das vantagens e desvantagens deles. Mas, se ao contrrio, ele fizer uma explanao com o propsito claro de formar opinio dos seus alunos, mostrando as inconvenincias de determinado sistema e valorizando um outro, esse professor estar argumentando explicitamente. Importante: Para a argumentao ser eficaz, os argumentos devem possuir consistncia de raciocnio e de provas. Os tipos mais comuns de provas so: os fatos-exemplos, os dados estatsticos e o testemunho. Como fazer uma dissertao argumentativa Como fazer nossas dissertaes? Como expor com clareza nosso ponto de vista? Como argumentar coerentemente e validamente? Como organizar a estrutura lgica de nosso texto, com introduo, desenvolvimento e concluso? Vamos supor que o tema proposta seja Nenhum homem uma ilha. Primeiro, precisamos entender o tema. Ilha, naturalmente, est em sentido figurado, significando solido, isolamento. Vamos sugerir alguns passos para a elaborao do rascunho de sua redao. 1. Transforme o tema em uma pergunta: Nenhum homem uma ilha? 2. Procure responder essa pergunta, de um modo simples e claro, concordando ou discordando (ou, ainda, concordando em parte e discordando em parte): essa resposta o seu ponto de vista. 3. Pergunte a voc mesmo, o porqu de sua resposta, uma causa, um motivo, uma razo para justificar sua posio: a estar o seu argumento principal. 4. Agora, procure descobrir outros motivos que ajudem a defender o seu ponto de vista, a fundamentar sua posio. Estes sero argumentos auxiliares. 5. Em seguida, procure algum fato que sirva de exemplo para reforar a sua posio. Ele precisa ser bastante expressivo e coerente com o seu ponto de vista.

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A partir desses elementos, procure junt-los num texto, que o rascunho de sua redao. Por enquanto, voc pode agrup-los na seqncia que foi sugerida:

Os passos: a) interrogar o tema; b) responder, com a opinio c) apresentar argumento bsico d) apresentar argumentos auxiliares e) apresentar fato- exemplo f) concluir Como ficaria o esquema: 1 - pargrafo: a tese 2- pargrafo: argumento 1 3 - pargrafo: argumento 2 4- pargrafo: fato-exemplo 5- pargrafo: concluso

Exemplo de redao com esse esquema: Tema: Como encarar a questo do erro Ttulo: Buscar o sucesso Tese 1 O homem nunca pde conhecer acertos sem lidar com seus erros. Argumentao 2 O erro pressupe a falta de conhecimento ou experincia, a deficincia de sintonia entre o que se prope a fazer e os meios para a realizao do ato. Deriva-se de inmeras causas, que incluem tanto a falta de informao, como a inabilidade em lidar com elas. 3 J acertar, obter sucesso, constitui-se na exata coordenao entre informao e execuo de qualquer atividade. o alinhamento preciso entre o que fazer e como fazer, sendo esses dois pontos indispensveis e inseparveis. Fato-exemplo 4 Como atingir o acento? A experincia fundamental e, na maior das vezes, alicerada em erros anteriores, que ensinaro os caminhos para que cada experincia ruim no mais ocorra. Assim, um jovem que presta seu primeiro vestibular e fracassa pode, a partir do erro, descobrir seus pontos falhos e, aos poucos, aliar seus conhecimentos capacidade de enfrentar uma situao de nova prova e presso. Esse mesmo jovem, no mercado de trabalho, poder estar envolvido em situaes semelhantes: seus momentos de fracasso estimularo sua criatividade e maior empenho, o que fatalmente levar a posteriores acertos fundamentais em seu trabalho. Concluso 5 Assim, o aparecimento dos erros nos atos humanos inevitvel. Porm, preciso, acima de tudo, saber lidar com eles, conscientizar-se de cada ato falho e tom-los como desafio, nunca se conformando, sempre buscando a superao e o sucesso. Antes do alcance da luz, ser sempre preciso percorrer o tnel.

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Esquema da anttese Como incluir a contra-argumentao numa dissertao argumentativa A dissertao argumentativa comea com a proposio clara e sucinta da idia que ir ser comprovada, a TESE. primeira parte do texto dissertativo chamamos de introduo. segunda parte, chamada desenvolvimento, visa apresentao dos argumentos que comprovem a tese, ou seja, a PROVA. Na dissertao argumentativa mais formal, o desenvolvimento apresenta uma subdiviso, a ANTTESE, na qual se refutam possveis contra-argumentos que possam contrariar a tese ou as provas. Nessa parte, a ordem de importncia inverte-se, colocando-se, em primeiro lugar, a refutao do contra-argumento mais forte e, por ltimo, do mais fraco, com o propsito de se depreciarem as idias contrrias e ir-se, aos pontos, refutando a tese adversa,ao mesmo tempo em que se afasta o leitor ou ouvinte dos contra-argumentos mais poderosos. ltima parte, a concluso, enumeraram-se os argumentos e conclui-se, reproduzindo as tese, isto , faz-se uma SNTESE. Alm de fazer uma sntese das idias discutidas, pode-se propor, na concluso, uma soluo para o problema discutido.

Esquema de uma dissertao com anttese Tema: Vestibular, um mal necessrio. Tese: O vestibular privilegia os candidatos pertencentes s classes mais favorecidas economicamente. Prova: Os candidatos que estudaram em escolas com infra-estrutura deficiente, com as escolas pblicas do Brasil, por mais que se esforcem, no tm condies de concorrer com aqueles que freqentaram bons colgios. Anttese: Mesmo que o acesso universidade fosse facilitado para candidatos de condio econmica inferior, o problema no seria resolvido, pois a falta de um aprendizado slido, no primeiro e segundo grau, comprometeria o ritmo do curso superior. Concluso (sntese): As diferenas entre as escolas pblicas e privadas so as verdadeiras responsveis pela seleo dos candidatos mais ricos.

Relao entre causa e conseqncia Tema Constatamos que no Brasil existe um grande nmero de correntes migratrias que se deslocam do campo para as mdias ou grandes cidades. Para encontrarmos uma causa, perguntamos: Por qu? ao tema acima. Dentre as respostas possveis, poderamos citar o seguinte fato: Causa: 1 - A zona rural apresenta inmeros problemas que dificultam a permanncia do homem no campo. No sentido de encontrar uma conseqncia para o problema enfocado no tema acima, cabe a seguinte pergunta: O que acontece em razo disso? Uma das possveis respostas seria: Conseqncia As cidades encontram-se despreparadas para absorver esses migrantes e oferecer-lhes condies de subsistncia e de trabalho

Veja que a causa e a conseqncia citadas neste exemplo podem ser perfeitamente substitudas por outras, encontradas por voc,

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desde que tenham relao direta com o assunto. As sugestes apresentadas de maneira nenhuma so as nicas possveis. Veja outros exemplos: Causa: As pessoas mais velhas tm medo do novo, elas so mais conservadoras, at em assuntos mais prosaicos. Tema: Muitas pessoas so analfabetas eletrnicas, pois no conseguem operar nem um videocassete. Conseqncia: Elas se tornam desajustadas, pois dependem dos mais jovens at para ligar um forno microondas, elas precisam acompanhar a evoluo do mundo. Causa: A nao que deixa depredar as construes consideradas como patrimnios histricos destri parte da Histria de seu pas. Tema: de fundamental importncia a preservao das construes que se constituem em patrimnios histricos. Conseqncia: Isso demonstra claramente o subdesenvolvimento de uma nao, pois quando no se conhece o passado de um povo e no se valorizam suas tradies, estamos desprezando a herana cultural deixada por nossos antepassados.

Causa: A maioria dos parlamentares preocupa-se muito mais com a discusso dos mecanismos que os fazem chegar ao poder do que com os problemas reais da populao. Tema: A maior parte da classe poltica no goza de muito prestgio e confiabilidade por parte da populao. Conseqncia: Os grandes problemas que afligem o povo brasileiro deixam de ser convenientemente discutidos.

Causa: Algumas pessoas refugiam-se nas drogas na tentativa de esquecer seus problemas. Tema: Muitos jovens deixam-se dominar pelo vcio em diversos tipos de entorpecentes, mal que se alastra cada vez mais em nossa sociedade. Conseqncia: Acabam formando-se dependentes dos psicticos dos quais se utilizam e, na maioria das vezes, transformam-se em pessoas inteis para si mesmas e para a comunidade.

1 COMUNICAO ESCRITA OFICIAL A comunicao escrita oficial a forma pela qual se redigem as correspondncias e os atos administrativos no servio pblico. O texto oficial constitui a imagem da organizao. Portanto, o domnio da lngua padro confere unidade e uniformidade comunicao, atravs da clareza, conciso e formalidade. Para que se atinjam essas caractersticas, as comunicaes oficiais devem permitir uma nica interpretao e ser estritamente impessoal, o que exige certo nvel de linguagem, no se aceitando o uso de grias, expresses regionais, jargo tcnico ou palavras estrangeiras, que comprometem o entendimento da mensagem. 1.1 QUALIDADES E CARACTERSTICAS DE UM TEXTO ARGUMENTATIVO Impessoalidade O tratamento impessoal que deve ser dado aos assuntos que constam das comunicaes oficiais decorre da ausncia de impresses individuais de quem comunica: embora se trate, por exemplo, de um expediente assinado pela chefia de determinada rea, sempre em nome do Servio Pblico que feita a comunicao. Obtm-se assim uma padronizao que permite uniformidade s comunicaes elaboradas em diferentes unidades da Administrao. Objetividade A objetividade consiste no uso de palavras adequadas para que o pensamento seja expresso e entendido imediatamente pelo leitor. necessrio que se coloque uma idia aps a outra, hierarquizando as informaes. Termos suprfluos, excesso de adjetivos, idias e vocbulos repetidos devem ser eliminados, pois comprometem a eficcia do documento. Use linguagem objetiva e clara.

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Seja preciso. Evite palavras desgastadas pelo uso. Amplie o vocbulo ativo. Conciso O texto conciso aquele que transmite o mximo de informaes com o mnimo de palavras. Resulta de um trabalho de reflexo (o que escrever?) e de elaborao (como escrever?), concentrando-se na essncia da mensagem. Empregue frases curtas. Evite acmulo de idias em um s pargrafo. Exercite-se na recomposio do texto. Deixe passar algum tempo depois de ter escrito: reflita, descanse suas idias. Retorne o que escreveu, procurando melhorar a forma. Refaa o texto at encontrar um resultado agradvel. Clareza O texto claro possibilita a imediata compreenso pelo leitor. O autor far uso de lngua padro, de entendimento geral, com formalidade e padronizao, para a uniformidade dos textos. Ordene as idias e as palavras. Escolha vocabulrio de entendimento geral. Refaa as frases depois de escrita. Evite, no texto, o acmulo de fatos e opinies. Preciso Consiste em empregar a palavra exata para expressar uma idia, com conotaes prprias, que melhor se ajuste quilo que desejamos e precisamos exprimir. Escreva pargrafos curtos e sem muitos pormenores. Escreva somente sobre aquilo que conhece bem. Ajuste as mensagens ao leitor. Consulte o dicionrio sempre que necessrio.

Polidez A polidez consiste no emprego de expresses respeitosas e tratamento apropriado queles com os quais relacionamos no trato administrativo. As expresses vulgares provocam mal-estar, assim como os tratamentos irreverentes, a intimidade, a gria, a banalidade, a ironia e as leviandades. Empregue, sem abuso, os adjetivos. Use termo tcnico, (jargo) somente quando se justificar pelo assunto. Evite o excesso de interjeies e exclamaes. Seja conciso. Harmonia O ajuste das palavras na frase e das frases no perodo resulta em combinaes harmnicas, que predispem o leitor proposta apresentada. So prejudiciais harmonia: os cacfatos (palavras obscenas ou inconvenientes resultantes do encontro de slabas finais com slabas iniciais), as assonncias (semelhana ou igualdade de sons na frase ou no perodo) e os ecos (repetio sucessiva de finais idnticos). Evite a repetio dos auxiliares ter, ser, haver, permanecer. Procure a palavra adequada para evitar locues verbais. Evite as expresses: efetivamente, certamente, alm disso, tanto mais, ento, por um lado, por outro lado, definitivamente, a dizer a verdade, a verdade a seguinte, por sua parte, por seu outro lado. Use um pargrafo para cada idia. No esconda demasiadamente o sujeito de suas frases. Evite palavras complexas e jargo tcnico.

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2- CONSTRUO DA FRASE E DO PARGRAFO A frase Frase todo enunciado suficiente por si mesmo para estabelecer comunicao. Pode expressar um juzo, indicar uma ao, estado ou fenmeno, transmitir um apelo, uma ordem ou exteriorizar emoes. As frases, geralmente, integram dois termos, o sujeito e o predicado. Dicas essenciais: Escreva sempre obedecendo a um raciocnio lgico. No faa muitas alteraes na ordem das palavras dentro do perodo. A inverso muito forte provoca desentendimento e gera incompreenso. No acumule numa s frase pensamentos que no tem muita relao entre si e com os quais se possam formar algumas frases separadas. As idias de um texto devem ser amarradas de tal jeito que o leitor no possa fugir delas, abandon-las, encontrar buracos ou redundncias. O pargrafo O pargrafo uma unidade de composio, constituda por um ou mais de um perodo, em que se desenvolve ou se explana determinada idia central a que geralmente se agregam outras secundrias, intimamente relacionadas pelo sentido e logicamente decorrentes dela. A cada pargrafo do texto deve corresponder uma idia central a ser desenvolvida. O texto, portanto dever conter, em princpio, tantos pargrafos quantas forem as idias centrais. O pargrafo comporta, no seu desenvolvimento, idias secundrias, que devero estar intimamente relacionadas entre si e com a idia central. Estrutura do Pargrafo O pargrafo apresenta trs partes: a) tpico frasal consiste, geralmente, na frase inicial, que expressa, de maneira sucinta, a idia central do pargrafo; b) desenvolvimento formado pelas frases que esclarecem essa idia central, discutindo-a em detalhes; c) concluso esta contida em uma frase final. Que enuncia a parte mais interessante ou o clmax do pargrafo, ou ainda, que sintetiza o contedo. Exemplo: Tpico frasal A eletricidade, desde o incio da civilizao industrial, esteve associada ao progresso. Desenvolvimento O cidado medianamente informado percebe a conexo entre a atividade econmica de uma comunidade ou pas e a disponibilidade de energia. J na primeira metade deste sculo analistas alertavam para a razo, praticamente constante, que existe entre o consumo de energia e o produto interno bruto em cada pas. Concluso Todavia, a eletricidade sempre mereceu um destaque especial, pois est, objetivamente ou no, ligada a uma aspirao de modernidade e de poder. Dicas gerais para uma boa redao: rena todos os dados necessrios antes de escrever; v direto ao assunto; seja conciso; evite as duplas negaes como no improvvel (no lugar de possvel) e no injustificvel; no use metforas (ex.: no corao do governo municipal), analogias ou outras figuras de estilo; no empregue a voz passiva se for possvel usar a voz ativa;

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evite locues estrangeiras, termos tcnicos ou jargo; para idias novas, utilize pargrafo novo; coloque-se no lugar do leitor; observe o nvel da linguagem; redija com preciso vocabular; seja claro: no deixe margem a interpretao ambgua; atente para a pontuao; trate todas as pessoas com a mxima cortesia; responda sem demora correspondncia recebida; se preciso apresentar queixas, evite o tom ofensivo, que pode resultar em reaes indesejveis e prejudiciais; em vez de censurar, pea explicaes. 30 Dicas quentes para escrever melhor 1. Deve evitar ao mx. a utiliz. de abrev., etc. 2. desnecessrio fazer-se empregar de um estilo de escrita demasiadamente rebuscado. Tal prtica advm de esmero excessivo que raia o exibicionismo narcisstico. 3. Anule aliteraes altamente abusivas. 4. no esquea as maisculas no incio das frases. 5. Evite lugares-comuns como o diabo foge da cruz. 6. O uso de parntesis (mesmo quando for relevante) desnecessrio. 7. Estrangeirismos esto out; palavras de origem portuguesa esto in. 8. Evite o emprego de gria, mesmo que parea nice, sacou?? ento valeu! 9. Palavras de baixo calo, carac@, podem transformar o seu texto numa m&rd@. 10. Nunca generalize: generalizar um erro em todas as situaes. 11. Evite repetir a mesma palavra pois essa palavra vai ficar uma palavra repetitiva. A repetio da palavra vai fazer com que a palavra repetida desqualifique o texto onde a palavra se encontra repetida. 12. No abuse das citaes. Como costuma dizer um amigo meu: Quem cita os outros no tem idias prprias. 13. Frases incompletas podem cansar 14. No seja redundante, no preciso dizer a mesma coisa de formas diferentes; isto , basta mencionar cada argumento uma s vez, ou por outras palavras, no repita a mesma idia vrias vezes. 15. Seja mais ou menos especfico. 16. Frases com apenas uma palavra? Jamais! 17. A voz passiva deve ser evitada. 18. Utilize a pontuao corretamente o ponto e a vrgula pois a frase poder ficar sem sentido especialmente ser que ningum mais sabe utilizar o ponto de interrogao ? 19. Quem precisa de perguntas retricas? 20. Conforme recomenda a A.G.O.P, nunca use siglas desconhecidas. 21. Exagerar cem milhes de vezes pior do que a moderao. 22. Evite mesclises. Repita comigo: mesclises: evit-las-ei! 23. Analogias na escrita so to teis quanto chifres numa galinha. 24. No abuse das exclamaes! Nunca!!! O seu texto fica horrvel!!!!! 25. Evite frases exageradamente longas pois estas dificultam a compreenso da idia nelas contida e, por conterem mais que uma idia central, o que nem sempre torna o seu contedo acessvel, foram, desta forma, o pobre leitor a separ-la nos seus diversos componentes de forma a torn-las compreensveis, o que no deveria ser, afinal de contas, parte do processo da leitura, hbito que devemos estimular atravs do uso de frases mais curtas. 26. Cuidado com a hortografia, para no estrupar a lnga portuguza. 27. Seja incisivo e coerente, ou no. 28. No fique escrevendo (nem falando) no gerndio. Voc vai estar deixando seu texto pobre e estar causando ambigidade, com certeza voc vai estar deixando o contedo esquisito, vai estar ficando com a sensao de que as coisas ainda esto acontecendo. E como voc vai estar lendo este texto, tenho certeza que voc vai estar prestando ateno e vai estar repassando aos seus amigos, que vo estar entendendo e vo estar pensando em no estar falando desta maneira irritante. 29. Outra barbaridade que tu deves evitar ch, usar muitas expresses uai, que acabem por denunciar a regio onde tu moras, carajo! nada de mandar esse trem vixi entendeu bichinho?

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30. No permita que seu texto acabe por rimar, porque seno ningum ir agentar j que insuportvel o mesmo final escutar, o tempo todo sem parar. HOMNIMOS E PARNIMOS HOMNIMOS: palavras que tm a mesma forma grfica ou fontica ou grfica e fontica, mas com sentidos diferentes. Podem ser: homnimos homfonos - iguais somente quanto pronuncia. Ex: coser / cozer. Homnimos homgrafos - iguais somente quanto grafia. Ex: plo / plo / pelo. Homnimos perfeitos - iguais quanto pronncia e grafia. Ex.:so / manga / cedo. PARNIMOS: palavras que so parecidas, mas com sentidos diferentes. Ex. mandado / mandato ALGUMAS PALAVRAS HOMNIMAS E PARNIMAS: absolver: inocentar, perdoar absorver: sorver, consumir, esgotar ascender: subir acender: pr fogo, alumiar acidente: acontecimento casual incidente: episdio, aventura acento: tom de voz, sinal grfico assento: lugar de sentar-se amoral: indiferente moral imoral: contra a moral, libertino, devasso arrear: pr arreios arriar: abaixar, descer cavaleiro: aquele que sabe andar a cavalo cavalheiro: homem educado cdula: documento, chapa eleitoral sdula: ativa, cuidadosa (feminino de sdulo) censo: recenseamento senso: raciocnio, juzo claro conserto: reparo concerto: sesso musical, acordo cheque: ordem de pagamento xeque: lance de jogo no xadrez delatar: denunciar dilatar: alargar, ampliar desapercebido: desprovido de despercebido: sem ser notado descrio: ato de descrever, expor discrio: reservada, qualidade de discreto descriminar: inocentar discriminar: distinguir despensa: onde se guardam alimentos dispensa: ato de dispensar destratado: maltratado com palavras distratado: desfazer o acordo, o trato eminente: ilustre, excelente iminente: que ameaa acontecer emergir: vir tona imergir: mergulhar espiar: observar, espionar

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expiar: sofrer castigo esttico: firme, imvel exttico: admirado, pasmado flagrante: evidente fragrante: perfumado fluir: correr fruir: gozar, desfrutar incerto: impreciso inserto: introduzido, inserido incipiente: principiante insipiente: ignorante inflao: desvalorizao do dinheiro infrao: violao, transgresso infligir: aplicar pena infringir: violar, desrespeitar intercesso: ato de interceder, de intervir interseco: ato de cortar mandado: ordem judicial mandato: procurao tacha: pequeno prego taxa: tributo trfego: movimento, trnsito trfico: comrcio lcito ou no ratificar: validar, confirmar retificar: emendar, corrigir cesso: doao sesso: reunio seo: diviso, parte de um todo Tpico I - Estudo do Perodo Simples O estudo do perodo Simples e Composto ser feito de forma contextualizado para facilitar o entendimento. Bons estudos, meus Amigos! Texto para Anlise (Analista - IRB Brasil Re - 2005/2006 ESAF) A palavra tica, no cotidiano brasileiro, ganhou um status paradoxal: muito falada, muito cortejada e sinnimo de transformao da realidade, mas, na prtica, parece algemada a um passado prisioneiro de prticas que ferem a lei e, portanto, a prpria tica. Nesse contexto h inmeros obstculos a vencer. No h dvida de que os avanos se tm sucedido. E o balano do debate em torno da tica nos negcios, na poltica, no dia-a-dia do cidado demonstra: a agulha magntica da defesa da tica tem se movido em ritmo ascendente, num mutiro dos mais construtivos. Embora o percurso a vencer seja acidentado e longo, no h dvida de que a perplexidade, de natureza passiva, ir ceder lugar, mais rapidamente do que se possa imaginar, fora da ao; esta, sim, a chave para fazer da tica no pas um valor permanente e de natureza coletiva. (Emerson Kapaz, Perplexidade e indignao, Correio Braziliense, 22 de dezembro de 2005, com adaptaes) Anlise Sinttica do texto Questo 1 - Julgue os itens seguintes. (A) Pode-se afirmar que h no texto trs pargrafos e que o segundo pargrafo composto por dois perodos. (B) O primeiro pargrafo do texto tambm pode ser chamado de frase, nesse caso frase oracional. E tal frase oracional constituda por dois perodos. Sendo que no segundo perodo do primeiro pargrafo, h duas oraes. (C) Pode-se afirmar que no primeiro perodo do segundo pargrafo h duas oraes com dois sujeitos distintos e dois predicados. (D) No ltimo pargrafo aps o sinal de ponto-e-vrgula, dever-se-ia ter utilizado letra maiscula.

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Resolues Comentadas. Questo 1. (A) Verdadeiro. O pargrafo marcado pelo espao paragrafal e encerra-se no ponto finalstico ( ponto final, ponto de interrogao ou ponto de exclamao). Dica: Aps o sinal de ponto-e-vrgula usa-se letra minscula, pois ponto-e-vrgula no ponto finalistico.

Questo2. (B) Verdadeiro. A frase inicia-se no espao paragrafal e termina no ponto finalistico. A frase chamada de frase oracional por que constituda de verbos. O perodo marcado pelo ponto finalistico. A orao marcada pelo verbo. Complicou um pouco, no se preocupe! Saiba mais: Frase todo enunciado suficiente por si mesmo para estabelecer comunicao. Expressa juzo, indica ao, estado ou fenmeno, transmite um apelo, ordem ou exterioriza emoes. Quanto aos tipos de frases, alm da classificao em verbais e nominais, feita a partir de seus elementos constituintes, elas podem ser classificadas a partir de seu sentido global: frases interrogativas: o emissor da mensagem formula uma pergunta. / Que queres fazer? frases imperativas: o emissor da mensagem d uma ordem ou faz um pedido. / D-me uma mozinha! - Faa-o sair! frases exclamativas: o emissor exterioriza um estado afetivo. / Que dia difcil! frases declarativas: o emissor constata um fato. / Ele j chegou. Orao, s vezes, sinnimo de frase ou perodo (simples) quando encerra um pensamento completo e vem limitada por ponto-final, ponto-de-interrogao, ponto-de-exclamao e por reticncias. Um vulto cresce na escurido. Clarissa se encolhe. Vasco. Acima temos trs oraes correspondentes a trs perodos simples ou a trs frases. Mas, nem sempre orao frase: "convm que te apresses" apresenta duas oraes mas uma s frase, pois somente o conjunto das duas que traduz um pensamento completo. Perodo, ele denomina a frase constituda por uma ou mais oraes, formando um todo, com sentido completo. O perodo pode ser simples ou composto. Perodo simples aquele constitudo por apenas uma orao, que recebe o nome de orao absoluta. Chove. A existncia frgil. Os homens sensveis pedem amor sincero s mulheres de opinio. Perodo composto aquele constitudo por duas ou mais oraes: "Quando voc foi embora, fez-se noite em meu viver." Cantei, dancei e depois dormi. Questo3. (C) Falso. H dois verbos, mas h apenas um nico sujeito os avanos. O verbo haver em no h dvidas impessoal no apresenta sujeito. verdadeira a afirmao que h dois predicados. E tais predicados so classificados como Predicados Verbais. Saiba um mais sobre os sujeitos e predicados, pois so termos fundamentais no processo da anlise sinttica. Estudo dos termos essenciais: Sujeito e Predicado. Toda orao formada por termos chamados essenciais, o sujeito e o predicado. A palavra "essncia" vem do verbo latino essere (= ser). Portanto a essncia aquilo que algum ou alguma coisa . Essncia ,

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nas palavras do Dicionrio Houaiss: "aquilo que o mais bsico, o mais central, a mais importante caracterstica de um ser ou de algo, que lhe confere uma identidade, um carter distintivo". Da, voc pode concluir que toda orao precisa de seus termos essenciais para ser uma orao. Caso contrrio, uma frase. O sujeito, um termo essencial da orao, de quem (ou do qu) fala o verbo (quem morre? quem foi s compras? quem estava florindo?). Pode ter um ou mais ncleos. No exemplo "Tonico mora no interior de So Paulo", o sujeito da orao - "Tonico" - composto por uma s palavra. Mas o sujeito pode ser composto por mais de uma palavra. Suponha que dissssemos: "O meu amigo Tonico mora no interior de So Paulo". Qual o sujeito desta orao? "O meu amigo Tonico", isto , o nome prprio Tonico, precedido pelo artigo "O" e pelo pronome possessivo "meu". No entanto, uma das palavras que constitui cada um desses sujeitos mais importante que as demais, pois ela propriamente o termo sobre o qual se diz alguma coisa. Essa palavra chamada de ncleo do sujeito. Nos exemplos citados, os ncleos do sujeito so, respectivamente, "tatarav", "modelos" e "presidente". Ncleo do sujeito , portanto, a palavra principal que forma o sujeito. Classificao do sujeito Alm disso, existem duas categorias ou tipos bsicos de sujeito. So elas: 1) Sujeito determinado: identificado pelo contexto ou pela terminao do verbo (que sempre concorda com o sujeito). So determinados todos os sujeitos que vimos nas trs oraes acima. Observe que o sujeito determinado pode ser: a) Simples: caso tenha um nico ncleo. Exemplo: O tubaro branco est ameaado de extino. O sujeito (quem est ameaado de extino?) "o tubaro branco", ou seja, trs palavras. Mas o "ncleo do sujeito" tubaro. Ou seja, no "o" quem est ameaado de extino, nem "branco", mas sim "tubaro". Logo, Ncleo do sujeito: "tubaro". Uma nica palavra, sujeito determinado simples. b) Composto: caso tenha mais de um ncleo. Exemplo: Os tigres e os rinocerontes esto ameaados de extino. Ncleos do sujeito: "tigres" e "rinocerontes". c) Oculto, elptico ou desinencial: caso no esteja expresso na orao, mas possa ser identificado pela terminao (ou desinncia) do verbo. Exemplo: Ficamos abestalhados com tanta corrupo. Veja, a desinncia "amos" refere-se primeira pessoa do plural, "ns". 2) Sujeito indeterminado: aquele que no se pde ou no se quis apontar e que tambm no se pode identificar pelo contexto ou pela terminao verbal. O sujeito indeterminado pode acontecer: a) Com o verbo na terceira pessoa do plural no se referindo a nenhum substantivo no plural ou aos pronomes "eles" e "elas" anteriormente mencionados. Exemplo: Bateram minha carteira no nibus. b) Com verbos intransitivos, transitivos indiretos ou de ligao, na terceira pessoa do singular, acompanhados da partcula "se". Exemplo: Trata-se de um ladro hbil, de um mo leve. Ateno: Orao sem sujeito Apesar de ser um termo essencial da orao, o sujeito pode no existir em algumas oraes. So as oraes de sujeito inexistente, ou oraes sem sujeito. (O mesmo no pode acontecer com o predicado - toda orao possui um). No caso de oraes sem sujeito, o processo que o verbo expressa refere-se a si mesmo e no pode ser atribudo a ningum. Em geral, so oraes sem sujeito: a) As que se referem a fenmenos da natureza. Exemplos: Anoitece tarde no horrio de vero. (pense: "quem que anoitece tarde no horrio de vero?", obviamente, 'ningum anoitece. A orao no tem sujeito!)

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Choveu muito ontem. (ningum chove!) b) As que apresentam os verbos "haver", "fazer" e "ser", empregados de forma impessoal, como nos exemplos: H poucos leitores no Brasil. Faz trs anos que me mudei dali. Hoje so oito de fevereiro. O predicado, um termo essencial da orao, pode ser classificado em: a) predicado verbal b) predicado nominal c) predicado verbo-nominal Predicados verbais esto presentes em oraes do tipo: De gro em gro, a galinha enche o papo O ncleo do predicado um verbo (o verbo "encher"). Predicado nominal H casos, porm, em que o ncleo do predicado no um verbo. A declarao que se faz sobre o sujeito no est contida no verbo (ou seja, o mais importante no que a galinha "enche", ou que o galo "canta"), mas sim num substantivo ou adjetivo (que, em gramtica, so tambm chamados de "nomes") que se seguem ao verbo. A galinha do vizinho sempre mais gorda. O sujeito "a galinha do vizinho". O ncleo do predicado no est contido no verbo (""), mas sim no adjetivo - "gorda". Isto , a idia mais importante do predicado no o verbo "", mas o adjetivo "gorda". "Gorda" o nome que se liga ao sujeito atravs de um verbo de ligao. "Gorda" o predicativo do sujeito. O predicativo do sujeito exprime a qualidade ou condio que se atribui ao sujeito. O verbo de ligao tem a funo de ligar o predicativo ao sujeito. Na orao que analisamos, o nome mais importante do que o verbo de ligao. A esse tipo de predicado chamamos de predicado nominal.

Dica importante: Atente-se para os aspectos verbais dos principais verbos de ligao. Verbo de ligao Aspecto Ser = A qualidade ou estado atribudo ao sujeito permanente. Estar, andar, achar-se, etc. = Exprime estado transitrio. Ficar, tornar-se, fazer-se,etc. = Exprime mudana de estado. Ficar, continuar, permanecer, etc. = Mostra continuidade de estado. Parecer, semelhar, etc. = Denota semelhana.

Predicado verbo-nominal Vamos observar a seguinte orao: Mariana chegou esbaforida Verificamos que o predicado possui dois ncleos. O primeiro constitudo pelo verbo intransitivo "chegou" e o segundo constitudo pelo adjetivo "esbaforida". Dizemos que o predicado verbo-nominal, pois tem um ncleo verbal e outro nominal. Nesse caso, o predicativo refere-se ao sujeito, ou seja, "esbaforida" refere-se a "Marianita". Temos um predicativo do sujeito. Observe agora uma outra situao. O jri julgou o ru culpado Nesse caso, temos um verbo transitivo ("julgou"), um objeto ("o ru") e um predicativo ("culpado"). Aqui tambm temos um predicado verbo-nominal. Ele tem dois ncleos: um verbo e um adjetivo. Se observarmos com mais cuidado, veremos algo importante. Nesse caso, o predicativo no se refere ao sujeito, mas sim ao objeto direto ("culpado" refere-se a "ru"). "Culpado" um predicativo do objeto. Portanto, h dois tipos de predicativo: a) predicativo do sujeito (num predicado nominal) Ex. Ela ficou triste. b) predicativo do objeto Ela achou a amiga triste.

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Questo1. (D) Falso. O sinal de ponto-e-vrgula no ponto finalistico. Ateno concursando. Saiba mais: Sinal Ponto (.) Utilizao Usa-se no final do perodo, indicando que o sentido est completo e nas abreviaturas (Dr., Exa., Sr.); marca uma pausa absoluta Marca uma pequena pausa. usada para separar: o oposto; o vocativo; o atributo; os elementos de um sintagma no ligados pelas conjunes e, ou, nem; as coordenadas assindticas no ligadas por conjunes; as oraes relativas; as oraes intercaladas; as oraes subordinadas e as adversativas introduzidas por mas, contudo, todavia e porm. Sinal intermdio entre o ponto e a vrgula que indica que a frase no est finalizada. Usa-se: em frases constitudas por vrias oraes, algumas das quais j contm uma ou mais vrgulas; para separar frases subordinadas dependentes de uma subordinante; como substituio da vrgula na separao da orao coordenada adversativa da orao principal. Marcam uma pausa e anunciam: uma citao; uma fala; uma enumerao; um esclarecimento; uma sntese Usa-se no final de uma frase interrogativa direta e indica uma pergunta Usa-se no final de qualquer frase que exprime sentimentos, emoes, dor, ironia e surpresa Marcam uma interrupo na frase indicando que o sentido da orao ficou incompleto Usam-se para delimitar citaes; para referir ttulos de obras; para realar uma palavra ou expresso Marcam uma observao ou informao acessria intercalada no texto Marca o incio e o fim das falas, no dilogo para distinguir cada um dos interlocutores; as oraes intercaladas; as snteses no final de um texto. Substitui os parnteses.

Vrgula (,)

Ponto e vrgula (;)

Dois pontos (:) Ponto de interrogao (?) Ponto de exclamao (!) Reticncias (...) Aspas ("...") Parnteses (...)

Travesso (-)

Texto para Anlise (Analista - IRB Brasil Re - 2005/2006 ESAF) O recente anncio do IBGE da melhora da distribuio de renda no pas trouxe uma armadilha pouco percebida pela classe mdia. Embora o Brasil tenha crescido nos ltimos anos e gerado milhes de empregos com carteira assinada, as remuneraes tpicas da classe mdia no evoluram. Ou pior, caram. O avano da educao nos ltimos anos chave para entender o problema: h muito mais gente qualificada disputando as mesmas vagas e muitas dessas vagas encontram-se em extino. (POCA NEGCIOS, 12 de dezembro de 2005, com adaptaes)

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(Analista - IRB Brasil Re - 2005/2006 ESAF) O mundo plano, livro do jornalista Thomas Friedman, mostra que h uma nova globalizao por a. Ela achatou o planeta e explodiu as noes de distncia, tempo e trabalho. Recriou a China e a ndia. Ao contrrio da globalizao financeira dos anos 90, nessa h lugar para brasileiros. Na primeira, ganhava quem tinha dinheiro. Agora, pode ganhar quem tem educao, quer aprender mais e acredita no seu trabalho. nessa hora que se abre espao para Pindorama. Se os jovens brasileiros comearem a brigar por mais computadores em suas casas, escolas e trabalho, a brincadeira ter comeado. O livro no arruma empregos para seus leitores, mas ensina como eles acabam, onde reaparecem e como reaparecem. (Elio Gaspari, Um livro muito bom: O mundo plano, Folha de So Paulo, 18 de dezembro de 2005, com adaptaes) (Analista - IRB Brasil Re - 2005/2006 ESAF) Quando surgiu a preocupao tica no homem? Em que momento da sua histria sentiu o ser humano necessidade de estabelecer regras definindo o certo e o errado? Essas indagaes, possivelmente existentes desde que o homem comeou a pensar, tm ocupado o tempo e o esforo de reflexo dos filsofos ao longo dos sculos. O fato que, desde seus primrdios, as coletividades humanas no apenas pactuaram normas de convivncia social, mas tambm foram corporificando um conjunto de conceitos e princpios orientadores da conduta no que tange ao campo ticomoral. Esta necessidade tica, sinalizando parmetros de comportamento em todas as esferas da atividade humana, naturalmente tinha que alcanar o exerccio das profisses. (Adaptado de Ivan de Arajo Moura F, Desafi os ticos - prefcio) Anlise Sinttica do texto Questo 2 - Julgue os itens seguintes. (A) Pode-se afirmar os trs textos so constitudos por dois pargrafos. E que o segundo pargrafo do segundo texto temos um perodo composto constitudo por cinco oraes. Sendo que o sujeito igual para as cinco oraes. (B) possvel afirmar que no terceiro texto no fragmento que diz Em que momento da sua histria sentiu o ser humano necessidade de estabelecer regras o complemento do substantivo abstrato necessidade chamado de complemento nominal e o complemento de estabelecer chamado de complemento verbal do tipo objeto direto. Tais complementos so classificados como termos integrantes. (C) Pode-se afirmar que no fragmento de texto extrado do segundo texto o termo para seus leitores classifica-se como agente da voz passiva. O livro no arruma empregos para seus leitores (D) Se os jovens brasileiros comearem a brigar por mais computadores em suas casas, escolas e trabalho, a brincadeira ter comeado. Nesse fragmento de texto retirado do segundo texto. A locuo verbal ter comeado tem como sujeito a brincadeira e tal locuo equivale a apenas uma nica orao. Resolues Comentadas. Questo 2. (A) Falso. verdade que os trs textos so constitudos por dois pargrafos, mas no perodo O livro no arruma empregos para seus leitores, mas ensina como eles acabam, onde reaparecem e como reaparecem. O sujeito do verbo arrumar o livro; o sujeito do verbo ensinar o livro; o sujeito do verbo acabar, reaparecer eles. Dica: O verbo pode apresentar o sujeito indeterminado ou at mesmo pode no ter sujeito, mas a regra geral cada verbo ter seu respectivo sujeito.

Questo 2. (B) Verdadeiro. Saiba mais. Estudo dos termos Integrantes: Complemento Verbal (Obj.Direto e Obj. Indireto),Complemento Nominal e Agente da Passiva. Complemento Nominal Alguns nomes (substantivos abstratos, adjetivos e advrbios ) se comportam de maneira similar aos verbos transitivos. No entendeu? Pois bem, voc vai ver que esse conceito de anlise sinttica no to difcil. Veja essas trs oraes: A comunidade aguarda a construo da estrada.

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O fechamento da fbrica causou grandes transtornos. O avio fez uma mudana de rota. O que essas expresses tm em comum? A resposta : o fato de trazerem um nome ligado a um complemento, que chamamos de complemento nominal. Veja o esquema: ...contruo da estrada Subst.abstrato Compl.nominal H certas palavras (substantivos, adjetivos e advrbios) que apresentam alguma transitividade, isto , seu sentido fica incompleto sem um complemento. o mesmo raciocnio dos verbos: "quem constri, constri algo"; "se h construo, h construo de algo". O complemento dessas palavras o complemento nominal. Outro esqueminha ajudar a entender: Construir a estrada = verbo transitivo indireto + objeto indireto Construo da estrada = substantivo abstrato + complemento nominal Basta pensar um pouco e voc vai verificar que o mesmo ocorre nos outros dois exemplos dados. Os verbos acima so transitivos diretos e pedem como complemento um objeto direto. Quando comparamos esses verbos com os substantivos, percebemos que os substantivos tambm pedem um complemento. O nome que se d a essa funo gramatical complemento nominal. Podemos perceber assim que o complemento integra o sentido do substantivo. H tambm advrbios acompanhados de complemento nominal, como neste exemplo: Ele votou contrariamente aos interesses do povo. Na lista abaixo, apresentamos vrios exemplos de palavras acompanhadas de complemento nominal. Observe como a estrutura gramatical dessas expresses bem parecida. S para lembrar: o complemento nominal sempre precedido de uma preposio (como a, de, com, em, por e outras). Alguns nomes e complementos nominais Nome + complemento nominal Sede de viver vido pelo dinheiro Alheio aos estudos Prejudicado pelos irmos Sorte no amor Atrao pelo desconhecido Merecedor do Premio Nobel Confiana na medicina Contrrio pena de morte Ateno ao cliente Necessidade de dormir Farto de ouvir bobeiras Inveno do avio Capaz de voar Dica Importante: Observe que todos os complementos nominais so termos preposicionados, assim como o Objeto Indireto. Da nasce a confuso entre os termos. Complemento Verbal (Objeto Direto e Objeto Indireto) Com os exemplos abaixo, ficar fcil entender o que so objetos diretos e indiretos, conceitos importantes de anlise sinttica. Imagine que voc pergunte a diversas pessoas se elas gostam de futebol: "Amo futebol. No perco um jogo." Vamos analisar um pouco essa afirmao. O verbo amar pede um complemento. Nesse caso, futebol o complemento do verbo amar; por isso se diz que ele um objeto direto, j que integra um verbo transitivo direto. A orao seguinte tem uma estrutura bem parecida. Ela formada pelo verbo perder, que tambm um verto transitivo direto. No perco um jogo. Mas nem todas as pessoas gostam tanto assim de futebol. Pode ser que algum responda a seu questionrio de forma bem diferente:

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"No suporto futebol. Detesto esse esporte." O contedo diferente, mas observe como a forma gramatical parecida. Veja que ele tambm usou dois verbos transitivos diretos: suportar e detestar. Dizemos que esses verbos so transitivos diretos porque seus complementos so introduzidos diretamente aps o verbo, sem preposies (ama o qu? futebol. detesta o qu? esse esporte). Como poderamos fazer a anlise sinttica dessas frases? Se voc pensar um pouco, ver que a anlise idntica das frases anteriores. Assim, aprendemos que os verbos amar, perder, suportar e detestar so verbos transitivos que pedem um complemento: o objeto direto. Mas voltemos ao futebol. Pode ser que seus entrevistados no sejam to apaixonados pela redondinha. Pode ser que dem respostas diferentes, como: "Eu gosto de natao. Assisto a todos os campeonatos." Nesses dois casos, temos verbos transitivos indiretos. Quem gosta, gosta de algum ou de algo, pois gostar um verbo que exige a preposio de. Verbos que exigem preposies antes de seus complementos so chamados de transitivos indiretos. O mesmo acontece com o verbo assistir, seguido da preposio a. O complemento dos verbos transitivos indiretos o objeto indireto. Vamos ver melhor. Eu gosto de natao = gostar verbo transitivo indireto e de natao obj.indireto. Ainda sobre a pesquisa futebolstica: nem sempre a resposta para a sua enquete seria to direta. Observe a resposta abaixo. "Eu prefiro natao a futebol." Provavelmente essa pessoa gosta tambm de futebol, no ? Uma coisa certa. Ao fazer essa afirmao, o entrevistado usou um objeto direto e um objeto indireto. isso mesmo. O verbo preferir um verbo bitransitivo. Ele ao mesmo transitivo direto e indireto. Prefiro natao a futebol. Preferir = vtdi; natao = obj.direto ; a futebol = obj.indireto. Questo 2. (C) Falso.

agente da passiva um termo integrante da orao. Ele s est presente quando a orao est na voz passiva. Vamos entender melhor. A seguinte orao est na voz ativa: Branca de Neve mordeu a ma envenenada. Quando uma orao est na voz ativa, o sujeito gramatical tambm o agente da ao. Veja bem: foi de fato Branca de Neve quem comeu a ma envenenada. Existe, no entanto, um outro modo de afirmar o mesmo fato. Veja bem! A ma envenenada foi mordida por Branca de Neve. Dica: O sentido desta orao exatamente o mesmo da orao anterior. Embora a informao seja a mesma, a estrutura gramatical um pouco diferente. Nesse exemplo, a orao est na voz passiva. A maa foi mordida por Branca de Neve. Nas oraes na voz passiva, no o sujeito que pratica a ao, mas o agente da passiva. Portanto: Agente da Passiva o termo integrante da orao que, na voz passiva, indica a pessoa ou coisa que praticou a ao.

Dica Importante, Amigo concursando: S podem ser convertidas as oraes formadas por verbos transitivos diretos e completadas por objeto direto. A razo muito simples: o objeto direto que vai se transformar em sujeito na voz passiva.

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Questo 2. (D) Verdadeiro. A locuo verbal a unio de verbo auxiliar mais verbo principal e tem valor de apenas um nico verbo. Pois possui unidade sinttico e semntica. Aprofundando no estudo da locuo verbal e aspectos verbais. Locuo verbal ou perfrase verbal so dois verbos que trabalham juntos para expressar idias que s o tempo verbal no consegue. Temos perfrases de: 1) durao - com os verbos andar, viver, continuar, ficar. No Brasil, so usados com gerndio e em Portugal com a+ infinitivo do verbo Ando a trabalhar muito, Vivo chorando, continuo dizendo que...etc. 2) Iterao : idia de interrupo e retomada da ao: tornou a dizer, voltou a tocar no assunto. 3) Incoao: idia de ao iniciada , mas ainda no concluda; Comearam a discutir. Voltaram a discutir. 4) Cessao_ expressa ao j terminada: Acabou de escrever a carta. 5) Causa: expressa a causa. Ex: Voc fez o menino chorar. 6) Obrigao, compromisso, necessidade: ter de, dever, precisar de, necessitar de. Ex: Tenho de sair logo. Hei de vencer. 7) Volio: marca de desejo, vontade ou inteno: querer, propor-se a. Quero correr muitos quilmetros. Ele se props a terminar a prova. 8) Permisso: deixar, permitir, autorizar: No nos deixeis cair em tentao.No permita Deus que eu morra sem que volte para l. 9 - Possibilidade e capacidade : poder e saber. Eu posso saber onde voc andou? 10 - Ao - Expressa o esforo, a tentativa, o impulso ou movimento para realizar determinada ao. tratar de, procurar, ousar, atrever-se a, esforar-se por. Trate de estudar. Procure atender a professora.Esforce-se para cumprir o dever. 11- Iminncia: ao prxima ou iminente: ir e estar + infinitivo. ou ir+ gerndio. Oele vai casar. Ia a entrar na sala quando...O carro ia atropelar (ou atropelando) o menino quando... 12- Resultado ou termo de uma ao: chegar a, acabar por, chegar ao ponto de, vir a. S vim a saber disso ontem. Eles acabaram por se agredir. As mulheres tanto de encontravam que vieram a ficar amigas. Texto para Anlise (Analista de Finanas e Controle - AFC/CGU 2008) Um tema objeto de alguns painis no recm encerrado Frum Econmico Mundial foi a desigualdade na distribuio de renda no mundo globalizado, mesmo durante o processo em que milhes de pessoas saram da pobreza na ltima dcada nas diversas partes do mundo emergente, da China Rssia e Amrica Latina. Muito alm dos aspectos puramente econmicos, o tema foi tratado como uma questo poltica, assim como cultural e mesmo emocional, j que a percepo de distribuio injusta seria mais importante do que uma medida puramente econmica. Se no for atacada, a questo da pobreza pode se transformar, segundo alguns especialistas, em uma crise mundial. Como exemplo, foi lembrado que a previso que a populao do globo vai ser de 12 bilhes por volta de 2100 e, se nada for feito, cerca de metade pode estar na pobreza, o que seria insustentvel. A melhora social propiciada pelo crescimento econmico generalizado, se por um lado demonstra as vantagens da economia globalizada, por outro estimula o aumento do consumo por populaes que estavam fora desse circuito, o que traz problemas na cadeia de distribuio de alimentos, e estimula o justo desejo por maior participao nos frutos do desenvolvimento, exacerbando a percepo da injustia na distribuio de renda, tanto entre pases quanto entre cidados. (Merval Pereira, O Globo, 31/01/2008.) (UnB/CESPE MS)A diretora-geral da OPAS, com sede em Washington EUA, Mirta Roses Periago, elogiou a iniciativa de estados e municpios brasileiros de levar a vacina contra a rubola aos locais de maior fluxo de pessoas, especialmente homens, como forma de garantir a maior cobertura vacinal possvel. A campanha contra a rubola realizada pelo Brasil render muitas lies para o mundo porque traz inovaes para atingir o pblico, como vacinar em estdios, rodeios, praas, praias e outros lugares com muito fluxo, especialmente de homens, que so historicamente resistentes vacinao, afirma Periago. Ela inaugurou, em Duque de Caxias RJ, o centro especializado da OPAS para treinamento de gesto em emergncia sanitria, nico no mundo e unidade de referncia da Organizao Mundial de Sade. A diretora reforou que, levando em considerao a faixa etria e o perodo de campanha, a ao brasileira histrica e sem precedentes. De acordo com a diretora-geral da OPAS, a estratgia diferenciada adotada pelo Brasil deve servir como modelo para diversas naes do mundo que ainda no fizeram campanha contra rubola voltada para adolescentes e adultos, tais como a Rssia, a ndia e a China.

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Anlise Sinttica do texto Questo 3 - Julgue os itens seguintes. (A) No primeiro perodo do texto o ncleo do sujeito tema acompanhado de adjuntos adnominais, tais como: um, objeto. (B) A expresso no recm encerrado Frum Econmico Mundial indica uma circunstncia, logo classificada como um adjunto adverbial. (C) O nome prprio Mirta Roses Periago (R.2) funciona como aposto de A diretora-geral da OPAS. Resolues Comentadas

Estudo dos termos acessrios: Adjunto Adnominal, Adjunto Adverbial e Aposto. Adjunto Adnominal Em sintaxe, os artigos, pronomes e adjetivos que modificam um substantivo so chamados de adjuntos adnominais. Entenda para que eles servem e como funcionam. Observe a primeira estrofre do Hino Nacional: Ouviram do Ipiranga as margens plcidas De um povo herico o brado retumbante E o sol da liberdade, em raios flgidos, Brilhou no cu da Ptria nesse instante. A letra fica to interessante porque muitos substantivos vm cercados por adjetivos. Vamos observar alguns: as margens plcidas um povo herico o brado retumbante o sol da Liberdade raios flgidos Podemos verificar que os substantivos margens, povo, brado, sol e raios aparecem especificados por adjetivos de grande impacto: plcidas, herico, retumbante, flgidos, o que confere um tom grandioso e brilhante ao texto. Os substantivos tambm so especificados por artigos, como as, um e o. Podemos observar tambm o uso de uma locuo adjetiva: da Liberdade. Todos esses termos so chamados de adjuntos adnominais. So palavras que acompanham o ncleo do sujeito ou do predicativo do sujeito dando-lhes caractersticas, delimitando-os. So termos acessrios da orao, do ponto de vista da anlise sinttica Dica: Um substantivo pode vir acompanhado de vrios adjuntos adnominais. Adjunto adverbial outro termo acessrio da orao, como o adjunto adnominal, dentro da anlise sinttica. Vejamos um exemplo, do Hino Nacional: Se o penhor dessa igualdade Conseguiremos conquistar com brao forte Em teu seio, Liberdade, Desafia o nosso peito a prpria morte! No segundo verso, temos a expresso conquistar com brao forte. Podemos notar como a expresso com brao forte intensifica o sentido do verbo conquistar. O termo que intensifica o sentido de verbo, de um adjetivo ou de um advrbio recebe o nome de adjunto adverbial. No exemplo acima, com brao forte um adjunto adverbial de modo. Vamos a outros exemplos, todos do Hino Nacional Brasileiro. Deitado eternamente em bero esplndido Ao som do mar e luz do cu profundo Fulguras, Brasil, floro da Amrica Iluminado ao sol do Novo Mundo!

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Podemos reparar na grande quantidade de adjuntos adverbiais que acompanham o adjetivo deitado e o verbo fulguras: Deitado acompanhado por eternamente e em um bero esplndido Fulguras acompanhado por ao som do mar, luz do cu profundo e iluminado ao sol do Novo Mundo . Todos esses adjuntos adverbiais especificam o modo como a nossa nao se apresenta, em meio a seus esplndidos recursos naturais ADJUNTO ADVERBIAL De afirmao De assunto De causa De companhia De concesso De dvida De lugar De instrumento De intensidade De matria De meio De modo De negao De tempo Sim, com certeza, deveras etc. Sobre poltica, sobre time, etc. Por necessidade etc. Com meus irmos etc. Apesar etc. Talvez, porventura, qui, acaso etc. Aqui, ali, acol, abaixo, atrs, dentro, l etc. Com a p etc. Muito, pouco, *bastante, mais, to, quo etc. Com mrmore etc. De nibus, de carro etc. Bem, mal, devagar, depressa, palavra + mente: carinhosamente, educadamente etc. No, em hiptese alguma etc. Ontem, hoje, agora, cedo, tarde, breve etc.

Dica: bastante" pode ou no ser advrbio depende da frase. Exemplos: - Tm bastantes homens. (adjetivo) - Corri bastante. (advrbio) Questo 3. (D) Verdadeiro. O aposto um dos termos acessrios mais importantes dentro da anlise sinttica. Saiba mais: Entenda o que o aposto, um dos termos acessrios da orao, do ponto de vista da anlise sinttica. A rosa, smbolo da paixo, uma flor linda. Essa orao tambm poderia ter sido dita da seguinte maneira, mais simples: "A rosa uma flor linda". Seria fcil analis-la sintaticamente. A rosa = sujeito = verbo de ligao uma flor linda = predicativo do sujeito Temos uma orao completa. Entretanto, ao adicionar "smbolo da paixo" orao, ganhamos uma "explicao" a mais. esse o papel do aposto. Aposto o nome que se d s palavras que cumprem a funo de explicar, esclarecer ou resumir um outro termo da orao. No famoso "Soneto de Fidelidade", o poeta Vincius de Moraes refere-se morte e solido da seguinte maneira:

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a morte, angstia de quem vive a solido, fim de quem ama O poeta est definindo a morte e a solido. Na maior parte dos casos, o aposto tem um sentido explicativo. Ele busca dar maior preciso ao termo que o antecede, explicando melhor o que foi dito anteriormente. Vamos conhecer alguns outros tipos especficos de aposto: Aposto enumerativo: O banho perfumado pede trs ingredientes: rosas vermelhas, leo de sndalo e cravo-da-ndia. Aposto resumitivo: Rosas brancas, champanhe, vermelhas, amarelas e cor-de-rosa, todas tm sua beleza especial. Aposto explicativo: Suas faces, ptalas de rosa, so delicadas e suaves. Dica: O aposto por ser um termo acessrio pode ser retirado sintaticamente, sem causar prejuzo sinttico, mas provoca prejuzo semntico.

Ateno. Amigos concursandos. Apesar do nome deste conceito de anlise sinttica, o vocativo um termo isolado da orao que faz parte do seu dia-a-dia. Veja o que e saiba como identific-lo. Vocativo Observe as oraes: 1. Amigos, vamos ao cinema hoje? 2. Lindos, nada de baguna no refeitrio! Os termos amigos e lindos so vocativos, usados para se dirigir a quem escuta de formas ou intenes diferentes, como nos perodos anteriores: a utilizao de um substantivo na primeira frase e de um adjetivo na segunda. Podemos concluir que: Dica: Vocativo: a palavra, termo, expresso utilizada pelo falante para se dirigir ao interlocutor por meio do prprio nome, de um substantivo, adjetivo (caracterstica) ou apelido. Temos o vocativo at no Hino Nacional, voc se lembra? Ptria amada, idolatrada, salve, salve! No caso de cartas comerciais ou ofcios, h possibilidades diferentes de usar a pontuao. Querido Paulo, (com vrgula) Querido Paulo: (com dois-pontos)

O vocativo pode estar no incio, no meio ou no fim da orao: Minha bela, os mares no se movem... Os mares, minha bela, no se movem... Os mares no se movem, minha bela...

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Exerccios de fixao

1. Em todas as alternativas, o termo em negrito exerce a funo de sujeito, exceto em: a) Quem sabe de que ser capaz a mulher de seu sobrinho? b) Raramente se entrev o cu nesse aglomerado de edifcios. c) Amanheceu um dia lindo, e por isso todos correram s piscinas. d) Era somente uma velha, jogada num catre preto de solteiros. e) preciso que haja muita compreenso para com os amigos. 2.Em "Eu era enfim, senhores, uma graa de alienado.", os termos da orao grifados so respectivamente, do ponto de vista sinttico: a) adjunto adnominal, vocativo, predicativo do sujeito b) adjunto adverbial, aposto, predicativo do objeto c) adjunto adverbial, vocativo, predicativo do sujeito d) adjunto adverbial, vocativo, objeto direto e) adjunto adnominal, aposto, predicativo do sujeito 3. "O homem est imerso num mundo ao qual percebe ..." A palavra em negrito : a) objeto direto preposicionado d) agente da passiva b) objeto indireto e) adjunto adnominal c) adjunto adverbial 4. Assinale a frase cujo predicado verbo-nominal: a) "Que segredos, amiga minha, tambm so gente ..." b) "... eles no se vexam dos cabelos brancos ..." c) "... boa vontade, curiosidade, chama-lhe o que quiseres ..." d) "Fiquemos com este outro verbo." e) "... o assunto no teria nobreza nem interesse ..."

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5. Todos os itens abaixo apresentam o pronome relativo com funo de objeto direto, exceto: a. b. c. d. e. "Aurlia no se deixava inebriar pelo culto que lhe rendiam." "Est fadigada de ontem? perguntou a viva com a expresso de afetada ternura que exigia o seu cargo." "... com a riqueza que lhe deixou seu av, sozinha no mundo, por fora que havia de ser enganada." "... O Lemos no estava de todo restabelecido do atordoamento que sofrera." "No o entendiam assim aquelas trs criaturas, que se desviviam pelo ente querido."

06. A partcula apassivadora est exemplificada na alternativa: a) Fala-se muito nesta casa. d) Ria-se de seu prprio retrato. b) Grita-se nas ruas. e) Precisa-se de um dicionrio. c) Ouviu-se um belo discurso. 07. Classifique o "se" na frase: "Ele queixou-se dos maus tratos recebidos". a) partcula integrante do verbo b) conjuno condicional c) pronome apassivador d) conjuno integrante e) smbolo de indeterminao do sujeito 08. O se ndice de indeterminao do sujeito na frase: a) No se ouvia o sino. b) Assiste-se a espetculos degradantes. c) Algum se arrogava o direito de gritar. d) Perdeu-se um co de estimao. e) No mais se falsificar tua assinatura. 09. O se pronome apassivador em: a) Precisa-se de uma secretria. b) Proibiram-se as aulas. c) Assim se vai ao fim do mundo. d) Nada conseguiria, se no fosse esforado. e) Eles se propuseram um acordo.

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10. A palavra "se" conjuno integrante (por introduzir orao subordinada substantiva objetiva direta) em qual das oraes seguintes? a) Ele se mordia de cimes pelo patro. b) A Federao arroga-se o direito de cancelar o jogo. c) O aluno fez-se passar por doutor. d) Precisa-se de operrios. e) No sei se o vinho est bom. 11. Das expresses sublinhadas abaixo, com as idias de tempo ou lugar, a nica que tem a funo sinttica do adjunto adverbial : a) "J ouvi os poetas de Aracaju" b) "atravessar os subrbios escuros e sujos" c) "passar a noite de inverno debaixo da ponte" d) "Queria agora caminhar com os ladres pela noite" e) "sentindo no corao as pancadas dos ps das mulheres da noite" 12. "Ande ligeiro, Pedro". a) sujeito d) aposto b) objeto direto e) adjunto c) vocativo 13. A classificao dos verbos sublinhados, quanto predicao, foi feita corretamente em: a. b. c. d. e. "No nos olhou o rosto. A vergonha foi enorme." - transitivo direto e indireto "Procura insistentemente perturbar-me a memria." - transitivo direto "Fiquei, durante as frias, no stio de meus avs." - de ligao "Para conseguir o prmio, Mrio reconheceu-nos imediatamente." - transitivo indireto "Ela nos encontrar, portanto s fazer o pedido." - transitivo indireto

14. "Ele observou-a e achou aquele gesto feio, grosseiro, masculinizado." Os termos sublinhados so: a) predicativos do objeto d) objetos diretos b) predicativos do sujeito e) adjuntos adverbiais de modo c) adjuntos adnominais

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15. Observe os termos sublinhados na passagem: "O rio vai s margens. Vem com fora de aude arrombado." Os termos sublinhados so, respectivamente: a) predicativo do sujeito e adjunto adnominal de modo b) adjunto adverbial de modo e adjunto adnominal c) adjunto adverbial de lugar e adjunto adverbial de modo d) adjunto adverbial de modo e objeto indireto

Gabarito: 1- D 2- C 3- A 4- C 5- E 6- C 7- A 8- B 9- B 10- E 11- D 12- C 13- B 14- A 15- E

TPICO II - Estudo do Perodo Composto o perodo constitudo de duas ou mais oraes, sabendo-se que cada orao , obrigatoriamente, estruturada em torno de um verbo. I - ORAES SUBORDINADAS So oraes dependentes sintaticamente de outra. Exercem uma funo sinttica correspondente ao substantivo, adjetivo ou advrbio. Exemplo: Os credores internacionais esperavam / que o Brasil suspendesse o pagamento dos juros. Nesse exemplo, a segunda orao est subordinada primeira, pois exerce funo sinttica de objeto direto do verbo esperar. Oraes subordinadas substantivas So aquelas que exercem funo sinttica prpria de um substantivo, a saber: sujeito, objeto direto, objeto indireto, complemento nominal, predicativo do sujeito, aposto ou agente da passiva. Assim temos: a) Subjetiva Funo de sujeito em relao ao verbo da principal. Exemplos: importante / que tenhamos o equilbrio da balana comercial. Ainda se espera / que o governo mude as normas do imposto de renda. Ainda era esperado / que a equipe palmeirense se reabilitasse. Consta / que haver mudanas no ministrio, caso o presidente seja reeleito.

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b)Objetiva direta Funo de objeto direto em relao ao verbo da principal. Exemplo: Os contribuintes esperam / que o governo altere as normas do imposto de renda. c) Objetiva indireta Funo de objeto indireto em relao ao verbo da principal. Exemplo: O pas necessita / de que se faa uma melhor distribuio de renda. d) Completiva nominal Funo sinttica de complemento nominal em relao a um substantivo, adjetivo ou advrbio da principal. Exemplos: O pas tem necessidade / de que se faa uma reforma social. O governador era contrrio / a que mudassem as regras do jogo. Percebia-se que agia favoravelmente / a que mudassem as regras do jogo. e) Predicativa Funo de predicativo do sujeito em relao principal. Exemplo: O medo dos empresrios era / que sobreviesse uma violenta recesso. f) Apositiva Funo de aposto em relao a um termo da principal. Exemplo: O receio dos jogadores era esse: / que o tcnico no os ouvisse. g) Agente da passiva Funo de agente da passiva em relao principal. Exemplo: O assunto era explicado / por quem o entendia profundamente. Obs. A NGB no reconhece a classificao desta ultima orao. Oraes subordinadas adjetivas So aquelas que exercem funo sinttica prpria de um adjetivo: a)Restritivas Restringem, limitam o sentido de um termo da orao principal. No so isoladas por vrgulas. Exemplo: A doena que surgiu nestes ltimos anos pode matar muita gente. b)Explicativas Explicam, generalizam o sentido de um termo da orao principal. So isoladas por vrgulas. Exemplo: As doenas, que so um flagelo da humanidade, j mataram muita gente. Observao: As oraes subordinadas adjetivas so introduzidas por pronomes relativos: que, quem, o qual, a qual, cujo, onde, como, quando etc. Os pronomes relativos exercem funes sintticas, a saber: a)Sujeito Exemplo: Os trabalhadores que fizeram greve exigiam aumento salarial. (= Os trabalhadores fizeram greve.)

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b)Objeto direto Exemplo: As reivindicaes que os trabalhadores faziam preocupavam os empresrios. (= Os trabalhadores faziam as reivindicaes.) c) Objeto indireto Exemplo: O aumento de que todos necessitavam proveria o sustento da casa. (= Todos necessitavam do aumento.) d)Complemento nominal Exemplo: O aumento de que todos tinham necessidade proveria o sustento da casa. (= Todos tinham necessidade do aumento.) e) Predicativo do sujeito Exemplo: O grande mestre que ele sempre foi agradava a todos. (= Ele sempre foi o grande mestre.) f)Adjunto adnominal Exemplo: Os peregrinos de cujas contribuies a parquia dependia retornaram sua cidade. (= A parquia dependia de suas contribuies.) g)Adjunto adverbial Exemplo: Observem o jeitinho como ela se requebra. (= Ela se requebra com jeitinho.) Oraes subordinadas adverbiais So aquelas que exercem funo sinttica prpria de advrbio, ou seja, adjunto adverbial em relao principal. a)Causal Exemplo: Todos se opuseram a ele, porque no concordavam com suas idias. b)Condicional Exemplo: Se houvesse opinies contrrias, o acordo seria desfeito. c)Temporal Exemplo: Assim que chegou a casa, resolveu os problemas. d)Proporcional Exemplo: Quanto mais obstculos surgiam, mais ele se superava. e)Final Exemplo: O pai sempre trabalhou para que os filhos estudassem. f)Conformativa Exemplo:

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Os jogadores procederam segundo o tcnico lhes ordenara. g) Consecutiva Exemplo: Suas dvidas eram tantas que vivia nervoso. h)Concessiva Exemplo: Embora enfrentasse dificuldades, procurava manter a calma. i) Comparativa Exemplo: Ele sempre se comportou tal qual um cavalheiro. II - ORAES COORDENADAS As oraes coordenadas so independentes sintaticamente. No exercem nenhuma funo sinttica em relao a outra dentro do perodo. Quando no so introduzidas por conjunes (conectivos), so classificadas como assindticas. Exemplo: "No alto da figueira estava, / no alto da figueira fiquei." (J. C. de Carvalho) Se introduzidas por conjunes (conectivo), classificam-se como sindticas, recebendo o nome da conjuno que as introduzem, assim: a)aditivas (e, nem, mas tambm...) Exemplo: O ministro no pediu demisso e manteve sua posio anterior. b)adversativa (mas, porm, todavia, contudo, entretanto) Exemplo: O ministro pediu demisso, mas o presidente no a aceitou. c) explicativas (que, porque, e a palavra pois antes do verbo) Exemplo: Peam a demisso dos seus assessores, pois eles pouco fazem para o bem do povo. d)conclusivas (logo, portanto, por conseguinte, por isso, de modo que e a palavra pois aps o verbo) Exemplo: Os assessores pouco fazem pelo povo; devem, pois, deixar seus cargos. e)alternativas (ou, ou ... ou, ora ... ora, quer ... quer, seja ... seja, j ... j, talvez ... talvez) Exemplo: O Congresso deve ser soberano, ou perder a legitimidade. III - ORAES REDUZIDAS No so introduzidas por conjuno e possuem verbo em uma das formas nominais (infinitivo, particpio ou gerndio). a)Infinitivo (pessoal ou impessoal) Exemplos: Todos sabiam ser impossvel a manuteno da poltica econmica. O.S.S.OBJETIVA DIRETA REDUZIDA DE INFINITIVO.

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Seria bom manteres a calma nesse momento. O.S.S. SUBJETIVA REDUZIDA DE INFINITIVO. b)Gerndio Exemplos: Entrando na sala de aula, foi recebido com frieza. O.S. AD. TEMPORAL REDUZIDA DE GERNDIO. Vencendo seus adversrios futuros, o clube ganhar o campeonato. O.S. ADV. CONDICIONAL REDUZIDA DE GERNDIO. c)Particpio Exemplos: Realizado o congresso internacional, percebeu-se a gravidade da molstia. O.S. AD. TEMPORAL REDUZIDA DE PARTICPIO. Encontrado o autor dos assaltos, a populao ficar aliviada. O.S. CONDICIONAL REDUZIDA DE PARTICPIO. Entristecido com a campanha do seu clube, no mais discutia futebol. O.S. ADV. CAUSAL REDUZIDA DE PARTICPIO.

Estudo dos conectivos (AFC/CGU 2008 ESAF superior) ...O favoritismo do Partido Democrata tambm citado por alguns exportadores como um fator que pode dificultar as exportaes brasileiras, pois os democratas so considerados mais conservadores do que seus rivais republicanos em matria de comrcio exterior... Questo1: O termo pois(.12) pode, sem prejuzo para a correo gramatical, ser substitudo por porque, porquanto ou conquanto. (AFC/CGU 2008 ESAF superior) Os gregos no possuam textos sagrados nem castas sacerdotais. Graas literatura de Homero, produzida oito sculos antes de Cristo, os gregos se apropriaram de uma ferramenta epistemolgica que, ainda hoje, nos d a impresso de que eles inturam todos os conhecimentos que a cincia moderna viria a descobrir. O que seria de nossa cultura sem a matemtica de Pitgoras, a geometria de Euclides, a filosofia de Scrates, Plato e Aristteles? O que seria da teoria de Freud sem o teatro de Sfocles, Eurpedes e squilo? Os hebreus imprimiram ao tempo, graas aos persas, um carter histrico e uma natureza divina. E produziram uma literatura monumental a Bblia , que inspira trs grandes religies: o judasmo, o cristianismo e o islamismo. Tira-se o livro dessas tradies religiosas e elas perdem toda a identidade e o propsito. Questo 2: Conforme a informao original do texto, subentende- se aps a primeira conjuno e a idia expressa por qualquer uma das seguintes expresses: em conseqncia, em decorrncia disso, ento, por causa disso, imediatamente. (Auditor/RN/2001-ESAF- Superior) Certamente j no mais possvel o ingresso no Refis, salvo nova autorizao legislativa.Entretanto, a durao desse programa ser muito longa, para no dizer interminvel. Assim, a situao por ns aqui figurada pode dar-se em muitos casos, de sorte que a questo de saber se a adeso do contribuinte ao Programa de Recuperao Fiscal, institudo pela Lei no 9.964, de 10/4/2000, consubstancia uma transao, tem importante conseqncia de ordem prtica. Questo 3 : "de sorte que" equivale a de maneira que. Gabarito:

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Questo 1 Falso Questo 2 Verdadeiro Questo 3 Verdadeiro 01- Todos os itens abaixo apresentam o pronome relativo com funo de objeto direto, exceto: a. "Aurlia no se deixava inebriar pelo culto que lhe rendiam." b. "Est fadigada de ontem? perguntou a viva com a expresso de afetada ternura que exigia o seu cargo." c. "... com a riqueza que lhe deixou seu av, sozinha no mundo, por fora que havia de ser enganada." d. "... O Lemos no estava de todo restabelecido do atordoamento que sofrera." e. "No o entendiam assim aquelas trs criaturas, que se desviviam pelo ente querido." 02 - A orao sublinhada est corretamente class