Aumento de Produtividade - Ferraro
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Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Faculdade de Engenharia
Departamento de Engenharia de Produção
Engenharia do Trabalho II
Diego Santana
Denilton Silva
Marcelle Macêdo
Suyanne Rocha
Talita Baltar
Professor Orientador: Thales Paradela
CONCEITOS E TÉCNICAS DE ENGENHARIA DE MÉTODOS PARA AUMENTO DA
PRODUTIVIDADE REALIZADO NA EMPRESA FERRARO
Rio de Janeiro
2015
RESUMO
Este trabalho tem como objetivo propor a empresa um método de melhoria do trabalho
humano. Inicialmente, iremos apresentar a empresa como um todo, mostrando suas
linhas, seus produtos, seu posicionamento no mercado e os subsistemas que a
influenciam. Ao final deste trabalho iremos propor um projeto de melhoria de método do
trabalho humano. Para isso, precisaremos definir em qual linha do produto iremos
direcionar o nosso trabalho. Esta linha será a linha que ocupará a maior quantidade de
Homem x Hora. Em seguida iremos definir as etapas da produção, detalhando o fluxo
do trabalho a partir do fluxograma e o mapofluxograma. Calcularemos a capacidade
produtiva máxima da produção para podermos encontrar o nosso gargalo.
Palavras-Chave: Engenharia de Métodos, trabalho humano, produto classe A, homem-
hora, posto gargalo, produtividade, capacidade produtiva.
2
LISTA DE FIGURAS
Figura 1: Localização via satélite da empresa FERRARO
Figura 2: Localização da Rota da Linha Amarela até a empresa FERRARO
Figura 3: Localização da Rota da Estação de Trem de Cavalcanti até a FERRARO
Figura 4: Localização da Rota da Passarela da Estação Tomaz Coelho a FERRARO
Figura 5: Localização da Rota da Avenida Brasil até a empresa FERRARO
Figura 6: Organograma da Empresa
Figura 7: Máquina de fundição por baixa pressão
Figura 8: Máquina de fundição por gravidade
Figura 9: Máquina de usinagem ROMI G 550 M
Figura 10: Máquina de usinagem ROMI D 600
Figura 11: Processo de estanqueidade
Figura 12: Modelo das forças competitivas de Porter
Figura 13: Simbologia
Figura 14: Fluxograma
Figura 15: Empresa e fábrica
Figura 16: Etapa de Fundição
Figura 17: Etapa Usinagem, Acabamento e pintura
Figura 18: Fluxograma por postos
Figura 19: Fluxograma proposto
Figura 20: Fluxograma proposto por postos
Figura 21: Mapofluxo proposto Empresa e Fábrica
Figura 22: Etapa de fundição
Figura 23: Etapa Usinagem, acabamento e pintura
Figura 24: Layout da Fábrica – Posto de Trabalho proposto
LISTA DE TABELAS
Tabela 1: Matriz SWOT
Tabela 2: Linha de Produto FERRARO Diamantada
Tabela 3: Linha de Produto FERRARO Pintada
Tabela 4: Linha de Produto FERRARO Noova Diamantada
3
Tabela 5: Linha de Produto FERRARO Noova Pintada
Tabela 6: Cálculo homem hora por linha de produto
Tabela 7: Capacidade produtiva atual
Tabela 8: Capacidade produtiva proposta
Lista de Gráficos:
Gráfico 1: Capacidade produtiva atual
Gráfico 2: Capacidade produtiva proposta
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1.1.1. INTRODUÇÃO
O atual cenário da economia brasileira não está sendo favorecedor para muitas
empresas nacionais. Além disso existe também a competitividade entre as mesmas em
relação ao desenvolvimento de tecnologia e modelos. A situação em que o país se
encontra com a inflação alta, baixa procura pela compra de produtos pelos clientes, faz
com que as empresas reduzam seus lucros. Consequentemente sua produção reduz, e
também passa a demitir funcionários. Desta forma a empresa precisa manter a sua
eficiência produtiva com poucos funcionários, permanecendo com o objetivo de manter
a qualidade. Portanto para reduzir os seus gastos e com uma produção mais alinhada
com os objetivos da empresa, evitando desperdícios de tempos e respeitando a
capacidade humana, a mesma precisa estar alinhada com os seus objetivos. Sejam
eles o seu planejamento de venda, o planejamento de sua capacidade, o melhor
aproveitamento da mão de obra, e também o planejamento do controle da produção.
O objetivo da Engenharia de métodos é aumentar a produtividade em cima de um
projeto feito pelo método do trabalho humano, resultando no aumento da capacidade
produtiva da empresa. Este trabalho permite que seja feita uma análise no processo
geral existente na empresa permitindo com que seja feito uma melhoria que direcione
para uma maior produtividade, podendo concorrer com mais empresas do mesmo ramo
e consequentemente, crescendo o seu mercado.
O estudo que iremos realizar será na empresa FERRARO com um objetivo de
aplicarmos as técnicas e conceitos da Engenharia de Métodos, com um foco no
trabalho humano. As informações serão retiradas através dos representantes da
empresa com um objetivo de obtermos dados amostrais que servirão para o nosso
estudo. Essas informações foram retiradas através de visitas feitas na empresa, por
telefone e contato via e-mail.
Primeiramente iremos realizar um estudo sobre a empresa. Coletando informações
sobre sua história, localização, estrutura organizacional, capacidade produtiva,
determinação do produto classe A e etc. Será feito uma análise com o objetivo de
verificar se está alinhado, ou não, o seu posicionamento estratégico com sua Missão,
Visão e Valores. Esta análise será feita com o uso de duas ferramentas, a “Matriz 5
SWOT” e as cinco forças de Porter com o objetivo do desenvolvimento de uma
estratégia empresarial.
Após este estudo, analisaremos e focaremos no aumento da eficiência produtiva com
estudos de tempos e movimentos, além de verificar a linha que possui mais trabalho
humano para calcularmos a eficiência do Homem-hora por unidade, podendo então,
propor uma melhoria. O ciclo que utilizaremos no estudo será de 3 meses. O produto
que se encaixar nessas especificações será definido como o produto classe A, a partir
deste ponto trabalharemos em cima do mesmo.
1.1.2. IDENTIFICAÇÃO DA EMPRESA
1.1.3. Nome, Razão Social, Endereço e Contatos.
Nome: Ferraro Rodas / Noova Rodas
Razão Social: LTDF Fundição LTDA
CNPJ: 00.000.000/0000-00
Tempo de Existência: 31 anos
Ramo de Atuação: Fundição/ Fabricação de rodas esportivas para o mercado particular
Endereço:
Rua Silva Vale n.º 577 - Cavalcanti
Rio de Janeiro - RJ | CEP 21370-360
Contatos:
Tele-Rodas (21) 3265-1000 | (21) 3265-1001
Email: [email protected]
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1.1.4. Localização
Figura 1: Localização via satélite da empresa FERRARO
Principais vias de acesso:
1 - Linha Amarela
Via expressa no Estado do Rio de Janeiro que interliga a Baixada de Jacarepaguá e
Fundão. A partir deste trecho, a mesma possui acesso para Av. Brasil e Linha Vermelha
que são grandes e importantes vias do estado. Possui um principal acesso ao fluxo de
deslocamento de cargas,facilitando o acesso à clientes e visitantes que saem da Barra
da Tijuca e adjacências.
Figura 2: Localização da Rota da Linha Amarela até a empresa FERRARO7
2 - Supervia Trem (Cavalcanti)
A estação Cavalcanti pertence ao Ramal Belford Roxo, um dos principais acessos que
a maioria dos funcionários utilizam para o deslocamento ao local de trabalho.Este
ramal, assim como outros da Supervia, são importantes para o deslocamento dos
funcionários porque integram grande parte dos municípios do Rio de Janeiro.
Figura 3: Localização da Rota da Estação de Trem de Cavalcanti até a FERRARO
3 -Metro Rio (Tomás Coelho ou Engenho da Rainha)
O Metro Rio é uma outra opção que os funcionários possuem para o seu deslocamento
para a empresa. O mesmo integra os bairros da Zona Sul, Zona Norte e Centro do Rio
de Janeiro, assim como os ônibus de integração.
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Figura 4: Localização da Rota da Passarela Estação Engenho da Rainha a FERRARO.
4–Avenida Brasil
A Avenida Brasil possui 58,5 quilômetros de extensão e corta 26 bairros da cidade,
ligando de Santa Cruz até o Centro do Rio de Janeiro. A mesma possui saídas para
outras grandes vias, como a Linha Vermelha, Linha Amarela, Via Dutra e Washington
Luís. Esta avenida também é considerada como a mais importante via expressa da
cidade. O seu acesso à empresa pode ser feita pela entrada do bairro de Coelho Neto
sendo mais uma via opcional para os clientes, fornecedores e funcionários.
Figura 5: Localização da Rota da Avenida Brasil até a empresa FERRARO
Porte
A empresa tem seu porte definido pelo sistema do SEBRAE, onde o critério de
classificação de empresas utilizado é quanto ao número de empregados. Para indústria,
as faixas de classificação do sistema SEBRAE são:
Micro: com até 19 empregados
Pequena: de 20 a 99 empregados
Média: 100 a 499 empregados
Grande: mais de 500 empregados
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A Ferraro possui atualmente 60 funcionários, e enquadra como empresa de pequeno
forte. Dentre estes, 45 funcionários estão alocados no chão de fábrica e os demais nos
setores administrativos.
1.1.5. Pela Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE), a empresa
enquadra-se na subclasse Produção de Peças Fundidas de Metais Não-
Ferrosos e Suas Ligas (código 2752-9/00).
Histórico da Empresa
1.1.6. A Ferraro foi criada no ano de 1984 pelo atual do dono da empresa,
Fernando. O mesmo formou-se em Engenharia Mecânica na Universidade
Federal do Rio de Janeiro. Após sua formatura iniciou sua carreira na
Petrobrás mas por possuir uma paixão por carros e principalmente no
design, decidiu abrir uma loja de rodas chamada Guidon. Esta foi criada por
Fernando e seu sócio, que era especializado em conserto e venda de rodas e
pneus. Depois de problemas com seu sócio, Fernando desfez a sociedade e
comprou uma fábrica que estava parada.
Inicialmente a fábrica estava instalada em um galpão de 500 metros quadrados no
bairro de Maria da Graça, localizado na Zona Norte do Rio de Janeiro. Posteriormente
houve a necessidade de realizar a primeira expansão para aumentar a capacidade
produtiva. Neste momento existia uma expectativa de crescimento do mercado de
rodas esportivas automotivas, além do galpão, em que se encontrava a empresa, não
possuir infraestrutura suficiente para a produção de rodas. Portanto decidiram transferir
a fábrica para Jacarepaguá, localizada na Zona Oeste do Rio de Janeiro, pois era um
local que atenderia as expectativas do volume de produção na época. No ano de 1993
o sócio desistiu de trabalhar neste ramo de produção de rodas e deixou a sociedade
para Fernando. Ao longo dos anos a empresa foi se desenvolvendo com os métodos de
produção. Antes do ano de 1998 utilizavam o método de fundição por molde de areia a
partir deste ano, foi implementado o método de fundição de gravidade.Com esta
mudança a empresa passou a aumentar sua capacidade produtiva, e 10
consequentemente houve a necessidade da mudança da empresa para um local que
suportasse a necessidade de uma produção que atendesse aos pedidos dos clientes.
Se transferindo no ano de 2009 para o atual local em Cavalcanti.
Com o foco em seu desenvolvimento industrial, a FERRARO implantou o método de
fundição por baixa pressão. Ficando então, com dois processos de fundição, a de
gravidade e baixa pressão. Seguindo com este pensamento de desenvolvimento e
buscando novos horizontes, o mesmo em 2014 decidiu investir no mercado de grelhas
com foco na construção civil.
Constituição Societária
A classificação de uma sociedade empresarial possibilita identificar como é feita sua
governança e administração perante a Lei. Uma empresa de constituição societária
limitada é composta por não menos que dois sócios, pessoa física ou jurídica, cuja
responsabilidade de cada um perante a empresa é limitada ao valor de suas cotas, mas
todos respondem solidariamente pela integralização do capital social.
A FERRARO é composta por dois sócios, Fernando que detém 99% e seu filho com 1%
restante. Todas as decisões são tomadas por Fernando.
11
1.1.7. Organograma
Figura 6: Organograma da empresa
Produtos / Mercado
A LTD Fundição se divide em duas marcas, a Ferraro Rodas e Noova Rodas.
A Ferraro Rodas se dedica a fabricação de rodas esportivas de aros 13’ a 15’, estas
possuem maior volume de mercado, porém um baixo valor agregado. Enquanto a
Noova Rodas possui um baixo volume e alto valor agregado. A marca nasceu
posteriormente para fabricação de aro de 16’ a 20’.
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Diretor
Gerente Comercial
Representan-tes de Vendas
Motorista
Gerente Financeiro
Departamento Pessoal
Supervisão Financeira
Gerente Industrial
Ferramentaria
Eletricista Industrial
Programação de CNC
Projetos
Serviços Gerais
Gerente de Fundição
Supervisão de Fundição
Programação de Máquina
Compras
Supervisor de Pintura e
Acabamento
Supervisor de
Embalagem e Expedição
Comitê
A LTD Fundição possui uma diversidade de rodas dentro das características citadas a
cima. Entre essas características podemos dividir o mercado em 3 grupos:
Rodas FERRARO
As Rodas FERRARO tem um volume de vendas superior as rodas NOOVAS, seu
público-alvo são os clientes que desejam um acessório que torna seu carro mais bonito.
Os mesmo são pouco exigentes, estão preocupados com a relação custo benefício e
não dispostos a pagar um preço elevado para tal produto. Normalmente estes não
acompanham as tendências do mercado. A disputa por preço nesse segmento é grande
e as empresas estão sempre buscando diminuir custo para atender esses clientes.
Rodas Réplicas
A LTDF descobriu um novo mercado com a difusão das rodas fabricadas por
montadoras.
Atualmente os carros tem a opção de serem vendidos com rodas de liga-leve de
fábrica. O que ocasiona um custo considerável no valor final do veículo para o cliente,
quando é comparado com o preço de um carro básico com rodas esportivas compradas
separadamente. Sabendo disso, a Ferraro lançou uma linha com modelos inspirados
nas rodas originais dos veículos populares mais vendidos no Brasil.
Rodas NOOVAS
Essa linha se destaca por produzir rodas para os clientes mais exigentes, aqueles que
estão preocupados com as tendências e novidades no mercado automobilístico. Como
dito anteriormente, as rodas Noova são produzidas nos aros 16’, 17’, 18’ e 20’,
inspiradas nos modelos europeus. Estas são participantes de um mercado em que a
disputa por preço é algo secundário, pois o que mais importa é qual empresa consegue
lançar primeiro os modelos com maior tendência no mundo. Neste mercado os tempos
de lançamento e gerenciamento do projeto são decisivos para ou sucesso ou não de
um novo modelo.
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Processo de Fabricação
A FERARO é uma empresa que foi criada inicialmente por um profissional apaixonado
por carros, que adotou como sua política de qualidade a oferta de produtos que
atendam às necessidades de seus clientes.
A empresa tem como foco desenvolver produtos de qualidade, design inovador e fazer
com que os clientes tenham um acessório moderno visualmente e com qualidade de
performance.
Sua Política de Qualidade é desenvolvida de acordo com padrões e normas de
qualidade mais atualizada no mercado. Todos os processos de produção, como criação
do design até a embalagem é instruído dentro de conceitos de qualidade regidos pela
certificação ISO 9001:2000. A FERARO é certificada desde o ano de 2000 por este
selo. Aoadquirir produtos com este selo o cliente está asseguradode queexiste um
sistema de controle das etapas de desenvolvimento, elaboração, execução e entrega
do produto, através de um tratamento formalizado com o objetivo de garantir os
resultados.
O alumínio utilizado na confecção das rodas é de excelente procedência e tem sua
composição controlada por um eficiente processo de espectrometria. A FERRARO
utiliza de sistemas para confecção de matrizes, usinagem CNC e controle de processo,
tudo isso para oferecer aos seus clientes os melhores produtos com design avançado e
máxima segurança.
O seu potencial operacional garante a entrega de produtos de qualidade, dentro de
prazos pré-estabelecidos e que atendam as expectativas de diversos tipos de cliente.
Para entender os processos utilizados para atender a todos os objetivos explicitados,
segue a seguir a síntese do processo produtivo:
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Em síntese, o processo produtivo se divide nas seguintes fases:
Fundição
Na empresa as rodas são fundidas através de dois processos: baixa pressão e por
gravidade.
O processo de fundição por baixa pressão consiste na fusão de lingotes de alumínio
dentro de moldes em forno a gás. Esse metal também é solidificado através de baixos
níveis de pressão.
Figura 7: Máquina de fundição por baixa pressão
O processo de fundição por gravidade também possui a função de preencher e
solidificar o metal em moldes mas utiliza somente a força da gravidade, sem nenhum
tipo de força externa, diferentemente de fundição por baixa pressão.
15
Figura 8: Máquina de fundição por gravidade
Raio X
As rodas passam por uma máquina aonde é possível olhar o seu interior e evitar falhas
muitas vezes inerentes ao processo.
Usinagem
Após as peças passarem pelo processo de fundição necessitam ser usinadas com o
objetivo de receberem acabamento final, ou seja, retirar dela o excesso de material
deixado pela fundição, e tambémpara atender aos padrões de medida das Normas
Brasileiras e Internacionais. AFerraro usa tecnologia avançadas para atender a esse
processo e o auxílio de tornos CNC (Controle por Comando Numérico). Esses fatores
garantem um balanceamento para atender a expectativa do produto final. As rodas
Ferraro obedecem às normas ABPA e ETRTO para seus padrões de usinagem.
Na LTDF Fundição são utilizados basicamente dois tipos de maquinário para tal
processo, são eles: AROMI G 550M máquina de usinagem interna e externa de cada
roda e a ROMI D 600 onde são realizados furos de fixação e furo de válvula.
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Figura 9: Máquina de usinagem ROMI G 550 M
Estanqueidade
Processo de qualidade, onde, a roda é imersa em um tanque com água para a
verificação da existência de furos ou vazamentos.
A estanqueidade é um processo que faz parte da célula de usinagem onde é realizado
os processos de usinagem, furação e estanqueidade. Do ponto de vista sequencial a
estanqueidade é feita após a usinagem e antes da furação. Por ser um processo em
célula as atividades são feitas de forma paralela, deste modo o tempo de
estanqueidade não é acrescido no tempo de atravessamento dos produtos. Assim que
um produto é usinado, outro é estanqueiado e outro é furado, logo o único tempo a ser
considerado no atravessamento do produto é o maior dos três.
17
Figura 11: Processo de estanqueidade
Furação
Funcionando também dentro da célula de usinagem, as rodas em geral possuem 3
tipos de: os furos de fixação no carro, o furo de válvula e o furo de fixação da calota.
São máquinas CNC que executam essas operações.
Figura 10: Máquina de usinagem ROMI D 600
Acabamento
Mesmo após o processo de usinagem ainda existe sobra de material da fundição que
são as rebarbas, e é no acabamento e na rebarbação que esses resíduos do processo
são retirados de forma manual pelos operadores. Eles utilizam diversos tipos de lixas a
fim de eliminar possíveis imperfeições que seriam notadas no produto acabado, além
de preparar o produto para a pintura.
Pintura
As rodas Ferraro recebem três camadas de tinta sendo uma a pó,a líquida, outra de
efeito metálico e uma camada de verniz também na face. A tinta pó ou processo de
pintura eletrostático consiste em aplicar na roda um produto em forma de pó que,
quando colocado sob a ação do calor no interior de uma estufa, derrete e fica com a
aparência de uma cobertura porcelanizada de alta resistência ao impacto. O processo
18
de pintura atualmente é feito em linha, onde os produtos são transportados suspensos
por correntes e atravessam as três cabines de pintura existente na fábrica.
Diamantação
Determinados modelos passam pelo processo de diamantação e esteusa o mesmo
princípio da usinagem, entretanto a escala de material retirado é muito menor. Também
é realizado num torno CNC após a pintura pó. Esse processo tem como objetivo tornar
a face da roda mais polida e brilhosa, um aspecto semelhante ao cromado.
Embalagem
É o último processo produtivoonde já temos o produto acabado. Neste momento a roda
é acrescida de acessórios que variam com o modelo, como emblemas, calotas,
parafusos e adesivos. Além disso é nessa etapa que a roda é codificada, ensacada e
encaixotada. Na LTDF existe uma máquina de embalagem que auxilia o fechamento
das caixas, o que padroniza o processo.
Demais processos de apoio:
Fabricação de Molde
O molde é todo instrumento de algum tipo de material, no caso “placas de bronze”,que
modela, cria forma para um determinado objeto. Neste caso são os moldes que
diferenciam os diversos modelos de rodas esportivas. O molde também pode ser
conhecido como coquilha produzidos através de algumas fases de fabricação.
Na empresa há um setor de engenharia dedicado a criação de novos modelos
inspirados em designs que são sucessos em vendas em demais países. O projeto do
molde nasce baseado no projeto da roda, o mesmo é desenvolvido em CAD e traduzido
para linguagem de centro de usinagem (CNC) através de um software de CAM.
Controle de Qualidade (Fadiga, Dureza, Impacto, tração)
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Fadiga
Principal teste para aprovação de um novo modelo. A cada lançamento de um novo
produto é produzido um lote especial, em torno de 20 peças. São dedicadas a esse
teste e consiste em simular 20 anos de uso em apenas 5 horas. A roda é submetida a
um esforço mecânico na pior condição possível, que é inclinada e sofrendo uma carga
para baixo. Caso haja quebra, trinca ou rachadura ao final do processo a roda não será
aprovada e caberá a engenharia refazer o projeto.
Impacto
O teste de impacto também é feito a cada lançamento. O produto é posicionado em um
equipamento onde sofrerá um grande impacto, simulando seu comportamento em um
acidente. A roda deverá apenas amassar, caso quebre não será aprovada.
Dureza
Ensaio realizado por meio de aplicação de força na superfície de um corpo de prova
retirado da peça, onde é avaliada a impressão obtida por meio desta. “Quanto maior a
impressão, menor a dureza da peça”.
Ensaio de tração:
Tem como objetivo avaliar as características mecânicas da peça por meio de esforço
físico em um corpo de prova retirado de região específica da peça.
Recursos Humanos
A Ferraro não tem um setor de recursos humanos bem definidos, há apenas um
funcionário responsável por tarefas administrativas ligadas ao RH, tais como: controle
de banco de hora, emissão de contracheques, acompanhamento de processos
admissionais e demissionários. Este profissional não é responsável por avaliar o bem-
estar dos funcionários, tão pouco desenvolver métodos para melhora-los.
1.1.8. PERSPECTIVA ESTRATÉGICA
20
Missão, Visão e Valores
Determina qual será a direção estratégia que a empresa irá tomar. Sendo desde a
estratégia da empresa até a motivação da equipe para estar alinhado com os objetivos
da mesma.
Na missão encontramos a razão da empresa. Nela contém o que a empresa produz e
como ela deseja ser vista pelos clientes. Enquanto a Visão é um objetivo a ser alçado
no futuro, ou seja, aonde a empresa deseja estar daqui há um determinado período. Já
os valores representam os comportamentos, características e ideias que os
funcionários devem ter para trabalhar na empresa. Eles são importantes para ter uma
boa relação com os clientes, fornecedores e parceiros.
Missão FERRARO:
Ajustar a produção para um volume produtivo menor, no entanto produzir rodas com
maior valor agregado.
Visão FERRARO:
“Tornar-se uma empresa referência em rodas esportivas com design sofisticado para
atender aos clientes apaixonados por carros.”
Valores FERRARO:
● Satisfação do cliente: O cliente é a razão da existência da empresa
● Valorização e respeito às pessoas:são os diferencias para o funcionamento e
crescimento da empresa
● Respeito ao Meio Ambiente:responsável pelo amanhã
● Foco em resultado
21
Matriz e Análise SWOT
A análise SWOT tem como o objetivo de descobrir quais fatores internos e externos
influenciam na organização. Sua sigla é denominada por aspectos internos e
externos.Sendo eles Strengths (pontos fortes) e Weaknesses (pontos fracos) como
aspectos internos e Opportunities (oportunidades) e Threats (Ameaças) como externos.
Os aspectos internos têm como foco de analisar as qualidades e deficiências da
organização. Em contrapartida, os externos estudam a relação existente entre a
empresa e o seu ambiente no que diz respeito as oportunidade e ameaças. Pelo o
ambiente empresarial ser instável, não pode controlar.
Interno
Forças FraquezasCertificado de
QualidadeNecessidade de certificado do Inmetro
para entrada de novos entrantes.Aumento o tempo de atravessamento
Capacidade produtiva do maquinário.
Equipamentos com capacidade nominal muito superior à produção de hoje.
Equipamento ocioso (Capital Imobilizado).
Produzir qualquer
outro produto diferente de
rodas.
Fabricar outros produtos que utilizem maquinário semelhante ao utilizado na
fabricação das rodas, como por exemplo as grelhas
Investir em modificações em métodos produtos e não conseguir alcançar o
mercado (aumento de setup -curva de aprendizado)
Externo
Oportunidades Ameaças
Lançamentos de fábrica de carros com roda de liga
leve.
Caso o cliente deseje personalizar ser veículo, ele poderá adquirir rodas
réplicas (modelos de rodas que são referência no mercado de veículos de alto valor agregado) de fornecedores
externos, como a FERRARO.
Montadoras de carros tendem aumentar o volume de carros com rodas de liga
leve
Mudar estratégia da
empresa
Diminuir o volume e aumentar o valor agregado
Outras empresas adotarem a mesma estratégia. Assim, dividindo a parcela de mercado de clientes que desejam rodas
22
de maior valor agregado.
Aquecimento do mercado
Capacidade produtiva capaz de atender uma demanda maior
Endividamento frente aos fornecedores, compra de pequenos lotes de matéria-prima com fornecedores menores, falta
de capital para novos investimentosTabela xx: matriz SWOT
Com base na Matriz SWOT, cujo objetivo foi a análise dos fatores que influenciam na
estratégia da organização FERRARO RODAS ESPORTIVAS, podemos destacar:
A necessidade de certificação do Inmetro como uma força, isso é uma barreira
de entrada de novos players no mercado. No entanto, uma das exigências do
Inmetro e que 100% das rodas deverão passar pelo processo de raio x o que
aumenta o tempo de atravessamento do produto na linha de produção.
Em relação aos Equipamentos com capacidade nominal muito superior à
produção de hoje é considerada uma força. Se houver aquecimento do mercado,
a capacidade instalada poderá atender uma fatia ainda maior de mercado.
Inicialmente, a fábrica foi projetada para produzir nove mil rodas por mês. A
situação hoje é bem diferente daquela projetada. Atualmente, fabricam-se três
mil rodas por mês, deixando-se equipamento ocioso (Capital Imobilizado, o que
gerou o problema de falta de capital de giro)
Foi considerado como uma força o fato de produzir qualquer outro produto
diferente de rodas, visto que, o maquinário poderia ser utilizado na fabricação de
outros produtos diferentes de rodas. No entanto, os tempos de setups seriam
alterados devido a divisão da linha produtiva para se fabricas produtos diferentes
de atividade fim; alteração do método de trabalho (curva de aprendizado).
É uma oportunidade atender um nicho de clientes que deseja customizar seus
veículos. Ele poderá adquirir rodas réplicas (modelos de rodas que são
referência no mercado de veículos de alto valor agregado) de fornecedores
externos, como a FERRARO. Em contrapartida, nota-se que as montadoras de
carros tendem aumentar o volume de carros com rodas de liga leve.
Análise das Cinco Forças de Porter
23
1.1.9. O ambiente em que a empresa está inserida e o seu relacionamento com o
mesmo é analisado por PORTER. Esta análise é feita através de um modelo
conhecido pelo “Modelo das forças Competitivas de PORTER”. Esse modelo
proposto por Poter permitiu a análise de fatores que afetam a
competitividade. Tem como objetivo principal entender o ambiente
competitivo e identificar ações e estratégias futuras para obter vantagem no
mercado. Fatores esses que estão dentro do próprio setor ou externo ao
mesmo. Abaixo veremos as cinco forças competitivas básicas de Porter:
Figura 12: Modelo das Forças Competitivas de Porter.
Desta forma vimos que uma empresa possui vários fatores competitivos e precisa estar atenta
as estratégias e ações que o meio empresarial realiza. A seguir será listadoos cinco fatores de
Porter:
Entrante Potencial:24
É a força que limita a entrada de novas empresas no mercado, quanto menores as
barreiras de entrada e saída maiores são as chances de demais concorrentes entrarem
no mercado. Segundo PORTER: “Novas empresas que entram para uma indústria
trazem nova capacidade, o desejo de ganhar parcela de mercado e frequentemente
recursos substanciais.” (PORTER, 1986).
Nível da Força: Fraca
Para fundição e processamento de rodas de liga leve é necessário equipamentos de
alto custo como fornos fusorios, tornos CNCs, equipamentos de pintura. Como o
mercado não está aquecido e o momento econômico do país não está sendo favorável,
esses altos investimentos são uma barreira de entrada. Além disso, esta produção
exige um alto conhecimento técnico para projeto de moldes e expertise de mercado.
Fornecedores:
A força relacionada ao fornecedor depende do poder em que ele possui em relação à
empresa. Para mercados pequenos, ele pode possuir uma força forte por possuir
poucos concorrentes. Desta forma, os clientes desses fornecedores acabam ficando a
mercê deles. Porém podem existir vários fornecedores tornando um cenário competitivo
para eles perante o cliente. Com isso a empresa fica, em alguns casos, dependendo do
cliente, podendo ter um impacto em sua lucratividade por este ato ou não.
Nível da Força: Forte
O principal insumo de produção é Lingote de alumínio, no Brasil, comercializada pela
Companhia Brasileira de Alumínio (CBA) que praticamente monopoliza este mercado.
Por ser uma empresa de pequeno porte, a Ferraro compra mensalmente uma
quantidade pouco significativa comparada aos grandes clientes que a CBA possui.
Sabendo disso, algumas empresas que também atuam no ramo de fundição de
alumínio compram uma quantidade de alumínio superior à sua demanda para revender
as empresas de menor porte como a Ferraro. Nestes casos o preço costuma ser maior,
entretanto viabiliza a compra e ainda traz melhores condições de pagamento. Um lado
ruim disso é que a empresa se torna, muitas vezes, depende de seus concorrentes.
25
Clientes:
Similar aos fornecedores, os clientes também podem impactar na lucratividade da
empresa. Desde que seja para produtos comuns que não possuem um alto poder
competitivo comparado aos concorrentes. Outro fato que pode influenciar é quando o
cliente possui um conhecimento alto sobre o produto, podendo saber em alguns casos,
mais que o vendedor. Transformando a venda com uma característica fora do normal,
sendo favorecedora para o cliente.
Nível da força: Moderada
Os principais clientes da LTDF Fundição são lojas varejistas de acessórios
automobilísticos. Para que elas possam atender a todos os seus clientes em potencial,
devem possuir uma variedade de modelos, o que não pode ser alcançado com apenas
um fornecedor. Logo, seu poder de barganha é baixo. Além disso, há um custo de
mudança por deixar de atender uma parcela do mercado que deseja modelos que
apenas a Ferraro possui.
Concorrentes:
Essa força determina a melhor competitividade de mercado. E para análise da mesma,
devemos considerar as atividades dos concorrentes diretos. Os fatores a serem
respeitados são: o número de concorrentes, diversidade de concorrentes e publicidade.
Nível da Força: Forte
A Ferraro é uma empresa de pequeno porte, enquanto seus concorrentes possuem
porte maior que o seu. Os principais concorrentes diretos da Ferraro são Big Rodas,
VolcanoWheels e KR Wheels, que atuam há mais tempo no mercado. Essas empresas
possuem um maior volume de produção (e, consequentemente um menor custo
unitário), além de um maior mix de produtos.
Substitutos:
26
O produto substituto é aquele que pode satisfazer a necessidade do cliente por outro
produto concorrente ou não da sua empresa. Em alguns casos, ele pode não chegar a
concorrer diretamente com os produtos vendidos na empresa atuante, porém pode
conter características que satisfaça ao cliente. Esses produtos podem reduzir o lucro de
muitas empresas, podendo levar a falência.
Nível da Força: Moderada
A roda de ferro é o principal produto substituto, pois caso o cliente não deseje comprar
uma roda de liga leve sempre haverá a opção de manter a roda de ferro original do
carro. Além disso, o mercado automobilístico ultimamente tem lançando seus carros
com roda de liga leve como um atrativo opcional de fábrica, sendo assim muitos
clientes em potencial deixam de existir, pois as montadoras já fazem uma “venda
casada”.
1.1.10. Conclusão para manufatura
A fabricação das rodas se dá pela expectativa da demanda, como também sob
encomenda de seus clientes. As tendências do mercado ditam o desenvolvimento de
novos modelos, posteriormente viabilizados por projeto. A fábrica atende a clientes de
pequeno e médio porte, logo a quantidade de pedidos e lotes é um pouco variável. Não
é comum a empresa negociar com consumidores finais como clientes, porém não é
totalmente inviável.
Com a crise financeira atual afetando o mercado como um todo, a Ferraro não foi isenta
de seus impactos. Como fator interno, em 2011 o dono da empresa resolveu investir em
um aumento de capacidade da fábrica visando atender a um possível aumento da
demanda. Como esse aumento não foi concretizado, e na verdade houve uma
diminuição de demanda devido à recessão econômica, a empresa diminuiu seu poder
de fazer girar seu capital. Com isso, há uma maior dificuldade em manter insumos
básicos (como luz, gás, etc) para o funcionamento da linha, dificuldade em conseguir
matéria-prima em pequenos lotes, aumento de ociosidade da linha de produção,
aumento do custo unitário por produto, e a decisão de reduzir o número de funcionários.
27
Na tentativa de vencer essa crise, o dono da empresa tem como estratégia investir em
rodas de maior valor agregado, aumentando assim a margem unitária por peça
vendida. Além disso, é necessário que a empresa busque manter a sua eficiência
produtiva mesmo que com um menor número de colaboradores. Logo, um estudo dos
métodos com maior trabalho humano da fábrica serão importantes para aumentar a
produtividade e, consequentemente, aumentar a capacidade de produção.
1.1.11. ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO
As atividades da administração da produção circundam a origem do ser humano, mas
começam a ter destaque na revolução industrial (1780). Cientistas como Taylor, Fayol,
Ford contribuíram significativamente para o desenvolvimento e avanço da
administração da produção.
Stoner e Freeman (1985) definem administração como sendo o processo de planejar,
organizar, liderar e controlar o trabalho das pessoas da organização e de usar da
melhor forma possível os recursos disponíveis da organização para conseguir realizar
os objetivos estabelecidos.
Considerando a definição acima, podemos dizer que a administração da produção
consiste em utilizar, da melhor maneira, os recursos para o processamento de
atividades (bens ou serviços).
1.1.12. Organização do trabalho
Muitas empresas possuem retrabalho em suas atividades gerando um aumento no
custo e tempo maior para produção, devido à falta de organização do trabalho. Como
por exemplo, muitos funcionários estão atuando em funções que não são de acordo
com o seu perfil e habilidades. Portanto, não é apenas uma questão de procedimentos
28
e treinamentos, mas, acima de tudo, da junção perfeita entre o funcionário e a função
que o mesmo ocupa.
Ter organização do trabalho leva a perfeição gerando confiança a todos os funcionários
da empresa. Ela é um fator muito importante, pelo o qual a empresa consegue alcançar
seus objetivos. Caso contrário, seus objetivos causariam problemas, podendo levar ao
fim da empresa.
A organização do trabalho é uma porta de entrada para o sucesso do que a empresa
deseja fazer. Quem organiza, rentabiliza; quem organiza, tem resultados satisfatórios.
A Ferraro adota o regime trabalhista CLT (Consolidação das Leis do Trabalho). A CLT é
uma norma legislativa de regulamentação das leis referentes ao Direito do Trabalho e
do Direito Processual do Trabalho no Brasil. A CLT foi aprovada pelo Decreto-lei nº
5.452, de 1º de maio de 1943 e sancionada por Getúlio Vargas, o presidente do Brasil
na época.
As leis contidas na CLT abrangem tanto o trabalhador urbano quanto o rural. Alguns
dos principais assuntos tratados na CLT são: carteira de trabalho, jornada de trabalho e
período de férias, proteção do trabalho da mulher, contratos individuais, medicina,
justiça e fiscalização do trabalho, entre outros.
Regime de Funcionamento:
Jornada de Trabalho
A jornada de trabalho na fábrica é de 44 horas semanais, das 06h00min às 15h00min
de segunda a sexta e sábado das 06h00min ás 12h00min possuindo uma hora de
almoço/descanso, que se dá em um refeitório da fábrica. A empresa atualmente
trabalha em um único turno. Os setores de pintura e acabamento encerram sua jornada
as 15:48 pois não trabalham aos sábados.
Remuneração29
Atualmente não existe nenhum sistema de bônus, prêmios por meta, ou algo do tipo. O
sistema de remuneração é o CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas). Porém a
empresa disponibiliza diversos benefícios a todos colaboradores:
● Cesta básica no final de ano;
● Seguro de vida;
● Vale alimentação no valor de R$ 60,00 mensal ( somente para funcionários que
não tenham 3 dias de atrasos durante o mês).
● Refeição com café da manhã;
● Área de descanso;
● Vestiário;
Escolaridade
Não há uma restrição de escolaridade padrão, mas para setores que dependam de
manuseio ou operação de tornos mecânicos é desejável que o funcionário tenha ao
menos um curso profissionalizante.
Treinamento
Todos os funcionários recém-contratados passam por um período de experiência de
três meses onde treinam de forma prática nas linhas de produção. Todo funcionário
contratado independente do setor, desde o operador até o gerente comercial, passa por
um treinamento de uma semana do setor de embalagem, onde ele terá que conhecer
os modelos e suas particularidades. Ao final dessa semana ele será submetido a uma
prova, caso não alcance média superior a 7,0 deverá ficar mais 1 semana na
embalagem ou ser dispensado dependendo do grau de importância que esse
conhecimento tem para a função.
Perfil dos Trabalhadores
30
Existe uma tendência de funcionários mais velhos na fundição, neste setor o funcionário
tem entre 40 e 55 anos. Nos setores de usinagem todo o funcionário tem em torno de
20 a 30 anos, na embalagem, temos atualmente apenas um funcionário que é o mais
antigo da empresa e tem 43 anos de vida.
Tempo de serviço dos funcionários:
Funcionário mais antigo: 20 anos
Funcionário mais novo:1 ano
Tempo de Experiência: 3 meses
Gênero:
● Quantidade de Homem: 45 (Atividades Operacionais)
● Quantidade de Mulheres: 1 (Limpeza)
1.1.13. Estrutura da produção
Em microeconomia, uma função produção expressa a relação entre entradas (inputs) e
as saídas (outputs) de uma organização. Ou seja, descreve, de forma gráfica ou
matemática, os outputs que deverão ser obtidos na combinação de diferentes
quantidades de inputs. Particularmente, ela mostra e maior quantidade possível de
outputs que pode ser produzida por uma unidade de tempo, com todas as combinações
de inputs, dados fatores inerentes ao processo e o estado da tecnologia disponível.
Funções produção únicas podem ser construídas para cada tecnologia de produção.
Segundo Slack (2009, p.4) “A administração da produção é a atividade de gerenciar
recursos destinados à produção e disponibilização de bens e serviços.”
Para avaliar se função produção está alinhada com a estratégia da empresa, a seguir,
abordaremos os subsistemas produtivos, tais como: Planejamento e controle da
produção, projeto de capacidade produtiva, layout e organização do trabalho.
31
Planejamento e Controle da Produção
O processo de planejamento e controle da produção (PCP) se inicia mensalmente, ao fim de
cada mês, quando é elaborado o plano mestre de produção chamado na empresa de programa
de fundição. Neste documento é definido quantas rodas de cada modelo serão fundidas, em
que maquina serão fundidas e quando, basicamente é uma distribuição carga máquina.
Como é feito:
O programa de fundição é baseado na estimativa de venda dos últimos três meses, e é
calculada a média móvel para cada modelo e deste modo chegamos a uma estimava mensal de
vendas.
Após isso, é verificado o estoque de produto acabado e intermediário de cada modelo e
traduzidos para dias de estoque através da estimativa de vendas. Ou seja, é possível saber de
forma estimada quanto tempo se tem até que é preciso produzir tal modelo.
Um relatório é baixado e tirado do ERP alterdata com todos os pedidos em aberto para cada
produto. Esses dados são colocados em uma planilha junto com o estoque atual (acabado mais
intermediário). Após isso, é feita uma estimativa de vendas e também é calculada a diferença
entre o estoque atual, os pedidos e os modelos que estão com saldo negativo. A quantidade a
ser produzida será de 15 dias de estoque mais pedidos atuais, este é um tempo médio para que
este produto consiga ser programado e atravessado na linha. Dada às restrições de cada
máquina e modelos é feito o cronograma.
A delegação de quem trabalhará em que máquina e qual será o turno de trabalho é feita pelo
gestor de cada setor, cabe a PCP apenas expor a necessidade da fábrica sendo a organização
do trabalho a cargo das responsáveis setoriais.
Projeto da capacidade produtiva
A LTDF fundição sempre investiu em compra de novos equipamentos. Orientada pelas
tendências europeias em métodos de fabricação, com o objetivo de reduzir custos,
aumentar a qualidade, e algumas vezes a capacidade. Alguns investimentos pontuais
traziam um desequilíbrio na produção, como por exemplo, a compra de um novo torno
CNC quando ainda se usa método de fundição por gravidade, expondo novos
gargalhos o que levava a diretoria a investir em aumento de capacidade para esses.
32
Este aumento não acompanhava a necessariamente do mercado. Muitas vezes a LTDF
mostrava uma estratégia de aumento de capacidade por antecipação ao mercado,
porém não era intencional.
Layout
A fábrica está instalada num terreno de aproximadamente 9000m², sendo 6500m² de
área construída. Basicamente, pode-se dividir o galpão em seis ambientes: Fundição,
usinagem, acabamento, pintura, estoque e setores administrativos.
1.1.14. IDENTIFICAÇÃO DO PRODUTO CLASSE A
1.1.15. Descrições das linhas de produção
Conforme já mencionado anteriormente, a LTDF Fundição segmenta o mercado em
duas marcas, Ferraro e Noova. O que divide também os modelos pelo tamanho dos
Aros. Ao analisar o processo de vários modelos, percebe-se que o fluxo de processos
dos produtos é muito semelhante. A diferenciação ocorre apenas no processo de
acabamento, onde se define se a roda será diamantada ou pintada (esta decisão faz
parte do PCP).Se a roda for diamantada o trabalho de rebarbação e preparação para
pintura é menor, logo temos uma redução dos tempos de processo nesta etapa, em
contrapartida, ganha-se mais uma operação, a diamantação. Foi possível notar que há
uma relação entre diâmetro da roda e o tempo de processo, com destaque para os
setores que tem maior trabalho humano, como acabamento e rebarbação. De forma
geral, quanto maior o aro maior o tempo de processo, entretanto existem outras
variáveis como complexidades dos modelos, desgastes nos moldes, número de janelas,
peso, entre outras. Por tal motivo, foi decidido não segmentar aro por aro, mas sim,
segmentar por Ferraro e Noova, pois além de contemplarem a divisão dos aros de
forma crescente, há uma tendência que os modelosNoovatêm maior complexidade, por
possuírem designer mais sofisticado. Portando os modelos foram segmentos em quatro
linhas de produtos:
1. Ferraro Diamantada;
33
2. Ferraro Pintada;
3. Noova diamantada;
4. Noova Pintada.
Calculo do Homem hora por Unidade:
Para o cálculo do homem*Hora/unidade para cada uma destas linhas, foram usados
dados de produção retirados dos apontamentos dos operadores. Nestes possuíam a
quantidade de roda produzida no dia/turno, nome do operador e modelo trabalhado.
Com isso, pegamos um modelo de cada e montamos as seguintes tabelas:
Linha de Produtos: Ferraro DiamantadaModelo analisado: F75 13"
Setores:Qtd.
Homens usados
Qtd prod.
horas trab. Unds./ hora
H.h/und.
Fundição 1 188 16 11,75 0,09Usinagem 1 161 8 20,1 0,05Acabamento 2 100 8 12,5 0,16Pintura 3 196 8 24,5 0,12Diamante 1 101 8 12,6 0,08Total 0,50
Tabela 2: linha de produto FERRARO Diamantada
Linha de Produtos: Ferraro PintadaModelo analisado: F131 15"
Setores:Qtd.
Homens usados
Qtd prod. horas trab.
Unds./ hora H.h/und.
Fundição 1 152 16 9,5 0,11Usinagem 1 90 8 11,3 0,09Acabamento 2 90 8 11,25 0,18Pintura 3 90 8 11,25 0,27Diamante 1 0 8 0 #DIV/0!Total 0,64
Tabela 3: Linha de Produto FERRARO Pintada
Linha de Produtos: Noova Diamantada
34
Modelo analisado: NV12 20"
Setores:Qtd.
Homens usados
Qtd prod. horas trab.
Unds./ hora H.h/und.
Fundição 2 83 8 10,375 0,19Usinagem 1 80 8 10,0 0,10Acabamento 2 57 8 7,125 0,28Pintura 3 57 8 7,125 0,42Diamante 1 50 8 6,25 0,16Total 1,15
Tabela 4: Linha de Produto Noova Diamantada
Linha de Produtos: Noova PintadaModelo analisado: NV 4 17"
Setores:Qtd.
Homens usados
Qtd prod. horas trab.
Unds./ hora H.h/und.
Fundição 2 80 8 10 0,20Usinagem 1 80 8 10 0,10Acabamento 2 80 8 10 0,20Pintura 3 104 8 13 0,23Diamante 1 0 8 0 #DIV/0!total 0,73
Tabela 5: Linha de Produto Noova Pintada
1.1.16. Escolha do produto Classe A
O princípio básico da classificação ABC é a regra de Pareto, muito conhecida como
regra 80 – 20. No final do século XIX, este italiano, desenvolveu um estudo para
verificar o comportamento da distribuição de renda da população. O resultado foi a
constatação de que a riqueza estava concentrada em uma pequena parcela da
população, mais exatamente na proporção de 80% da riqueza sendo acumulada por
20% da população. Após a 2ª Guerra Mundial, F. Dixie, engenheiro da GE, aplicou o
princípio de Pareto sobre os itens existentes no estoque da empresa. O resultado da
35
pesquisa não foi surpreendente: 8% dos itens em estoque representavam
aproximadamente 75% do valor do estoque no período estudado. E, 67% dos itens,
apenas 5% do valor, o que comprovou o princípio de forte concentração polarizada, que
pode ser entendido como a essência do princípio de Pareto. Dixie criou então uma
escala classificatória A, B e C.
Para a escolha do produto classe A, usaremos este mesmo princípio. Depois de
calculado o homem* hora/ unidade, este foi multiplicado pela produção total desta linha
num ciclo de produção definido para LTDF como de 3 meses, tempo suficiente para a
produção de todos os modelos em linha. Será encontrado o total de homem-hora
empregado em cada linha num ciclo, e será calculada a representatividade dele em
meio ao montante. A linha com maior percentual deverá ser escolhida.
Linhas de produto H.h/und Vol. Prod( 3 meses) H.H Total %Ferraro diamantada 0,5 3486 1743 39%Ferraro Pintada 0,64 2501 1600,6 36%Noova diamantada 1,15 676 777,4 17%Noova Pintada 0,73 530 386,9 9%
Home hora total usado 4507,9 Tabela 6: Cálculo homem x hora por unidade de produto
Analisando puramente a tabela deveríamos escolher a Linha Ferraro diamantada, pois
tem a maior concentração de homem*hora.Entretanto esses dados tem uma taxa de
incerteza superior à ± 5%, então tanto a Ferraro diamantada quanto a Ferraro pintada
poderá ser escolhida.
Ao conversar com os operadores e líder do setor de acabamento, foi unanime o relato
da dificuldade na preparação das rodas pintadas. Levando em consideração que a roda
diamantada tem uma operação a mais em relação a pintada. Também é notório que as
operações das rodas pintadas tendem a ser mais demoradas e provavelmente haverá
maior chance de melhoria no método de trabalho.Portanto o grupo escolheu a Linha
Ferraro diamantada como Produto Classe A.
36
1.1.17. INVESTIGAÇÃO DO PROCESSO DE FABRICAÇÃO DO PRODUTO
No capítulo anterior conhecemos o produto classe “A” e, neste iremos mostrar as análises do
processo produtivo. Usaremos técnicas como, fluxograma, mapofluxograma mostrando por uma
forma visual e descritivo do seu processo, o macro fluxograma, e também faremos o cálculo de
capacidade do processo produtivo para identificarmos o gargalo, com um objetivo de aumentar
a produtividade. Serão propostas melhorias no fluxograma e mapofluxograma com um objetivo
de redução no tempo total da produção.
1.1.18. Fluxograma
O fluxograma representa o fluxo de um determinado processo ou fluxo de trabalho em que
possui diversos níveis de complexidade, é um instrumento de análise do processo produtivo e
cada detalhe do fluxograma é direcionado de acordo com os objetivos aos quais queremos
chegar. Esta ferramenta é de extrema importância para a compreensão dos processos
desenvolvidos em cada etapa/área de trabalho que é determinado após a simplificação e
racionalização do trabalho. Além disso, facilita a compreensão e padronização do processo
produtivo. Com ele conseguimos observar a transição das informações, de documentos, o
transporte e as operações que estão inclusas no processo. Um fluxograma é uma
representação gráfica do processo produtivo, a partir de uma linguagem lógico-analítica e deve
conter sempre o início de uma atividade e o fim e da mesma, as distâncias entre uma atividade
e outra e o tempo para conclusão de cada etapa.
Um fluxograma bem elaborado tem o potencial a orientar uma reflexão crítica sobre o processo,
reduzir tempos e ações desnecessárias e é uma referência comum para realizar um debate de
melhoria de método de trabalho humano.
Segue abaixo a simbologia usada no fluxograma para o processo produtivo analisado
do produto classe A.
37
Figura 13: Simbologia
A simbologia descrita acima será utilizada no fluxograma das atividades para o
processo produtivo do produto classe A da Ferraro. Também serão usadas
combinações entre os símbolos, o que significa que as tarefas são realizadas
simultaneamente. Segue abaixo fluxograma atual:
38
39
40
Figura 14: Fluxograma
1.1.19. Descrição do Processo Produtivo
Para entender melhor o fluxograma com suas devidas etapas, é preciso descrever cada
operação e sua função no processo produtivo.
O processo inicia-se na fundição onde a matéria prima principal (lingotes de alumínio)
são inseridos no forno junto a matérias de retorno do processo, Tais como: rodas
41
refugo, cavaco (sobra de material proveniente do processo de usinagem) e canais de
alimentação (proveniente do processo de fundição) formando uma Liga Alumínio-Silício.
Após fundir o alumínio, ele é vazado para um recipiente onde é transportado para o
equipamento de baixa pressão. Está maquina possui um forno para manutenção do
alumínio em sua base, neste é depositado o alumínio em sua forma liquida que será
injetado no molde por processo de baixa pressão. Após esta etapa é identificado o lote
na roda e em seguida é levada para ser resfriada na água. Posteriormentesão
removidos os canais de alimentação e é feito um estoque das rodas fundidas.
Após esta etapa, todas as rodas são levadas para o raio X, onde as mesmas são
inspecionadas afim de encontrar defeitos internos e evitar que se propagem para o
próximo setor e torne o refugo ainda mais caro. Caso a máquina detecte que o material
não está de acordo com os padrões de qualidade do Inmetro, a roda é descartada
como refugo, caso seja aprovada, elas seguirão para usinagem. Porém, este processo
de inspeção de qualidade atualmente não está sendo realizado e as rodas são
direcionadas direto para a usinagem.
O processo de usinagem compreende todo processo mecânico onde a peça é a matéria
prima de um processo de remoção de material. Em seguida segue para a
estanqueidade, onde há a inspeção de possíveis vazamento na roda. Em paralelo, pelo
mesmo operador é feito a furação dos eixos e do furo de válvula em um torno CNC.
Assim que a roda é furada, elas são estocadas em um pallet e conforme vão
completando os pallets, eles são seguidos para rebarbação.
Na etapa de rebarbação, são retirados todos os excessos de alumínio encontrados nas
rodas. Rebarbas estas que não são tiradas na usinagem.
Acabamento, nesta etapa é feito o processo de preparação para a pintura onde a roda
é lixada e os defeitos são corrigidos.
Após o acabamento as rodas ficam estocadas em pallet aguardando para sem lavadas,
depois o operador da pintura as leva para a máquina de lavar, onde a deixa e segue
para realizar outas tarefas. Após lavadas, as rodas são postas em estufa para secar.
Depois de secas, entram na linha de pintura, onde será feita a pintura pó. Na sequência
as rodas ficam em espera para curar e esfriar.
42
1.1.20. Mapofluxograma do Processo
O fluxograma visto no tópico anterior serve para analisar o sistema produtivo, onde
identificamos oportunidades de melhoria e eficiência do processo. O mapofluxograma é
usado para analisar e destacar os principais tipos de atividades realizadas nas etapas
ou locais que foram destacados como os itens principais. Uma das vantagens deste
modelo é a possibilidade de visualização das atividades atreladas ao layout,
favorecendo as atividades de transporte de matérias-primas/produtos semiacabados ou
acabados. Além de permitir uma melhor visualização das atividades que estão sendo
realizadas, as que são desnecessárias, as que agrupam e combinam processos, as que
possuem movimentos longos e repetitivos, das mudanças de direção, fluxo, cruzamento
de atividades e localização das áreas de estoque em relação as áreas de trabalho e
expedição. Estes podem ter suas rotas definidas no mapa, permitindo uma análise para
a melhoria do layout.
A representação descrita em seguida, denomina-se mapofluxograma e, tem um objetivo
de tornar uma visão mais espacial do processo produtivo, destacando os pontos
críticos. Como por exemplo, deslocamentos que possuem grandes distâncias. Nos
permitindo propor melhorias no deslocamento. Com isso desenhamos linhas na planta,
mostrando a direção do movimento. Desta forma, os símbolos do gráfico do fluxo do
processo são inseridos nas linhas indicando o que está sendo executado.
O mapeamento de processos no modelo mapofluxograma é utilizado quando há
interesse na análise e destacar os tipos de atividades realizadas nos centros de
trabalho por onde os itens passam. Desta forma, o mapofluxograma ganha importância
quando o deslocamento torna-se parte do processo.
Os símbolos que usamos no mapofluxgrama são semelhantes aos do fluxograma,
conforme mostramos na Figura 14. O mapofluxograma será representado em algumas
partes demonstradas em seguida:
43
Figura 15: Empresa e fábrica
Figura 16: Etapa de Fundição
44
Figura 17: Etapa Usinagem, Acabamento e pintura
1.1.21. Definição dos postos de trabalho
O posto de trabalho pode ser definido através de um local onde o trabalhador realiza
suas atividades, onde é encontrado o sistema de produção.
O posto de trabalho escolhido inclui o trabalho do homem, o local de trabalho,
máquinas, ferramentas, mobília, equipamentos, EPIs e o sistema de produção. Alguns
dados são coletados na análise e determinação do posto de trabalho e são destacados
as atividades e os processos do trabalho; as responsabilidades; as ações físicas; a
comunicação; conhecimentos necessários e normas.
A análise e determinação do posto de trabalho faz parte da parte administrativa, após
determinado o posto responsabilidades são impostas nas atividades.
Feita esta análise, a empresa consegue traçar qual é o perfil do trabalhador para
ocupar o posto x, por exemplo, de acordo com a sua competência, qualidades,
experiências e capacidade. Com isso a área administrativa e Recurso Humanos
consegue determinar os melhores salários e cargos para cada posto da produção.
45
A seguir mostraremos o fluxograma para o produto classe A escolhido, onde será
mostrado o fluxograma das atividades e com as divisões dos postos de trabalho.
Posto 1 Fundição (Forno)
Posto 2 Fundição (baixa pressão)
Posto 3 Usinagem
Posto 4 Estanqueidade e Furação
Posto 5 Rebarba
Posto 6 Acabamento
Posto 7 Pintura
Posto 8 Embalagem
Início
Fim
Figura 18: Fluxograma por postos
1.1.22. Avaliação do Processo Produtivo
46
Conforme utilizamos as ferramentas gráficas acima, sejam elas fluxograma e
mapofluxograma, conseguimos analisar e avaliar o processo produtivo da linha de
produção do produto classe A da Ferraro. Identificamos alguns pontos críticos.
Neste tópico iremos analisar os problemas encontrados na etapa anterior e propor
melhorias para o processo produtivos, fazendo com que a distância percorrida pelos
materiais de uma etapa de processo para outra seja a mais curta, havendo também
uma redução dos estoques intermediários, eliminar ou diminuir as tarefas repetidas e o
tempo de espera e realizar tarefas paralelas, em caso viável.
1.1.23. Feita essa análise colocaremos os quatro mantras da produção,
sejam eles:
1. A taxa de produção de um sistema é igual à taxa de produção de seu gargalo.
2. O aumento da capacidade de um sistema é igual ao aumento da capacidade
do gargalo.
3. Uma hora perdida no gargalo é uma hora perdida para sempre.
4. Uma hora ganha fora do gargalo é apenas uma ilusão.
De acordo com os quatro mantras, as análises que iremos realizar serão através das
restrições de maneira a identifica-las e aplicaremos o método de melhoria de processo
com o objetivo da diminuição ou eliminação do gargalo.
1.1.24. Pontos Críticos
De acordo com as análises anteriores, conseguimos detectar os pontos críticos no processo produtivo da Ferraro. Segue abaixo as observações realizadas no processo de fabricação do produto classe A:
O posto de trabalho 3-usinagem e o posto de trabalho 4-estanqueidade tem as máquinas alocadas de uma maneira adequada para se trabalhar em célula, e os funcionários destes postos ficam ociosos durante o tempo de transformação do
47
produto, no caso do operador do posto 4 ele poderia criar um estoque de rodas estaqueadas se recebe rodas a uma taxa superior.
O posto de trabalho 6-acabamento é composto por 1 operador que trabalha muito abaixo de sua capacidade real em que o ritmo de sua produção é ditado pela produção do posto anterior (rebarbação), fazendo com que o funcionário se ausente do seu setor
A capacidade produtiva da pintura é superior aos demais setores e a capacidade produtiva nominal da linha de pintura é de 600 rodas por dia, um número o qual nunca se chegou próximo por não ter demanda e nem estoque intermediário para testar essa capacidade, além disso esse posto está trabalhando com a produção contra pedido, deixando de ser em série, por isso os lotes de produção são desfeitos.
O posto de trabalho 7- No momento em que a roda finaliza o processo da pintura, a mesma segue para o setor de embalagem através de um carrinho. Porém ao seguir para embalagem, existe um caminho que passa no meio do processo da pintura. O funcionário costuma-se abaixar para não interferir no processo levando as rodas finalizadas para o setor de embalagem. O que pode ocasionar danos nas próprias rodas, e também acidente de trabalho.
1.1.25. Proposição de Melhorias
Dados os pontos críticos acima, sugerimos duas melhorias no processo produtivo.1- Usinagem, estanqueidade E furação trabalhando em célula, tornando-se apenas um posto de trabalho. Utilizando apenas um operador, assim o segundo operador pode ser realocado em uma outra operação.
2- Rebarbação e acabamento se unindo e formando um único posto de trabalho, os operadores desses postos integraram as atividades do outro, formando duas linhas de produção em paralelo, ou seja, soma-se seus tempos de ciclo e entrega-se 2 produtos por ciclo.
48
Novo fluxograma proposto:
49
50
51
Figura 19: Fluxograma proposto
Posto 1: Fundição (Forno)
Posto 2: Fundição (Baixa Pressão)
Posto 3: Usinagem
Posto 4: Rebarba
Posto 5: Pintura
Posto 6: Embalagem
Início
1
2
3
4
5
6
Fim
Figura 20: Fluxograma proposto por postos
52
Novos mapofluxograma propostos:
Figura 21: Mapofluxo proposto Empresa e Fábrica
53
Figura 22: Etapa de fundição
Figura 23: Etapa Usinagem, acabamento e pintura
No novo mapofluxograma existe uma alteração no posto da pintura, em que no antigo o
transporte das rodas se cruza com o processo da pintura. No atual foi feita uma
alteração para que esse processo não ocorra, fazendo com que a etapa final da pintura
54
siga com a roda posta no objeto de transporte levando para o setor de embalagem.
Com esse novo layout a produção fica mais dinâmica, com menos chances de que
ocorra um acidente, assim como evitando danos nas peças.
1.1.26. Avaliação da capacidade produtiva
A capacidade produtiva é a quantidade máxima de produtos e serviços que podem ser
produzidos em uma unidade produtiva e intervalo de tempo. O gargalo é o posto que
possui a menor capacidade efetiva comparado com os outros postos da linha de
produção, o que limita a capacidade produtiva.
De acordo com o nosso objetivo de trabalho que é aumentar a capacidade produtiva,
avaliaremos os postos de trabalho para a produção do nosso produto classe A para
identificarmos o gargalo do nosso sistema.
Como a linha de produção é feita de acordo com o posto de menor capacidade, a
identificação do posto do gargalo é muito importante para a produção da empresa, pois
passará a produzir mais e de uma forma mais econômica e rápida. Este fator impactará
no aumento de volume produzido, o que resulta pode resultar em um aumento de
vendas e de captação de novos clientes por terem mais produtos à venda.
55
Figura 24: Layout da Fábrica – Posto de Trabalho proposto
1.1.27. Medição de Capacidade dos postos
Para medirmos a capacidade de cada posto é necessário verificar qual é o ciclo de
cada um, medir seus tempos de ciclo, verificar quantas unidades são produzidas por
ciclo e calcular a taxa máxima de produção utilizando a seguinte formula.
Esse setup nada mais é do que a programação das máquinas para os pedidos, de
acordo com as informações que precisam ser impressas, cores, tamanhos das caixas e
locais de corte. Nos casos onde o setup não existe, como na colagem por exemplo, a
capacidade é encontrada dividindo-se o volume pelo tempo de ciclo. Mas, como todos
os pedidos precisam de setup nesses postos (riscadoras e impressoras), e o tamanho
dos lotes são variáveis, a capacidade máxima dos postos de trabalho é uma função do
tamanho do lote. Segue a demonstração desta relação:
56
Taxa=Unidadede tempoT Ciclo❑
x volume∏ . por ciclo
Utilizando o tempo de ciclo em minutos, e buscando uma taxa de produção por hora a
formula fica:
Taxa(undh
)= 60T Ciclo(min)❑
x volume∏ . por ciclo
Caso o tempo de setup e seja relevante, devemos verificar se existe uma frequência
para este setup, se sim, devemos incorpora-lo aos tempos de ciclo, para isto é
necessário utilizar uma unidade de tempo grande o suficiente que possibilite enxergar
esta periodicidade e calcular a taxa para esta unidade.
No caso do posto de trabalho usinagem e do posto furação e estanqueidade, a cada
troca de modelo se faz setup, parando a produção por este tempo. É feito em média,
uma troca de modelo por dia, ou seja, um setup. Este setup tem um tempo médio de 40
minutos. Utilizando como exemplo o posto de furação e estanqueidade o tempo de ciclo
medido anteriormente era de 2,6 minutos, que gerava uma taxa de 22,9 peças por hora,
com um turno de 8,8 horas tínhamos uma taxa de produção diária de 202 peças.
Como o setup é relevante alteramos o ciclo para 1 dia, com uma taxa horária de 22,9
produzindo durante 8,1 horas obtemos 186 peças, as 0,7 horas restantes são
dedicadas ao setup. Com isso temos uma taxa horária corrigida para 21 peças, o que
não ocorre fisicamente, mais é uma modelagem matemática válida. A forma correta de
se expressar a capacidade produtiva para este setor é utilizando a taxa diária de 186
peças/ dia. Analogamente o mesmo cálculo é feito para o posto de trabalho usinagem,
veja abaixo a capacidade dos postos de trabalho.
Posto N. OP Horas de trabalho (h)
Taxa de produção por hora
Tempo de Setup (min)
Tempo de Ciclo (min)
Und por ciclo
Capacidade produtiva: Taxa de produção
diária
Posto 1 Fundição - Forno 1 16 138 - 60 13,4 2200
57
Posto 2 Fundição - Baixa Pressão 1 21,6 14 - 4,4 1 292Posto 3 Usinagem 2 8,8 22 40 2,5 1 197Posto 4 Estanqueidade e furação 1 8,8 21 40 2,6 1 186Posto 5 Rebarbação 1 8,8 15 - 4,2 1 128Posto 6 Acabamento 1 8,8 19 - 3,2 1 168Posto 7 Pintura 3 8,8 600* - - - 600Posto 8 Embalagem 1 8,8 24 - 90 40 208
Tabela 7: Capacidade produtiva atual
* A pintura não está produzindo em série, neste setor os lotes são quebrados e os modelos são
pintados contra pedidos, ou seja, evita se ao máximo a estocagem de produtos acabados, prefere-se
manter um estoque de produtos intermediários antes da pintura. Essa decisão tem a ver com o
problema financeiro que a empresa passa, onde tem-se baixo capital de giro, ao pintar um produto há
uma diferenciação no modelo, se houver erro na programação da pintura ou se estimativa de
demanda não se cumprir, criamos estoque, e teremos o capital de giro empregado a um produto que
demorará um tempo maior para gerar faturamento ou talvez não gere, neste tempo perde-se capital à
taxa de juros que este capital foi emprestado. Analogamente a mudança da planta tipo V na planta
Tipo Y, onde posterga-se a decisão da transformação para o ponto onde se tem maior certeza da
demanda, A ferraro atrasa a decisão de transformação mas considera que o cliente aceita esperar o
produto ser pintado e embalado. Por tal motivo, não foi possível medir sua real capacidade e
utilizamos a capacidade nominal da linha.
Novas capacidade com as alterações dos postos de trabalho
Com as proposições de melhorias, unindo a rebarbação com o acabamento
aumentamos a capacidade de produção, sendo agora um posto só, não teremos mais a
ociosidade do operador do posto acabamento, pois este operador não trabalhará mais
no ritmo da rebarbação. Aumentamos o tempo de ciclo para 7,3 minutos, porém o setor
agora entrega 2 produtos a cada ciclo.
Quanto a melhoria da usinagem, não nos deu um retorno em aumento de capacidade,
reduzimos um operador que pode vir a cumprir outras etapas do processo. A tabela
abaixo exibe as taxas de produção, número de operadores, tempos de setup e de ciclo,
e as capacidades produtivas de cada posto.
58
Posto N. OP Horas de trabalho (h)
Taxa de produção por hora
Tempo de Setup (min)
Tempo de Ciclo (min)
Und por ciclo
Capacidade produtiva: Taxa de produção
diária
Posto 1 Fundição - Forno 1 16 137,5 - 60,0 1 2200Posto 2 Fundição - Baixa Pressão 1 21,6 13,5 - 4,4 1 292Posto 3 Centro de Usinagem 1 8,8 21,1 40 2,6 1 186Posto 4 Rebarbação e Acabamento 2 8,8 16,4 - 7,3 2 144Posto 5 Pintura 3 8,8 600* - - 1 600Posto 6 Embalagem 1 8,8 23,6 - 90,0 1 208
Tabela 8: Capacidade produtiva proposta
1.1.28. Identificação do posto gargalo
O posto gargalo, é o posto com menor capacidade produtiva, é posto que dita a
capacidade produtiva da linha, é neste que devemos focar nossos esforços de
melhoria, aumentado sua produtividade, e utiliza-la para aumento da capacidade
produtiva da linha. Segue o gráfico abaixo com a capacidade produtiva de cada posto
na configuração atual.
Posto 1 Posto 2 Posto 3 Posto 4 Posto 5 Posto 6 Posto 7 Posto 8
2200 292 197 186 128 168 600 208
Capacidade Produtiva dos Postos - Cenário AtualPeças/dia
59
Gráfico 1: Capacidade produtiva atual
De acordo com o gráfico acima, chegamos à conclusão que o posto 5 (rebarbação) é o
gargalo desta linha. Está linha tem uma capacidade de produção de 128 peças por dia.
sabido que a capacidade da linha é igual a capacidade do seu gargalo.
Identificação do gargalo com as melhorias propostas
Dada as alterações nos postos de trabalhos e como consequência alterações nas
capacidades produtivas, segue o gráfico com as capacidades produtivas de cada posto:
Gráfico 2: Capacidade produtiva proposta
De acordo com o gráfico acima, chegamos à conclusão que o posto 4 (rebarbação e
Acabamento) é o gargalo desta linha. Está linha tem uma capacidade de produção de
144 peças por dia, sabido que a capacidade da linha é igual a capacidade do seu
gargalo.
60
Posto 1 Posto 2 Posto 3 Posto 4 Posto 5 Posto 6
2200 292 186 144 600 208
Capacidade Produtiva - Novos PostosPeças/dia
1.1.29. ANÁLISE DO POSTO GARGALO
O posto gargalo analisado na produção das rodas Ferraro diamantadas foi o de rebarba
e acabamento. O nosso objetivo a partir da descoberta do gargalo é realizar um projeto
de melhoria para aumentar a capacidade produtiva. Com estas análises utilizaremos a
ideia de que o aumento da capacidade produtiva de um sistema pressupõe um
aumento de capacidade do seu gargalo, sendo a taxa de produção do sistema como a
taxa de produção do seu gargalo.
Portanto será feito um detalhamento do posto gargalo e, após isto utilizaremos os
instrumentos como gráfico das atividades, gráfico das mãos e o princípio de economia
de movimentos.
Em seguida será realizada uma lista com os pontos críticos que facilitará na análise do
posto gargalo onde estes serão destacados de forma decrescente. Ou seja, os itens
analisados que possuem maior impacto na capacidade produtiva para os itens que
possuem pouco impacto. Desta forma, os estudos que serão feitos a partir de agora
terão como base o posto gargalo e -os pontos críticos identificados servirão como base
para o desenvolvimento de um projeto para aumentar a capacidade.
1.1.30. Descrição do posto gargalo
No processo de produção existem os gargalos que, são todos os pontos destacados
dentro de um sistema que limitam a capacidade final de uma produção. Deste modo
devemos analisar a quantidade de produtos disponibilizados ao cliente em um
determinado intervalo de tempo. A análise do posto gargalo foi feita em dois horizontes.
O primeiro sendo rodas irregulares, ou seja, as que chegam na etapa rebarba em um
estado inferior ao desejável tornando mais trabalhoso a execução da atividade.
61
Enquanto a outra análise foi feita através de rodas que necessitam ser rebarbadas,
porém possuem poucas imperfeições e se enquadram dentro dos padrões normais.
Desta forma, serão descriminados os perfis dos trabalhadores do posto gargalo. Ou
seja, quantos trabalhadores fazem parte, suas idades, nível de escolaridade, as
operações realizadas neste posto, o ambiente em que são inseridos. Lembrando que
isto está de acordo com o objetivo de aumentar sua produtividade.
Ferramentas:
São seis ferramentas utilizadas ao total, a lixadeira, lixadeira cinta, lima bastarda e
chata, talhadeira, broca em T e micro retifica.
1) A Lixadeira tem a função de lixar a roda, afim de deixar todo o equipamento com
uma superfície uniforme, fazendo com que a pintura seja absorvida e fixada ao
material. Esta ferramenta é utilizada na etapa de rebarbação.
2) A Lixadeira cinta também é usada na rebarbação com o objetivo de uniformizar a
superfície da roda, porém nas partes menores e interiores da roda.
3) A lima bastarda e chata são usadas na etapa da rebarba afim de retirar o
excesso de material nas janelas.
62
4) A talhadeira também é usada para retirar as rebarbas, porém é usada para
retirar o excesso do material mais espeço que ficam na parte interior da roda.
5) A Broca em T tem função principal de furar o material. O funcionário da Ferraro
utiliza no furo de fixação.
6) A Micro retifica é utilizada na etapa de acabamento. Suas funções são de furar,
fresar e lixar.
63
Turno de Trabalho:
A jornada de trabalho na fábrica é de 44 horas semanais, das 06h00min às 15h48min
de segunda a sexta, possuindo uma hora de almoço/descanso, que se dá em um amplo
refeitório localizado na parte da frente da fábrica. Os trabalhos são realizados em um
único turno.
Treinamento e Rotatividade:
Todos os funcionários recém-contratados passam por um período de experiência de 1
semana na embalagem, para conhecer a linha de produtos oferecidos pela empresa.
Perfil dos Trabalhadores:
Operador 1 Operador 2
Gênero Masculino Masculino
Idade (anos) 70 40
Tempo de casa (anos) 20 7
ReclamaçõesDores nas pernas, lombar, no
punho, ombro e cervical Dores nas pernas, cervical,
lombar e pescoçoTabela XX: Perfil dos trabalhadores
Remuneração:
Atualmente não existe nenhum sistema de bônus, prêmios por meta, ou algo do tipo.
Havia um prêmio de R$100,00 para todos os funcionários da manufatura caso
alcançassem a meta, mas essa pratica não tem sido mantida. O sistema de
64
remuneração é o CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas). Porém a empresa
disponibiliza alguns benefícios a todos colaboradores:
Vale alimentação no valor de R$60,00 (caso não tenha mais de 3 atrasos no mês)
Seguro de vida;
Plano odontológico;
Área de descanso;
Vestiário;
Higiene e Segurança no Trabalho (HST) e Ergonomia:
A higiene e segurança no trabalho é importante para a empresa, pois previne com que
os empregados desenvolvam doenças, eliminando ou reduzindo os riscos profissionais.
A segurança do trabalho tem o objetivo de combater os acidentes de trabalho,
eliminando as condições inseguras do ambiente educando os trabalhadores a utilizarem
equipamentos e serem prudentes quanto as suas ações dentro da fábrica, evitando
acidentes.
A ergonomia permite a adaptação das condições de trabalho as características
psicofisiológicas dos trabalhadores, com o objetivo de proporcionar um maior conforto e
segurança para o trabalhador.
A condição de trabalho do posto gargalo inclui aspectos relacionados ao transporte das
rodas até o ponto da rebarba, aonde o operador precisa se deslocar para o palete
(onde ficam estocadas as rodas após a etapa de usinagem) e retira duas unidades de
rodas para trabalhar em cima das mesmas. Ao executar esta etapa, o operador carrega
as rodas com suas mãos forçando sua coluna. Após esta etapa ele realiza toda
atividade da rebarba em pé, sem ter um apoio para os pés e um assento para poder
descansar. Neste momento, não é utilizado máscaras para prevenir o cheiro de óleo
que vem da usinagem como também, tampão de ouvido para isolar o ruído da fábrica.
A mão que é utilizada para segurar as máquinas não possui luva, ficando desprotegida
podendo ter altos danos em caso de acidentes. A posição do corpo ao realizar a
65
atividade fica inclinada para frente causando dores na lombar e cervical. Ao manusear a
ferramenta broca em T, o operador faz movimentos de rotação repetitivos prejudicando
os ombros e punho.
Na etapa de acabamento o operador também fica posicionado e realiza a operação em
pé, sem nenhum apoio para os pés e assento para descanso. Causando dores nas
pernas, lombar, cervical e pescoço. A luva utilizada não se encontra em perfeito estado,
podendo causar grandes danos caso aconteça algum acidente.
Planejamento e Controle da Produção:
A ordem de produção é emitida diariamente ao chão de fábrica. Segundo o dono da
fábrica a determinação da capacidade de produção está diretamente ligada ao
departamento comercial, responsável pelas vendas. A fábrica possui um grande
número de clientes que são sazonais e um pequeno grupo de clientes fixos
responsáveis pela maior parte da produção e faturamento da empresa, se alinhando ao
princípio de Pareto.
Outro ponto que impacta diretamente no planejamento da produção é a disponibilidade
de matéria-prima que nem sempre se encontra disponível no momento necessário.
Como já foi abordada anteriormente, a matéria-prima destinada as fábricas de
embalagens é na realidade a “sobra” do papelão que não foi utilizado pelas grandes
indústrias ou pelas próprias fábricas de papelão, ou seja, a matéria-prima obtida não é
produzida necessariamente para a fábrica de embalagens o que leva a imprecisão no
recebimento de insumos afetando o tempo de produção e no tempo de entrega do
pedido.
A fábrica possui uma gerente de produção responsável por coordenar o que será
produzido, ou não, em determinado momento, de acordo com as necessidades da área
comercial, bem como resolver problemas de parada de linha. Existem duas linhas de
produção: uma a esquerda e outra a direita da planta, contando com basicamente os
mesmos tipos de operações, mas com máquinas de portes diferentes. Os caminhões
66
descarregam a matéria-prima nos fundos da fábrica onde ela é estocada, e aguarda
ordem de produção. Depois da confecção das caixas, os produtos são paletizados,
alguns envolvidos em filme plástico, e então aguardam expedição sendo transportados
ao cliente final por caminhões próprios da empresa. Existe o desejo, por parte da
empresa, de terceirizar a expedição para trabalhar com custos variáveis que são mais
interessantes financeiramente, segundo o dono da empresa.
Qualidade:
[CONFERIR] Na Ferraro existe uma máquina Raio X que serve para o controle de
qualidade do material. Esta máquina detecta toda imperfeição do material antes que o
mesmo chegue na sua etapa final. Atualmente não está em uso, pois para que o
material passe por ela o mesmo demora um tempo e só é possível que passe apenas
uma máquina. Com isso algumas rodas chegam no processo final e são descartadas
por não possuírem uma qualidade exigida.
1.1.31. Gráfico das atividades
O gráfico das atividades expressa a divisão de série das operações em função do
tempo. Este gráfico serve de complemento, para a análise, junto com os gráficos feitos
anteriormente, como o fluxo do processo e mapofluxograma.
Este gráfico mostra a relação das atividades do posto gargalo junto com o tempo,
sendo necessário para verificação do aspecto dos movimentos e tempos e
implementação da engenharia de métodos. Esta análise será feita com um propósito de
avaliar a condição de eliminar os tempos de espera, afim de aumentar a capacidade
produtiva.
Portanto registramos todos os tempos das atividades realizadas pelo operador no posto
gargalo. Estas informações foram obtidas através de observações e medições de
tempo, além da utilização de vídeos das atividades.
Segue abaixo o gráfico das atividades do posto gargalo rebarbação e acabamento para
o método de rebarbação normal e com alto grau de rebarba (devido à fundição ruim).
67
68
0
50
100
150
200
250
3212
158
4
57
2
Grafico de Atividades - Rebarbação Normal
colocar na esteira
Rebarba traseira
Gira a roda
Rebarbando com a lima
Troca de ferramenta
Tirando a rebarba com a talhadeira
Pegar uma roda
Solução:
Com a unificação dos postos de trabalho rebarbação e acabamento, além da redução
das atividades redundantes, conseguimos reduzir o tempo de ciclo por unidade,
conforme mostra a seguir, nossa proposta de gráfico de atividades para ambos os
métodos.
69
0
50
100
150
200
250
300
350
3
127
5207
87
4
39
5
41
Gráfico de Atividades - Rebarbação com alto grau de rebarba
Limar as janelas
Trocar ferramenta e rebarba a parte interna e virar a roda
Lixar parte interna
Trocar ferramenta e posição da roda
Retirar rebarba da janela
Trocar ferramenta
Rebarbando furo de fixação
Procurar ferramenta
lixar lateral da roda
Pegar as duas rodas
10
30
60
90
120
150
180
210
240
270
300
330
360
390
420
450
3212
135
354
57
2202
98
2281111
Gráfico de Atividades - Rebarbação e Acabamento -Normal
Lixar beiralInspeção visualAcabar interior da rodaTroca de ferramentaAcabar a janelaTroca de ferramentaRebarbando furo de fixação Troca de ferramentaRebarba traseiraGira a rodaAcabamento da janela (frente)Rebarbando com a limaTroca de ferramentaTirando a rebarba com a talhadeiraPegar Uma roda
70
10
50
100
150
200
250
300
350
400
450
500
550
3
127
207
87
112
98
228
392
41
352311
Gráfico de Atividades Rebarbação e Acabamento - Alto grau de rebarba
Inspeção visual Vira a rodaTroca de ferramenta Acabamento da janela
(frente)Limar as janelas Trocar ferramenta Lixar parte interna Acabar interior da rodaTrocar ferramenta e posição da roda
Acabar a janela
Trocar ferramenta Lixar beiralRetirar rebarba da janela Trocar ferramenta Rebarbando furo de fixação lixar lateral da roda Pegar uma roda
Quadro Resumo
Tabela: Quadro Resumo Antes -Gráfico de atividades
71
Método: Rebarbação Normal
Operador Rebarbação
Operador Acabamento
Tempo de espera (s) 0 54tempo de operação(s) 247 193Tempo de ciclo (s) 247 247Utlização Percentual 100% 78%
Quadro Resumo Antes Método 1
Taxa de produção por hora Tempo de ciclo(s) Qtd. Por ciclo Taxa de produção (und/hora)
Antes Método 1 247 1 14,6Antes Método 2 338 1 10,7
Depois Método 1 431 2 16,7Depois método 2 518 2 13,9
Tabela 11: Cálculo Quantidade produzida (por hora)
Conclusão:
Antes a atividade de rebarbação e acabamento era realizada por divisão de tarefas e
eram produzidas 14,6 rodas no método normal e 10,7 no método para alto grau de
rebarba. Na solução proposta, cada operador realizará a tarefa do começo ao fim, sem
divisão de tarefas, para reduzir o tempo de espera. No novo arranjo, serão produzidas
16,7 rodas por hora no método normal e 13,9 rodas por hora no método para alto grau
de rebarba, aumentando a produtividade em aproximadamente 15% e 30%
respectivamente. Será necessário que cada operador obtenha sua lixadeira, suas
retificas, talhadeiras e abrasivos, o que será detalhado na fixa de projeto.
72
1.1.32. Gráfico das mãos
O gráfico das mãos tem como objetivo o detalhamento das tarefas e também, o valor
definido no treinamento dos operados em executar a atividade. Com isso serve para a
identificação de como a tarefa é executada e se está sendo da forma correta, podendo
ser melhorada através da padronização dos movimentos balanceando a utilização das
mãos.
São usados dois símbolos na construção deste gráfico. O círculo pequeno que indica o
transporte e um círculo maior que significa ações, como por exemplo, agarrar,
posicionar, usar, de um modo geral atividades que modificarão o material.
Um exemplo do processo que estamos analisando, o círculo menor seria quando o
operador realiza a troca de ferramentas. O círculo maior seria quando o mesmo realiza
a atividade da rebarba com a lixadeira, por exemplo.
Os movimentos com a mão direita são descritos ao lado direito da folha, enquanto o
esquerdo ao lado esquerdo da folha.
Os estudos são realizados afim de aumentar a capacidade produtiva sem afetar as
condições de saúde do funcionário. Desta forma, o aumento da capacidade pode ser
conseguido com o objetivo de evitar doenças, acidentes e afastamento dos
trabalhadores, evitando assim a queda e o ritmo da produção.
A partir do desenho do homem Vitruviano de Leonardo Da Vinci, entendemos e
demonstramos mais facilmente o estudo realizado do trabalho das mãos, pois ao
observar a figura detectamos que o corpo humano pode realizar movimentos circulares
e o corpo é aerodinâmico.
73
Figura XX: Homem Vitruviano (Leonardo da Vinci)
74
Operador 1 – Método Atual – Etapa de Rebarbação
75
O operador inicia a etapa da rebarbação seguindo até o pallet, onde ele pega duas
rodas com as duas mãos e transporta até a mesa de trabalho. Após de pegar a roda
com a sua mão direita ele segura a máquina lixadeira para iniciar o processo da retirada
da rebarba e com a mão esquerda ele gira a roda enquanto utiliza a ferramenta. Em
seguida, deita a roda com a mão esquerda e com a direita pega a ferramenta que
utilizará para o furo das rodas. Mantém segurando e girando a roda com a mão
76
esquerda enquanto a mão direita está utilizando a chave nos furos de fixação. Feito
isto, deposita na mesa a ferramenta em que estava manuseando e inverte o lado da
roda para poder trabalhar na parte inferior da roda. Com a mão direita pega a
talhadeira, com a esquerda segura esta ferramenta, com a direita pega o martelo e com
as duas gira a roda para ficar na melhor posição possível para ser trabalhado. Após
esta etapa, o trabalhador segura a talhadeira com a mão esquerda, enquanto martela
com a mão direita. O processo da talhadeira é executado nove vezes. Após ter usado a
talhadeira com a sua mão esquerda ele segura a roda, para poder em seguida apoiar a
roda com a mão direita e inverte o lado da roda com a mão esquerda. Com a mão
direita o rebarbador passa a lixadeira nas janelas do material, em seguida inverte o lado
da roda novamente e paga a Lima e em seguida deposita na esteira que segue direto
para o operador 2 na etapa de acabamento.
Operador 2 – Método Atual – Etapa do Acabamento
O operador 2 inicia a atividade pegando a roda com as duas mãos e a posiciona na
mesa.
Com a mão direita ele utiliza a máquina para o acabamento enquanto sua mão
esquerda gira a roda e serve como apoio. Feito isto, ele deita a roda com as duas mãos
77
para analisar se é necessário um novo reparo. Caso seja, ele faz novamente a etapa
em que utiliza a máquina para o acabamento. Em seguida com a sua mão esquerda
posiciona a roda em pé, com o interior para o seu lado. Esta ação é feita para o reparo
na parte do interior. Após isto a roda está pronta para seguir para a pintura.
Folha de Verificação
I. Materiais
1. Pode ser usado um material mais barato?
Não, pois o material utilizado para fabricação da roda é o alumínio. Quanto às
ferramentas é possível, porém seriam com baixa qualidade que precisariam ser
trocadas com mais frequência. Logo em um longo prazo não é vantajoso.
2. O material apresenta uniformidade e encontra-se em condições adequadas?
Sim. O material precisa estar em perfeitas condições para ser comercializado.
3. O peso, as dimensões e o acabamento do material são tais que resultem em
maior economia global?
Sim. O material é feito com alumínio derretido como também, utilizam rodas com
defeitos, sucatas de alumínio para fundir no forno. Havendo um reaproveitamento do
material.
4. O material é utilizado de maneira integral?
Não. Durante o processo de fabricação há refugos.
5. Algum uso pode ser dado aos refugos e às peças rejeitadas?
Sim. O refugo é reutilizado para uma nova roda. O mesmo é levado para o forno e o
processo de fabricação da roda é feito novamente.
6. O estoque de material e de peças em processo pode ser reduzido?
Não. Pois a quantidade está relacionada com o pedido.
II. Manuseio de materiais
1. Pode-se reduzir o número de vezes que o material é movimentado?
78
Sim. Na operação de rebarbação e acabamento da roda o operador troca de
ferramentas com muita frequência, além de girar com uma mão a roda e a outra
operar.
2. Pode-se encurtar a distância percorrida?
Sim. As rodas ficam a uma distância não muito próxima do operador da rebarba
fazendo com que ele se desloque para buscar duas rodas por vez.
3. Os pallets para movimentação dos materiais são adequadas? Suas condições de
limpeza são aceitáveis?
Sim. Estão em condições adequadas ao processo.
4. Existe espera na entrega do material para o operador?
Sim, caso o material ainda esteja em outro processo de fabricação. Como por
exemplo, o operador do acabamento espera as rodas da rebarba. Seu tempo de
execução do trabalho é menor do que a rebarba.
5. Pode o operador ser aliviado do transporte de materiais pelo emprego de
transportadores?
Sim. Os funcionários direcionam os matérias através de paletes para os postos da
fábrica.
6. Pode-se reduzir ou eliminar os transportes desnecessários?
Sim, Podemos reduzir o transporte mudando o fluxo do processo de fabricação.
7. Será possível a eliminação da necessidade de movimentação de materiais através
de um rearranjo dos locais de trabalho ou através de combinações de operações?
Sim, seria possível com a combinação de operações. Neste caso, a junção das
atividades de rebarba com a de acabamento.
III. Ferramentas, dispositivos e gabaritos.
1. As ferramentas empregadas são as mais adequadas para este tipo de trabalho?
Não.
2. Estão as ferramentas em boas condições?
Sim.
3. Possuem as ferramentas de usinagem ângulos de corte corretos e são afiadas em
uma ferramenta centralizada?
79
Não se aplica.
4. Podem ser introduzidos novas ferramentas ou dispositivos de tal forma que possa
ser usado um operador menos qualificado na execução da tarefa?
Sim.
5. No uso de ferramentas e dispositivos, ambos as mãos são empregadas em
trabalhos produtivos?
Sim, na maioria dos casos.
6. Podem-se usar alimentadores automáticos, ejetores, morsas, etc.?
Não.
7. Pode-se simplificar o projeto do produto?
Sim
IV. Maquina
1. Preparação
i. A máquina deve ser preparada pelo próprio operador?
Não se aplica.
ii. Pode-se reduzir o número de preparações empregando-se lotes econômicos?
Não se aplica.
iii. Existe espera para obtenção de desenhos, ferramentas e calibres?
Não se aplica.
iv. Há espera para se inspecionarem as primeiras peças produzidas?
Não se aplica.
2. Operação
i. Pode-se eliminar a operação?
Não. A rebarba e acabamento são operações do processo de fabricação da roda.
ii. Pode-se combinar operações?
Sim.
iii. Pode-se aumentar a velocidade de corte?
80
Sim.
iv. Pode-se empregar alimentação automática?
Sim.
v. Pode-se dividir a operação em duas ou mais operações mais simples?
Não. O método já é simplificado.
vi. Podem duas ou mais operações ser combinadas em uma única? Considere o
efeito de tais combinações no período de treinamento dos operários?
Não
vii. Pode-se mudar a sequência de operações?
Não.
viii. Podem-se reduzir os refugos e as perdas?
Não
ix. Pode a peça ser preposicionada para a operação seguinte?
Sim.
x. Pode-se reduzir ou eliminar as interrupções?
Sim.
xi. Pode-se combinar uma operação com uma inspeção?
Sim.
xii. As condições de manutenção da máquina são adequadas?
Não se aplica.
V. Operador
1. O operador é qualificado física e mentalmente para a execução da operação?
Sim.
2. Pode-se eliminar fadiga desnecessária através de uma mudança nas
ferramentas, nos dispositivos, no arranjo físico ou nas condições de trabalho?
Sim.
3. É o salário adequado para tal espécie de trabalho?
Sim.
81
4. A supervisão é satisfatória?
Sim.
5. Pode a eficiência do operador ser aumentada por instrução complementar?
Sim. Método de Bonificação por aumento na produção.
VI. Condições de Trabalho
1. As condições de iluminação, calor e ventilação são satisfatórias para este
trabalho?
Iluminação: sim; Calor: Não; Ventilação: Não.
2. Os vestiários, armários, sanitários etc., são adequados?
Sim.
3. Há risco desnecessário na execução da operação?
Não.
4. O operador pode trabalhar alternadamente sentado e em pé?
Não, somente em pé.
5. O período de trabalho e os intervalos para descanso são tais que proporcionem
maior economia?
Não.
6. A conservação e limpeza da fábrica são satisfatórias?
Não.
Conclusão:
O gráfico das mãos foi desenvolvido para os dois operadores com as suas respectivas
atividades para rebarba e acabamento.
Conseguimos observar que o operador 1 se desloca até o pallet para pegar as duas
rodas por vez com as duas mãos, para poder então trabalhar nelas. A execução do
trabalho é feita em uma roda de cada vez. Com a maioria das rodas ele utiliza a mão
direita para trabalhar e a mão esquerda como apoio e para girar a roda.
O operador 2 utiliza também a mão direita para executar a atividade junto com a
ferramenta, enquanto a mão esquerda serve para apoio e girar a roda.
82
1.2. Princípio da economia dos movimentos (PEM)
A administração científica é um modelo de administração que foi criado pelo americano
Frederick Winslow Taylor no fim do século XIX e início do século XX. Tem como base a
aplicação do método científico na administração garantindo o melhor custo/benefício
para os sistemas produtivos.
O objetivo de Taylor era achar uma forma que elevasse o nível de produtividade
fazendo com que o trabalhador tenha uma produção maior, porém em um menor tempo
sem elevar o custo da produção. Na época em que Taylor iniciou com sua teoria e a
implementação, observou a falta de padronização dos métodos de trabalho, a falta de
conhecimento dos administradores do trabalho que os operários realizavam e a forma
de remuneração utilizada, esses foram os principais tópicos encontrados por Taylor
como falha.
Os princípios de economia de movimentos, o PEM, consistem em uma lista com
premissas que permitem a análise dos movimentos de um operador no seu posto de
trabalho, objetivando a melhoria da eficiência reduzindo a fadiga dos trabalhos
manuais. Além disso, ajuda a projetar um novo método de trabalho.
O PEM possui 22 premissas subdivididas em três partes. São elas a de localização do
trabalho, a relação do uso do corpo humano e projetos de equipamentos/ferramentas.
Segundo as informações e observações obtidas através do estudo e informações
coletadas produzimos uma tabela, que contém as 22 premissas, com as subdivisões se
atendem, não se aplica ou violam. A partir desta podemos verificar se os itens violados
serão identificados como pontos críticos, podendo ser excluídos, melhorados ou
reduzidos. Tendo em vista que todas essas análises foram feitas para o posto gargalo,
ou seja, a rebarba e acabamento.
Segue tabela (PEM) do posto gargalo abaixo:83
Atividades do Operador 1 (atividade da rebarba):
Princípios de Economia dos Movimentos
Princípios de Economia dos Movimentos relacionados com o uso do corpo humano
Princípio Atende Viola Não se aplica
1. As duas mãos devem iniciar e terminar seus movimentos no mesmo instante.
‘x
2. As duas mãos não devem permanecer inativas ao mesmo tempo, exceto durante os períodos de descanso.
x
3. Os movimentos dos braços devem ser realizados em direções opostas e simétricas, devendo ser feitos simultaneamente.
x
4. Deve ser empregado o movimento manual que corresponda a classificação mais baixa de movimentos e com o qual seja possível executar satisfatoriamente o trabalho
x
5. Deve-se empregar a quantidade de movimento para ajudar o trabalhador quando possível devendo ser reduzida ao mínimo nos casos em que tiver de ser vencida pelo esforço muscular
x
6. Os movimentos suaves, curvos e contínuos das mãos são preferíveis aos movimentos em linha reta que necessitem de mudanças bruscas de direção.
x
7. Os movimentos parabólicos são mais rápidos, mais fáceis e mais precisos do que os movimentos restritos ou "controlados".
x
84
8. O trabalho deve ser disposto de modo a permitir ritmo suave e natural sempre que possível
x
9. Fixação dos olhos deveriam ser reduzidas a um mínimo e se encontrarem tão próximas entre si quanto possível
x
Princípios de Economia dos Movimentos relacionados com o local de trabalho
10. Deve existir lugar definido e fixo para todas as ferramentas e materiais
x
11. Ferramentas, materiais e controles devem se localizar perto do local de uso.
x
12. Deverão ser usados depósitos e alimentadores por gravidade para distribuírem o material mais perto do local de uso
x
13. A distribuição da peça processada deve ser feita por gravidade sempre que possível
x
14. Materiais e ferramentas devem ser localizados de forma a permitirem a melhor sequencia de movimentos
x
15. Devem-se providenciar condições adequadas para a visão. A boa iluminação é o primeiro requisito para a percepção visual satisfatória
x
16. A altura do local de trabalho e da banqueta que lhe corresponde deve ser tal que possibilite ao operário trabalhar alternadamente em pé e sentado, tão facilmente quanto possível.
x
17. Deve-se fornecer a cada trabalhador uma cadeira do tipo e de altura tais que permitam boa postura
x
Princípios de Economia dos Movimentos relacionados como projeto de ferramentas e equipamentos
18. As mãos devem ser aliviadas de todo o trabalho que possa ser executado mais convenientemente por um dispositivo, um gabarito ou um mecanismo acionado a pedal.
x
19. Quando possível deve-se combinar duas ou mais ferramentas
x
85
20. As ferramentas e os materiais devem ser pré-colocados sempre que possível
X
21. Nos casos em que cada um dos dedos executa um movimento específico, como na datilografia, a carga deve ser distribuída de acordo com as capacidades intrínsecas de cada dedo.
x
22. Devem-se localizar alavancas, barras cruzadas e volantes em posições tais que o operador possa manipulá-los com alteração mínima da posição do corpo e com a maior vantagem mecânica.
x
Conclusão:
A verificação dos princípios de economia dos movimentos foi aplicada as atividades do
1º operador (rebarbação) e do 2° operador (acabamento). Segue um resumo das
principais violações e necessidades das atividades.
As ferramentas não ficam dispostas dentro do raio de ação dos braços,
impossibilitando movimentos curveos, as ferramentas ficam numa prateleira em
baixo da mesa de trabalho
Não existe utilização da gravidade para ajudar na disposição de material em
nenhum momento;
Não existe cadeira ou banqueta para alternância de posição do operador;
Os movimentos não iniciam no mesmo momento nem existe simetria em sua
maioria, sendo que uma das mãos serve de suporte, apenas segurando as
caixas, na maior parte do tempo;
Não foram observados movimentos parabólicos;
1.3. Hierarquização
86
Após a análise do gargalo, da verificação das ferramentas utilizadas no gráfico das
atividades, o gráfico das mãos e o princípio de economia do movimento (PEM) foi
construído uma lista com os pontos críticos.
A lista feita irá orientar o desenvolvimento dos projetos que serão realizados
posteriormente no próximo capítulo. Desta forma o objetivo permanece sendo o
aumento da capacidade produtiva com a restrição na linha do posto gargalo. Portanto, o
aumento da capacidade do gargalo aumentará a capacidade do sistema todo.
A organização da listagem será conforme a hierarquização dos pontos críticos de forma
qualitativa em ordem decrescente de relevância do impacto para o trabalho realizado
para o operador.
Segue abaixo a listagem dos pontos críticos:
1. O posto de trabalho acabamento tem a rebarbação como sua predecessora, como
sua capacidade produtiva é superior ao do posto anterior grande parte do tempo o
operador fica ocioso. Temos um problema do ponto de vista da organização do trabalho
pois o operador da rebarbação acaba por trabalhar em um ritmo acelerado, sem
pausas, tende a fadigar. Do ponto de vista de capacidade produtiva temos um problema
ainda mais grave, pois a rebarbação é o gargalo e deixamos de aproveitar um operador
ocioso para aumentar a produtividade.
2. Com alguma frequência, a fundição da roda sai com excesso de rebarba, isto porque
há uma diferença de altura entre o macho e a matriz do molde, o que possibilita que o
alumino em estado líquido penetre nesta região e se solidifique, formando uma capa de
rebarba. Esse problema tem grande impacto no setor de rebarbação, o operador
precisa fazer uso de martelo e talhadeira para retirar esse excesso de material o que
aumenta muito o tempo de ciclo da operação.
3. O Gargalo fica parado durante uma hora no horário do almoço, perdendo uma hora
de produção para toda a linha.
87
4. Os tornos CNCs, utilizam um óleo para lubrificar as peças, esse óleo depois de
processado acaba por vazar no chão, o que gera um mal cheiro e piso molhado.
5. Não existe nenhum sistema de bônus, prêmios por meta, ou algo do tipo.
6. O trabalho no posto de rebarbação é extremamente repetitivo, o que pode vir a
acarretar fadiga, desestimulo da execução do trabalho e uma lesão por esforço
repetitivo, pelo fato de não haver um rodízio de pessoas para amenizar essa situação,
pois sempre são os mesmos funcionários que as executam. Violação ao P.E.M: Há
violações ao princípio de movimentos ao observar a postura do operador que trabalha
todo o tempo de pé e não utiliza as mãos todo o tempo do processo de acabamento,
com movimentos opostos, simétricos e não simultâneos.
7. Não há uma emissão de ordem de produção especifica para o setor de rebarbação,
às vezes, o próprio funcionário decide a ordem por facilidade de trabalho ou o PCP
pede para dar prioridade a um certo modelo.
8. O operador da rebarbação cruza os braços na hora de pegar algumas ferramentas;
9. As ferramentas não ficam dispostas dentro do raio de ação dos braços,
impossibilitando movimentos curveos, as ferramentas ficam numa prateleira em baixo
da mesa de trabalho. (Rebarbação)
10. O operador precisa movimentar a roda muitas vezes usando sua força física para
move-la e mantê-la em varias posições;
11. O Pallet com as rodas poderia estar mais próximo ao operador;
12. Não existe cadeira ou banqueta para alternância de posição do operador;
88
13. Os movimentos não iniciam no mesmo momento nem existe simetria em sua
maioria, sendo que uma das mãos serve de suporte, apenas segurando a roda, na
maior parte do tempo;
14. Não foram observados movimentos parabólicos;
15. Não existe ajuda da gravidade em nenhum momento, apesar de as rodas serem
pesadas para serem movimentados muitas vezes por dia;
16. O operador, muitas vezes, se curva para alcançar determinadas posições da roda;
17. O operador perde alguns segundos para localizar algumas ferramentas.
(Rebarbação)
1.3.1. Validação
Feito o levantamento dos pontos críticos abordados na descrição do posto gargalo, no
gráfico das atividades, no gráfico das mãos, na tabela de atividades e movimentos e o
questionário do capítulo 9 do livre tempo e movimentos, iremos fazer uma lista de
prioridades.
Lista de Prioridades:
Prioridade I
1. O posto de trabalho acabamento tem a rebarbação como sua predecessora, como
sua capacidade produtiva é superior ao do posto anterior grande parte do tempo o
operador fica ocioso. Temos um problema do ponto de vista da organização do trabalho
pois o operador da rebarbação acaba por trabalhar em um ritmo acelerado, sem
pausas, tende a fadigar. Do ponto de vista de capacidade produtiva temos um problema
89
ainda mais grave, pois a rebarbação é o gargalo e deixamos de aproveitar um operador
ocioso para aumentar a produtividade.
Prioridade II
3.O Gargalo fica parado durante uma hora no horário do almoço, perdendo uma hora de produção para toda a linha.
Prioridade III
8. O operador da rebarbação cruza os braços na hora de pegar algumas ferramentas;
9. As ferramentas não ficam dispostas dentro do raio de ação dos braços,
impossibilitando movimentos cúrveos, as ferramentas ficam numa prateleira em baixo
da mesa de trabalho. (Rebarbação)
10. O operador precisa movimentar a roda muitas vezes usando sua força física para
move-la e mantê-la em várias posições;
13. Os movimentos não iniciam no mesmo momento nem existe simetria em sua
maioria, sendo que uma das mãos serve de suporte, apenas segurando a roda, na
maior parte do tempo;
15. Não existe ajuda da gravidade em nenhum momento, apesar de as rodas serem
pesadas para serem movimentados muitas vezes por dia;
16. O operador, muitas vezes, se curva para alcançar determinadas posições da roda;
17. O operador perde alguns segundos para localizar algumas ferramentas.
(Rebarbação)
11. O Pallet com as rodas poderia estar mais próximo ao operador;
12. Não existe cadeira ou banqueta para alternância de posição do operador;
Prioridade IV
2.Com alguma frequência, a fundição da roda sai com excesso de rebarba, isto porque
há uma diferença de altura entre o macho e a matriz do molde, o que possibilita que o 90
alumino em estado líquido penetre nesta região e se solidifique, formando uma capa de
rebarba. Esse problema tem grande impacto no setor de rebarbação, o operador
precisa fazer uso de martelo e talhadeira para retirar esse excesso de material o que
aumenta muito o tempo de ciclo da operação.
Prioridade V
5. Não existe nenhum sistema de bônus, prêmios por meta, ou algo do tipo.
Prioridade VI
4. Os tornos CNCs, utilizam um óleo para lubrificar as peças, esse óleo depois de
processado acaba por vazar no chão, o que gera um mal cheiro e piso molhado
6. O trabalho no posto de rebarbação é extremamente repetitivo, o que pode vir a
acarretar fadiga, desestimulo da execução do trabalho e uma lesão por esforço
repetitivo, pelo fato de não haver um rodízio de pessoas para amenizar essa situação,
pois sempre são os mesmos funcionários que as executam. Violação ao P.E.M: Há
violações ao princípio de movimentos ao observar a postura do operador que trabalha
todo o tempo de pé e não utiliza as mãos todo o tempo do processo de acabamento,
com movimentos opostos, simétricos e não simultâneos
.
1.3.2. PROJETOS PARA O AUMENTO DA PRODUTIVIDADE
Depois de fazermos uma análise detalhada do posto gargalo, conseguimos definir quais
são os seus pontos críticos através da análise de Segura e Higiene do Trabalho, do
gráfico das mãos, gráfico das atividades e princípios de economia de movimentos.
Esta etapa permite apresentar projetos que objetivam atacar e solucionar os pontos
críticos afim de aumentar a capacidade produtiva do posto gargalo que por
consequência, aumentará toda a capacidade do sistema produtivo. Desta forma,
91
apresentaremos projetos em três categorias. São elas: Projeto de Engenharia de
Métodos, Projeto de automação e projeto livre.
Projeto de Engenharia de Métodos:
Estes projetos serão utilizados como base as ferramentas da engenharia de métodos.
Os projetos com base neste, afetará diariamente o método do trabalho do produto
classe A, como também a modificação do Layout, uma nova forma da realização de
algumas atividades, a reorganização do horário, balanceamento de carga, entre outros.
Tudo isto com um objetivo de aumentar a capacidade do sistema produtivo.
Projeto de Automação:
Neste projeto serão realizadas as substituições de atividades manuais por máquinas,
como também aquisição de máquinas novas para substituir as máquinas que não
estejam operando de forma correta, ou máquinas que aglutinam atividades. Todos
estes fatores com um objetivo de redução do ciclo total de produção, causando o
aumento da capacidade da produção.
Projeto Livre:
Este tópico tem como objetivo a criação de projetos que não possuem nenhuma relação
com os dois tipos descritos acima, porém possuem um objetivo de aumentar a
capacidade produtiva do posto gargalo. Isto impactará diretamente na capacidade do
sistema produtivo
Os projetos serão apresentados em seguida com um formato de fichas, com o objetivo
de facilitar o entendimento das análises propostas:
1.3.3. Projetos de Engenharia de Métodos:
Prioridade I
92
FICHA DO PROJETO
Título: Unificação dos Postos de
Trabalho: Rebarbação e Acabamento
Tipo: Projeto de Engenharia de Métodos
Pontos Críticos: Tempo de ciclo da rebarbação é superior ao do acabamento,
deixando o gargalo sobrecarregado enquanto há recurso ocioso.
Especificações: A rebarbação é um processo manual realizado atualmente por um
operador na fábrica, é o posto de trabalho com a menor capacidade produtiva, ou
seja, o gargalo. Os recursos usados nesse posto são apenas uma lixadeira orbital
Makita e abrasivos como Limas, Lixas e etc. O posto de trabalho acabamento tem a
rebarbação como sua predecessora, como sua capacidade produtiva é superior ao
do posto anterior grande parte do tempo o operador fica ocioso. As ferramentas
usadas para este processo se resumem a duas lixadeiras elétricas. Com este cenário
propomos que ambos operadores façam todas as etapas deste processo de forma
que o novo tempo de ciclo seja o somatório dos tempos de ciclo de cada função, mas
entregando dois produtos ao final de cada ciclo.
Custo: Existe um custo de aprendizagem inicial para que os operadores consigam
desempenhar as tarefas de ambas as atividades, porém por se tratarem de atividade
com a mesma natureza sendo realizada no mesmo espaço físico, acredita-se que
esse custo não será relevante.
Compra de ferramentas: Para que ambos realizem as mesmas funções
simultaneamente, é preciso dobrar a quantidade de ferramentas existentes, com
relação aos abrasivos (lixas, limas e afins) o consumo mensal aumentara de acordo
com o aumento de volume de produção gerado com o aumento de capacidade.
Abaixo, seguem os produtos necessários e seus respectivos custos:
93
94
95
O custo para este projeto é de R$ 1635,62.
OBS: Uma alternativa para evitar este custo seria colocando cada operador em 1
turno, ou criando escalas de trabalho para que eles não trabalhassem em horários
diferentes no gargalo, mantendo a média de 17,8Hh dedicados ao gargalo por dia.
Resultados Esperados: Conforme os dados apresentados na tabela, com a nova
configuração (2ª tabela) o posto gargalo passará até um tempo de ciclo de 7, 3 min e
entregará duas unidades por ciclo, gerando uma capacidade de 144 rodas por dia,
um aumento de produtividade 16 unidades por dia, em relação a configuração
anterior (1ª tabela) que era de 128 rodas por dia. Com esse projeto temos um
aumento de 12,5% na capacidade de produção de toda a linha.
96
Implantação: A implantação deste projeto deve ser feita o quanto antes, podendo ser
feita de forma imediata, o custo é baixo, e a mesa atual comporta ambos os
operadores executando a mesma função, a alteração da mesa de trabalho será
sugerida em outro projeto, mas independente da implantação de uma nova mesa,
com a implantação deste já teremos um resultado positivo a curto prazo.
É provável que o operador do acabamento não concorde com a alteração, pois
aumentará o ritmo de trabalho dele de forma considerável. É preciso trabalhar a
construção de significado para o operador, sendo a remuneração variável uma
alternativa, caso não haja demanda, pode se converter esse aumento de
produtividade em folgas, pagando banco de horas atrasados, férias e etc.
Prioridade II
FICHA DO PROJETO
Título: Reorganização do horário de
almoço
Tipo: Projeto de Engenharia de Métodos
Pontos Críticos: Ausência do funcionamento do posto gargalo por uma hora no
horário do almoço.
Especificações: No horário de almoço foi sugerido que a fábrica não pare
totalmente. Como solução, será realizado a troca de operários que estão nos outros
postos para trabalharem no posto gargalo. Assim, o posto não deixará de funcionar
durante o horário de almoço de seus operários específicos, os que trabalham fixos no
posto da colagem. Os operários que assumiriam as funções no posto gargalo, ou
seja, que estarão cobrindo os trabalhadores da rebarbação e acabamento, serão
retirados dos postos que possuem maior capacidade. Na tabela abaixo, podemos
verificar os postos que possuem mais ou menos capacidade que os outros, com isso,
notamos que o da colagem é o que possui a menor taxa de produção 144 un/h de,
97
por ele possuir uma menor taxa, ele é o gargalo da nossa produção e por isso não
podemos deixar este posto parado nunca. O posto que demanda maior capacidade
por hora conhecida, é a fundição- baixa pressão, como o setor de
rebarbação/acabamento, demanda 2 operadores, precisaremos retirar 2 operadores
da fundição, fazendo o funcionário do segundo turno chegar uma hora mais cedo e o
operador do 1° turno uma hora mais de tarde, de modo a coincidir seus horários de
almoço, num horário diferente ao do posto gargalo. Uma outra alternativa é cada
operador do gargalo almoçar em um horário mexendo apenas no horário de um
funcionário da rebarbação. As possibilidades são muitas, cabe selecionar a que
melhor se encaixa dentro da organização do trabalho na empresa.
Vale ressaltar que todos os operários continuarão com sua 1 hora de almoço, e
também que deve ser feito uma organização que não deixe nunca os operários
almoçarem sozinhos, para não causar uma má interpretação e até o sentimento de
rejeição por parte do trabalhador. Como a empresa não fornece o almoço, são os
operadores que levam a comida de casa, apenas teremos que nos preocupar em
manter o ambiente sempre limpo, em condições para almoçar, e manter a estufa
ligada até que o último trabalhador almoce, ou seja, devem continuar com os mesmos
padrões de antes para cada operador. Assim, manteremos a qualidade da comida e
não daremos margem ao trabalhador de pensar que está sendo prejudicado pelo fato
da mudança do horário de almoço que ele normalmente está acostumado a comer.
Capacidades com a implantação do projeto 1:
Capacidades com a implantação do projeto 2:
98
Custo: Os únicos custos decorrentes da adoção deste projeto seriam garantir que o
trabalhador que teria sua hora de almoço deslocada tivesse acesso a comida com a
mesma qualidade e temperatura que os demais, além de não ter de almoçar e
descansar sozinho.
Resultados Esperados: Conforme os dados apresentados na tabela, com o
aumento de uma hora no posto gargalo, o posto terá um aumento de produtividade
17 rodas por hora o que gera um aumento percentual de 11,8%.
Implantação: A implantação pode ser feita de forma imediata, não demanda
aquisição de equipamentos ou ferramentas, apenas balanceamento dos próprios
operadores. É necessário observar o lado psicossocial dos funcionários para que
nenhum deles tenha que almoçar sozinho ou sofra perda de qualidade em suas
refeições. Os funcionários que irão realizar esta substituição serão aqueles
atualmente alocados em outros postos, preferencialmente os dos postos que
possuírem as maiores capacidades da fábrica. É indicado que ocorra um rodízio
entre esses funcionários substitutos para que eles não considerem, em princípio,
essa alteração como uma espécie de punição.
99
Prioridade III
FICHA DO PROJETO
Título: Redistribuição de Atividades +
Gráficos de Mãos
Tipo: Projeto de Engenharia de Métodos
Pontos Críticos: Ao fazer o gráfico de atividades percebemos que as atividades que
levam maior tempo no gargalo são as atividades de rebarbação usando a lima, a
única forma de reduzir esse tempo é melhorando a qualidade dos processos que
antecedem a rebarbação, e isso será visto em outro projeto. Embora seja esse o
maior tempo, perde-se alguns segundos no tempo de ciclo com atividades que
podem ser evitadas, melhorando o método de trabalho.
Especificações: Com a união dos postos de trabalho algumas atividades de
movimentação se tornaram desnecessárias, foi projetado um novo gráfico de
atividade e gráfico de mãos, reduzindo os tempos de ciclo com a eliminação de
tarefas redundantes tanto para o método de trabalho com a fundição ruim quanto
para o método de trabalho com a fundição normal.
100
10
20406080
100120140160180200220240260280300320340360380400
3212
135
354
57
2202
98
228
Gráfico de Atividade - Rebarbação e Acabamento - Condições Normais
Lixar beiralInspeção visualAcabar interior da rodaTroca de ferramentaAcabar a janelaTroca de ferramentaRebarbando furo de fixação Troca de ferramentaRebarba traseiraGira a rodaAcabamento da janela (frente)Rebarbando com a limaTroca de ferramentaTirando a rebarba com a talhadeiraPegar Uma roda
Com a eliminação dos tempos de movimentação como transporte na esteira,
mudança de posição da peça, conseguimos reduzir o tempo de ciclo 7,3 minutos
para 7,15 minutos no tempo de ciclo, ou seja, passamos de uma taxa de 16,44
peças/hora para 16,8 peças/hora, um aumento de produtividade de 2,2%, o que
parece pouco mas há um custo zero é valido pois cada hora ganha no gargalo é uma
hora ganha para todo sistema.
OBS: As atividades de acabamento eram feitas em um ritmo lento, o operador
desacelerava para não parecer ocioso, isso tende a acabar com a junção dos postos.
O método de trabalho neste posto quando a fundição gera um nível de rebarba
excessivo muda completamente, com a redução das atividades redundantes também
conseguimos uma redução nos tempos de ciclo.
101
10
50
100
150
200
250
300
350
400
450
500
550
3
127
207
87
112
98
228392
41
352311
Gráfico de Atividade - Rebarbação e Acabamento - Fundição Ruim
Inspeção visualVira a rodaTroca de ferramentaAcabamento da janela (frente)Limar as janelasTrocar ferramenta Lixar parte internaAcabar interior da rodaTrocar ferramenta e posição da rodaAcabar a janelaTrocar ferramenta Lixar beiralRetirar rebarba da janelaTrocar ferramenta Rebarbando furo de fixação lixar lateral da roda Pegar uma roda
O tempo de ciclo para esse método com a simples junção dos postos seria de 8,85
minutos com a redução das atividades redundantes e tempo de movimentação,
conseguimos um tempo de ciclo de 8,63 minutos, ou seja, passamos de uma taxa de
13,6 rodas/hora para uma taxa de 13,9 rodas/hora, um aumento de produtividade
igual a 2,2%.
Além de executarem todas as atividades do começo ao fim, foi elaborado outro
método ao qual aumentaria a produtividade, u tilizando a nova mesa projetada para
execução da tarefa. Segue abaixo o gráfico das mãos:
102
103
O novo método de execução das atividades permitirá aos funcionários não sentirem
mais dores em regiões como ombros, pescoço, cervical e punho, antes causadas
devido manuseio em excesso da roda (e não somente do uso das ferramentas),
inclinação da coluna e pescoço.
Custo: O custo está associado ao de implantação da nova mesa e da unificação dos
postos de trabalho.
Resultados Esperados: Conforme mostrado acima, esperamos um aumento de
aproximadamente 2,2% na capacidade para os dois métodos.
Implantação: A implantação deste projeto está intimamente ligada a implantação do
projeto 1 e do projeto da nova mesa, é preciso apenas certifica-se que o processo
seguirá estas atividades com criação de instruções de trabalho e treinamento dos
operadores.
Prioridade IV
FICHA DO PROJETO
Título: Atividade adicional na fundição: Teste de Qualidade Tipo: Projeto Livre
Pontos Críticos: Problemas no molde podem gerar excesso de rebarba nas rodas,
consequentemente aumentando o tempo de ciclo no posto gargalo.
Especificações: Alocar o supervisor da usinagem para verificar, a cada troca de
moldes, na saída do primeiro lote de rodas possíveis excessos de rebarba. Caso
sejam identificados, a fundição é interrompida para que o problema não perpetue e
104
gere excessos em um número maior de rodas. O setor de ferramentaria é acionado
para realizar manutenção de montagem do molde ainda na máquina. Caso o
problema seja resolvido, a fundição volta a operar normalmente. Caso contrário, o
molde será removido para reparos ou, se necessário, a confecção de um novo molde
para aquele modelo.
Custo: O custo gerado pela alocação do supervisor seria referente à perda de uma
hora de seu trabalho na usinagem. Porém, levando em consideração que essa hora
perdida pressupõe um aumento de produção no posto gargalo, é um custo
compensável.
Resultados Esperados: Com a identificação dos excessos de rebarba já no primeiro
lote fundido de determinado modelo e as melhorias necessárias forem
implementadas, as peças chegarão à rebarbação em condições normais. Em
referência ao mantra “uma hora perdida no gargalo é uma hora perdida para
sempre”, as rodas em condições normais não demandam um aumento no tempo de
ciclo no posto gargalo.
Implantação: A cada troca de moldes feita na máquina de fundição, o supervisor de
usinagem aguardará a saída do primeiro lote de peças (de 10 unidades) e fará a
verificação.
FICHA DO PROJETO
105
Título: Melhoria do Mapofluxograma Tipo: Projeto de engenharia de métodos
Pontos Críticos: No atual layout da fábrica existe um cruzamento de fluxos na etapa
pintura que, dificulta a passagem das rodas que estão em linha e as rodas que estão
seguindo para embalagem podendo causar acidentes.
Especificações: O fluxo atual da pintura se inicia na etapa de lavagem seguindo
todo o processo. Ao final desta etapa o material é transportado em um palete para a
etapa de embalagem. No portão que liga a pintura para embalagem possui um
obstáculo contínuo que faz parte da linha de pintura dificultando a passagem do
material e também, das pessoas. Segue abaixo o caminho detalhado:
Em seguida foi analisado o fluxo do processo com o objetivo de evitar este
cruzamento.
Foram feitas algumas mudanças no layout onde o processo se inicia na lavagem,
porém agora no lado direito, e em seguida segue para a etapa de base em pó que se
encontra ao lado esquerdo. Antigo local onde iniciava o processo. A partir desta
etapa segue o fluxo normal, sendo como única alteração a partir de agora o sentido
da linha. O processo finaliza em verniz em pó onde estoca as rodas em um palete,
que será seguirá para embalagem. Segue abaixo o novo modelo proposto:
106
Custo: Os custos decorrentes desta mudança serão baixos. Visto que para a
transferência das máquinas utilizaremos a mão de obra da própria empresa, a área
de manutenção, e a própria corrente utilizada na linha atual.
Resultados Esperados: Com base no mapofluxograma detalhado acima do cenário
atual e o proposto, o resultado esperado será imediato visto que não terá mais
cruzamento entre os fluxos e possíveis acidentes.
Implantação: A implantação deste modelo pode ser feita a qualquer momento.
Desde que tenha mão de obra para a troca da posição da máquina de lavagem e
base em pó, como também a troca do fluxo da linha.
Neste caso, é necessário analisar se é viável a troca de ambas as máquinas e o fluxo
da linha.
Em relação a máquina de lavagem, a mesma possui um tamanho pequeno e com
fácil acesso a movimentação. Como também não exigirá muita mão de obra para o
deslocamento do mesmo. Segue a foto da máquina abaixo:
107
Com relação a transferência de lugar da máquina “Base em pó” é viável embora o
trabalho para realizar este trabalho seja mais complexo, pelo fato da máquina ser
maior e necessitar de energia elétrica. Portanto, precisará de uma mão de obra mais
especializada, um eletricista, neste deslocamento.
108
Para o fluxo da linha serão utilizadas as correntes atuais. Visto que as mesmas serão
retiradas quando forem realizar a modificação do layout atual, podendo então ser
guardada para o uso do layout proposto.
1.3.4. CONCLUSÃO
Concluída a apresentação dos projetos sugeridos. Foram criados para solucionar os
pontos críticos do posto gargalo definido anteriormente, através das ferramentas de
análise que foram apresentadas.
109
1.3.5. AVALIAÇÃO DOS PROJETOS
Os projetos foram feitos com base na metodologia de trabalho da fábrica, de modo a
avaliar qualitativamente e quantitativamente os pontos críticos. Com os dados obtidos
através das análises conseguimos verificar qual é a restrição do processo produtivo da
fábrica. Desta forma o trabalho foi voltado para este posto que determinamos como o
posto gargalo, visto que a taxa máxima de produção é a maior taxa que possa obter no
posto gargalo.
Sendo assim, projetos foram criados com o objetivo de melhorar o nível da capacidade
produtiva, diminuindo os tempos de ciclo, eliminando tarefas ou reduzindo as atividades
ao máximo com um intuito de aumentar a capacidade produtiva da fábrica.
Com toda essa análise realizada, observamos que obtivemos um aumento de
[COLOCAR O AUMENTO] com o balanceamento de carga, além das melhorias que
não são possíveis quantificar, porém são de extrema importância para o aumento da
capacidade, como a nova mesa projetada, o planejamento das atividades do
Planejamento e Controle de Produção (PCP).
1.3.6. AVALIAÇÃO DO TRABALHO
O trabalho foi realizado com diversas visitas a Ferraro. Nestas visitas conversamos com
os funcionários, dono, realizamos medições para descobrirmos o posto gargalo,
realizarmos as análises ao sistema e propormos as melhorias.
O grupo teve um bom entrosamento e parceria. Alguns integrantes do grupo já se
conheciam, outros não, porém isso não impediu o andamento do trabalho. Embora
houvesse diversidades nos horários, conseguimos nos encontrar diversas vezes para
trabalharmos em cima das tarefas que tínhamos. O planejamento foi de acordo com o
cronograma e planejamento da equipe.
110
1.3.7. POTENCIAIS E DIFICULDADES
Concluída a execução do trabalho será apresentada uma análise dos pontos fortes, fracos e que ainda podem ser discutidos mesmo após o fim do trabalho, em medidas de implementação juntos aos donos da fábrica.
1.3.8. EXPERIÊNCIA PESSOAL
Pontos Fortes:
Um dos principais pontos de destaque do trabalho foi a possibilidade dos alunos em graduação em Engenharia de Produção poderem adentrar em uma fábrica e aprender o funcionamento, mecanismos, observar o andamento no dia a dia da produção e verificar os pontos críticos e poder solucioná-los com o embasamento teórico e aplicá-los na prática, de forma a obter um ganho substancial no aumento de produtividade para o dono do estabelecimento, melhorias e novos procedimentos para os funcionários, além dos alunos poderem demonstrar todo o conhecimento adquirido e aplicá-los de forma prática, percebendo os problemas e as soluções, analisando as dificuldades de gerenciar uma empresa com o sistema complexo de geração de produtos como é o caso da confecção das caixas de papelão. O ganho em experiência também foi fundamental para saber como se portar nas adversidades e como desenvolver um pensamento lógico, teórico, real do que se pode realizar. Outro aspecto relevante foi a criação de propostas simples com soluções viáveis com baixo ou nenhum custo.Para o grupo, pessoalmente, o ganho de conhecimento, experiência e amadurecimento foram os fatores mais relevantes durante a execução do trabalho. Tendo em vista que nenhum dos integrantes tinha participado de trabalhos em fábrica ou mesmo entrado em alguma.
Pontos Fracos:
A principal restrição para a execução deste trabalho foi à escassez de tempo dos alunos por conta dos diversos compromissos que impossibilitassem mais visitas e acompanhamentos técnicos, como aulas, estágios e empregos, além da própria vida pessoal, porém o trabalho não foi prejudicado e foi realizado a contento e de forma satisfatória. Outro fato importante foi que a linha de produção da fábrica não pode ser parada para uma maior precisão nos dados aferidos.
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1.3.9. AGRADECIMENTOS
O relato neste tópico será realizado de maneira a agradecer a todos os responsáveis pela oportunidade de realizar um trabalho magnífico e cativante para os membros do grupo.
Agradecemos ao Felipe, dono da empresa, que nos abriu as portas e nos deixou a vontade para realizar as atividades acadêmicas e sempre se mostrou disposto a participar das discussões do trabalho e sempre esteve envolvido seja pessoalmente nas conversas ou respondendo a e-mails.
Agradecemos também a Tânia responsável pela gerência da fábrica e que passou muito tempo ao nosso lado nos apresentando a empresa e explicando cada passo do processo produtivo e tirando todas as nossas dúvidas e respondendo todas as nossas perguntas de forma simpática e atenciosa.
Agradecemos também a todos os funcionários que nos acolherem e nos ensinaram todos os passos das suas tarefas no processo produtivo.
Não poderia faltar o agradecimento ao professor que nos orientou na disciplina e nos deu a oportunidade de aplicar os conhecimentos técnicos e teóricos em um ambiente fabril onde todos os membros do grupo nunca tinham entrado.
O grupo representado por Daniel, Gabriel, Indiana, Lídia e Luana, agradece a todos pela ajuda, carinho e incentivo. Muito obrigado.
112
ANEXO I – Cálculo Homem Hora / unidade
Memória de Cálculo
113
Quadro 2 - Memória de Cálculo Homem Hora Total
Medições capacidade dos postos
Posto 2: Riscadeira
AmostraVolume por
cicloTempo de ciclo (min)
Tempo de setup (min)
Tempo de
transformação
unitário (min)
tempo
médio de
setup
tempo médio de
transformação unitária
1
470 05:30 04:00 0,012
00:02:22
0,012
2
810 12:00 01:15 0,015
3
1.600 14:00 01:50 0,0087
Média 00:10:30 00:02:22 0,012 Quadro 3 – Medição dos Postos
114
Posto 3: Impressora esquerda (caixas pequenas)
AmostraVolume por
cicloTempo de ciclo
(min)Tempo de setup (min)
Tempo de transform
ação unitário (min)
tempo
médio de
setup
tempo médio de transform
ação unitária
(min) 1
325 05:00 20:00 0,0154
00:20:19 0,0185
2
210 03:00 18:40 0,0143
3
275 10:00 31:00 0,0363
4
1.500 07:00 11:35 0,008
115
1.3.10. REFERÊNCIAS:
BARNES, Ralph M. Estudo de Movimentos e de Tempos: projeto e medida do
trabalho. Tradução da 6ª edição. SP, 1977.
SLACK, Nigel (et. all).Administração da Produção. 3ª ed. São Paulo: Atlas, 2009.
STEVENSON, Willian J. Administração das operações de produção; Rio de Janeiro: LT
C, 2001. pp.470-500
PORTER, Michael. Estratégia competitiva: Técnicas para a análise da indústria e da
concorrência. 17ª Edição. Rio de Janeiro: Campus, 1986.
TAYLOR, Frederick. Principles of Scientific Management. (Princípios de Administração
Científica). Segundo livro, publicado em 1911
SILVA, JCP., and PASCHOARELLI, LC., orgs. A evolução histórica da ergonomia no
mundo e seus pioneiros. São Paulo: Editora UNESP; São Paulo: Cultura Acadêmica,
2010
CADASTRO NACIONAL DE ATIVIDADES ECONÔMICAS (CNAE). Disponível em:
<www.cnae.ibge.gov.br>. Acesso em 19 out. 2014
FLEISCHER. Disponível em: <http://www.fleischer.com.br/index.htm>. Acesso em 19
out. 2014
PEREIRA, JUAREZ. Gramatura do papelão ondulado Disponível em:
<http://www.abpo.org.br/artigos_tecnicos/TECNICO_2013_fev.pdf>. Acesso em 21 out.
2014
SEBRAE. Critérios de classificação de empresas. Disponível em: <http://www.sebrae-
sc.com.br/leis/default.asp?vcdtexto=4154>.Acesso em 18 out. 2014
116
QUE CONCEITO. Organização do Trabalho. Disponível em:
<http://queconceito.com.br/organizacao-do-trabalho#ixzz3H41PMbfJ>. Acesso em 23
out. 2014
REPRESENTAÇÃO DE PROCESSOS. Fluxograma. Disponível em:
<http://www.ufrrj.br/codep/materialcursos/gerenciamento/gerenciamentotempo/
CGP_Organograma,%20Fluxograma%20e%20QDT.pdf> acesso em 22 nov. 2014
CASA&CONSTRUÇÃO. Disponível em: <http://www.cec.com.br/>. Acesso em 21 Jan. 2015
EMPILHADEIRA ELÉTRICA. Disponível em: <http://www.logismarket.ind.br/tecnomac/empilhadeira-eletrica/3208825225-1179618330-p.html>. Acesso em 21 Jan. 2015
117