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ADMINISTRAÇÃO, REDAÇÃO E PUBLICIDADERua Bernardim Ribeiro, nº 392840-270 SeixalTelm. 969 856 802 Telf. 210 991 683 [email protected] Estatuto Editorial em:http://jornalcomerciodoseixalesesimbra.wordpress.comFacebook: Comércio do Seixal e Sesimbra

Diretora Comercial: Ângela RosaPaginação: Sofia RosaRepórter: Fernando Soares Reis 4164 AColaboradores: Agostinho António Cunha, Dário Codinha, Fernando Fitas 1843A, João Araújo, José Carvalho, José Geraldes Ramos CO-943A, José Mantas, José Sarmento, Manuel Matias, Margarida Vale, Maria Vitória Afonso, Mário Barradas, Miguel Boieiro, Paulo António CO-924A, Paulo Nascimento, Pinhal Dias, Rui Hélder Feio, Vitor Sarmento.

Impressão: Funchalense – Empresa Gráfica, S.A.Rua da Capela N. S.ª da Conceição, 50 – Morelena – Pero PinheiroTiragem: 15.000 exemplaresO «Comércio» não se responsabiliza nem pode ser responsa-bilizado pelos artigos assinados pelos colaboradores. Todo o conteúdo dos mesmos é da inteira responsabilidade dos res-petivos autores.

Diretora: Joana Rosa TE-544ARegisto do título: 125282 Depósito Legal: N.º 267646/07Contribuinte N.º 514 867 060Propriedade: Ângela RosaEditor: Cruzada de Letras, Lda.

2 | ENTREVISTA

nuar a cumprir até ao fim do manda-to. Quando tomei posse em setembro de 2016 não tinha verba para realizar a gestão corrente da Associação, não existia sustentabilidade financeira, mas hoje com competência, sentido de responsabilidade, honestidade, trans-parência e muito trabalho temos con-seguido e de que maneira uma gestão exemplar e uma obra concluída a todos os títulos notável.

Como é que organizaram a distri-buição de refeições?

As refeições são distribuídas de várias maneiras, utentes com capa-cidade de mobilidade vêm buscar as refeições a Associação assim como os sócios, todos os outros, as nossas fun-cionárias entregam as refeições nos domicílios. Neste momento, vários utentes já almoçam na Associação, dado que temos as condições de segu-rança e higiene a funcionar.

Tiveram apoio por parte de algu-ma instituição durante este período de tempo?

Uma das minhas desilusões é que a nível do poder central não tivemos qualquer apoio financeiro ao contrá-rio de todas as associações que estão a receber uma majoração financeira pelo serviço prestado em apoio ali-

Qual foi o plano de contingência adotado durante o estado de emer-gência do país devido à covid-19?

Esta Associação assim como outras pelo país sofreram sobre a parte financeira e de saúde pública enormes problemas difíceis de solucionar.

Quando recebemos informação oficial do ISS que mandava encerrar centros de convívio, centros de dia e outros, atuamos por ordem superior no dia 13 de março de 2020. Como esta Associação não tem protocolo típi-co como centro de convívio, porque fornecemos alimentação aos utentes e sócios mas a lei diz que se fornece um lanche aos utentes e não almoço. Por isso pelas refeições mantivemos em funcionamento o serviço de cozinha para continuar a servir refeições aos nossos utentes e sócios. Mantivemos ao serviço as funcionárias em compa-ração com as duas IPSS’s do concelho com resposta social de centro de con-vívio que encerraram por completo as suas instalações.

Quais foram as maiores dificulda-des sentidas?

As receitas diminuíram cerca de 6000€ mensais e as despesas mantive-ram-se fixas, o que para esta Associa-ção começa a se tornar um problema financeiro, dado que todo o esforço a nível de sustentabilidade financeira começa agora a ter alguns problemas.

Esta Associação não encerrou por completo, por isso desde setembro de 2016 até hoje conseguimos criar uma almofada financeira que nos mantém a funcionar e com os ordenados em dia e o pagamento aos fornecedores, assim como ao estado, está tudo em dia.

Adotamos um plano de contingên-cia desde o início de março para que tivéssemos todas as condições de saú-de pública conforme as diretrizes da Direção Geral de Saúde.

As dificuldades sentidas, é ter uma Associação semi-encerrada e ter que arranjar verba para honrar todos os compromissos financeiros, até hoje felizmente cumprimos e iremos conti-

mentar ao domicílio. Nós também prestamos apoio alimentar ao domicí-lio mas como prestamos serviço como sendo extra não fomos contemplados.

Gostaria de referir para que todos saibam que recebemos simplesmen-te 58€ por utente por mês, não dá, quando temos que pagar a funcioná-rios que trabalham exclusivamente para serem fornecidos almoços e não lanches porque os 58€ corresponde a lanches.

Prestamos apoio extraordinário à população da união de freguesias e até o combustível é pago pela Asso-ciação. Uma das partes positivas é que até ao momento nenhum diretor, funcionário, utente ou sócio apareceu com qualquer caso positivo de Covid 19 e espero que se mantenha assim.

Quais são os vossos planos para o futuro?

Por fim a nível de planos para o futuro, pois por mim até ao final do ano espero que corra tudo bem conforme tem corrido desde final de setembro de 2016 até hoje, mas a situação de pandemia pode-se agravar se estivermos sujeitos a uma segunda vaga de Covid 19, ai então a situação será difícil de conter.

Primeiro está a saúde das pessoas, alguns diretores e voluntários têm colocado a sua saúde para segundo plano e isso não devia ter acontecido. Felizmente nenhum de nós, os que trabalhamos diariamente em prol da Associação e de todos os utentes, aque-les que efetivamente mais necessitam do nosso apoio, assim como todas as famílias carenciadas de e alguns resi-dentes na freguesia de Amora, nun-ca paramos com o apoio alimentar, hoje apoiamos cerca de trezentas pes-soas com cabazes alimentares. Nunca nenhuma família saiu da Associação sem apoio alimentar e isso tem sido uma grande alegria saber que tudo o que tenho feito a nível da distribuição alimentar pelas freguesias continua a funcionar, agradeço às pessoas que me têm apoiado como quando come-çamos em agosto de 2019. Eu sou o responsável pelo Pingo Doce na doa-ção alimentar como munícipe deste concelho. Como presidente da Asso-ciação distribuímos os bens alimen-tares, bom que se saiba que existe o responsável da doação que sou eu em representação da cadeia alimentar e como presidente da Associação a dis-tribuição dos bens doados.

Associação Unitária de Reformados Pensionistas e Idosos da Torre da Marinha

Em época de pandemia, muitas foram as AURPI’s que mantiveram o seu funcionamento para garantir que todos os utentes continuassem a receber os seus cuidados e alimentação em tempo de confinamento. Fomos conhecer a realidade da Associação Unitária de Reformados Pensionistas e Idosos da Torre da Marinha na pessoa do presidente José Mourato.

DR

| 4 de setembro de 2020

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| 4 de setembro de 2020 SOCIEDADE | 3

Nós Sesimbra – Participação e Cidadania

Para reforçar o envolvimento dos munícipes e dos visitantes na vida do con-celho, a Câmara Municipal de Sesimbra vai lançar, no início deste mês, a aplica-ção Nós Sesimbra, uma ferramenta digi-tal que permitirá que qualquer cidadão comunique situações anómalas que dete-te no espaço público, a qualquer hora e em qualquer lugar, de forma simples, rápida, e sem custos acrescidos, utilizan-do o telemóvel ou o computador.

Um sinal de trânsito danificado, um buraco no pavimento ou no passeio, roturas de água, monos ou resíduos colocados indevidamente na via públi-ca, e tantas outras pequenas ocorrências que muitas vezes são difíceis de detetar pelos serviços podem, desta forma, ser comunicados pelos cidadãos que, assim, têm a oportunidade de participar ativa-mente na melhoria da qualidade de vida do concelho de Sesimbra.

Depois da aplicação instalada no telemóvel, é muito fácil reportar uma ocorrência. Basta escolher a catego-ria, indicar o local (pode assinalar a morada através do mapa na aplicação), preencher os dados pessoais e enviar. É possível juntar uma pequena descrição ou anexar uma foto para complemen-tar a informação. Caso não disponha no momento de acesso à internet, pode preencher o formulário e enviar mais

tarde.A aplicação Nós Sesimbra está tam-

bém disponível nos computadores pes-soais, bastando para isso ir ao site www.sesimbra.pt, área de balcão digital e escolher a ligação Nós Sesimbra ou à página de Facebook da autarquia que disponibilizará o formulário.

Uma das grandes vantagens desta aplicação é permitir receber informação sobre cada passo do processo por e-mail ou SMS. Podem também subscrever-se ocorrências já reportadas por outros utilizadores da aplicação. Cada registo ativo fica visível num mapa, a partir do qual se escolhe a ocorrência a seguir.

A partir desse momento, os serviços municipais são informados que houve uma nova notificação em relação àquela ocorrência, e o novo utilizador passa a receber também informação sobre a sua evolução por e-mail ou SMS.

A ocorrência reportada é enviada para o serviço municipal com respon-sabilidade na categoria selecionada. Os trabalhadores da autarquia realizam as ações necessárias para resolver a situa-ção identificada e quem enviou a ocor-rência é informado por e-mail ou SMS sobre o ponto de situação, com um agra-decimento pelo seu contributo para a melhoria do concelho.

Para além da informação disponibili-zada por SMS e e-mail sobre o andamen-to de cada processo, acompanhamento dos principais temas e do seu desen-volvimento será feito mensalmente no folheto informativo Nós Sesimbra e no site da autarquia, em www.sesimbra.pt.

A plataforma será ainda complemen-tada por uma linha telefónica gratuita para a qual podem também ser reporta-das ocorrências.

A aplicação Nós Sesimbra – Participa-ção e Cidadania ficará disponível para telemóvel (em versão Android e iOS), no site e no Facebook da Câmara Munici-pal.

DR

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4 | CULTURA | 4 de setembro de 2020

O VOZEIRO

DIVÓRCIO COM PARTILHA

O site Justiça.gov.pt disponibilizou aos cidadãos o Balcão de Heranças e de Divórcio com Partilha.Agora, o casal que pretenda efetuar um divórcio, pode por si só ou com a os serviços de um Solicitador ou advogado, recorrer a este serviço para efetivar o divórcio e proceder às partilhas. Neste balcão também possibilita a transferência ou alteração da propriedade de bens e dívidas (o património), na sequência de uma morte, além do anteriormente referido divórcio ou separação.Com o divórcio acaba o laço legal que foi estabelecido entre duas pessoas na altura do casamento. Por isso, é necessário fazer a partilha do património dos membros do casal. Neste balcão é possível fazer tanto o divórcio por mútuo consentimento (também conhecido como amigável) como a partilha.No Balcão Divórcio com Partilha pode: tratar do processo de divórcio, tratar da separação de pessoas e bens, fazer a partilha do património do casal (durante o processo de divórcio ou depois da decisão de divórcio ou separação), fazer contratos de mútuo (empréstimo) para o pagamento de tornas (compensação do outro membro do casal pela divisão de casa ou veículo), fazer o registo dos bens partilhados, pagar os impostos necessários (como o imposto de selo), mudar a morada fiscal, pedir a isenção do Imposto Municipal sobre as Transmissões Onerosas de Imóveis (IMT), inscrever ou atualizar a matriz de prédio urbano (modelo 1 do IMI), etc.Se já existir uma decisão do tribunal, ou decisão de uma conservatória, basta fazer a lista dos bens do casal e dos seus valores. Com estes documentos, dirija-se por si só ou com o Solicitador, a um Balcão de Divórcio e Partilha para marcar o divórcio. Se o casal tiver feito uma convenção antenupcial, a certidão dessa convenção pode ser consultada na base de dados do registo civil no momento do divórcio. Os serviços de divórcio, separação e de partilha de património e bens têm custos.Processo de divórcio ou separação: 280€Partilha do património do casal e registo dos bens: 370€Processo de divórcio ou separação com partilha do património do casal e registo dos bens: 635€Podem existir outros custos se forem pedidos mais serviços (por exemplo, o registo de outros bens, a mudança de nome, a alteração dos acordos, pensão de alimentos para filhos maiores) ou se for necessário pagar impostos.Para consultar a lista dos Balcões de Heranças e Divórcio com Partilha, consulte a lista de balcões em http://www.irn.mj.pt/IRN/sections/irn/a_registral/servicos-externos-docs/contactos/balcao-das-herancas-e-locais/ Escolha os serviços de um profissional, contacte o Solicitador.Envie a sua questão para: [email protected]

Rostos do SeixalALFREDO JOSÉ MONTEIRO DA COSTA (1956)

Desporto e Juventude da Associação Nacional de Municípios Portugueses, de 1994 a 1997 e, no mesmo período, acompanhou a actividade de represen-tação da Associação no Conselho Nacio-nal do Desporto, no Conselho Superior de Bibliotecas Escolares e no Grupo de Trabalho dos Arquivos Históricos Municipais. Na sua actividade enquan-to professor, foi Presidente do Conse-lho Diretivo e do Conselho Pedagógico da Escola Secundária Dr. José Afonso, nas Cavaquinhas, Delegado de Grupo Pedagógico, Delegado à Formação de Professores, Coordenador do Projecto Minerva - Novas Tecnologias de Infor-mação e Formador na Escola Superior de Educação de Setúbal na vertente de Prática Docente. Foi ainda Delegado Sindical do Sindicato dos Professores da Grande Lisboa. Integrou o MJT – Movimento da Juventude Trabalhadora em 1974. É militante do Partido Comu-nista Português, desde 1974. Integrou, de 1974 a 1976, a Comissão Concelhia de Coruche, sendo atualmente mem-bro da Comissão Concelhia do Seixal

Mário Barradas

Nascido em Coruche, foi no Seixal que construiu a sua vida, a representar o município e os seixalenses. Formado no ensino, foi professor do ensino secundá-rio, sendo eleito pela primeira vez como Presidente da Câmara Municipal do Seixal em janeiro de 1998. Presidiu a Associação de Municípios da Região de Setúbal e o Conselho de Administração da Rede Nacional de Cidades Saudá-veis, integra o Conselho Geral da APIS – Associação do Parque Industrial do Seixal, sendo membro da Junta Metro-politana de Lisboa. Integrou o Conselho Consultivo da Universidade Aberta e o Conselho Nacional de Educação. Entre 1990 e 1997, foi Vereador do Pelouro da Cultura, Educação, Desporto e Juven-tude da Câmara Municipal do Seixal, foi membro da Assembleia Intermunici-pal, da Comissão especializada da Área Sociocultural e do Conselho de Admi-nistração da Associação de Municípios do Distrito de Setúbal. Entre 1986 a 1989, foi Secretário e Presidente da Assembleia de Freguesia de Corroios. Participou na Comissão de Cultura,

LatoeirosOs LATOEIROS ou FUNILEIROS os

homens que faziam peças utilitárias em latão ou em lata (folha de flandres) como por exemplo regadores, baldes, cântaros ou alguidares.

Segundo inquérito industrial de 1890, nesta data existia no Seixal uma oficina de funileiro. Também segundo anuário comercial datado de 1910, nesta altura existia no Seixal um latoeiro, denomina-do Emílio Santos.

No nosso concelho, a profissão de latoeiro manteve-se até à segunda meta-de de séc. XX, especialmente na freguesia de Arrentela que em 1968 ainda tinha 4 latoeiros, cujos nomes eram os seguintes: Artur da Silva Rocha, Domingos Teixei-ra, João Emílio e Tomás da Silva Coelho.

DR

Rui Hélder FeioSolicitador

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DR

DR

Na fotografia de cima (e porque não possuo imagens de latoeiros do concelho do Seixal) estou eu mostrando algumas peças que fui conservando ao longo dos tempos.

e da Direção da Organização Regional de Setúbal. É Presidente da Associação de Municípios da Região de Setúbal e membro do Conselho Geral da ANMP – Associação Nacional dos Municípios Portugueses, de 2006 a 2013, desempe-nhando o cargo maior de Presidente da Assembleia Municipal do Seixal desde setembro de 2013 e vice-presidente do Conselho Diretivo da Associação Nacio-nal de Municípios Portugueses desde a mesma data.

Na imagem de baixo à direita, uma obra do Pintor José Malhoa representan-do o LATOEIRO.

Manuel Lima

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| 4 de setembro de 2020 PUBLICIDADE | 5

Características Imóvel, sem elevador, construído em 1952, em bom estado de conservação, constituído por três pisos:

- Rés do chão com um espaço amplo e duas instalações sanitárias;

- Piso 1, com quatro divisões e uma instalação sanitária;

- Piso 2, com quatro divisões e uma instalação sanitária, com acesso a e com 1 terraço.

Área bruta privativa: 367,98 m2

Área de implantação: 122,66 m2

LocalizaçãoRua 1.º de Dezembro, n.º 2 e 2A, união das freguesias do Seixal, Arrentela e Aldeia de Paio Pires

FinalidadeReabilitação funcional para estabelecimento de alojamento local, na modalidade de estabelecimento de hospedagem

Duração do contrato Quinze anos (prorrogável)

Critérios de seleçãoValor mais alto de licitação, a realizar em ato público

Valor base de licitação: 800,00 € /mês

Valor mínimo estimado para reabilitação funcional do edifício: 91 995,00 €, (comparticipado pelo Município do Seixal até um máximo de 40 735,00 €)

Visita ao local Marcação através do Gabinete de Desenvolvimento Económico e Turismo da Câmara Municipal do SeixalEmail: [email protected]

Data e local da hasta pública 21 de setembro, às 10 horas, nos Serviços Centrais da Câmara Municipal do Seixal

Para outras informações consulte o Edital n.º 110/2020 e 127/2020em cm-seixal.pt.

cm-seixal.pt

Arrendamento de edifício municipal para alojamento local Rua 1.º de Dezembro, n.º 2 e 2A, núcleo urbano antigo do Seixal, união das freguesias do Seixal, Arrentela e Aldeia de Paio Pires

[HASTA PÚBLICA]

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Anuncio Comercio do Seixal.pdf 1 31/08/2020 14:01

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6 | OPINIÃO | 4 de setembro de 2020

OUTROS CASOS DE TROCA OU NOVA POSSE DE TERRITÓRIORepública Dominicana – os Taínos

Vampiros sociais

Quando o genovês Cristóvão de Colombo (1451 – 20-5-1506) chegou ao território a que chamou Hispaniola, em 12 de outubro de 1492, vindo de uma das ilhas que hoje pertence às Bahamas, com passagem por Cuba, estava longe de imaginar, ou de adivinhar, que ao criar a cidade de Santo Domingo, em homena-gem a seu pai que se chamava Domenico, também seria proibido a pisa-la, essa ter-ra dos taínos, língua falada pelos nativos dominicanos. Nas suas quatro viagens muito sofreu aquele homem ao serviço de Fernando e Isabel, os reis católicos Caste-lhanos de uma Espanha unificada. Che-garam a remar mais de 230 quilómetros desde a Jamaica até ao Haiti e depois a pé, mais 360 quilómetros, até a Santo Domin-go para pedir socorro com as suas naus afundadas devido ao bicho “Gusano” que fez dos cascos de madeira autênticos pas-

Todos sentem, no seu íntimo, vontade de mandar, ser quem toma as decisões, quem dá as ordens e quem verifica se tudo está a funcionar. O desejo de ser o que regula é comum a muitos mas, na verda-de, para que seja eficaz terá que ser aliado a uma outra situação, que é saber fazer.

Há muitos que se colocam do lado dos mandadores mas é apenas para serem vistos e apreciados como se tivessem real valor. São os vampiros sociais, os que se agarram com unhas e dentes, e o que estiver à mão, nos momentos em que os outros brilham e são as estrelas.

Sonsos e cínicos, fazem-se de amigos e de muito tolerantes para que logo que seja possível, possam executar a facada certeira que faça jorrar o sangue que irá a todos impressionar. Logo de seguida são os bombeiros de serviço, os que prestam os primeiros socorros e que estão na linha da frente.

sadores. A cidade de Santo Domingo é hoje a

mais antiga cidade do Novo Mundo e pela UNESCO é Património Mundial da Humanidade desde 1990.

Em 20 de setembro de 1697, pelo trata-do de paz assinado em Ryswich (municí-pio dos Países-Baixos), a ilha foi dividida em duas partes. A parte ocidental, a mais pequena, ficou para a França e a parte oriental para Espanha. Entretanto o tra-tado, como quase todos os tratados, foi lançado ao lixo e a França em 1795 ficou com toda a ilha. Passou-se alguns anos e em 1809 a parte oriental volta a pertencer a Espanha. Como os Haitianos não acei-taram a declaração da independência dos Dominicanos, em 1821, tratam de invadir a parte oriental da ilha apoderando-se do território. Todavia em 1844 os Haitia-nos são expulsos e uma nova republica é

É gente de duas caras. Pela frente enal-tecem e aplaudem e depois, nas costas é que se percebe a falsa fibra de que são fei-tos. O bom passa a mau e vice versa e o vinagre que espalham é tão estranho que deixa ficar um odor muito forte no ar. Nem as moscas o querem.

São varejeiras do viver. Poisam em todos os locais e levam e trazem como se fossem íntegros e sinceros.Os ovos são depositados em locais estratégicos e eclo-dem em grande escala. É o boato que se solta, o diz que disse e está a contenda bélica instalada.

O ser, que era bestial, passa nesse mes-mo instante a besta e a fama fica de tal forma danificada que será difícil desapa-recer. Quando se zangam as comadres, descobrem-se as verdades que, raramen-te, correspondem ao que se podia esperar de certas pessoas.

Estar na mó de cima, como se costu-

declarada, mas por pouco tempo, já que em 1861 volta o território oriental da His-paniola a pertencer a Espanha. Com uns ditadores a fazerem do território a sua coutada, o ditador-mor foi assassinado em 1861. Novo levantamento em militar, em 1865, e é proclamada uma nova republi-ca. As lutas internas agudizam-se e estas conduzem a que os EUA – Estados Uni-dos da América intervenham no ano de 1904 e em 1907 ocupam o território até 1934. Nas eleições livres de 1956 o escri-tor JuanEmilioBoschGaviño (30-6-1909 – 1-11-2001) ganha e sete meses depois é deposto. Vem uma guerra civil e em 1965 de novo intervêm os EUA, que exercem o seu poder militar, receando o contágio do Castrismo cubano. Impõem um presiden-te, Joaquin António Balanguer Ricardo (1-9-1906 – 14-7-2002) que esteve ditato-rialmente à frente da república de 1960

ma dizer, soa a fácil mas a capacidade de assim permanecer é que se afigura uma ginástica cheia de barreiras, de saltos em altura e em comprimento e ainda algu-mas piscinas para nadar. Uma espécie de prova desportiva onde o esforço nem sem-pre compensa.

O lirismo, a poesia de viver é uma utopia, um delírio passageiro que alivia as dores da sociedade. Sem a cultura a vida seria mais escura e sem cor, cheia de ratoeiras pardas onde se tropeça todos os dias. A sensibilidade não deve ser penali-zada mas sim incentivada.

"Se fosse eu a mandar, deixava que os gatos subissem a todos os telhados e pas-sassem a noite ao luar a ronronar. Os cães seriam todos bem tratados e as crianças eram amadas pelos seus progenitores", escreveu o autor na primeira página. Ler é fundamental para que se saiba interpretar.

Quem pensa deste modo é visto como

Manuel Matias

a 1962; 1966 a 1978; e volta à presidência em 1986 até 1996.

E assim, resumidamente, a República Dominicana chega aos nossos dias como uma nação muito interessante, encan-tadora, com belos monumentos e belas paisagens, parques naturais, praias lindas e comida mais que apetitosa. Historica-mente está recheada de invasores, escra-vos, também pirataria, e por isso, também por isso, com uma multietnicidade rara e afável.

Quando lá estive, no início deste sécu-lo XXI, passei uns dias maravilhosos na costa norte banhada pelo oceano atlânti-co. Aproveitei e li algumas das façanhas do célebre Capitão dos Mares e Oceanos, Cristóvão de Colombo, esse mesmo que agora, em tempo de SARS COVID-19, uns quantos patetas, que nada produzem, querem derrubar as suas estátuas.

um lunático, como alguém que está desenquadrado e que não se integra no todo. Felizmente que estas gentes, as que vivem na clandestinidade, ainda sabem sentir. São elas que dão o alento, que fazem avançar a roda quadrada em que tudo isto se tornou.

Uma sociedade que solta mais as rai-vas e os ódios e se esquece do amor, está doente e precisa de cuidados especiais. A ânsia de chegar ao topo, de ser o que está mais acima, faz esquecer a base, aquele tão importante pilar que deve ser sólido para que o edifício nunca entre em colapso.

Margarida Vale

DR

A predação de gado por Leões, Tigres, e outros felinos, é um grande desafio de conservação global.

Os conflitos entre humanos e animais selvagens, devido à caça de gado pelos felinos, são um dos maiores factores para o grande declínio destes carnívoros.

As abordagens actuais concentram-se na separação do gado dos carnívoros selvagens, através de cercas, mas isso nem sempre é possível.

Num estudo recente, os cientistas descrevem que pintar os olhos nas costas

menos propensos a atacar o gado se eles estiverem com os olhos pintados nas ancas, ou garupa.

Ao longo de quatro anos, um total de 2.061 bovinos foram envolvidos no estudo.

Cerca de um terço de cada rebanho recebeu o desenho de um olho na garupa, um terço marcas de cruz simples e o terço restante do rebanho sem marcas.

Na verdade, nenhuma das 683 "vacas-olho" pintadas foi morta por predadores de emboscada durante o estudo de

Porque existem vacas com um olho pintado na anca?

(IN)UTILIDADE

do gado pode protegê-los dos ataques.Muitos grandes felinos - incluindo

leões, leopardos e tigres - são predadores de emboscada. Isso significa que eles perseguem as suas presas através do elemento surpresa. Em alguns casos, ser visto pelas suas presas pode levá-los a abandonar a caça.

Os investigadores testaram se se poderia hackear essa resposta para reduzir as perdas de gado na região do delta do Okavango, no Botswana.

O estudo revelou que os leões são

quatro anos, enquanto 15 (de 835) não pintadas e 4 (de 543) bovinos pintados com cruz foram mortos.

Esses resultados corroboram a hipótese inicial de que criar a percepção de que o predador foi visto pela presa o levaria a abandonar a caça.

No entanto, como parte de um conjunto de ferramentas não letais em expansão, os pesquisadores esperam que esta abordagem simples e de baixo custo possa reduzir os custos de coexistência para alguns agricultores.

Dário Codinha

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VillaMix Lisboa, no Seixal, reagendado para 2021

O VillaMix é o maior Festival de música do Brasil com 9 anos de histó-ria, 22 edições e mais de 2 milhões de pessoas por ano, por duas vezes vence-dor do Guiness para o maior palco do mundo. Em 2018 atravessou pela pri-meira vez o Oceano Atlântico e trouxe a Lisboa o melhor da música do Brasil. Em 2019, a segunda edição do Villa-Mix já contou com dois dias de Festi-val, mais artistas e voltou a esgotar o Altice Arena, apostando na divulgação da música brasileira, portuguesa e de origem lusófona. Muito mais do que um Festival o VillaMix é uma expe-riência única.

O Festival VillaMix Lisboa que se iria realizar no Seixal nos dias 02 e 03 de outubro de 2020, dada a situação excecional que vivemos no seguimento da pandemia de Covid-19, será adia-do para os dias 01 e 02 de outubro de 2021, mantendo o mesmo cartaz pre-visto para este ano, sendo os bilhetes do Festival VillaMix 2020 válidos para as novas datas e poderão ser utilizados sem necessidade de qualquer altera-ção.

A equipa do VillaMix Lisboa tentou encontrar soluções para manter a rea-

| 4 de setembro de 2020 SOCIEDADE | 7

lização do evento na data prevista para este ano, que se iria realizar pela pri-meira vez ao ar livre na Baía do Seixal, caraterizado por uma beleza natural envolvente que permite a fusão per-feita entre um ambiente especial e boa música. No entanto, dando priorida-de sempre à segurança e o bem-estar de colaboradores e dos que oriundos dos vários cantos do mundo elegem o VillaMix Lisboa para viver bons momentos de convívio, a organização optou pelo adiamento para as novas datas de 01 e 02 de Outubro de 2021, mantendo o mesmo cartaz.

“Já estamos a trabalhar para uma edição ainda mais grandiosa em 2021 no novo cenário da Baía do Seixal, com novidades que anunciaremos ao longo dos próximos meses.” Para Pedro Neto, diretor do VillaMix Lis-boa, “a estrutura que vamos montar para a edição 2021, vai marcar para sempre a produção de eventos de música em Portugal”, reafirmando a aposta na continuidade do VillaMix Lisboa e consolidar a presença da marca na Europa, e em particular, em Portugal.”

DR

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Quinta do Conde inaugura miradouro para a Serra da Arrábida

Elemento arquitetónico instalado no alto do Cabeço do Melão, com o objeti-vo de acrescentar mais uma referência pública às que integram a estatuária da localidade, a obra, da autoria do arqui-teto Paulo Campos, constitui uma peça tendente não apenas a valorizar este aglomerado populacional, mas simul-taneamente a sublinhar a panorâmica que dali se desfruta.

Inaugurada a 30 de Agosto, a obra segundo o autor, visa tirar partido da vista privilegiada sobre a Serra da Arrá-bida, razão pela qual assumiu a inten-ção de marcar o espaço com a criação de um elemento que pudesse enfatizar essa relação, direcionando o olhar nesse sentido.

Neste contexto, refere, “optei por criar um elemento vertical de grandes dimensões, que marca o local como ponto de referência, e ao mesmo tem-po serve de eixo para a definição dos pontos cardeais, que são a base didáti-ca que se pretendeu incluir neste espa-ço”. Além disso, adianta, “foi criado um palanque que é a ponta da seta que indica o Sul, e permite uma observa-ção mais elevada, sendo o braço da seta definido pelo elemento vertical em for-ma de triângulo, onde se situa a porta que serve de fronteira entre os espaços nascente e poente”.

Para Vítor Antunes, Presidente da Junta de Freguesia da Quinta do Con-de, "este acto constitui também mais um passo, no sentido da retoma de algumas atividade e da recuperação da vida cole-tiva na nossa Freguesia.

Passando em revista um amplo con-junto de realizações de âmbito estru-tural e social ocorrido neste espaço territorial ao longo desse período de tempo e o desenvolvimento operado em matéria de qualidade de vida de quem habita ou trabalha na localida-de, salientou “a ciclópica obra realizada ao longo desses anos pelas autarquias, associações, comunidade educativa e tecido empresarial, facto relevado pelo professor Jorge Gaspar sempre que se pronuncia acerca dos bons exemplos de reconversão urbanística registados em Portugal. Posições como as do professor Jorge Gaspar, alicerçadas tecnicamente, emitidas por alguém que sabe bem do que fala, animam-nos e induzem-nos o sentimento de que valeu a pena.

Por isso, sustentou o autarca quin-tacondense, "temos trabalhado e con-tinuaremos a fazê-lo, em ordem a

fomentar o enraizamento social, a frui-ção cultural, a promoção da cidadania, para que todos nos apropriemos dos destinos da nossa terra”.

Enquanto Liliana Martins, vogal da mencionada Junta de Freguesia, lia uma mensagem do pároco sobre o alu-dido acto, Helena Cordeiro, Presidente da Assembleia de Freguesia, relembrou a sua chegada à localidade, “a histó-ria coletiva que esta terra escreveu, o desenvolvimento que que logrou alcan-çar e a identidade que soube construir”.

Assim, sublinhou, “neste local de contemplação, sempre que algum can-saço ou desânimo nos tente fazer desis-tir, temos um espaço que para além nos recordar os pontos cardeais, nos permi-te descansar e ver que não estamos sós, instigando-nos a rumar ao futuro, pin-tando-o com as cores da humanidade”.

Presente na cerimónia, João Narciso, Secretário da Assembleia Municipal de Sesimbra, congratulou-se com a inicia-tiva, salientando que a mesma se insere na estratégia de criação da identidade local, “aproveitando para o efeito, um recanto que nos coloca ante o lado da Serra que não se vê do mar”.

Encerrando a aludida cerimónia, Francisco Jesus, Presidente da Câma-ra Municipal de Sesimbra, considerou que a identidade da freguesia também é feita de elementos como o que ora é colocado à fruição dos quintacondenses e do sentimento imaterial das suas gen-tes.

De acordo com o edil, “tal resulta do contributo de todos quando concorre-ram para o atual estádio de desenvolvi-mento da Quinta do Conde e um bom exemplo da intervenção urbanística da A.M.L. efetuada sobretudo pelo Poder Local, ainda que parte dela fosse da res-ponsabilidade do Poder Central”.

Na ótica do responsável camarário, “o sentimento de coesão territorial que se

a freguesia e o concelho de mais servi-ços e de um espaço urbano melhorado, o qual requer a participação de todos.”

8 | REPORTAGEM

observa no Concelho, tem de ser forta-lecido pelas redes viárias e de transpor-tes públicos, no sentido de permitirem uma efetiva coesão e, desse modo, dotar

Depois do confinamento imposto pela pandemia provocada pelo COVID 19, a Quinta do Conde assinala meio século da existência da localidade, enquanto espaço urbano, 35 anos da criação da Freguesia e 25 da elevação à categoria de Vila, abrindo a porta de um miradouro para a majestosa Serra da Arrábida.

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Ínicio do ano letivo na EB1/JI de Aldeia de Paio Pires

Chegou à nossa redação o seguinte comunicado feito pela Associação de Pais da EB1/JI de Aldeia de Paio Pires:

“Exmos. Senhores,

Após todas as tentativas possíveis de chamar à razão a Autarquia do Seixal, vimos por este meio solicitar a Vossa ajuda para tornar pública a seguinte situação:

A Escola Básica de Aldeia de Paio Pires (EB1/JI), do Agrupamento de Escolas Dr. António Augusto Louro, encontra-se em fase de ampliação e requalificação. A obra que teve início em Junho de 2019 e tinha como fim previsto Junho de 2020. Encontra-se, neste momento, com uma taxa de rea-lização de 23%.

A empresa SOGESTURBI, que é a responsável pela ampliação e requalificação da Escola, não cumpriu com as datas previstas e a obra não estará pronta no arranque do ano lec-tivo 2020/21. Até aqui todo “normal”, as coisas acontecem e os concursos públicos podem ter estas falhas por fal-ta de verificação das empresas.

De todos os problemas que isto pode originar ao normal decorrer de um ano lectivo, temos o mais grave e que está relacionado com o Jardim-de--infância. A Autarquia do Seixal infor-ma o Ministério/Dgeste que a Escola passará de uma sala a três salas de Jar-dim de Infância, para o ano lectivo de 2020/21 e o Agrupamento de Escolas António Augusto Louro (AEAAL), res-pondendo ao Ministério/Dgeste, públi-ca a entrada de 75 crianças (3 Sala X 25 alunos). Mas, como foi já acima referi-do, as obras não irão ficar concluídas, originando assim que 50 crianças fica-rão sem colocação na escola e muitas outras sem possibilidade de voltar aos Externatos de onde saíram e com a agravante de falta de informação da situação às famílias.

A Associação de Pais (AP) tem des-de 30/07/2020, altura em que esteve reunida com a CMS e apresentou pro-postas para a resolução imediata do problema e salvaguarda das famílias, aguardado pacientemente pela CMS a qual, desde a respectiva data, não mais teceu comentários as propostas da AP, vinculou informação sobre a evolução do processo ou apresentou as suas próprias propostas, informando por e-mail que apenas haveria condi-ções para a existência de uma sala de JI, deixando friamente sem solução e à sua sorte 50 crianças e famílias e tam-bém sem resposta, as nossas propostas.

Gostaria de referir que a proposta da AP, era a de colocação de 2 conten-tores para que as turmas “excedentes” pudessem começar o ano lectivo como todas as outras.

Neste momento e sem que existisse qualquer abertura por parte da CMS para a resolução da situação destas crianças, o agrupamento prescindiu da biblioteca escolar, prejudicando todos os alunos da escola, para poder abrir mais uma sala de pré.

Contudo ainda ficam 25 famílias sem solução, esperamos que com o vosso apoio não tenhamos que abdi-car também do refeitório ou de outra valência.

Com os melhores cumprimentos,

A Direção da AP”

No seguimento deste comunicado, contactámos a Câmara Municipal do Seixal para solicitar mais esclareci-mentos, ao qual obtivemos a seguinte resposta:

"A Escola Básica de Aldeia de Paio Pires, encontra-se em fase de amplia-ção e requalificação, fruto de um investimento municipal de quase dois milhões de euros, o qual além da bene-ficiação do edifício já existente, dotará o estabelecimento de um novo edifício, com três salas de pré-escolar, refeitório e biblioteca.

A autarquia informou o ME, a seu pedido, e como o faz todos os anos, em abril, qual a previsão de novas salas de aula a abrir no concelho no ano leti-vo seguinte, no âmbito do Movimento Anual da Rede Escolar.

Devido ao facto, que lamentamos, de a empresa adjudicatária não ter cumprido o contrato, a obra não ficou concluída em tempo útil como previsto inicialmente.

Em reuniões com a direção do res-petivo Agrupamento de Escolas, que se realizaram em junho, ainda antes da divulgação das listas de alunos matri-culados, ficou claro que as novas salas de pré-escolar só poderiam abrir após a conclusão das obras e que estas não estariam finalizadas a tempo do início do ano letivo.

Lamentamos que a comunicação veiculada pelo agrupamento de esco-las relativamente ao que ficou decidido nas reuniões, não tendo sido transmiti-da cabalmente aos pais e encarregados de educação.

A Câmara Municipal do Seixal está a tomar as devidas diligências para proceder à substituição do empreitei-ro para conclusão da obra. Consciente

dos constrangimentos que a situação origina quando se aproxima um novo ano letivo, a Câmara Municipal está a realizar todos os esforços para retomar as obras o mais rápido possível com outra empresa.

Conhecemos que face a estes cons-trangimentos, o Agrupamento que tem essa responsabilidade, está a encontrar soluções dentro dos equipamentos escolares existentes, sendo que fomos informados que uma sala de pré-esco-lar será uma realidade e permitirá dar a resposta a mais 25 crianças do pré--escolar enquanto não for concluída a obra. Pensamos que existirão condi-ções, se o Agrupamento o entender, para dar mais respostas às restantes crianças, até se concluírem as obras.

A Câmara Municipal do Seixal tem já o mobiliário e equipamentos para apetrechar estas novas salas de Jardim de Infância.

A nossa prioridade é a construção de uma escola pública de qualidade, onde o bem-estar dos alunos, professo-res, auxiliares de educação e restante comunidade educativa seja efetivamen-te uma realidade".

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| 4 de setembro de 202010 | SAÚDE

VioletaFitoterapia

Miguel Boieiro

Violetera”, cantada por Sarita Montiel…como aves precursoras de primavera, en Madrid aparecen las violeteras …cóm-preme usted este ramito no vale más que un real, p’a lucirlo en el ojal…. Entre nós, quem não se lembra do fado “A Moda das Tranças Pretas” …a menina das tranças pretas, pelo Chiado passeava o dia intei-ro, apregoando raminhos de violetas…?

Só por isto estas encantadoras flores já serviriam para nutrir a saúde e bem--estar das criaturas, mas vamos ver que as violetas (falamos apenas das Viola odorata; os amores perfeitos ficam para uma outra ocasião) possuem valiosos atributos medicinais apregoados pelos ervanários de todas as épocas.

As violetas, plantas ajardinadas que toda a gente conhece, ou silvestres (como as que vimos em harmonioso feixe numa caminhada pedestre na Serra de Sintra, organizada pela Sociedade Portuguesa de Naturalogia) são inconfundíveis pelo seu suave aroma e beleza de folhas e flo-res. Têm caules rasteiros, folhas perenes cordiformes e singelas flores zigomórfi-cas com cinco pétalas que se auto poli-nizam.

Quimicamente registam-se flavonói-des, mucilagens, saponinas, betacarote-no, ácido salicílico, resinas e um alcaloide denominado “odorantina”. As flores pro-porcionam a extração de óleo essencial utilizado em perfumaria.

Propriedades: expectorante, sudorífe-ra, béquica, colagoga, cicatrizante, emo-liente, depurativa, anti-inflamatória, etc.

Folhas e flores servem para fazer “chá” para a tosse, bronquite, rouquidão, insónia, dor-de-cabeça, histeria, esgota-mento físico e mental, depressão, azia e dores abdominais.

Diz-se que Santa Hildegarda, famo-sa freira medieval, mencionou que esta pequena erva florida podia ser utilizada para tratar muitos problemas de pele,

A teia de relações que se estabelece entre os seres vivos e as influências que entre si se produzem é incomensurável. Os vegetais, todos eles, desde os mais sim-ples aos mais complexos, possuem inegá-veis poderes terapêuticos que bastantes vezes passam despercebidos ou são sub-valorizados pela ciência. Na fitoterapia detemo-nos correntemente nos aspetos materiais físicos e químicos, olvidando mensagens mentais e espirituais que as plantas nos podem transmitir em bene-fício da nossa saúde holística. Acorreram tais reflexões após analisarmos algumas teorias de Paracelso, notável médico do século XVI, que lograram sobreviver aos crivos da temível inquisição. Prossegui-ram depois com a leitura das “Plantas Mágicas” de Sédir que aborda a discipli-na da Botanogenia, ou seja, dos princí-pios cosmológicos do Reino Vegetal. Não é agora a altura propícia de desenvolver este fantástico tema, acrescentando ape-nas que, no pequeno dicionário de plan-tas com poderes, destaca-se a violeta.

As violetas pertencem à família botâ-nica das Violaceae que abrangem mais de 500 espécies, sem contar com as que resultam de hibridações. As mais popularizadas são a Viola odorata (vio-leta comum) e a Viola tricolor (amor--perfeito). No seguimento do que é dito no parágrafo anterior atrevemo-nos a afirmar que o poder benfazejo destas belas flores resulta, em grande medida, do gozo proporcionado pela sua simples contemplação.

Na simbologia das flores as violetas representam o romantismo, o amor, o pudor, a delicadeza e a inocência. Da época clássica até hoje vemos imagens de violetas estilizadas e refletidas em obras de arte: estatuária, pintura, joalharia, literatura romanesca, canto, dança, cine-ma e escudos brasonados.

Recordamos as estrofes da famosa “La

incluindo eczemas, cicatrizes, estrias, verrugas e quistos, bem como aliviar a enxaqueca, a fadiga ocular e as doenças dos olhos.

Observe-se agora no que vem no “Atlas de Bolso das Plantas dos Campos, Pradarias e Bosques para uso dos Pas-seantes e Excursionistas” de R. Sielain, editado em Paris em 1910: “com as flores secas fazem-se tisanas e xaropes contra a tosse…as flores são utilizadas em con-feitaria …as raízes, ao contrário, têm um cheiro desagradável e podem ser eméti-cas…a essência de violeta é um dos mais agradáveis perfumes obtidos por destila-ção das flores”.

No “Léxico das Plantas Medicinais”, de Iris Schmidt, lê-se: “Como remédio caseiro são recomendadas 2 a 3 cháve-nas de chá de folhas, por dia, em caso de tosse. Deitar uma colher de chá de folhas numa chávena de água fria, ferver ligeiramente e deixar macerar durante 5 minutos”.

No excelente “Tratado das Plantas Medicinais Mineiras, Nativas e Cultiva-das”, a professora brasileira Telma Sueli Grandi explica que as formas farmacêu-ticas da violeta-de-cheiro são o infuso, o decocto, o extrato fluido e a tintura. Diz ainda que as flores são emolientes e peitorais e as raízes são eméticas. Ser-vem para tratar problemas de pele como psoríase e eczema e, a longo prazo, para reumatismo e infeção urinária.

Estes são apenas alguns exemplos de autores consagrados de várias épocas e de diversos países que abordam as vio-letas como plantas medicinais de grande préstimo para além do seu aspeto deco-rativo e ornamental.

Para os gastrónomos, acrescentamos que tanto as folhas como as flores são comestíveis e que as pétalas carameli-zadas ficam espetaculares de aspeto e sabor. Ora queiram experimentar!

DR

OPINIÃO

Dário Codinha

COVID-19 OU SARS-COV-2?

O primeiro caso confirmado do novo coronavírus surgiu em 17 de novembro de 2019. Epidemiologistas chineses juntamente com o Centro Chinês para Controle e Prevenção de Doenças (CCCPD) publicaram um artigo em 21 de janeiro de 2020 afirmando que o primeiro grupo de pacientes com "pneumonia de causa desconhecida" foi identificado em 21 de dezembro de 2019. Ainda em Dezembro, foi descoberto o novo vírus a que se deu o nome inicial de n-CoV, posteriormente mudado para SARS-CoV-2, que estava a afectar pessoas.

O problema em ser um vírus novo nos humanos é que não temos forma de o prevenir ou combater. O SARS-CoV-2 anda e andará por aí, tal como a estirpe pandémica do vírus da gripe, o influenza H1N1/2009. Enquanto aguardamos pela vacina vamos vendo os números dos infectados a subir. Será mesmo? Quando vemos que há 50 mil casos de COVID-19, não é verdade. O que esse número mostra é que, até agora, houveram 50 mil testes PCR positivos, mas não quer dizer 50 mil doentes, pois para ter doença é necessário ter sintomas e sabemos que podemos ter SARS-CoV-2 no nosso corpo sem apresentar sintomas COVID-19. Além disso, os 50 mil casos positivos do vírus são o cumulativo desde o início e não o número de casos activos. Esses são o número total de casos menos o número de recuperados( a 25 de Agosto o número de casos activos era de 14840 em Portugal e 8274077 no mundo). O número de casos activos por cá atingiu um pico inferior, abaixo dos 12500 a 8 e 9 de Agosto e, desde aí, voltou a subir

Então o vírus não é perigoso? Sim e não. Não porque a letalidade é de cerca de 0,2% (ainda assim umas dez vezes maior do que a da gripe). Sim, porque sendo um vírus novo, o nosso organismo não o reconhece e devemos evitar ao máximo o seu espalhamento enquanto não há vacina para que o sistema de saúde não colapse. É que 0,2% da população portuguesa é cerca de 220 mil. A caminho estão a vacina nada promissora, e potencialmente perigosa, russa, a vacina chinesa, que está a ser testada também no Brasil e a promissora vacina da Universidade de Oxford em colaboração com a AstraZeneca. Enquanto a primeira não realizou testes em larga escala, e os testes foram feitos nos próprios cientistas (o que é uma medida anti-ética), a última começou a corrida com um grande avanço já que estava a ser elaborada na altura da SARS em 2002 e apresenta imunidade duradoura.

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PUBLICIDADE | 11 | 4 de setembro de 2020

19 de setembro a 17 de outubro de 2020

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Alves dos Santos, escritor d’ O Arrais, um cidadão do mundo, mostrou ao “Comércio” que a inspiração para os seus livros publicados reside no olhar que tem sobre a vida. Um olhar que busca ser surpreendido pelo mundo, como afirma.

| 4 de setembro de 202012 | ENTREVISTA

Alves dos Santos

Quem é o Alves dos Santos? Alves dos Santos é sobretudo um cida-

dão do mundo que nasceu na cidade sul--africana de Johannesburg mas que se fez gente em Machico, terra onde os des-cobridores portugueses da bela Ilha da Madeira primeiro firmaram pé.

Atraído quer pelas letras quer pelos números decidi prosseguir os estudos em Engenharia e posteriormente Gestão sem contudo nunca ter abandonado as letras, inicialmente através da leitura compul-siva e depois também através da escrita. Atualmente passo o meu tempo entre o Qatar, onde trabalho para uma empresa do sector das telecomunicações, e Almada onde tenho casa há duas décadas.

Estamos perante um Poeta ou um Romancista? Como é que te defines enquanto escritor?

Estão perante um Escritor que se expressa tanto em Poesia como em Pro-sa, conforme a inspiração e a mensagem que pretendo fazer chegar aos leitores.

Eu, tanto quanto possível, tento evi-tar me deixar enredar e limitar por definições de quem sou como escritor ou sobre o que trata a minha escrita. Mas sendo alguém que procura se man-ter ligado às pessoas e ao que se passa em seu redor é natural que tente com a minha escrita irromper pelo espírito humano adentro e arrancar dessas mais profundas entranhas as verdades escon-didas, as dúvidas e os medos que nos assaltam constantemente enquanto seres humanos.

Como é que acontece o processo de criação literária? Há um padrão?

Atualmente há muito a ideia de que ser escritor é fazer uns workshops e uns cursos de escrita criativa onde se aprende um método de escrita e, a partir daí, é seguir aplicando esse método. E se é ver-dade que alguns escritores de best-sellers parecem ter adotado essa abordagem com sucesso, eu tento fugir da mesma o mais que posso porque acredito que na espontaneidade e na inspiração está a fonte para permanecermos originais e irreverentes.

E a minha inspiração vem sobretudo de viver a vida em conluio com a des-coberta, de procurar sempre se deixar surpreender pelo mundo e pelos outros e, nesta entrega altruísta de si próprio, não há nunca desilusão apenas revela-

ção sobre quem somos e sobre quem nos rodeia.

Parte da tua obra poética aborda temas como o amor, o desejo carnal, ou aquela paixão sofrida. Podemos encontrar estes temas em Poemas de Amor e Outros Labi-rintos ou mais recentemente n’O Livro de Todos os Pecados. Consideras-te um romântico ou o “poeta é um fingidor”?

Antes de mais, penso que seja um pou-co redutor resumir a minha escrita poética apenas a esses temas mas penso ser inegá-vel que o ser humano é inerentemente um ser social que procura encontrar significa-do para a vida e para a morte nas relações que estabelece ao longo da sua existência.

Se olharmos para o Mundo vemos que tanto, do bom e do mal, que nele aconte-ce resulta das ações individuais e coletivas dos seres humanos e que as mesmas são recorrentemente justificadas pelo amor: o amor como desejo carnal mas também o amor pelos seus Deuses, pela suas pátrias e, talvez mais raramente admitido, pelo amor próprio.

Cada um dos meus poemas é também um pequeno conto poético que tenta reve-lar episódios individuais dessa luta ingló-ria, infrutífera e efémera que é viver. De facto são os pequenos momentos que dão significado ao nosso existir e nós tolera-mos muita coisa apenas para ter a oportu-nidade de experienciá-los.

E sim, esses contos contêm sempre a minha própria interpretação das reali-dades que lá são descritas, mas isso está

DR

longe de querer dizer que sejam neces-sariamente autobiográficas ou obriga-toriamente “fingidas”. São antes a visão empática de quem tenta entender a rea-lidade se colocando na situação do outro.

Sentes que resumir um Poeta a alguém

que sofre por amor é desconsiderar o tra-balho da construção de um poema? Ou o amor é uma temática sempre presente mesmo quando não está?

Um Poeta é um ser tão complexo como qualquer outro ser humano e, nesse sen-tido, tentar representá-lo dessa forma é necessariamente inadequado. Mesmo dentro do tema do Amor, encontramos poemas que são hinos ao amor platóni-co, outros ao amor consumado e outros ainda ao amor sofrido. Julgo que tudo e nada podem servir como inspiração para se escrever um poema. Eu próprio tenho um poema que aborda o “Nada”.

Pegando na questão da dificuldade que é tornar sentimentos em poesia, em O Arrais, de 2017, sendo este um romance, qual foi a grande dificuldade em escrevê--lo?

A grande dificuldade foi mesmo encon-trar o tempo necessário para o escrever pois não vivo exclusivamente da escrita e tive que fazer muita pesquisa para esse livro.

Como referi, eu cresci em Machico - que é uma terra com fortes tradições piscatórias - e tendo familiares ligados diretamente ao Mar, cresci ouvindo tantos histórias sobre a dureza e a incerteza de se ser pescador. Algo que também carac-teriza aquela Ilha é a emigração, tendo eu próprio nascido na África do Sul porque os meus pais emigraram.

O Arrais surgiu então como uma mes-cla destes dois fenómenos tão definidores da Ilha da Madeira e foi uma história que viveu dentro de mim durante muito tem-po até eu ter finalmente conseguido pas-sá-la para o papel.

É uma história ficcionada que se ins-pirou nessas histórias que cresci a ouvir e que pretendo que seja uma sentida home-nagem a todos os Homens do Mar e em particular aos de Machico.

Dedica-lo “A todos os Homens que navegam por Mares revoltosos...”, sem desvalorizar a força desses Pescadores e Homens do mar, de quem falas, podemos também ler este livro como uma metáfo-ra da vida?

Se há uma coisa que eu aprendi como Escritor é que existirá sempre uma dife-rença entre o que um autor escreve e o que um leitor lê e não tem nada de errado nisso. Autor e leitor têm os seus próprios referenciais, as suas próprias experiências e as suas visões de si próprios e do mundo. Por tudo isso eu aceito com naturalidade todas as interpretações que possam ser fei-tas sobre as minhas palavras escritas, mes-mo que estejam bem distantes daquilo que eu pretendia dizer. A partir do momento que entrego as minhas palavras ao Mundo, elas já não são mais minhas para que eu possa decidir como podem ou devem ser interpretadas.

Para o futuro, agora com tua vida entre o Qatar e a Margem sul do Tejo, podemos esperar um romance ou um livro de poesia, com inspiração no oriente?

Sendo alguém que, como referi ante-riormente, vive conectado com o mun-do e as pessoas que me rodeiam, sou influenciado e inspirado de forma inevi-tável, mesmo que tantas vezes de forma inconsciente, por toda essa envolvência. Alguns dos poemas que já escrevi des-de que estou nestas paragens terão já essa influência mas, pelo menos neste momento, não posso dizer que tenha planeado escrever um livro que tenha como inspiração primordial o Orien-te. Mas quem sabe? Afinal tudo o que é preciso é um momento de inspiração para que tudo possa acontecer…

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CULTURA | 13 | 4 de setembro de 2020

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Os 3 trovadoresQuem pensa que temos de recuar à

Idade Média para encontrar os trovado-res e jograis de outrora pois os mesmos deixaram de existir com o passar dos anos, engana-se. Certamente, não conhe-ce algumas das pérolas mais escondidas do concelho do Seixal.

Há 12 anos, um grupo de 3 amigos, numa brincadeira de escola entregou-se à música. Uma aventura que iniciou na Escola Secundária Alfredo dos Reis Sil-veira, ao som da guitarra.

Este projeto, que ainda se mantém ape-nas um sonho para estes jovens, iniciou com uma série de duetos entre o Daniel e o Ari. O que os fez começar? O gosto pela música, o que transmitem às pessoas, a sensação de poderem partilhar bons momentos com aqueles que os conhecem, ou passam a conhecer ao fim da primeira canção.

São jovens, são do Seixal, e na sua mala levam sonhos. Sabem perfeitamente que para avançar com um projeto musical, a sério, como os próprios dizem, é necessá-rio um grande investimento e uma estru-tura forte e coesa, que neste momento dizem não ter.

Não descartam a hipótese, nem põe em causa o que surgirá no dia de ama-nhã, mas no agora, pretendem continuar a espalhar gargalhadas, boa disposição e

lágrimas a todos que os possam ouvir.

Querem saber onde poderão ouvir estes jovens? Por aí!

Não existe nem data, nem hora nem local marcado para o espetáculo. Pode-rá surgir em qualquer lugar onde se sin-

tam acolhidos, onde sintam que é ali que devem atuar. As guitarras vão com eles, porque para cantar não precisam de mais do que isto.

Quem tem a sorte de os ouvir, leva-os no coração, e certamente nunca os esque-cerá.

Limpeza doméstica ocasionalonde quiser quando quiser sem fidelização

Rua António Augusto Louro, N.º 2 - Loja C2840-097 Aldeia de Paio Pires215 844 470

House shine [email protected]

POESIA

Pinhal Dias

SE NADA FIZERMOS POR ELA.

Deveras ser um caminho,

bem apertadinhoa fim de chegarmos

à bondade, humildadee à solidariedade

e ponderarmos que é a melhorforma de estar na vida…

A praxis humanajá em si deveria ser uma família

se não levassem a vida leviana

Temos uma vida bem escura,numa ausência de bela

se nada fizermos por ela…

Pinhal Dias (Lahnip) PT(In: “As Minhas Reflexões”)

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14 | LAZER

SU DO KU

21-03 a 20-04

21-06 a 23-07

21-04 a 21-05

21-04 a 21-05

24-07 a 23-08

24-09 a 23-10

24-08 a 23-09

24-10 a 22-11

23-11 a 21-12

22-12 a 20-01

21-01 a 19-02

20-02 a 20-03

SOLUÇÃO

LIVROS

filme

Carneiro

Touro

Gémeos

Caranguejo

Leão

Virgem

Balança

Escorpião

Sagitário

Capricórnio

Aquário

Peixes

04 a 10 de setembro

| 4 de setembro de 2020

«Dois anos antes de sair de casa, o meu pai disse à minha mãe que eu era muito feia» é a frase inicial des-te romance. Giovanna faz esta revelação e sabe que o pai a via como uma adolescente imprevisível e que se parecia, cada vez mais, com a tia Vittoria. Mas ser adolescente é ser imprevisível e o pai não conseguia aceitar que o tempo era soberano.

Nasce a curiosidade e a vontade enorme de conhe-cer a tia, pessoa desprezada e que tinha sido apagada da família. O que teria acontecido? É assim que chega à zona mais pobre de Nápoles e vai saber a verdade.

Confirmando mestria narrativa e profundo conhe-cimento do que se passa na cabeça das adolescentes, Ferrante constrói um enredo surpreendente, ligando uma história de iniciação aos episódios de uma pul-seira que passa de mão em mão. O resto é para ler e reler.

livro

BIBLIOTECA ESCRITOR LEITORESCAPA ESTANTE LITERATURACAPÍTULO FEIRA DO LIVRO LIVRARIAEDITOR FOLHEAR LIVREIROLOMBADA POESIA ROMANCESINOPSE

Amor: Revele os seus desejos à sua cara-metade, a sua relação sexual melhorará bastante.Saúde: Estável.Dinheiro: Melhore o relacionamento interpessoal.Números da Sorte: 10, 20, 36, 39, 44, 47

Amor: Proteja-se contra intrigas. Seja verdadeiro, a verdade é eterna e a mentira dura apenas algum tempo.Saúde: Não coma demasiados doces.Dinheiro: Vigie a sua conta bancária.Números da Sorte: 5, 25, 33, 49, 51, 64

Amor: Não dê ouvidos a terceiros. A felicidade é de tal for-ma importante que deve esforçar-se para a alcançar. Saúde: Tenha atenção com os ouvidos.Dinheiro: Pense bem antes de fazer investimentos. Números da Sorte: 7, 13, 17, 29, 34, 36

Amor: Não seja orgulhoso. Não se deixe manipular pelos seus próprios pensamentos, e dê o primeiro passo para a reconciliação!Saúde: Agasalhe-se melhor. Dinheiro: Cuidado com os gastos supérfluos.Números da Sorte: 1, 2, 8, 16, 22, 39

Amor: Visite familiares que já não vê há algum tempo. Que a luz da sua alma ilumine todos os que você ama! Saúde: Consulte o oftalmologista. Dinheiro: Tenha cautela.Números da Sorte: 1, 8, 42, 46, 47, 49

Amor: Quebre a rotina, use a criatividade para expressar o que sente. Que o seu olhar tenha o brilho do sol!Saúde: Cuide do seu lado espiritual. Dinheiro: Não se esqueça das contas por pagar.Números da Sorte: 7, 18, 19, 26, 38, 44

Amor: Dinamize a sua relação. Nunca perca a esperança nas pessoas, invista nelas! Saúde: Em boa fase.Dinheiro: Pode conseguir uma promoção.Números da Sorte: 9, 11, 25, 27, 39, 47

Amor: Não dê confiança a quem não conhece. Não perca o contacto com as coisas mais simples da vida.Saúde: Cansaço e stress acumulado serão prejudiciais. Aprenda a descansar mais. Dinheiro: Situação equilibrada em termos profissionais e financeiros.Números da Sorte: 4, 9, 11, 22, 34, 39

Amor: Momentos divertidos em família. Que tudo o que é belo seja atraído para junto de si!Saúde: O seu sistema imunitário não anda muito bem. Pro-teja-se. Dinheiro: Não é um período favorável para despesas, pro-cure evitá-las.Números da Sorte: 7, 11, 19, 24, 25, 33

Amor: Dê atenção à sua família. Seja mais presente na vida de quem ama. Saúde: Vigie a tensão arterial.Dinheiro: Elimine gastos supérfluos Números da Sorte: 1, 3, 24, 29, 33, 36

Amor: As relações afetivas atravessam um período de estagna-ção. Quem sabe proteger-se das emoções negativas aprende a construir um futuro risonho! Saúde: Faça caminhadas e passeios. Dinheiro: Possibilidade de encontrar um novo emprego, estão favorecidas as mudanças a este nível.Números da Sorte: 7, 11, 18, 25, 47, 48

Amor: As pessoas mais próximas podem estar a necessitar de si. Reúna a sua família com o propósito de falarem sobre os problemas que vos preocupam. Saúde: Problemas relacionados com varizes.Dinheiro: Pode receber dinheiro extra.Números da Sorte: 4, 6, 7, 18, 19, 33

BEM-VINDOSA ÁFRICA

A VIDA MENTIROSA DOS ADULTOS

sopa de letras

dr

Léo Poli é, há muito tempo, o célebre apresentador de "Encontro... no Fim do Mundo", um programa te-levisivo de grande sucesso em França que coloca cele-bridades em locais inesperados.

Para a edição de Natal, a direcção do programa decide ter quatro convidados especiais. A ideia é levá--los a uma das tribos mais isoladas de toda a África e verificar o seu comportamento.

Mas a arrogância e antipatia de cada um deles vai ser chocante, mesmo para os mais pacíficos dos indí-genas. E isso vai trazer-lhes sérios aborrecimentos e muitas situações que acabam por ser hilariantes.

dr

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DESPORTO | 15 | 4 de setembro de 2020

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No momento singular que a nossa sociedade atravessa e numa altura em que o movimento associativo passa por um período difícil e de peculiar incer-teza, o Seixal Clube 1925 retoma pro-gressivamente as atividades desportivas seguindo as orientações da DGS e do IPDJ, com o contributo da Associação de Futebol de Setúbal e da Federação Portuguesa de Basquetebol. O início das atividades foi precedido da elaboração de um plano de contingência e da ade-quação das instalações aos requisitos dos normativos em vigor. Atletas e colabora-dores foram sensibilizados para a adoção de comportamentos consistentes com o momento pandémico que vivemos, veri-ficando-se grande respeito pelas normas estabelecidas. O plano inicialmente defi-nido já sofreu várias alterações face às exigências da Direção Geral de Saúde. O basquetebol iniciou as suas atividades a 24 de agosto, nos escalões de formação. As atenções estão viradas para a equipa sénior, que iniciou os seus trabalhos a 26 de agosto com o plantel já fechado, e que irá disputar o apuramento de subida à 1ª divisão, nos dias 19, 26 e 27 de setem-bro. No dia 19 vão defrontar o Basquete Clube de Santo André, a 26 os Salesianos

do Estoril e a 27 o Marinhense. Manuel Coisinha, coordenador geral do Basque-tebol do Seixal mostra-se muito confian-te no trabalho realizado e na qualidade da equipa que dá garantias de lutar pela subida de divisão, e propiciar assim uma grande alegria à família seixalense. No Estádio Municipal do Bravo a retoma das atividades físicas de futebol tem sido progressiva, com as limitações impostas nos escalões de formação e sem restri-ções nas duas equipas seniores do Seixal. Ainda não são conhecidas as datas de início dos campeonatos de formação mas prevê-se que o Campeonato da 1ª Divi-são Distrital de Seniores tenha início nas primeiras semanas de outubro. João Fus-co, coordenador geral de futebol antevê uma época difícil mas desafiante, onde o principal objetivo na formação será manter um bom desempenho físico dos atletas. A equipa sénior, que foi reforçada esta época com novos elementos, prepara a sua participação nos campeonatos ofi-ciais com o objetivo de dignificar o Clube lutando jogo a jogo pela vitória. A nova equipa de Sub22 tem como objetivo dar continuidade à formação dos atletas em contexto de competição potenciando o seu desempenho com vista a uma futura

Retoma de atividades desportivas – Seixal Clube 1925

integração no plantel principal da equi-pa sénior. O Seixal Clube 1925 continua-rá a desenvolver o seu projeto desportivo e social, atento às necessidades dos atle-

tas e agentes desportivos que o integram, dos seus associados e da comunidade em geral.

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16 | ATUALIDADE | 4 de setembro de 2020

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A manifestação automóvel divulgada nas redes sociais, através do grupo “Sei-xalSim CovidNão” ganhou força, com o mote de que a realização da Festa do Avante será um perigo para a Saúde Pública. Em especial pelo risco de con-tágio por Covid-19, da população local, que mesmo não participando no evento, vê um aumento acrescido dessa possibili-dade, com a concentração de pessoas na zona.

Joel Lira, um dos organizadores da manifestação, presente no local, quando questionado sobre o porquê deste pro-testo, apontou a necessidade de proteger os moradores locais e a possibilidade do evento, vir a envolver mais pessoas do que o número limite imposto pela DGS. Pediu que se batesse à porta dos morado-res da Amora para que a opinião destes fosse tida em conta. Afirmou que espe-rava cerca de 30 indivíduos presentes no protesto e mostrou-se surpreendido com a maior adesão, que se assistiu no local.

Os manifestantes, que protestaram nos seus veículos, marcando a sua posi-ção através das buzinas que se fizeram ouvir em todo o percurso, previamente marcado, fizeram-se acompanhar por

faixas e bandeiras pretas como símbolo de protesto. Tratando-se de uma mani-festação apartidária, a organização da mesma pediu a todos os manifestantes que não se fizessem acompanhar por qualquer símbolo político. Pôde ver--se nas viaturas que acompanharam a marcha, diferentes cartazes colados nos veículos. Foi possível observar também algumas bandeiras pretas, penduradas nas janelas e varandas, na zona por onde os manifestantes passaram. Foi a forma que, aqueles que não participaram direc-tamente na marcha, encontraram para marcar uma posição contra a realização do evento, que irá decorrer na Quinta da Atalaia.

Outros protestos estão também mar-cados para este fim de semana. Alguns comerciantes da Amora ponderam tam-bém fechar portas, durante estes dias, de forma a evitar o fluxo de pessoas nos seus espaços comerciais.

Recordamos que a Festa do Avante está marcada para hoje e que irá decor-rer durante este fim de semana com a imposição, por parte da Direcção-Geral da Saúde (DGS), de uma lotação máxima diária e simultânea de 16.563 pessoas.

Manifestação contra a Festa do AvanteNuma marcha lenta, que começou junto ao Complexo Desportivo Carla Sacramento, várias dezenas de manifestantes, alguns comerciantes locais, deram início ao primeiro protesto contra a Festa do Avante.

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