Auto de Natal - Material de Catequese · PDF fileAuto de Natal CENA 1 - O PERCURSOR Narrador -...

6
Auto de Natal CENA 1 - O PERCURSOR Narrador - Era no tempo de Herodes, rei da Judeia. Sob o céu de um azul muito puro, a que nenhuma nuvem quebrava a luminosidade, a cidade de Jerusalém estendia o casario branco envolvido no calor intenso do sol. Nesse dia encontrava-se ao serviço do Templo, no exercício das suas funções, um sacerdote de nome Zacarias, da turma da Abiá, e coube-lhe, segundo o costume, entrar no Santuário para queimar o incenso. Zacarias era um homem idoso, cansado com Isabel, uma das filhas de Aarão. Embora escrupulosos cumpridores de todos os mandamentos e preceitos da Lei de Deus, não haviam tido filhos porque Isabel era estéril, e já tinham perdido a esperança de os ter por serem ambos de idade avançada. Lá fora os fiéis oravam. Era a hora do incenso. Foi então que, ao aproximar-se do altar do incenso, Zacarias viu surgir à sua frente, de pé um Anjo do Senhor. Perturbado e cheio de clamor, o velho sacerdote ficou imóvel, a olhar a luminosa aparição. Mas o Anjo disse-lhe: Anjo Não tenhas receio, Zacarias, porque foi ouvida a tua súplica. Tua mulher, Isabel, dar-te-á um filho ao qual porás o nome de João, um filho que será para ti motivo de grande alegria, e muitos se hão-de alegrar pelo seu nascimento. Na verdade. Ele será grande aos olhos do Senhor, não beberá vinho nem nenhuma bebida alcoólica, e estará cheio do Espírito Santo. Ele terá o espirito e a força do profeta Elias, e a sua missão será preparar os caminhos do Senhor! Narrador Pálido e trémulo, Zacarias ousou no entanto responder ao Anjo! Zacarias Como posso crer que seja assim, se estou velho e minha mulher é também avançada de idade?! Anjo Eu sou Gabriel, que estou presente diante de Deus e fui enviado para te dar estas boas novas. Mas por não teres acreditado nas minhas palavras, ficarás sem poder falar até ao dia em que as boas novas se realizarem, o que acontecerá a seu tempo, conforme a vontade do Senhor! Narrador Dizendo isto, a figura do Anjo desapareceu. Lá fora, o povo esperava Zacarias, e admiravam tanta demora dentro do Templo. Ao voltar, ainda trémulo e pálido, Zacarias não pôde falar, limitando-se a fazer sinais com as mão, mas que ninguém perceberá. Ao terminarem os seus dias de serviço no Templo, Zacarias retirou-se para sua casa, profundamente perturbado e continuando mudo. CENA 2 A ANUNCIAÇÃO Narrador Em Nazaré, pequena cidade da Galileia, vivia uma jovem virgem tão pura quanto bela, que se chamava Maria e estava prometida a um santo homem de nome José, da casa de David, designado por Deus como seu futuro esposo. José era um varão justo e temente a Deus, carpinteiro de seu oficio, homem maduro e experiente, de

Transcript of Auto de Natal - Material de Catequese · PDF fileAuto de Natal CENA 1 - O PERCURSOR Narrador -...

Page 1: Auto de Natal - Material de Catequese · PDF fileAuto de Natal CENA 1 - O PERCURSOR Narrador - Era no tempo de Herodes, rei da Judeia. Sob o céu de um azul muito puro, a que nenhuma

Auto de Natal

CENA 1 - O PERCURSOR

Narrador - Era no tempo de Herodes, rei da Judeia. Sob o céu de um azul muito puro, a

que nenhuma nuvem quebrava a luminosidade, a cidade de Jerusalém estendia o

casario branco envolvido no calor intenso do sol. Nesse dia encontrava-se ao serviço

do Templo, no exercício das suas funções, um sacerdote de nome Zacarias, da turma

da Abiá, e coube-lhe, segundo o costume, entrar no Santuário para queimar o incenso.

Zacarias era um homem idoso, cansado com Isabel, uma das filhas de Aarão. Embora

escrupulosos cumpridores de todos os mandamentos e preceitos da Lei de Deus, não

haviam tido filhos porque Isabel era estéril, e já tinham perdido a esperança de os ter

por serem ambos de idade avançada. Lá fora os fiéis oravam. Era a hora do incenso. Foi

então que, ao aproximar-se do altar do incenso, Zacarias viu surgir à sua frente, de pé

um Anjo do Senhor. Perturbado e cheio de clamor, o velho sacerdote ficou imóvel, a

olhar a luminosa aparição. Mas o Anjo disse-lhe:

Anjo – Não tenhas receio, Zacarias, porque foi ouvida a tua súplica. Tua mulher, Isabel,

dar-te-á um filho ao qual porás o nome de João, um filho que será para ti motivo de

grande alegria, e muitos se hão-de alegrar pelo seu nascimento. Na verdade. Ele será

grande aos olhos do Senhor, não beberá vinho nem nenhuma bebida alcoólica, e

estará cheio do Espírito Santo. Ele terá o espirito e a força do profeta Elias, e a sua

missão será preparar os caminhos do Senhor!

Narrador – Pálido e trémulo, Zacarias ousou no entanto responder ao Anjo!

Zacarias – Como posso crer que seja assim, se estou velho e minha mulher é também

avançada de idade?!

Anjo – Eu sou Gabriel, que estou presente diante de Deus e fui enviado para te dar

estas boas novas. Mas por não teres acreditado nas minhas palavras, ficarás sem poder

falar até ao dia em que as boas novas se realizarem, o que acontecerá a seu tempo,

conforme a vontade do Senhor!

Narrador – Dizendo isto, a figura do Anjo desapareceu. Lá fora, o povo esperava

Zacarias, e admiravam tanta demora dentro do Templo. Ao voltar, ainda trémulo e

pálido, Zacarias não pôde falar, limitando-se a fazer sinais com as mão, mas que

ninguém perceberá. Ao terminarem os seus dias de serviço no Templo, Zacarias

retirou-se para sua casa, profundamente perturbado e continuando mudo.

CENA 2 – A ANUNCIAÇÃO

Narrador – Em Nazaré, pequena cidade da Galileia, vivia uma jovem virgem tão pura

quanto bela, que se chamava Maria e estava prometida a um santo homem de nome

José, da casa de David, designado por Deus como seu futuro esposo. José era um varão

justo e temente a Deus, carpinteiro de seu oficio, homem maduro e experiente, de

Page 2: Auto de Natal - Material de Catequese · PDF fileAuto de Natal CENA 1 - O PERCURSOR Narrador - Era no tempo de Herodes, rei da Judeia. Sob o céu de um azul muito puro, a que nenhuma

entendimento claro e grande retidão, obediente aos desígnios divinos. Um dia, quando

haviam decorrido seis meses depois do anúncio do nascimento do filho de Zacarias e

Isabel, apareceu diante de Maria, na sua modesta casa, o Anjo Gabriel, que lhe disse:

Anjo – Salve, ó cheia de graça, o Senhor está contigo!

Narrador – Ao ouvir estas palavras, a jovem perturbou-se, sem compreender

exatamente o que significaria aquela luminosa aparição, e qual o sentido da saudação

do Anjo. Mas Gabriel continuou:

Anjo – Não tenhas receio, Maria, pois achaste graça diante do Senhor. Hás-de

conceber em teu seio, e dar à luz um filho, ao qual porás o nome de Jesus. O Altíssimo

dar-lhe-á o trono de David, para que reine eternamente sobre a casa de Jacob…

Narrador – Maria que tinha feito votos de virgindade perpétua, respondeu, de olhos

baixos:

Maria – Eu sou a serva do Senhor, mas o Senhor recebeu os meus votos. Como poderei

ser ao mesmo tempo Virgem e Mãe do Filho de Deus?

Anjo – O Espirito Santo virá, e a força do Altíssimo estenderá sobre Ti a sua sombra.

Por isso o que vai nascer se há-de chamar Filho de Deus. Tua parente Isabel concebeu

um filho, na sua velhice, e este é o sexto mês dessa a quem chamavam estéril, pois a

Deus nada é impossível!

Maria – Eu sou a serva do Senhor. Que seja feito em mim segundo as tuas palavras.

Narrador – Depois de ter desaparecido o Anjo do Senhor, Maria, permaneceu de

joelhos, pensativa. Ela conhecia a tradição segundo a qual Deus prometera a David que

o Messias sairia da sua casa… Assim conforme as palavras do anjo, o menino que d’ela

havia de nascer a quem daria o nome de Jesus teria ao mesmo tempo natureza divina,

como Filho do Altíssimo, e natureza humana como descendente da casa de David, o

grande Rei… Invadiram-na um grande contentamento e uma grande esperança, mas

simultaneamente uma angústia que não sabia definir apertava-lhe o coração…

CENA 3 – A VISITAÇÃO

Narrador – Alguns dias depois, Maria pôs-se a caminho da pequena cidade onde

viviam Zacarias e Isabel, a quem, segundo o Anjo, ia nascer um filho. Cansada mas

contente, chegou por fim a casa de Zacarias e saudou Isabel. Ao ouvir a saudação de

Maria, Isabel sentiu que o menino se agitava dentro dela, e no mesmo instante, cheia

do Espírito Santo, ergueu a voz num grande brado, dizendo:

Isabel – Bendita és Tu entre as mulheres, e bendito o fruto do teu ventre! De onde me

é dado que venha ter comigo a Mãe do meu Senhor? Logo que chegaram aos meus

ouvidos a tua saudação, saltou de alegria, o filho que trago em mim… Feliz Aquela que

acreditou nas coisas que lhe foram ditas da parte do Senhor!

Maria – A minha alma glorifica o Senhor, e o meu espírito exulta em Deus, meu

Salvador, pois olhou para a humilde condição da sua serva. Desde agora me chamarão

ditosa todas as gerações, porque em mim fez grandes coisas o Omnipotente. Santo é o

Page 3: Auto de Natal - Material de Catequese · PDF fileAuto de Natal CENA 1 - O PERCURSOR Narrador - Era no tempo de Herodes, rei da Judeia. Sob o céu de um azul muito puro, a que nenhuma

seu nome, e a sua misericórdia vai através das gerações para os que O temem. Exerceu

a força com o seu braço, dispersou os que se elevam no próprio conceito. Derrubou os

poderosos de seus tronos e exaltou os humildes. Encheu de bens os famintos e aos

ricos despediu-os sem nada. Tomou a seu cargo Israel, seu servo, recordando a sua

misericórdia – conforme tinha dito a nossos pais – e protege para sempre os filhos de

Abraão…

Narrador – Calou-se Maria, de olhos baixos, como surpreendida das palavras que

dissera. Maria, ficou com Isabel durante três meses, ajudando-a em tudo o que podia.

E no final desse tempo, regressou a sua casa.

CENA 4 – NASCIMENTO DE JOÃO

Narrador – Quando se cumpriam os tempos, Isabel deu à luz um filho, criança robusta

e sã em cujos olhos brilhava uma luz estranha, como se o menino soubesse já da

missão que teria a cumprir. Ao oitavo dia, juntaram-se os parentes de Zacarias e de

Isabel, a fim de procederem à circuncisão ritual e darem nome ao menino. Todos se

dispunham a pôr-lhe o nome de seu pai, mas eis que Isabel interveio, dizendo:

Isabel – Não. O meu filho há-de chamar-se João.

P1 – Mas entre os teus familiares, e parentes nenhum tem esse nome!

Narrador – e acenavam para o pai, que continuava sem poder falar, a fim de saberem

como quereria que a criança se chama-se. Zacarias, foi buscar uma tabuinha e

respondeu por escrito: “João será o seu nome”. Todos se admiraram, mas eis que

naquele instante, Zacarias ergueu a cabeça e louvou o Senhor dizendo:

Zacarias – Bendito seja o Senhor, Deus de Israel, porque visitou e trouxe a liberdade ao

seu povo, e nos suscitou uma força de salvação na casa do seu servo David, conforme

tinha dito pela boca dos seus santos os profetas dos tempos antigos; salvando-nos dos

nossos inimigos e da mão de todos os que nos odeiam, para ter misericórdia com os

nossos pais e lembrar-se da sua santa Aliança, juramento que fizera a Abraão, nosso

pai, de nos conceder que, libertos, sem receio da mão dos inimigos, O sirvamos em

santidade e justiça, na sua presença, em todos os nossos dias. E tu menino, serás

profeta do Altíssimo, pois irás á sua frente, diante do Senhor, a preparar os seus

caminhos, para dar a conhecer ao seu povo a salvação pela remissão dos pecados.

Graças aos misericordiosos sentimentos do nosso Deus, com que nos há-de visitar

como Astro das alturas, ao nascer, para iluminar os que se encontram nas trevas e na

sombra da morte, a fim de orientar os nossos passos nos caminhos da paz…

Narrador – Depois os anos correram, no seu giro eterno. João crescia e robustecia-se

em espírito e força…

CENA 5 – APARIÇÃO A SÃO JOSÉ

Page 4: Auto de Natal - Material de Catequese · PDF fileAuto de Natal CENA 1 - O PERCURSOR Narrador - Era no tempo de Herodes, rei da Judeia. Sob o céu de um azul muito puro, a que nenhuma

Narrador – Tendo Maria desposado José, mas antes de ter ocorrido o prazo de um

ano, que a lei fixava para os esposos fazerem vida em comum, a jovem achou-se

grávida por obra do Espírito Santo, conforme as palavras do Anjo da Anunciação. José,

que era um justo e não queria expô-La à difamação, decidiu repudia-La secretamente.

Estando ele a pensar nessa decisão que tomara, eis que me sonhos lhe apareceu o

Anjo do Senhor, ao qual lhe disse:

Anjo – José, filho de David, não tenhas receio de tomar contigo Maria, tua esposa, pois

o que nela se gerou vem do Espírito Santo. Dará à luz um filho, ao qual porás o nome

de Jesus, pois Ele há-de salvar o seu povo, remindo-o de todos os pecados…

Narrador – Despertando, José do sonho, fez como lhe mandara o Anjo do Senhor e

tomou consigo Maria como sua esposa, coma mesma pureza de espírito com que

Maria aceitara as palavras do enviado de Deus.

CENA 6 – NASCIMENTO DE JESUS

Narrador – Por esse tempo foi publicado um édito de César Augusto, para que fossem

recenseados todos os homens que viviam nos vários pontos do mundo romano. Na

Palestina, esse recenseamento comportava uma obrigação complicada: ninguém era

recenseado no lugar da sua residência, mas sim naquele de onde era originária a

família de que descendia. Assim, José partiu de Nazaré, na Galileia, e pôs-se a caminho

da cidade de David chamada Belém, na Judeia, pois pertencia à casa de David. Maria

sua esposa, acompanhou-o; e estava grávida. É longa a distancia de Nazaré a Belém, ao

passo de um burro, a montanha tradicional de que dispunham mesmo os mais pobres,

eram necessários quatro ou cinco dias de caminho… Ao chegarem a Belém, e por se

encontrar a cidade cheia de gente que tinham vindo de vários pontos da Judeia, foi em

vão que José procurou abrigo nas hospedarias. Mas Maria, estava perto de dar à luz o

seu filho. Acabaram por se instalar num curral, onde um boi pachorrento ruminava a

palha de que estava cheia a manjedoura. Ao lado do boi, colocaram o burro paciente…

e nessa mesma noite, no silêncio e no recolhimento co curral humilde, Maria deu à luz

o seu Menino, a quem envolveu em panos e recostou na manjedoura.

CENA 7 – ADORAÇÃO DOS PASTORES

Narrador – Nessa mesma noite, em que nasceu Jesus, um grupo de pastores, homem

simples e bons em cujas almas não havia maldade nem Ambição, estava reunido em

volta de uma pequena fogueira na base das colinas que ondeavam até aos limites do

horizonte. Envolvia-os um grande silêncio dos campos. As ovelhas dormiam, muito

juntas. Foi então que, sobre eles, uma luz emergindo das sombras, pairou no ar um

Anjo. E o belo anjo luminoso disse então:

Anjo – Não tenham medo, pois venho anunciar-vos uma grande alegria, que o será

para todo o povo… Hoje, na cidade de Davis, nasceu um Salvador, que é o Messias

Page 5: Auto de Natal - Material de Catequese · PDF fileAuto de Natal CENA 1 - O PERCURSOR Narrador - Era no tempo de Herodes, rei da Judeia. Sob o céu de um azul muito puro, a que nenhuma

esperado… Para que possam reconhecê-lo, digo-vos que encontrareis um Menino

envolto em panos deitado numa manjedoura…

Narrador – Ainda confusos e aturdidos, os pastores continuaram calados, mergulhados

em estranhos pensamentos. Todos tinham visto o Anjo de Senhor, todos haviam

escutado as palavras que ele dissera. Até que um deles falou timidamente, como se o

assustasse o ruido da própria voz:

P1 – Penso que devêssemos ir a Belém e ver isso que aconteceu e que o Senhor nos

deu a conhecer…

P2 – Tens razão… O Anjo disse-nos como poderemos encontrar o Menino que nasceu,

e isso indica-nos que e vontade do Senhor que o procuremos…

P3 – E deixamos os rebanho?...

P1 – Nenhum mal acontecerá aos rebanhos, pois vamos cumprir a vontade de Deus.

Narrador – Deitaram mais lenha na fogueira, para mais facilmente poderem orientar-

se quando voltassem, e puseram-se a caminho, silenciosos e apressados. No estábulo,

em Belém, não lhes foi difícil encontrar Maria e José, e o Menino deitado na

manjedoura, tal como disseram o Anjo. Deslumbrados, mais ainda do que quando lhes

aparecera o Anjo, os pastores prostraram-se em terra, adorando o Menino, e

contaram a mensagem recebida, que o tinha feito ir ali…

CENA 8 – ADORAÇÃO DOS MAGOS

Narrador – Do distante Oriente, através de montanhas e desertos, sob a luz do sol ou

na fria claridade do luar, os três reis haviam avançado quase sem descanso, ao passo

lento dos camelos. Eram três magos, homens de grande ciência que conheciam os

sinais dos astros e tinham profundamente mergulhado no estudo dos velhos livros que

continham todos os segredos das coisas, tal como eram então conhecidos. Havia já

muitos dias que seguiam o brilho de uma estrela surgida a gramde altura numa noite

clara e luminosa. Cada um deles reconhecera o sinal que havia de guiá-los a

determinado ponto da Judeia. Nesse ponto, conforme as profecias e o testemunho dos

astros, nasceria um Menino que seria chamado rei dos Judeus e cuja ação traria

grandes modificações a todos os povos da Terra. Assim, seguiram ao passo lento dos

camelos, levando presentes que iam oferecer, guiados pelo brilho de uma estrela, pelo

profundo conhecimento dos astros… e por uma vontade superior que os impelia.

Assim, chegaram os reis magos a Jerusalém. A estrela que tinham visto no oriente,

tinha deslizado, mais brilhante do que nunca, até que foi deter-se exatamente por

cima do lugar onde estava o Menino. Então cheios de Alegria porque a estrela lhes

indicava finalmente o fim da jornada, os três magos, entraram na casa, viram o Menino

com Maria, sua Mãe, e prostraram-se diante dele, adorando-o de joelhos e

ofereceram-lhe os presentes que traziam: o ouro, que indica a realeza; o incenso, que

é devido à divindade; e a mirra, que serve para a inumação dos corpos e que significa a

humanidade de Jesus. Nessa noite, partiram os magos de belém, mas nas suas almas

Page 6: Auto de Natal - Material de Catequese · PDF fileAuto de Natal CENA 1 - O PERCURSOR Narrador - Era no tempo de Herodes, rei da Judeia. Sob o céu de um azul muito puro, a que nenhuma

havia uma grande claridade e uma infinita paz. Ao passo lento de camelos, Gaspar,

Melchior e Baltazar tomaram por caminhos desviados e afastaram-se de Belém,

evitando a passagem por Jerusalém…