(Autoavaliação Institucional no Centro Universitário...

16
1 Autoavaliação Institucional no Centro Universitário Filadélfia/Unifil – Indicadores e Instrumentos Construídos – Relato de Experiência Centro Universitário Filadélfia (UniFil) Eixo II – Indicadores e Instrumentos de Avaliação Fernando Pereira dos Santos (Centro Universitário Filadélfia) Selma Frossard Costa (Centro Universitário Filadélfia) Resumo Este trabalho é um relato de experiência sobre o processo de autoavaliação institucional, conduzido pela CPA, no Centro Universitário Filadélfia, com base o ano de 2012. Tem como objetivo principal relatar de forma sistematizada a construção e reconstrução dos instrumentos e indicadores para a coleta e avaliação dos dados, buscando contribuir com as demais IES na condução desse importante desafio da autoavaliação institucional. Esta é marcada por etapas metodológicas e pelos indicadores e instrumentos que são construídos para dar conta não apenas da coleta dos dados, mas também da análise efetiva dos mesmos. Os sujeitos da pesquisa de avaliação (a comunidade acadêmica) necessitam estar motivados a envolverem-se neste processo, pois são os portadores de informações valiosas para a composição do quadro final da avaliação institucional. Sendo assim, este relato apresenta os indicadores e instrumentos construídos e utilizados nos três momentos básicos do processo de autoavaliação (planejamento e preparação; coleta, tabulação e análise dos dados; devolutivas), que é descrito em suas seis principais etapas, indicando a metodologia do trabalho realizado. Ilustrando e exemplificando os instrumentos e indicadores construídos para cada etapa, em sua forma e conteúdo, apresenta os resultados metodológicos alcançados na coleta e análise dos dados, culminando na devolutiva ainda em efetivação. Este processo facilitou o envolvimento espontâneo da comunidade acadêmica, focando na qualidade dos dados coletados e não tanto em sua quantidade. Na forma como foram pensados, estruturados e operacionalizados tem permitido a socialização dos seus resultados junto a cada segmento, alcançando gradativamente toda a comunidade acadêmica. E a ênfase está também no conteúdo destas devolutivas e não apenas na sua forma, permitindo aos gestores acadêmicos e administrativos, em todas as instâncias, visualizarem as fragilidades como possibilidades de melhorias e sendo instados a promovê-las. Palavras-chaves: Autoavaliação. Indicadores. Instrumentos Introdução O Centro Universitário Filadélfia – UniFil, com sede no município de Londrina, no estado do Paraná, é um estabelecimento privado de ensino superior, particular em sentido estrito, mantido pelo Instituto Filadélfia de Londrina – IFL, entidade sem fins lucrativos, fundada em 1945, com sede na cidade de Londrina, Paraná. A UniFil integra cursos de graduação e respectivos colegiados, e de pós-graduação, além dos órgãos suplementares e de extensão. Os órgãos suplementares e de extensão atuam na inter-relação deste Centro Universitário com a comunidade, onde se encontra historicamente inserida. Com o advento da Lei Federal nº 10.861/2004, que instituiu o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (SINAES), a UniFil, no

Transcript of (Autoavaliação Institucional no Centro Universitário...

1

Autoavaliação Institucional no Centro Universitário Filadélfia/Unifil – Indicadores e

Instrumentos Construídos – Relato de Experiência

Centro Universitário Filadélfia (UniFil)

Eixo II – Indicadores e Instrumentos de Avaliação

Fernando Pereira dos Santos (Centro Universitário Filadélfia)

Selma Frossard Costa (Centro Universitário Filadélfia)

Resumo Este trabalho é um relato de experiência sobre o processo de autoavaliação institucional, conduzido pela CPA, no Centro Universitário Filadélfia, com base o ano de 2012. Tem como objetivo principal relatar de forma sistematizada a construção e reconstrução dos instrumentos e indicadores para a coleta e avaliação dos dados, buscando contribuir com as demais IES na condução desse importante desafio da autoavaliação institucional. Esta é marcada por etapas metodológicas e pelos indicadores e instrumentos que são construídos para dar conta não apenas da coleta dos dados, mas também da análise efetiva dos mesmos. Os sujeitos da pesquisa de avaliação (a comunidade acadêmica) necessitam estar motivados a envolverem-se neste processo, pois são os portadores de informações valiosas para a composição do quadro final da avaliação institucional. Sendo assim, este relato apresenta os indicadores e instrumentos construídos e utilizados nos três momentos básicos do processo de autoavaliação (planejamento e preparação; coleta, tabulação e análise dos dados; devolutivas), que é descrito em suas seis principais etapas, indicando a metodologia do trabalho realizado. Ilustrando e exemplificando os instrumentos e indicadores construídos para cada etapa, em sua forma e conteúdo, apresenta os resultados metodológicos alcançados na coleta e análise dos dados, culminando na devolutiva ainda em efetivação. Este processo facilitou o envolvimento espontâneo da comunidade acadêmica, focando na qualidade dos dados coletados e não tanto em sua quantidade. Na forma como foram pensados, estruturados e operacionalizados tem permitido a socialização dos seus resultados junto a cada segmento, alcançando gradativamente toda a comunidade acadêmica. E a ênfase está também no conteúdo destas devolutivas e não apenas na sua forma, permitindo aos gestores acadêmicos e administrativos, em todas as instâncias, visualizarem as fragilidades como possibilidades de melhorias e sendo instados a promovê-las.

Palavras-chaves: Autoavaliação. Indicadores. Instrumentos

Introdução

O Centro Universitário Filadélfia – UniFil, com sede no município de Londrina, no estado do Paraná, é um estabelecimento privado de ensino superior, particular em sentido estrito, mantido pelo Instituto Filadélfia de Londrina – IFL, entidade sem fins lucrativos, fundada em 1945, com sede na cidade de Londrina, Paraná.

A UniFil integra cursos de graduação e respectivos colegiados, e de pós-graduação, além dos órgãos suplementares e de extensão. Os órgãos suplementares e de extensão atuam na inter-relação deste Centro Universitário com a comunidade, onde se encontra historicamente inserida. Com o advento da Lei Federal nº 10.861/2004, que instituiu o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (SINAES), a UniFil, no

2

cumprimento da referida legislação, iniciou efetivamente o seu processo de autoavaliação observando os princípios e dimensões indicadas pelo SINAES. Assim, instituída desde 2004, a CPA tem trabalhado focada na avaliação das dez dimensões propostas pelos documentos oficiais, a partir das quais construiu gradativamente instrumentos para a coleta de dados.

Os resultados advindos da sua aplicação anual produziram Relatórios relacionados a cada período, apontando fragilidades, potencialidades, bem como oportunidades de melhorias.

A partir de 2010, os formulários direcionados aos docentes, discentes e técnico-administrativos passaram a ser respondidos eletronicamente, sendo disponibilizados on line a toda a comunidade acadêmica, o que proporcionou não apenas o aumento do número de participantes, mas a melhoria da qualidade dos dados coletados.

O processo de autoavaliação institucional tem como principal objetivo fornecer informações para subsidiar as decisões a serem tomadas pelos sujeitos institucionais para a contínua melhoria das condições necessárias ao ensino e à aprendizagem. A cada ano estratégias são repensadas e reelaboradas no sentido de sensibilizar e motivar a comunidade acadêmica para inserção espontânea fornecendo dados quantitativos e qualitativos, de importância fundamental para este processo.

Nesse contexto e intencionalidade os indicadores e instrumentos de autoavaliação assumem importância significativa, pois devem ser facilitadores da coleta de dados, mas também do processo de análise decorrente.

Sem dúvida, a dinâmica do processo autoavaliativo tem subsidiado a gestão institucional, em todas as suas instâncias, para decisões pontuais e gerais quanto a mudanças necessárias no que se refere aos aspectos que despontam como fragilizados, mas otimizando aqueles que despontam como satisfatórios.

É um processo constante de reflexão crítica e ação construtiva na direção da consolidação da sua missão institucional.

A comunidade universitária é constituída por diferentes setores e sujeitos institucionais, com funções e atribuições diferenciadas, que conferem especificidades no ensino (da graduação e da pós-graduação), na pesquisa e na extensão. São funções e atribuições interdependentes e complementares e que contam com o apoio logístico de toda a infraestrutura institucional para a qualificada efetivação na formação de diferentes profissionais e a sua conseqüente inserção no mercado de trabalho.

A CPA, ciente da complexidade que o processo de autoavaliação assume em um contexto como esse, tem buscado, a cada ano, operacionalizar um processo marcado pela unidade na diversidade.

Sendo assim, tem mantido a preocupação por uma metodologia pautada nas dez dimensões, porém coletando os dados separadamente, de acordo com os setores envolvidos, a partir dos indicadores propostos em cada uma delas e procedendo a análise dos dados a partir do cruzamento das informações.

Sempre tendo como referência os objetivos e estratégias de cada ano, apontados pelo PDI, bem como os dados elencados analiticamente no ano anterior àquele que está em avaliação, busca evidenciar os avanços ocorridos a partir das ações corretivas apontadas.

Nesse sentido os instrumentos utilizados tanto para a coleta de dados quanto para as devolutivas junto ao corpo acadêmico são de fundamental importância, pois, em sua forma e conteúdo, necessitam não apenas serem atrativos e motivadores para o seu preenchimento, mas também provocadores de reflexões abarcando o maior número possível de itens avaliativos e abrindo um leque de possibilidades para a resolução dos problemas apontados.

3

Os indicadores de avaliação, consequentemente, ocupam lugar de destaque pois orientam para que a autoavaliação seja realizada dentro de critérios bem estabelecidos e em consonância com as diretrizes estabelecidas pelo SINAES.

E é a experiência de construção e adaptação de indicadores e instrumentos de autoavaliação, vivenciada pela UniFil, que este trabalho descreve buscando contribuir com outras IES nesse processo de construção e reconstrução de indicadores e instrumentos de autoavaliação. Objetivos: Geral: Relatar o processo de autoavaliação institucional da UniFil, no ano de 2012, com foco na construção dos indicadores e instrumentos. Específicos:

• Apresentar de forma sistematizada o processo de construção e reconstrução dos instrumentos e indicadores para a coleta e avaliação dos dados no ano de 2012 na UniFil;

• Contribuir com as demais IES na condução do desafio da autoavaliação institucional com relação à construção dos indicadores e instrumentos.

Metodologia Como o foco deste trabalho é relato de experiência, passamos neste item a

descrever as etapas e o universo abordado para a coleta de dados do processo de autoavaliação institucional do Centro Universitário Filadélfia (UniFil), em 2012, com ênfase na questão dos indicadores e instrumentos de avaliação.

Em 2012 esta IES manteve a preocupação por uma metodologia pautada nas dez dimensões, porém coletando os dados separadamente, de acordo com os setores envolvidos, a partir dos indicadores propostos em cada uma delas e procedendo a análise dos dados a partir do cruzamento das informações. Sempre tendo como referência as propostas contidas no PDI e os dados apontados e elencados no Relatório de 2011, buscou evidenciar os avanços ocorridos.

A meta principal permaneceu a de conseguir a adesão voluntária do maior número possível de alunos, professores e funcionários. Para tanto, se fez fundamental a divulgação do processo acompanhada de estratégias de esclarecimento e motivação para a participação voluntária de todos os segmentos institucionais (alunos, professores, coordenadores, chefias e técnico-administrativos). Estes foram os sujeitos da coletas de dados on line através de formulários especialmente preparados para esse fim, que compuseram os resultados relacionados à Dimensão 8

Por outro lado, os pró-reitores, coordenadores e chefias contribuíram para o processo de autoavaliação relacionado às demais Dimensões, respondendo a formulários enviados por e-mail e específicos aos setores correspondentes a cada Dimensão do SINAES.

Sendo assim, o processo de auto avaliação institucional, em 2012, implicou em seis principais etapas: 1ª) Preparação logística (maio a agosto de 2012)

Neste período os contatos e reuniões com os diferentes setores forneceram o suporte para a realização da pesquisa on line de autoavaliação: Departamentos de Marketing, de Tecnologia da Informação, Unifil Virtual e Pró-Reitoria de Planejamento (PROPLAN), através do Núcleo de Apoio à Pesquisa Aplicada (NAPA). Foram discutidos e decididos a forma e o processo de autoavaliação institucional on line junto aos diferentes segmentos da comunidade acadêmica e administrativa da UniFil, objetivando o planejamento integrado do processo.

Também foi realizada a revisão e atualização dos formulários on line aplicados em 2011 tanto junto aos Cursos presenciais quanto às Disciplinas Semipresenciais (EAD).

4

Por sua vez, o processo de coleta de dados junto aos setores e departamentos da UniFIL em 2011 foi avaliado e revisado, bem como reformulados e atualizados os formulários , porém mantendo a relação destes com a dimensão correspondente a ser avaliada, completando o ciclo das dez dimensões. Os formulários foram distribuídos da seguinte forma:

� Dimensão 1 - Missão e Plano de Desenvolvimento Institucional: Pró Reitoria de Ensino de Graduação (PROGRAD), Pró Reitoria de Pesquisa e Pós Graduação (PROPG), Pró Reitoria de Extensaão e Assuntos Comunitários (PROEAC) e Pró Reitoria de Planejamento (PROPLAN).

� Dimensão 2 - Políticas para o Ensino (Graduação e Pós-Graduação), a Pesquisa e a Extensão: PROGRAD – PROPG – PROEAC

� Dimensão 3 – Responsabilidade Social: Departamento Serviço Social, Núcleo de Apoio Pedagógico (NAP) da PROGRAD, Comitê de Acessibilidade.

� Dimensão 4 – Comunicação com a Sociedade: Assessoria de Comunicação e Marketing

� Dimensão 5 – Políticas de Pessoal: Departamento de Recursos Humanos. � Dimensão 6 – Organização da Gestão da Instituição: PROPLAN � Dimensão 7 - Infraestrutura física, especialmente a de ensino e de pesquisa,

biblioteca, recursos de informação e comunicação: Biblioteca, Tecnologia da Informação, Engenharia, Manutenção e Recursos Audiovisuais.

� Dimensão 8 – Planejamento e Avaliação: CPA � Dimensão 9 - Políticas de atendimento aos estudantes e egressos: Coordenação

de Controle Acadêmico (CCA), Relacionamento com o Cliente (RCC), Núcleo de Apoio Pedagógico (NAP), PROPLAN e Departamento de Serviço Social

� Dimensão 10 – Sustentabilidade Financeira: Controladoria e Contabilidade.

2º) Divulgação do Processo de Autoavaliação, Motivação e Mobilização da Comunidade Universitária (setembro e outubro de 2012)

O processo de autoavaliação de 2012 foi amplamente divulgado através de e-mails

marketing e e-mail tutorial, motivando, explicando e conclamado o corpo docente, discente e técnico-administrativo a participarem acessando e respondendo aos formulários.

Foi também realizada uma reunião com todos os coordenadores de Curso, explicando a importância da autoavaliação para a Instituição, o processo de coleta de dados previsto para 2012, e solicitado para que motivassem seus colegiados e discentes a participarem.

Posteriormente, houve uma reunião com os pró-reitores, coordenadores e chefes dos diferentes setores administrativos explicando:

• a importância da participação de toda a comunidade acadêmica no preenchimento dos formulários on line e solicitando que motivassem seus funcionários a participarem, inclusive explicando como fazê-lo, contemplando a Dimensão 8 do processo de autoavaliação.

• sobre o preenchimento dos formulários que foram encaminhados por e-mail a cada setor (pro-reitorias, departamentos, gerências ou coordenações) para serem preenchidos, contemplando as demais Dimensões do processo de autoavaliação.

Foram, também, realizadas visitas, pela CPA, aos diferentes departamentos e setores administrativos e acadêmicos para divulgar e motivar o corpo técnico-administrativo a aderir à pesquisa de autoavaliação institucional.

Tão logo foi iniciado o processo de coleta de dados on line, houve a divulgação semanal, pelo setor de Tecnologia da Informação (TI), dos resultados, por segmento e por

5

curso, de adesão à pesquisa e envio aos coordenadores de curso e chefes de setores para ciência do índice de participação de professores, alunos e funcionários e, conseqüentemente, o fomento dos mesmos para elevar o índice de participação de seus segmentos. 3º) Coleta dos Dados (setembro a novembro de 2012)

a) UniFil Virtual - Disciplinas Semipresenciais – EAD: setembro Os dados foram coletados a partir de formulários especialmente preparados para

estas Disciplinas, disponibilizados on line para todos os alunos e professores inseridos nas mesmas, através dos quais expressaram suas opiniões sobre os diferentes temas apontados, fornecendo dados para compor a avaliação com base nos indicadores da Dimensão 8.

b) Cursos Presenciais – Graduação – outubro e novembro Os formulários direcionados à comunidade docente, discente e técnico-

administrativa dos 23 (vinte e três) Cursos de Graduação também foram disponibilizados on line, com incessante processo de sensibilização e motivação para serem acessados pelos segmentos envolvidos, através dos quais expressaram suas opiniões sobre os diferentes temas apontados, fornecendo dados para compor a avaliação com base nos indicadores da dimensão 8.

c) Setores acadêmicos e administrativos da UniFil: outubro/2012 a janeiro/2013 Os formulários foram disponibilizados aos diferentes setores no final do mês de

outubro com prazo para devolução até 31 de janeiro de 2013. Esses formulários foram especialmente construídos para esse fim e respondidos pelos pró-reitores, coordenadores e gerentes com a finalidade de subsidiarem a análise das outras nove dimensões apontadas pelo SINAES. 4º) Tratamento e tabulação dos dados (novembro de 2012 a fevereiro de 2013):

a)Cursos Presenciais e Disciplina em EAD: Os dados coletados foram tratados e tabulados pelo Núcleo de Apoio à Pesquisa

Aplicada (NAPA), cujos resultados foram encaminhados à CPA na seguinte ordem cronológica:

- 26 de novembro de 2012: Tabulação geral dos dados (relatórios gerais) dos Cursos presenciais e das Disciplinas Semipresenciais;

- 07 de dezembro de 2012: Tabulação dos dados por Curso (relatório dos dados por Curso) e das Disciplinas Semipresenciais;

-13 de dezembro de 2013: Tabulação dos dados por Docente (relatório individual docente) dos Cursos presenciais e das Disciplinas Semipresenciais.

5º) Análise dos Dados e Devolutivas (dezembro de 2012 a maio de 2013):

a) Cursos Presenciais: A CPA procedeu à análise dos resultados e a devolutiva aos diferentes setores e segmentos, obedecendo ao seguinte cronograma:

- 07 de dezembro de 2012: os dados gerais tabulados foram enviados pelo NAPA para a CPA os quais foram analisados apontando as principais potencialidades e fragilidades, formatando um relatório parcial e encaminhando à Reitoria e PROGRAD.

- 13 de dezembro de 2012: o relatório dos dados por Curso, enviado pelo NAPA, foi analisado pela CPA e encaminhado à Reitoria e PROGRAD, bem como a cada Coordenador de Curso.

- 20 de dezembro de 2012: o relatório individual por docente foi encaminhado a cada Coordenador de Curso, de acordo com a alocação do docente por Curso, bem como a cada docente.

6

- entre fevereiro e final de abril de 2013 a CPA procedeu as devolutivas dos dados junto à Reitoria, Pró-Reitorias de Graduação, Cursos de Graduação, Unifil Virtual, através de diferentes reuniões, agendadas especificamente para esse fim, entregando a cada Curso um quadro com as fragilidades apontadas e com espaço para o preenchimento das ações corretivas para 2013.

- até 30 de maio de 2013: Devolutiva aos alunos através de gráficos e ações decorrentes disponibilizados on line.

b) Disciplinas Semipresenciais (EAD): A CPA procedeu à análise dos resultados e a devolutiva obedecendo ao mesmo cronograma proposto para os Cursos presenciais, porém de forma separada, junto ao coordenador pedagógico da UniFil Virtual e ao Reitor. O Relatório final com a avaliação das Disciplinas Semipresenciais foi finalizado e encaminhado à UniFil Virtual e à Reitoria em 13 de fevereiro de 2013.

c) Pro-Reitorias, Coordenações, Gerências e Setores: a CPA analisou todos os formulários preenchidos relacionando as ações desenvolvidas à luz dos indicadores das nove dimensões pertinentes e das propostas do PDI 2011-2015, considerando os avanços ocorridos em 2012 com relação aos dados de 2011 e as fragilidades ainda presentes. Após a sistematização dos resultados, fez a devolutiva aos respectivos setores para ciência, análise e validação. Em seguida, os resultados validados e os quadros com as ações corretivas foram encaminhados aos setores superiores da Instituição para ciência.

6ª) Consolidação Geral do Relatório Final (março de 2013):

A partir dos dados, quantitativos e qualitativos, coletados, tabulados e analisados a CPA procedeu à elaboração do Relatório Final de Avaliação Interna de 2013, com base em 2012.

Referencial Teórico

Tendo em vista a importância do processo autoavaliativo, a UniFil tem valorizado, ao longo dos últimos doze anos, a participação da comunidade universitária, em seus diferentes segmentos como ato contínuo.

Ao propiciar, incentivar e motivar a participação de alunos, docentes e funcionários na autoavaliação institucional a UniFil tem criado condições para que todos conheçam com maior clareza o que está sendo realizado, o que mais necessita ser empreendido e qual a melhor forma de fazê-lo.

É o incessante confronto entre os resultados desejados com os resultados alcançados que facilita detectar as causas dos acertos e dos desvios ocorridos, para a busca da excelência nos resultados.

Costa (2011, p.42) lembra que O monitoramento das ações e a avaliação propiciam não apenas verificar se os resultados previstos foram ou estão sendo alcançados, mas a qualidade do trabalho realizado, descobrindo-se os aspectos positivos, negativos ou omissões, com vistas à melhoria da programação. A dinamicidade da realidade, sempre trazendo à tona novos elementos e novas demandas, determina a necessidade de monitoramento das ações para que, na medida do necessário, ocorra o replanejamento.

A autoavaliação institucional no contexto do ensino universitário implica no monitoramento das ações tendo como referência principal o proposto e definido pelo PDI. Por isso a sua característica como “processo”, pois é marcada pela continuidade acompanhando as ações acadêmicas e seus resultados.

A avaliação interna é um processo contínuo por meio do qual uma instituição constrói conhecimento sobre a sua própria realidade, buscando compreender os significados do conjunto de suas atividades para melhorar a qualidade educativa

7

e alcançar maior relevância social. Para tanto, sistematiza informações, analisa coletivamente os significados de suas realizações, desvenda formas de organização, administração e ação, identifica pontos fracos, bem como pontos fortes e potencialidades e estabelece estratégias de superação de problemas. (INEP, 2004, p.6)

Portanto, trata-se de um processo de produção de conhecimento sobre a IES que se propõe e se abre à autoavaliação e, obviamente, esta não ocorre isenta de valores ideológicos, políticos, educacionais, dentre outros que, naturalmente, estão implícitos e explícitos no seu PDI. Daí a importância deste processo ocorrer a partir da visão integral do contexto acadêmico fomentando a participação maior possível de todos os segmentos que o integram e propiciando que os diversos setores sejam avaliados em seus mais diferentes aspectos. Nesse sentido, a utilização adequada de instrumentos para a coleta dos dados e a construção dos indicadores de avaliação se fazem fundamentais.

O foco deste trabalho é a autoavaliação institucional que está, nas IES, sob a responsabilidade das CPAs; mas ressaltamos que o processo avaliativo é muito mais amplo implicando, no caso brasileiro, no Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (SINAES), proposto pelo INEP/MEC que busca “integrar em um único sistema a avaliação de cursos, para efeito de reconhecimento e renovação de reconhecimento; a avaliação da IES, para efeito de recredenciamento e a avaliação dos alunos, por meio do ENADE.” (Muriel, 2012, p.4). Fica evidenciado que a forma de avaliação proposta pelo SINAES é participativa e formativa envolvendo toda a comunidade acadêmica de cada IES e não apenas a CPA, que é a responsável por conduzir o processo de avaliação interna de cada IES, porém intrinsicamente articulada com as demais formas de avaliação que compõem o SINAES.

Quando trabalhada desta forma e com esta visão, a autoavaliação institucional torna-se um forte instrumento de gestão cujos resultados demonstram da forma mais fiel possível a realidade vivida pelos sujeitos inseridos no cotidiano da IES.

Com base nesta convicção, a CPA tem por base que o envolvimento dos sujeitos que fornecerão os dados (alunos, professores e funcionários) deve ser voluntário, porém, incentivados e mobilizados para que a adesão seja a maior possível, contribuindo significativamente, a cada ano, com a contínua melhoria da qualidade de ensino do sistema que integra o Centro Universitário Filadélfia (UniFil).

Nesse processo ascendente de qualificação da autoavaliação, a cada ano, a construção e utilização de instrumentos e indicadores tem sido desafio permanente.

Resultados e Discussões

Para a efetivação e consolidação deste processo de autoavaliação foi de fundamental importância a revisão dos instrumentos de coleta dos dados, até então utilizados pela CPA. Com a implantação, em 2011, do atual PDI cuja vigência vai até 2015, os formulários foram avaliados, formulados e reformulados para que dessem conta da obtenção de dados que pudessem ser analisados à luz das propostas, objetivos e estratégias de ação ali explicitadas, porém, com recorte para 2012. Algumas inovações foram realizadas quanto à forma dos formulários, outras quanto ao conteúdo e ainda outras quanto aos segmentos. 1º) Instrumentos para Coleta de Dados On Line – Dimensão 8

No que se refere aos formulários on line uma importante inovação quanto ao conteúdo e aos segmentos foi a separação dos formulários direcionados aos alunos ingressantes (calouros) e aos veteranos, acrescentando no formulário destes, questões sobre mudanças que perceberam na IES entre um e outro ano letivo.

8

Outra inovação interessante, quanto aos segmentos, foi a inserção dos Coordenadores de Cursos e das Chefias Administrativas, pois, até então, participavam apenas como professores ou técnico-administrativos.

Portanto, a coleta de dados através de formulários on line, divididos por segmentos, foi organizada da seguinte forma:

Segmento avaliador Segmento avaliado Indicadores de Avaliação

1.

Discentes

Docentes Presenciais Conteúdo pedagógico, planejamento e desempenho didático; relacionamento com a sala de aula e individualmente com os alunos

Docentes Semi-Presenciais Conteúdo pedagógico, planejamento e desempenho didático no ambiente virtual

Coordenadores de Curso Desempenho administrativo e relacionamento com os alunos do Curso.

Infraestrutura física

Meios e qualidade da Comunicação da UniFil com os alunos; disponibilidade e qualidade de recursos áudio-visual; acesso a computadores no ambiente acadêmico; condições de uso dos laboratórios de informática e de uso específico do Curso; adequação e condições de uso das salas de aulas e banheiros; conservação, manutenção, acervo e atendimento na Biblioteca; atendimento e serviços prestados pelo RCC, CCA, Protocolo, Serviço Social, Comitê de Ética, Vigilância, Cantina e Serviço de Fotocópias.

Infraestrutura ambiente virtual Qualidade e condições de postagem e navegação, atendimento e serviços prestados pela Unifil Virtual.

2.

Docentes

Coordenadores de Curso

Desempenho administrativo e relacionamento com os professores do Curso (Colegiado).

Infraestrutura Física

Meios e qualidade da Comunicação da UniFil com os professores; disponibilidade e qualidade de recursos áudio-visual; acesso a computadores no ambiente acadêmico; condições de uso dos laboratórios de informática e de uso específico do Curso; adequação e condições de uso das salas de aulas e banheiros; conservação, manutenção, acervo e atendimento na Biblioteca; atendimento e serviços prestados pelos Serviços Administrativos/Acadêmicos: PROEG, Protocolo da CCA, Secretaria do Curso, Comitê de Ética, Núcleo de Apoio Pedagógico, Central de Eventos, sistema de vigilância, Cantina e Serviço de fotocópias.

Infraestrutura Ambiente Virtual Qualidade e condições de postagem e navegação, atendimento e serviços prestados pela Unifil Virtual.

3.

Coordenadores de Cursos

Infraestrutura Física

Meios e qualidade da Comunicação da UniFil com os coordenadores; condições de uso dos laboratórios de informática e de uso específico do Curso; banheiros;; atendimento e serviços prestados pelos Serviços Administrativos/Acadêmicos: PROEG, Protocolo da CCA, Secretaria do Curso, Comitê de Ética, Núcleo de Apoio Pedagógico e Central de Eventos.

4.

Técnico-Administrativos

Chefias ou Gerências

Desempenho administrativo e relacionamento com os funcionários do setor

Infraestrutura Física

Meios e qualidade da Comunicação da UniFil com o funcionário; relacionamento da chefia ou gerência do setor com os funcionários, condições físicas do ambiente de trabalho, condições de segurança.

5.

Chefias de Departamentos e Gerências

Infraestrutura Física

Meios e qualidade da Comunicação da UniFil com o funcionário; condições internas para o exercício de chefia; clima organizacional, condições físicas do ambiente de trabalho e condições de segurança.

Quadro 1: Demonstrativo dos segmentos e indicadores de avaliação em 2012 Fonte: Dos autores

9

2º) Instrumentos para Coleta de Dados junto às Pró Reitorias, Gerências e Setores – Dimensões 1 a 7 e 9 a 10

Os formulários enviados aos pró-reitores, coordenadores e chefias de departamentos e setores, os quais foram instados a responderem aos mesmos com base nas metas e ações previstas para 2012 pelo PDI, sofreram inovações relacionadas à forma e ao conteúdo. Este modelo está exemplificado no Quadro 2 e foi enviado aos seguintes setores: PROPLAN, PROGRAD, PROEAC, PROPG, Biblioteca, Tecnologia da Informação, Recursos Áudio Visuais, Engenharia, Serviço Social, Recursos Humanos, Comunicação e Marketing, Núcleo de Apoio Pedagógico e Controladoria e Contabilidade. Os indicadores de avaliação foram as metas e ações apontadas pelo PDI para 2013, considerando também os elencados pelo SINAES para cada Dimensão.

Quadro2: Modelo do Formulário enviado à Pró-Reitorias, Gerências e Setores Fonte: Relatório de Autoavaliação Institucional da UniFil - 2012

Os quadros foram encaminhados para cada setor preenchidos pela CPA nos itens

Metas e Ações Previstas, de acordo com o explicitado pelo PDI para aquela pró-reitoria, gerência ou setor e estes preencheram os demais itens de acordo com as ações realizadas e os resultados obtidos, ampliando seu conteúdo de acordo com a realidade de cada um.

Desta forma, a coleta de dados, dentro do processo de autoavaliação da UniFil, em 2012, abarcou toda a comunidade acadêmica para dar conta da Dimensão 8 do SINAES. Mas, também através dos formulários encaminhados às diferentes pró-reitorias, setores e gerências, procedeu a coleta de dados para dar conta das outras nove dimensão, tendo o PDI (2011-2015) como referência básica.

3º) Indicadores Utilizados para Análise dos Dados Coletados:

Os dados coletados pelos formulários on line junto aos diferentes segmentos da comunidade universitária foram tabulados pelo NAPA e encaminhados à CPA para proceder a análise. Os formulários preenchidos pelas pró-reitorias e demais setores foram tabulados e analisados diretamente pela CPA.

A coleta dos dados realizada desta forma, envolvendo toda a comunidade universitária e abarcando um número significativo de itens avaliados, possibilitou à CPA realizar o processo analítico por Dimensão, segundo o SINAES. Para tanto estabeleceu indicadores de análise para cada uma, conforme demonstra o Quadro 3:

METAS E AÇÕES PREVISTAS PELO PDI PARA

2012 RELACIONADAS À DIMENSÃO 1

AÇÕES E RESULTADOS EM 2012

PERSPECTIVAS

PARA 2013

METAS AÇÕES PREVISTAS AÇÕES REALIZADAS RESULTADOS OBTIDOS

1.

2.

3.

10

DIMENSÕES INDICADORES

1. A missão e o plano de desenvolvimento institucional 1º) A articulação entre a Missão Institucional e o PDI 2011-2015, na gestão institucional. 2º) As metas e ações para 2012, previstas pelo PDI e as realizadas pelos diferentes setores, relacionadas à Dimensão

2. A política para o ensino de graduação, a pesquisa, a pós-graduação e a extensão.

1º) A articulação entre o PDI e as Políticas de Ensino (graduação e pós-graduação), de iniciação à Pesquisa e de Extensão, considerando as metas e ações, previstas pelo PDI e realizadas em 2012.

2. Responsabilidade social da instituição 1º) A política de responsabilidade social da UniFil no PDI e a sua articulação com o Ensino, a Extensão e a Pesquisa; 2º) Metas e Ações previstas pelo PDI e realizadas em 2012 relacionadas à Dimensão 3.

3. Comunicação com a sociedade 1º) A Comunicação interna e externa da UniFil, no PDI, e a sua articulação com o processo de Gestão Institucional; 2º) As metas e ações, para 2012, previstas pelo PDI, relacionadas à Dimensão 4.

4. Políticas de pessoal 1º) Políticas de Pessoal da UniFil, de carreiras do corpo docente e técnico-administrativo, aperfeiçoamento, desenvolvimento profissional e condições de trabalho no PDI, e a sua articulação com o processo de Gestão Institucional; 2º) As metas e ações, para 2012, previstas pelo PDI, relacionadas à Dimensão 5.

5. Organização e gestão institucional 1º) A organização e gestão institucional explicitada no PDI e demais documentos oficiais e a sua articulação com o processo de Ensino, Iniciação à Pesquisa e Extensão no âmbito acadêmico e administrativo 2º) O processo de organização e gestão em 2012 em função das metas e ações, previstas pelo PDI.

6. Infraestrutura física 1º) Infraestrutura física explicitada no PDI para apoio às atividades de Ensino, Iniciação à Pesquisa e Extensão. 2º) As metas e ações, para 2012, previstas pelo PDI, relacionadas à Dimensão 7.

7. Planejamento e avaliação 1º) O planejamento e a avaliação no contexto institucional especialmente dos processos, resultados e eficácia da autoavaliação institucional 2º) As metas e ações, para 2012, previstas pelo PDI, relacionadas à Dimensão 8

8. Políticas de atendimento a estudantes e egressos 1º) A política de inserção e permanência do/a aluno/a na UniFil assumida no PDI 2011-2015; 2º) A política de acompanhamento dos Egressos da UniFil, assumida no PDI 2011-2015; 3º) As metas e ações do PDI, previstas para 2012, relacionadas as Dimensão 9.

10.Sustentabilidade financeira 1º) A sustentabilidade financeira da UniFil assumida no PDI 2011-2015 articulada com a gestão institucional para a Captação e Alocação de Recursos 2º) As metas e ações do PDI, previstas para 2012, relacionadas à Dimensão10.

Quadro 3: Dimensões avaliativas e indicadores de análise. Fonte: Relatório de Autoavaliação Institucional da UniFil – 2012

Os dados coletados foram analisados considerando os indicadores definidos para cada Dimensão, compondo o Relatório Final de Autoavaliação Institucional de 2012. 4ª) Instrumentos para Devolutiva dos Resultados

A coleta dos dados é uma etapa importante e fundamental ao processo e deve ser focada em resultados quantitativos e qualitativos. A tabulação e análise, da mesma forma, guardam elementos importantes à seriedade da avaliação implicando na definição e escolha de indicadores que qualifiquem a reflexão crítica do material coletado.

11

Porém, a devolutiva dos dados coletados e analisados é imprescindível ao processo de autoavaliação institucional. Os segmentos envolvidos, sujeitos pensantes e que vivem e experenciam o cotidiano institucional precisam ter acesso aos resultados. Por outro lado, esses mesmos dados são insumos para que a gestão institucional, em diferentes instâncias, promova as mudanças e adaptações necessárias.

Considerando o número de alunos, professores e técnico-administrativos da UniFil, bem como os setores e gerências envolvidas, o processo de devolutiva dos resultados não é tarefa simples. A definição e construção de instrumentos, também para esta fase, se fazem importante.

Assim, para o ano de 2012, junto à comunidade acadêmica que participou da coleta de dados on line, os resultados foram socializados também on line, em forma de gráficos, focando aqueles que interessam a cada setor respectivamente (Figura 1). Acompanhado de um e-mail marketing direcionado a cada segmento, os gráficos foram disponibilizados no site da UniFil e acessados pelos alunos, professores e técnico-administrativos em seus respectivos portais. Seguem abaixo dois destes gráficos como forma de exemplificação:

3

0

20

40

60

80

100

61,1

89,1

80,2

69,7

78,1

88,3

80,3

Percentual de Satisfação dos Alunos Ingressantes quanto à Biblioteca

61,1% dos alunos ingressantes afirmaram que utilizam a biblioteca com frequência.

89,1% dos alunos ingressantes, avaliam a conservação e manutenção do espaço físico e equipamentos da Biblioteca como Bons a Excelentes.80,2% dos alunos ingressantes avaliaram como Bom a Excelente a ATUALIDADE dos materiais de sua área (livros, periódicos, vídeos, etc)69,7% dos alunos ingressantes afirmaram que, dentre as vezes em que necessitou de um exemplar, o encontrou com facilidade.78,1% dos alunos ingressantes avaliaram como Bom a Excelente o ambiente da Biblioteca para a realização de leituras, pesquisas e estudos.88,3% dos alunos ingressante avaliaram como Bom a Excelente o atendimento oferecido pela Biblioteca de sua Unidade.

Figura 1: Avaliação dos Alunos Ingressantes quanto à Biblioteca. Fonte: Relatório de Autoavaliação Institucional da UniFil – 2012

3

0

20

40

60

80

100

79,2

72,9 71,3

94

79,3

Percentual de Satisfação dos alunos Ingressantes quanto aos Laboratórios

específicos dos Cursos

79,2% dos alunos ingressantes avaliaram como Bom a Excelente o espaço físico e instalações do laboratório dos seus Cursos. 72,9% dos alunos ingressante avaliaram como Bom a Excelente o estado de conservação dos equipamentos utilizados para as aulas práticas.71,3% dos alunos ingressantes afirmaram que o material de consumo e/ou equipamentos disponibilizados são suficientes para o número de alunos que fazem as aulas práticas.71,3% dos alunos ingressantes afirmaram que o seu Curso possui laboratório específico à área para aulas práticas.79,3% é a média de satisfação dos alunos ingressantes quanto aos Laboratórios específicos dos Cursos.

Figura 2: Avaliação dos alunos ingressantes quanto aos Laboratórios de Cursos. Fonte: Relatório de Autoavaliação Institucional da UniFil – 2012

Para a devolutiva aos Coordenadores dos Cursos uma das formas utilizadas está demonstrada no Quadro 04. Este apresenta a avaliação que cada professor obteve em oito diferentes itens de uma determinada turma, de um determinado Curso.

12

Todos os coordenadores receberam quadros como este, referentes a cada turma de seus respectivos Cursos:

NOME DO DOCENTE

1 – Apresentação do Plano de Ensino da Disciplina pelo

Professor aos Alunos.

2 – Domínio do conteúdo da matéria pelo professor e clareza para transmiti-lo

Sim Não Nunca Raramente Ás vezes Maioria das vezes

Sempre

A 87,5% 12,5% 12,5% 37,5% 25,0% 25,0%

B 100,0% 14,3% 85,7%

C 91,7% 8,3% 46,2% 53,8%

D 100,0% 22,2% 77,8%

E 100,0% 50,0% 50,0%

F 100,0% 100,0%

G 88,9% 11,1% 22,2% 77,8%

H 100,0% 11,1% 22,2% 66,7%

I 100,0% 22,2% 33,3% 44,4%

J 100,0% 11,8% 17,6% 41,2% 11,8% 17,6%

TOTAL 96,9% 3,1% 3,1% 3,1% 13,4% 22,7% 57,7%

NOME DO DOCENTE

3 - Conteúdo ministrado de acordo com o Plano de Ensino.

4 – Pontualidade do professor para iniciar e terminar a aula

Nunca Raramente Às vezes

Maioria das vezes

Sempre Nunca Raramente Ás vezes Maioria das vezes

Sempre

A 12,5% 12,5% 12,5% 25,0% 37,5% 12,5% 12,5% 25,0% 25,0% 25,0%

B 21,4% 78,6% 21,4% 78,6%

C 7,7% 38,5% 53,8% 15,4% 84,6%

D 22,2% 77,8% 11,1% 88,9%

E 100,0% 50,0% 50,0%

F 14,3% 14,3% 71,4% 100,0%

G 33,3% 66,7% 11,1% 88,9%

H 22,2% 77,8% 22,2% 77,8%

I 11,1% 33,3% 55,6% 11,1% 88,9%

J 11,8% 41,2% 47,1% 11,8% 88,2%

TOTAL 1,0% 1,0% 6,2% 30,9% 60,8% 1,0% 1,0% 2,1% 15,5% 80,4%

NOME DO DOCENTE

5 – Atenção do professor às dúvidas apresentadas pelos alunos.

6 - Coerência entre o conteúdo ministrado e a avaliação

Nunca Raramente Às vezes

Maioria das vezes

Sempre Nunca Raramente Às vezes Maioria das vezes

Sempre

A 37,5% 50,0% 12,5% 25,0% 37,5% 37,5%

B 14,3% 85,7% 14,3% 85,7%

C 15,4% 38,5% 46,2% 15,4% 23,1% 61,5%

D 33,3% 66,7% 11,1% 88,9%

E 50,0% 50,0% 50,0% 50,0%

F 14,3% 85,7% 28,6% 71,4%

13

G 11,1% 22,2% 66,7% 22,2% 77,8%

H 33,3% 66,7% 11,1% 88,9%

I 11,1% 55,6% 33,3% 11,1% 22,2% 66,7%

J 23,5% 17,6% 41,2% 17,6% 29,4% 29,4% 41,2%

TOTAL 4,1% 10,3% 34,0% 51,5% 10,3% 22,7% 67,0%

NOME DO DOCENTE

7 – Análise e comentários com os alunos sobre os resultados das avaliações

8 - Relacionamento professor/aluno em sala de aula

Nunca Raramente Às vezes

Maioria das vezes

Sempre Muito ruim

Ruim Regular Bom Excelente

A 12,5% 37,5% 50,0% 12,5% 12,5% 50,0% 25,0%

B 14,3% 85,7% 50,0% 50,0%

C 7,7% 15,4% 23,1% 53,8% 30,8% 23,1% 46,2%

D 22,2% 77,8% 11,1% 44,4% 44,4%

E 50,0% 50,0% 50,0% 50,0%

F 28,6% 14,3% 14,3% 42,9% 42,9% 57,1%

G 12,5% 87,5% 11,1% 55,6% 33,3%

H 11,1% 88,9% 11,1% 55,6% 33,3%

I 22,2% 77,8% 33,3% 55,6% 11,1%

J 17,6% 82,4% 41,2% 52,9% 5,9%

TOTAL 3,1% 4,2% 19,8% 72,9% 1,0% 5,2% 20,6% 48,5% 24,7%

Quadro 4: Modelo de Instrumento de Devolutiva da Avaliação para o Coordenador, por turma e Curso. Fonte: Relatório de Autoavaliação Institucional da UniFil – 2012.

De posse de quadros como este, referente a cada turma do Curso sob a sua responsabilidade, o coordenador faz as análises concernentes e tem as informações necessárias para orientar cada professor com relação às suas fragilidades, bem como potencializar o desempenho considerado satisfatório pelos alunos.

Por sua vez, cada docente também recebeu a sua avaliação, por e-mail, de forma individual e sigilosa, de acordo com o exemplo demonstrado no Quadro 5, que segue abaixo e no qual os nomes e referências numéricas são totalmente fictícios.

Nome do Professor: José de Souza

TURMA 1 – Apresentação do Plano de Ensino da Disciplina pelo Professor aos Alunos.

2 - Domínio do conteúdo da matéria pelo professor e clareza para transmiti-lo

Sim Não Nunca Raramente Ás vezes Maioria das vezes

Sempre

2º Ano Curso X 100,0% 33,3% 33,3% 33,3%

3º Ano Curso Y 77,8% 22,2% 25,0% 33,3% 33,3% 8,3%

TOTAL 83,3% 16,7% 20,0% 33,3% 33,3% 13,3%

TURMA 3 -Conteúdo ministrado de acordo com o Plano de Ensino.

4 – Pontualidade do professor para iniciar e terminar a aula

Nunca Raramente Ás vezes

Maioria das vezes

Sempre Nunca Raramente Ás vezes

Maioria das vezes

Sempre

2º Ano Curso X 33,3% 66,7% 100,0%

3º Ano Curso Y 10,0% 30,0% 20,0% 20,0% 20,0% 16,7% 41,7% 8,3% 8,3% 25,0%

14

TOTAL 7,7% 23,1% 15,4% 23,1% 30,8% 13,3% 33,3% 6,7% 6,7% 40,0%

TURMA 5 - Coerência entre o conteúdo ministrado e a avaliação

6 - O professor atende às dúvidas apresentadas pelos alunos?

Nunca Raramente Ás vezes

Maioria das vezes

Sempre Nunca Raramente Ás vezes

Maioria das vezes

Sempre

2º Ano Curso X 33,3% 33,3% 33,3% 33,3% 66,7%

3º Ano Curso Y 30,0% 20,0% 20,0% 30,0% 9,1% 18,2% 36,4% 18,2% 18,2%

TOTAL 23,1% 23,1% 23,1% 30,8% 7,1% 14,3% 35,7% 14,3% 28,6%

TURMA 7 -Análise e comentários com os alunos sobre os resultados das avaliações

8 - Relacionamento professor/aluno em sala de aula

Nunca Raramente Ás vezes

Maioria das vezes

Sempre Muito ruim

Ruim Regular Bom Excelente

2º Ano Curso X 66,7% 33,3% 33,3% 33,3% 33,3%

3º Ano Curso Y 54,5% 18,2% 9,1% 18,2% 18,2% 9,1% 36,4% 27,3% 9,1%

TOTAL 42,9% 14,3% 7,1% 28,6% 7,1% 14,3% 14,3% 28,6% 28,6% 14,3%

Análise Descritiva Nº alunos avaliadores

Mínimo Máximo Média Desvio Padrão

Média dos itens avaliados 14 2,00 9,14 6,1803 2,25175

Atribua uma nota de 0 a 10: 16 0 7 4,06 2,568

Quadro 5: Modelo de Instrumento de Devolutiva da Avaliação Individual para o/a professor/a, por turma e Curso. Fonte: Relatório de Autoavaliação Institucional da UniFil – 2012.

Como podemos observar a avaliação deste professor, pelos alunos, aponta questões bastante frágeis que precisam ser consideradas seriamente por ele e pelo coordenador para serem enfrentadas e superadas.

Além destes instrumentos para a devolutiva dos dados, a CPA também trabalha junto aos coordenadores com o quadro síntese exemplificado abaixo, no qual aponta as principais fragilidades do Curso, detectadas pelo processo de autoavaliação, descritas como “oportunidades de melhoria”. O/a coordenador/a do Curso deve preencher as colunas de “ações corretivas” para cada fragilidade apontada, indicar os prazos e o responsável por aquela ou aquelas ações. De posse destes quadros, por Curso, a CPA acompanha as melhorias realizadas, sintetizando e avaliando os resultados no mês de novembro.

CENTRO UNIVERSITÁRIO FILADÉLFIA – UNIFIL

Comissão Própria de Avaliação – CPA Quadro Síntese das Principais Fragilidades (oportunidades de melhorias) apontadas pelo Processo de Autoavaliação em

2012 com relação aos Cursos de Graduação. Ano 2013

Curso: Coordenador/a:

Oportunidades de melhoria

Ações corretivas

Prazo (até ....)

Responsável

Resultados alcançados em novembro

Avaliação da CPA

Revisão:

Elaboração (Coordenador de curso): Aprovação (Pró reitoria de graduação):

15

Comissão Própria de Avaliação – CPA:

Quadro 6: Quadro síntese das Principais Fragilidades (oportunidades de melhoria) apontadas pelo Processo de Autoavaliação em 2012 com relação aos Cursos de Graduação Fonte: Relatório de Autoavaliação Institucional da UniFil – 2012.

Com relação à devolutiva dos dados coletados e analisados, provenientes dos formulários preenchidos pelas pró-reitorias, gerências e setores, foi organizado um instrumento sintetizando as potencialidades e fragilidades em cada Dimensão e socializados com seus representantes e a reitoria, em reuniões específicas.

CENTRO UNIVERSITÁRIO FILADÉLFIA – UNIFIL

Comissão Própria de Avaliação – CPA Quadro Síntese das Principais Potencialidades e Fragilidades Apontadas pelo Processo de Autoavaliação Institucional em

2012 com relação às pró-reitorias, gerências e setores considerando as DEZ DIMENSÕES DO SINAES. Dimensão Potencialidades Fragilidades Possibilidades

De correção

Pró-reitoria, gerência ou setor

envolvido

Observações

1. A missão e o plano de desenvolvimento institucional

2. A política para o ensino de graduação, a pesquisa, a pós-graduação e a extensão.

3. Responsabilidade social da instituição

4. Comunicação com a sociedade

5. Políticas de pessoal

6. Organização e gestão institucional

7. Infraestrutura física

8. Planejamento e avaliação

9. Políticas de atendimento a estudantes e egressos

10.Sustentabilidade financeira

Quadro 7: Quadro Síntese das Principais Potencialidades e Fragilidades Apontadas pelo Processo de Autoavaliação Institucional em 2012 com relação às pró-reitorias, gerências e setores considerando as dez dimensões do SINAES. Fonte: Relatório de Autoavaliação Institucional da UniFil – 2012.

Estes têm sido alguns dos instrumentos e indicadores trabalhados pela CPA da

UniFil tanto para a coleta, como para a análise e devolutiva dos dados. Ressaltamos que os dados coletados on line, que dão conta da Dimensão 8, após

tabulados e analisados, passam por diferentes formas de devolutiva para a comunidade acadêmica, desde relatórios gerais, passando pelos específicos a cada área e segmento e chegando aos individuais. Porém, nos é impossível referenciar a cada um pelos limites deste trabalho.

Assim, destacamos aqui aqueles que consideramos essenciais para a qualificação do processo de coleta e devolutiva, nos quais os indicadores ocupam papel fundamental.

16

Considerações Finais Cada processo avaliativo é único e singular, pois, capta o momento histórico

daquela etapa em sua dinamicidade, desafios e complexidades. Momento este que se modifica e se transforma cotidianamente trazendo sempre novas situações e necessidades de avanços. Portanto, é um processo contínuo.

Quando os dados são sitematizados e configurados em relatórios, formatam uma fotografia institucional, cuja realidade já se modificou. E acompanhar essa mudança, de forma profissional e competente, não é tarefa elementar para a CPA.

Nesse sentido todo processo de autoavaliação, em cada etapa metodológica, necessita ser bem conduzido e mais do que isso, ser envolvente. A participação da comunidade acadêmica é a base para o sucesso na coleta dos dados e, para isso os instrumentos e indicadores de avaliação devem ser caracterizados como motivadores, oportunizado a cada segmento expressar suas opiniões a partir do real vivido.

Pela preciosidade dos dados coletados, estes devem ser tabulados e analisados também de forma que, ao seu final, expressem o mais fidedigno possível a realidade acadêmico-administrativa da IES. E, em sendo assim, o processo de devolutiva necessita garantir que os resultados coletados, analisados e sistematizados cheguem aos sujeitos do processo de forma rápida, abrangente e apresentando possibilidades de superação das fragilidades detectadas e de potencialização dos avanços já efetivados.

Portanto, a construção e reconstrução dos instrumentos e indicadores de avaliação deve ser constante na busca do aperfeiçoamento do processo.

Em 2012, para a UniFil, houve um avanço significativo no processo de avaliação quanto aos instrumentos para a coleta dos dados, tanto os disponibilizados on line, como os demais, pois todos foram discutidos e reconstruídos adaptando-se à nova realidade da comunidade acadêmica que vai se reconfigurando na medida em que se amplia e se torna mais complexa em suas relações acadêmicas e administrativas.

Sendo assim, para o ano de 2012, os objetivos foram alcançados na medida em que as atividades assumidas desde a primeira etapa do processo de autoavaliação buscou envolver espontaneamente a comunidade acadêmica, focando a qualidade dos dados coletados e não tanto a sua quantidade.

Mas, a experiência marcante tem sido o processo de devolutiva a partir dos instrumentos especialmente preparados para esse fim. Da forma como foram pensados, estruturados e operacionalizados tem permitido a socialização dos seus resultados junto a cada segmento, alcançando gradativamente toda a comunidade acadêmica. E a ênfase está também no conteúdo destas devolutivas e não apenas na sua forma, permitindo aos gestores acadêmicos e administrativos, em todas as instâncias, visualizarem as fragilidades como possibilidades de melhorias e sendo instados a promovê-las.

Referências COSTA, Selma Frossard. Planejamento Estratégico: Instrumento de Gestão em Organizações do Terceiro Setor. Londrina: UniFil, 2011. INSTITUTO NACIONAL DE ESTUDOS E PESQUISAS EDUCACIONAIS (INEP). Comissão Nacional de Avaliação da Educação Superior (CONAES). Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (SINAES). Orientações Gerais para o Roteiro da Autoavaliação das Instituições. Brasília. 2004, MURIEL, Roberta. Avaliação Institucional e de Cursos. Belo Horizonte: CartaConsulta. 2012.