Autogestão para Espaços Artísticos

28
AUTOGESTÃO PARA ESPAÇOS ARTÍSTICOS Imagem: Peter Brueghel (o Velho)- A queda dos anjos rebeldes. 1562. Museu Real de Belas Artes da Bélgica.

Transcript of Autogestão para Espaços Artísticos

Page 1: Autogestão para Espaços Artísticos

AUTOGESTÃOPARA ESPAÇOS ARTÍSTICOS

Imagem: Peter Brueghel (o Velho)- A queda dos anjos rebeldes. 1562. Museu Real de Belas Artes da Bélgica.

Page 2: Autogestão para Espaços Artísticos

CONCEITOS

ESPAÇO AUTÔNOMO / INDEPENDENTE

Em que sentido?!

▸ Gestão / organização

▸ Independência criativa (demandas do mercado)

▸ Independência financeira (patrocínio)

Page 3: Autogestão para Espaços Artísticos

CONCEITOS

ESPAÇO AUTÔNOMO / INDEPENDENTE

Em que sentido?!

▸ Gestão / organização

▸ O espaço deve buscar a auto-suficiência e a autonomia. Relações de interdependência.

▸ Independência criativa (demandas do mercado)

▸ As relações com o mercado podem ser estratégicas.

▸ Independência financeira (patrocínio)

▸ mecenato atrelado ao marketing de empresas - além de influenciar o que será desenvolvido no espaço, causa a dependência do espaço enquanto sucessão de “projetos”

Page 4: Autogestão para Espaços Artísticos

CONCEITOS

ARTIST-RUN SPACES

▸ Organizações de artistas (coletivo, casa, ateliê, cooperativa, associação) que se contrapõem às Instituições (públicas ou privadas, caráter formal, jurídico)

Page 5: Autogestão para Espaços Artísticos

CONCEITOS

ARTIST-RUN SPACES

"Há o reconhecimento de que os espaços autônomos cumprem, hoje, uma função política para o campo das artes visuais, pois oferecem uma programação dinâmica e abrigam artistas e projetos que ainda não são assimilados por instituições culturais maiores.

Possuímos vocações distintas e criamos arranjos diversos para a realização de nossas atividades, mas nos reconhecemos a partir das táticas adotadas para tentar sobreviver em um mundo com estruturas pouco abertas à inovação ou àquilo que escapa ao padrão."

TOLEDO, Daniel (org). Indie.gestão: práticas para artistas/gestores ou como assobiar e chupar cana ao mesmo tempo. Belo Horizonte: JA.CA, 2014.

Page 6: Autogestão para Espaços Artísticos

CONCEITOS

AUTOGESTÃO

▸ Parte do princípio de que todos são capazes de administrar seus próprios processos de trabalho. Não há necessidade de um gestor que concentre os processos de decisão e organização.

▸ Os produtores/participantes gerem todo o processo de produção e distribuição, de forma coletiva e igualitária. Todos participam das decisões administrativas em igualdade de condições, e dividem o trabalho de forma equilibrada.

Page 7: Autogestão para Espaços Artísticos

CONCEITOS

AUTOGESTÃO

▸ Construção coletiva com liberdade individual.

▸ Colaboração e participação (trabalhar junto e fazer parte das decisões).

▸ Não há hierarquia rígida. Existem lideranças ocasionais.

Page 8: Autogestão para Espaços Artísticos

CONCEITOS

AUTOGESTÃO

▸ Perspectiva política: Emancipação do indivíduo e da sua força de trabalho.

▸ Fundamentos – anarquismo, socialismo. Cooptação pelo capitalismo para tornar empresas e funcionários mais eficientes e dinâmicos, porém sem participação efetiva.

Page 9: Autogestão para Espaços Artísticos

▸ Não quer dizer que todos façam todas as tarefas juntos ao mesmo tempo!

▸ “Autogestão” não é algo que acontece ou funciona de forma automática!

Page 10: Autogestão para Espaços Artísticos

CONCEITOS

PARTICIPAÇÃO

▸ Todos participam do processo de tomada de decisões.

Page 11: Autogestão para Espaços Artísticos

CONCEITOS

PARTICIPAÇÃO

▸ Todos participam do processo de tomada de decisões.

▸ Democracia direta com participação por voto. LIMITAÇÕES: Minorias não tem representatividade. Influenciadores tentam cooptar a força dos demais.

▸ Horizontalidade. LIMITAÇÕES. A busca por consenso gera discussões intermináveis que adiam decisões. Dificuldades na implementação de uma comunicação não violenta.

Page 12: Autogestão para Espaços Artísticos

CONCEITOS

COLABORAÇÃO

▸ Trabalhar conjuntamente em função de um objetivo.

▸ Ênfase na interação entre os participantes e não na individualidade deles.

“O que não quer dizer que as capacidades distintivas de cada um devam ser anuladas em nome do coletivo. Pelo contrário, cada pessoa contribui para o trabalho colaborativo a partir das experiências que possui, mas a contribuição só se torna efetiva quando se compromete com os objetivos traçados, ou seja, na medida em que estabelece relações e conexões com os demais, elaborando propostas concretas a partir de seu campo de atuação.”

MOREIRA et al. Trabalho Colaborativo e em Rede com a Cultura. IN: Pensar e agir com a cultura: desafios da gestão cultural. J. Barros, J. Junior (org). Belo Horizonte: Observatório da Diversidade Cultural, 2011.

Page 13: Autogestão para Espaços Artísticos

CONCEITOS

TRABALHO COLABORATIVO EM REDE

▸ Redes – isonomia e insubordinação. Não há hierarquias, cada especialidade colabora com o mesmo grau de importância no processo.

▸ Liderança distribuída. Pessoas assumem a liderança e ativam suas conexões, deixando o centro de poder assim que o objetivo é atingido.

Page 14: Autogestão para Espaços Artísticos

CONCEITOS

AUTORREGULAMENTAÇÃO

▸ Definição de princípios, bases consensuais, sob as quais o trabalho irá acontecer.

Page 15: Autogestão para Espaços Artísticos

CONCEITOS

AUTORREGULAMENTAÇÃO

▸ Definição de princípios, bases consensuais, sob as quais o trabalho irá acontecer.

▸ Definição de diferentes níveis de atuação e responsabilidade (ex: aprendiz, especialista, consultor)

▸ Estratégias para tomada de decisão em diferentes níveis (ex: o que é decisão operacional pode ser decidido pelo responsável, o que é estratégico deve ser decidido em assembleia geral)

▸ Formas de decisão: voto, consenso, etc.

Page 16: Autogestão para Espaços Artísticos

▸ Não existem soluções mágicas!

▸ Aprendemos com nossas tentativas e com as experiências dos outros!

Page 17: Autogestão para Espaços Artísticos

CONTRIBUIÇÕES DO WORKSHOP

OBJETIVOS

▸ Formação para que os espaços tenham clareza dos seus objetivos e visualização do contexto.

▸ Formação em ferramentas, metodologias que facilitam os processos de gestão.

▸ Identificação das competências e insuficiências da equipe, buscando estratégias para suprir necessidades específicas e pontuais.

Page 18: Autogestão para Espaços Artísticos

CONTRIBUIÇÕES DO WORKSHOP

CLAREZA / VISUALIZAÇÃO

▸ o que fazemos

▸ nosso “modelo de negócios” ou de operação

▸ quem são nossos stakeholders*

▸ qual é nosso mercado / público

▸ nossa relação com o cenário / contexto / mercado

Page 19: Autogestão para Espaços Artísticos

▸ definição de estratégias

▸ planejamento estratégico

Page 20: Autogestão para Espaços Artísticos

CONSIDERAÇÕES SOBRE A GESTÃO DE ESPAÇOS ARTÍSTICOS

ARTE X BUSINESS

▸ Adaptação da linguagem e de metodologias dos negócios, especialmente de Economia Criativa e Inovação, para o meio cultural.

▸ Apropriação crítica de termos e métodos da administração e inovação. Utilização da linguagem “business" de forma antropofágica!

Page 21: Autogestão para Espaços Artísticos

CONSIDERAÇÕES SOBRE A GESTÃO DE ESPAÇOS ARTÍSTICOS

ARTE X BUSINESS Segmentos de ClientesRelacionamento

com Clientes

Canais

Fontes de Receita

Atividades-Chave

Recursos Principais

Estrutura de Custos

Parcerias Principais Propostas de Valor

Canvas do Modelo de NegóciosCriado para: Criado por: Dia Mês Ano

Em:

Revisão:

0800 570 0800 | www.sebraemg.com.br

Page 22: Autogestão para Espaços Artísticos

CONSIDERAÇÕES SOBRE A GESTÃO DE ESPAÇOS ARTÍSTICOS

MARKETING

▸ Marketing cultural por meio de concessão de patrocínio. Quando é interessante emprestar sua imagem a uma empresa?

▸ Particularidades do marketing na cultura: a produção artística não é orientada ao mercado. Liberdade criativa.

▸ Definindo, conhecendo e adequando as atividades ao público.

▸ As atividades que geram receita para seu espaço devem buscar uma compatibilidade entre a identidade do espaço e o interesse de segmentos do público.

Page 23: Autogestão para Espaços Artísticos

CONSIDERAÇÕES SOBRE A GESTÃO DE ESPAÇOS ARTÍSTICOS

▸ Trello (Kanban Board)

FERRAMENTAS DE ORGANIZAÇÃO

Page 24: Autogestão para Espaços Artísticos

CONSIDERAÇÕES SOBRE A GESTÃO DE ESPAÇOS ARTÍSTICOS

▸ Slack

FERRAMENTAS DE COMUNICAÇÃO

Page 25: Autogestão para Espaços Artísticos

CONTRIBUIÇÕES DO WORKSHOP

QUESTÕES

▸ como agregar mais pessoas à equipe

▸ como preencher funções que ninguém quer fazer

▸ como agregar pessoas que querem somente utilizar o espaço ao grupo de gestão permanente

▸ qual a vantagem de participar do grupo de gestão permanente, se o espaço está sempre aberto a iniciativas/eventos pontuais

▸ como agregar mais mulheres ao grupo de gestão permanente

▸ como manter o relacionamento/vínculo com colaboradores que já passaram pelo espaço

?

Page 26: Autogestão para Espaços Artísticos

CONSIDERAÇÕES SOBRE A GESTÃO DE ESPAÇOS ARTÍSTICOS

EQUIPE

▸ Divisão/compartilhamento de tarefas e responsabilidades.

▸ Engajamento: Qual a proposta de benefício/valor que cada participante leva e aproveita?

▸ Cada um tem que ter clareza do seu papel e do andamento das atividades como um todo. Usar ferramentas para comunicação e visualização.

▸ Aproveitamento das habilidades e competências da equipe, buscando novos conhecimentos e agregando participações pontuais. Nunca perder a autonomia na relação da missão daquele espaço.

Page 27: Autogestão para Espaços Artísticos

REFERÊNCIAS

▸ Piseagrama – Autogestão

▸ JA.CA - Indie.gestão: práticas para artistas/gestores ou como assobiar e chupar cana ao mesmo tempo

▸ SEBRAE - Guia Essencial para Novos Empreendedores - 3 Modelagem e Proposta de Valor / 4 Implementação

▸ Strategyzer - Business Model Generation / Value Proposition Design

▸ Scrum: a arte de fazer o dobro do trabalho na metade do tempo - Jeff Sutherland

Page 28: Autogestão para Espaços Artísticos

[email protected]

Atribuição-NãoComercial-CompartilhaIgual CC BY-NC-SA

Abril 2017