AUTOMAÇÃO PARA LINHA DE PRODUÇÃO DE ENVASE DE...

29
_________________________________________________________________________________ Faculdade de Tecnologia de Garça “Deputado Júlio Julinho Marcondes de Moura” CURSO DE TECNOLOGIA EM MECATRÔNICA INDUSTRIAL MÁRCIO GEOVANI DA CRUZ MAYSSON RODRIGUES DE SOUZA AUTOMAÇÃO PARA LINHA DE PRODUÇÃO DE ENVASE DE LÍQUIDOS POR CONTROLADOR LÓGICO PROGRAMÁVEL Garça 2015

Transcript of AUTOMAÇÃO PARA LINHA DE PRODUÇÃO DE ENVASE DE...

Page 1: AUTOMAÇÃO PARA LINHA DE PRODUÇÃO DE ENVASE DE …fatecgarca.edu.br/uploads/documentos/tcc...automação sobre um processo manual de envase de líquidos utilizando um controlador

_________________________________________________________________________________

Faculdade de Tecnologia de Garça “Deputado Júlio Julinho Marcondes de

Moura”

CURSO DE TECNOLOGIA EM MECATRÔNICA INDUSTRIAL

MÁRCIO GEOVANI DA CRUZ

MAYSSON RODRIGUES DE SOUZA

AUTOMAÇÃO PARA LINHA DE PRODUÇÃO DE ENVASE DE

LÍQUIDOS POR CONTROLADOR LÓGICO PROGRAMÁVEL

Garça 2015

Page 2: AUTOMAÇÃO PARA LINHA DE PRODUÇÃO DE ENVASE DE …fatecgarca.edu.br/uploads/documentos/tcc...automação sobre um processo manual de envase de líquidos utilizando um controlador

__________________________________________________________________________________

Faculdade de Tecnologia de Garça “Deputado Júlio Julinho Marcondes de

Moura”

CURSO DE TECNOLOGIA EM MECATRÔNICA INDUSTRIAL

MÁRCIO GEOVANI DA CRUZ

MAYSSON RODRIGUES DE SOUZA

AUTOMAÇÃO PARA LINHA DE PRODUÇÃO DE ENVASE DE

LÍQUIDOS POR CONTROLADOR LÓGICO PROGRAMÁVEL

Artigo Científico apresentado à Faculdade de Tecnologia de Garça – FATEC, como requisito para a conclusão do Curso de Tecnologia em Mecatrônica Industrial, pela seguinte comissão de professores:

Data da Aprovação: ____/____/____

_________________________________

Prof. Dr. José Arnaldo Duarte

FATEC - Garça

_________________________________

_________________________________

Garça 2015

Page 3: AUTOMAÇÃO PARA LINHA DE PRODUÇÃO DE ENVASE DE …fatecgarca.edu.br/uploads/documentos/tcc...automação sobre um processo manual de envase de líquidos utilizando um controlador

Dedicatória

Dedicamos primeiramente a Deus

por tornar possível mais uma etapa

concretizada em nossas vidas, a paciência

dos docentes ao longo desses anos, ao

orientador que dispôs de seu tempo para

sanar dúvidas, a família que sofreu com a

ausência, e aos filhos o aprendizado que para

atingir objetivos necessita-se de esforço e

dedicação.

Page 4: AUTOMAÇÃO PARA LINHA DE PRODUÇÃO DE ENVASE DE …fatecgarca.edu.br/uploads/documentos/tcc...automação sobre um processo manual de envase de líquidos utilizando um controlador

AUTOMAÇÃO PARA LINHA DE PRODUÇÃO DE ENVASE DE

LÍQUIDOS POR CONTROLADOR LÓGICO PROGRAMÁVEL

Márcio Geovani da Cruz1

[email protected]

Maysson Rodrigues de Souza

[email protected]

Prof. Dr. José Arnaldo Duarte2

[email protected]

Resumo – A proposta desta pesquisa científica é demonstrar as vantagens da automação sobre um processo manual de envase de líquidos utilizando um controlador lógico programável CLP. O CLP faz todo o controle do processo da linha de produção e substitui o trabalho humano, eliminando os erros causados pela manipulação e verificação manual no envase. Atualmente existem empresas que ainda realizam o processo de envase manualmente, devido ao baixo recurso financeiro para investimento. O processo torna-se caro devido a diversos fatores, como por exemplo: desperdício, gastos com mão de obra e baixa produtividade. Processos manuais comprometem a qualidade e a saúde dos empregados por realizarem trabalhos repetitivos e sequenciais. Desenvolveu-se um protótipo com custo acessível para deixar evidente a total relevância da automação industrial de uma linha de produção de envase de líquidos. Através de conhecimentos adquiridos e as ferramentas da Mecatrônica Industrial tornou-se possível. Com esta pesquisa espera-se demonstrar que é possível fazer a automação com um custo acessível e tornar as empresas mais competitivas, o que justifica a relevância social.

Palavras-Chave: Produção. Automação. Envase. CLP.

Abstract – The propose of this scientific research is demonstrate the benefits of automation over a filling manual process using a programmable logic controller PLC. PLC does all process control of the production line and replace the work human, eliminating the mistakes caused by manipulation and manual visual checking. Nowadays there are companies that still do the filling manual process, due low financial source for investments. Process become expensive for many reasons, like for example: loss, waste with work hand and low productive. Manual process is a risk for quality and employee health by to make repetitive jobs and sequential. Developed a prototype with accessible cost to let know the total relevance of the Industrial Automation of production line liquid filling. Trough of knowledge acquired and Mechatronic tools this is become possible. With this research it hope demonstrate that is possible the automation as low cost and to become more competitive the companies, what justify the social relevance.

Key words: Production. Automation. Filling. PLC.

1 Alunos da Fatec Garça 2 Docente da Fatec Garça

Page 5: AUTOMAÇÃO PARA LINHA DE PRODUÇÃO DE ENVASE DE …fatecgarca.edu.br/uploads/documentos/tcc...automação sobre um processo manual de envase de líquidos utilizando um controlador

INTRODUÇÃO

O tema selecionado para a pesquisa encontra-se no contexto do curso de

Mecatrônica Industrial, é atual e relevante para a comunidade empresarial, porque

implica em melhorar a produção, a ergonomia, a redução de desperdícios e de

custos, e para a ciência, agrega conhecimento.

O objetivo geral da pesquisa é desenvolver um protótipo para evidenciar a

relevância da automação industrial para uma linha de produção de envase de

líquidos.

A pesquisa, portanto, tem o propósito de enfatizar as vantagens e benefícios

da automação em uma linha de envase de líquidos. Com a automação e a

transformação do envase de modo manual para o modo automático, a capacidade

produtiva da linha é aumentada, obtendo produtos padronizados, eliminação de

riscos ergonômicos, redução de custos com mão de obra, aproveitamento de mão

de obra para inspeção direta, garantindo a qualidade, diminuição do risco de

contaminação por manipulação e a redução de desperdício de insumos. Essas

vantagens e benefícios são relevantes para a sobrevivência das empresas, diante

de um mercado competitivo e agressivo. As linhas de processos automáticas

produzem com menor custo e qualidade, que são a preferência de consumidores

cada vez mais exigentes.

O trabalho de pesquisa está fundamentado teoricamente nos referenciais

disponíveis, de forma física e eletrônica, de autores e pesquisadores atuais e

referendados pela comunidade científica, os quais contribuem para ancorar as

questões discutidas.

A pesquisa demonstra a relevância da automação de uma linha de envase

de líquidos em comparação a uma linha de produção de envase manual.

Em uma linha de processo manual, diversos fatores comprometem e

acabam deixando à produção instável, gerando prejuízos à empresa e

proporcionando uma interferência direta nas condições de trabalho dos funcionários,

as quais afetam o bem estar, a saúde, a segurança e o desempenho produtivo dos

mesmos.

Page 6: AUTOMAÇÃO PARA LINHA DE PRODUÇÃO DE ENVASE DE …fatecgarca.edu.br/uploads/documentos/tcc...automação sobre um processo manual de envase de líquidos utilizando um controlador

De acordo com Rosário (2005, p. 2)

Empresas vêm se modificando e modernizando seu parque fabril rapidamente ao longo dos últimos anos, em busca de melhoria na produtividade e retorno dos recursos investidos, a fim de atender às necessidades da sociedade e do mercado.

Abergo (2000, p. 1) defende que,

A Ergonomia objetiva modificar os sistemas de trabalho para adequar as atividades nele existentes às características, habilidades e limitações das pessoas com vistas ao seu desempenho eficiente, confortável e seguro.

Devido a competitividade, as empresas buscam aumentar a produção, no

entanto, não é dada a devida importância às condições de trabalho, pois geralmente

aumenta-se a produção utilizando o mesmo volume de mão de obra, o que causa

sobrecarga física e mental. Pequenas mudanças em uma linha de produção, viáveis

para o investidor, nem sempre são do ponto de vista ergonômico, pois podem

impactar de alguma forma as condições de trabalho.

Funcionários que realizam movimentos repetitivos sequenciais durante a

jornada de trabalho não conseguem manter o ritmo produtivo constante, chegando

ao final do expediente com déficit. A eficiência decresce gradativamente chegando a

uma diferença significativa, tomando como referência o início do expediente.

A fabricação manual de produtos demanda mais tempo para ser realizada do

que uma produção automatizada. A produção manual afeta a saúde dos

trabalhadores, pois degrada lentamente a musculatura devido aos movimentos

repetitivos, além do que, é mais propícia ao surgimento de retrabalhos3, gerando

impactos negativos para a empresa.

Pessoas são sucessíveis a falhas devido aos fatores físicos e psicológicos,

pois algumas possuem dores musculares ou passam por algum problema familiar

grave, não conseguindo manter o foco em suas ações durante a produção, sendo

3 Segundo o Centro de Informação Metalmecânica – CIMM, retrabalho são as

repetições de atividades ocasionadas por problemas ligados a falhas de mão-de-obra,

material, problemas de projeto ou de operação.

Page 7: AUTOMAÇÃO PARA LINHA DE PRODUÇÃO DE ENVASE DE …fatecgarca.edu.br/uploads/documentos/tcc...automação sobre um processo manual de envase de líquidos utilizando um controlador

assim, estão sujeitas a cometer falhas, prejudicando a produção e sujeitando seu

lote à segregação para uma verificação minuciosa.

De acordo com Borges (2013), a competitividade continua acirrada entre as

empresas. Para tanto, é necessário manter o foco na linha de produção, procurando

identificar os potenciais de desperdícios. Os refugos e o retrabalho aumentam os

custos fixos e também do produto final, pois os funcionários deverão trabalhar em

regime de hora extra para produzir novos produtos ou até mesmo para realizar a

inspeção pela busca de produtos não conformes. Um produto com avarias ou o

atraso da entrega para o cliente causam uma imagem negativa para a empresa, o

que pode agravar ainda mais a situação, como a perda dos clientes por insatisfação.

Com a tecnologia, os clientes têm acesso a opiniões de outros clientes, sendo assim

algumas reclamações podem tornar-se um efeito de grandes proporções.

Para Borges (2013, p. 1)

É preciso utilizar os recursos necessários e realizando as atividades da maneira mais adequada, sem horas extras, retrabalhos e fretes extras, e sendo eficaz de maneira a entregar o produto.

A automação industrial por meio da Mecatrônica é o principal recurso das

empresas para atualizarem seus processos, garantindo a qualidade de seus

produtos, maior produtividade, mínimo de perdas, capacitação dos funcionários,

melhores condições de trabalho e se manterem ativas perante um vasto número de

concorrentes.

De acordo com Rosário (2005, p.3)

Investimentos em tecnologia privilegiam a inovação como vantagem competitiva. As estratégias empresariais são definidas como base na identificação de oportunidades.

Em análise ao vídeo4 obtido de uma linha de envase manual de suco de

laranja, em uma pequena empresa situada no interior de São Paulo, ao qual foi a

inspiração desta pesquisa científica, os operadores fazem o envase manualmente

através da abertura e fechamento de um registro e o controle do nível é feito apenas

pelo modo visual do mesmo. Sentados em frente ao recipiente no qual está

armazenado o líquido a ser envasado, o operador se desloca de maneira 4 Vídeo fornecido como amostra para a pesquisa científica, foi entregue pelo proprietário da empresa, diante de exigências por ele propostas: total censura de dados referentes à empresa como a localidade, nome da empresa e nome dos funcionários que aparecem neste vídeo.

Page 8: AUTOMAÇÃO PARA LINHA DE PRODUÇÃO DE ENVASE DE …fatecgarca.edu.br/uploads/documentos/tcc...automação sobre um processo manual de envase de líquidos utilizando um controlador

inapropriada para pegar o recipiente vazio e para armazenar o recipiente cheio, pois

as caixas de armazenamento encontram-se no chão em um nível bem abaixo da

linha da cadeira fazendo o operador curvar-se forçando a região lombar inferior.

Nessas condições não só o operador de envase sofre as consequências

pela má postura e movimentos inapropriados durante a rotina de trabalho, mas

também a pessoa responsável em retirar o engradado de garrafas do chão e coloca-

las na área de estoque. Tratando-se de uma empresa alimentícia os riscos de

contaminação devem ser levados em consideração, pois a manipulação sem as

devidas condições de higiene compromete a qualidade do produto.

De acordo com Folha de São Paulo (2014), de janeiro a julho, mais de 1,4

milhões de pessoas foram liberadas pelo INSS devido a problemas de saúde em

âmbito nacional, as dores lombares ficaram em 2º lugar no ranking de afastamento

com 23.557 pessoas e dores nas costas em 3º com 22.597 afastamentos.

A automação de uma linha de processo aumenta a produtividade, diminui as

perdas, os riscos de contaminação e problemas ergonômicos, pois no processo

automático os operários não têm contato com os produtos e não precisam realizar

movimentos repetitivos ou permanecer em posições incorretas durante a fabricação.

O operador passa a desempenhar um papel importante na linha produtiva

automática, como seu foco não será produzir ele passa a efetuar o controle de

qualidade. Durante a produção o operador fica atento a todos os detalhes, assim

qualquer problema relacionado a qualidade é reparado rapidamente ou não havendo

solução a linha é parada imediatamente, sendo assim diminui-se as chances de ter

produtos não conformes ou a necessidade de retrabalhos futuros, garantindo a

confiabilidade da produção.

A metodologia aplicada é o desenvolvimento experimental de um protótipo

que simula a automação por CLP de uma linha de envase citada anteriormente,

visando verificar a sua viabilidade e eficácia, utilizando as ferramentas da

mecatrônica industrial, para a solução dos problemas aqui propostos.

2. DESENVOLVIMENTO 2.1 Referencial teórico

2.1.1 Controlador Lógico Programável – CLP

Page 9: AUTOMAÇÃO PARA LINHA DE PRODUÇÃO DE ENVASE DE …fatecgarca.edu.br/uploads/documentos/tcc...automação sobre um processo manual de envase de líquidos utilizando um controlador

Para Rosário (2005, p. 283) o CLP (controlador lógico programável) ou CP

(controlador programável), é um dispositivo físico, eletrônico, que possui uma

memória interna programável capaz de armazenar sequências de instruções lógicas

binárias. Existem dois tipos de CLPS:

Compactos;

Modulares.

Os CLP´s compactos são utilizados para aplicações em que o meio externo

a ser controlado pelo CLP não ultrapasse a quantidade máxima do módulo de

entrada e saída nele existente. Possuem todos os módulos necessários para seu

funcionamento dentro de um mesmo invólucro ao qual o usuário final não tem

acesso e nem o privilégio de alterar qualquer característica física do mesmo.

Já os CLP´s modulares, são compostos basicamente de módulos

separados, onde esses podem ser removidos ou adicionados. São utilizados em

processos que necessitam de mais versatilidade e de um número maior de entradas

e saídas.

2.1.1.1 Funcionamento do CLP

O CLP atua de acordo com as informações recebidas do ambiente externo

pelo qual é o agente controlador. Essas informações podem ser enviadas por uma

variedade de equipamentos que podem ser de sinal analógico5 ou de sinal digital6.

Esse sinal é recebido pelo Módulo de Entrada e a Unidade de Memória processa as

sequências lógicas determinadas pelo usuário ao qual denomina-se programa, e

altera as variáveis de saída7 através do Módulo de Saída e o processo se repete

ciclicamente. A Figura 1 representa o fluxograma do funcionamento de um ciclo do

CLP.

5 Sinais analógicos: transdutores de posição, transdutores de pressão, etc. 6 Sinais digitais: botões, chaves fim de curso, etc. 7 Variáveis de Saída: válvulas, relés, contatores, etc.

Page 10: AUTOMAÇÃO PARA LINHA DE PRODUÇÃO DE ENVASE DE …fatecgarca.edu.br/uploads/documentos/tcc...automação sobre um processo manual de envase de líquidos utilizando um controlador

Figura 1 – Fonte: Autores.

Cada ciclo é denominado SCAN. Quanto menor o tempo de scan, maior a

credibilidade do CLP. Esse tempo depende do tamanho do programa e do número

de entradas e saídas a serem atualizadas.

2.1.1.2 Arquitetura

O CLP é composto basicamente:

Unidade Central de Processamento - UCP,

Fonte de Alimentação,

Módulo de Entrada/Saída e

Rack.

2.1.1.3 Unidade central de processamento.

É a unidade responsável em gerenciar todos os módulos funcionais do CLP.

O controle das variáveis do processo é efetuado de acordo com sequências lógicas

inseridas pelo usuário no software de programação, que são armazenadas em uma

memória do tipo EEPROM (electrically erasable programmable read only memory).

A memória EEPROM está presente na grande maioria dos

microcontroladores comumente utilizados, por oferecer armazenamento

permanente, e também, por possuir um processo de gravação simples, rápido e de

fácil utilização realizado através de energia elétrica, podendo ser regravado milhares

de vezes pelo usuário.

O processo de gravação desse tipo de memória possui um atraso, porque,

para que um novo programa seja gravado, é necessário que a memória seja

totalmente apagada antes, e possui um limite de gravação entorno de 60.000 vezes,

INÍCIO

LEITURA

MÓDULO DE ENTRADA

ATUALIZA

MÓDULO DE SAÍDA

EXECUTA

PROGRAMA

Page 11: AUTOMAÇÃO PARA LINHA DE PRODUÇÃO DE ENVASE DE …fatecgarca.edu.br/uploads/documentos/tcc...automação sobre um processo manual de envase de líquidos utilizando um controlador

mas essas desvantagens não são nada em comparação com as vantagens que

essa memória possui. Para se ter uma ideia das vantagens que essa memória

disponibiliza basta comparar com sua antecessora a EPROM (Erasable

Programmable Read Only Memory), que para ser regravada, era necessário que a

memória fosse inteiramente exposta a luz ultravioleta por alguns minutos.

A memória EEPROM é utilizada somente para guardar o programa inserido

pelo programador, e os dados das variáveis são guardadas em outra memória do

tipo FLASH, contida dentro da UCP.

De acordo com Franchi e Camargo (2013, p. 79)

A grande maioria dos controladores de médio e pequeno porte usa EEPROM como a única memória do sistema. Ela fornece armazenamento permanente para o programa e pode ser facilmente alterada como o uso de um dispositivo de programação ou uma unidade de programação manual. Estas duas características ajudam a reduzir o tempo para a alteração de programas.

A UCP é um microcontrolador, por isso ele possui memória EEPROM e

memória FLASH, onde sua principal característica é de que após cada nova

programação, não há a necessidade de mudanças físicas no hardware, e também

não e necessário a retirado do módulo para a programação, podendo ser

programado via IHM (Interface Homem Máquina), Rede ou cabo de comunicação.

Para que o programa seja gravado na UCP e necessário compilar

primeiramente a sequência lógica desenvolvida para verificar se não há erros de

programação e se os dados do CLP não foram inseridos erroneamente no software.

Após compilar, clica-se no botão download, que envia o programa para a UCP.

2.1.1.4 Fonte de alimentação

É a unidade responsável pelo fornecimento de energia para todos os

módulos existentes no barramento do CLP.

A tensão de entrada dos CLP´s podem ser 127/220vac e ainda alguns

fabricantes estão adotando a tensão de entrada de 24vdc.

Page 12: AUTOMAÇÃO PARA LINHA DE PRODUÇÃO DE ENVASE DE …fatecgarca.edu.br/uploads/documentos/tcc...automação sobre um processo manual de envase de líquidos utilizando um controlador

2.1.1.5 Módulos de Entrada/Saída

São módulos responsáveis pela leitura e comunicação da UCP com as

partes externas do processo, como por exemplo, sensores e atuadores. O programa

é processado de acordo com os sinais das entradas e as saídas são atualizadas de

acordo com a lógica determinada pelo usuário.

De acordo com Franchi e Camargo (2013, p. 79)

Para que as CPU dos CLP possa realizar as suas funções de controle, elas precisam receber informações externas. Para realizar essa tarefa existem módulos de entrada, ou seja, módulos que servirão de interface entre os sinais provenientes do processo a ser controlado e a CPU.

Os módulos de entrada podem ser classificados como entradas digitais ou

também chamado de entrada discreta, e analógica.

As entradas digitais correspondem somente a dos valores lógicos, nível alto,

que é representado pela tensão máxima de entrada, e nível logico baixo, que

corresponde a menor tensão de entrada, ou seja, o zero volts.

A entrada analógica é utilizada quando um dispositivo não possui um valor

fixo de tensão de saída, ou seja, ele varia de acordo com a condição nele aplicada.

Nesse caso a tensão será dividida em escalas para que a UCP possa entender o

que está acontecendo e tomar as decisões segundo a lógica empregada.

O módulo de saída e responsável por atuar nos dispositivos externos.

2.1.1.6 Rack

É a parte física responsável pela fixação mecânica e interligação elétrica

entre os módulos existentes no rack para o funcionamento do CLP.

2.1.2 Linguagem de programação

Page 13: AUTOMAÇÃO PARA LINHA DE PRODUÇÃO DE ENVASE DE …fatecgarca.edu.br/uploads/documentos/tcc...automação sobre um processo manual de envase de líquidos utilizando um controlador

A linguagem de programação permite ao operador determinar as ordens de

modo sequencial que o CLP deve obedecer. Sem ela seria impossível o

programador se comunicar com o dispositivo, porque não haveria um meio que

fizesse o dispositivo entender operador. Atualmente, existem 5 tipos de linguagem

de programação para CLP´s, porém a linguagem LADDER é a mais utilizada devido

a sua semelhança com a lógica de comandos elétricos.

De acordo com Franchi e Camargo (2013, p. 106)

LADDER é uma linguagem gráfica baseada na lógica de reles e contatos elétricos para a realização de circuitos de comandos de acionamentos. Por ser a primeira linguagem utilizada pelos fabricantes, é a mais difundida e encontrada em quase todos os CLPS da atual geração.

O funcionamento da linguagem LADDER e de fácil compreensão, cada

entrada e saída do CLP possui um endereçamento físico, sua nomenclatura

modifica-se de fabricante para fabricante.

O contato de acionamento pode assumir duas formas, aberto ou fechado.

O contato normalmente aberto, não permite o acionamento da linha lógica

quando não ativado.

O contato normalmente fechado, permite o acionamento da linha lógica

quando não ativado.

A saída, permite que o CLP faça o acionamento dos elementos externos

via saída transistor ou relés.

A Figura 2 demonstra o funcionamento de um sistema LADDER. A

nomenclatura utilizada é padrão da WEG para os modelos de CLP Click 02.

Figura 2. Fonte: Autores.

Page 14: AUTOMAÇÃO PARA LINHA DE PRODUÇÃO DE ENVASE DE …fatecgarca.edu.br/uploads/documentos/tcc...automação sobre um processo manual de envase de líquidos utilizando um controlador

A saída Q1 será acionada se I01 estiver acionado e I02 desacionado,

após o acionamento de Q1 a mesma ficara ativa até que I02 seja acionado. Este

exemplo é o conceito básico de partida direta com selo.

2.1.3 Sensores

Existem vários modelos de sensores para aplicações específicas. Os

sensores são chamados de transdutores, onde através da detecção de grandes

físicas geram um sinal elétrico em sua saída. A função deles e atuar como sendo os

olhos das máquinas, eles dizem ao processo o que está acontecendo naquele exato

momento. Estes sensores podem ser digitais, variando sua saída em apenas 2

níveis lógicos, sendo eles ligado e desligado, e os sensores analógicos onde

fornecem um sinal de saída variável, esse sinal pode ser tensão, corrente,

resistência, luz, etc.

De acordo com Nascimento (2012, p. 68)

Para detecção de posição nível e presença em sistemas automáticos são utilizados sensores, e algumas vezes sondas. Sensores e sondas são dispositivos eletrônicos que utilizam um conceito físico como capacitância, indutância ou reflexão óptica para detectar certos materiais.

Os sensores possuem alguns modos de funcionamento, podendo ser eles:

Difuso, Retroreflexivo e Barreira.

Os sensores se classificam em:

Indutivos;

Mecânicos;

Capacitivos;

Fotoelétricos;

Ultrassônicos;

Óptico.

No protótipo foi utilizado sensor capacitivo difuso e ópticos. Sensores difusos

possuem o emissor e o receptor no mesmo invólucro, tornando mais prático e fácil

de instalar, além de ser econômico pois não é necessário utilizar fios para alimentar

o sensor receptor.

Page 15: AUTOMAÇÃO PARA LINHA DE PRODUÇÃO DE ENVASE DE …fatecgarca.edu.br/uploads/documentos/tcc...automação sobre um processo manual de envase de líquidos utilizando um controlador

Sensores capacitivos funcionam através da variação do campo magnético,

ou seja, a alteração da capacitância quando um material é colocado próximo a sua

face. Uma importante vantagem que levou a escolher este sensor e a capacidade de

detecção através de outras matérias com constantes dielétricas menores ao material

que será detectado.

De acordo com Franchi e Camargo (2013, p. 79), “Materiais com grande

constante dielétrica podem ser detectados por barreiras que possuam materiais com

pequenas constantes dielétricas”.

A Figura 3 demonstra o funcionamento de uma medição de nível utilizando o

sensor capacitivo difuso.

Figura 3. Fonte: Autores.

Como a água possui uma constante dielétrica maior que a da parede do

recipiente de plástico, o sensor consegue detectar o líquido através do mesmo.

Sensores ópticos funcionam a partir da emissão de um feixe de luz enviado

pelo emissor. Quando um material reflexivo passa por esse feixe, o receptor detecta

e comuta sinal elétrico em sua saída. Esses sensores são muito utilizados por

possuírem maior vida útil de comutação, se comparados aos sensores do tipo

mecânico que apresentam fadiga e maiores índices de manutenção. Sua principal

desvantagem é em relação a sujeiras presentes no processo, que ao passarem em

frente ao feixe de luz, podem causar seu acionamento ou até mesmo sua inibição

constante.

2.1.4 Sistema de envase

Uma bomba hidráulica mantém a pressão e vazão constante na válvula de

envase e o CLP controla o tempo de abertura e fechamento da mesma. O volume a

Page 16: AUTOMAÇÃO PARA LINHA DE PRODUÇÃO DE ENVASE DE …fatecgarca.edu.br/uploads/documentos/tcc...automação sobre um processo manual de envase de líquidos utilizando um controlador

ser envasado no recipiente é determinado pelo tempo que é inserido na IHM do

CLP. A combinação lógica entre os sensores possibilita o envase de dois volumes

diferentes sem que haja a necessidade do operador alterar as variáveis do processo

reduzindo o setup da linha.

2.2 Metodologia do protótipo

Na construção do protótipo, veja Figura 4, foram utilizadas as ferramentas da

Mecatrônica para seu desenvolvimento com o que há de atual e relevante para a

comunidade empresarial, porque implica em solucionar os problemas propostos

nesta pesquisa e para a ciência, agrega conhecimento.

O objetivo do protótipo é mostrar as vantagens de uma linha de processo

automática sobre uma linha de processo manual.

Para a construção, foi levado em consideração todo referencial teórico acima

sobre cada dispositivo, para que o objetivo seja atingido levando em conta a

limitação do capital

Figura 4. Fonte: Autores.

Após pressionar o botão de início o CLP liga a bomba hidráulica e a esteira,

o equipamento só entra em modo automático desde que haja fluído no tanque, sinal

enviado pelo sensor capacitivo, caso contrário um sinal de aviso será emitido

indicando a falta de fluído. Em modo automático a esteira desloca o recipiente é

deslocado e ao passar pelo sensor óptico o CLP pára a esteira e abre a válvula de

Page 17: AUTOMAÇÃO PARA LINHA DE PRODUÇÃO DE ENVASE DE …fatecgarca.edu.br/uploads/documentos/tcc...automação sobre um processo manual de envase de líquidos utilizando um controlador

envase. O tempo de envase é determinado pela lógica dos sensores ópticos, se

apenas um sensor for ativado o tempo de envase é menor, caso os dois sensores

forem ativados o tempo de envase é maior. Ao final do envase a esteira é religada,

assim retirando o recipiente cheio da área de envase para que um novo um

recipiente vazio chegue.

O protótipo pode ser parado em três situações: botão de emergência, pelo

sensor capacitivo e botão de parada.

Ao pressionar o botão de emergência ou a falta de sinal do sensor capacitivo

indicador de fluído faz com que todas as funções do protótipo sejam finalizadas

imediatamente, enquanto o botão de parada só finaliza as funções enquanto não

estiver no momento de envase, caso seja pressionado o botão durante o envase, a

finalização das funções somente ocorrerá quando terminar o ciclo atual de envase.

Para maiores detalhes da lógica empregada consulte o esquema LADDER

no apêndice 1 e para a visualização do sistema elétrico de potência e comando

consulte o apêndice 2.

Na tabela abaixo segue as informações das entradas e saídas do meio

controlado para o desenvolvimento do protótipo.

Entradas Saídas

1- Botão Desliga 1- Controle da Esteira

2- Botão Liga 2- Liga/Desliga Bomba hidráulica

3- Botão Parada 3- Controle da Válvula de Envase

4- Sensor de Nível do Tanque 4- Sinalização de Alarme

5- Sensor Presença do Recipiente

6- Sensor Maior Volume

De acordo com o nosso ambiente controlado foi escolhido o CLICK-02 da

fabricante WEG, com 6 entradas digitais e 4 saídas a relés, atendendo as nossas

necessidades. Sua programação pode ser feita através do software ou através de

sua Interface Homem Máquina (IHM). A linguagem de programação suportadas são

o LADDER e FBD.

Page 18: AUTOMAÇÃO PARA LINHA DE PRODUÇÃO DE ENVASE DE …fatecgarca.edu.br/uploads/documentos/tcc...automação sobre um processo manual de envase de líquidos utilizando um controlador

Este CLP e do tipo compacto, fácil de programar e com excelente custo

benefício, indicado especialmente para automações de sistemas de pequeno e

médio porte.

A fonte de alimentação do protótipo possui entrada de 100 a 240 vac e saída

de 24 vdc com corrente máxima de 2.5 A, e será responsável pela alimentação de

todos os dispositivos que compõem o protótipo.

O sensor capacitivo é responsável por monitorar a presença de fluído no

reservatório. Com a detecção do fluído o sensor envia um sinal para o CLP e na

ausência deste um aviso sonoro e visual é acionado para alertar o operador. Essa é

uma medida de segurança para que a bomba hidráulica não funcione sem fluído,

causando danos a mesma.

A esteira tem a função de transportar os recipientes para o local de envase. A

sua velocidade é controlada pela variação da corrente de alimentação do motor por

um dimmer. Cálculo do dimensionamento do rolamento empregado encontra-se no

apêndice 3.

A figura 5 mostra a fórmula base do volume que é utilizada no sistema de

envase, sendo que a precisão é determinada pela não alteração das variáveis. O

sistema de envase é declarado preciso quando o desvio padrão entre os recipientes

envasados são nulos ou sofrem pequenas variações.

Figura 5. Fonte: Autores.

2.3 Resultados

O desenvolvimento do 1º protótipo foi por envase gravitacional, veja Figura

6. Testes mostraram-se satisfatórios no quesito precisão de envase, contudo não foi

de agrado no quesito velocidade produtiva. A pressão atmosférica e o peso da

coluna líquida não foram suficientes para propiciar uma vazão de envase satisfatória

e o processo foi considerado lento para uma linha produtiva.

Page 19: AUTOMAÇÃO PARA LINHA DE PRODUÇÃO DE ENVASE DE …fatecgarca.edu.br/uploads/documentos/tcc...automação sobre um processo manual de envase de líquidos utilizando um controlador

Figura 6. Fonte: Autores.

O 2º protótipo foi desenvolvido no intuito de suprir à necessidade no quesito

velocidade. O sistema passou de pressão gravitacional para uma pressão mecânica

no momento do envase, veja na Figura 7 o modelo esquemático. Essa pressão é

produzida por uma bomba hidráulica que atua diretamente na linha de envase.

Testes iniciais mostraram ótima velocidade de envase mas um péssimo controle de

nível, com muita variação de um recipiente envasado para outro.

Seguindo a fórmula de envase (V = Q x T) atentou-se que as variações no

volume final foram causadas por variação na vazão, pois o tempo controlado é de

valor fixo. Essa variação foi causada pela alteração na rpm8 durante a partida do

motor, pois sua partida não é retilínea e sim uma parábola. Para manter a rpm

constante, eliminou-se a partida do motor durante um processo de envase e outro. O

sistema de envase sofreu alterações, de modo que a bomba hidráulica fique ativa

mesmo que não haja o processo de envase.

Figura 7. Fonte os autores.

8 RPM: rotações por minuto.

Page 20: AUTOMAÇÃO PARA LINHA DE PRODUÇÃO DE ENVASE DE …fatecgarca.edu.br/uploads/documentos/tcc...automação sobre um processo manual de envase de líquidos utilizando um controlador

No momento de envase a vazão da bomba é direcionada através de uma

válvula para o recipiente de envase. Com o término do envase a vazão é

direcionada por uma outra válvula para o reservatório evitando o sobrecarregamento

do sistema hidráulico.

Após as modificações necessárias, os testes foram realizados e os

resultados foram dados como êxito. A precisão do envase apresenta sutil variação,

porém aceitável. O protótipo atende as expectativas de resolução dos problemas

aqui propostos por essa linha de pesquisa.

2.4 Discussão

Esta pesquisa demonstrou as necessidades de se conhecer as vantagens e

desvantagens da automação de uma linha de envase. Processos que são realizados

de forma manual são passivos de automação, entretanto exigem um custo

considerável para sua modificação. Esse é o principal fator que ainda mantêm

pequenas empresas com os seus processos manuais. A falta de recursos

financeiros para a automação, deixam muitas empresas em desvantagem se

comparadas as demais com processos automatizados.

Todo processo de automação necessita de investimentos, entretanto essa

pesquisa cientifica demonstra que é possível realiza-la sem custos exorbitantes

tornando-a acessível as pequenas empresas e investidores, garantindo produtos

com qualidade e preços competitivos a nível de mercado.

Evidentemente esse trabalho pode ir além do que foi demonstrado, onde a

próxima linha de pesquisa será desenvolver um sistema de controle de baixo custo e

fácil operação, utilizando-se de microcontroladores e outros recursos eletrônicos.

Meios controlados por CLP são mais fáceis em âmbitos operacionais e

programáveis, porém é o fator determinante no orçamento da automação de um

processo.

Page 21: AUTOMAÇÃO PARA LINHA DE PRODUÇÃO DE ENVASE DE …fatecgarca.edu.br/uploads/documentos/tcc...automação sobre um processo manual de envase de líquidos utilizando um controlador

3. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Espera-se com esta pesquisa ajudar outros pesquisadores da área e sirva

de incentivo para pesquisas futuras e para os investidores que ainda possuem

processos que se encaixam nas dificuldades e problemas aqui tratados, a reflexão

de que processos obsoletos são um atraso para a lucratividade de uma empresa e

que a automação é sim um fator de sobrevivência mediante o mercado competitivo.

Através dos conhecimentos adquiridos sobre automação e aqui demonstrados,

pode-se deixar evidente que além de otimizar a produção e reduzir custos

aumentando a lucratividade, é possível fornecer um ambiente e condições mais

saudáveis para os funcionários. O protótipo deixa evidente a relevância desse artigo

e que a automação dessa linha de envase mudará completamente na vida dos

empregados e principalmente para o investidor.

Page 22: AUTOMAÇÃO PARA LINHA DE PRODUÇÃO DE ENVASE DE …fatecgarca.edu.br/uploads/documentos/tcc...automação sobre um processo manual de envase de líquidos utilizando um controlador

4. REFERÊNCIAS

ABERGO. A certificação do ergonomista brasileiro. Associação Brasileira de

Ergonomia. Rio de Janeiro, 2000. Disponível em:

<http://www.ergonomianotrabalho.com.br/abergo.html>. Acesso em: 01 ago. 2015.

ANVISA. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Brasil, 2003. Disponível em:

<http://www.anvisa.gov.br/institucional/anvisa/rh/qv/ler_dort.pdf>. Acesso em: 01 de

set. 2015.

BORGES, L.S. Intangível: O custo que não mensuramos. Disponível em:

<http://www.rh.com.br/Portal/Desempenho/Artigo/8917/intangivel-o-custo-que-nao-

mensuramos.html#>. Acesso em: 07 set. 2015.

CIMM. Conselho de Informação metal mecânica. O que é Retrabalho. Disponível

em: <http://www.cimm.com.br/portal/verbetes/exibir/642-retrabalho-resservico>.

Acesso em: 07 set. 2015.

FRANCHI, C.M; CAMARGO, V.L. Controladores lógicos programáveis –

Sistemas Discretos. São Paulo: Érica, 2013.

GEORGINI, M. Automação aplicada: descrição e implementação de sistemas

sequenciais com PLC´s. São Paulo: Érica, 2000.

MOREIRA, J; GERCINA, C. Confira as doenças que mais dão afastamento no

INSS. Folha de São Paulo, 2014. Disponível em:

<http://www1.folha.uol.com.br/mercado/2014/09/1520341-veja-as-doencas-que-

mais-dao-afastamento-no-inss.shtml>. Acesso em: 01 set. 2015.

NASCIMENTO, G. Comandos elétricos - Teoria e Atividades. São Paulo: Érica,

2012.

ROSÁRIO, J. Princípios de mecatrônica. São Paulo: Pearson, 2005.

WEG. Controlador lógico programável. Disponível em:

<http://ecatalog.weg.net/files/wegnet/WEG-rele-programavel-clic-02-3rd-manual-

portugues-br.pdf>. Acesso em: 14 out. 2015.

Page 23: AUTOMAÇÃO PARA LINHA DE PRODUÇÃO DE ENVASE DE …fatecgarca.edu.br/uploads/documentos/tcc...automação sobre um processo manual de envase de líquidos utilizando um controlador

5. APÊNDICE

Apêndice 1: Esquema LADDER

Page 24: AUTOMAÇÃO PARA LINHA DE PRODUÇÃO DE ENVASE DE …fatecgarca.edu.br/uploads/documentos/tcc...automação sobre um processo manual de envase de líquidos utilizando um controlador
Page 25: AUTOMAÇÃO PARA LINHA DE PRODUÇÃO DE ENVASE DE …fatecgarca.edu.br/uploads/documentos/tcc...automação sobre um processo manual de envase de líquidos utilizando um controlador

Apêndice 2: Esquema Elétrico de Comando e Potência.

Page 26: AUTOMAÇÃO PARA LINHA DE PRODUÇÃO DE ENVASE DE …fatecgarca.edu.br/uploads/documentos/tcc...automação sobre um processo manual de envase de líquidos utilizando um controlador
Page 27: AUTOMAÇÃO PARA LINHA DE PRODUÇÃO DE ENVASE DE …fatecgarca.edu.br/uploads/documentos/tcc...automação sobre um processo manual de envase de líquidos utilizando um controlador

Apêndice 3: Dimensionamento do rolamento.

Cálculo de vida útil com estimativa de probabilidade de falha de 5% dos rolamentos, FAG 6000 e FAG 6001, utilizados na construção da esteira transportadora, submetida a uma carga de esforço radial de 30 N, 36 rpm e temperatura de trabalho de 40 ºC.

1.1 Dimensionamento do Rolamento. 1.2 Fator de Esforços Dinâmicos f.

Valores fℓ= 4< fℓ < 4,5 Fator de Rotação fɳ= 0,975

1.3 Capacidade de Carga Dinâmica

1.3.1 Carga dinâmica equivalente P = FRADIAL + FAXIAL

Como não existe carga axial, a carga dinâmica é a própria carga radial.

P = FRADIAL = 30 N = 0,030 KN

1.3.2 Cálculo da capacidade de carga dinâmica.

C = P x 𝑓ℓ

fɳ => C = 0,030 x

4,25

0,975 = 0,130 KN

1.4 Fator de esforços dinâmicos do rolamento fℓ.

Valor fℓ = 4< fℓ < 4,5

Rolamento FAG 6000 C=4,55 KN Rolamento FAG 6001 C=5,1 KN

fℓ = 𝐶

P => fℓ =

4,55

0,030 = 151,66 fℓ =

𝐶

P => fℓ =

5,1

0,030 = 170

Sobredimensionado Sobredimensionado

1.5 Vida útil do rolamento. 1.5.1 Fator a1. Probabilidade de falha de 5 %, a1 = 0,62.

Page 28: AUTOMAÇÃO PARA LINHA DE PRODUÇÃO DE ENVASE DE …fatecgarca.edu.br/uploads/documentos/tcc...automação sobre um processo manual de envase de líquidos utilizando um controlador

1.5.2 Fator a23. 1.5.3

Rolamento FAG 6000 D = 26 mm / d = 10 mm

Rolamento FAG 6001 D = 28 mm / d = 12 mm

𝑑𝑚 =𝐷 + 𝑑

2 => 𝑑𝑚 =

26 + 10

2= 18 𝑚𝑚 𝑑𝑚 =

𝐷 + 𝑑

2 => 𝑑𝑚 =

28 + 12

2= 20 𝑚𝑚

A temperatura de trabalho e rpm é comum para os rolamentos.

Relação entre as viscosidades v

v1 =

38

560 = 0,0678

Relação entre as viscosidades v

v1 =

38

510 = 0,0745

v= 38 cSt

18

v1 = 560 cSt v1 = 510 cSt

Foi utilizado a faixa II devido o rolamento

ser blindado e estar protegido de agentes

contaminantes do meio externo.

A23min=0,115 A23min=0,125

A23max=1 A23max=1

Page 29: AUTOMAÇÃO PARA LINHA DE PRODUÇÃO DE ENVASE DE …fatecgarca.edu.br/uploads/documentos/tcc...automação sobre um processo manual de envase de líquidos utilizando um controlador

1.6 Vida nominal. Devido os rolamentos estarem com o valor de fℓ sobredimensionados, foi

utilizado o valor máximo fℓ da tabela de vida nominal.

Rolamento FAG 6000 Rolamento FAG 6001

Estimativa mínima

Lnamin=a1 x a23 x Lh

Lnamin=0,62 x 0,115 x 100000 Lnamin=7.130 horas

Estimativa mínima Lnamin=a1 x a23 x Lh

Lnamin=0,62 x 0,125 x 100000 Lnamin=7.750 horas

Estimativa máxima

Lnamin=a1 x a23 x Lh

Lnamin=0,62 x 1 x 100000 Lnamin=62.000 horas

Estimativa máxima

Lnamin=a1 x a23 x Lh

Lnamin=0,62 x 1 x 100000 Lnamin=62.000 horas

Lh= 100.000 horas